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INTRODUÇÃOa lp. As variações linguísticas podem ser compreendidas a partir de três diferentes fenômenos. 1) Em sociedades complexas convivem variedades linguísticas diferentes, usadas por diferentes grupos sociais, com diferentes acessos à educação formal; note que as diferenças tendem a ser maiores na língua falada que na língua escrita; 2) Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo com as diferentes situações de uso, sejam situações formais, informais ou de outro tipo; 3) Há falares específicos para grupos específicos, como profissionais de uma mesma área (médicos, policiais, profissionais de informática, metalúrgicos, alfaiates, por exemplo), jovens, grupos marginalizados e outros. São as gírias e jargões. Entrevista com vencedor de concurso de surf REPÓRTER: Q ual foi a bateria que você mais surfou até hoje? SURFISTA: Foi no Cristal Grafiti. A onda veio abrindo inteira, dropei no crítico, fiz o bottom turn de backside, subi e dei u m rasgadão. Aí de ixei cair lá e mbaixo, subi novamente, dei outra rasgada e, quando ela e ngordou, adiantei, de i um cutback bem agachado e bati na espuma. Veio a junção e mandei uma esbagaçada, depois foi aquela marolagem, enganação. (revista HARDCORE, setembro de 1991) a) A gíria dos surfistas é carregada de termos em inglês. No entanto, mesmo não sabendo a tradução exata, é possível a gente compreender o que foi dito? b) Cite algumas características pelas quais podemos identificar a linguagem dos surfistas. c) Que importância pode ter para um grupo, como os surfistas por exemplo, ter um dialeto próprio? d) Reproduza com suas palavras a manobra executada pelo surfista, de modo que qualquer leitor pudesse compreender o que ele fez. Parte 3 Professor, distribua o texto Aí, Galera, de Luis Fernando Veríssimo, publicado no Correio Brasiliense, em 13 de maio 1998. Antes d e iniciar a leitura, pergunte aos alunos: a) Qual é a expectativa do público em relação à fala dos jogadores de futebol? O jogador brasileiro é estereotipado? b) O que significa o termo estereotipação? Exemplifique. c) O público que avalia um jogador, julgando-o segundo o seu modo de falar poderia estar manifestando algum tipo de preconceito? - Após a discussão, solicite uma leitura silenciosa. Aí, Galera Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por exemplo, você pode imaginar um jogador de futebol dizendo “estereotipação”? E, no entanto, por que não?NARRADOR -Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera.REPORTER -Minha saudação aos aficionados do clube e aos demais esportistas, aqui presentes ou no recesso dos seus lares. JOGADOR -Como é ?REPORTER -Aí, galera. JOGADOR -Quais são as instruções do técnico? -Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de contenção coordenada, com energia otimizada, na zona de preparação, aumentam as probabilidades de, recuperado o esférico, concatenarmos um contragolpe agudo com parcimônia de meios e extrema objetividade, valendo-nos da desestruturação momentânea do sistema oposto, surpreendido pela reversão inesperada do fluxo da ação. -Ahn? -É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça. -Certo. Você quer dizer mais alguma coisa? -Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental, algo banal, talvez mesmo previsível e piegas, a uma pessoa à qual sou ligado por razões, inclusive, genéticas? -Pode. -Uma saudação para a minha genitora. -Como é? -Alô, mamãe! -Estou vendo que você é um, um... -Um jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa de que o atleta seja um ser primitivo com dificuldade de expressão e assim sabota a estereotipação. -Estereoquê? -Tipação! -Puxa!!! . Terminada a leitura silenciosa, retome o texto e promov a a leitura em v oz alta. Escolha três alunos para f azerem uma leitura expressiv a: um será o narrador, outro o jogador e outro o repórter. Dê um tempo para que eles se preparem, se possív el f ora da sala de aula. Enquanto isso, conv erse sobre o comportamento linguístico dos atletas em geral e dos jogadores de f utebol em particular. (Prov av elmente hav erá muita participação).

