25
SP notícias ANO 1 l NÚMERO 4 l SETEMBRO DE 2008 Projeto Tietê garante 84% de esgoto tratado CDHU moderniza planta de novos empreendimentos Na região de Bauru, o governo investe em saúde Banco do Povo beneficia pequenos empresários Trecho já está 50% concluído e pode ser entregue antes do previsto, em novembro de 2009 Rodoanel Sul acelerado

Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Rodoanel Sul acelerado Trecho já está 50% concluído e pode ser entregue antes do previsto, em novembro de 2009

Citation preview

Page 1: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

SPnotíciasANO 1 l NÚMERO 4 l SETEMBRO DE 2008

Projeto Tietê garante 84% de esgoto tratado

CDHU moderniza planta de novos empreendimentos

Na região de Bauru, o governo investe em saúde

Banco do Povobeneficia pequenos empresários

Trecho já está 50% concluído e pode ser entregue antes do

previsto, em novembro de 2009

Trecho já está 50% concluído e

Rodoanel Sul acelerado

Page 2: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

editorial

2008 setembro SPnotícias 3

Metade do trecho Sul do Rodoanel está concluída, e há o empenho do governo do Estado em terminar a obra de 3,6 bilhões de reais quatro meses antes do prazo pla-nejado inicialmente (agosto de 2010). E, se possível,

iniciar o traçado do trecho Leste ainda em 2010. A urgência na conclusão é pertinente, tendo em vista a frota crescente no centro urbano da região metropolitana de São Paulo. O Estado tem 6 milhões dos 33 milhões de veículos da frota circulante do Brasil, sendo que 1,29 milhão (21,3%) estão na região metropolitana de São Paulo. Um caminhão quebrado por 15 minutos em uma rua de grande movimento na capital é capaz de causar 3,5 quilôme-tros de congestionamento.

Com o trecho Sul do Rodoanel concluído e a retirada de parte dos veículos pesados da área urbana, estima-se que o movimento de caminhões na Marginal do Rio Pinheiros caia 43% e na Ave-nida dos Bandeirantes, 37% – duas vias que dão acesso a impor-tantes estradas: Imigrantes, Anchieta, Dutra e Ayrton Senna.

SPnotícias mostra a preocupação ambiental que a Dersa teve para preservar os mananciais da Represa Billings e proteger a fauna daquela região. O planejamento detalhado incluiu a divi-são da obra em lotes para facilitar a execução dos 61,4 quilôme-tros de rodovia.

A preservação do meio ambiente também é tema da revista na reportagem sobre os avanços do Projeto Tietê. Até o fim do ano, a segunda etapa dos trabalhos estará concluída, e a região metropolitana de São Paulo terá 70% do esgoto coletado e 84% desse índice tratado. Um projeto para a recuperação do maior rio do Estado, o Tietê, no seu percurso dentro da capital.

Na região de Bauru, o rio, já caudaloso e limpo, motivou a criação do curso técnico voltado ao turismo ecológico da Fatec de Jaú neste semestre. Os investimentos na região são assunto da SP de setembro.

O governo do Estado começa a apresentar às cidades do in-terior planos de macrodrenagem para evitar cheias. Na região metropolitana de São Paulo, o problema vem sendo sanado com a construção de reservatórios e outras medidas antienchente, tra-balho de uma década. Agora, o governo revê o plano criado há dez anos para adaptá-lo à nova realidade.

Esses são alguns dos assuntos abordados por SPnotícias nes-te mês. Boa leitura e até outubro.

Antecipação pertinente

Page 3: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

SPentrevista

6 SPnotícias setembro 2008 2008 setembro SPnotícias 7

Questão de qualidade

Metas prevêem elevação nos índices de aprovação dos alunos e alfabetização completa aos 8 anos

Maria Helena Guimarães de Castro: prestígio ao professor

No ano passado, a Secretaria da Edu-cação lançou dez metas objetivando a melhoria da qualidade do ensino da

re de pública estadual. Todas as ações já es-tão em andamento e, no fim de 2010, espera-se a elevação dos índices de aprovação dos alunos, a melhoria nas avaliações estaduais e a perfeita alfabetização de todos os alunos

que estiverem terminando a 2ª série do en-sino fundamental. Para isso, a secretária Maria Helena Guimarães de Castro destaca progra mas de incentivo ao professor, como o bônus aprovado em agosto, o currículo mí-nimo a ser seguido em sala de aula e a limi-tação de faltas no ano letivo. Leia a seguir os principais trechos da entrevista.

SPNotícias: Que impactos a Secre-taria da Educação já sentiu com o decreto de abril que limita o núme-ro de faltas do professor?

Maria Helena Guimarães de Cas-tro: Antes o professor podia faltar dia sim, dia não, e depois só le­vava um atestado para justificar a falta. Havia vários benefícios previstos pe la lei que ampliavam enormemente o número de faltas. Com a lei de abril, não mexemos com o Estatuto do Magistério, man ­tivemos as seis faltas abonadas em um ano e, ao mesmo tem po, alte­ramos algumas legislações com­ple menta res. Temos um levanta­mento das escolas onde há maior número de faltas e notamos queda de 37% das ausências após a lei entrar em vigor. Isso é importan­te, porque sabemos que a maioria dos professores da rede não falta. A rede tem 240 mil professores. Se faltam diariamente 30 mil profes­sores, 210 mil estão trabalhando, mas os que faltam geram proble­mas mui to grandes para as esco­las. Mui tos diretores reclamam das fal tas não programadas. Quando é licença médica, eles planejam a substituição e chamam um pro­fessor substituto que cobre o que saiu. Mas quando o professor falta dia sim, dia não, não há cobertura. Essa falta é a pior porque o diretor não tem como gerenciá­la, e para o aluno é uma grande tragédia. No fim do ano, ele só aprendeu 50% do previsto no currículo.

SP: Qual o programa de ações para chegar às dez metas estabelecidas pela secretaria?

Maria Helena: Já iniciamos todas

as ações com o objetivo de atin­gir as metas anunciadas no ano passado. A primeira meta é a da criança plenamente alfabetizada aos 8 anos, até o fim da 2ª série. Para isso, foi implementado o pro­grama Ler e Escrever, que conju­ga material didático de apoio ao professor, material de apoio ao aluno, formação continuada para os professores das séries iniciais e um professor auxiliar (universitário bol sista) para ajudar o professor regente em turmas de 1ª série. No ano passado, na avaliação do Sa­resp (Sistema de Avaliação e Ren-dimento do Estado de São Paulo), verificamos que apenas 12,7% dos alunos da rede não chegaram ao fim da 2ª série plenamente alfa­betizados. E é esse o grupo que deveremos atingir com prioridade daqui para a frente.

SP: Qual é a grande dificuldade na alfabetização?

Maria Helena: São vários fatores. Às vezes, a criança vem de uma família que nunca teve qualquer contato com o mundo letrado, está vendo um livro pela primeira vez, tem um vocabulário muito sim­ples e não consegue acompanhar o aprendizado. A alfabetização é a etapa mais difícil no desenvol­vimento cognitivo da criança. Por isso, é fundamental ter um profes­

Professores têm apoio de material didático em sala de aula

foto

s: t

hal

es s

tadl

er

Page 4: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

SPentrevista

8 SPnotícias setembro 2008 2008 setembro SPnotícias 9

sor muito experiente, e estamos fa­zendo o possível para que isso seja uma realidade. Os mais jovens re­cebem uma capacitação mais in­tensa pela equipe coordenadora.

SP: Que medidas estão sendo to-madas para a redução das repro-vações na rede?

Maria Helena: Estas são a segun­da e a terceira metas da secreta­ria: reduzir em 50% as faixas de reprovação no ensino fundamental e no ensino médio. Pusemos em prática em todo o Estado o progra­ma São Paulo Faz Escola, proposta curricular para 5ª a 8ª série e para o ensino médio que define conteú­dos básicos de aprendizagem, o que os alunos devem aprender em cada série e em cada disciplina. É um guia de orientação curricular direcionado aos professores e que estabelece expectativas de apren­dizagem dos alunos. E o programa Ler e Escrever, que estipula o que o aluno deve aprender até o fim da 2ª e da 4ª séries. Neste caso, há material de apoio ao professor e ao

aluno. Com esses materiais e com o sistema de avaliação das escolas de capacitação permanente dos pro fessores, acreditamos que com­bateremos os índices de reprova­ção, que estão crescendo muito no Estado e que são uma tendência nacional na rede pública. Na 8ª série, a média de reprovação no Brasil é de 20% e, em São Pau­lo, de 19%. A partir da 5ª série, o aluno com 15 anos começa a tra­balhar, tem menos tempo para es­tudar e falta mais. No ano passado, a taxa de reprovação no 1º ano do ensino médio foi de 24%.

SP: Outra meta do governo é me-lhorar o desempenho dos alunos em avaliações nacionais. Como fa-zer isso?

