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Para os fãs de literatura, os alunos do Curso de Letras lançaram a Revista Kyrial, publicação que permite que estudantes do Curso tenham a oportunidade de escrever os próprios textos. A edição homenageia o cartunista e ilustrador J. Carlos. PÁGINA 08 Ano VI - Número 115 22 de novembro a 4 de dezembro/2010 www.puc-campinas.edu.br Alunos do Curso de Jornalismo participaram, a convite do Exército Brasileiro, do Estágio de Extensão para Correspondentes de Assuntos Militares. Durante quatro dias os estudantes participaram de atividades práticas e teóricas. Segundo o diretor do Curso de Jornalismo, Lindolfo Alexandre de Souza, essa experiência do Estágio contribuiu para ampliar os horizontes dos estudantes. “Os alunos mais novos que participaram e que estão na fase de descoberta da profissão, puderam conhecer mais uma área de atuação. Já os alunos mais velhos vislumbraram o mercado de trabalho e as oportunidades, por exemplo, de prestar concurso na área militar”, comentou o diretor. PÁGINA 04 Estágio no Exército Em 2010, elegemos os nossos representantes políticos para os próximos anos. Quais são os desafios dos novos governantes? O relatório anual do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mostra o Brasil na 73ª posição entre 169 países. O Jornal da PUC-Campinas conversou com especialistas que apontam quais são os principais desafios para os próximos anos. “Esperamos que exista um investimento do governo na melhoria e na eficiência dos serviços por ele prestado”, afirmou o professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo, Fábio Muzetti. PÁGINA 05 ESPAÇO PARA CULTURA - A PUC-Campinas realiza, no mês de novembro, uma série de atividades culturais com os estudantes. Uma delas está aberta ao público até o dia 2 de dezembro, no Museu de Imagem e do Som de Campinas. É a mostra “Ponto Infinito” – composta por 47 Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) dos alunos do Curso de Artes Visuais. Envolvidos pela arte, os universitários, ao longo do mês, participaram do 3º PUCFEST – festival de músicas e, ainda, de apresentações teatrais com o Grupo de Teatro do Centro de Cultura e Arte (CCA). PÁGINA 07 Desafios do futuro s M C Fotos: Ricardo Lima i O A O

Jornal puc campinas-ed115

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Page 1: Jornal puc campinas-ed115

Para os fãs de literatura, os alunos do Curso de Letras lançaram a Revista Kyrial, publicação que permite queestudantes do Curso tenham aoportunidade de escrever ospróprios textos. A edição homenageia o cartunista eilustrador J. Carlos. PÁGINA 08

Ano VI - Número 11522 de novembro a 4 de dezembro/2010

www.puc-campinas.edu.br

Alunos do Curso de Jornalismo participaram, a convite do Exército Brasileiro, doEstágio de Extensão para Correspondentes de Assuntos Militares. Durante quatrodias os estudantes participaram de atividades práticas e teóricas. Segundo o diretordo Curso de Jornalismo, Lindolfo Alexandre de Souza, essa experiência do Estágiocontribuiu para ampliar os horizontes dos estudantes. “Os alunos mais novos queparticiparam e que estão na fase de descoberta da profissão, puderam conhecermais uma área de atuação. Já os alunos mais velhos vislumbraram o mercado detrabalho e as oportunidades, por exemplo, de prestar concurso na área militar”,comentou o diretor. PÁGINA 04

Estágio no Exército

Em 2010, elegemos os nossos representantes políticos para os próximosanos. Quais são os desafios dos novos governantes? O relatórioanual do Índice deDesenvolvimento Humano(IDH) mostra o Brasil na 73ª posição entre 169 países. O Jornal daPUC-Campinas conversoucom especialistas queapontam quais são os principais desafios para ospróximos anos. “Esperamosque exista um investimentodo governo na melhoria ena eficiência dos serviçospor ele prestado”, afirmou oprofessor do Curso deArquitetura e Urbanismo,Fábio Muzetti. PÁGINA 05

ESPAÇO PARA CULTURA - A PUC-Campinasrealiza, no mês de novembro, uma série de atividades culturaiscom os estudantes. Uma delas está aberta ao público até o dia 2 de dezembro, no Museu de Imagem e do Som de Campinas. É a mostra “Ponto Infinito” – composta por 47 Trabalhos deConclusão de Curso (TCC) dos alunos do Curso de Artes Visuais.Envolvidos pela arte, os universitários, ao longo do mês, participaram do 3º PUCFEST – festival de músicas e, ainda, de apresentações teatrais com o Grupo de Teatro doCentro de Cultura e Arte (CCA). PÁGINA 07

Desafios do futuro

sM C

Fotos: Ricardo Lima

i OAO

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RREEIITTOORRAA -- Angela de Mendonça Engelbrecht; VVIICCEE--RREEIITTOORR -- Eduard Prancic;

CCOONNSSEELLHHOO EEDDIITTOORRIIAALL-- Wagner José Geribello, CelsoPedroso Campos Filho e Lindolfo Alexandre de Souza;

EEDDIITTOORRAA -- Ana Paula Moreira (MTb. 48.963); RREEPPÓÓRRTTEERREESS -- Amanda Artioli,

Ana Paula Moreira e Henderson Arsênio; EESSTTAAGGIIÁÁRRIIAASS -- Tatiane Bueno e Thais Colacino

RREEVVIISSÃÃOO -- Marly Teresa G. de Paiva; FFOOTTOOGGRRAAFFIIAA -- Ricardo Lima;

TTRRAATTAAMMEENNTTOO DDEE FFOOTTOOSS -- Marcelo Toni; PPRROOJJEETTOO GGRRÁÁFFIICCOO EE EEDDIITTOORRAAÇÇÃÃOO

EELLEETTRRÔÔNNIICCAA -- Neo Arte; IIMMPPRREESSSSÃÃOO -- Grafcorp;

RREEDDAAÇÇÃÃOO -- Campus I da PUC-Campinas, RodoviaD.Pedro I, km 136, Parque das Universidades.

