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notícias ANO 1 NÚMERO 2 JULHO DE 2008 SP TRILHOS MODERNOS Plano de Expansão moderniza trens e aumenta conforto do passageiro Organizações Sociais de Saúde revolucionam gerenciamento hospitalar Investimentos em captação de esgoto para salvar os mananciais Semestre começa com 50 mil vagas de Telecurso Tec Seis meses de preparativos para receber o príncipe japonês

Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 02

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Trilhos modernos Plano de Expansão moderniza trens e aumenta conforto do passageiro

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Page 1: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 02

notíciasANO 1 • NÚMERO 2 • JULHO DE 2008SP

TRILHOSMODERNOSPlanodeExpansãomodernizatrenseaumentaconfortodopassageiro

Organizações Sociaisde Saúde revolucionamgerenciamentohospitalar

Investimentosem captação deesgoto para salvaros mananciais

Semestrecomeça com50 mil vagas deTelecurso Tec

Seis mesesde preparativospara receber opríncipe japonês

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editorial

O investimento em transporte coletivo nas regiõesmetropolitanas de São Paulo é uma prioridade dogoverno do Estado. O Plano de Expansão do

Transporte Metropolitano conta com um investimento his-tórico, de R$ 17 bilhões. Esses recursos estão sendo em-pregados na compra de novos trens, construção e reformade estações e na modernização de todo o sistema. O obje-tivo é melhorar não só a capacidade do sistema, mas aqualidade do serviço prestado ao cidadão, contribuindopara desafogar o trânsito da Região Metropolitana, quetem uma frota de 8,1 milhões de veículos, dos quais 6 mi-lhões concentrados na capital.A modernização dos sistemas vai permitir a redução do

tempo de viagens. Os investimentos também trarão maisconforto aos passageiros transportados diariamente. Asnovas estações ferroviárias, por exemplo, já têm padrão deMetrô, uma referência em transporte público.SPnotícias deste mês trata de outro tema metropolitano:

o fornecimento de água para os milhões de moradores daregião. Dois projetos executados pelo governo do Estadovão permitir a redução do despejo de esgoto nos manan-ciais que abastecem a Região Metropolitana, entre eles asrepresas Billings e Guarapiranga.O saneamento também é tema da reportagem sobre o

Vale do Ribeira, no interior. Plano de desenvolvimentolançado pelo governo do Estado prevê investimentos deR$ 224,4 milhões na região, dos quais R$ 71,5 milhões emobras de abastecimento da população e coleta e tratamen-to de esgoto nos 23 municípios da região.Em Campos do Jordão, o frio lembra concerto, com o

tradicional Festival de Inverno aberto pela Osesp. Entre asatrações, a violinista Elisa Fukuda e o renomado regenteKurt Masur, que fecha o evento na Sala São Paulo.Junho foi o mês das comemorações do centenário da

imigração japonesa no Brasil, e São Paulo recepcionou opríncipe Naruhito, que quebrou quase todos os protoco-los e tocou violino após o jantar no Palácio dos Bandei-rantes. Descubra os detalhes da preparação para receber opríncipe na sede do governo paulista.

Boa leitura e até o mês que vem.

Por um transporte melhor

julho 2008 SPnotícias 3

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SPsumário

30FESTIVALDE CAMPOSOsesp abreFestivalde Inverno

4 SPnotícias julho 2008 julho 2008 SPnotícias 5

CAPAMais e melhores trens paraa Região Metropolitana

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6 ENTREVISTAO ecretário Luiz RobertoBarradas Barata avalia18 meses na Saúde

24 MANANCIAISInvestimento em coletade esgoto na Billingse na Guarapiranga

28 TELECURSO TEC50 mil novos alunos

34 VALE DO RIBEIRAPrioridade em saneamentonos 23 municípios

44 PERSONAGEMDO MÊSMarina SartoriToledo e o gosto pelalíngua portuguesa

46 O ESTADOEM NÚMEROS

48 AGENDA

50 O QUE FOINOTÍCIACenas das comemoraçõesdo centenário daimigração japonesa

NA LATA

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ÃO

Ano 1 | Nº 2 | 200811.000 exemplaresDistribuição estadual

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

Governador José SerraVice-governador Alberto GoldmanSecretaria Estadual da AdministraçãoPenitenciária Antônio Ferreira Pinto

Secretaria Estadual da Agricultura eAbastecimento João de A. Sampaio Filho

Secretaria Estadual da Assistênciae Desenvolvimento Social Rogério PintoCoelho Amato

Secretaria Estadual da Casa Civil AloysioNunes Ferreira Filho

Secretaria Estadual da Casa MilitarCoronel PM Luiz Massao Kita

Secretaria Estadual de ComunicaçãoBruno Caetano

Secretaria Estadual da Cultura João Sayad

Secretaria Estadual de DesenvolvimentoAlberto Goldman

Secretaria Estadual de Economia ePlanejamento Francisco Vidal Luna

Secretaria Estadual da EducaçãoMaria Helena Guimarães de Castro

Secretaria Estadual do Emprego e Relaçõesdo Trabalho Guilherme Afif Domingos

Secretaria Estadual de Ensino SuperiorCarlos Alberto Vogt

Secretaria Estadual de Esporte, Lazer eTurismo Claury Santos Alves da Silva

Secretaria Estadual da FazendaMauro Ricardo Machado Costa

Secretaria Estadual da Gestão PúblicaSidney Beraldo

Secretaria Estadual da HabitaçãoLair Alberto Soares Krähenbühl

Secretaria Estadual da Justiça e Defesada Cidadania Luiz Antônio Marrey

Secretaria Estadual do Meio AmbienteFrancisco Graziano Neto

Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoacom Deficiência Linamara Rizzo Battistella

Secretaria Estadual de RelaçõesInstitucionais José Henrique Reis Lobo

Secretaria Estadual de Saneamento eEnergia Dilma Seli Pena

Secretaria Estadual da Saúde Luís RobertoBarradas Barata

Secretaria Estadual da Segurança PúblicaRonaldo Augusto Bretas Marzagão

Secretaria Estadual dos TransportesMauro Arce

Secretaria Estadual dos TransportesMetropolitanos José Luiz Portella

A revista SPnotícias é uma publicaçãomensal do Governo do Estado de São Paulo,distribuída gratuitamente. Seu conteúdo éinformativo e sua venda é proibida.

www.saopaulo.sp.gov.br

CPT, Impressão e Acabamento:

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LATA

BASTIDORESPreparativos para o cerimonial dopríncipe Naruhito

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Foto da capa Na Lata

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SPentrevista

O secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, se orgulhade ter em São Paulo os maiores e melhores hospitais do país, de ter profis-sionais renomados na rede. Até pacientes da rede privada buscam o Sistema

Único de Saúde (SUS) mesmo com convênio médico particular. Segundo o secre-tário, o sistema de saúde do Estado de São Paulo é completo. Oferece da vacinaao transplante de órgãos. Barradas faz uma avaliação dos últimos 18 meses de tra-balho na Saúde e elenca os projetos que o governo vem colocando em prática,entre os quais a construção de uma fábrica da Fundação para o Remédio Popular(Furp), que deve ter parceria com a iniciativa privada e produzirá até 1 bilhão demedicamentos por ano.

SPnotícias: Como o senhor avaliaesses 18 meses do governo em re-lação à área da Saúde?Luiz Roberto Barradas Barata: Asaúde pública de São Paulo pode serexemplo para o país. Aqui estão algunsdos maiores e melhores hospitais, ondetrabalham renomados profissionais desaúde. Nesses 18 meses, o governo pau-lista entregou cinco novos hospitais à

população, ampliando leitos de UTI,incrementando a distribuição gratuitade remédios por meio do programaDose Certa e criando projetos importan-tes. O governo inaugurou uma fábricade vacinas contra a gripe, a primeira daAmérica Latina, e agora começa aconstrução de uma unidade de pro-cessamento de plasma, que irá garantira distribuição, para o Sul e Sudeste

Secretário Luiz Roberto Barradas Barata fala sobrenova fábrica de remédios e gestão de hospitais

6 SPnotícias julho 2008 julho 2008 SPnotícias 7

BRUNO MIRANDA/NA LATA

Modelode Saúde

mais pacientes, com economia de10% na comparação com as unidadesde administração direta.

SP: Em 2007, o governo do Es-tado lançou os Ambulatórios Mé-dicos de Especialidades (AMEs),onde os pacientes passam porconsultas e por exames no mesmodia. Qual a proposta desta novamodalidade de atendimento? Aparceria com as Organizações So-ciais será estendida aos AMEs?Barradas: O objetivo dos AMEs étornar mais rápido o atendimento aopaciente e o diagnóstico de doenças.Há em funcionamento cinco unidadesna capital e uma no interior, em Votu-poranga. A partir do segundo semes-tre, vamos iniciar uma série de inau-gurações de novas unidades no interi-or, e queremos chegar a 40 até o fimde 2010. A proposta é que o pacienteencaminhado pelas Unidades Básicasde Saúde (UBSs) passe por uma con-sulta com o médico especialista noAME e, se necessário, já faça o exameno mesmo dia. Isso contribui para de-safogar os hospitais públicos, que po-dem priorizar a realização de cirur-gias e atendimentos de emergência, eevitar que o usuário tenha de se des-locar a outras unidades para fazer oexame e depois retornar ao especia-lista. Para a implementação das novasunidades, a secretaria vem firmandoparcerias com Organizações Sociais,como a Santa Casa de Votuporanga ea Casa de Saúde Santa Marcelina.

SP: A fábrica da Furp em Améri-co Brasiliense está adiantada?Barradas: A obra física está pratica-mente finalizada. O governo do Es-tado investiu R$ 200 milhões. No se-gundo semestre devemos publicar,para consulta pública, o edital da Par-

brasileiro, de derivados de sangue,como albuminas e imunoglobulinas,eliminando custos com importação.Foi fortalecida a parceria com as san-tas casas e os hospitais filantrópicos.Com a entrega de uma nova unidadeda Furp, a capacidade para produzirchega a 1 bilhão de medicamentospor ano. Três mutirões de mamogra-fia atenderam cerca de 300 mil mu-lheres. Foi lançado o Qualis Mais, queampliou de 99 para 402 o número demunicípios que recebem repasses pa-ra seus programas de atenção básica eSaúde da Família. E, em parceria comos municípios e com a população, foireduzido em 90% o número de casosde dengue no Estado.

SP: O modelo de OrganizaçõesSociais de Saúde para gestão dehospitais públicos está comple-tando dez anos no Estado de SãoPaulo. O balanço é positivo?Barradas: Esse sistema de parceriacom entidades sem fins lucrativos pa-ra gerenciamento de hospitais esta-duais revolucionou a área da gestãohospitalar pública no país. Tanto quealguns Estados, como Pará e MinasGerais, e municípios, como Guaru-lhos, São José dos Campos e a capitalpaulista, adotaram modelos similarespara as suas unidades de saúde. Tra-ta-se de um serviço público de saúdede qualidade, atendimento gratuito,mas que é administrado por entida-des do setor privado, que firmam con-trato com o governo do Estado, esta-belecendo metas de atendimento, co-mo número mínimo de consultas eexames; e de qualidade, como contro-le da infecção hospitalar e da taxa decesáreas. O resultado é um índice desatisfação dos usuários sempre acimade 80%. Os hospitais gerenciados porOrganizações Sociais atendem 25%

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entrevista

ceria Público-Privada (PPP) a seradotada para a gestão da nova fábri-ca. O parceiro deverá realizar inves-timento de R$ 20 milhões em novosequipamentos e o começo da produ-ção comercial está previsto para 2010.Será o primeiro laboratório públicodo Brasil a produzir medicamentosgenéricos, com capacidade instaladapara 21,6 milhões de ampolas e 1,4bilhão de comprimidos por ano, am-pliando substancialmente a distribui-ção gratuita de medicamentos.