Maria Helena: O trabalho que es­tamos fazendo tem a ver com o con junto de ações do governo. O lançamento do Idesp (Índice de De senvolvimento da Educação do Estado de São Paulo) permite es­tabelecer um indicador sintético e um índice por escola para que a

gente possa monitorar cada uni­dade e identificar os problemas. Nosso maior desafio é diminuir o número de alunos que estão abai­xo do índice básico no Saresp. Na 4ª série, queremos mudar o índice de 32% para 22%; na 8ª, de 40% para 31%; e no ensino médio, de 70% para 42%. O aluno que está abaixo do dado da avaliação signi­fica que não aprendeu os conteú­dos mínimos esperados em cada série cursada.

SP: Como funcionará a distribui-ção de bônus?

Maria Helena: Se a meta da escola for alcançada 100%, os professo­res receberão até 20% do salário anual. Se a meta for superada, o professor pode receber até 20% do valor do bônus a mais. O professor também será avaliado pelo critério de faltas. Se cumprir toda a carga, receberá o bônus completo. Esta­mos diferenciando a bonificação para quem aju dou ou não a esco­la a atingir a meta. Quem ajudou mais, compareceu mais, receberá um bônus maior do que o que com­pareceu menos.

SP: Como o governo trabalha a mu dança do ensino fundamental para nove anos?

Maria Helena: O Conselho Esta­dual de São Paulo aprovou no iní­cio do ano uma deliberação que nor matiza o ensino fundamental de nove anos em todo o Estado, tanto de escolas da rede estadual como municipais, e isso começará a ocor rer a partir de 2009. Como os municípios já atendem 100% das crianças com 6 anos, estamos pro­

pondo transformar o último ano da pré­escola (crianças de 6 anos) em 1º ano. Ou o aluno está em escola municipal cursando a pré­escola com 6 anos e vai ingressar no 2º ano do ensino fundamental de nove anos. Estamos estudando também a adequação curricular. Até 2010, a mudança tem de ocorrer. o

“Nosso desafio é diminuir o número de alunos que estão abaixo do índice básico do Saresp”

Page 5: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

10 SPnotícias setembro 2008

FOTO

S: R

ENAT

O ST

OCKL

ER

2008 setembro SPnotícias 11

SPcapa

Quase 40% do Rodoanel Mario Covas concluído. A obra, que é a mais grandiosa do Plano Diretor de De­senvolvimento dos Transportes do governo do Estado,

está em ritmo acelerado com a construção do trecho Sul, que se ligará ao trecho Oeste, pronto desde 2002. Quando totalmente concluída, a rodovia contornará a região metro­politana de São Paulo numa distância de 20 a 40 quilôme­tros do centro da capital. Sua extensão total será de aproxi­madamente 170 quilômetros, cruzando mais de 20 cidades do Estado de São Paulo em trechos urbanos e rurais.

O Rodoanel é uma importante estratégia logística do Es­tado e do país. Interligando as dez rodovias que chegam a São Paulo, seu objetivo é eliminar o tráfego de passagem pela capital, ou seja, os veículos, em sua maioria cami­nhões, que precisam atravessar a cidade para chegar ao seu destino. Diariamente, chega à capital 1,1 milhão de veí­culos vindos do país todo. Além de caminhões, há também veículos de passagem, que não tinham necessidade de en­trar na região urbana da cidade.

Meio caminho andadoRodoanel está com quase 40% das obras concluídas; construção do trecho Sul está em ritmo acelerado e sua entrega pode ser adiantada

Escavadeiras e tratores preparam solo para aplicação do asfalto em trecho do Rodoanel

FOTO

S: R

ENAT

O ST

OCKL

ER

Page 6: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

capa

12 SPnotícias setembro 2008 2008 setembro SPnotícias 13

Ponte na Repre-sa de Guarapi-ranga. Traçado cruza represas em seus pontos mais estreitos

O trecho Sul da rodovia terá 61,4 quilômetros de extensão, sendo que mais de 50% do trabalho já está con-cluído. Iniciado em maio de 2007, o trecho teve um investimento total de 4,18 bilhões de reais. O contrato inicial do governo do Estado com a Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa) previa a entrega desse trecho para março de 2010, o que totaliza-ria 33 meses de trabalhos. Porém, o governo trabalha para antecipar esse prazo e concluir tudo antes. “Estamos

num ritmo ace lerado e vamos tentar terminar o tre cho até novembro de 2009”, afirma o diretor de Engenharia da Dersa e responsável pela execução da obra, Paulo Vieira de Souza.

Uma das extremidades do trecho Sul liga o Oeste – em operação des-de 2002 –, no trevo da Rodovia Ré-gis Bittencourt. A rodovia passará por Embu, Itapecerica da Serra, São Paulo, São Bernardo, Santo André e Mauá. Os trechos Oeste e Leste cana-lizarão os fluxos vindos do interior do

Com a antecipação da entrega do trecho Sul, os trabalhos da penúltima parte do Ro doanel (trecho Leste) podem começar antes do fim de 2010.

O traçado não foi definido, mas o per­curso deverá ter aproximadamente 40,6 quilômetros de extensão, cortando os mu­nicípios de Mauá, Ribeirão Pires, Suzano, Poá, Itaquaquecetuba e Guarulhos. Seu iní cio será na Avenida Papa João XXIII, no bairro de Sertãozinho, em Mauá.

Juntos, os três trechos formarão uma

“ferradura” interligando nove rodovias: Bandeirantes, Anhangüera, Castelo Bran­co, Raposo Tavares, Régis Bittencourt, Imi­grantes, Anchieta, Ayrton Senna e Dutra. A nova pista deve desafogar o tráfego de avenidas como a das Juntas Provisórias, Anhaia Melo, Salim Farah Maluf e Ricardo Jafet, todas na zona Leste da capital.

Assim como o trecho Sul, a execução da obra será dividida em lotes. A Dersa iniciou os estudos do traçado e a definição das empresas que trabalharão.

FERRADURA RODOVIÁRIA

Page 7: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

capa

14 SPnotícias setembro 2008 2008 setembro SPnotícias 15

Estado para o Porto de Santos, sem a necessidade de utilizar o sistema urbano da capital. Estima-se, dessa forma, que o trecho Sul reduza em 43% o movimento de caminhões na Marginal do Rio Pinheiros e em 37% na Avenida dos Bandeirantes, prin-cipais acessos ao sistema Anchieta-Imigrantes, que interliga a capital às cidades do litoral.

A construção do trecho Oeste já aliviou o trânsito na zona Sul da ca-pital, principalmente no Butantã e redondezas. Naquela região, as prin-

cipais avenidas beneficiadas foram Francisco Morato e Eliseu de Almei-da. O transporte de cargas nas Mar-da. O transporte de cargas nas Mar-da. O transporte de cargas nas Marginais também foi reduzido em 30% com o Rodoanel, que passa por cinco estradas: Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castelo Branco, Anhangüera e Bandeirantes.

O trecho Sul passará pela Imigran-tes e pela Anchieta e terminará no bairro de Sertãozinho, no município de Mauá, ligando-se à Avenida Jacu-Pêssego e às Rodovias Dutra e Ayrton Senna, onde começará o trecho Leste

FON

TES:

DER

SA E

SEC

RETA

RIA

ESTA

DUAL

DOS

TRA

NSPO

RTES

númEROs DO tREchO

34,7 milhões de m³ de terra movimentados

330.000 m³ de concreto moldados

146.000 m³ de pavimento de concreto

228.000 m³ de material betuminoso consumidos

no pavimento flexível1.000 caminhões

1.000 escavadeiras, motoscrapers, motoniveladoras e

rolos compactadores11.000

empregos diretos

nomia do país”, afirma o secretário.

Desafio de planejamentoPara facilitar a execução da obra e torná-la mais rápida, o trecho Sul foi dividido em cinco lotes, sendo que a construção de cada um ficou sob o comando de um consórcio composto por duas empresas. Nenhuma parce-ria poderia concorrer à concessão de mais de um lote da obra.

Cerca de 98% do terreno da obra já está desapropriado. “Para a nego-ciação com os proprietários das áreas,

(veja box). “A conclusão do trecho Sul do Rodoanel e sua interligação ao trecho Oeste vão permitir acesso às sete principais rodovias que cor-às sete principais rodovias que cor-às sete principais rodovias que cortam a região metropolitana, trazendo resultados diretos para a diminuição do tráfego na cidade”, afirma o secre-tário estadual dos Transportes, Mauro Arce. “Os caminhões que transportam cargas não terão de passar pelo cen-tro urbano para escoar a produção. É realtro urbano para escoar a produção. É realtro urbano para escoar a produção.

mente uma obra emblemática, não só para o governo do Estado de São Paulo, mas também para a eco-

tRAÇADO DO tREchO sUL

Trecho concluído Trecho em andamentoTrecho em projetoTrecho em projeto

Page 8: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

2008 setembro SPnotícias 17

capa

16 SPnotícias setembro 2008

ObRAs DE ARtE EspEcIAIs

O trecho Sul do Rodoanel atra­vessa dois dos principais reser­vatórios de água da região metropolitana de São Paulo, Guarapiranga e Billings. Em am­bos, a rodovia cruza as águas em seus pontos mais estreitos.

A menor das travessias é na Represa de Guarapiranga. Uma ponte de 281 metros de extensão foi construída para vencer o obstáculo. Já a Billings será cortada duas vezes pela pista. Serão duas pontes, uma no braço do Bororé e outra no corpo principal, com 680 me­tros e 1,75 mil metros, respec­tivamente. A última é conside­rada pelos engenheiros como um dos principais desafios da obra inteira.

Cada pilar de sustentação das pontes é composto por 42 estacas de concreto cravadas no solo da represa. O vão entre eles é de 110 metros. Para le­vantá­los foi preciso um serviço à parte. Perto das travessias fo­ram construídas fábricas para a produção das estacas de con­creto, que eram transportadas até o local da aplicação em bal­sas e cravadas no solo com um gancho especial.

No caso da maior travessia, na Represa Billings, parte da lâmina d’água não comportava a balsa que instala as vigas. Por isso, foi necessário asso­rear cerca de 600 metros da represa para instalar os pilares corretamente.

VEGEtAÇãO sERÁ REpLAntADA

O trecho Sul do Rodoanel Mario Covas é uma obra feita na base da compensação ambiental. A mesma quantidade de vegetação retirada foi replantada nas chamadas unidades de conversação espalhadas ao longo do trecho. São elas: Jaceguava, com 315 hectares e 12,4 milhões de reais de investimentos; Varginha, com 300 hectares e 12,1 milhões de reais em recursos; Itaim, também com 300 hectares e 10,1 milhões de reais; e a unidade de conservação Bororé, com área de 285 hectares e 7,4 milhões de reais.

Estima­se que a obra supra 212 hectares de vegetação. O plantio compensatório prevê 5.448 árvores nativas da própria Mata Atlântica. Também serão feitos três parques lineares, com área total de 1.098 hectares, em implementação às margens do traçado previsto.

Foram criados dois parques às margens do Rio Embu-Mirim

foram formadas 14 equipes, sendo dez fixas na sede da Dersa e quatro itine-rantes, que negociavam diretamente com os expropriados no local”, afirma o engenheiro Paulo de Souza. Segun-do ele, a formação das equipes foi fundamental para desapropriar 11,13 milhões de metros quadrados de um total de 11,34 milhões de metros qua-drados até agora. “Isso permitiu o início das obras em todos os lotes”, afirma o diretor de Engenharia.

De acordo com Paulo Souza, as principais dificuldades de engenha-ria estão nos trechos junto aos acessos e cruzamentos com as Rodovias An-chieta e Imigrantes. “Tivemos muitas interferências, como nos dutos da Pe -trobras, Comgás, Sabesp e Eletropau-lo, e a conjugação com a operação de tráfego existente naquelas rodovias. Até as cabines de pedágio na Anchie-ta precisaram ser mudadas de lugar para a criação dos acessos”, diz o en-genheiro Souza.

Para acompanhar o andamento fí-sico das obras de cada um dos lotes, foram elaboradas planilhas de contro-le do avanço físico. Sobrevoando toda a área que está sendo construída, o que se vê em boa parte do trecho são pedaços de mata fechada margeando as pistas. O objetivo era criar o me-nor impacto possível em toda a região que as pistas atravessam.

O traçado do trecho Sul foi desen-volvido a partir do Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impactos Ambientais (EIA-Rima). “Se fossem levados em conta ape-nas os aspectos de engenharia de rodovias, o trecho teria cerca de 54 quilômetros”, diz o assessor de Meio Ambiente da Dersa, Marcelo Bar-Ambiente da Dersa, Marcelo Bar-Ambiente da Dersa, Marcelo Bar

bosa. Porém, para agredir o mínimo possível o meio ambiente, o traçado ficou menos retilíneo e ganhou 7,4 quilômetros a mais de extensão.

No primeiro lote do percurso po-dem-se ver as várzeas do Rio Embu-Mirim. “As várzeas funcionam como um pré-filtro da água que desemboca na Represa de Guarapiranga”, diz Barbosa. Para assegurar a preserva-ção ambiental dessas áreas, as pistas foram separadas criando dois par-foram separadas criando dois par-foram separadas criando dois parques, o Embu e o Itapecerica.

Alguns quilômetros depois, o Ro-doanel cruza a Represa de Guara-piranga em seu ponto mais estreito. Para vencer uma travessia de 90 me-tros, foi necessária uma ponte de 281 metros. A travessia não se aproxima do Parque do Embu-Guaçu, localiza-do mais ao sul e a 12 quilômetros da captação de água da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

O trajeto segue passando pelo Re-servatório Billings por meio de duas pontes, uma no braço do Bororé e ou-tra no corpo principal da represa.

Dessa forma, quase todo o trecho Sul do Rodoanel atravessa a região de mananciais. Uma das grandes preo-cupações dos executores das obras foi a possibilidade de a rodovia induzir à ocupação irregular nas redondezas da estrada. “Por isso, o motorista só tem acesso à pista nos cruzamentos com o sistema Anchieta-Imigrantes.

máquina cravano solo da represa estacas de concreto que servirão de sustentação para as pontes

Operários trabalham na ponte da rodovia

Page 9: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

2008 setembro SPnotícias 19

capa

18 SPnotícias setembro 2008

pREsERVAÇãO DA FAUnA E DA FLORA

O Rodoanel Mario Covas é uma obra feita à base de compensação ambiental. A mes ma quantidade de vegetação retirada para as obras foi replantada nas chamadas unidades de conservação espalhadas ao longo do trecho Sul, em Jaceguava, Varginha, Itaim e Bororé.

O cuidado em não agredir o meio am biente é tão grande que foram criadas equi pes especiais de resgate da fauna e da flora para acompanhar a evolução da obra. A função dessas equipes é res­gatar qualquer tipo de vida que esteja no caminho da rodovia. Segundo os executores da obra, foram recuperadas dezenas de animais como bichos­preguiça, esquilos e aves. Os animais feridos re­ceberam tratamento e foram soltos novamente no ambiente.

No trabalho, as equipes descobriram exemplares da bromélia Tilandsia linea ris, considerada extinta há mais de 40 anos. A planta foi encontrada no lote 5 do Ro doanel, no município de Embu.

O Rodoanel Mario Covas faz parte de um conjunto de investimentos do governo do Estado que visa melhorar as condições do trânsito na região metropolitana de São Paulo. As obras estão concentradas nas principais saídas da capital para as estradas: Marginais Tietê e Pinheiros e Avenidas dos Bandeirantes e Roberto Marinho.

Na Marginal Tietê estão previstos o alargamento da pista local de três para quatro faixas, a construção de uma pista auxiliar sob as pontes e novas alças de acesso às rodovias que saem dela. A Mar­ginal do Tietê é um dos principais corre­dores viários da cidade, cujo movimento chega a 1,2 milhão de viagens em dias úteis. Atualmente, sua infra­estrutura é insuficiente para comportar esse número, o que causa engarrafamentos. A Secre­taria Estadual dos Transportes estima que a Marginal seja responsável por cerca de 25% do total de congestionamentos me­didos na cidade.

BandeirantesA Avenida dos Bandeirantes, na zona Sul da capital, receberá duas novas faixas à esquerda, junto ao canteiro central das pistas. Hoje, a via está saturada, com congestionamentos diários. A Avenida Roberto Marinho será prolongada em aproximadamente 4,5 quilômetros. O ob­jetivo é realizar sua interligação com as Rodovias dos Imigrantes e Anchieta e, conseqüentemente, com o trecho Sul do Rodoanel.

Outra forma de desafogar o trânsito é o investimento no transporte ferroviário. O Ferroanel possibilitará o fechamento completo de um anel ferroviário em torno da região metropolitana de São Paulo por meio de duas conexões ferroviárias: uma ao norte e a outra ao sul, conectando as malhas Leste e Oeste já existentes.

Rodovia passa ao lado de empresa na Anchieta

IntEGRAÇãO VIÁRIA

Animais e plantas raras encontradas no caminho, como a bromélia Tilandsia linea ris (ao lado)

O resto da rodovia é todo fechado. Além de não dar acesso, também não permitirá atividades lindeiras”, afir-ma Marcelo Barbosa, da Dersa. Isso funciona como uma barreira à ocu-pação desordenada e previne a de-gradação do manancial que abastece parte do Grande ABC e da capital.

Após cruzar com a Anchieta, o tra-çado prossegue em direção a Mauá, margeando o braço do Rio Grande, ainda na Represa Billings. A fauna existente no trecho recebeu atenção

especial. Nas regiões onde existem animais fo-ram construídas passagens abaixo do nível da pista – são as passagens-padrão. Têm 3 metros de altura por 3 de largura e servem para a tra-vessia dos bichos. “Eles são direcionados para essas passagens por meio de alambrados. Não há o risco de cruzarem a pista”, afirma Barbosa.