TTEELLEEFFOONNEESS:: (19) 3343-7147 e 3343-7674. EE--MMAAIILL:: [email protected]

Educação e desenvolvimentoNo início deste mês de novembro a imprensa reservou espaço

razoável para tratar dos resultados referentes à posição do Brasil noÍndice de Desenvolvimento Humano (IDH), elaborado pelo Programadas Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD).

De um lado o Brasil registrou desempenho animador, com des-taque para a posição de Nação que mais avança em índice de desen-volvimento em todo o Planeta. Ocupando a 73ª posição na lista ela-borada pela ONU, o Brasil integra o grupo dos 169 países em queo índice de desenvolvimento é considerado elevado, deixando para trása condição de nação subdesenvolvida, incapaz de gerar, administrare distribuir recursos necessários para garantir condição de vida dignae próspera à maioria da população.

De outro lado, no entanto, a análise dos indicadores divulgadospelo PNUD mostra que a posição e o ritmo do desenvolvimentohumano ainda estão aquém do potencial e das dimensões do Brasil,o que significa que o País está indo bem, mas poderia estar melhor noâmbito social.

A causa para essa situação tem nome: educação.Segundo o texto noticioso de um importante jornal brasileiro “o

que ainda amarra a colocação nacional é a qualidade da educação, ava-liada pelo novo índice referente aos anos de estudo esperados – umaespécie de expectativa de vida educacional.”

Para pessoas e instituições envolvidas com a educação o assuntotraz relevância, urgência e preocupação.

Por essa razão e enquanto componente basilar do processo educa-cional, cumpre à Universidade voltar olhar e pensamento para con-tribuições que possam melhorar o panorama educacional brasileiro.

O exercício do ensino em todos os níveis do terceiro grau – gra-duação, pós-graduação e formação complementar – certamente

está no topo do elenco das atividades exercidas no âmbito univer-sitário que refletem diretamente no contexto educacional como umtodo. Incremento quantitativo e aprimoramento qualitativo de cur-sos e programas de ensino implicam na consolidação da estrutu-ra educacional, ampliando a clientela e melhorando a formaçãode cada aluno.

Os projetos, programas e ações de qualificação e requalifica-ção do ensino, sistematicamente desenvolvidos e aplicados naPUC-Campinas, demonstram a contribuição da Instituição parao melhoramento educacional contínuo e crescente. Estimular aqualificação do corpo docente, avaliar os processos de ensino/apren-dizagem, rever e reorganizar conteúdos curriculares são exemplosde programas, projetos e ações que dinamizam a busca de índi-ces cada vez mais elevados de acesso e qualidade da educação uni-versitária.

Além disso, a Universidade também é provedora vigorosa de edu-cadores, sobretudo por conta das licenciaturas, cujo alunado tem comoobjetivo direto a sala de aula do Ensino Fundamental, em todos osseus níveis e modalidades.

Noutro sentido, considerando a Universidade como espaço depesquisa, reflexão e experimentação, novas propostas para o aprimo-ramento do ensino nascem e se desenvolvem nos campi, para depoisse tornarem políticas de governo e práticas em sala de aula, consoli-dando o sistema educacional do País.

Logo, se a busca por melhores condições de vida para todo cida-dão brasileiro passa, obrigatoriamente, pela Universidade, todos nós– alunos, professores, funcionários e gestores – somos responsáveisdiretos pela posição de vanguarda que este País pretende ocupar nocenário internacional do desenvolvimento humano.

25/11> Reunião do Conselho Universitário

(CONSUN).

1/12Publicação de Edital do Programa

Integrado de Iniciação Científica (PIC) –

período agosto/2011 a julho/2012.

02/12Reunião das Câmaras e Comissão do

Conselho Universitário (CONSUN).

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Siga a PUC-Campinas no twitterwww.twitter.com/puccampinas

PUC-Campinasrealiza Avaliaçãodo Ensino

O Hospital e Maternidade Celso Pierro (HMCP) da PUC-Campinas está com inscrições abertas para o Concurso de Residência na área da Saúde. Ao todo, são 31 vagas em várias especialidades com duração média de 2 anos. As inscriçõespodem ser feitas até 10 de dezembro. As vagas são destinadas para bacharéis emEnfermagem, Odontologia, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição,Psicologia, Terapia Ocupacional e Serviço Social. A duração do programa é de 2 anos (com exceção da especialidade de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial, com duração de 3 anos). A prova objetiva, com testes de múltipla escolha, ocorrerá em 19 de dezembro, no Bloco A do Campus II da PUC-Campinas. A segunda fase está marcada para os dias 10 a 12 de janeiro. Os candidatos classificados deverão efetuar as matrículas entre os dias 20 e 21 dejaneiro, na sala de Comissões do Hospital e Maternidade Celso Pierro (HMCP).Informações em: www.puc-campinas.edu.br.

Concurso de Residência na área da Saúde está com inscrições abertas

O formulário para Avaliação doEnsino 2010 está disponível aosalunos da PUC-Campinas. Para participar, basta acessar o Site doAluno. Todos os alunos dos cursosde Graduação estão convidados aparticipar da Avaliação do Ensinodo 2º semestre de 2010. A colabo-ração dos estudantes é fundamen-tal para incrementar e aprimorar aqualidade do ensino em nossaUniversidade. Após a análise dosquestionários, a Pró-Reitoria deGraduação encaminhará aosCentros os resultados para sersocializado entre os diretores deCurso, professores e alunos. Nesteano, pela primeira vez, a campanhade Avaliação do Ensino foi produzi-da pelos alunos do Curso dePublicidade e Propaganda.

