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ENCEFALOPATIA HEPATICA

Encefalopatia hepática: conceito, causas diagnóstico e tratamento!

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ENCEFALOPATIA HEPATICA

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DEFINIÇÃO:

A encefalopatia hepática consiste em uma consequência da incapacidade hepática de eliminar as substâncias tóxicas presentes na corrente sanguínea, levando à deterioração da função cerebral.

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TIPOS

Atualmente, a encefalopatia hepática é dividida em três tipos:

Tipo A: encefalopatia relacionada à falência hepática aguda.

Tipo B: encefalopatia ligada ao “Bypass” porto-sistêmico.

Tipo C: encefalopatia associada com cirrose e hipertensão portal. Subdivide-se em outros tipos, que compreendem a encefalopatia esporádica, a encefalopatia persistente e a encefalopatia mínima. Esta última diz respeito às manifestações pré-clínicas, quadro anteriormente chamado de sub-clínico.

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CAUSAS

Ainda não foi esclarecido o que causa a encefalopatia hepática. Contudo, a teoria baseia-se na comprovação de que a concentração de amônia sanguínea encontra-se elevada nos indivíduos cirróticos, principalmente naqueles com encefalopatia. Como a amônia não sofre a transformação hepática para ureia, a primeira afeta os neurotransmissores e, consequentemente, o funcionamento cerebral.

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CAUSAS

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CAUSAS

Diversas outras teorias ajudam a explicar a encefalopatia hepática, pois a concentração de amônia no sangue, apesar de aumentada na encefalopatia, não está diretamente relacionada ao grau da doença. Excesso de mercaptanos, manganês e de ácidos graxos de cadeia curta, desequilíbrio entre aminoácidos aromáticos e não aromáticos, são outras explicações para a doença.

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SINAIS E SINTOMAS

A grande maioria dos cirróticos portadores de encefalopatia hepática não apresenta nenhuma queixa. Há apenas uma discreta lentificação e redução da atenção, que podem ser detectados com exames específicos. Esse é considerado o estágio subclínico da doença e pode afetar de 1/3 a 2/3 dos cirróticos. A importância desse estágio é controversa, mas há evidências de que nessa fase há um risco aumentado de acidentes, especialmente automobilísticos.

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SINAIS E SINTOMAS

Com a progressão da doença, há graus progressivos de encefalopatia, que pode cursar com alterações no comportamento (palavras inapropriadas, agitação, agressividade, comportamento bizarro), mudança no ciclo sono-vigília (sono de dia, insônia à noite), fala arrastada, sonolência e, por fim, coma. Geralmente há alguns sinais durante esse processo, como tremores e um hálito adocicado característico.

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Estágios da Encefalopatia Hepática Critérios de West Haven

Ao passo que esta desordem evolui, os distúrbios neuropsíquicos acentuam-se, podem ser classificado de acordo com o quadro:

Grau I: déficit de atenção e concentração, irritabilidade, depressão, tremores, falta de coordenação e apraxia.

Grau II: sonolência, lentificação do raciocínio e da fala e distúrbios do sono.

Grau III: amnésia, confusão mental, desorientação, reflexos hipoativos, clônus, nistagmo e rigidez muscular.

Grau IV: estupor, pupilas dilatadas, postura de descerebração, ausência de respostas a estímulos e coma. Por fim, o paciente pode evoluir para o óbito.

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Estágios da Encefalopatia Hepática Critérios de West Haven

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DIAGNÓSTICO

Não há um exame específico para diagnosticar a encefalopatia hepática. Mesmo a dosagem de amônia (preferencialmente no sangue arterial) não é eficaz, porque o seu aumento não está necessariamente ligado ao grau de encefalopatia e ela já está aumentada na maioria dos cirróticos. Assim, o diagnóstico é feito clinicamente (alterações neurológicas compatíveis na presença de doença hepática) e com a exclusão de outras doenças.

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DIAGNÓSTICO

O quadro apresentado pelo paciente levanta a suspeita do diagnóstico. O eletroencefalograma (EEG) pode auxiliar na evidenciação precoce da encefalopatia.

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TRATAMENTO

A encefalopatia hepática pode se tornar uma emergência médica. A internação é necessária.

O primeiro passo é identificar e tratar qualquer fator que possa ter causado a encefalopatia hepática. É preciso parar o sangramento gastrointestinal. Os intestinos devem estar sem sangue. Infecções, insuficiência renal e anormalidades dos eletrólitos (principalmente potássio) precisam ser tratadas.

Poderá ser necessária a ajuda de aparelhos para respiração e circulação sanguínea, principalmente se o paciente estiver em coma. Pode ocorrer edema cerebral, trazendo risco de morte.

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TRATAMENTO

Pacientes com casos graves e repetidos de encefalopatia podem ter que reduzir a ingestão de proteínas para baixar a produção de amônia. No entanto, é importante consultar um nutricionista pois quantidades muito baixas de proteína na dieta podem causar desnutrição. Pacientes em estado crítico podem precisar de alimentação especialmente formulada para uso por via intravenosa ou por sondas.

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TRATAMENTO

Lactulose pode ser prescrita para evitar que as bactérias intestinais produzam amônia e para agir como laxante para retirar sangue dos intestinos. A neomicina também pode ser usada para reduzir a produção de amônia pelas bactérias intestinais. A rifaximina, um novo antibiótico, também é eficiente no combate à encefalopatia hepática.

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TRATAMENTO (LACTULOSE)

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TRATAMENTO (LACTOSE)

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TRATAMENTO

Sedativos, tranquilizantes e outros medicamentos que são processados pelo fígado devem ser evitados se possível. Medicamentos que contenham amônia (inclusive certos antiácidos) também devem ser evitados. Outros medicamentos e tratamentos podem ser recomendados. Eles podem apresentar resultados variados.

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Expectativas

A encefalopatia hepática grave pode ser tratada. As formas crônicas da doença tendem a piorar ou continuar reaparecendo.

Ambas as formas podem resultar em coma irreversível e morte. Cerca de 80% (8 em cada 10 doentes) morrerão se entrarem em coma. A recuperação e o risco de que a doença volte variam de paciente para paciente.

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Prevenção

O tratamento de doenças hepáticas pode evitar alguns casos de encefalopatia hepática. Evitar o consumo de álcool em excesso e o uso de drogas injetáveis pode evitar muitas doenças hepáticas.

Se houver algum sintoma do sistema nervoso em uma pessoa com doença hepática conhecida ou suspeita, ligue para o médico imediatamente.