Para garantir o menor impacto possível após a execução da obra, foi fechado um contrato com o Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), que, por sua vez, tem equipes que apresentam dados semanais sobre a situa-ção da fauna existente da região. o

Page 10: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

SPprojeto tietê

20 SPnotícias setembro 2008

84% do esgoto coletado até 2009Segunda fase do Projeto Tietê termina no fim do ano com 70% dos dejetos da região metropolitana de São Paulo tratados

A trAjetóriA do projeto tietê

2008 setembro SPnotícias 21

2002- 2008Em sete anos, foram construídos 36 quilômetros de interceptores, 110 quilômetros de coletores-tronco, 1,2 mil quilômetros de redes coletoras e 290 mil ligações domiciliares. Até o início do ano que vem, quando a segunda fase do projeto for concluída, serão entregues mais 500 quilômetros de tubulações, aproximadamente.

1992-1998O governo construiu as Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) São Miguel, Parque Novo Mundo e ABC, e ampliou a ETE Barueri. As obras aumentaram a capacidade de tratamento de esgoto na região metropolitana em 9,5 mil litros por segundo.

1992Uma manifestação popular seguida de um abaixo-assinado com mais de 1,2 milhão de as-sinaturas pedia a despoluição do Rio Tietê. O governo do Estado idealizou e começou a primeira etapa do maior programa de saneamento ambiental do país: o Projeto Tietê.

u Também foram feitos 1,5 mil quilômetros de novas redes coleto-ras de esgoto, 315 quilômetros de coletores-tronco, 37 quilômetros de interceptores e 250 mil ligações residenciais. Tudo isso fez alavancar os índices de coleta de esgoto, que passaram de 70% para 80% – sem contar os indicadores de tratamen-to, que foram de 24% para 62%.

2009-2015A partir do segundo semestre do ano que vem, começam as obras da terceira fase do projeto, que melho-rará principalmente as condições de vida e ambientais do municípios periféricos da Grande São Paulo com a construção de três ETEs – em Francisco Morato, Franco da Rocha e Caieiras.

1998Foi concluída a primeira etapa do Projeto Tietê. Os resultados ime-diatos foram a diminuição da carga poluidora das águas em um trecho de 120 quilômetros de rio e o res-surgimento de peixes no curso do Tietê pelas cidades de Salto e Itu.

2000O Emissário Pinheiros–Leopoldina começa a funcionar, beneficiando mais de 3 milhões de pessoas.

A segunda etapa do Projeto Tietê entra na reta final nos últimos quatro meses do ano. No início de 2009, quando a fase

número dois de recuperação do maior rio do Estado de São Paulo estiver totalmente finali­zada, os índices de coleta de esgoto da região metropolitana de São Paulo saltarão dos atuais 80% – média alcançada com a primeira etapa do projeto – para 84%. Os níveis de dejetos que

deixarão de ser despejados in natura no Tietê e em mananciais da Represa Billings também se­rão elevados, passando de de 62% para 70%.

Com a segunda etapa do projeto concluída, o volume que chega para tratamento nas estações de tratamento de esgoto (ETEs) será de 16 mil litros por segundo. No início do programa, eram 4 mil litros por segundo.

A região metropolitana de São Paulo conta

com cinco ETEs, sendo três resultado direto do Projeto Tie tê. São as unidades São Miguel, ABC e Parque Novo Mundo, erguidas durante os sete anos da primeira fase dos trabalhos de melhoramento ambiental, iniciada em 1992.

“As obras da segunda etapa foram divididas em dois blocos. No primeiro, já concluído, hou­ve concentração de esforços na Bacia do Rio Pinheiros. Construímos 28 quilômetros de in­terceptores nas duas margens do rio para drenar o esgoto e levá­lo até a ETE Barueri, que teve a capacidade ampliada ainda na primeira fase”, explica a gerente do Departamento de Planeja­mento e Controle da Sabesp, Andréa Ferreira. “Tivemos atuação forte na Billings também. Instalamos redes coletoras em boa parte da re­gião e construímos 48 pequenas estações ele­vatórias na margem do manancial para livrá­lo do esgoto”, diz Andréa.

Ainda no próximo ano, o governo vai iniciar a terceira etapa do projeto, quando serão cons­

truídos novos interceptores e redes coletoras de esgoto. Também serão ampliadas e construídas novas ETEs, como as de Francisco Morato, Franco da Rocha e Caieiras, cidades que não conseguem utilizar as estações já existentes devido à topografia e à distância entre esses municípios e as unidades de tratamento.

“A terceira etapa do projeto segue com o ob­jetivo de recuperar os recursos hídricos e me­lhorar a qualidade ambiental da Bacia do Alto Tietê. Para isso vamos seguir trabalhando na ampliação do atendimento em coleta e em tra­tamento de esgotos. A meta é passar os índices de atendimento para 88% e 80%, respectiva­mente”, afirma a secretária de Saneamento e Energia do Estado, Dilma Pena.

As obras melhorarão sensivelmente a quali­dade das águas e de vida em municípios peri­féricos e mais pobres, como Jandira, Francisco Morato, Itapevi, Franco da Rocha e região. Con­forme a secretária de Saneamento, na terceira

Ilus

traç

ÕEs:

sEr

I

FON

tE: s

abEs

p

Page 11: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

projeto tietê

22 SPnotícias setembro 2008 2008 setembro SPnotícias 23

etapa serão construídos ainda alguns coletores em Santo André, na região do Grande ABC.

A meta é realizar a terceira fase do projeto em seis anos (de 2009 a 2015) e, na seqüência, consolidar os trabalhos para a quarta etapa.

O Projeto Tietê depende de ações integradas com as prefeituras. “Temos acordos com a maior parte dos municípios que não são gerenciados pela Sabesp para a construção dos coletores principais. Por esse motivo, a Sabesp realizará na terceira etapa as obras de alguns coletores em Santo André (onde o abastecimento de água e o tratamento de esgoto são de responsabilida-de do Semasa)”, explica Dilma Pena.

Porém, a secretária diz que algumas cida­des, como Diadema e Guarulhos, não fecharam acordos com a Sabesp e, por isso, deverão cus­tear seus próprios coletores e interceptores se desejarem se conectar ao sistema de tratamento de esgotos da Sabesp.

Um dos poucos exemplos de tratamento de 100% de esgoto no Estado de São Paulo é o município de São Caetano do Sul, no Gran­de ABC. O Departamento de Água e Esgoto (DAE) da cidade promete coletar a totalidade de dejetos produzidos no município até o fim

do ano. Todo o esgoto da cidade será enviado ao coletor­tronco e mandado para a ETE ABC.

Nas ETEs, todos os componentes poluido­res são separados da água antes de retornar ao meio ambiente. O esgoto bruto que chega às es­tações passa por diversas etapas de tratamento, que ocorre em duas fases, a sólida e a líquida.

Sacolas no rioA população tem ainda papel fundamental quan­do o assunto é o lixo descartado de maneira er­rada. Cerca de 35% da poluição acumulada na Bacia do Rio Tietê não vem de redes de esgoto, mas sim do material jogado nas ruas. Todos os dias, as águas do Tietê recebem toneladas de sacolas plásticas, garrafas, latas e outros tipos de lixo abandonados por moradores da região metropolitana de São Paulo. Se não houver mu­dança de atitude, a situação permanecerá crí­tica e, em 2015, esse lixo deverá dobrar, repre­sentando nada menos do que 65% da sujeira despejada diariamente na bacia.

O Projeto Tietê é de fundamental importân­cia para a política de saneamento do Estado de São Paulo, que visa recuperar os recursos hídricos da região metropolitana, em especial os da Bacia do Alto Tietê, formada pelo Rio Tietê e seus afluentes Pinheiros, Aricanduva, Pirajuçara, Baquirivu­Guaçu, Jacu, Itaquera, Tamanduateí, Cotia e Cabuçu de Cima.

Com o Projeto Tietê, o governo do Estado constitui uma estratégia de saneamento am­biental para a região metropolitana como um todo, já que o planejamento urbano das cidades e sua configuração geográfica inviabilizavam, à primeira vista, a resolução do problema de coleta e tratamento de esgotos de forma con­junta. As ações do projeto permitiram tratar o problema integradamente, porque os impactos se refletem em todos os municípios. o

primeira fase1992 a 1998Nessa etapa do Projeto Tietê foram in-ves tidos US$ 1,1 bilhão, sendo US$ 450 milhões provenientes do Banco In te-ramericano de Desenvolvimento (BID), US$ 550 milhões de recursos próprios da Sabesp e mais US$ 100 milhões da Caixa Econômica Federal (CEF).