Introdução a lingua portuguesa

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INTRODUOa lp.As variaes lingusticas podem ser compreendidas a partir de trs diferentes fenmenos.1) Em sociedades complexas convivem variedades lingusticas diferentes, usadas por diferentes grupos sociais, com diferentes acessos educao formal; note que as diferenas tendem a ser maiores na lngua falada que na lngua escrita;2) Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo com as diferentes situaes de uso, sejam situaes formais, informais ou de outro tipo;3) H falares especficos para grupos especficos, como profissionais de uma mesma rea (mdicos, policiais, profissionais de informtica, metalrgicos, alfaiates, por exemplo), jovens, grupos marginalizados e outros. So as grias e jarges.Entrevista com vencedor de concurso de surfREPRTER: Qual foi a bateria que voc mais surfou at hoje?SURFISTA: Foi no Cristal Grafiti. A onda veio abrindo inteira, dropei no crtico, fiz o bottom turn de backside, subi e dei um rasgado. A deixei cair l embaixo, subi novamente, dei outra rasgada e, quando ela engordou, adiantei, dei um cutback bem agachado e bati na espuma. Veio a juno e mandei uma esbagaada, depois foi aquela marolagem, enganao. (revista HARDCORE, setembro de 1991)

a) A gria dos surfistas carregada de termos em ingls. No entanto, mesmo no sabendo a traduo exata, possvel a gente compreender o que foi dito?b) Cite algumas caractersticas pelas quais podemos identificar a linguagem dos surfistas.c) Que importncia pode ter para um grupo, como os surfistas por exemplo, ter um dialeto prprio?d) Reproduza com suas palavras a manobra executada pelo surfista, de modo que qualquer leitor pudesse compreender o que ele fez. Parte 3Professor, distribua o textoA, Galera, de Luis Fernando Verssimo, publicado noCorreio Brasiliense, em 13 de maio 1998. Antes d e iniciar a leitura, pergunte aos alunos:a) Qual a expectativa do pblico em relao fala dos jogadores de futebol? O jogador brasileiro estereotipado?b) O que significa o termo estereotipao? Exemplifique.c) O pblico que avalia um jogador, julgando-o segundo o seu modo de falar poderia estar manifestando algum tipo de preconceito?- Aps a discusso, solicite uma leitura silenciosa. A, Galera

Jogadores de futebol podem ser vtimas de estereotipao. Por exemplo, voc pode imaginar um jogador de futebol dizendo estereotipao? E, no entanto, por que no?NARRADOR -A, campeo. Uma palavrinha pra galera.REPORTER -Minha saudao aos aficionados do clube e aos demais esportistas, aqui presentes ou no recesso dos seus lares. JOGADOR -Como ?REPORTER -A, galera. JOGADOR -Quais so as instrues do tcnico? -Nosso treinador vaticinou que, com um trabalho de conteno coordenada, com energia otimizada, na zona de preparao, aumentam as probabilidades de, recuperado o esfrico, concatenarmos um contragolpe agudo com parcimnia de meios e extrema objetividade, valendo-nos da desestruturao momentnea do sistema oposto, surpreendido pela reverso inesperada do fluxo da ao. -Ahn? - pra dividir no meio e ir pra cima pra peg eles sem cala. -Certo. Voc quer dizer mais alguma coisa? -Posso dirigir uma mensagem de carter sentimental, algo banal, talvez mesmo previsvel e piegas, a uma pessoa qual sou ligado por razes, inclusive, genticas? -Pode. -Uma saudao para a minha genitora. -Como ? -Al, mame! -Estou vendo que voc um, um... -Um jogador que confunde o entrevistador, pois no corresponde expectativa de que o atleta seja um ser primitivo com dificuldade de expresso e assim sabota a estereotipao. -Estereoqu? -Tipao! -Puxa!!!

