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Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética Consolidação do Processo de Alfabetização & Unidade 3

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Apropriação doSistema de Escrita Alfabética

Consolidaçãodo Processo de Alfabetização

&

Unidade 3

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Objetivos do Caderno• Compreender que a aprendizagem da escrita alfabética

constitui um processo de apropriação de um sistema de notação e não a aquisição de um código;

• Refletir sobre a concepção de alfabetização, na perspectiva do letramento, aprofundando o exame das contribuições da psicogênese da escrita, de obras pedagógicas do PNBE do Professor e de outro publicados pelo MEC;

• Refletir sobre as relações entre consciência fonológica e alfabetização, analisando e planejando atividades de refleão fonológica e gráfica, utilizando materiais distribuidos pelo MEC.

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1. Apropriação do Sistema de Escrita Alfabética pelas crianças

Que caminhos percorrem?

Como aprendem

Como podemos auxiliá-las em sua

trajetória de aprendizagem?

Ensino e Intervenção

Artur Gomes de Morais Tânia Maria S.B. Rios Leite Carolina Figueiredo de Sá

Ana Cláudia R. Gonçalves Pessoa

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1.1 Alfabetização, letramento e princípios da educação

Segundo Brasil, 2012, p. 10:

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Se dê de forma estreitamente articulada às comunidades [...], ampliando e valorizando os conhecimentos e vínculos das crianças com a realidade em que vivem.

“Para que o processo de alfabetização das

crianças contribua com o fortalecimento

das identidades coletivas e diversos

saberes dos povos do campo [e da área

urbana] é preciso que:

Neste sentido, não podemos dissociar: O desenvolvimento dos processos

cognitivos dos formativos;A alfabetização das práticas sociais e

culturais de escrita e leitura;O ensino das disciplinas escolares

com os contextos econômicos, políticos e ambientais em que as

crianças [...] estão inseridas”.

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1.2 Alguns princípios do Sistema de Escrita Alfabética

SEA

Mero Código

Mero Código

Como ensinar a Língua Escrita

Métodos e Processos

Sistema Notacional

Trabalho Cognitivo e Conceitual

O que as letras notam?

As crianças formulam ideias variadas sobre o

SEA

Como as letras notam?

As crianças formulam ideias variadas sobre o

SEA

Como as crianças aprendem o SEA

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Diferentes Contribuições

“[...] a escrita é um sistema notacional (FERREIRO, 1985, MORAIS, 2005), ou seja, é constituído de regras próprias e princípios abstratos e seu aprendizado implica um processo cognitivo complexo e conceitual por parte do aprendiz” (BRASIL, 2012, p. 10).

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Método Tradicional

Segundo Moraes, pg. 46 – 2013:

“Pressupõe que o aluno aprende repetindo e memorizando e decorando a equivalência entre

as formas gráficas(letras) e os sons que elas substituem(fonemas), os aprendizes viriam a ser

capazes de ‘decodificar’, ‘codificar’ palavras”.

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Quando ocorre na escrita da criança

Transcrição: Intencionais

Falta: Não conhece a

letra

Erro: Não conhece as

regras

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Propriedades do SEA:

“O que o aprendiz precisa reconstruir para se tornar alfabetizado”.

MORAIS, 2012 apud BRASIL, 2012, p. 11

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1. Escreve-se com letras, que não podem ser inventadas, que têm um repertório finito e que são diferentes de números e de outros símbolos.

– Exemplo: A escrita da palavra bola não pode ser inventada ou escrita com números e outros símbolos

BOLA % Ѯ Ѫ 5 ۞ = BOLA?

– Sugestão de atividades:Leve para a sala de aula palavras escritas com

outros símbolos ou números e peçam as crianças para ler. Ou então, peça que escrevam palavras usando outros símbolos, troquem entre si, e tentem ler. Tente ler:

میں جس اور ہے جنڈل رکھا ریکارڈ کا وزٹرز کے سکتا جا کیا نہیں ایجاد جو خط یہ

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2. As letras têm formatos fixos e pequenas variações produzem mudanças na identidade das mesmas (p, q, b, d), embora uma letra assuma formatos variados (P, p, P, p).

– A letra P será sempre “P”, e se mudar o sentido e a direção de sua grafia não será mais a letra “P”

– Sugestão de atividades:Peça aos alunos que troquem as letras d, q, b e p,

em palavras para ver o que acontece:

bola pola, dola, qoladocumento pocumento, bocumento, qocumento

Essas palavras existem no SEA?

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3. A ordem das letras no interior da palavra não pode ser mudada.

4. Uma letra pode se repetir no interior de uma palavra e em diferentes palavras, ao mesmo tempo em que distintas palavras compartilham as mesmas letras.

– Ex. GATO AGTO ATOG GAOTÉ possível de ser lido? Há sentido dentro do SEA?

Existem dentro do SEA?

– Ex.: ELEFANTE ELEGANTE BELEZA

5. Nem todas as letras podem ocupar certas posições no interior das palavras e nem todas as letras podem vir juntas de quaisquer outras.