A professora da Faculdade de Teologia e membro do Departamentoda Pastoral Universitária, Brenda Carranza, participa, entre os dias 23 e 25 de novembro do simpósio internacional “Pentecostalismo: desafios para a teologia e para a Igreja”, promovido pelo Institut fürWeltkirche und Mission, de Frankfurt (Alemanha). “O objetivo doevento é promover uma reflexão mundial, com a participação deespecialistas de todos os continentes, desse fenômeno que começa ase destacar na Europa”, informou. A professora, que também é assessora da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),fará a abertura da programação na companhia do professor AlexanderGropper, da Universidade de Passau. Brenda ainda participará doNúcleo de Estudos sobre Pentecostalismo e Renovação Carismática,mantido pela Universidade do Sul da Califórnia (Estados Unidos). Ofenômeno do pentecostalismo é o movimento cristão caracterizadopelas novas igrejas católicas e evangélicas que contam com emissorasde rádio e TV, além de explorarem a teologia da prosperidade e aendemonização.

Professora participa de simpósio internacional sobre pentecostalismo

Confira os destaquesda programação da TV PUC-Campinas, exibidos no Canal 10 da Net

O programa “Campinas – Os Desafios daMetrópole” apresenta um debate que mostra arelação entre a comunicação e a educação nosentido de contribuir para a formação de umasociedade mais justa. O programa destaca aimportância da utilização da mídia na escola, deforma mais crítica, como ferramenta pedagógicapara o desenvolvimento consciente e ativo decrianças, adolescentes e educadores. A utilizaçãodos meios de comunicação como facilitadores noprocesso ensino-aprendizagem é uma questão que,ainda, gera controvérsias no mundo acadêmico, eque você confere no programa, desta semana, como tema “Mídia e Educação”.

O programa “Contexto e Arte” exibe aapresentação de uma banda formada, há 12 anos,dentro da própria PUC-Campinas. É a “Banda JetSet” que oferece o genuíno e irreverente rock androll para roqueiros de todas as idades. A Banda tementre seus integrantes, o aluno do Curso de Direito,Fábio Breseghello e o ex-aluno do Curso dePublicidade e Propaganda da PUC-Campinas, Eli Muzamba. Em fase de finalização do seu terceiro CD, a Banda revela em suas letras algumascaracterísticas como vigor, indignação, fúria etoques de bom humor.

A PROGRAMAÇÃO COMPLETA ESTÁ DISPONÍVEL EM:www.puc-campinas.edu.br

Prog

ram

ação

22 de novembro a 4 de dezembro/2010 Jornal da PUC-Campinas2

Informativo quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de Campinas

FALE COM A REDAÇÃO >> Envie suas sugestões e críticas para [email protected]

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“Costumo separar o lixo, guardar óleo para fabricação de sabão e uso eco bags

no supermercado.” Nina Sato Pires - ALUNA DO

1º ANO DO CURSO DE FARMÁCIA

OPIN

IÃOO consumo consciente é a maneira da populaçãoalcançar a sustentabilidade e também permitirque as próximas gerações vivam em um mundoque continue a oferecer todos os recursos natu-rais necessários. Essa é a opinião do coordenadorde comunicação do Instituto Akatu, que incentivao consumo consciente, Estanislau Maria. “Aspessoas estão compreendendo que a sustentabili-dade não é somente a preocupação com o meioambiente e sim ter uma sustentabilidade social eeconômica, em que todos tenham acesso, semrestrições”, afirmou.

Jornal da PUC-Campinas - Como o Instituto Akatu conscientizaa população sobre a necessidade do consumo consciente?Estanislau Maria - O Akatu atua com dinâmicas de conscientização inter-na e com trabalhos específicos, para escolas, Organizações NãoGovernamentais (ONG’s) nacionais e internacionais. Atua, também, comdinâmicas de formação de professores para o consumo consciente, quese tornam reeditores do trabalho, passando o conhecimento para os alu-nos. O importante é compreendermos os problemas do não consumo cons-ciente, valores de sustentabilidade e mobilização, para haver mudançasde comportamento que gerem o consumo adequado. As pessoas preci-sam se conscientizar em apenas consumir o que é preciso. De tudo o queconsumimos, um terço vai para o lixo e produz gases tóxicos como o gáscarbônico e o metano.

O aumento do consumo quadriplicou e a demanda dos recursosnaturais também cresceu. A população e as instituições têm seconscientizado em preservar?

Houve uma mudança no comportamento, ela é recente e lenta. As pes-soas passaram a ter conhecimento dos cuidados ambientais. Antes quemse preocupava com o meio ambiente eram considerados ‘ecochatos’. Hojeas pessoas sabem que a conscientização é uma maneira de sobrevivên-

cia. As pessoas precisam compreender que se ohomem desaparecer, a natureza vai regenerar,mas a população não. Defender o meio ambien-te e reduzir o aquecimento global é defendernossa vida na Terra. Atualmente, 16% da popu-lação mundial consomem 78% de tudo que éextraído de recursos naturais. Sobram apenas22% dos recursos para serem divididos entre84% da população.Há um consumo excessivo concentrado em umpequeno grupo de países da Europa, além dosEstados Unidos e Canadá. É preciso consumir deacordo com o que é necessário e aumentar apossibilidade de consumo de todas as classessociais.

As futuras gerações já terão a conscienti-zação de ajudar a preservar o Planeta?