SP: Que tipos de medicamentosdevem ser produzidos em Améri-co Brasiliense?Barradas: Principalmente medica-mentos para hipertensão, colesterolalto, diabetes, problemas cardiovas-culares, mal de Parkinson e remédiospara saúde mental. A vantagem danova fábrica é que fica em uma regiãocentral do Estado, o que facilita a lo-gística de distribuição dos medica-mentos. Será um grande salto dequantidade e qualidade na assistênciafarmacêutica paulista.

SP: Qual é a abrangência do pro-grama Dose Certa atualmente?Barradas: O programa existe desde1995 e foi ampliado em 81% em2007, passando de 37 para 67 itens,entre antibióticos, xaropes, antiinfla-matórios, pomadas, analgésicos, me-dicamentos para saúde mental e anti-concepcionais, incluindo a pílula dodia seguinte. Todos os municípiospaulistas com menos de 250 mil ha-bitantes recebem os medicamentosproduzidos pelo governo do Estadono laboratório da Furp em Guaru-lhos, para distribuição gratuita nasUBSs. Na capital, esses medicamen-tos estão disponíveis também nas 21unidades da Farmácia Dose Certa,

mantidas pela secretaria em locais defácil acesso e de grande circulação depessoas, como estações de metrô etrem e em hospitais. Os remédios ofe-recidos pelo programa cobrem cercade 80% dos problemas de saúdemais comuns da população. No anopassado, a secretaria também estipu-lou o envio de cotas extras de medi-camentos para 388 cidades com altoÍndice de Vulnerabilidade Social. Es-sas cidades passaram a receber 50%a mais de remédios do que recebiamantes, o que representa cerca de 300milhões de remédios a mais por ano.

SP: O governo pretende estadua-lizar outros hospitais, a exemplodo que ocorreu com a unidade deItanhaém, no litoral Sul?Barradas: A atual gestão tem comodiretriz otimizar o atendimento deunidades de saúde já existentes e comrepresentatividade regional. É maisrápido e mais eficiente do que fazerobras para construir hospitais. Em Ita-nhaém, Cotia e Rosana, o governo doEstado resolveu assumir hospitaiscom bom potencial para a prestaçãode serviços, mas que passavam pordificuldades. Essas unidades agora es-tão sendo adaptadas e o atendimentoserá ampliado, gradativamente. Tam-bém entregamos dois hospitais esta-duais novos, em Ribeirão Preto eAmérico Brasiliense, que já estavamem construção na administração ante-rior, além do Instituto do Câncer deSão Paulo, na capital, que será o maiorhospital especializado em oncologia

“Mesmo quemtem convênio recorreà rede pública”

8 SPnotícias julho 2008 julho 2008 SPnotícias 9

da América Latina. Para este ano, estáprevista a incorporação de mais doishospitais, o Hospital Universitário dePresidente Prudente e a Casa de Saú-de de Jundiaí.

SP: O câncer é a segunda doençaque mais mata no mundo. O no-vo hospital está preparado paraatender à demanda existente hojee à demanda futura?Barradas: Sim. O Instituto do Cân-cer supre esta necessidade e triplica onúmero de vagas exclusivas para tra-tamento oncológico no SUS (SistemaÚnico de Saúde) da cidade de SãoPaulo. É importante ressaltar que ohospital, além de oferecer atendimen-to integral, desde a prevenção até areabilitação de pacientes, irá cumprirum papel fundamental na área deensino e de pesquisa, incluindo o de-senvolvimento de novos medicamen-tos e tratamentos, contribuindo parao conhecimento científico mundialna área da oncologia.

SP: A secretaria lançou, no anopassado, um programa de auxíliofinanceiro fixo às santas casas e àsentidades filantrópicas. Qual é oobjetivo da ação?Barradas: As santas casas e os hospi-tais filantrópicos merecem especialatenção do governo paulista, uma vezque respondem por nada menos que57% das internações realizadas peloSUS no Estado. Muitas vezes a santacasa é o único hospital de uma cida-de, e muitas passam por situação de-licada em razão dos baixos valorespagos pelo Ministério da Saúde paraconsultas, exames e cirurgias. O obje-tivo do programa Pró-Santa Casa écobrir esse déficit, por meio de re-passes extras mensais. Em 2007, fir-mamos parceria com 46 entidades.

Neste ano, estamos ampliando o pro-jeto para cerca de 130 hospitais, quereceberão, ao todo, R$ 241 milhões.A definição das entidades que rece-berão o repasse está ocorrendo emcomum acordo com as prefeituras,que irão repassar 30% do valor.

SP: O SUS completa 20 anos. Queanálise o senhor faz em relaçãoaos avanços e no que ainda o sis-tema precisa melhorar?Barradas: O SUS é, sem dúvida, omaior projeto social já lançado noBrasil. Estabeleceu o direito univer-sal de acesso à saúde, que antes eragarantido apenas aos brasileiros quecontribuíam com a Previdência So-cial. Por meio do SUS, o Brasil conso-lidou o Programa Nacional de Imuni-zações, que permitiu ao país erradi-car a poliomielite e controlar doençascomo sarampo, tétano e difteria. Te-mos o melhor programa de combateà Aids do mundo, que é referênciapara a OMS (Organização Mundialde Saúde), assegurando a distribui-ção de coquetéis de anti-retrovirais atodos os pacientes com HIV. O SUSgarante da vacina ao transplante, algoque nenhum plano de saúde oferece.Mesmo quem tem convênio recorre àrede pública, seja para a realização deprocedimentos mais complexos nãocobertos por alguns planos, para arealização de cirurgias cardíacas oupara receber medicamentos mais ca-ros para doenças como hepatite, malde Alzheimer ou insuficiência renalcrônica. Ainda há muito por fazer,muito para melhorar, e as questõescentrais passam obrigatoriamente pe-la necessidade de mais recursos paraa saúde e aprimoramento da gestão.Mas não há como negar que houveavanços expressivos nesses últimos20 anos. �

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SPtransporte

Composiçõescom design moderno

e mais conforto

julho 2008 SPnotícias 1110 SPnotícias julho 2008

FOTOS:NA

LATA

Ganho de tempo e de qualidade de deslocamento paraos usuários de transporte coletivo. Essas são as princi-pais metas do Plano de Expansão do Transporte Metro-

politano 2007/10, que contará com um investimento de R$ 17bilhões, o maior já feito no setor. Os objetivos são aumentarem 55% a quantidade de passageiros transportados e dimi-nuir em 25% o tempo médio de viagem gasto no sistema –Metrô, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM)e Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).Para alcançar as metas, a rede metropolitana de transportes

será estendida em cerca de 100 quilômetros. Juntas, as trêsempresas cobrirão mais de 450 quilômetros da região metro-politana em 2010. O maior aumento será na CPTM. Os 260,7quilômetros de ferrovia subirão para de 304,4 até 2010.De acordo com o coordenador de Planejamento e Gestão da

Secretaria dos Transportes Metropolitanos, Renato Viegas, a

Até 2010, usuários de transporte coletivo devemeconomizar até 25% em tempo de viagem

Investindoem tempo

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transporte

12 SPnotícias julho 2008

Arquiteturamoderna naestação Grajaú,zona Sulda capital

prioridade na rede ferroviária se devea dois fatores. Em primeiro lugar, ofato de o trem chegar às regiões maispopulosas da Região Metropolitanade São Paulo, onde há maior deman-da de passageiros. “É comum que asgrandes cidades se desenvolvam aoredor das ferrovias”, diz. Em segundo,a consideração de uma pesquisa de2003 de origem-destino, que identi-ficou que cerca de 50% dos passagei-ros que embarcam nos trens daCPTM têm como destino a regiãocentral da capital, mais precisamenteo triângulo formado pelas estaçõesBarra Funda, Luz e Brás. Na pesquisa,atualizada em 2005, os passageirosforam abordados quanto ao destino eao horário que mais utilizam o trem.

Atualmente, um deslocamento par-tindo de Francisco Morato com des-tino à região da Avenida Paulista, porexemplo, pode levar até três horas.Com as novas linhas de trem, o pas-sageiro vai demorar duas horas parafazer o mesmo trajeto.O plano contempla a moderniza-

ção das linhas da CPTM. A economiade tempo é a mudança mais sensívelno novo modelo. Um passageiro quese desloca da estação Grajaú daCPTM até a estação Sé do Metrô gas-ta cerca de 240 minutos (quatro ho-ras). Em 2010, a meta é que esta via-gem seja feita em 102 minutos (umahora e quarenta minutos), ou seja, umganho de tempo de mais de duas ho-ras. O mesmo vai ocorrer com quem

Linha 1 - Azul

Linha 2 - Verde

Linha 2 - Verde (em construção)

Linha 2 - Verde (em projeto)

Linha 3 - Vermelha

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Linha 5 - Lilás

Linha 5 - Lilás (em projeto)

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Metroleve Aeroporto (em projeto)

Linha 7 - RubiLinha 8 - DiamanteLinha 9 - EsmeraldaLinha 10 - TurquesaLinha 10 - Turquesa - Expresso ABC (em projeto)Linha 11 - CoralLinha 11 - Coral (Expresso Leste)Linha 11 - Coral - Expresso Leste (em projeto)Linha 12 - Safira (em projeto)Linha 12 - SafiraLinha 13 - Jade - Trem de Guarulhos (em projeto)Linha 14 - Ônix - Expresso Aeroporto (em projeto)Estação em projeto

Francisco Morato

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Jundiaí

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Palmeiras-Barra Funda Luz

Tucuruvi

Aeroporto Internacional AndréFranco Montoro Guarulhos

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Veículo Levesobre Trilhos

PLANO DE EXPANSÃO 2007/2010

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transporte

julho 2008 SPnotícias 1514 SPnotícias julho 2008

AS NOVIDADES DA CPTM

Nas estações� Piso emborrachado� Sala de controle e bloqueios compadrão de Metrô

� Bicicletário� Escadas rolantes� Elevador� Rampas� Banheiros exclusivos para pessoascom mobilidade reduzida

� Rota com piso em alto relevo paradeficientes visuais

� Mapas em braile� Sistema de captação e reutilizaçãoda água das chuvas

� O entorno das estações JardimHelena e Itaim Paulista foirecuperado. Guias, sarjetas eiluminação pública foram refeitos

Nos trens� Novo design de interior e de exterior� Ar-condicionado� Bancos anatômicos e estofados� Vidros com proteção aos raiosultravioleta

Acessibilidade� Sinais luminosos de abertura ede fechamento de portas

� Identificação dos carros em braile� Assentos preferenciais� Espaço para pessoas em cadeirade rodas

� Painel indicativo de próxima estaçãoe lado de abertura de portas

� Pega-mão que brilha no escuropara o caso de ausência de energia

Segurança� Sistema de comunicação deemergência entre usuáriose maquinista

� Sistema de monitoramento defalhas computadorizado

� Freios eletrônicos

se desloca de Poá, via CPTM, para aestação da Luz. O trajeto que atual-mente é feito em 122 minutos (duashoras) poderá ser realizado em ape-nas 30 minutos daqui a dois anos.Este ganho de tempo de 25% não é

específico para os usuários da CPTM.A economia média será sentida emtodo o transporte coletivo metropoli-tano de São Paulo. “Obviamente queteremos reflexos semelhantes nostransportes particulares”, afirma Vie-gas. São 25% a mais de tempo que ousuário ganha para o lazer e o con-vívio com a família. “Estamos falandode qualidade de vida. Gosto muito deilustrar essa situação com a frase deum romancista italiano, que diz que‘o homem não pode ser avaro com o

tempo’. Ou seja, o que ele ganha emtempo deve efetivamente ser gasto”,diz Renato Viegas.Com transporte mais rápido e com

mais qualidade, o número de passa-geiros irá quase que dobrar com o fimdo plano. Segundo Viegas, em 2010,serão 2,7 milhões de passageiros trans-portados por dia na CPTM e 3,6 mi-lhões de usuários no Metrô.

Metrôs de superfícieA modernização da CPTM passa a de-sempenhar, então, um papel impor-tante, o de cobrir adequadamente osdeslocamentos mais longos. Os trenssão os modernos metrôs de superfície.Ao entrar numa das novas estações daCPTM, os usuários já têm a sensação

Escadas rolantesna estação doAutódromo:facilitaçãono acesso àsplataformas

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julho 2008 SPnotícias 1716 SPnotícias julho 2008

de que estão numa estação do Metrô.Todas as características utilizadas nes-tas novas construções inspiram-se nosmoldes do Metrô. Piso emborrachadocom alerta tátil (de alto relevo), esca-das rolantes, bloqueios, central deoperações e os padrões de sinalização.Dois terços das estações ferroviárias

passarão por esta reformulação. “Emalgumas estações, as mudanças são tãograndes que consideramos como umaestação nova”, afirma Viegas. A já inau-gurada Itaim Paulista é um exemplo.Em vez de restaurar a edificação jáexistente, uma nova estação foi cons-truída num ponto diferente e a antigaserá demolida.Seguindo a constatação de que a

CPTM está presente nas regiões mais

adensadas da cidade, as reformas co-meçaram pelos pontos periféricos daRegião Metropolitana. Para se teruma idéia da carência desses bairros,a escada rolante da estação Itaim Pau-lista, inaugurada em maio, é a pri-meira de todo o bairro da zona Lesteda capital. Até agora, foram inaugura-das sete estações semelhantes.A principal característica do Metrô

também será adotada: os intervaloscurtos. “A meta é oferecer trens a ca-da três minutos”, afirma Viegas. Atual-mente, nos horários de pico, o inter-valo entre uma composição e outrapode chegar a até nove minutos, trêsvezes maior do que a meta. Estes in-tervalos serão reduzidos graças à no-va sinalização utilizada. Atualmente, a

Modelo da CPTM agora semelhante ao doMetrô: bicicletário, piso antiderrapante ebancos nas plataformas de embarque

transporte

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distância mínima entre os trens é de150 metros no Metrô e de 450 me-tros na CPTM. Tanto em uma comona outra haverá uma redução de 15metros entre um trem e outro, e a ve-locidade do sistema será maior.Outro detalhe que ajudará na di-

minuição dos intervalos é a rapidezdos trens. A velocidade média doMetrô é de 32 km/h; a dos trens daCPTM é de 42 km/h. “Na ferrovia, asestações são mais distantes, com me-nos paradas por quilômetro de linha,o que dificulta a percepção do passa-geiro”, diz Viegas.O aumento de 55% no número de

passageiros também se deverá à me-lhoria do conforto dos trens. São99 novos trens de última geração, a

maior compra já feita pelo Estado.Destes, 52 composições serão desti-nadas para a CPTM e os outras 47para o Metrô. Quatro já estão em ope-ração na Linha 9-Esmeralda, do trem.A previão é que até 2010 haja outras35 composições novas para a CPTM.

MetrôO Metrô de São Paulo, já conside-

rado um dos sistemas mais modernosdo mundo, também recebeu atençãoespecial. A máquina Shield, popular-mente conhecida como Tatuzão, estátrabalhando nas escavações da linhaque interligará o centro da Capitalaté a Vila Sônia, Linha 4-Amarela.As grandes novidades do sistema

serão a ampliação da Linha 2-Verde

Assim comonas plataformasdo Metrô, asnovas estaçõesde trem têmbancos paraa espera

Nos novos trens, bancos são como os doMetrô e composições têm ar-condicionado evidros com proteção ultra-violeta

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transporte

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e a inauguração da própria Linha 4-Amarela, que, quando concluída,atenderá cerca de 1 milhão de passa-geiros por dia e integrará as linhas 1,2 e 3 do Metrô.As novas estações seguirão o mes-

mo padrão de eficiência já adotado.Os novos trens terão ar-condicionadoem todos os carros, painéis internosluminosos com os nomes das paradase um mapa dinâmico que avisa qual éa próxima estação. Os primeiros e osúltimos carros de cada composição te-rão assentos para obesos e entrada pa-ra passageiros com cadeira de rodas.Até o segundo semestre de 2010 o

trecho da Linha 5-Lilás ligará CapãoRedondo com Campo Belo.

Sobre pneusNo que se refere a EMTU (EmpresaMetropolitana de Transportes Urba-nos), as alterações do Plano de Ex-pansão fogem um pouco da RegiãoMetropolitana de São Paulo. Está pre-visto um investimento de R$ 138 mi-lhões para a implementação do Cor-redor Noroeste. Serão 32,7 quilôme-tros de corredores exclusivos paraônibus ligando as cidades de Cam-pinas, Hortolândia e Sumaré. Os ter-minais das duas primeiras estão pre-vistos para ser entregues até agosto.“Todos os estudos que eu conheçoindicam que os custos para o gover-no por passageiro transportado sãoiguais no ônibus, no Metrô e no trem.

MALHA VIÁRIAÉ COMPLEMENTOEm paralelo ao Plano de Expansão dotransporte coletivo, o governo do Esta-do executa ações de melhoria na malhaviária na Região Metropolitana, algumasem convênio com as prefeituras. A maiordas intervenções é a construção do tre-cho Sul do Rodoanel Mário Covas, cominvestimento de R$ 4 bilhões.O Rodoanel vai retirar das cidades

os caminhões e, com isso, colaborar pa-ra a redução de congestionamentos naRegião Metropolitana. A expectativa éque cerca de 250 mil veículos por diadeixem de circular na Marginal do Pi-nheiros (43% a menos do que hoje); e100 mil veículos não passem mais dia-riamente pela Avenida dos Bandeirantes(37% menos).Outras obras vão beneficiar o motoris-

ta do transporte particular: na Marginaldo Tietê e nas avenidas dos Bandeiran-tes, Roberto Marinho e Jacu-Pêssego.A Marginal do Tietê é o principal cor-

redor viário da cidade, com movimentoque chega até 1,2 milhão de viagens emdias úteis. Atualmente, sua infra-estru-tura é insuficiente para comportar onúmero de veículos, responsável porcerca de 25% do total de congestiona-mentos medidos na cidade. Entre asobras previstas na via, está o alarga-mento da pista local de três para quatrofaixas de rolamento, a construção deuma pista auxiliar nos trechos sob aspontes, a implementação do Sistema deMonitoramento Eletrônico de Trânsito enova sinalização.A Avenida Jacu-Pêssego já tem a li-

gação com o complexo Ayrton Sennaconcluída, que chegará à Avenida PapaJoão 23, no município de Mauá. Próxi-ma etapa para que a via seja unida aotrecho Sul do Rodoanel, em 2010.

BRUN

OM

IRAN

DA/N

ALA

TA

Obras naAvenidaJacu-Pêssego:ligação da zonaLeste de SãoPaulo ao municí-pio de Mauá

BRUNOM

IRANDA/N

ALATA

Page 12: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 02

transporte

julho 2008 SPnotícias 23

Metas do plano de expansão

*Cerca de 2/3 das estações serão novas ou reconstruídase as outras, remodeladas

CPTM Metrô

Extensão (em quilômetros)

117,6

2006 2007 2010 2014

253,2 260,7307,1 307,1

60,2 8461,3

Estações Composições

5473

10883 89* 94 91

2006 2010 2012 2014

117176 191

236

106

193229 229

2006 2010 2012 2014

Passageiros/dia (em milhões)

2006 2010 2012 2014

2,66,3 7,1

7,7

2,73,3 3,3

1,5

9

3 3

Intervalo (média em minutos)

2006 2010 2012 2014

2,45a

1,66

5 a 32,2a

1,3

2,2a

1,3

2,2a

1,2

91

EXPANSÃO EM NÚMEROS

EMTU

Construção de75 quilômetros

de corredores

11 quilômetrosentre Diadema e

São Paulo (Brooklin)

20 quilômetrosentre Guarulhos

e São Paulo (Tucuruvi)

11 quilômetrosna Baixada Santista

(Metrô Leve)

33 quilômetrosna região de Campinas

Investimento

R$ 17bilhõesno Metrô,

CPTM e EMTU

Novas estações daCPTM já concluídas:

Linha 9 Esmeralda -Jurubatuba,

Autódromo, Primavera-Interlagos, GrajaúLinha 12 Safira -

USP Leste, ComendadorErmelino, JardimHelena-Vila Mara,Itaim Paulista,Jardim Romano

Por isso, deve-se escolher o modo dedeslocamento certo para o local cer-to, levando-se em consideração a si-tuação urbana de cada cidade”, expli-ca o coordenador Viegas.A qualidade do ar também será be-

neficiada com o ônibus movido a ál-cool, que já está sendo testado noCorredor São Mateus-Jabaquara, ecom o movido a hidrogênio, cujo pro-tótipo começa a ser testado neste ano,no mesmo corredor. Ao todo, espera-se que 235 mil toneladas de poluentessejam retiradas da atmosfera.Outras duas obras prometem ser

providenciais para os moradores da

capital. Primeiro, a construção da Li-nha 14-Ônix, que ligará a EstaçãoLuz ao Aeroporto de Cumbica, emGuarulhos, sem qualquer parada. “Ointervalo de trens deverá ser de 15minutos, e o check-in poderá ser fei-to na estação”, afirma o coordenadorda Secretaria.A outra novidade, em princípio, se

concentrará apenas na Baixada San-tista. Será o Sistema Integrado Metro-politano, o SIM. Trata-se de um sis-tema de média capacidade articuladosobre trilhos e pneus. O projeto apro-veitará a linha férrea existente entreas cidades de Santos e São Vicente. �

DIVULGAÇÃO

Tatuzão, queabre espaço paraas novas estaçõesde Metrô

Em 2010, serão mais de 240 quilômetros com qualidade de Metrô

Page 13: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 02

SPmananciais

O investimento é gigante. O de-safio, também: garantir a quali-dade da água consumida por

4,8 milhões de pessoas na Região Me-tropolitana de São Paulo. No últimodia 30 teve início uma série de inter-venções nos reservatórios Billings eGuarapiranga, ambos na Grande SãoPaulo, para diminuir a carga do es-goto despejada nas duas represas. Oobjetivo é preservar a principal fun-ção dos dois sistemas – o abasteci-mento público de água –, que aten-dem um em cada quatro moradoresda Grande São Paulo.O Programa Mananciais, executado

pelo governo do Estado com verbada União e também das prefeiturasde São Paulo, São Bernardo do Cam-po e Guarulhos, conta com orçamen-to de fôlego, nunca antes disponível:R$ 1,220 bilhão. As intervenções jácomeçaram e vão até 2012.

O investimento é direciondo à am-pliação das rede de coleta de esgoto,urbanização de favelas e reestrutura-

ção de bairros precários – a maioriaoriginados de ocupação irregular. Amaior parte das intervenções ocorrenos arredores das represas Guarapi-ranga e Billings, onde a concentraçãopopulacional nos mananciais da Re-gião Metropolitana é mais intensa.O programa do governo prevê ain-

da intervenções em outras bacias, co-mo a do Alto Tietê-Cabeceiras e a doAlto e Baixo Cotia. Porém, os esfor-ços serão concentrados na capitalpaulista, que tem um milhão de pes-soas vivendo na região de abasteci-mento dos dois reservatórios.Ao todo, os arredores da Billings e

da Guarapiranga têm cerca de 1,9 mi-lhão de moradores. Se toda essa gen-te formasse um só município, seria amaior cidade do país, sem contar ca-pitais de Estado. Uma cidade desor-denada, e de baixa renda. Ali, comoem qualquer região periférica, a ocu-pação seguiu a urgência por moradia,e não as regras de convivência susten-tável com os recursos naturais.

Protegendoos mananciais

Programas garantem qualidade de águaque abastece 4,8 milhões de pessoas

FOTOS:DIVULGAÇÃO

Casas ao redor da Guarapiranga queserão beneficiadas e terão esgotocoletado: 320 kg de fósforo sãodespejados diariamente na represa

ORIGEM VALORDOS RECURSOS (R$ milhões)

Governo do Estado de São PauloSecretaria de Saneamento e Energia 33,3

Secretaria do Meio Ambiente 16,3

Sabesp 84,6

CDHU 130,6

Financiamento Bird 219,3

Prefeitura de São Paulo 446,6Prefeitura de São Bernardo do Campo 31,8Prefeitura de Guarulhos 7,8Governo federal 250,0

OS NÚMEROS

O ProgramaMananciais teráinvestimento de

R$ 1,220bilhão

FON

TE:S

ECRE

TARI

AES

TADU

ALDE

SAN

EAM

ENTO

EEN

ERGI

A

julho 2008 SPnotícias 25

484,1

Page 14: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 02

A meta dos programas é alcançar 80% do esgotocoletado, nas duas represas, até 2012.

mananciais

julho 2008 SPnotícias 2726 SPnotícias julho 2008

dro). A obras vão beneficiar direta-mente 45 mil pessoas, com a extinçãode favelas e melhorias nos bairrosdeficientes. “E, indiretamente, no mí-nimo, as 3,8 milhões de pessoas quesão abastecidas hoje pelas duas re-presas”, avalia Araújo.Se os benefícios da recuperação das

represas Billings e Guarapiranga po-dem ser mensurados com certo alí-vio, pensar nos prejuízos que o aban-dono dos sistemas levaria gestorespúblicos a um verdadeiro cenário deguerra. Invadidas por uma quantida-

de cada vez maior de esgoto, as re-presas seriam tomadas por toneladasde fósforo, que por sua vez incentiva-riam a reprodução de milhares de al-gas. Tratar e consumir a água tor-naria-se inviável, e a crise das tornei-ras secas se instalaria em 25% da Re-gião Metropolitana.“Se perdêssemos esses dois reser-

vatórios, por conta da péssima qua-lidade da água, a Sabesp precisariabuscar água para abastecer milhõesde pessoas em pontos muito distan-tes, como no Vale do Ribeira. Isso te-ria um custo elevadíssimo, da ordemde R$ 3 bilhões. Sem contar no im-pacto nas tarifas de abastecimento,que ficariam pelo menos 20% maiscaras. Não cogitamos essa possibilida-de”, afirma o coordenador.O poder público gasta em ações de

“socorro” aos mananciais desde 1991,

ano em que a Guarapiranga passoupor uma prolongada fase de conta-minação. “Hoje, todos os governantessabem que se trata de uma questãometropolitana e prioritária. Além dis-so, o atual fluxo de recursos seria ini-maginável em outras épocas. É a pri-meira vez que o governo federal in-veste nos mananciais, graças ao bommomento que a economia atravessa”,avalia Araújo.As obras previstas dentro do pro-

grama Guarapiranga e Billings já es-tão licitadas, e as ordens de serviçoforam assinadas pela Prefeitura deSão Paulo. O acordo com o Bird (Ban-co Mundial) para a execução do Pro-grama Mananciais deve ser celebradoem novembro; a Sabesp deve lançarem julho duas licitações para inter-venções em Itapecerica da Serra, Ca-rapicuíba e Cotia. �

Ocupação naRepresaBillings:participação daPrefeitura deSão Bernardo doCampo para acoleta de esgoto

AS REPRESAS

Billings e Guarapiranga são responsáveis pelo abastecimentode 4,8 milhões de pessoas, o que corresponde a 25% de toda

a Região Metropolitana de São Paulo

* Últimos dados da Secretariade Saneamento e Energia

Guarapiranga Billings

Coleta de esgotoPopulação

40%

550 mil70%

915 mil

1991 2006*1991 2006*

515 mil

975 mil

12%

50%

Legislação“O agravante, no caso das duas re-presas, é que estamos falando deuma região de mananciais. A legisla-ção ambiental da época, na tentativade inibir as ocupações, restringiu aexpansão da infra-estrutura. Deu-seum paradoxo: a área de periferia quemais necessitava de coleta de esgoto,por exemplo, era a que menos tinha”,explica o coordenador do ProgramaMananciais, Ricardo Araújo.A meta é alcançar 80% do esgoto

coletado, nas duas represas (veja qua-

Page 15: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 02

SPtelecurso tec

50 mil vagas técnicasTelecurso Tec inclui estudantes da rede em ensino profissionalizante

Desde 7 de abril, os alunos doensino médio da rede estadualpodem concluir a última etapa

da educação básica já com um diplo-ma técnico nas mãos. Graças a umainiciativa da Secretaria de Estado daEducação com o Centro Paula Souza,cerca de 50 mil estudantes da redeparticipam do Telecurso Tec. Trata-sede um programa de formação técnicae qualificação profissional em edu-cação a distância, em parceria com aFundação Roberto Marinho.

Para cursar o Telecurso Tec, o alunodeve estar no mínimo no 2º ano doensino médio. Por ser um método deensino a distância, os estudantes po-dem realizar o Telecurso utilizando aspróprias instalações da escola onde es-tudam, como televisão e computado-res. “Aqueles que concluírem o curso

antes de terminar o ensino médio sóreceberão o diploma após finalizaremo colégio”, diz o diretor do Centro deEducação a Distância do Centro PaulaSouza, Renato Nogueira Saldini.

Atualmente, são oferecidos três cur-sos na área de gestão (AdministraçãoEmpresarial, Gestão de Pequenas Em-presas e Secretariado e Assessoria).Cada curso tem 800 horas de estudo epode ser feito de três maneiras: aber-ta, presencial e on-line (veja quadro).A previsão de Saldini é que o númerode alunos do curso alcance os 70 milaté o começo do ano que vem.

Quem deixou de ser estudante tam-bém pode realizar o curso nas tecsa-las. A grande vantagem do TelecursoTec é a qualificação técnica para quemtem pouco tempo. “Muitas vezes, o tra-balho ou compromissos pessoais im-

julho 2008 SPnotícias 2928 SPnotícias julho 2008

TTEELLEECCUURRSSOO TTEECC

Quais são os cursosMarinês Oliveira Perez éorientadora doTelecurso Tec

O curso é o de Administração Em pre sa rial. A turma é pequena,tem 15 alu nos, funcionários da Secretaria de As sis tência e De sen -volvido Social (Seads), que promoveu o curso. A flexibilidade dotempo é a caracterís ti ca mais importante do curso. Ninguém es tácansado ou preocupado com o ho rá rio dentro da sala. Todos pre s -tam atenção e interagem com as explicações da orientadora. A funcionária do Núcleo de Patrimônio da Seads, Alessandra

Fer reira dos Santos, 25 anos, é uma das alunas. Ela faz fa cul da -de de Se cre ta ria do e diz que o Tele Tec tem lhe ajudado no cur so.Outro aluno, Adelmo Freire da Silva, 54 anos, é mais ambi-

cioso. Funcionário há 33 anos do governo do Estado, Adelmo sepre para para se aposentar. “Pretendo abrir um negócio. Com ocur so, eu já saberei gerenciá-lo”, diz.

POR DENTRO DA TEC SALA

FOTO

S:H

AMIL

TON

PEN

NA

SERI

� Técnico emAdministração Empresarial

� Técnico emSecretariado e Assessoria

� Técnico em Gestão de Pequenas Empresas

Quantos alunos inscritos no primeiro semestre

5500 mmiillPrevisão de alunos para osegundo semestre7700 mmiill

Aberta O aluno assiste às aulas duasvezes por semana pela TVGlobo, TV Cultura e CanalFutura. Cada tele-aula abordatópicos do livro didático. Apósacompanhar o capítulo, o alunojá tem uma série de exercíciosprogramados. As provas sãosemestrais, com dia e horáriopré-agendados.

PresencialOs alunos assistem às aulas emuma Tecsala, com televisão e apare lho de DVD. Nessamodalidade, há sempre o

acompanhamento de um orien-tador, que complementa a aulavista pelo vídeo. Esse sistemadepende da contratação doserviço por parte de algumaempresa ou instituição.

On-line (2ºsemestre)Nesta modalidade, o acompa -nhamento da aula ocorre com ouso do computador. Todo oconteúdo e os exercíciosestarão disponíveis num portaldo Telecurso Tec. Pode serfeito de qualquer computadorcom acesso à internet. O pro-grama começa em agosto.

Quais são as modalidades

possibilitam os estudos. O curso ga -rante esta fle xibilidade no horário”,afir ma Sal dini.

Segundo ele, o conteúdo do mate -rial didático utilizado no telecurso é omesmo usado nos cursos regulares doCentro Paula Souza. “Os alunos quefa zem o curso a distância não têm re -dução de qualidade”, afirma. Em suaopinião, a modalidade possui vanta-gens. “O material didático foi elabora-do de forma que incentiva o aluno apesquisar”, afirma. Para Saldini, outrodetalhe é que, muitas vezes, um alunode ensino tradicional assume umaposição passiva durante as aulas, oque não ocorre na educação a distân-cia. “O estudante é o protagonista deseu aprendizado e irá suprir qualquerdeficiência que apareça”, explica.

Para avaliar o conteúdo que o alunoconseguiu aprender, foi elaborado umexame presencial com data, local ehorário pré-definidos. �

*Os três cursos estão disponíveis em quaisquer das três modalidades

Page 16: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 02

SPfestival

julho 2008 SPnotícias 3130 SPnotícias julho 2008

José de Alencar e Carlos Gomessão grandes nomes da culturadeste país. O primeiro é um ro-

mancista, o outro um dos principaiscompositores brasileiros de óperas.Em comum, têm o fato de que suasobras mais conhecidas são homôni-mas – O Guarani – (a ópera foi ins-pirada na literatura) e serão temas dosconcertos do 39º Festival de Invernode Campos do Jordão – Dr. Luís Ar-robas Martins.O festival é organizado pela Secre-

taria da Cultura por intermédio doCentro Tom Jobim, núcleo de referên-cia na formação musical. O eventoocorre entre os dias 5 e 27 deste mês.O tema este ano é Literatura na Mú-sica. A intenção é mostrar a influênciade um sobre o outro. “As pessoas co-nhecem Dom Quixote e Romeu e Julieta,mas não sabem que desses livros re-sultaram músicas maravilhosas”, afirmao diretor-executivo do festival, Clo-doaldo Medina.O Festival de Inverno oferece 148

bolsas de estudos para jovens músicosnos cursos de instrumentos, prática de

SERI

5/7 - SÁBADO21h - A Orquestra Sinfônica doEstado de São Paulo (Osesp)abre o Festival de Inverno, noAuditório Cláudio Santoro. R$ 80� A Osesp Itinerante seguesua turnê e realiza até o dia 20concertos gratuitos e palestrascom o maestro John Neschling.Serão 54 apresentaçõesmusicais em 12 cidades:São José dos Campos, Taubaté,Sorocaba, Itapetininga, Bauru,Marília, Piracicaba, Limeira,

São Carlos, Araraquara, SãoJosé do Rio Preto e Catanduva.

6/7 - DOMINGO12h30 - Orquestra SinfônicaMunicipal de Santos,Praça do Capivari. Grátis15h30 - Camerata Fukuda comElisa Fukuda no violino.� Elisa é graduada no Conserva-tório de Música de Genebra, onderecebeu o Prêmio de Virtuosidade.Sua discografia é composta pordois CDs com o Trio Dell’Arte,

três com a Camerata Fukudae um com o Quarteto CamargoGuarnieri. Igreja SantaTerezinha. Grátis

16h - Banda Sinfônica Jovem,Praça do Capivari.Grátis

7/7 - SEGUNDA21h - Orquestra Heliópolis,Auditório Cláudio Santoro.Grátis

8/7 - TERÇA17h - Música de câmara,Igreja São Benedito. Grátis

9/7 - QUARTA21h - Orquestra Sinfônicado Theatro Municipal do Riode Janeiro. Direção artísticade Roberto Minczuk,Auditório Cláudio Santoro.�Minczuk é regente titularda Orquestra Sinfônica Brasileirada Cidade do Rio de Janeiro,da Filarmônica de Calgarye diretor artístico do FestivalInternacional de Inverno deCampos do Jordão. Já regeuas orquestras de Nova York,de Los Angeles e de Israel.

Na Europa, regeu as sinfônicasda BBC de Londres e deCardiff; as filarmônicas deLondres, Oslo, Hallé. R$ 30

10/7 - QUINTA16h - Grupo PIAP, Praçado Capivari. Grátis21h - Glenn Dicterow, violinoRichard Bishop, piano, AuditórioCláudio Santoro. R$ 20

11/7 - SEXTA18h - Rosana Lamosa, soprano,Antônio Meneses, violoncelo,e Fany Solter, piano, Capelado Palácio Boa Vista. R$ 3021h - Orquestra Jazz Sinfônica,Auditório Claudio Santoro.R$ 30

12/7 - SÁBADO12h30 - Orquestra Sinfônicade Santo André, Praçado Capivari. Grátis15h30 - Música decâmara, Igreja Nossa Senhorada Saúde. Grátis16h - Orquestra de SoprosBrasileira, Praça do Capivari.Grátis16h30 - Brasil Guitar Duo, Capela

do Palácio Boa Vista. R$ 2021h - Orquestra SinfônicaBrasileira da Cidade doRio de Janeiro, AuditórioCláudio Santoro. R$ 80

13/7 - DOMINGO12h30 - Orquestra Jovem doEstado, Praça do Capivari. Grátis15h30 - Música de câmara,Igreja Santa Terezinha. Grátis16h - Orquestra de São Josédos Campos, Praça doCapivari. Grátis18h - Música de câmara,Auditório Claudio Santoro. R$ 10

14/7 - SEGUNDA21h - Música de câmara,Auditório Cláudio Santoro.R$ 10

15/7 - TERÇA17h - Música de câmara,Igreja de São Benedito. Grátis21h - Orquestra Sinfônicade Minas Gerais, AuditórioCláudio Santoro. R$ 10

16/7 - QUARTA21h - Empire Brass, AuditórioCláudio Santoro. R$ 10

DIVERSÃO NO INVERNO

Para aqueceros ouvidosLiteratura mundial embala o39º Festival de Inverno de Campos

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Page 17: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 02

festival

julho 2008 SPnotícias 3332 SPnotícias julho 2008

ENDEREÇOS

Auditório Cláudio SantoroAv. Dr. Luís Arrobas Martins, 1.880,

Alto da Boa Vista, tel.: (12) 3662-2334Capacidade: 852 lugares

Concha Acústica daPraça do Capivari

Praça do Capivari, s/nº, CapivariCapacidade: 1.500 pessoas sentadas

Capela do Palácio Boa VistaAv. Dr. Adhemar de Barros, 3.001,

Alto da Boa Vista, tel.: (12) 3662-1122Capacidade: 120 lugares

Igreja Santa TerezinhaRua Thadeu Rangel Pestana, 662,Abernéssia, tel.: (12) 3662-1740

Capacidade: 200 lugares

Igreja São BeneditoAv. Macedo Soares, s/nº, Capivari,

tel.: (12) 3663-1340Capacidade: 200 lugares

Igreja Nossa Senhora da SaúdePraça Nossa Senhora da Saúde, s/nº,Vila Jaguaribe, tel.: (12) 3662-2919

Capacidade: 200 lugares

Sala São PauloPraça Júlio Prestes, s/nº, Luz,

tel.: (11) 3337-5414, São PauloCapacidade: 1.501 lugares

DIVERSÃO NO INVERNOorquestra, música de câmara, cantolírico, técnica de gravação, regência ecomposição. Trata-se de uma escolade excelência, o festival seleciona osmelhores jovens em seus instrumen-tos para ficarem três semanas emCampos. “É como se fosse uma pós-graduação em música”, afirma Me-dina. Entre os professores, está KurtMasur. Com 81 anos, ele é o regenteda Orquestra da França e, provavel-mente, o principal nome do festival.O evento também contará com 50

espetáculos durante os 23 dias deevento. Algumas das apresentaçõestêm preços populares; outras são gra-tuitas. A expectativa de público é de90 mil pessoas. A novidade este anoé o novo local para apresentações, aigreja Nossa Senhora da Saúde, comcapacidade para 200 pessoas. Boaparte dos concertos é na praça, ondehá maior concentração de jovens. “Amúsica clássica rompeu algumas bar-reiras. O público jovem do bairro Ca-pivari adora assistir aos concertos eainda aproveita para paquerar”, diz.A Orquestra Sinfônica do Estado

de São Paulo (Osesp) abre o festival.Neste ano, a orquestra tem um gran-de desafio, o de tentar democratizara música clássica com o Osesp Itine-rante. O projeto levará atividades mu-sicais gratuitas para a população. En-tre as atividades estão concertos aoar livre, oficinas com os músicos daOsesp, cursos de apreciação musicale palestras com o regente da or-questra, John Neschling. O Osesp Iti-nerante vai de 2 a 20 de julho. Os120 músicos da Filarmônica passarãopor 12 cidades do interior paulista.O encerramento será com chave de

ouro na Sala São Paulo, na Capital,onde a orquestra formada pelos bol-sistas se apresentará sob o comandode Masur. �

17/7 - QUINTA16h - Orquestra Sinfônicade São Bernardo do Campo,Praça do Capivari. Grátis21h - Música de câmara,Auditório Cláudio Santoro. R$ 10

18/7 - SEXTA-FEIRA18h - Música de câmara,Capela do Palácio BoaVista. R$ 1021h – Orquestra Acadêmica,Auditório Cláudio Santoro.R$ 20

19/7 - SÁBADO12h30 - Música de câmara,Praça do Capivari. Grátis15h30 - Música de câmara,Igreja Nossa Senhora daSaúde. Grátis16h - Banda Sinfônica,Praça do Capivari. Grátis16h30 - Michael Collins,clarinete, Capela do PalácioBoa Vista. R$ 30� Michael ganhou o primeiroconcurso Músico Jovem doAno da BBC aos 16 anos e aos22 estreou no Carnegie Hall.

Desde então, atua comosolista com muitas dasprincipais orquestras domundo. Em 1988, fundouo conjunto de soprosLondon Winds e em maiode 2007 ganhou o prêmioInstrumentista do Ano daRoyal Philharmonic Society.21h – Nelson Freire, piano,Auditório Cláudio Santoro.R$ 80

20/7 - DOMINGO12h30 - OrquestraAcadêmica, Praça doCapivari. Grátis15h30 - Fortuna, voz,e Marcelo Bratke, piano,Igreja Santa Terezinha. Grátis16h - Música de Câmara,Praça do Capivari. Grátis18h - Concerto extrada Orquestra Sinfônicade Ribeirão Preto, AuditórioCláudio Santoro. R$ 10

21/7 - SEGUNDA21h - Youth Orchestraof the Americas, AuditórioCláudio Santoro. R$ 10

22/7 - TERÇA17h - Música de câmara,Igreja São Benedito. Grátis21h - Orques-tra Sinfônicada Universi-dade de SãoPaulo comDennisParker novioloncelo,AuditórioCláudioSantoro.R$ 10

� Dennis nasceu emNova York e começouos estudos de violonceloaos 6 anos. Parker foimúsico da OrquestraSinfônica de Porto Alegree se apresenta comosolista e concertista,além de colaborar comoprofessor visitante emuniversidades e festivais.Desde 1988 é professorda Faculdade de Músicada Universidade doEstado da Louisiana.

23/7 - QUARTA21h - OrquestraExperimental de Repertório,Auditório Cláudio Santoro.R$ 10

24/7 - QUINTA16h - Grupo de Metaise Percussão do Festival,Praça do Capivari. Grátis21h - Jean-LouisSteuerman, piano,Auditório Cláudio Santoro.R$ 20

25/7 - SEXTA18h - Música de câmara,Capela do Palácio Boa Vista.R$ 1021h - Orquestra SinfônicaMunicipal de São Paulo,Auditório Cláudio Santoro.R$ 20

26/7 -- SÁBADO12h30 - Orquestra Pão deAçúcar, Praça do Capivari.Grátis15h30 - Concerto dosProfessores do Núcleode Música Antiga da ULM,

Igreja Nossa Senhora da Saúde. Grátis16h - Orquestra de Metais Lyrade Tatuí, Adalto Soares, regente, Praça do Capivari. Grátis16h30 - Música de Câmara,Classe de Piano do Festival,Capela do Palácio Boa Vista.R$ 1021h - Orquestra Acadêmica, Kurt Masur como regente, Auditório Cláudio Santoro. R$ 30

27/7 - DOMINGO17h - Orquestra Acadêmica,KKuurrtt MMaassuurr,, regente, Sala São Paulo. R$ 30

Page 18: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 02

SPvaledoribeira

Governo lança projeto de R$ 224,4 milhões parao Vale do Ribeira e prioriza saneamento básico

julho 2008 SPnotícias 35

Investirpreservando

VALE DO RIBEIRA ESTADO (%)MunicípiosPopulação (IBGE 2007)PIB (2005 – em milhões)PIB per capita (2005)IDH (2000)

CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO

Preservação ambiental com de-senvolvimento: este é o cami-nho escolhido para a região do

Vale do Ribeira, uma faixa que acom-panha o litoral Sul de São Paulo, so-mando 23 municípios. Do que restoude Mata Atlântica em todo o país,61% estão no Vale do Ribeira, quetem 68% de seu território tomado porvegetação. Há 42 espécies de animaispróprios da região, como o boto-cinzae o mico-leão-de-cara-preta. São maisde 21 milhões de hectares de flores-tas, outros 150 mil de parques esta-duais que abrangem populações qui-lombolas e indígenas, sítios arqueo-

lógicos e a maior concentração de ca-vernas do Brasil. Desde 1999, a re-gião – parte em São Paulo, parte noParaná – é considerada PatrimônioNatural da Humanidade, conformedeclaração da Unesco.O projeto de investimento do go-

verno lançado no ano passado prevêR$ 224,4 milhões até o próximo ano,com destaque para as secretarias deSaneamento e Energia (R$ 71,5 mi-lhões), da Saúde (R$ 27,5 milhões),dos Transportes (R$ 68,4 milhões), daAgricultura e Abastecimento (R$ 18,7milhões) e da Justiça e Defesa da Ci-dadania (R$ 1,61 milhões).

Total de Investimentos

R$ 224,4 milhões

* Segundo censo do IBGE (Instituto Brasileirode Geografia e Estatística), a população noVale do Ribeira caiu desde 2000, quandoo número de habitantes era de 481.224.

** Dos dez municípios com menor IDH(Índice de Desenvolvimento por

Habitante) no Estado de São Paulo, seisestão no Vale do Ribeira.

23403,3 mil*R$ 2.344R$ 5.9620,747

64541 milhõesR$ 727.052R$ 17.9770,814

3,570,980,3233,16**

FOTO

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VULG

AÇÃO

Moradora da comunidadequilombola de Nhungara

Page 19: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 02

valedoribeira

A área de Saneamento é umadas prioritárias em investimen-tos do governo do Estado no Va-le do Ribeira. “O abastecimentode água já chega a 99% da po-pulação, com 89% de água trata-da, índice que deve atingir 95%até o fim de 2009. A Sabesp co-leta 62% do esgoto na região,dos quais 86% são tratados. Aprojeção é que, até 2012, 74%dos dejetos sejam coletados”, ex-plica o engenheiro Jiro Hiroi, ge-rente do Departamento de Ges-tão e Desenvolvimento Opera-cional da Sabesp, na Unidade deNegócios do Vale do Ribeira.Hiroi explica que a região tem

65 sistemas de captação, trata-mento e distribuição de água, 23sistemas de estações de trata-mento de água e 26 poços pro-fundos (que captam água maispreservada no meio a rochas).São 118 reservatórios, com 1.283quilômetros de rede de distribui-ção de água. Segundo ele, exis-tem parcerias com o Instituto dePesquisas Energéticas (Ipen) ecom a Universidade de São Pau-lo, campus de São Carlos, quepermitem o monitoramento daqualidade da água antes de pas-sar por tratamento.A coleta de esgoto ainda não é

tão abrangente como a distribui-ção de água no Vale do Ribeira.O engenheiro Hiroi lembra queum dos motivos é que a região,apesar de sua extensão, é poucohabitada e existem comunidadespequenas localizadas em povoa-dos muito distantes.O Vale do Ribeira tem 36 Es-

tações de Tratamento de Esgoto

(ETEs), 122 estações elevatórias(que levam o esgoto para asETEs) e 700 quilômetros de re-de coletora.A região é praticamente toma-

da por áreas de preservação am-biental. Os 23 municípios paulis-tas, assim como outras cidadesdo Paraná, fazem parte da baciado Rio Ribeira do Iguape.O geólogo Ney Ikeda, respon-

sável pelo expediente da Direto-ria da Bacia do Ribeira e do Li-toral Sul do Departamento deÁguas e Energia Elétrica (Daee),da Secretaria de Saneamento eEnergia, ressalta a vocação am-biental do Vale do Ribeira. “Esta-mos atentos ao monitoramento eaos ajustes de conduta. É um tra-balho preventivo, corretivo etambém de conscientização, deeducação ambiental”, diz Ikeda,que é também secretário-geral doComitê de Bacia (que é tripartite,com participação de prefeituras,sociedade civil e Estado).O ecoturismo é uma forma de

sustentabilidade da populaçãodo Vale do Ribeira. Além de ca-vernas, a região tem outras atra-ções turísticas, como os botos,que podem ser vistos no canalque separa o continente da Ilhado Cardoso, em Cananéia.Os turistas ainda têm como

atração as pescarias na bacia doRibeira do Iguape. “O rio não étão piscoso, mas temos robalo emandi, além de espécies que fo-ram trazidas, como pintado e pa-cu”, diz Ikeda, que é pescador. “Orobalo vai do mar para os rios.Sobe 74 quilômetros pelo Juquiáaté o Ribeira”, explica.

O Consaúde é o maior desta-que para a região do Vale do Ri-beira. Trata-se de um consórcioque gerencia as unidades hos-pitalares públicas. Com o pro-grama, houve um salto de qua-lidade no atendimento.O Hospital Regional do Vale

do Ribeira é o maior e fica emPariqüera-Açu. O São João, emRegistro, é uma unidade filantró-pica e também recebe recursosdo governo do Estado pelo Pró-Santa Casa.O governo estadualizou o

Hospital de Itanhaém, que nãopertence à região do Vale do Ri-beira, mas faz atendimento àque-la população.

O Consaúde vai obter tam-bém recursos para a compra deforno, e equipamentos utilizadospara a esterilização, trituração ecompactação de resíduos coleta-dos em hospitais, clínicas, con-

sultórios, pronto-socorros e far-mácias. O equipamento será ins-talado em Pariqüera-Açu. Até en-tão, todo o serviço era terceiri-zado pelos municípios.Outro ponto importante para

a região foi a instalação da Casada Gestante, ligada ao hospitalde Pariqüera-Açu. Como a re-gião é grande, há muitas peque-nas comunidades que estão dis-tantes das unidades de saúde.Além dos deslocamentos entreos vilarejos, os pacientes viajamaté 150 quilômetros para chegaràs cidades.Quando as mulheres estão

perto do momento do parto,têm dificuldade para ir às con-sultas. A Casa da Gestante vaiacolher essas mulheres. Após oparto, elas poderão ficar insta-ladas com seus filhos na Casa daGetante, caso os nenês necessi-tem de cuidados médicos.

julho 2008 SPnotícias 3736 SPnotícias julho 2008

SANEAMENTO

TOTAL DEINVESTIMENTOSR$ 71,5 milhões

Apoio do Estado à elaboraçãodos planos municipais eregional de saneamentoR$ 1,4 milhão

DaeeDemandas dos municípiosdo Vale do RibeiraR$ 4 milhões

Canalização e captação deáguas, construção degalerias fluviais, canalizaçãode córregos, obras decontenção de erosão nasmargens de córregos ecanalização de canais.

SabespInvestimentos previstos pelaSabesp para a região doVale do Ribeira até 2010R$ 65,2 milhões

Casa em Pilões:obstáculos naturais

dificultam locomoçãode moradores

SaneamentoABASTECIMENTOATINGE99%DAPOPULAÇÃO

SaúdeCONSAÚDEDÁSALTODEQUALIDADEAATENDIMENTOS

FONTE:SUBSECRETARIADEGESTÃOESTRATÉGICAS

SAÚDE

TOTAL DEINVESTIMENTOSR$ 27,5 milhões

Programa Dose CertaSerá aumentada em 50%a cota dos medicamentosDose Certa para os 23municípios do Vale doRibeira. A região recebia umtotal de R$ 5,3 milhõese vai passar a receberR$ 7,93 milhões.Entrega de 18 vans e3 ambulâncias

Estadualização do Hospitalde ItanhaémCriação do ambulatóriocirúrgico do HospitalSão João (Registro)Investimento R$ 489 milInstalação da Unidade deRetaguarda Hospitalar doHospital São João (Registro)Investimento R$ 200 mil

Construção da Casa daGestanteInvestimento R$ 243 mil

Aquisição de equipamentopara o ConsaúdeInvestimento R$ 300 mil

Instalação do AmbulatórioDescentralizado deEspecialidades, em ApiaíInvestimento R$ 210mil

Page 20: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 02

valedoribeira

julho 2008 SPnotícias 3938 SPnotícias julho 2008

O desgaste dos pacientes de-vido às longas distâncias e mui-tas barreiras geográficas, comoriachos e montanhas (caracterís-ticas da região), motivaram a en-trega de 21 veículos de transpor-te de pacientes.As 18 vans levam passageiros

para consultas e exames ambula-toriais e as três ambulâncias são

reservadas para o transporte depacientes com enfermidadesmais graves.Parte do investimento com a

Saúde foi para o programa DoseCerta, ampliando em 50% a dis-tribuição de medicamentos naregião. A região recebia R$ 5,3milhões em remédios e agoravai receber R$ 7,93 milhões.

A entrega de uma nova patru-lha rodoviária era uma antiga rei-vindicação atendida pelo gover-no do Estado. Segundo o supe-rintendente do Departamento deEstradas de Rodagens (DER),Delson Amador, trata-se de umconjunto de equipamentos, commáquinas e caminhão, que sãoutilizados para resolver proble-mas emergenciais, em caso debloqueio das estradas. A patrulhaestá sediada em Pariqüera-Açu.O tráfego intenso e pesado é o

que caracteriza a BR-116, quecorta o Vale do Ribeira. A estra-da é concessão federal, mas háprevisão de investimentos para asua recuperação e a duplicaçãodo trecho da Serra da Macaca.“A área toda é carente de um

sistema viário eficiente, por res-trições de natureza ambiental.São muitas vias municipais eestaduais de terra”, diz Amador.O primeiro foco de atenção é o

gargalo de tráfego que se formaentre a BR-116, que vem do Suldo país, e a SP-55, que passa por

Itanhaém, Peruíbe e Mongaguá,rumo a Santos, interligando otrecho da BR-101, a Rio-Santos.O segundo ponto de atenção é

a limitação da interligação doAlto Vale do Ribeira com o Bai-xo Vale do Ribeira, que são qua-se isolados, com vias considera-das apenas aceitáveis. Segundo osuperintendente, estão sendo pa-vimentadas estradas vicinais deterra para melhorar o trajeto deItapetininga e Sorocaba para oBaixo Vale do Ribeira, no litoral.Como no Vale do Ribeira cho-

ve muito, as obras são demora-das. “Em cada estrada é precisofazer a drenagem em todo o per-curso. E, muitas vezes, esse tra-balho é feito em solo monta-nhoso”, diz José Roberto PerosaRavagnani, diretor-presidente daCompanhia de DesenvolvimentoAgrícola de São Paulo (Codasp),ligada à Secretaria de Agricul-tura e Abastecimento. As obrasfazem parte do programa MelhorCaminho, para a recuperação deestradas rurais. �

REGLARIZAÇÃOFUNDIÁRIA

TOTAL DEINVESTIMENTOSR$ 1,61 milhão

Reconhecimento de11 comunidades dequilombos:3 entregues em 20074 em 20083 em 2009Investimento deR$ 250 mil

Convênios com cincomunicípios para regulariza-ção fundiária (programaMinha Terra): Apiaí,Cajati, Pariqüera - Açu,Registro e Sete BarrasR$ 280 mil

Entrega de 821 títulosem cinco municípios(Jacupiranga, Iguape, Cajati,Sete Barras e Apiaí)

Cadastro de terras eregularização fundiáriaem 17 municípios

Convênio com o Ministériode Desenvolvimento AgrárioR$ 300 mil

Levantamento topográficoe de cadeia dominialde imóveis públicos federaislocalizados em comunidadesremanescentes dequilombos em convêniocom o IncraR$ 422.265

TRANSPORTES

TOTAL DEINVESTIMENTOSR$ 68,4 milhõesObras em 143,15 quilômetros

Recapeamento da estradavicinal Conchal Branco(Sete Barras STB-361 -Eldorado ELD-252)Em processo de licitação.Investimento R$ 14 milhões

Fase II (Pró-vicinais)R$ 45,4 milhões

Codasp - ProgramaMelhor CaminhoAtendimento nos23 municípios do Valedo Ribeira 134,85quilômetros perenizadosInvestimentoR$ 8.6 milhões

Casa em comunidadequilombola doVale do Ribeira

TransportePATRULHARODOVIÁRIAÉSOLUÇÃOPARAEMERGÊNCIAS

A Fundação Instituto de Ter-ras de São Paulo (Itesp) tem fei-to a regularização judiciária deterras de pequenos sitiantes, quetêm a posse legal da área, masque não possuem o título deproprietários. Trata-se do pro-grama Minha Terra, desenvolvi-do pela Secretaria da Justiça eDefesa da Cidadania. O Itesp es-tima que no período entre 2007e 2009, 821 títulos sejam entre-gues. Até o mês passado, 544posseiros já estavam com a si-tuação legalizada. Desde 1983, ogoverno do Estado regularizoumais de 22 mil propriedades.Segundo o diretor-executivo

do Itesp, Gustavo Ungaro, boaparte do território do Vale estáinserida em área de proteçãoambiental, por isso, o trabalhode demarcação de terras muitasvezes é difícil de ser realizado.“A mata fechada é um fator dedificuldade no trabalho de cam-po. Temos 30 profissionais parademarcação, com delimitação deterras e cadastramento especi-ficamente na mata, muitos delesmateiros. Todos com roupas ecalçados apropriados para en-frentar obstáculos naturais como

MoradiaPEQUENOSDONOSDETERRASGANHAMESCRITURAS

cursos d’água”, explica.O Itesp tem outras parcerias,

como explica seu diretor-exe-cutivo: “Com o Incra, por exem-plo, que faz a desapropriaçãodas áreas improdutivas com olaudo do Itesp. No caso de qui-lombos, se estão em área parti-cular, é o Incra que precisa desa-propriar; se estão em terras de-volutas, é com o Estado.”No caso do Vale do Ribeira,

há imóveis públicos federais lo-calizados principalmente em co-munidades remanescentes dequilombos: Fazenda Valformoso,em Sete Barras; Fazenda SãoPaulo, em Pedro de Toledo, e osquilombos em Iguape, Iporanga,Eldorado e Miracatu.Para o período entre 2007 e

2009, ainda está previsto o reco-nhecimento de 11 comunidadesquilombolas. Das 21 comunida-des reconhecidas pelo Itesp noEstado, 15 estão no Vale do Ri-beira – em Eldorado, Iporanga,Itaóca e Cananéia – com 651 fa-mílias. O reconhecimento, porrelatório técnico-científico, é oprimeiro passo para a garantiado direito de propriedade daterra ocupada.

Page 21: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 02

SPbastidores

Sem cerimôniaEquipe do Cerimonial do governo trabalha seis meses para prepararrecepção digna do herdeiro do trono japonês, o príncipe Naruhito

Quando o príncipe herdeiro doJapão, Naruhito Kotaishi Den-ka, pisou no penúltimo degrau

da escadaria do hall nobre do Paláciodos Bandeirantes, no último 21 dejunho, provavelmente não fazia idéiade que os preparativos para recebê-lohaviam começado meio ano antes.Logo após vencer o derradeiro de-

grau coberto por um tapete vermelho,Naruhito foi recebido pela chefe daequipe do Cerimonial, Cláudia Mata-razzo, responsável por toda a organi-zação da cerimônia banquete. Confor-me manda a tradição, Cláudia curvou-se 45° diante do futuro imperador,sem olhar fixamente nos seus olhos.Atencioso, príncipe Naruhito estendeua mão para cumprimentá-la, quebran-do o protocolo.Receber um chefe de Estado não é

tarefa simples. Quem vê as comunstrocas de presentes entre os represen-tantes de dois países, não imagina oque está por trás de tudo aquilo. Aequipe do Cerimonial pensa em todosos detalhes, desde a segurança até aalimentação do convidado. No casode um príncipe, os cuidados dobram.

Em se tratando de personalidade ja-ponesa, fruto de uma cultura orientaldetalhista, os cuidados triplicam.Para que não ocorressem conflitos

culturais, o Cerimonial contou com aajuda da consultora em cultura japo-nesa Lumi Toyoda. Ela diz que apesarde a culinária japonesa estar em altapor aqui, os brasileiros conhecem pou-co a cultura daquele país. Em pa-lestras, explicou ao pessoal do Ceri-monial tudo sobre o Japão. “Mostreiquem são os japoneses e o que fa-zem”, diz Lumi. Um dos ensinamen-tos é que jamais deveria-se olhar fixa-mente nos olhos do príncipe. “Isso éuma questão de respeito. Eles sãoassim com os mais velhos ou quem es-tá numa posição superior.”

RevisãoQuando o herdeiro do trono japonêschegou ao Palácio dos Bandeirantes,no Morumbi, o mais difícil já haviapassado. Segundo um dos membrosda equipe do Cerimonial, Mário Ame-ni, o esquema de segurança para rece-ber Naruhito foi um dos maiores járealizados pelo governo do Estado.

Origamiscom nomesdas famíliasjaponesas quechegaramao Brasil hácem anos

julho 2008 SPnotícias 4140 SPnotícias julho 2008

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Viola que o governadordeu de presente ao príncipe

Page 22: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 02

bastidores

julho 2008 SPnotícias 4342 SPnotícias julho 2008

“Existe um código internacional desegurança. A cada personalidade éatribuído um grau”, afirma. A gradua-ção está diretamente ligada à im-portância da personalidade. “O prín-cipe é único. O imperador não temoutro filho e nem terá. Por isso, eletem o nível mais alto de graduaçãoneste código”, explica Ameni.Para que tudo funcione correta-

mente, as polícias trabalham em con-

junto. A Federal fez a segurança dire-ta, com a equipe do príncipe. A Mili-tar foi responsável pela ordem em to-dos os lugares em que ele passou. ACivil, por sua vez, fez investigaçõescontra possíveis atentados.

SegurançaPorém, o trabalho de segurança não

se resume a inibir a ação de possíveisfranco-atiradores, mas também de evi-tar acidentes. “Se ele escorregar numaescada, vai parar no hospital”, exem-plifica Mário Ameni, do Cerimonial. Oveículo utilizado pelo príncipe pas-sou por uma revisão detalhada e oquarto onde dormiu foi vistoriado.Apesar de pensar em todos os de-

talhes, os anfitriões estão preparadospara qualquer acidente com o visitan-te. No caso do príncipe, foram reser-vados litros de sangue, compatíveis aoseu tipo sangüíneo.Dentro do Palácio, é hora de trocar

os presentes. Apenas Serra e Naruhito

puderam entrar no elevador que oslevou até o primeiro andar. O prín-cipe foi presenteado com uma viola eum violino feitos por alunos do Con-servatório de Tatuí, no interior do Es-tado. Além disso, ele ganhou umaversão do livro Flicts, de Ziraldo, tra-duzida para o japonês.A escolha dos presentes foi minu-

ciosa. Segundo Cláudia Matarazzo, aopção foi feita pensando na per-sonalidade do príncipe. “Ele é apaixo-nado por música. É uma pessoa joveme moderna”, afirma. A decisão foi cer-teira. Os presentes fizeram o príncipequebrar o protocolo, mais uma vez.Surpreso e emocionado, ele disse quenão esperava receber um presentetão bonito, e que dará a viola para suafilha, de 6 anos e iniciante na música.O gosto do príncipe pela música

também recebeu atenção especial du-rante a ceia. O Quarteto de MúsicaCamargo Guarnieri e a violinista ElisaFukuda tocaram obras de Mozart ede Villa-Lobos durante o jantar paracerca de 300 convidados.O jantar foi organizado por Micaela

Marcovici, também do Cerimonial.Ela afirma que a decoração foi pen-sada de uma forma que o príncipe sesentisse no Brasil. “Não podíamostocar música japonesa”, afirma. Até oguardanapo era especial, continhadesenhos de pontos turísticos da ci-dade, como o Masp e a Pinacoteca.Um detalhe curioso era a mesa em

que o príncipe e o governador se aco-modaram, com nada menos do queseis metros de comprimento por doisde largura. “Foi para que ninguémouvisse o que os dois conversaram”,diz Micaela. Nenhum convidado pô-de sentar-se em frente a Naruhito.O cardápio foi elaborado pela

especialista Paula Mesquita. Entre asdelícias que o príncipe provou esta-

vam palmito assado com vinagretede jaboticaba e medalhões de filé devitela com purê de mandioquinha. Asobremesa foi mousse de mangacom estrelas de carambola. “Penseialgo delicado, que não agredisse seuestômago”, afirma Paula.

EspecialistaNaruhito quebrou o protocolo diver-sas vezes durante a visita. Para Cláu-dia Matarazzo, isso não é algo ruim.“O protocolo é apenas um roteiro. Sesouber fugir corretamente, perfeito.Tem gente que é mestre nisso.”E Naruhito mostrou que é expert

em quebrar corretamente o protoco-lo. Após o jantar, ele juntou-se aosmúsicos para tocar o primeiro movi-mento da Serenata Noturna de Mo-zart. Usou um violino do grupo, nãoo que havia acabado de ganhar, masfoi o modo que ele encontrou deagradecer a recepção em sua últimanoite na capital paulista. �

Filé de vitelacom purê demandioquinhafizeram parte docardápio; e asresponsáveis pelarecepção LumiToyoda, PaulaMesquitae CláudiaMatarazzo

Tudo certo.Satisfeito coma recepção,príncipe Naruhitosentiu-se àvontade paratocar com oconjunto presente

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Page 23: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 02

SPpersonagem do mês

Paixão pela línguaMarina Sartori Toledo é uma das responsáveis por colocar oMuseu da Língua Portuguesa entre os mais visitados do país

Uma construção sóbria, escadase pilastras de madeira, detalhesbarrocos. O prédio da Estação

da Luz, herança inglesa, guarda umadas mais bem-sucedidas histórias deunião entre arte, educação e conser-vação já conhecidas no Brasil. Compouco mais de dois anos de existência,o Museu da Língua Portuguesa tem àfrente de seu núcleo educativo umamulher intrigante. Aos 51 anos, Ma-rina Sartori Toledo é uma das grandesresponsáveis por colocar o museu notopo dos mais visitados em todo país.

A fala calma e os gestos contidosescondem, à primeira vista, todo entu-siasmo de quem vê um desafio a cadacanto. Uma paixão que tem pela roti-na dentro do museu, pela equipe, pe-los resultados, pela língua, pela arte...Convidada a assumir o cargo em

abril de 2007 pelo superintendente domuseu, Antonio Carlos de Moraes Sar-tini, a coordenadora viu-se diante deum desafio. “A arte sempre fez parteda minha vida. Mas, mais do que isso,valorizo a educação”, diz sobre o que amotivou a aceitar assumir o cargo.Paulistana orgulhosa, Marina inte-

grou o núcleo educativo do MuseuAfro-Brasil, participou de exposiçõestemporárias e trabalhou com figurinopara espetáculos teatrais e óperas. Emseu último trabalho, foi responsávelpelas ações de arte-educação doprojeto MAM na OCA. “A tradição de

arte-educação no Brasil começou nosmuseus”, explica a também professo-ra de artes que há 20 anos já insistiaem excursionar com seus alunos pe-los museus da cidade.Hoje, Marina tem como função

principal a mediação entre a institui-ção e o público. Líder de uma equipede 20 educadores, arquiteta formasde ampliar a visão de todos que pas-sam pelo museu. Todas as semanassão formados grupos de estudo, de-bates, propostas de reflexão com aequipe. Tudo para formar agentesprovocadores do olhar do visitante.

Além do treinamento, Marina faz aponte entre outras instituições e em-presas privadas que planejam fazervisitas; propõe diálogos com acervosde outros museus; desenvolve mate-rial gráfico de apoio para professores;e coordena eventuais cursos que omuseu oferece. “Quero que as pes-soas venham ao museu e tenhamvontade de voltar. Vamos criar maisações de relação com o público, emque o lúdico será fundamental. Nun-ca trabalhei com educação sem a lu-dicidade, sem a relação emocional-afetiva com as pessoas”, explica.É mais uma prova de que a paixão

não é limitada às relações sentimen-tais. “Eu sou assim. Busco o brilhonos olhos. Tem de curtir muito o quese faz. Tem de ter paixão pela línguae pelo conhecimento.” �

44 SPnotícias julho 2008

“Quero que aspessoas venhamao museu e tenhamvontade de voltar”

Marina Toledo tema função de formaragentes provocadoresdo olhar do visitante

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Page 24: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 02

SPoEstadoemnúmeros

julho 2008 SPnotícias 4746 SPnotícias julho 2008

30,66 30,25

33,5435,66

33,7932,78

30,77

28,04

22,52

17,56

14,8511,92

10,39

HOMICÍDIO DOLOSO

ESTADODE SÃO PAULO (POR 100MIL HABITANTES)

CENTRO PAULA SOUZA

Vagasem2007

Ensinotécnico

Ensinomédio

Vagasem2007

Ensino superiortecnológico

2007 2008

Número deunidades

Escolas técnicas Faculdades de tecnologia

26

39

4.170 7.2557.961

13.208

29.03733.987

Ano 2006 2007Internações 621.682 671.386Atendimentos Laboratoriais 181.812.687 225.468.354

DOSE CERTA

Em 200737 tipos deremédiosdistribuídos

5milhõesde alunos

5milhõesde kits escolares

em 2008

15milcomputadoresadquiridos para

as escolas desdejan/2008

5.537escolas existentes

Convênios de obrasescolares - parceriaEstado município

Verba destinada aampliação, construção

de escolas novas ereformas de unidadesdesde janeiro de 2007

R$ 60,4milhões

em 2007

R$ 34,6milhõesaté junho/2008

1.852escolas já passaram

por alguma obra

HOSPITAIS ESTADUAIS

NOTA FISCAL PAULISTA (até 27 de junho)

320.221estabelecimentos cadastrados

504.928.563documentos fiscais registrados com

CPF ou CNPJ do consumidor do projetoda nota Fiscal Paulista

ACESSA SP

1,4 milhãode usuárioscadastrados

Mais de3.500

computadoresespalhados pelo

Estado

406postos em 353

municípios

FUNDAÇÃOCASA

16novas unidades

desde 2007

a meta é atingir

64até 2010

6.990novas unidadesda CDHU desde

jan/2007

HABITACÃO

POUPATEMPO

25.891.213atendimentos

em 2006

27.854.384atendimentos

em 2007

9.091.725atendimentosaté abril/2008

ESTRADAS RURAIS

1.200kmrecuperados pelo“Melhor Caminho”

desde jan/2007

EDUCAÇÃO

Vagaspara o 2ºsemestrede 2008

Vagasem2007

Vagasem2008

Vagaspara o 2ºsemestrede 2008

Em 200860 tipos deremédiosdistribuídos

Dos 30 novosmedicamentos 6

contraceptivos

24para saúde mental

Page 25: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 02

SPagenda

julho 2008 SPnotícias 4948 SPnotícias julho 2008

O QUE FOI NOTÍCIA

GRAFITEO professor do Senac Rui Amaral está dando aula a inte-ressados em fazer grafite nos muros da estação de trem daLapa, na capital. A estação é a pioneira no trabalho de arteno muro. Seus alunos estão trabalhando nos fins de sema-na em um painel na plataforma 1, embarque sentido Itapevi.A grafitagem já cobre dois muros da estação; um de 50me-tros e outro de 100 metros. No painel que está sendo feitohá vários desenhos, que, segundo o professor, serão inte-grados. O Projeto Grafite foi uma forma encontrada pelaCompanhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) deevitar o vandalismo ao longo da rede.

NA ESTRADAComeçou em 20 de junho e vai até 3 deagosto a Operação Inverno 2008, comatenção especial para a Rodovia Floriano Ro-drigues Pinheiro (SP-123), que dá acesso aCampos do Jordão. A operação é realizadapela Secretaria de Estado dos Transportes emobiliza 1.832 profissionais em todo o Estado,além de 4 mil policiais rodoviários. O Disque-DER (08000-555510) está à disposição dosusuários, que podem encontrar informaçõessobre as condições das estradas no sitewww.der.sp.gov.br. O DER tem 62 novos ba-fômetros para reforçar a operação.

SAÚDEOs funcionários da Secretaria da Saúde tiveram rea-justes salariais que variam de 8,84% a 73% no mêspassado. A medida beneficiará cerca de 80 mil pes-soas; 60.639 servidores ativos e 10.750 inativos. Have-rá ainda a incorporação de duas gratificações ao salá-rio-base – a Gratificação Extra, de R$ 25,36, e a Gra-tificação de Assistência e Suporte à Saúde, de R$ 60.Os reajustes nos salários-base foram de 17% a 37%,além do Prêmio de Incentivo (PIN).

EDUCAÇÃOO salário dos professores da rede tiveram reajustesalarial de 12,2% no salário-base. O piso do professorPEB 1 (1ª a 4ª série), em 40 horas semanais, passa deR$ 1.166,83 para R$ 1.309,17; do professor PEB 2 (5ªa 8ª série e Ensino Médio), em 40 horas semanais, su-biu de R$ 1.350,75 para R$ 1.501,50. O reajuste do pi-so e a incorporação da Gratificação do Trabalho Edu-cacional (GTE) beneficiam os servidores ativos e ina-tivos. O reajuste também vale para diretores, supervi-sores e funcionários do quadro de apoio.

AGASALHOA Campanha do Agasalho arrecadou 20milhões de peças neste ano. As roupas ecobertores serão doados a duas mil entidadesdo Estado. A primeira-dama, Monica Serra,participou da distribuição no centro da capitalnas associações Pestalozzi e Allan Kardec.Além das doações, a campanha contou com oapoio das escolas de sambaMocidade Alegre,Unidos de Vila Maria e Vai-Vai. Dez profissio-nais de cada escola produziram agasalhoscom matéria-prima recebida pelo Fundo deSolidariedade e Desenvolvimento Social e Cul-tural do Estado de São Paulo (Fussesp).

SANGUEA Secretaria de Estado da Saúde abriu no mês pas-sado a primeira campanha de doação de sangue no inver-no. A cantora Leci Brandão estrela a campanha Neste in-verno doe sangue, salve vidas. O objetivo é aumentar o es-toque de sangue, que nessa época do ano cai 30%, esensibilizar a população sobre a importância da doaçãoregular. A lista de endereço dos postos de coleta de todoo Estado pode ser consultada no site da Secretaria de Es-tado da Saúde: www.saude.sp.gov.br.

POUPATEMPO MÓVEL• Grande São Paulo –até 2 de agosto, as unidadesmóveis ficarão nos postosfixos Sé, Santo Amaro,Itaquera e São Bernardo doCampo

• Poupatempo ItaqueraLocal: Rua do Contorno, 60Horário de atendimento:das 8h às 18h, e aossábados das 8h às 13h

• Poupatempo SãoBernardo do CampoLocal: Rua NicolauFilizola, 100, Centro.Horário de atendimento:de segunda a sexta-feira,das 9h às 17h, e aossábados, das 9h às 13h

• Poupatempo SéLocal: Praça do Carmo, s/nºHorário de atendimento:de segunda a sexta-feira,das 9h às 17h, e aossábados, das 9h às 13h

• Poupatempo SantoAmaroLocal: Rua AmadorBueno, 176/258Horário de atendimento:de segunda a sexta-feira,das 9h30 às 16h30, e aossábados, das 9h30 às 13h

• InteriorRegistro: de 15 a 19 de julhoLocal: Praça dos Expedicio-nários, s/nº, Centro.Horário de atendimento:de segunda a sábado,das 9h às 17h

Marília: de 15 de julhoa 2 de agosto

Local: Av. Brasil, s/nº, CentroHorário de atendimento:de segunda a sábado,das 9h às 18h

Ilha Solteira: de 15 a26 de julhoLocal: Praça dosPaiaguás, 86, CentroHorário de atendimento:de segunda a sábado,das 9h30 às 16h30

CULTURAFestival de Inverno deCampos de Jordão(ver página 30)Coleção Brasiliana:Versões e NarrativasData: até 14/9Local: Pinacoteca do EstadoPraça da Luz, 2 – Luz/SPR$ 4 e meia entrada/Grátisaos sábados

Inside e OidaradioData: até dia 20Local: Paço das Artes - Av.da Universidade, 1, CidadeUniversitária/SP Grátis

EDUCAÇÃO17 e 18/7 – Lista declassificação doVestibulinho Etec2º semestre de 2008

21/7 – Convocaçãodo Vestibular Fatec2º semestre 2008

ESPORTES52º Jogos RegionaisData: até o dia 13Informações:www.selt.sp.gov.br

PROGRAME-SE

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ÃO

SISTEMA PRISIONALO governo do Estado entregou no mês passa-do o Centro de Detenção Provisória(CDP) de Serra Azul, no interior, com capaci-dade para abrigar 768 detentos. A nova uni-dade vai abrigar presos provisórios e desati-var cadeias existentes em delegacias da re-gião. No início deste mês, foi inauguradooutro CDP no litoral Norte, em Caraguatatuba,com o mesmo número de vagas. A unidadeserá ocupada por presos de Caraguatatuba,Cachoeira Paulista, Guaratinguetá, Jacareí,Lorena, Taubaté e Ubatuba. Ainda neste mês,o governo do Estado abre outras 1.024 vagasnos CDPs III e IV de Pinheiros, na capital. Se-rão transferidos para as duas unidades deten-tos que aguardam julgamento.

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O QUE FOI NOTÍCIA

50 SPnotícias julho 2008

agenda

100 ANOS DE IMIGRAÇÃOO mês de junho foi marcado por comemoraçõesdo aniversário de 100 anos da imigração japonesano Brasil. A principal atração foi a vinda do prínci-pe herdeiro japonês Naruhito ao Brasil. Para recep-cioná-lo na capital paulista, a Orquestra Sinfônicado Estado de São Paulo (Osesp) fez uma apresen-tação na Sala São Paulo.

APRESENTAÇÃOConcerto da Osesp, regido pelo maestro John Neschling, no dia19 de junho. No repertório da apresentação, a orquestra tocou oConcerto para Piano nº2 em si bemol maior, Op. 83, de JohannesBrahms, e a obra A Sagração da Primavera (acima), de Igor Stra-vinsky. O concerto foi organizado exclusivamente para a recepçãodo príncipe japonês Naruhito participasse.

• O Horto Florestal está com exposi-ção sobre a imigração. São maquetesde templos e palácios japoneses quepodem ser vistos até o dia 30 de setem-bro, nos fins de semana e feriados. Asobras reproduzem castelos, santuários,as ruínas de um palácio e o portal deum antigo palácio e de um memorial,construídos nos séculos 5 e 17. A en-trada é franca. Informações: (11) 2193-8282, site www.acervo.sp.gov.br.

• A Ação Cultural do Metrô do mêspassado foi marcada por exposições defotos e de objetos de arte referentes aocentenário da imigração japonesa. Entreos autores das obras estavam ManabuMabe, Akinori Nakatani, Alzira Cattony.Houve também apresentações de mú-sica, dança, taikô (tambor japonês) e ofi-cinas de origami (dobraduras de papel)nas estações da Sé, Tatuapé, Liberdade,Imigrantes e Santa Cecília.

• Durante todo o mês, obras de artistasjaponeses e nipo-brasileiros consagra-dos como Yoshiya Takaoka, Tomoo Han-da, Yuki Tamaki, Tomie Ohtake, ManabuMabe, Tikashi Fukushima ficarão ex-postas no Palácio dos Bandeirantes.A exposição Presença japonesa na artebrasileira: da figuração à abstração apre-senta trabalhos de 50 artistas. São 80obras que ficarão expostas até o dia 31agosto. Informações: (11) 2193-8282.Agendamento: www.acervo.sp.gov.br(para grupos com mais de 10 pessoas).

FOTOS:DIVULGAÇÃO