Segunda fase2002-2008Foram investidos US$ 400 milhões, sen do US$ 200 milhões financiados pelo BID e US$ 200 milhões em recursos próprios da Sabesp com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O valor é inferior ao US$ 1,1 bilhão investido durante a primeira etapa porque naquela fase foram construídas as estações de tratamento de esgoto, cujo custo é bastante elevado.

terceira fase2009-2015A idéia é investir US$ 800 milhões com apoio do BID para ampliar e avançar no atendimento de coleta, afastamento e tratamento de esgoto, com o foco na Ba-cia do Alto Tietê, melhorando a qualidade das águas de toda a região metropolitana de São Paulo.

o cAminho do eSgoto

inveStimentoS

1 Os dejetos saem dos domicílios e são

enviados a redes coletoras de esgoto instaladas nas ruas

2 Essas redes encami-nham o material para o

coletor-tronco, que normalmente segue

paralelo ao curso do rio

3 O coletor-tronco manda o esgoto

para as ETEs

4 Na estação de trata-mento, o esgoto in natura

é tratado e a água, enviada para o rio. Parte é utilizada

como água de reúso

Depois do Projeto Tietê, a cidade de São Paulo terá índices de saneamento semelhantes aos países eu-ropeus. No fim da segunda etapa, sozinho, o mu-nicípio terá 97% de esgoto coletado e 74% de trata-mento dos dejetos.

Comparando os dados do Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS) com os do órgão europeu The European Water Industry, a capi-tal paulista apresentará índices de coleta e tratamen-to de esgoto similares à Europa. A coleta de esgoto na capital terá o mesmo percentual de países como Itália (80%) e Espanha (80%). Quanto ao tratamento do esgoto coletado, São Paulo estará à frente da Es-panha, que atende 59% da população. Reino Unido e Alemanha apresentam os melhores índices de co-leta e tratamento de esgoto.

ÍndiceS de pAÍSeS europeuS

Vista aérea da ete parquenovo mundo

DIVu

lGaç

ÃO

Page 12: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

SPpiscinões

24 SPnotícias setembro 2008

43 piscinões contra as enchentes

Governo revê Plano de Macrodrenagem da região metropolitana de São Paulo e inicia projetos

semelhantes em cidades do interior do Estado

foto

s: r

enat

o st

ockl

er

2008 setembro SPnotícias 25

Todos os piscinões da região metropolitana de São Paulo re­pletos são capazes de encher

um Rio Tietê. Juntos, os reservató rios comportam 4,1 milhões de litros de água. Mesmo volume existente nos 41 quilômetros do Rio Tietê, no tre­cho urbano da capital.

Há dez anos, o Estado lançou o Plano Diretor de Macrodrenagem da Região Metropolitana do Alto Tietê, para reduzir as constantes enchen­tes. Foram 43 piscinões construí­

dos na região metropolitana de São Paulo, 24 pelo governo do Estado. Dezessete estão no Grande ABC, na Bacia do Rio Tamanduateí, uma das regiões mais castigadas pelas cheias até a década de 90. Os outros foram construídos na Bacia do Pirajuçara, na região de Embu, e na Bacia do Ri­beirão Vermelho, em Osasco.

Desde então, o governo investiu 230 milhões de reais. Agora, lança licitação para contratar uma empresa que fará a revisão do plano de 1998.

Piscinão Sharp, Campo Limpo, na zona Sul da capital, com capacidade de armazenar 500 mil m3

Page 13: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

piscinões

26 SPnotícias setembro 2008 2008 setembro SPnotícias 27

São CaetanoVolume: 235.166 m3

Inaugurado em out/2005

Ford FábricaVolume: 80.000 m3

Em obrasTaboão

Volume: 180.000 m3

Em obras

Mercedes DiademaVolume: 140.000 m3

Inaugurado em mar/2003

Casa GrandeVolume: 85.000 m3

Inaugurado em jul/1999

Vila RosaVolume: 113.450 m3

Inaugurado em jul/1999

Capitão CasaVolume: 50.000 m3

Inaugurado em out/2000

ChryslerVolume: 190.000 m3

Inaugurado em dez/2001

BombeirosVolume: 34.000 m3

Inaugurado em jul/1999

CanarinhoVolume: 95.000 m3

Inaugurado em mar/1999

Reservatório construído

Reservatório construído pela prefeitura (SBC)Reservatório licitado

Reservatório em obrasReservatório com projeto executivo concluídoDivisor de baciaÁrea de retenção

LEGENDA

Mercedes PaulicéiaVolume: 380.000 m3

Inaugurado em 4/mar/2005

Antigo AM-3Volume: 120.000 m3

Inaugurado em jul/1999

Sônia MariaVolume: 120.000 m3

Inaugurado em ago/2004

OratórioVolume: 320.000 m3

Inaugurado em 11/abr/2007 PetrobrasVolume: 800.000 m3

Inaugurado em jul/2002

CarumbéVolume: 105.000 m3

Inaugurado em jul/2002

Paço MunicipalVolume: 136.000 m3

Inaugurado em jun/1999

Ecovias/ImigrantesVolume: 120.000 m3

Inaugurado em dez/2001

Volks/DemarchiVolume: 170.000 m3

Inaugurado em abr/2003

FordVolume: 340.000 m3

Inaugurado em 11/abr/2007

Tietê

RIO

TA

MA

ND

UAT

Ribeirão dos C

ouros

BaCia do TaMaNdUaTEÍ

O objetivo é verificar as necessidades reais em função da atual situação, le­vando em consideração que algumas das áreas indicadas na época para a construção de reservatórios não estão mais disponíveis.

“O plano não se limita só à cons­trução de piscinões. Fizemos tam­bém o rebaixamento da calha do Rio Tietê, o que colaborou para dar mais vazão às águas”, explica a secretária de Saneamento e Energia, Dilma Seli Pena. Segundo ela, o Plano de Ma­crodrenagem, que ainda hoje serve de base para as ações do governo, foi

uma estratégia de gestão das águas nos afluentes do Rio Tietê no trecho urbano. “Na cidade de São Paulo, o Rio Tietê ainda não é caudaloso, é um rio estreito e de cabeceira. Não comportava a quantidade de água que vinha dos afluentes”, explica a secretária Dilma.

Com a impermeabilização do solo e os cursos dos rios e córregos mais retilíneos, fica cada vez mais difícil conter a velocidade das águas. “A ocupação urbana foi feita de forma aleatória e, para evitar as enchentes, foi preciso pensar num plano macro,

Foram construídos24 piscinões com verba do Estadon 17 no Grande ABCn 5 piscinões no Córrego

Pirajuçara. Atendem aos municí-pios de São Paulo, Taboão da Serra e Embu

n 2 na Bacia do Ribeirão Vermelho. Atendem aos municípios de São Paulo e Osasco

Investimento: R$ 230 milhõesCapacidade: 4,1 milhões

de litros de água

10 aNoS do PLaNo dE drENagEM

fon

te: D

ePar

taM

ento

De

ÁGUa

s e

ener

GIa

elÉt

rIca

(Dae

e)

Page 14: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

Reservatório em operaçãoReservatório em obras

Reservatório previsto no plano

Limite da bacia hidrográficado Córrego Pirajuçara

LEGENDA

Jd. Helena MariaVolume: 73.000 m3

Jardim PiratiningaVolume: 100.000 m3

BonançaVolume: 62.000 m3

Inaugurado em abr/2007

RochdaleVolume: 25.000 m3

Inaugurado em abr/2007

Pirituba/JaraguáVolume: 150.000 m3

Canal1.000 m

Inaugurado em jun/2007

Túnel400 m

Inaugurado em jun/2007

Tietê

Osasco

AnhangüeraVolume: 100.000 m3

Em obras

RIBEIRÃO VERMELHO

PortuguesinhaVolume: 120.000 m3

Inaugurado em out/2003

Nova RepúblicaVolume: 110.000 m3

Inaugurado em set/2001

SharpVolume previsto: 500.000 m3

Em obras

Eliseu de AlmeidaVolume:113.000 m3

Inaugurado em out/2004

Reservatório previstoReservatório em operaçãoReservatório em obrasReservatório com projeto executivo concluídoLimite da bacia hidrográficado Córrego Pirajuçara

Parque dos PinheirosVolume: 117.000 m3

Inaugurado em jul/2000

OlariaVolume previsto: 80.000 m3

Em licitação

CPTM/Jd. Maria SampaioVolume: 120.000 m3

Inaugurado em jun/2004

LEGENDA

Tietê

Taboão da Serra

EmbuCÓRREGO PIRAJUÇARA

piscinões

28 SPnotícias setembro 2008 2008 setembro SPnotícias 29

BaCia do PirajUçara BaCia do riBEirão VErMELho

TraBaLhoS CoNTra aS ENChENTESque ultrapassa os limites dos municí­pios”, diz Dilma.

O superintendente do Departa–men to de Águas e Energia Elétri­ca (Daee), Ubirajara Tannuri Felix, acompanhou todo o processo nesses dez anos e diz que os trabalhos conti­nuam. Em agosto, foi autorizada a li­beração de 6,6 milhões de reais para a limpeza de todos os piscinões loca­lizados no Grande ABC. Manutenção fundamental para que os reservató­rios funcionem corretamente e que, em princípio, deveria ser feita pelas administrações municipais.

Uma licitação foi lançada também no mês passado para a limpeza dos 41 quilômetros do Rio Tietê em toda a área urbana de São Paulo. “Vamos fazer um trabalho de desassoreamen­

to nas regiões mais críticas, na che­gada dos principais afluentes, Rios Tamanduateí e Cabuçu de Cima e Córrego Pirajuçara”, explica. Um in­vestimento de 27,2 milhões de reais.