Eu sou otimista. O grande desafio da populaçãomundial é conseguir da Terra os recursos natu-rais e garantir os mesmos recursos para as pró-ximas gerações. É preciso consumir menos, deforma diferente e com qualidade. Para os próxi-mos anos, o principal desafio será reduzir a emis-são de gás carbônico. O positivo é que as empre-sas já estão se conscientizando para essa mudan-ça. Um exemplo são as empresas brasileiras, pois79% adotam algum projeto de gestão de açõessustentáveis. A razão dessa mudança se deve pelapreocupação da imagem dentro do mercado ecom o consumidor. As pessoas se conscientizama partir de hábitos domésticos e passam a ado-tar ações sustentáveis fora de casa. As pessoasestão compreendendo que a sustentabilidade nãoé somente a preocupação com o meio ambientee sim ter uma sustentabilidade social e econômi-ca, em que todos tenham acesso, sem restrições.

Consumir com qualidade

Estanislau Maria Coordenador

de Comunicação do Instituto Akatu de

consumo consciente.Informações em:

www.akatu.org.br ou pelotwitter @institutoakatu

22 de novembro a 4 de dezembro/2010 Jornal da PUC-Campinas 3

Arquivo pessoal

“AS PESSOAS

ESTÃO

COMPREENDENDO

QUE A

SUSTENTABILIDADE

NÃO É SOMENTE

A PREOCUPAÇÃO

COM O MEIO

AMBIENTE E SIM

TER UMA

SUSTENTABILIDADE

SOCIAL E

ECONÔMICA, EM QUE TODOS

TENHAM ACESSO,SEM RESTRIÇÕES”

“Já pensei em adquirir hábitos de reciclagem, mas não coloquei em ação,até porque não tem coleta seletiva nomeu bairro, o que dificulta um pouco.

Eu utilizo os papa-pilhas espalhados peloCampus e uso pilhas recarregáveis.”

Sabrina Cristina Quaiatti - ALUNADO 4º ANO DO CURSO DE TURISMO

“Eu separo as pilhas usadas e levo aos papa-pilhas, e no meu trabalho separamos as

latinhas e garrafas para reciclagem.” Thales Henrique Mianti -

ALUNO DO 3º ANO DO CURSO DEADMINISTRAÇÃO – COMÉRCIO

EXTERIOR

Fotos: Ricardo Lima

“Separo o lixo, compro bebidas em garrafas retornáveis e utilizo

sacolas biodegradáveis.” Marcella Dias Valverde - ALUNA DO 2º ANO DO CURSO

DE FISIOTERAPIA

“Não compro quando as empresas

dizem que são verdes, pois na minha área

aprendemos que isso quasesempre é marketing. No meubairro há uma cooperativa que

busca o material reciclável,então eu separo o que é ounão orgânico, e depois eles separam nas categorias.”Henrique Augusto -ALUNO DO 4º ANO DOCURSO DE PUBLICIDADE

E PROPAGANDA

“No condomínio em quemorava, em São Paulo, há 10 anos adotamos acoleta seletiva e quandovim para Campinas,

trouxe o hábito comi-go. Além de mepreocupar se asempresas fabri-cantes de pilhas disponibilizampostos de coletae separar o óleode cozinha.”

Silvio BatistaGarcia Simões - ALUNO DO2º ANO DO CURSODE MEDICINA

ggaalleerriiaaVocê adota hábitos de

reciclagem?

“Utilizo o papa-pilhas e separo o materialreciclável, como papel, plástico, alumínio,

do lixo orgânico e o material é encaminhado para reciclagem.”

Mônica Cristina Meschiatti - ALUNA DO 2º ANO DO CURSO DE

ENGENHARIA AMBIENTAL

“Eu separo o lixo, pois no meu prédio há coletaseletiva. Tento economizar na água,

cronometrando meus banhos, e também otimizo o uso do papel, utilizando papel reciclável,

não imprimindo desnecessariamente e usando o verso da folha”

Artur de Mello Juarez - ALUNO DO 5º ANODO CURSO DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO

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22 de novembro a 4 de dezembro/2010 Jornal da PUC-Campinas

Amanda Artioli [email protected]

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m missão de paz, 17 alunos do Curso de Jornalismopartiram para um campo de batalhas, com o objetivode adquirir conhecimento. Trocadilhos à parte! Acon-vite do Exército Brasileiro, por meio da 11ª Brigadade Infantaria Leve, os estudantes participaram de um

Estágio de Extensão para Correspondentes de Assuntos Militares. Oobjetivo foi estreitar as relações dos futuros jornalistas com as ForçasArmadas e proporcionar conhecimento sobre a profissão militar.

Foram quatro dias de atividades práticas e teóricas – realizadas nomês de outubro, nas dependências do Exército, em Campinas. Aspalestras levaram um pouco de teoria sobre direito internacional nosconflitos armados, sobre as ameaças e os desafios do Exército naAmazônia, a política de Defesa Nacional e o relacionamento da mídiacom as Forças Armadas. “Foi muito bom, pois aprendi várias coisas,conheci pessoas de outras cursos. As palestras abordaram a atuação daOrganização das Nações Unidas (ONU) em países em situação de con-flito civil, como o Haiti. Os majores deixaram todos à vontade e foiuma conversa informal em que pudemos esclarecer as nossas dúvidassobre o assunto”, contou a aluna do 2º ano do Curso de Jornalismo,Natasha Chan Szejer.

Foram as atividades práticas do Estágio que mais entusiasmaramos estudantes. “As aulas práticas, apesar de serem de mentira, fizeramcom que eu me sentisse em uma guerra”, acrescentou Natasha. O alu-no do 4º ano do Curso de Jornalismo, Filipe Prado de Almeida, ava-liou a experiência de maneira muito positiva. “Aprendemos a atirarcom armas de chumbinho, a saltar de uma árvore para outra usandoduas cordas e como o jornalista deve se comportar durante uma inter-

venção urbana - quando o exército invade uma cidade, por exemplo.Foi uma experiência muito bacana e que agregou bastante informaçãopara a escolha do profissional, pois acredito que jornalista que não quercorrer perigo, não deve ir para a rua”, comentou o aluno.