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6. As letras notam ou substituem a pauta sonora das palavras que pronunciamos e nunca levam em conta as características físicas ou funcionais dos referentes que substituem.

• O signo carro é composto;• Significado:

Veículo de Transporte• Significante:

Fônico: [KaRu] Gráfico: CARRO

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7. As letras notam segmentos sonoros menores que as sílabas orais que pronunciamos.

Ex.: – Apto (a – pi - to ) – Técnica (te – ki – ni - ca)

– Afta (a – fi – ta)

8. As letras têm valores sonoros fixos, apesar de muitas terem mais de um valor sonoro e certos sons poderem ser notados com mais de uma letra.

Ex.: – Março – Marsso– Faço – Fasso

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9. As sílabas podem variar quanto às combinações entre consoantes e vogais (CV, CCV, CVV, CVC, V, VC, VCC, CCVCC...), mas a estrutura predominante no português é a sílaba CV (consoante-vogal), e todas as sílabas do português contêm, ao menos, uma vogal.Ex.: – CV FOCA– CCV CLARO– CVV CÃO

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1.3 O percurso das crianças para compreenderem o SEA e

possíveis intervenções didáticas dos professores

As crianças elaboram hipóteses originais e coerentes

sobre o sistema de escrita no

decorrer de sua

alfabetização

Escrita espontânea

Similaridades

“Períodos da Construção

do SEA pelas crianças”

(FERREIRO; THEBEROSKY,

1986)

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Etapas do Processo Alfabético

Silábico -alfabético

Silábico

Pré-silábico

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Pré-silábico

• A criança ainda não entende que a escrita registra a sequência de “pedaços sonoros” das palavras;

• Num momento muito inicial, a criança, ao distinguir desenho de escrita, começa a produzir rabiscos, bolinhas e garatujas que ainda não são letras;

Características

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Pré-silábico

• De acordo com a observação das palavras ao seu redor (e aprendendo a reproduzir seu nome próprio ou outras palavras), ela passa a usar letras, mas sem estabelecer relação entre elas e as partes orais da palavra que quer escrever. Ou seja, ainda não compreende que o que a escrita representa (nota) são os sons da fala e não os próprios objetos com suas características.

Características• Pode, inclusive, apresentar o que alguns

estudiosos chamaram de realismo nominal, que a leva a pensar que coisas grandes (casa, carro, boi) seriam escritas com muitas letras, ao passo que coisas pequenas (formiguinha, por exemplo) seriam escritas com poucas letras.

A criança cria duas hipóteses absolutamente originais:

• A hipótese de quantidade mínima, segundo a qual é preciso ter no mínimo 3 (ou 2) letras para que algo possa ser lido;

• A hipótese de variedade, ao descobrir que, para escrever palavras diferentes, é preciso variar a quantidade e a ordem das letras que usa, assim como o próprio repertório de letras que coloca no papel.

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Pré-silábico

A criança cria duas hipóteses absolutamente originais:

• A hipótese de quantidade mínima, segundo a qual é preciso ter no mínimo 3 (ou 2) letras para que algo possa ser lido;

• A hipótese de variedade, ao descobrir que, para escrever palavras diferentes, é preciso variar a quantidade e a ordem das letras que usa, assim como o próprio repertório de letras que coloca no papel.

Características

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Silábico

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Silábico

• “A criança descobre que o que coloca no papel tem a ver com as partes orais que pronuncia, ao falar as palavras. Ingressa, assim, no período denominado por Ferreiro de ‘fonetização’ da escrita”.

(FERREIRO, 1985).

Características• Num momento de transição inicial, a criança

ainda não planeja, cuidadosamente, quantas e quais letras vai colocar para cada palavra, mas demonstra que está começando a compreender que a escrita nota a pauta sonora das palavras, porque, ao ler o que acabou de escrever, busca fazer coincidir as sílabas orais que pronuncia com as letras que colocou no papel, de modo a não deixar que sobrem letras (no que escreveu).

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Silábico

As escritas silábicas estritas seguem uma regra exigente: uma letra para cada sílaba pronunciada. Tais escritas podem ser de dois tipos:

1. Silábicas quantitativas ou “sem valor sonoro”, nas quais a criança tende a colocar, de forma rigorosa, uma letra para cada sílaba pronunciada, mas, na maior parte das vezes, usa letras que não correspondem a segmentos das sílabas orais da palavra escrita.

Características

2. Silábicas qualitativas ou “com valor sonoro”, nas quais a criança se preocupa não só em colocar uma letra para cada sílaba da palavra que está escrevendo, mas coloca letras que correspondem a sons contidos nas sílabas orais daquela palavra.

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Silábico -alfabético

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Silábico -alfabético

• Um novo e enorme salto qualitativo ocorre e a criança começa a entender que o que a escrita nota ou registra no papel tem a ver com os pedaços sonoros das palavras, mas que é preciso “observar os sonzinhos no interior das sílabas”.