No interior do Estado, o superin­tendente des taca que o Daee começa a realizar pla nos de macrodrenagem para que as administrações muni­cipais ponham em prática. Alguns que já foram concluídos são os de Mococa, Itupeva e Ribeirão Preto, e o Daee começa a fazer o plano de Paraguaçu Paulista.

“Agora que os problemas da re­gião metropolitana de São Paulo estão sendo solucionados, o interior começa a ganhar planos semelhan­tes”, finaliza o superintendente do departamento Ubirajara. o

obras concluídasn Construção de novas pontes nas Avenidas Almirante

Dellamare e Presidente Wilson (São Caetano do Sul)n Limpeza, desassoreamento e aumento da vazão do Ribeirão dos Meninos (São Caetano do Sul)n Canalização de 1,4 mil metros do Ribeirão Vermelhon Construção da Ponte Fazenda da Juta sobre o Cór- rego do Oratório (ligação São Paulo–Santo André)n Limpeza, desassoreamento e manutenção da calha

do Rio Tietê (na zona Leste e no braço morto em Osasco) e do Córrego Poá (Taboão da Serra) n Construção de ponte sobre o Córrego Oratório

(divisa Santo André-São Paulo)n Recuperação do piscinão Petrobras (Mauá)

Investimento: R$ 64,8 milhões

obras em andamentoConstrução de quatro reservatórios:n Piscinão Sharp (Córrego Pirajuçara, Taboão da Serra)

n Piscinão Taboão (São Bernardo do Campo)n Piscinão Ford Fábrica (São Bernardo do Campo)n Piscinão Anhangüera (Bacia do Ribeirão

Vermelho)n Canalização de 2,5 quilômetros do Córrego Taboão

(divisa São Bernardo do Campo-Diadema)n Limpeza e desassoreamento do Rio Cabuçu de Cima (divisa São Paulo-Guarulhos)n Limpeza dos reservatórios do ABC

Investimento: R$ 80,6 milhões

Em licitaçãon Projeto executivo de construção dos piscinões

Jaboticabal, na Bacia do Ribeirão dos Meninos (divisa de São Caetano do Sul e São Paulo),

e Olaria, na Bacia do Pirajuçara (Taboão da Serra)n Canalização de 4,4 quilômetros do Ribeirão Ver- melho (na divisa São Paulo-Osasco) n Limpeza de 42 córregos da capital

fon

te: D

ePar

taM

ento

De

ÁGUa

s e

ener

GIa

elÉt

rIca

(Dae

e)fo

nte

: DeP

arta

Men

to D

e ÁG

Uas

e en

erGI

a el

ÉtrI

ca (D

aee)

fon

te: D

ePar

taM

ento

De

ÁGUa

s e

ener

GIa

elÉt

rIca

(Dae

e)

Page 15: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

SPtrabalho

30 SPnotícias setembro 2008

270 mil qualif icados e recolocadosAções do Estado na área de emprego beneficiam trabalhadores e estudantes

Fon

te: S

ecre

tari

a eS

tadu

al d

o em

preg

o e

rela

çõeS

do

trab

alho

Desde janeiro de 2007, mais de 270 mil pessoas foram beneficiadas em progra­mas de incentivo ao emprego do governo

do Estado por meio da Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho. As iniciativas contem­plam todas as etapas no que diz respeito à co­locação profissional: recolocação, qualificação, primeiro emprego e até vagas para pessoas por­tadoras de necessidades especiais.

Entre as novidades das políticas desenvol­vi das pela Sert está o Programa Estadual de Qualificação Profissional (PEQ). Seu objetivo é oferecer cursos gratuitos em todo o Estado para capacitar o trabalhador de acordo com as exi­gências do mercado local. As primeiras aulas começaram em agosto deste ano. O público­alvo do programa é grande: trabalhadores de

idade entre 30 e 59 anos. Esse índice foi defi­nido após um estudo feito pela Fundação Seade a pedido da Sert, que verificou a estrutura de mer cado e as tendências da situação ocupacio­nal do Estado de São Paulo.

Atualmente o PEQ está presente em 85 ci­dades, incluindo a capital. Até o fim de 2010, a secretaria pretende qualificar 180 mil trabalha­dores, sendo 30 mil em 2008, 60 mil em 2009 e 90 mil em 2010.

O Programa Emergencial de Auxílio­Desem­prego (Pead), também conhecido como Frente de Trabalho, atendeu 32 mil pessoas em funções no governo do Estado. Pelo programa, o partici­pante recebe mensalmente uma bolsa­auxílio e pode permanecer no cargo por até nove meses. Sua jornada de trabalho é de seis horas diárias,

quatro dias por semana. No quinto, ele pode par­ticipar de um curso de qualificação profissional ou de alfabetização. As funções são as mais va­riadas. Existem, por exemplo, 911 bolsistas em 33 cidades atuando na Campanha de Combate à Dengue no Inverno e mais 332 em outras secre­tarias com a Virada Social de São Mateus.

O maior trabalho da Sert está nos Postos de Atendimento ao Trabalhador (PATs), que fun­cionam como um Poupatempo para assuntos relacionados ao trabalho. Os interessados po­dem, entre outras coisas, solicitar segunda via da carteira de trabalho e do RG, dar entrada no seguro­desemprego e acessar bancos de dados com vagas empregos.

São 208 postos espalhados pelo Estado. Des­de janeiro de 2007, mais de 217 mil pessoas

foram colocadas no mercado por meio do PAT. No Programa de Apoio à Pessoa com De­

ficiência (Padef), a situação é um pouco dife­rente. O projeto é desenvolvido em parceria com organizações não­governamentais (ONGs), instituições de ensino e empresas. São feitas orientações para as organizações sobre todo o procedimento referente a seleção, contratação e adaptações necessárias.

E há ainda o programa Jovem Cidadão, cujo público­alvo é formado por jovens entre 16 e 21 anos. A idéia é inserir o estudante no mercado de trabalho, garantindo­lhe um estágio remunerado em sua área. O programa, que já ofereceu estágio a mais de 7 mil jovens este ano, é administrado pela Sert em conjunto com duas secretarias, a da Educação e a de Desenvolvimento. o

2008 setembro SPnotícias 31

ColoCação no merCado

Postos de atendimento ao Trabalhador (PaTs) 122.664 colocados no mercado de trabalho em 2007

94.528 colocados no mercado de trabalhoaté julho/2008

Programa de apoio à Pessoa com deficiência (Padef)

1.469 colocados no mercado de trabalho em 2007949 colocados no mercado de trabalhoaté agosto/2008

Programa estadual de Qualificação Profissional (PeQ)

Matriculados até agosto/2008Senai: 2.473 Senac: 4.594

Centro Paula Souza (Etecs e ETEs): 1.548

Programa emergencial de auxílio-desemprego (Pead)Frente de Trabalho32.282 colocados em funções dentro do governo

Jovem Cidadão7.917 jovens encaminhados para estágio em 20078.317 jovens encaminhados para estágio até agosto/2008 il

uStr

ação

: Ser

i

Page 16: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

SPhabitação

32 SPnotícias setembro 2008

De casa novaCDHU muda projeto de casas e apartamentos para proporcionar mais conforto a moradores; algumas plantas passaram de dois para três quartos

Fon

te: C

ompa

nhi

a de

des

envo

lvim

ento

hab

itaC

ion

al e

Urb

ano

(Cdh

U)

Após um ano e meio de muitos projetos, a Companhia de De­senvolvimento Habitacional e

Urbano (CDHU) ini ciou obras com plantas mais modernas. Os novos em­preendimentos têm como finalidade proporcionar maior qualidade de vida aos moradores.

Parte das mudanças foi feita com base nas reivindicações dos morado­res dos conjuntos habitacionais. Uma delas era o pedido constante de apar ­tamentos e casas com três dormitórios. Antes o máximo eram dois. As famí­lias reclamavam da falta de espaço para separar os filhos homens das mulheres ou então para abrigar o ido­

so, o avô ou a avó. A reivindicação foi atendida e, conseqüentemente, a área útil amplia da de 42 para 58 me­tros quadrados. Atualmente, 35 mil das 70 mil unidades que estão em andamento já têm a metragem maior e o terceiro quarto.

O pé­direito das unidades também ficou mais alto, passou de 2,4 para 2,6 metros. “O ambiente ficou mais ilumi­nado e mais arejado”, explica o di retor técnico da CDHU, João Abukater Neto. Outra mudança aponta da por ele é o piso, antes entregue no cimen­to e, agora, invariavelmente fina lizado com azulejos antes de as chaves se­rem entregues aos proprietários.

Abukater Neto diz que os novos projetos foram feitos com a integra­ção de várias secretarias, como a do Meio Ambiente e a dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Com o apoio da primeira e a assessoria técnica do Instituto de Pesquisas Tecnológi­cas (IPT), chegou­se à conclusão de que as novas edificações deveriam obedecer ao mínimo do que estabe­lece o protocolo ambiental estadual assinado entre a Secretaria de Meio Ambiente e a CDHU no ano passado. Usar o mínimo de madeira possível, substituindo­a por material metálico na estrutura do telhado, por exemplo.

