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Vidas secas

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PERSONAGENS - Fabiano: nordestino retirante, é explorado pelo patrão e tenta

sempre conter a raiva para não perder o emprego. 

- Baleia: cachorra da família, é muito querida pelas crianças. Pensa como gente e sofre com as dificuldades da seca e da falta de comida. 

- Sinhá Vitória: esposa de Fabiano, tenta evitar que o marido caia nas mentiras dos trapaceiros. É esperta e sabe fazer contas. 

- Menino mais velho e Menino mais Novo: filhos do casal, não são identificados com nomes. O mais novo admira o pai e o mais velho tem interesse pelas palavras, procurando ficar mais próximo da mãe. 

- Tomás da Bolandeira: amigo de Fabiano, aparece apenas em suas lembranças. 

- Patrão: dono da fazenda onde Fabiano se instala com sua família, é desonesto e explora os funcionários. 

- Soldado Amarelo: militar que convida Fabiano para jogar cartas

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CAPÍTULO 1 - MUDANÇA

Fabiano, Sinhá Vitória, o filho mais novo, o filho mais velho e a cachorra Baleia, cinco figuras secas, se arrastam pela seca caatinga.

Um dia antes eles eram em 6, mas a fome era tanta que a família comeu o papagaio.

Juntos a uma cerca, pararam para repouso e Fabiano foi explorar o local que havia sido abandonado pela seca.

Quando anoitece, Fabiano percebe que vai chover, a vida brotaria do chão e ele seria dono daquele local.

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CAPÍTULO 2 - FABIANO

A chuva veio, e o dono da fazenda expulsou Fabiano. Mas logo ofereceu um emprego de vaqueiro a ele.

Sinhá Vitória desejava ter a cama igual a de Seu Tomás, de couro.

Na fazenda, Fabiano previa que logo a seca voltaria, que o verde sumiria e que ele teria que apertar o cinto para encolher o estômago.

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CAPÍTULO 3 - CADEIA

Fabiano foi a feira comprar mantimentos, e sempre pensava que as pessoas a sua volta lhe passavam a perna pois ele tinha um vocabulário bem limitado.

Parou no bar para beber uma pinga, e foi chamado por um soldado amarelo para jogar cartas, mas perdeu o tudo. Fabiano saiu envergonhado e o soldado empurrara Fabiano que saiu sem se despedir.

O soldado continuou e Fabiano o xingou, dando motivos para ser preso.

Na prisão Fabiano conferia os mantimentos que havia comprado, e só pensara em sua família e que ele havia sido preso pelo seu vocabulário limitado, que ele não conseguiu explicar as autoridades.

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CAPÍTULO 4 – SINHÁ VITÓRIA

Sinhá Vitória acendia a fogueira para preparar a comida. Baleia vendo o fogo surgir fica agitada e sua dona lhe dá um pontapé.

Sinhá Vitória não estava bem, estava incomodada com sua cama de varas, queria uma igual a de Seu Tomás. Fabiano tentou fazer as contas para economizar mas se perdeu nos números.

Sinhá Vitória pensava o quanto era ruim seu marido quando se arrastavam pela caatinga.

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CAPÍTULO 5 – O MENINO MAIS NOVO

O menino mais novo admirava o pai, e não entendia como sua mãe, seu irmão e a Baleia não davam importância aos atos heroicos do pai.

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CAPÍTULO 6 – O MENINO MAIS VELHO Um dia o menino mais velho ouviu a

palavra “inferno” e ficou com dúvida. Foi perguntar para sua mãe, que distraída disse que era “ um lugar ruim demais”. Foi perguntar a seu pai, mas nem obteve resposta.

Ficou triste e começou a chorar, pois ele gostou tanto da palavra e não se conformava que “inferno” significava algo tão ruim.

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CAPÍTULO 7 - INVERNO

Fazia muito frio e a família estava envolta da fogueira, e não conseguiam dormir pois o vento gelado entrava pelas frestas.

Fabiano e Sinhá Vitória conversavam com palavras mal faladas, urros, sons guturais, falavam alto, mas conseguiam se entender.

Sinhá Vitória percebera que a chuva estava por vir e estava com medo de uma inundação.

Fabiano contara a mesma história com outras palavras e os meninos perceberam a mudança da história e agora, tudo era desinteressante.

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CAPÍTULO 8 - FESTA

Fabiano, Sinhá Vitória e os meninos iam à festa de natal na cidade. Todos estava bem vestidos.

Teriam que andar 3 horas, após um pouco, todos estavam com sapatos na mão e Baleia apareceu, Fabiano não concordava com sua presença até perceber que ele estava no mesmo nível da cachorra

Chegando no local, os meninos estranhavam com a multidão e tudo que estava a sua volta.

Na igreja Fabiano se sentia preso na multidão. Fora os meninos brincavam e Fabiano se embebedava. Na volta pra casa Sinhá Vitória pensara que a vida não era tão ruim, o que faltava era sua cama de couro.