• Começa, assim, a compreender, da mesma forme que os indivíduos já alfabetizados, o como a escrita nota a fala, percebendo que as letras representam sons menores que as sílabas, embora ainda oscile entre registrá-las com apenas uma letra (hipótese silábica) e registrá-las observando as relações entre grafemas-fonemas (hipótese alfabética).

Características

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Alfabético

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AlfabéticoAlfabético

• As crianças escrevem com muitos erros ortográficos, mas já seguindo o princípio de que a escrita nota, de modo exaustivo, a pauta sonora das palavras, colocando letras para cada um dos “sonzinhos” que aparecem em cada sílaba, pois acreditam que a escrita é a transcrição exata da fala.

• É apenas nesta fase que as crianças devem começar a refletir de forma sistemática sobre as convenções ortográficas, assim como só a partir daí é que se recomenda a escrita frequente em letra cursiva.

Características“Devemos estar alertas, no entanto, para o fato de que ter alcançado uma hipótese alfabética não é sinônimo de estar alfabetizado. Se já compreendeu como o SEA

funciona, a criança tem agora que dominar as convenções som-grafia de nossa língua. A consolidação

da alfabetização, direito de aprendizagem a ser assegurado nos segundo e terceiro anos do primeiro ciclo, é o que vai permitir que nossas crianças leiam e

produzam pequenos textos, com autonomia [...]”

(BRASIL, 2012, p. 19, grifos nossos)

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1.4 Consciência Fonológica:O que é?

Qual sua importância para a alfabetização?

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A consciência fonológica consiste na capacidade de refletir

conscientemente sobre as unidades sonoras das palavras e

de manipulá-las de modo intencional (GOMBERT,

1990; FREITAS, 2004; MORAIS,2006).

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Segundo FREITAS, 2004; MORAIS e LEITE, 2005 apud BRASIL, 2012, p. 20, grifo nosso:

“A consciência fonológica é um vasto conjunto de habilidades que nos permitem refletir sobre as partes

sonoras das palavras e manipulá-las intencionalmente”.

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Exemplos de Habilidades

Observar que a palavra “janela”

tem 3 “pedaços” (sílabas), que a palavra “casa”

tem 2 “pedaços” e que, portanto, a primeira palavra é

maior;

Identificar, ao lhe mostrarmos 4

figuras (gato, bode, galho e mola), que as palavras gato e

galho são as que “começam

parecido”, porque começam com /ga/;

Falar cavalo, quando lhe

pedimos que diga uma palavra começada com o

mesmo pedaço que aparece no

início da palavra casa;

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Exemplos de Habilidades

Identificar que no interior das palavras serpente e camaleão há outras palavras (pente, leão, cama);

Identificar, ao lhe mostrarmos 4 figuras (chupeta, galinha, panela, varinha), que as palavras galinha e varinha terminam parecido, isto é, rimam;

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Exemplos de Habilidades

Falar palavras como caminhão ou

macarrão, quando lhe pedimos que diga

uma palavra que rime com feijão;

Identificar, ao lhe mostrarmos 4 figuras

(vestido, martelo, vampiro, coruja), que as palavras

vestido e vampiro são as que começam parecido,

porque começam “com o mesmo sonzinho”.

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São os casos da norma ortográfica

que não têm regras.

São os casos da norma ortográfica

que têm regras.

Regularidades

Ortográficas

Irregularidades Ortográficas

Alfabetização

Exemplo:Uso de H inicial ou de X e CH.

Exemplo:Uso de r ou rr. Quando usar:

Exemplo:r equivale a /R/

No início de palavras: roda, rico;

Exemplo:r equivale a /R/

Depois de consoante: honra;

Exemplo:Equivale a /r/Entre vogais: ferida, moral;

Exemplo:rr equivale a /R/

Entre vogais: Ferro, morrer.

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“[...] não devemos nunca reduzir consciência fonológica a consciência sobre os fonemas das

palavras. Na realidade, diferentes pesquisas (MORAIS, 2004; AZEVEDO; MORAIS, 2011) têm

demonstrado que mesmo crianças já alfabetizadas (inclusive por métodos fônicos) são praticamente

incapazes de segmentar palavras dizendo um a um seus fonemas ou, inversamente, recompor uma

palavra sintetizando seus fonemas escutados sequencialmente um a um”. (BRASIL, 2012, p. 21)

Sempre acreditando que os alunos não têm que descobrir tudo

sozinhos, entendemos que nós, professores, podemos ajudá-los

mais se temos clareza sobre quais são as propriedades do

sistema de escrita alfabética que eles precisam reconstruir.

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TAREFA DE CASA...

1. Retomar o quadro de “Acompanhamento da aprendizagem” (Perfil da sala ?????) de sua turma em relação apropriação do Sistema de Escrita Alfabética e analisá-lo com base nas seguintes questões:

2. Planejar uma aula inspirada na experiência relatada na seção “Compartilhando”, utilizando o livro didático.

– O que os alunos já sabem sobre a escrita? – O que eles ainda precisam aprender sobre a escrita?

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Realização: