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Escola Estadual de Ensino Médio Jovem Gonçalves Vilela 3º ano, turma B . O Cortiço Aluísio Azevedo Laercio Guimarães Miranda Nº24 Felipe Canofre Ferreira Nº11

Trabalho de Lingua Portuguesa

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Page 1: Trabalho de Lingua Portuguesa

Escola Estadual de Ensino Médio Jovem Gonçalves Vilela3º ano, turma B .

O CortiçoAluísio Azevedo

Laercio Guimarães Miranda Nº24Felipe Canofre Ferreira Nº11

Sandra Maria Candido

Page 2: Trabalho de Lingua Portuguesa

Sumario:

Epigrafe.............................................................................................................03Introdução........................................................................................................04Desenvolvimento.............................................................................................05

Estilo de época......................................................................................05Síntese....................................................................................................06Personagens..........................................................................................07Cenas importantes da obra..................................................................08Cenario...................................................................................................09Período em que a obra pertence..........................................................10

Referencias bibliográficas..............................................................................11

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Epigrafe:

"Uma aluvião de cenas, que ela [Pombinha] jamais tentara explicar e que até ali jaziam esquecidas nos meandros do seu passado, apresentavam-se agora nítidas e transparentes. Compreendeu como era que certos velhos respeitáveis, cujas fotografias Léonie lhe mostrara no dia que passaram juntas, deixavam-se vilmente cavalgar pela loureira, cativos e submissos, pagando a escravidão com a hora, os bens e até com a própria vida, se a prostituta, depois de os ter esgotado, fechava-lhes o corpo. E continuou a sorrir, desvanecida na sua superioridade sobre esse outro sexo, vaidoso e fanfarrão, que se julgava senhor e que, no entanto, fora posto no mundo simplesmente para servir ao feminino; escravo ridículo que, para gozar um pouco, precisava tirar da sua mesma ilusão a substância do seu gozo; ao passo que a mulher, a senhora, a dona dele, ia tranquilamente desfrutando o seu império, endeusada e querida, prodigalizando martírios que os miseráveis aceitavam contritos, a beijar os pés que os deprimiam e as implacáveis mãos que os estrangulavam. - Ah, homens! homens! ... sussurrou ela de envolta com um suspiro."

(Aluísio de Azevedo, O Cortiço)

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Introdução:

O cortiço é um livro escrito pelo Aluísio Azevedo, publicado no ano de 1890, foi a primeira obra brasileira a expor um relacionamento entre duas mulheres. O autor retrata a realidade da sociedade brasileira da época, a qual é formada por portugueses, os burgueses, os negros e os mulatos, pessoas querendo mais e mais dinheiro e poder, pensando em si só, ao mesmo tempo em que presenciam a miséria, ou mesmo a simplicidade de outros.

É uma das principais obras do naturalismo no Brasil, onde os personagens principais são os moradores de um cortiço no Rio de Janeiro, na favela, onde moram os excluídos da sociedade da época, todos aqueles que não se misturavam com a burguesia, e todos eles possuindo os seus problemas e vícios, decorrentes do meio em que vivem.

Aluísio escreve 'O Cortiço' sob as bases do darwinismo, com a teoria do evolucionismo. Sob aspectos naturalistas, isto é, sob olhar científico, a narração se desenvolve. Propício à promiscuidade, característica do naturalismo. Ao contrário do que se desenvolvia no romantismo, Aluísio descreve o coletivo, explicitando a animalização do ser humano, movido pelo instinto e o desejo sexual, onde inaugura uma classe nunca antes representada: o proletário, evidenciando a desigualdade social vivenciada pelo Brasil, juntamente com a ambição do capitalismo selvagem.

Informações e curiosidades sobre o autor da obra:

O Aluísio Azevedo tinha o hábito de, antes de escrever seus romances, desenhar e pintar, sobre papelão, as personagens principais mantendo-as em sua mesa de trabalho, enquanto escrevia.; foi Novelista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista brasileiro; Após conhecer o cotidiano e a vida política carioca, passou a trabalhar como chargista em alguns jornais da cidade.;Em 1881 chocou a sociedade local com o lançamento de "O mulato", primeiro romance Naturalista da literatura brasileira.; Na sua infância à adolescência, Aluísio estudou em São Luís e trabalhou como caixeiro e guarda-livros.;Seus temas prediletos foram o anticlericalismo, a luta contra o preconceito de cor, o adultério, os vícios, o povo humilde.

Desenvolvimento:

Estilo de época:

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O naturalismo é uma ramificação do Realismo e uma das suas principais características é a retratação da sociedade de uma forma bem objetiva.

Os naturalistas abordam a existência humana de forma materialista. O homem é encarado como produto biológico passando a agir de acordo com seus instintos, chegando a ser comparado com os animais (zoomorfização).

Segundo o Naturalismo, o homem é desprovido do livre-arbítrio, ou seja, o homem é uma máquina guiada por vários fatores: leis físicas e químicas, hereditariedade e meio social, além de estar sempre à mercê de forças que nem sempre consegue controlar. Para os naturalistas, o homem é um brinquedo nas mãos do destino e deve ser estudado cientificamente.

Alguns exemplos presentes na obra:

Revelação da miséria urbana; Enfoque nas classes marginais; Determinismo do meio (tese dominante); Domínio do coletivo sobre o individual; Desagregação dos instintos.

Síntese:

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João Romão, Português, branco e ambicioso, ajuntando dinheiro a poder de penosos sacrifícios, compra pequeno estabelecimento comercial no subúrbio da cidade do Rio de Janeiro. Ao lado morava uma preta, escrava fugida, trabalhadeira que possuía uma quitanda e umas economias. Os dois amasiam-se, passando a escrava a trabalhar como burro de carga para João Romão. Com o dinheiro de Bertoleza (assim se chamava a ex-escrava), o português comprou algumas braças de terra e alarga sua propriedade. Para agradar a Bertoleza forja uma falsa carta de alforria. Com decorrer do tempo João Romão compra mais terras e nelas constrói três casinhas que imediatamente aluga. O negocio da certo e novos cubículos se vão amontoando na propriedade do português. A procura de propriedade é enorme, e João Romão ganancioso, acaba construindo vastos e movimentado cortiço. Ao lado vem morar outro português, mas de classe elevada, com certos ares de pessoa importante, o Senhor Miranda, cuja mulher leva vida irregular. Miranda não se dá com João Romão, nem vê com bons olhos o cortiço perto de sua casa. No cortiço moram os mais variados tipos: brancos, pretos, mulatos, lavadeiras, malandros, assassinos, vadios, benzedeiras etc. Entre outros: a machona, lavanderia gritalhona, cujos os filhos não se pareciam uns com os outros, Alexandre, mulato, pernóstico; Pombinha, moça franzina que se desencaminha por influenciadas más companhia; Rita Baiana, mulata faceira que andava amigada na ocasião com Firmo, malandro valentão; Jerônimo e sua mulher, e outros mais. João Romão tem agora pedreira que lhe dá muito dinheiro. No cortiço há festas com certa freqüência, destacando-se nelas Rita Baiana como dançarina provocante e sensual, o que faz Jerônimo perder a cabeça. Enciumado, Firmo acaba brigando com Jerônimo e, hábil na capoeira, abre a barriga do rival com navalha e foge. Naquela mesma rua, outro cortiço se forma. Os moradores do cortiço de João Romão chamam de Cabeça de Gato, como revide, recebem o apelido de Carapicus. Firmo passara a morar no Cabeça de Gato, onde se torna chefe dos malandros. Jerônimo, que havia sido internado em um hospital após a briga com Firmo, arma emboscada traiçoeira para o malandro e o mata a pauladas, fugindo em seguida com Rita Baiana, abandonando a mulher. Querendo vingar a morte de Firmo, os moradores do Cabeça de Gato travam seria briga com os Carapicus. Um incêndio, porem, em vários barracos do cortiço de João Romão põe fim á briga coletiva. O português, agora endinheirado, reconstrói o cortiço, dando-lhe nova feição e pretende realizar um objetivo que há tempos vinha alimentando: casar-se com uma mulher de fina educação, legitimamente. Lança os olhos em Zulmira, filha do Miranda. Botelho, um velho parasita que reside com a família do Miranda e de grande influência junto deste, aplaina o caminho para João Romão, mediante o pagamento de vinte contos de réis. E em breve os dois patrícios, por interesse, se tornam amigos e o casamento é coisa certa. Só há uma dificuldade: Bertoleza. João Romão arranja um piano para livrar-se dela: manda um aviso aos antigos proprietários da escrava, denunciando-lhe o paradeiro. Pouco tempo depois, surge a policia na casa de João Romão para

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levar Bertoleza aos seus antigos senhores. A escrava compreende o destino que lhe estava reservado, suicida-se, cortando o ventre com a mesma faca com que estava limpando o peixe para a refeição de João Romão.

Personagens:

JOÃO ROMÃO – taverneiro português, dono da pedreira e do cortiço . Representa o capitalista explorador. BERTOLEZA – quitandeira, escrava cafuza que mora com João Romão, para quem ela trabalha como uma máquina. MIRANDA – comerciante português. Principal opositor de João Romão. Mora num sobrado aburguesado, ao lado d o cortiço . JERÔNIMO – português “cavouqueiro”, trabalhador da pedreira de João Romão, representa a disciplina do trabalho. RITA BAIANA – mulata sensual e provocante que promove os pagodes n o cortiço . Representa a mulher brasileira. PIEDADE – portuguesa que é casada com Jerônimo. Representa a mulher européia. CAPOEIRA FIRMO – mulato e companheiro que se envolve com Rita Baiana. ARRAIA-MIÚDA – representada por lavadeiras, caixeiros, trabalhadores da pedreira e pelo policial Alexandre.

Cenas importantes da obra:

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O Cortiço

A Favela

Cenário:

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Bairro de Botafogo

Este é o bairro onde ocorre a estória.

O Cortiço

Este é um local amontoado de casebres mal-arranjados, onde os pobres vivem.

O Sobrado

O sobrado aristocratizante do comerciante Miranda e de sua família. O sobrado representa a burguesia ascendente do século XIX.

Período em que a obra pertence:

A obra O Cortiço representa o final do sec. XIX, onde ocorreu o bota-abaixo", que foi processo de demolição de cortiços e favelas a fim acabar com

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os focos das doenças perniciosas e promover a remodelação da cidade nos moldes de Paris, promovendo assim alargamento de ruas, a remodelação do porto e a supervisão das construções na cidade.

Porem teve graves consequências, uma delas foi a favelização, que acabou juntando os negros e pobres.

Referencias :

http://www.letraslivres.no.comunidades.net/trabalho-de-literatura-sobre-a-obra-o-cortico

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http://autoresdorealismo.spaceblog.com.br/499122/Aluizio-de-Azevedo-Curiosidades-e-suas-obras/http://pt.slideshare.net/mariainesvitorino/o-cortio-3-b-2011http://www.infoescola.com/literatura/naturalismo/http://literaturacricri.blogspot.com.br/2009/04/sintese-do-livro-o-cortico-de-aluisio.htmlhttp://guiadoestudante.abril.com.br/literatura/materia_415646.shtmlhttp://www.revistadehistoria.com.br/secao/reportagem/bota-abaixo