65
MACAÉ E SUA HISTÓRIA Módulo III C.E.M. Anísio Teixeira (Polivalente) 2017

Macae e sua História 3º encontro

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Macae e sua História   3º encontro

MACAÉ E SUA HISTÓRIA

Módulo III

C.E.M. Anísio Teixeira (Polivalente)2017

Page 2: Macae e sua História   3º encontro

MACAÉ E SUA HISTÓRIA

Módulo III

* Introdução: Razões do Povoamento* Ciclos Econômicos dos Séculos XVI e XVII: Pau Brasil, gado

bovino* Ameaça Estrangeira: Piratas, Corsários e Invasores

* As divisões territoriais* Os exploradores e proprietários : Os sete capitães e a

"Escritura Endiabrada"* A chegada da Cana de Açúcar

Page 3: Macae e sua História   3º encontro

Introdução: Razões do Povoamento

•Pau brasil.

•Defesa.

•Pecuária.

•Cana de Açúcar.

Page 4: Macae e sua História   3º encontro

Pau Brasil

•Primeiro produto deexploração do Brasil.

•Abundante em todolitoral – Mata Atlântica.

•Usado para produção detinta para tecidos.

•Obtido em sistema deescambo com os índios.

Page 5: Macae e sua História   3º encontro
Page 6: Macae e sua História   3º encontro

Defesa

•Povoamento do litoral/foz de rios.

•Construção de fortificações.

•Alianças com índios –influência dos missionários.

Page 7: Macae e sua História   3º encontro
Page 8: Macae e sua História   3º encontro

Pecuária

• Segundo produto explorado no Norte

Fluminense.

•Aproveitamento dos “campos nativos”, hoje

extintos.

•Regime extensivo – “gado selvagem”.

Page 9: Macae e sua História   3º encontro
Page 10: Macae e sua História   3º encontro

Cana de Açúcar

•Mais importante recurso agrícola do Brasil colonial.

•Bem adaptado ao Norte Fluminense.

•A economia canavieira disseminou-se a partir do século XVII.

• Exigiu muita mão de obra escrava.

Page 11: Macae e sua História   3º encontro
Page 12: Macae e sua História   3º encontro

Ciclos Econômicos dos Séculos XVI e XVII:

Pau Brasil e gado bovino

1

Page 13: Macae e sua História   3º encontro

Pau Brasil

Campos dos Goytacazes

Lagoa feia

Macaé

Cabo Frio

Page 14: Macae e sua História   3º encontro
Page 15: Macae e sua História   3º encontro

NORTE FLUMINENSE

RIO PARAÍBA DO SUL

LAGOA FEIA

MACAÉ

SÉCULO XVII-XVIIIREGIÃO DE CRIAÇÃO DE GADO

OCEANO ATLÂNTICO

Page 16: Macae e sua História   3º encontro
Page 17: Macae e sua História   3º encontro

Pau Brasil e Gado Bovino

• Pau Brasil – Século XVI.

• Gado Bovino – Séculos XVI e XVII.

• Pau Brasil – utilização de mão de obra indígena em larga escala, livre.

• Gado Bovino – também utilizou mão de obra indígena, livre, só que em baixa escala.

• Pau Brasil – baixíssimo impacto ambiental, exceto sobre a população da madeira em fase adulta (superior a 30\40 anos de idade).

• Gado Bovino - baixo impacto ambiental pela utilização de campos nativos e a limitada eficiência da coivara.

Page 18: Macae e sua História   3º encontro

CIDADES CUJA ORIGEM REMONTAM AO PAU

BRASILMacaé

Cabo FrioRio das OstrasSão Pedro da

AldeiaAraruama

SaquaremaMaricaParati

Macaé

Cabo Frio

Page 19: Macae e sua História   3º encontro

CIDADES CUJA ORIGEM REMONTAM AO GADO

MacaéCampos

São FidélisItaperuna

São João da Barra

Macaé

Campos

Page 20: Macae e sua História   3º encontro

Caminhos do Gado

Macaé

Macaé

N. Sa. Das Neves

Carapebus

Quissamã

Rio das Ostras

Conceição de Macabu

Caminho Fluvial – 30 a 35 Km\dia

Caminho Terrestre – 22 a 25 Km\dia

Page 21: Macae e sua História   3º encontro

Vocabulário do

Gado

Cabrunco: carbúnculo, doença do gado bovino.

Lamparão: morno, doença do gado equino.

Page 22: Macae e sua História   3º encontro

Ameaça Estrangeira: Piratas, Corsários e Invasores

2

Page 23: Macae e sua História   3º encontro

Presença de estrangeiros na região:

Page 24: Macae e sua História   3º encontro

Tentativa inglesa de invadir o Brasil pela região de Macaé e reação espanhola.

Page 25: Macae e sua História   3º encontro

Conclusão:

• Entre 1613 e 1615, após várias ameaças estrangeiras, o governo da Capitania do Rio de Janeiro tomou várias medidas para garantir a posse da região.

• 200 casais estabeleceram-se em Macaé. Eram indígenas, em sua maioria, chefiados pelo filho de Arariboia.

• Iniciaram a construção dos fortes de Cabo Frio e Macaé (São José do Morro Frio\Feio).

• Jesuítas iniciaram a Missão de São Pedro, para catequese dos índios, inclusive os goitacá.

• Os jesuítas João Lobato e João Almeida, divulgaram a existência de campos nativos (“campos dos goytacás”) e muita água, propícios as criações de gado.

Page 26: Macae e sua História   3º encontro

Defesa e catequese: O Forte e os Jesuítas

3

Page 27: Macae e sua História   3º encontro

O Forte

• Localizado onde está.

• Inicialmente de taipa.

•Construção da muralharemonta ao século XVIII.

•Construção iniciada em 1613,concluída entre 1615 e 1616.

•Chamava-se Forte de São Josédo Morro Frio\Feio.

Page 28: Macae e sua História   3º encontro

Aldeias Missionárias

• Produto da Contrarreforma.

• Estratégia inventada pelo missionáriojesuíta Manuel da Nóbrega, adotada emtodo continente.

• Objetivos: catequese; formação de mãode obra; formação de forças militares;produção de gêneros agrícolas emilitares.

• Uma das razões para escravidãoindígena ser “discriminada” e regulada,quase anulada.

Page 29: Macae e sua História   3º encontro

Rio de Janeiro

Macaé

Page 30: Macae e sua História   3º encontro

A Fazenda dos Jesuítas

• No dia 01 de agosto de 1630 os jesuítas solicitam a doação de uma sesmaria entre o rio Macaé e o rio Leripe (Rio das Ostras).

• No dia 01 de novembro de 1630 conseguiram a sesmaria.

• Tomaram posse da mesma nos dias 20 e 21 de novembro daquele ano.

Page 31: Macae e sua História   3º encontro
Page 32: Macae e sua História   3º encontro

A Fazenda dos Jesuítas

• Foram instalados currais paracriação e repouso do gado quevinha de Campos para o Rio.

• No início do século XVIIIiniciaram as plantações decana-de-açúcar.

• A sesmaria foi dividida emduas fazendas, uma com sedena base do morro de Santana ea outra em Imboassica.

Page 33: Macae e sua História   3º encontro
Page 34: Macae e sua História   3º encontro

As divisões territoriais4

Page 35: Macae e sua História   3º encontro

Macaé no contexto das capitanias hereditárias

Capitania de São Tomé –1536 a 1565.

Capitania do Rio de Janeiro - 1565 a 1821

Page 36: Macae e sua História   3º encontro

Capitania de São Tomé

Capitania de São Vicente

Page 37: Macae e sua História   3º encontro

Macaé nas divisões municipais até 1813

São Salvador dos Campos dos Goytacazes

São Pedro de Cantagalo

Macaé

Nossa Senhora da Assunção de Cabo Frio

São Sebastião do Rio de Janeiro

Page 38: Macae e sua História   3º encontro

Rio de Janeiro – 1813/1814

São Salvador de Campos dos Goitacazes

São João de Macahé

São Pedro de Cantagallo

Nossa Senhora da Assunção de Cabo Frio

São Lourenço/Niterói

São Sebastião do Rio de JaneiroSão João da BarraConceição de Macabu – hoje em dia

Page 39: Macae e sua História   3º encontro
Page 40: Macae e sua História   3º encontro
Page 41: Macae e sua História   3º encontro
Page 42: Macae e sua História   3º encontro
Page 43: Macae e sua História   3º encontro

Os exploradores e proprietários : Os Sete Capitães e a "Escritura Endiabrada"

5

Page 44: Macae e sua História   3º encontro

Quem eram os 7 Capitães?

• Sete militares portugueses que lutaram contra franceses, ingleses,holandeses e índios.

• Gonçalo Correia de Sá

• Manuel Correia de Sá

• Duarte Correia Vasqueanes

• Miguel Aires Maldonado – líder.

• João de Castilho Pinto.

• Miguel Riscado

• Antonio Pinto Pereira

Page 45: Macae e sua História   3º encontro
Page 46: Macae e sua História   3º encontro

O que pretendiam?

• Falidos, devido às muitas guerras em que se envolveram,solicitaram as terras da Capitania de São Tomé, entre o rioMacaé e o Iguaçu.

• Rio Iguaçu se localizava na altura do Cabo de São Tomé – fozdo Paraíba do Sul.

• 1627 - Martim Correia de Sá, governador, concedeu-lhes"desde o rio Macaé, correndo a costa, até o rio Iguaçu, aonorte do cabo de São Tomé e para o sertão até o cume dasserras".

Page 47: Macae e sua História   3º encontro

1. Rio Paraíba do Sul

2. Cabo de São Tomé

3. Lagoa Feia

4. Rio Macaé

5. Serras

6. Planície Litorânea

1

2

3

4

5 6

Page 48: Macae e sua História   3º encontro

1ª Viagem – 1632 a 1633• Notícias sobre a ferocidade dos índios adia a viagem.

• 28 – 11 – 1632 -> Saíram de Cabo Frio, de barco, total de 17 pessoas (7 Capitães e filhos, agregados, escravos ).

• 2 – 12 – 32 saíram C. Frio, chegaram Macaé em 11/12descreveram choupanas de palha, mamelucos e pescadores.

• 12 – 12 – 32 -> Seguiram em barco à vela p/o cabo de são Tomé ( RioIguaçu ). Seguiram 8 homens para marcar as terras.

• Desistiram da empreitada e resolveram seguir por terra.

• 13 – 12 -32 -> Reuniram mantimentos e aguardente, além demiçangas para trocar com os índios.

• 19 – 12 – 32 -> Seguiram viagem com 2 índios batedores: Miguel eValério Corsunga; levaram armas de fogo, lanças e carregadores.

Page 49: Macae e sua História   3º encontro
Page 50: Macae e sua História   3º encontro

1ª Viagem – 1632 a 1633

• 22 – 12 – 32 -> Primeiro contato com índios que chegaram doacampamento, sendo agraciados com presentes. O Chefe ofereceupousada recebeu um espelho, espantando-se. “Acampamos perto daaldeia deles.”

• Os índios dão notícias de uma grande lagoa de água doce, rica empesca. Achamos o lago, grande, de águas turvas, que chamamos deLagoa Feia.

• 23 – 12 – 32 -> Seguiram com 16 índios e o chefe chegando ao cabode São Tomé.

• Após acamparem constataram a rica planície cheia de carapebus, avemarinha. Caçaram as aves e deram o nome das mesmas à lagoa -Lagoa de Carapebus.

• 01 – 1633 -> Chegaram a Macaé.

Page 51: Macae e sua História   3º encontro
Page 52: Macae e sua História   3º encontro

2ª Viagem – 1633 a 1634

• 17/10/1633 -> Viagem do rio a Araruama entre 17 e 20/10.

• 30/10/1633 -> Seguiram p/sesmaria c/ 10 novilhas e dois touros ( Riscado),três novilhas e uma vaca ( Castilho ).

• 27/10/33 -> Macaé. Domingos Leal.

• 31/10/33 -> Partiram de Macaé, pernoitaram na Lagoa de Carapebus.

• 1 – 11 – 33 -> Fedor de um lago onde os peixes morriam porque o mesmosecava.

• 2 – 11 – 33 -> Seguiram pelo lago e discutiram a necessidade de dar nomes atudo. O lago recebeu o nome de Jagabra.

• 4 – 11 - 33 -> encontraram náufragos na tribo.

Page 53: Macae e sua História   3º encontro
Page 54: Macae e sua História   3º encontro

2ª Viagem – 1633 a 1634

Page 55: Macae e sua História   3º encontro
Page 56: Macae e sua História   3º encontro

3ª Viagem – 1634 a 1635

• 3 – 12 – 34 -> Saída de Cabo Frio

• 8 – 12 – 34 -> Chegada a um curral próximo a Lagoa de Carapebus.

• 7 – 1 – 34 -> Descoberta e batismo do Rio Macabu

• 7 – 1 Contato com o náufrago Quissamã

Page 57: Macae e sua História   3º encontro

Rio Macabu

• ‘’(...) atravessando parte da lagoa Feia até o oeste onde passamos poruns chavascais em direitura a um rio que topamos da parte do oeste, aoqual lhe demos o apellido de Macabu, derivado do Rio Macabu, masvizinhanças do Rio de Janeiro. D’este rio seguio ao cume das serras.’’

Page 58: Macae e sua História   3º encontro

Quissamã

Page 59: Macae e sua História   3º encontro

A Escritura Endiabrada

Page 60: Macae e sua História   3º encontro

A Escritura Endiabrada

• Redivisão das terras em 12 partes, cabendo 4,5 aos capitãese seus herdeiros; 3 ao governador Salvador Correia de Sá eBenevides; 3 aos Jesuítas; 1 ao provedor Pedro de SousaPereira e 0,5 aos Beneditinos.

Page 61: Macae e sua História   3º encontro

A chegada da Cana de Açúcar

6

Page 62: Macae e sua História   3º encontro

NORTE FLUMINENSE

RIO PARAÍBA DO SUL

LAGOA FEIA

MACAÉ

SÉCULO XVIII-XIXREGIÃO DE PLANTAGEM

CANAVIEIRAOCEANO ATLÂNTICO

Page 63: Macae e sua História   3º encontro

Cana de

Açúcar

Plantada na Capitania de São Tomé: 1545.

Perdeu espaço para o gado nos séculos seguintes.

Reinicio da produção em 1651: Engenho São Salvador.

Page 64: Macae e sua História   3º encontro

Engenho Central

Quissamã

Primeiros engenhos de açúcar datam do século XVII em Macaé.

Quissamã e Carapebus foram os maiores produtores em Macaé, até

início do século XX.O ciclo canavieiro durou mais de 200

anos em toda região.

Page 65: Macae e sua História   3º encontro

Consequencias:

Economia de

Plantationou

Plantagem

Uso intenso da mão de obra escrava, africana ou

afrobrasileira (crioula).

Grande impacto ambiental: queimadas, desmatamentos,

vinhoto, etc.

Surgimento de uma elite regional: “barões do açúcar”.