Este é o segundo ano consecutivo que os alunos do Curso deJornalismo da PUC-Campinas participam do Estágio. “Quanto maioro número de elementos de informação que forem oferecidos aos alu-nos, durante a graduação, melhor e mais completa será a formaçãodeles. Ainda que o jornalista não trabalhe diretamente com os assun-tos que envolvem as Forças Armadas, ter conhecimento sobre elesnunca é demais. Indiretamente, as pautas do cotidiano possam esbar-rar nos temas militares e, dessa forma, ele estará preparado para enten-der as relações e desenvolver um bom material”, disse o diretor doCurso de Jornalismo, Lindolfo Alexandre de Souza.

Segundo o diretor, essa experiência do Estágio contribuiu paraampliar os horizontes dos estudantes. “Os alunos mais novos que par-ticiparam e que estão na fase de descoberta da profissão, puderamconhecer mais uma área de atuação. Já os alunos mais velhos vislum-braram o mercado de trabalho e as oportunidades, por exemplo, de pres-tar concurso na área militar”, comentou o diretor.

Esse é o caminho que a aluna do 4º ano, Aline do Amarante, dese-ja seguir logo que se formar. “Pretendo trabalhar como corresponden-te, porque gosto de desafios. Acho que é inato no jornalista querer estarperto da história”, revelou a estudante que descobriu algumas habili-dades durante o Estágio. “O mais difícil foi aprender a atirar com o fuzil,que pesa cerca de 15 quilos, em apenas oito segundos. Embora seja des-tra, descobri durante as atividades que meu olho de mira é o esquer-do, assim precisei aprender também a atirar com a mão esquerda”,contou. (Colaborou Tatiane Bueno)

Alunos do Curso deJornalismo viveram diasde guerra juntoao ExércitoBrasileiro,durante estágio

E

ESTÁGIO

Exército BRASILEIRO

Alunos do Curso

de Jornalismo que participaram de quatro dias de treinamento

teórico e prático,

no Exército; abaixo à direita, odiretor do Curso de Jornalismo,

Lindolfo Alexandrede Souza

Fotos: Arquivo pessoal

Ricardo Lima

Page 5: Jornal puc campinas-ed115

22 de novembro a 4 de dezembro/2010 Jornal da PUC-Campinas 5

SOCIAL

as eleições de 2010 foram eleitos os representan-tes da sociedade brasileira para os próximos anos.Quais são os desafios que o país terá para os pró-ximos anos? Melhorar a qualidade da educaçãobrasileira, manter a estabilidade econômica, desen-

volver urbanisticamente, pois, nos próximos anos, o país será sedede eventos internacionais?

O relatório do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para2010 mostra o Brasil na 73ª posiçãoentre 169 países. O país conquistouquatro pontos desde a divulgação doIDH, em 2009.

Segundo o professor do Curso deArquitetura e Urbanismo, FábioMuzetti, os desafios do governo na áreade desenvolvimento urbano estão noinvestimento de infraestrutura, comoampliar a rede de saneamento básico,dispor de um sistema de transportecoletivo de qualidade e equipamentosurbanos, como creches, escolas, hos-pitais, praças e segurança. “Com a arre-cadação recorde de impostos e com ocrescimento econômico ocorrido nosúltimos 10 anos e prometido para apróxima década, esperamos que exis-ta um investimento do governo namelhoria e na eficiência dos serviçospor ele prestado”, afirmou o professor.

Para o município de Campinas, nos próximos anos, o professorainda ressalta o ‘espraiamento urbano’, que ocorre em razão da pro-liferação de condomínios e loteamentos afastados do centro urbano.De acordo com o professor, a falta de segurança pública nas décadasde 80 e 90 fez as pessoas buscarem lugares afastados e cercados comsegurança privada para fugir da violência urbana. “Uma das soluçõesseria ocupar os vazios urbanos, incen-tivar a ocupação da área central parareduzir o crescimento desordenadoda cidade em direção às zonas ruraise a lugares cada vez mais distantes doque chamamos de cidade, investin-do maciçamente em segurança, edu-cação, saúde e lazer. Afinal é ondeacreditamos que o dinheiro pago pornós em forma de impostos, retorneem forma de serviços públicos dequalidade”, ressaltou Muzetti.

A professora do Centro deEconomia e Administração (CEA)Nelly Maria Sansigolo de Figueiredo,especialista na área de distribuiçãode renda, aponta que o principal desa-fio do novo governo será manter obom desempenho da economia brasileira, em uma conjuntura inter-nacional. Na área de distribuição de renda, a professora vê resulta-dos positivos para os próximos anos.“Na área social os avanços recen-tes foram muito expressivos, sendo que o grupo de pesquisa a quepertenço na PUC-Campinas tem estudado vários aspectos relacio-nados às questões socioeconômicas. Com relação à erradicação dapobreza extrema, por exemplo, os resultados recentes foram muitobons, o que fez com que o Brasil cumprisse antes do prazo sua metacom relação a esse tópico dos Objetivos de Desenvolvimento do

Milênio (ODM)”, comentou.A professora ressalta que a desigualdade de distribui-

ção de renda desde a década de 80 vem diminuindo. “Umfato relevante é que a desigualdade da distribuição de ren-da, que é alta no Brasil e se mostrou extremamente está-vel desde os anos 80, passou a declinar lentamente desde2003. Esses bons resultados são modestos, diante do quan-to que se precisa avançar nas questões socioeconômicas”,concluiu Nelly.