. Terminada a leitura silenciosa, retome o texto e promova a leitura em voz alta. Escolha trs alunos para fazerem uma leitura expressiva: um ser o narrador, outro o jogador e outro o reprter. D um tempo para que eles se preparem, se possvel fora da sala de aula. Enquanto isso, converse sobre o comportamento lingustico dos atletas em geral e dos jogadores de futebol em particular. (Provavelmente haver muita participao).2) Faa perguntas para verificar a compreenso do texto:a) Nesta crnica, o jogador surpreende o reprter com o seu jeito de falar? Por qu? (Resposta possvel: o jogador usa a norma culta de forma intrincada, hermtica.)b) O que o reprter esperava dele em termos de comportamento lingustico? (Resposta possvel: o reprter esperava que ele respondesse como de costume: usando um padro de linguagem bem simples, com certas dificuldades em relao ao uso da norma culta, alm da dificuldade de se expressar em pblico).c) Apesar de usar a norma culta, o jogador foi feliz nas suas respostas? (Resposta esperada: no, porque ele precisou tradu zir a sua fala para o rep rter. A linguagem formal em excesso, gerou incompreenso, prejudicando completamente a comunicao.) d) E quanto ao reprter, houve adequao de linguagem em relao quela situao comunicativa?- Distribua a atividade abaixo, para ser feita por escrito, em sala, em dupla. Se o tempo no for suficiente, os alunos devero termin-la em casa.Causo de mineirimSapassado, era sessetembro, taveu na cuzinha tomano uma pincumel e cuzinhano um kidicarne cumstumate pra faze uma macarronada cum galinhassada. Quasca dessusto quanduvi um barui vindedenduforno, parecenum tidiguerra. A receita mandop midipipoca denda galinha prass. O forno isquent, o mistor e o fiof (curanxim) da galinhispludiu! Nossinhora! Fiquei branco quinein um lidileite. Foi um trem doidimais! Quasca dendapia! Fiquei sem sab doncovim, proncov, oncont. Oiprocev quelocura! Grazadeus ningum semaxuc!(autor desconhecido)AntigamenteAntigamente, os pirralhos dobravam a lngua diante dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braos de Morfeu, era capaz de entrar no couro. No devia tambm se esquecer de lavar os ps, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. No ficava mangando na rua, nem escapulia do mestre, mesmo que no entendesse patavina da instruo moral e cvica. O verdadeiro smart calava botina de botes para comparecer todo lir ao copo dgua, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras que eram um precipcio, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pr as barbas de molho diante de um treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os cois, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco.ANDRADE, C. D.Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento).Texto IIExpressoSignificado

Cair nos braos de MorfeuDormir

DebicarZombar, ridicularizar

TundaSurra

MangarEscarnecer, caoar

TugirMurmurar

LirBem-vestido

Copo d'guaLanche oferecido pelos amigos

ConvescotePiquenique

Treteiro de topeteTratante atrevido

Abrir o arcoFugir

BilontraVelhaco

Aqui da pra brincar de fazer frases usando estas palavras diferentes e at estranhas aos olhos e ouvidos dos que nao estao acostumados.EXEMPLOS:Professo, Diga. Tem um Bilontra Dubicando di mim.Se avexe no, Se esse Treteiro de Topete tive mangano doc. Da uma Tunda nele. Ai dos dois um. Ou ele pode abrir o arco ou Cair nos Braos de Morfeu.

FIORIN, J. L. As lnguas mudam. In: Revista Lngua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado).Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos no mais o so no portugus brasileiro atual. Esse fenmeno revela quea) a lngua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do cotidiano.b) o portugus brasileiro se constitui evitando a ampliao do lxico proveniente do portugus europeu.c) a heterogeneidade do portugus leva a uma estabilidade do seu lxico no eixo temporal.d) o portugus brasileiro apoia-se no lxico ingls para ser reconhecido como lngua independente. e) o lxico do portugus representa uma realidade lingustica varivel e diversificada.

Contudo, a divergncia est no fato de existirem pessoas que possuem um grau de escolaridade mais elevado e com um poder aquisitivo maior que consideram um determinado modo de falar como o correto, no levando em considerao essas variaes que ocorrem na lngua. Porm, o senso lingustico diz que no h variao superior outra, e isso acontece pelo fato de no Brasil o portugus ser a lngua da imensa maioria da populao no implica automaticamente que esse portugus seja um bloco compacto coeso e homogneo.(BAGNO, 1999, p. 18)NO SE DEIXEM LEVAR PELA FORMALIDADE DAS PALAVRAS. OBSERVE QUE EM QUESTES H SEMPRE AQUELA OU AQUELAS QUE TEM INTENO DIFERENTE DAS OUTRAS.OU SEJA 4 QUESTES ESTO DE ACORDO COM O CONTEUDO DO TEXTO E UMA NO.Sobre o fragmento do texto de Marcos Bagno, podemos inferir, exceto:a) A lngua deve ser preservada e utilizada como um instrumento de opresso. Quem estudou mais define os padres lingusticos, analisando assim o que correto e o que deve ser evitado na lngua.b) As variaes lingusticas so prprias da lngua e esto aliceradas nas diversas intenes comunicacionais.c) A variedade lingustica um importante elemento de incluso, alm de instrumento de afirmao da identidade de alguns grupos sociais.d) O aprendizado da lngua portuguesa no deve estar restrito ao ensino das regras.e) Segundo Bagno, no podemos afirmar que exista um tipo de variante que possa ser considerada superior outra, j que todas possuem funes dentro de um determinado grupo social. Questo 1"Todas as variedades lingusticas so estruturadas e correspondem a sistemas e subsistemas adequados s necessidades de seus usurios. Mas o fato de estar a lngua fortemente ligada estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliao distinta das caractersticas das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilsticas. A lngua padro, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal lingustico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua funo coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma pondervel fora contrria variao." Celso Cunha.Nova gramtica do portugus contemporneo.Adaptado.A partir da leitura do texto, podemos inferir que uma lngua :a) conjunto de variedades lingusticas, dentre as quais uma alcana maior valor social e passa a ser considerada exemplar.b) sistema que no admite nenhum tipo de variao lingustica, sob pena de empobrecimento do lxico.c) a modalidade oral alcana maior prestgio social, pois o resultado das adaptaes lingusticas produzidas pelos falantes.d) A lngua padro deve ser preservada na modalidade oral e escrita, pois toda modificao prejudicial a um sistema lingustico.Enem 2013 (Variaes lingusticas no Enem) At quando? No adianta olhar pro cu Com muita f e pouca luta Levanta a que voc tem muito protesto pra fazer E muita greve, voc pode, voc deve, pode crer No adianta olhar pro cho Virar a cara pra no ver Se liga a que te botaram numa cruz e s porque Jesus Sofreu no quer dizer que voc tenha que sofrer!GABRIEL, O PENSADOR. Seja voc mesmo (mas no seja sempre o mesmo).Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento). As escolhas lingusticas feitas pelo autor conferem ao texto carter atual, pelo uso de linguagem prpria da internet. cunho apelativo, pela predominncia de imagens metafricas. tom de dilogo, pela recorrncia de grias. espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial. originalidade, pela conciso da linguagem.

Alternativaa.Embora as variedades lingusticas sejam consideradas importantes do ponto de vista comunicacional, a lngua padro ainda alcana maior prestgio social.Alternativad.A linguagem coloquial adotada por Gabriel, O Pensador, confere letra da msica grande espontaneidade, marca do discurso utilizado no gnero textualrap.Alternativae.O texto de Carlos Drummond de Andrade apresenta exemplos de palavras ou expresses que caram em desuso, o que comprova o dinamismo da lngua e as variaes sofridas ao longo do tempo.Alternativaa. fundamental que as variaes lingusticas sejam respeitadas e compreendidas, j que dizem respeito a um organismo vivo, que a lngua. Esta, por sua vez, jamais deve ser utilizada como instrumento de opresso, pois cada variante exerce uma funo dentro de um grupo social. Respeitar as variaes lingusticas um dos princpios da cidadania.

DECIFRE O MISTERIO POR QUE 0 ANIMAIL DISSE ISSO? \

ENIGMA DO ERRO

PAIXO JUVENIL. VC TEM A SUA? AQUI? REAL OU IMAGINARIA?

FALAR NO CELULAR SERIA FALAR EM CIMA DE...

FAZER PLAQUINHAS COM AS PALAVRAS DO JEITO CERTO E ERRADO, AI PEDE AOS ALUNOS PRA FORMULAR UMA FRASE PEGANDO UMA DAS PLAQUINHAS, A CERTA GANHA PONTO A ERRADA PAGA CASTIGO.EXPLIQUE QUE ESSE UM ERRO COMUM EM REDACAO

CORRIJA O CANTOR NO MEIO DO SHOW...PURISSO QUE EU PRECISO DE VC, O OOO ISHPERA, NUM PURISSO POR ISSO QUE EU PRECISO DE VC... AI O PESSOAL APLAUDE

Verbos da lngua portuguesa - DicionrioportugusVerbossopalavrasouexpressesvariveis em pessoa, nmero, tempo, modo e voz, que indicamfatos(nascer),aes(correr),estados(ficar) oufenmenos(chover), so os verbos que determinam o tipo do predicado, que pode serverbal,nominalouverbo-nominal.Pode-se conhecer aclasse dos verbosa partir de trs critrios: Significao Forma FunoSignificao:Quanto ao significado, o verbo uma palavra que comunica como j foi citado:Uma ao Cludio plantou uma rvore.Um estado Ele est feliz.Um fenmeno da natureza Chove muito no vero.Forma:O verbo uma classe de palavra rica em informaes. Uma palavra, consegue transmitir cinco informaes:a)O que?- O significado da palavra (o fato)b)Quando?- O tempo em que aconteceu o fatoc)Como?- O modo como aconteceu o fatod)Quem?- A pessoa que participou do fatoe)Quantos?- O Nmero de pessoas que participaram do fatoEx.:Cant a re moso que?quando? quem?como?quantos?Logo, a estrutura dos verbos so compostas pelo radical (invarivel, que normalmente se repete), terminao verbal que composta por trs partes: Vogal temtica conjugaoDesinncia pessoal informa a pessoa e o nmeroDesinncia temporal informa o tempo e o modoFUNO:no que diz respeito relao com outras palavras da frase, o verbo o ncleo do grupo verbal. ( grupo verbal )Ex.:As pessoas choravam desesperadamente. (verbo)

Flexes VerbaisPessoa varia a forma verbal para indicar a pessoa gramatical a que se refere:1 pessoa orador (que fala)2 pessoa interlocutor (com quem se fala)3 pessoa assunto (de que se fala)

Nmero varia a forma verbal para indicar o nmero de sujeitos a que se refere:Singular refere-se a um nico sujeito.Ex:O menino fala.

Plural refere-se a mais de um sujeito.Ex:Os meninos falam.

Tempo Presente, Pretrito e Futuro

ModoIndicativo: quando um fato concludo como real, positivo, sem haver nenhuma dvida.Ex.:Todos os dias fao ginstica.

Subjuntivo: quando a ao tida como duvidosa e incerta, indica possibilidade.Ex.:Se ele me amasse estaramos juntos.

Imperativo: quando imposta a um ouvinte uma ao, indica uma ordem, um pedido.Ex.:No saia.

Alm dos modos verbais, existem as trs formas nominais

Infinitivoque formado pelo radical mais vogal temtica mais desinncia "r" e pode ser usado como substantivo. Ex.:andar, correr

Gerndio formado pelo radical mais vogal temtica mais desinncia "ndo" e pode ter as funes de adjetivo ou de advrbio.Ex.:andando, correndo; amanhecendo, ele acordar Particpio formado pelo radical mais vogal temtica mais desinncia "do", pode ser usado como adjetivo.Ex.:andado, corrido; roupa colorida, trabalho realizado

Voz indica se o sujeito pratica ou recebe a ao pode ser:

Ativa aquele que pratica a ao (agente)Ex.:Ns compramos a casa.

Passiva o sujeito sofre a ao (paciente) e pode ser:Analtica formada pelos verbosser,estarou ficar mais particpio doverbo da ao.Ex.:O quadro pintado com dedicao pelo artista.

Pronominal formada pelo verbo mais pronome oblquo se e s pode ser usada na terceira pessoa.Ex.:Compra-se material reciclado.

Reflexiva o sujeito pratica e recebe a ao, ao mesmo tempo, formada pelo verbo seguido de pronome oblquo.Ex.:Eu me olhei ao espelho; A moa vestiu-se rapidamente.

Classificao dos Verbos

Regular:o radical no se altera, acha-se o radical de um verbo tirando-se as terminaes "ar", "er" ou "ir" doinfinitivo.Ex.:abra-ar, vend-er, permit-ir(radical)

Irregular:as terminaes no seguem o modelo de sua conjugao, o radicalno regular.Ex.:verbo ir (presente do indicativo)Eu vouTu vaisEle vaiNs vamosVs idesEles vo

Anmalo:possui mais de um radical na conjugaoEx.:verbo serSou, era, fui, serei, etc...

Defectivo:no possui todas as formas na conjugaoEx.:verbo abolir (presente do indicativo)Eu (no h)Tu abolisEle/ela aboleNs abolimosVs abolisEles/elas abolem

Auxiliar:no possui sentido prprio e acompanha outro verbo, ocorre ento uma locuo verbal.Ex.:A noite vem caindo.

Os principais verbos auxiliares so:ser, estar, ficar,haver,ter,continuar,ir,vir,comear,acabarO verbo auxiliar flexionado. O verbo principal aparece no infinitivo, no gerndio ou no particpio passado.

Abundantes:possui mais de uma forma para a mesma flexo.Ex:A vela foi acesa aps a missa.Formas verbaisPresente do indicativoPretrito Imperfeito do IndicativoPreterito perfeito simples do indicativoPretrito Mais Que Perfeito Simples do IndicativoFuturo do Presente SimplesFuturo do Pretrito Simples do IndicativoSubjuntivo presenteSubjuntivo pretrito imperfeitoSubjuntivo futuro simplesInfinitivo PessoalPretrito perfeito composto do indicativoPretrito mais-que-perfeito composto do indicativoFuturo do presente composto do indicativoFuturo pretrito composto do indicativoSubjuntivo pretrito perfeito compostoSubjuntivo pretrito mais-que-perfeito compostoSubjuntivo futuro pretrito compostoInfinitivo pretrito pessoalImperativo afirmativoPresente do Indicativo- Dicionrioportugus

Presente: simultneo, no momento que estamos falando, os fatos esto acontecendo.Ex.:Estou muito contente.(Estou, significa algo que est ocorrendo)

Presente do Indicativo(falar)Eu faloTu falasEle/ela falaNs falamosVs falaisEles/elas falamPretrito Imperfeito do Indicativo- Dicionrioportugus

Pretrito Imperfeito do Indicativo:significa que os fatos no foram totalmente concludos, esses fatos so contnuos, mas no terminados.Ex.:Ele trabalhava muito durante os fins de semana.

Pretrito Imperfeito do Indicativo(danar)Eu danavaTu danavasEle/ela danavaNs danvamosVs danveisEles/elas danavamPretrito perfeito simples do indicativo- DicionrioportugusPretrito: o mesmo que passado, algo que aconteceu no passado e j terminou.Ex.:Eu nadei muito para ganhar em primeiro lugar.O Pretrito classificado tambm comoPretrito Perfeito, alguns tipos de classificaes:Pretrito Perfeito, Pretrito Simples, Pretrito Composto; Pretrito Mais-que-PerfeitoePretrito Imperfeito.

Pretrito Perfeito: quando exprime uma ao acabada, os fatos foram iniciados e inteiramente concludos no passado. Pode ser simples ou composto.Simples -Ex.:Ontem eu assisti um filme.

Pretrito Perfeito Simples do Indicativo1 Conjugao2 Conjugao3 Conjugao

(verboamar)(verbovender)(verbopartir)

Eu ameiEu vendiEu parti

Tu amasteTu vendesteTu partiste

Ele/ela amouEle/ela vendeuEle/ela partiu

Ns amamosNs vendemosNs partimos

Vs amastesVs vendestesVs partistes

Eles/elas amaramEles/elas venderamEles/elas partiram

Pretrito Mais Que Perfeito Simples do Indicativo- DicionrioportugusPretrito Mais Que Perfeito Simples do Indicativo:no quer dizer que no tenha defeito no, quer dizer que exprime uma ao acabada antes de outra ao tambm concluda. Geralmente ele usado com o auxiliar "ter" ou "haver". Para forma-lo retira-se a desinncia "ste" da 2 pessoa do singular do pretrito perfeito e acrescenta a desinncia "ra" mais a desinncia de nmero e pessoa correspondente.Ex.:Quando o rbitro apitou, a bola j entrara. Logo, a bola j tinha entradoEx.:Ele j estudara as lies quando os amigos chegaram

Pretrito Mais Que Perfeito Simples do Indicativo(comer)Eu comeraTu comerasEle/ela comeraNs comramosVs comreisEles/elas comeramFuturo do Presente Simples- DicionrioportugusO futuro subdivide-se em:Futuro do Presente:significa que um fato vai acontecer aps a fala. Pode exprimir idia de dvidaEx.:No tenho a inteno de esconder nada, assim que seus pais chegarem, contarei o fato ocorrido; Eu trabalharei.

Futuro do Presente Simples do Indicativo(falar)Eu falareiTu falarsEle/ela falarNs falaremosVs falareisEles/elas falaroFuturo do Pretrito Simples do Indicativo- DicionrioportugusFuturo do Pretrito Simples do Indicativo(Condicional 1):pode ocorrer com valor de presente, exprime um processo posterior a um processo passado, usado tambm pra expressar modstia, polidez.Ex.:Ontem voc ligou falando que viria a minha casa.Ex.:Se eu tivesse dinheiro, viajaria no fim de semana.

Futuro do Pretrito Simples do Indicativo(viajar)Eu viajariaTu viajariasEle/ela viajariaNs viajaramosVs viajareisEles/elas viajariamSubjuntivo presente- DicionrioportugusSubjuntivo presente:a conjugao do presente do subjuntivo, em algumas gramticas iniciada pela palavra "que": que eu seja, que tu sejas... substitui-se a desinncia "-o" da primeira pessoa do singular do presente do indicativo pela desinncia "-e" (nos verbos de 1 conjugao) ou pela desinncia "-a" (nos verbos de 2 e 3 conjugao).Ex.: conveniente que trabalhes para um futuro melhor.

Subjuntivo presente(trabalhar)Que eu trabalheQue tu trabalhesQue ele/ela trabalheQue ns trabalhemosQue vs trabalheisQue eles/elas trabalhemSubjuntivo pretrito imperfeito- DicionrioportugusPretrito Imperfeito do Subjuntivo:expressa um fato que j passou, mas isso ocorreu aps o acontecimento de outro fato. Para formar o Imperfeito do Subjuntivo troca-se, a desinncia "ste" da 2 pessoa do singular do pretrito perfeito pela desinncia temporal "sse" mais a desinncia de nmero e pessoa correspondente. O Pretrito Imperfeito usado tambm nas construes onde se expressa idia de condio ou desejo.Ex.:Eu esperava que ela ganhasse a eleio.

Subjuntivo pretrito imperfeito(ganhar)Se eu ganhasseSe tu ganhassesSe ele/ela ganhasseSe ns ganhssemosSe vs ganhsseisSe eles/elas ganhassemSubjuntivo futuro simples-DicionrioportugusFuturo Simples do Subjuntivo:expressa um fato que poder acontecer no futuro em relao ao momento atual, usado tambm em frases que indicam possibilidades ou desejo. J aconjugaodo Futuro Simples do Subjuntivo, se overbodado para conjugar for regular (quando o radical no altera em todos os tempos, modos e conjugaes), ento a 1 pessoa do singular usa oinfinitivodesse verbo.Ex.:Se ela vier em casa, experimentar o bolo de chocolate.

Futuro Simples do Subjuntivo(vir)Se eu vierSe tu vieresSe ele/ela vierSe ns viermosSe vs vierdesSe eles/elas vieremInfinitivo Pessoal-DicionrioportugusOInfinitivo Pessoal quando overboest relacionado com um ser. Ele no difere do Impessoal quando se trata da 1 e 3 pessoas do singular, logo, no apresenta desinncias.Ex.:Eu preciso fazer artesanato para me distrair.

Infinitivo Pessoal(amar)Eu AmarTu amaresEle, ela, voc AmarNs amarmosVs amardesEles/elas, vocs amaremPretrito perfeito composto do indicativo-DicionrioportugusPretrito Perfeito Composto do Indicativo:indica um fato que iniciou no passado e que tem ocorrido com frequncia podendo se prolongar at o momento atual. Na suaconjugaonecessita dosverbos auxiliares"ter" ou "haver" no presente do indicativo e como principal qualquerverbo no particpio.Ex.:Tenho estudado muito para ovestibular.Ex.:Ultimamente tenho assistido muito novela.

Pretrito Perfeito Composto do Indicativo(correr)Eu tenho corridoTu tens corridoEle/ela tem corridoNs temos corridoVs tendes corridoEles/elas tm corridoPretrito mais-que-perfeito composto do indicativo-DicionrioportugusPretrito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo:usa-se os verbos auxiliares "ter" ou "haver" noPretrito Imperfeito do Indicativoe o principal no particpio.Ex.:Ela j havia comprado o vestido, quando encontrou a saia.Pretrito Mais Que Perfeito Composto do Indicativo(comprar)Eu tinha compradoTu tinhas compradoEle/ela tinha compradoNs tnhamos compradoVs tnheis compradoEles/elas tinham compradoFuturo do presente composto do indicativo- DicionrioportugusFuturo do Presente Composto do Indicativo:Anuncia um fato posterior ao momento atual, mas j terminado antes de outro fato futuro. Para aconjugaousamos osverbos auxiliares"ter" ou "haver" noFuturo do Presente Simples do Indicativoe o principal no particpio.Ex.:Amanh, quando o dia amanhecer, ele j ter esquecido.