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CAPÍTULO 9 - BALEIA

Baleia estava na beira da morte. Os pelos caíram, manchas negras apareceram na sua pele que estava cheia de feridas e sangramentos, sua boca cheia de feridas, dificultava sua alimentação.

Fabiano entendeu que seria melhor sacrifica-la e foi logo preparar a espingarda. Sinhá Vitória foi acalmar as crianças no quarto.

Baleia percebeu um estranho movimento de Fabiano com a arma apontada. O tiro acertou a parte traseira da cachorra, que saiu latindo e chorando.

Baleia procurou chegar nos juazeiros, mas não conseguiu, parou no caminho. Surgiu uma névoa branca que logo escureceu. A cachorra sentiu o cheiro de preás, pensou em morder Fabiano, mas desistiu, ele era seu mestre. Baleia quis dormir para acordar num mundo cheio de preás gordos.

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CAPÍTULO 10 - CONTAS

Fabiano vai acertar as contas com o patrão pois percebeu q o pagamento estava errado mas como ele era “ignorante” não sabia se defender. Fabiano pede para sinhá fazer as contas e percebe que os cálculos não são iguais e volta a falar com o patrão que quase o despede mais Fabiano pensa na família.

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CAPÍTULO 11 – O SOLDADO AMARELO Fabiano fazia uma busca por uma égua que

havia fugido. No meio do caminho é sentida uma presença estranha. Ao se virar, empunhando o facão, Fabiano se depara com o soldado amarelo que teme uma vingança.

Fabiano pensa no ocorrido da cidade e começa a pensar na sua prisão. Sentiu vontade de esfaquear o soldado e deixar seu corpo ai mesmo, onde seria comido pelos urubus e ninguém veria. Mas, Fabiano respeitou a autoridade.

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CAPÍTULO 12 – O MUNDO COBERTO DE PENAS

O mulungu (espécie de árvore) próximo ao bebedouro se enchia de aves de arribação.

Dona Vitória comentou com seu marido que as aves matariam os gado, ao beber água. Fabiano demorou um pouco para entender a relação entre aves e gado.

Então pegou-lhe a espingarda e começou a matar os pássaros.

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CAPÍTULO 13 - FUGA

A seca chegou, a fazenda secou, os animais morriam. Fabiano salgou um bezerro, e resolveu fugir com a família.

Fabiano queria levar a égua consigo, mas ele tinha uma divida imaginária impagável, qual seria o problema de legar a égua consigo, mais cedo, ou mais tarde ela morreria na seca. O patrão não se importava com a égua. Partiram ao anoitecer.

Na caminhada, Sinhá Vitória dizia a Fabiano que queria viver num lugar fixo, numa cidade, colocar os meninos para estudar e dar um futuro melhor a eles. Fabiano concordou e seguiram para o sul.

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(UFLA) Sobre a obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos, todas as alternativas estão corretas, EXCETO:a) O romance focaliza uma família de retirantes, que vive numa espécie de mudez introspectiva, em precárias condições físicas e num degradante estado de condição humana.b) O relato dos fatos e a análise psicológica dos personagens articulam-se com grande coesão ao longo da obra, colocando o narrador como decifrador dos comportamentos animalescos dos personagens.c) O ambiente seco e retorcido da caatinga é como um personagem presente em todos os momentos, agindo de forma contínua sobre os seres vivos.d) A narrativa faz-se em capítulos curtos, quase totalmente independentes e sem ligação cronológica e o narrador é incisivo, direto, coerente com a realidade que fixou.e) O narrador preocupa-se exclusivamente com a tragédia natural (a seca) e a descrição do espaço não é minuciosa; pelo contrário, revela o espírito de síntese do autor.

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(UNIARAXÁ) Leia o fragmento abaixo transcrito da obra Vidas Secas e responda a questão a seguir.Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, não se agüentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. Às vezes, utilizava nas relações com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos – exclamações, onomatopéias. Na verdade falava pouco. Admira as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas em vão, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas. (Graciliano Ramos)No texto, a referência aos pés:(A) Constitui um jogo de contrastes entre o mundo cultural e o mundo físico do personagem. (B) Acentua a rudeza do personagem, em nível físico. (C) Justifica-se como preparação para o fato de que o personagem não estava preparado para caminhada.(D) Serve para demonstrar a capacidade de pensar do personagem. (E) nda

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(FUVEST) Um escritor classificou Vidas secas como “romance desmontável”, tendo em vista sua composição descontínua, feita de episódios relativamente independentes e seqüências parcialmente truncadas.Essas características da composição do livro:

a) constituem um traço de estilo típico dos romances de Graciliano Ramos e do Regionalismonordestino.b) indicam que ele pertence à fase inicial de Graciliano Ramos, quando este ainda seguia os ditames do primeiro momento do Modernismo.c) diminuem o seu alcance expressivo, na medida em que dificultam uma visão adequada da realidade sertaneja.d) revelam, nele, a influência da prosa seca e lacônica de Euclides da Cunha, em Os sertões.e) relacionam-se à visão limitada e fragmentária que as próprias personagens têm do mundo.