N

DESAFIOSApós as eleições, é hora de os políticos eleitos conhecerem antigos e novos desafios dasociedade brasileira

Fotos: Ricardo Lima

Os professores Fábio Muzetti (à direita) e a

professora NellySansigolo

(à esquerda) apontam os

principais desafios para o país

O relatório do IDH aponta orendimento anual dos brasilei-ros de US$ 10.607, a escolari-dade é de 7,2 anos de estudo,

e a expectativa de tempoescolar é de 13,8 anos. A

expectativa de vida, atual, dobrasileiro é de 72,9 anos.

Melhora na qualidade de vida

Ranking do IDH 2010

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

730

NoruegaAustrália Nova Zelândia Estados UnidosIrlandaLiechtensteinHolandaCanadáSuéciaAlemanha Brasil

0, 9380, 9370, 9070, 9020, 8950, 8910, 8900, 8880, 8850, 8850, 699

Países Resultado

Ana Paula [email protected]

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22 de novembro a 4 de dezembro/2010 Jornal da PUC-Campinas6

Jornal da PUC-Campinas - A história daAzul Linhas Aéreas é recente no Brasil,teve início em 2008, e é considerada desucesso. Como é contar essa história paraos jovens que estão se preparando parao mercado de trabalho?

Pedro Janot - Quero contar para os estudan-tes um pouco da história da Azul Linhas Aéreas,a implantação desse case e, por meio dele,apresentar a visão macroeconômica do mer-cado, as estratégias de marketing, as estratégiasde recursos humanos – o projeto como umtodo, que consolidou a companhia no mer-cado atual. Quero conversar com os alunos de maneirabastante didática e orientativa para levar atéeles a percepção, a construção, a execução e amanutenção dos sonhos. Minha expectativaé expor, durante, aproximadamente, 30 minu-tos e, depois, abrir o mesmo tempo para per-guntas dos estudantes. Quero conhecer osanseios deles e oferecer um pouco da minhaexperiência. Já sou um executivo de 50 anos(brincou) e tenho o dever de inspirar os maisjovens, de motivar o empreendedorismo.

Quais os desafios que, hoje existem no

presidente-executivo daAzul Linhas Aéreas,Pedro Janot, é um executivo com extensa esólida carreira em

empresas como Mesbla, Richard’s, Zara,Inditex e Grupo Pão de Açúcar. Nascido no Rio de Janeiro, ele é formado emAdministração de Empresa pelaUniversidade Cândido Mendes,pós-graduado em Recursos Humanos (RH)pela PUC-Rio e possui MBA pelo IBMEC.Hoje, sente-se no dever de inspirar e motivar os jovens para o empreendedoris-mo. É sobre esse assunto que o executivoconversa com os estudantes da PUC-Campinas, a convite do Curso de Turismo,no dia 29 de novembro, às 19h30, no Auditório Dom Gilberto – Campus I.

mercado, para os novos empreendedores?

Independentemente do cargo exercido, todossomos empreendedores. O empregado éempreendedor e o empregador também, deuma grande ou de uma pequena companhia.A grande percepção do mercado é fazer o máxi-mo possível com o pouco recurso disponível,por isso as companhias querem empregados,executivos com foco absolutamente noempreendedorismo.

Com a realização da Copa do Mundo edas Olimpíadas, no Brasil, há uma expec-tativa muito grande do setor de turismodo país. Quais as suas perspectivas?

Será um show ter esses dois eventos no Brasil!Há muita motivação nas cidades orbitais eCampinas está sendo bastante procurada pordelegações de diversos países. Percebo queesse é um aquecimento pontual, porém mui-to interessante. É o grande momento que oBrasil tem para “se vender” para o restante domundo e, se fizer isso bem, conquistará clien-tes que retornarão ao país. Ou seja, asOlimpíadas e a Copa do Mundo geram pers-pectivas lucrativas no curto, médio e longo

prazos. É preciso canalizar as energias.

Quais são os principais desafios do setoraéreo frente a esses eventos?

O maior desafio não é infraestrutura aeropor-tuária, mas tudo aquilo que está no entorno,como o transporte urbano que é muito pobrepara atender todos os visitantes que estarão noBrasil para prestigiar os eventos esportivos.

Essa estratégia de mercado da Azul deoferecer tarifas baixas, de fácil acesso dapopulação, teve a intenção de oferecero serviço e conquistar a clientela ou é,de fato, uma política permanente daempresa?

Essa é uma política permanente. Nosso fun-dador, David Neeleman, trouxe uma percep-ção do mercado americano, em que todostêm acesso ao transporte aéreo. No Brasil édiferente, esse mercado é elitizado, apenas 11milhões de CPFs (pessoas) utilizam o servi-ço de transporte aéreo. Já fazia parte do pro-jeto de implantação da Azul, no Brasil, o estí-mulo à demanda. Não foi oportunismo.

A PUC-Campinas recebe no próximo dia 29 opresidente-executivo da Azul Linhas Aéreas, Pedro Janot, que irá abordar o empreendedorismo entre os jovens

OAmanda Artioli

[email protected]

ENTREVISTA

Asas aoCONHECIMENTO

Arquivo pessoal

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o dia 10 de novembro, a PUC-Campinas promoveu o I Semi-nário sobre Reciclagem e

Logística Reversa no Campus I daUniversidade. “Este evento é um primeiropasso rumo a uma política intensiva de trata-mento dos resíduos sólidos na nossa Instituição.Com as próximas medidas, a PUC-Campinasse antecipará à futura legislação que atuará sobreo descarte do lixo”, informou o coordenadordo Depar-tamento de Planejamento eOrganização (DPLAN), professor CelsoPedroso Campos Filho.

Alunos de diversos cursos de graduaçãoestiveram presentes no evento, tais comoEngenharia Ambiental, Ciências Biológicas eAdministração (Logística e Serviços). A estu-dante do curso de Ciências Biológicas, JulianaToledo, considerou válida essa iniciativa. “Éuma discussão que deve fazer parte não somen-te do ensino superior, mas de todos os níveis

A exposição anual dos Trabalhos deConclusão de Curso (TCC) do Curso de ArtesVisuais pode ser visitada, até 2 de dezembro,no Museu de Imagem e do Som de Campinas.A mostra “Ponto Infinito” traz obras de 47 artis-tas, destacando propostas singulares e experi-mentais dos estudantes, tendo como ponto pri-mordial as trajetórias de pesquisas e a infinida-de de possibilidades poéticas relacionadas aorepertório individual.

Para a estudante do 4º ano do Curso de ArtesVisuais Barbara Vizeli Maumesso, a exposição éum incentivo para os formandos mostrarem os

trabalhos desenvolvidos. A aluna produziu comoTCC uma escultura de 15 cm de diâmetro, deno-minada Equilíbrio, composta por três peças, fei-tas com tintura de tinta esmalte e spray. “O queinspirou meu trabalho foi a identificação com osartistas, principalmente com os do neo-concre-tismo das décadas de 50 e 60. A maior inspira-ção veio do artista Amílcar de Castro, tanto pelahistória de vida dele quanto por suas obras”, afir-mou Barbara. A programação completa do even-to está disponível em: www.pontoinfinito.art.br.O Museu da Imagem e do Som fica na ruaRegente Feijó, nº 859, Centro, Campinas.

Outras atividadesNo mês de novembro, também ocorreu a final do 3º PUCFEST. Nesteano, os artistas inscreveram suas composições para participar. Asapresentações ocorreram no Campus I da PUC-Campinas, ao ladoda Praça de Alimentação. Os vencedores foram: 1º lugar NicolasCarlos Medina Guillen; 2º lugar Juliana Santos Cunha e 3º lugarMatheus de Oliveira Silva. O Grupo de Teatro do Centro de Culturae Arte (CCA) apresentou a peça “Momentos”, nos dias 18 e 19 denovembro, no Auditório Dom Gilberto. O elenco, que inclui alunos dediversos cursos da PUC-Campinas, apresentou vários momentos quepodem definir os rumos da História e situações do cotidiano queenvolvem amor, família e amigos. A peça foi dirigida por Paulo AfonsoCoelho e contou com a participação do Coral Universitário da PUC-Campinas. (Ana Paula Moreira, colaborou Thais Colacino)

Alexandre Gonçalves. Ex-alunos da PUC-Campinas, os engenheiros apresentaram umpanorama de como é a situação da limpeza nanossa cidade e informaram como funciona oprocesso de logística reversa: em que o con-sumidor devolve as embalagens dos produtosutilizados nos pontos de venda; estes os enca-minham ao fabricante que, finalmente, ficaresponsável pela destinação final e adequadadesse lixo.

Segundo levantamento do Departamentode Limpeza Urbana de Campinas, cerca de1000 toneladas por dia são depositadas noaterro municipal, o que dá uma média de 1quilograma por habitante. Desse montante,50% consistem em resíduos orgânicos (res-tos de alimento, bebida e produtos perecí-veis); 30% de material reciclável (papéis,metais, vidros e plásticos) e 20% de materiaisinservíveis (baterias, lâmpadas e outros lixoseletrônicos). Como próximos passos, elesapresentaram os aterros municipais que estãoem recuperação para voltar à ativa, e aindaoutras soluções para o descarte correto de lixosólido. Segundo os especialistas, a conscien-tização populacional e a educação ambientalsão alguns dos pilares do sucesso dos proje-tos de reciclagem. “O ambiente acadêmico,portanto, tem o papel fundamental de for-mar opiniões e de propor soluções para a ques-tão do desenvolvimento sustentável para estae para as próximas gerações”, afirmou o enge-nheiro Alexandre Gonçalves.

de ensino até a educação básica”, opinou a alu-na, que sempre se interessou pela questãoambiental. “Já participei de vários projetos queutilizam resíduos sólidos descartados e de estu-dos de reciclagem, além das atividades do meucurso”, relatou.

O Seminário contou com a participaçãodos representantes do Departamento deLimpeza Urbana da Prefeitura Municipal deCampinas, Fábio Gonzaga Cardoso e

N

22 de novembro a 4 de dezembro/2010 Jornal da PUC-Campinas 7

Alunos participam de atividades culturais da Universidade

Fotos: Ricardo Lima

Representantes do Departamento de Limpeza Urbana da Prefeitura de

Campinas (acima, Alexandre Gonçalves) participaram do Seminário

Seminário sobreReciclagem e LogísticaReversa integra projetode sustentabilidadeeconômica, social eambiental

SUSTENTABILIDADE

Conscientizar e EDUCARpara o meio ambiente

Henderson Arsênio [email protected]

EmpregoVerde O programa O AssuntoÉ da TV PUC-Campinas,na semana de 22 a 28de novembro, abordaráas experiências de alunos e professores daUniversidade na área de sustentabilidade. Oprograma vai ao ar nosseguintes dias e horários: Terça (23/11) –14h30, Quarta (24/11) –19h30, Sexta (26/11) –00h30, Sábado (27/11) –19h30 e Domingo(28/11) – 13h30. O programa tambémpode ser assistido integralmente pelo sitewww.youtube.com/tvpuccampinas.