Futuro do Presente Composto do Indicativo(esquecer)Eu terei esquecidoTu ters esquecidoEle/ela ter esquecidoNs teremos esquecidoVs tereis esquecidoEles/elas tero esquecidoFuturo pretrito composto do indicativo- DicionrioportugusFuturo do Pretrito Composto do Indicativo (Conditional 2):Anuncia um fato que poderia ter acontecido aps um determinado fato que j se passou, utiliza os verbos auxiliares "ter" ou "haver" noFuturo do Pretrito Simples do Indicativoe o principal no particpio.Ex.:Eu teria trabalhado na clnica, se tivesse aceitado o piso salarial.Futuro do Pretrito Composto do Indicativo(aceitar)Eu teria aceitadoTu terias aceitadoEle/ela teria aceitadoNs teramos aceitadoVs tereis aceitadoEles/elas teriam aceitadoSubjuntivo pretrito perfeito composto- DicionrioportugusPretrito Perfeito Composto do Subjuntivo: quando um fato acabou totalmente no momento passado, utiliza os verbos auxiliares "ter" ou "haver" noPresente do Subjuntivoe o principal no particpio.Ex.:Embora tenha herdado bastante dinheiro, no comprou nenhum carro importado.Pretrito Perfeito Composto do Subjuntivo(herdar)Eu tenha herdadoTu tenhas herdadoEle/ela tenha herdadoNs tenhamos herdadoVs tenhais herdadoEles/elas tenham herdadoSubjuntivo pretrito mais-que-perfeito composto- DicionrioportugusPretrito Mais-Que-Perfeito Composto do Subjuntivo:expressa um fato que ocorreu aps outro que j terminou, usa tambm os verbos auxiliares "ter" ou "haver" noPretrito Imperfeito do Subjuntivoe o principal no particpio.Ex.:Eu teria casado com Fernando, se no tivesse me apaixonado por outro homem.Pretrito Mais Que Perfeito Composto do Subjuntivo(casar)Se eu tivesse casadoSe tu tivesses casadoSe ele/ela tivesse casadoSe ns tivssemos casadoSe vs tivsseis casadoSe eles/elas tivessem casadoSubjuntivo futuro pretrito composto-DicionrioportugusFuturo Pretrito Composto do Subjuntivo:sua formao se d com os verbos auxiliares "ter" ou "haver" noFuturo do Subjuntivo simplese o principal no particpio, suaconjugaoutiliza asconjunesquando ou se em seu incio. J no fim, o "am" eliminado.Ex.:Quando voc ganhar nenm, j terei viajado pro interior.Futuro Pretrito Composto do Subjuntivo(falar)Se eu tiver faladoSe tu tiveres faladoSe ele/ela tiver faladoSe ns tivermos faladoSe vs tiverdes faladoSe eles/elas tiverem falado

Se overbofor regular, o radical muda em alguns tempos, modos ou pessoas. o caso dosverbos"ver", "vir", "ser", "dizer", "pr", etc. Logo o futuro do subjuntivo desses verbos irregulares :Futuro do Subjuntivo

Ver Vir DizerSe eu vir Se eu vier Se eu disserSe tu vires Se tu vieres Se tu vieresSe ele/ela vir Se ele/ela vier Se ele/ela disserSe ns virmos Se ns viermos Se ns dissermosSe vs virdes Se vs vierdes Se vs disserdesSe eles/elas virem Se eles/elas vierem Se eles/elas disseremInfinitivo pretrito pessoal- DicionrioportugusOInfinitivo Pretrito Pessoalse refere s pessoas do discurso tem o sujeito prprio, porm conta com o apoio dos verbos auxiliares "ter" ou "haver" noInfinitivo Pessoalpara sua conjugao. Portanto, o verbo principal no muda, sua terminao igual para todas as pessoas sendo que este verbo est noparticpio, o que altera so osverbos auxiliares.Infinitivo Pretrito Pessoal Composto(Verbo danar)Eu ter danadoTu teres danadoEle ter danadoNs termos danadoVs terdes danadoEles terem danadoImperativo afirmativo- DicionrioportugusImperativo Afirmativo:nas pessoas "tu" e "vs", overbo conjugado noPresente do Indicativo, eliminando a letras. No entanto, para as outras pessoas, "voc", "ns" e "vocs", conjuga-se o verbo noPresente do Subjuntivo, eles so idnticos.Ex.:Todos os dias tu compras roupas (s eliminado: Compra tu).Ex.:Todos os dias vs comprais roupas (s eliminado: Comprai vs).Ex.:Espero que vocs estudem: Estudem vocs

Imperativo Negativo

Imperativo Negativo:o negativo sempre precedido da palavra no, sua conjugao idntica aoPresente do Subjuntivopara todas as pessoas. Com exceo da primeira pessoa.Ex.:No fale alto!Imperativo Negativo(amar)No ames tuNo ame vocNo amemos nsNo ameis vsNo amem vocs