Nos projetos consta também o reú­so da água, com o reaproveitamento da água da chuva. Além disso, estão sen do instalados aquecedores solares, que serão responsáveis pela redução de 30% do consumo de energia elétri­ca nos conjuntos habitacionais.

A CDHU já destina 7% dos apar­tamentos para receber adaptações pa­

ra o deficiente físico e o idoso. Des de o início do ano, estão sendo constru­ídas 300 unidades de acordo com o desenho universal, projetadas para receber o deficiente físico ou o ido­so. As medidas do desenho universal nos apartamentos e nas casas possi­bilitam que o imóvel seja adaptado a qualquer momento. Assim, os cor­redores e portas são mais largos para que seja possível passar uma cadeira de rodas, as pias são mais baixas para facilitar a manipulação do cadeirante, as caixas de luz, interruptores e cam­painhas também são mais baixas.

No que se refere à qualidade de vida, os novos projetos prevêem mais individualidade aos moradores. Casas que antes eram “coladas” umas nas outras ganharam muros. E, atualmen­te, a CDHU não entrega mais imóveis sem a infra­estrutura completa, com água encanada, ligação de esgoto e de energia elétrica, asfalto nas ruas e numeração nas casas. o

2008 setembro SPnotícias 33

Conjunto habitacional de Embu

O pé-direito foi alterado de 2,4 metros para 2,6 metros, o que possibilitou mais ventilação nos imóveis

Foram instalados aquecedores solares nos imóveis, o que vai gerar uma eco-nomia de 30% de energia elétrica

Unidades com três dormitórios, e não apenas dois quartos. Nesses imóveis, o tamanho passou de 42 m2 para 58 m2

Todos os apartamentos e casasreceberam piso de azulejo

544 empreendimentos estão em andamento em todo o Estado, em maior número na região metropolitana de São Paulo e regiões de Campinas e Presidente Prudente

Desde janeiro de 2007, foram entregues 9.437 unidades habitacionais

A CDHU prevê a entrega de um total de 135.840 unidades habitacionais até 2010

InvestImentos o que mudou

Os conjuntos habitacionais são entregues com toda a infra-estrutura externa: água, luz, esgoto, asfalto e numeração das casas

As casas são todas muradas

divU

lgaç

ão

Page 17: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

SPbauru

34 SPnotícias setembro 2008

DIVU

LGAÇ

ÃODI

VULG

AÇÃO

A Região Administrativa de Bau ru é exemplo de tratamento de esgoto. O governo do Estado

investe no programa Água Limpa e na construção de estações de tratamento de esgoto (ETEs) para o tratamento dos dejetos. Atualmente, 97% do es­goto é coletado nos 39 municípios que compreendem a região. Desse índice, 47% são tratados. Com os investimen­tos na área, até o fim de 2009, 60% dos dejetos recolhidos serão tratados. No Brasil, o índice de tratamento de esgoto coletado é de 12%, e a média do Estado de São Paulo é de 65%.

2008 setembro SPSPnotícias 35

Sistema de tratamento de esgoto por lagoas de estabilização, em Iacanga

Bauru é apoio para a maioria das ci­dades da região e é também onde estão localizados os hospitais de referência. Na cidade está sendo construído um ambulatório médico de especialidades (AME); outro será feito em Lins. Um dos investimentos mais importantes do governo está na educação tecnológica, na abertura de duas unidades da Fa­tec, em Bauru e Lins, e no lançamento de um curso na unidade de Jaú. A região de Bauru tem 16.105 quilô­metros quadrados e 93,4% da popula­ção moradora na área urbana, segundo dados da Fundação Seade de 2002.

SaúdeUm dos maiores investimentos do go­verno do Estado na região de Bauru é direcionado à área da saúde. Duas unidades do Ambulatório Médico de Especialidades aten derão à demanda reprimida de consultas na região. Um dos AMEs está em obras em Bauru, no antigo espaço do ambulatório de especialidades, e sua conclusão está prevista para dezembro. No novo am­bulatório será possível atender 30 mil pacientes por mês.

“Nossa maior procura é por orto­pedista, en docrinologista e dermato­

logista. Depois de passar pela con­sulta, temos outro problema, o de dar conta dos exames solicitados pelos médicos”, diz o diretor do Departa­mento Regional de Saúde de Bauru, Carlos Alberto Macharelli. Segundo ele, esse problema também será so­lucionado com a instalação do AME. Uma empresa será responsável por administrar todo o sistema do ambu­latório com o compromisso de reduzir as filas de espera.

O gerenciamento do AME de Bau­ru será realizado por uma organização social ligada à Faculdade de Medici­

Vocação ecoturísticaGoverno investe em ensino técnico para exploração ecológica na região de Bauru; investimentos também são direcionados à saúde e ao saneamento

Estado (%)

Municípios 39 645 6,04

População (2007) 1,054 milhão 41,029 milhões 2,57

PIB (2005) R$ 12,255 bilhões R$ 727 bilhões 1,69

PIB per capita (2005) R$ 11.785 R$ 17.977 65,5

IDH (2000) 0,807 0,814 –

Região Administrativa de Bauru

CARACtERíStiCAS dA REgião

Promissão Sabino

Pongaí

Uru

LinsGuaiçaraGuaiçara

Getulina

GuaimbêGuarantã

CafelândiaIacanga

ItajuReginópolisReginópolisBalbinos

PirajuíPirajuíBariri

BocainaArealva

AvaíPresidente Alves Boracéia

BauruPederneiras

Jaú

Dois CórregosDois Córregos

Mineiros Mineiros do Tietê

Igaraçu do Tietê

Lençóis Paulista

Borebi

Barra Bonita

MacatubaAgudos

Paulistânia

Piratininga

Cabrália Paulista

Duartina

Lucianópolis

Ubirajara

FON

TE: F

UNDA

ÇÃO

SEAD

EFO

NTE

: FUN

DAÇÃ

O SE

ADE

FON

TE: F

UNDA

ÇÃO

SEAD

EFO

NTE

: FUN

DAÇÃ

O SE

ADE

FON

TE: F

UNDA

ÇÃO

SEAD

E

ItapuíItapuí

Page 18: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

bauru

36 SPnotícias setembro 2008 2008 setembro SPnotícias 37

tRANSPoRtESobras de duplicação da Rodovia Bauru–Marília, a SP-294 (Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros)Extensão: 31,94 quilômetrosInvestimento: R$ 190 milhões

EdUCAÇãon Construção de 12 salas de aula na EE Jd. Padre

Augusto Sane e projeto de construção de outras oito salas no terreno do Jd. Pires de Campos 2. Ambos em Jaú, em parceria com a prefeitura. Conclusão: setembro/2008

n Construção de oito salas de aula no terreno do Jd. Bela Vista, em Promissão. Parceria com a prefeitura. Conclusão: dezembro/2008

n Construção de uma sala de aula no terreno da Aldeia Teregua e outra no terreno da Aldeia Ekerua. Ambos em Avaí. Conclusão: outubro/2008

Criação de 2.205 vagasn Construção da EM Prof. Alberto Arradi, em Barra

Bonita (convênio com a prefeitura) Concluída: agosto/2008

n Reformas de escolas

investimento total de 2007 a junho de 2008: R$ 13,282 milhões

HABitAÇãode 2007 a setembro/2008 foram entregues

365 unidades habitacionais Investimento: R$ 6,91 milhões

2.819 unidades estão em obras86% serão entregues até 201014% até o primeiro semestre de 2011Investimento: R$ 61,3 milhões

SANEAMENtoPrograma Água Limpa

Construção de emissários de esgoto e de estação elevatória e sistemas de lagoas de estabilização para tratar 100% do esgoto das cidades: g

na da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu. “Essa parceria já prevê o número de consultas, exames e outras intervenções que devem ser cumpridas por determinação contra­tual”, diz o diretor Macharelli.

Segundo ele, o AME de Lins, cujas obras co­meçarão no início do ano que vem (a área ainda não está definida), também vai aumentar o aten­dimento naquele município. As consultas vão chegar a 15 mil por mês.

Bauru é referência para quase todos os pro­cedimentos médicos da região e é onde está instalado o Hospital Estadual. Até o ano passa­do, uma das maiores carências da região era de leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI), déficit que foi reduzido com o aumento de vagas no Hospital de Base de Bauru, que é convenia­do ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Para isso, o governo do Estado investiu 1,5 milhão de reais em obras no hospital, o que sig­nificou 15 leitos a mais. Atualmente, a cidade tem 308 leitos, sendo que 67 são de UTI. “Con­seguimos esse número aumentando o convênio que temos com outros hospitais da região. É a chamada vaga virtual, que está disponível ao pa­ciente quando necessário”, explica o diretor. Ma­charelli diz que a alta demanda se concentra em Bauru. “Muitas vezes, temos vagas em municí­pios vizinhos, como Promissão, mas os pa rentes

dos pacientes evitam a transferência por conta da distância que têm de percorrer para a visita.”