Fotos: Ricardo Lima

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ara os apreciado-res de literaturae histórias emquadrinhos, os

alunos do Curso de Letras, lan-çaram, no último dia 19, a RevistaKyrial, publicação que permite queestudantes do Curso tenham a opor-tunidade de se expressarem por meio detextos, como crônicas, contos, poesias, entrevis-tas e ensaios. Nesta edição, a revista se baseou no período daBelle Époque carioca, que também traz a contribuição de alunosde outros cursos da PUC-Campinas, além de autores de outrosestados e países.

A edição de 2010 homenageia o cartunista e ilustrador J. Carlos,cronista da Belle Époquecarioca. Para o aluno do 4º ano do Cursode Letras e um dos idealizadores da publicação, Marcelo Mantovani,homenagear o cartunista é um sonho, em razão da importância dasua obra. “Sempre colecionei revistas de épocas diferentes e quan-do conheci seu trabalho, fiquei apaixonado por suas ilustrações. Desdeque a primeira edição da Kyrial foi lançada, sonhava em publicar algosobre seu estilo. Há algum tempo, conheci um bisneto de J.Carlos,

que cedeu gentilmente a utilização das ilustrações para esta edi-ção da Kyrial”, contou Mantovani.

O aluno do 4º ano do Curso de Jornalismo, Fábio Bonillo, também ajudou naprodução da revista. “Na edição passada, contribuí com um artigo sobre literatura japo-

nesa e nessa revista editei com o Marcelo toda a pesquisa iconográfica, todas as obras deJ. Carlos que entrariam na revista e de que forma elas entrariam na revista”, afirmou o

estudante. Fábio ainda ressalta a chance de conhecer a obra de J. Carlos. “Conhecia apenasde nome, só como ‘cartunista’, e descobri que ele foi um dos primeiros designers gráficosbrasileiros. Suas obras mostram que, mais do que apenas ilustrar (no sentido de acompa-nhar), os desenhos e histórias em quadrinhos moldam histórias, dão suporte a elas, e nãosó ilustram. Ele desenhou algumas das páginas mais bonitas que já se viu no Brasil, comum traço inconfundível”, ressaltou Bonillo.

A Revista também contou com a colaboração dos ilustradores Bira Dantas e Mário Cau,que fizeram ilustrações em homenagem a J. Carlos, que no dia do lançamento participa-ram de uma mesa-redonda sobre a produção do trabalho. “J. Carlos foi um visionário,numa época em que a Arte estava vivendo grandes guinadas de direção, ganhando formasmais expressivas e temas mais introspectivos. O ilustrador levou um traço mais limpo, esti-lizado e sintético para as revistas, para o povo. Hoje em dia, sabemos que o mundo das Artesé, quase sempre, restrito à grande parte da população”, afirmou Mário Cau.

A diretora do Curso de Letras, Maria Inês Ghilardi Lucena, ressalta a importância dosalunos darem continuidade à Revista, por ser um espaço para colocarem em prática o queaprenderam na sala de aula. “A publicação é um importante espaço de organização e pro-dução. É um incentivo ao processo de produção”, explicou a professora.

Jornal da PUC-Campinas22 de novembro a 4 de dezembro/2010 8

Alunos do Curso de Letras lançam

a 3a edição da publicação. Neste

ano, o artistaJ.Carlos é o

homenageado

P

Ricardo Lima

LOGICOMIX: UMA JORNADA ÉPICA EM BUSCA DA VERDADEAUTOR: Christos H.PapadimitriouA história em quadrinhosconta a vida do filósofoBertrand Russell e seu objeti-vo de estabelecer os funda-mentos lógicos dos princípiosmatemáticos. Nessa sua bus-ca do conhecimento, Russellmostra pensadores comoGottlob Frege, David Hilbert,Kurt Gödel e LudwigWittgenstein. 'Logicomix' éuma introdução às ideias docampo da Matemática e daFilosofia moderna.

PALESTINA - UMA NAÇÃO OCUPADAAUTOR: Joe SaccoO livro é resultado da viagemdo autor ao Oriente Médio.Durante dois meses, Saccocoletou histórias nas ruas,nos hospitais, nas escolas enas casas dos refugiados.Presenciou confrontos dossoldados com a população e entrevistou vítimas de tortura.

PERSÉPOLIS: COMPLETO AUTOR: Marjane SatrapiO livro é a autobiografia emquadrinhos da iranianaMarjane Satrapi. Com dezanos de idade, Marjanese viu obrigada a usar o véuislâmico numa sala deaula só de meninas.Nascida numa famíliamoderna e politizada, em1979 ela assistiu, ao início darevolução do regime xiita.

KAFKA DE CRUMB -DESENHOS DE ROBERTCRUMBAUTOR: David Mairowitz O texto e as ilustrações do artista underground de histórias em quadrinhos,Robert Crumb, trazem uma adaptação contemporânea da obra de Franz Kafka.

Origem do nome> O nome da revista foi inspirado nolivro Villa Kyrial: Crônica da Belle Époque paulistana, de MárciaCamargos. A Villa Kyrial foi uma mansão, em São Paulo, onde se reuniam artistas do período modernista, incluindo Mário de Andrade,Anita Malfatti, Villa Lobos, Guilherme de Almeida, entre outros.

A Revista Kyrial, edição 2010, pode ser adquiridapelo e-mail [email protected]

Dicas deLeituraInteressado emconhecer outras obrasliterárias no formatoquadrinhos? Confiraalgumas dicas de leitura de obras emquadrinho:

A Belle Époque é

compreendida como um

momento na trajetória histórica

francesa que teve seu

início no final do século XIX

até a Primeira Guerra Mundial,

em 1914. No Brasil, por exemplo,

esse período tem início em 1889,

com a Proclamação da República,

e vai até 1922, quando

explode o Movimento Modernista,

com a realização da Semana

da Arte Moderna, na cidade

de São Paulo.

CsM iA O

RevistaKyrial

Ana Paula [email protected]

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