Esse desgaste com longas viagens acabará tam bém para os pacientes que fazem tratamento de hemodiálise. No fim do ano, será inaugurado o Centro de Hemodiálise do Hospital Estadual de Bauru. A princípio, serão atendidas 80 pes­soas, metade da capacidade, que será aumen­tada paulatinamente. “Muitos dos pacientes atualmente têm de se deslocar para Botucatu e Lins”, explica o diretor. Outra parte usa os serviços do Hospital de Base, que não dá conta de toda a região.

Fica em Bauru ainda o Centro de Reabili­tação de Anomalias Craniofaciais da Universi­dade de São Paulo (USP), que é referência no país todo. Crianças com lábio leporino ficam internadas no hospital durante meses para ci­rurgias e tratamentos com fonoaudiólogos. O governo do Estado liberou 21 milhões de reais ao Centrinho, como é conhecido o hospital da USP. O investimento é para a construção de um prédio de 11 andares e criação de 200 leitos. Atualmente são feitos 800 procedimentos por mês, número que será triplicado. Todo o geren­ciamento do hospital é feito pela universidade.

EducaçãoTendo em vista o amplo mercado na área da

iNvEStiMENtoS iNvEStiMENtoS

n Bariri Capacidade para atender 42,7 mil habitantes 80% da obra executada.

Conclusão: dezembro/2008 Investimento: R$ 5,932 milhões

n guaiçara Capacidade para atender 13 mil habitantes 57% da obra executada.

Conclusão: dezembro/2008 Investimento: R$ 2,185 milhões

n iacanga Capacidade para atender 12 mil habitantes

77% da obra executada. Conclusão: dezembro/2008

Investimento: R$ 2,714 milhõesn Cafelândia

Aguardando documentação para assinatura de convênio Previsão de entrega: fim de 2009 Investimento convênio: R$ 3,229 milhõesn itapuí

Convênio assinado. Em licitação. Previsão de entrega: fim de 2009 Investimento convênio: R$ 2,894 milhõesn Pirajuí

Convênio assinado. Em licitação. Previsão de entrega: fim de 2009 Investimento convênio: R$ 2,978 milhõesn Reginópolis

Aguardando documentação para assinatura de convênio Previsão de entrega: fim de 2009 Investimento convênio: 1,153 milhão

Construção civil e montagem de ETE para tratar 100% do esgoto de:

n igaraçu do tietê Capacidade para atender 25 mil habitantes 93% da obra executada.

Conclusão: dezembro/2008 Investimento: R$ 2,970 milhões

Repasse de verba para a prefeitura de getu-lina: R$ 396 mil

FON

TES:

SEc

rETA

rIAS

DA

EDUc

AÇÃO

, DA

hAb

ITAÇ

ÃO E

DOS

TrAN

SpOr

TES

Cadeiras para o atendimento de hemodiálise no Hospital Estadual de Bauru

DIVU

LGAÇ

ÃO

FON

TE: D

EpAr

TAm

ENTO

DE

áGUA

S E

ENEr

GIA

ELéT

rIcA

(DAE

E)

g

Page 19: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

bauru

38 SPnotícias setembro 2008 2008 setembro SPnotícias 39

saúde na região, o Centro Paula Souza lançou neste semestre o curso “Tecnologia em saúde – modalidade projetos, manutenção e operação de aparelhos médico­hospitalares”, na nova Fa­culdade de Tecnologia (Fatec) de Bauru.

“A cidade tem importantes hospitais para aten dimento à macrorregião de Bauru. Os equi­pamentos têm tecnologia de ponta e, muitas ve­zes, os hospitais ficam à mercê dos fabricantes ou têm de preparar um profissional que não existe ainda no corpo de funcionários”, afirma o coordenador de Ensino Superior do Centro Paula Souza, Ângelo Luiz Cortelazzo. Segundo o coordenador, o curso já existe na Fatec de Bo­tucatu e foi bem­aceito.

O curso é de saúde, mas também altamente tecnológico, ligado à microeletrônica. “É ne­cessário ter conhecimento biológico e, ao mes­mo tempo, interesse tecnológico. O aluno vai aprender a aferir e consertar aparelhos sofisti­cados”, diz o diretor.

Em Lins, a nova Fatec estreou com o cur­so de Tecnologia em informática – ênfases em banco de dados e rede de computadores. “Esse é um curso que qualquer região comporta e que costuma ter muita procura. Na capital, o de análise de sistemas é o mais procurado pelos estudantes”, afirma Cortelazzo.

E o terceiro curso lançado dentro do Plano de Expansão de faculdades de tecnologia neste se mestre na região foi o de Meio ambiente e re­cursos hídricos, com o objetivo de utilizar o Rio Tietê como atração ecoturística.

Naquela região, a 300 quilômetros da capi­tal, o Tietê já está mais limpo por conta da água que desemboca nele por meio dos afluentes. O rio não passa em Jaú, onde está a Fatec, mas em

municípios vizinhos como Boracéia e Borbore­ma. Um de seus afluentes é o rio que passa por Jaú e que leva o mesmo nome do município.

“Queremos fazer em Jaú o mesmo que Bro­tas, cidade pioneira no ecoturismo. Trabalho que foi financiado pela Unicamp (Universidade Esta-dual de Campinas) e que colaborou para propa­gar uma consciência ecológica naquela região”, explica o coordenador do Centro Paula Souza.

SaneamentoO curso voltado ao meio ambiente inaugurado na Fatec de Jaú vem em boa hora. A Região Administrativa de Bauru é exemplo de trata­mento de esgoto. Atualmente, dos 97% de es­goto coletados, 49% são tratados, e esse índice deve saltar para 60% até o fim de 2009, com a conclusão de obras que estão em andamento. O programa estadual Água Limpa, de cons­trução de emissários e sistemas de tratamento, tem contribuído para o aumento de coleta e de tratamento de esgoto na Região Administrati­va de Bauru. “Nossa prioridade é tirar o esgoto in natura dos rios e fazer o desassoreamento

dos cursos de água, os dois fatores que causam a degradação dos rios”, diz o diretor regional do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) da Bacia do Baixo Tietê, Lupercio Zi­roldo Antonio. Segundo ele, a região tem solo arenoso, o que facilita o processo de erosão e o assoreamento.

O programa Água Limpa, da Secretaria de Sa­neamento, atende a municípios com até 30 mil habitantes que não são operados pela Sabesp ou por outras empresas privadas. Uma forma de resolver a questão da coleta e do tratamento de esgoto em cidades que não têm recursos para investir em obras tão dispendiosas, como as de emissários de esgoto e a construção de estações de tratamento. Em geral, o governo do Estado se responsabiliza pelas obras e as prefeituras ofe­recem as áreas para a construção das estações.

Para fazer as obras, a Secretaria de Sanea­mento e Energia, que inclui o Daee e a Sabesp, conta com verba da Secretaria da Saúde. Recur­so empregado em obras que possam colaborar para a redução dos índices de doenças de veicu­lação hídrica. o

Nova Fatec de Bauru abriucom curso de tecnologiaem medicina hospitalar

Operários trabalham em obras do conjunto habitacional de Cabrália Paulista

DIVU

LGAÇ

ÃO

iNvEStiMENtoS

FON

TES:

cEN

TrO

pAUL

A SO

UzA

E SE

crET

ArIA

EST

ADUA

L DA

SAú

DE

CENtRo PAULA SoUZAInauguração de duas Fatecs:n Fatec de Bauru

Abertas 80 vagas – 40 à tarde, 40 à noite. Curso: Tecnologia em Saúde – Mo da lidade Projetos, Manutenção e Operação de Apare lhos Médico-Hospitalares.

Início das aulas: setembro/2008. Investimento: R$ 500 miln Fatec de Lins

Abertura de 80 vagas – 40 à tarde, 40 à noite Curso: Tecnologia em Informática – Ênfases em Banco de Dados e Rede de Computadores.

Início das aulas: setembro/2008. Investimento: R$ 500 milAmpliação da Fatec de Jaú

Abertura de 40 vagas à tarde Curso: Meio Ambiente e Recursos Hídricos Início das aulas: setembro/2008 Investimento: R$ 2,5 milhões (em licitação)

SAÚdEConstrução de nova unidade do Hospital de

Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP de Bauru, o Centrinho Investimento: R$ 21 milhões (licitação em execução). Criação de 200 leitos

Construção de dois ambulatórios médicos de especialidades (AMEs)

n AME de Bauru 30 mil consultas por mês

Conclusão: dezembro/2008n AME de Lins

15 mil consultas por mês Governo avalia local para a instalação da unidade

Construção do Centro de Hemodiálise do Hospital Estadual de Bauru Investimento: R$ 2 milhões Capacidade de atendimento: 160 pacientes/mês Inauguração: dezembro/2008

Em maio, foram criados 15 leitos de Uti no Hospital de Base de Bauru Investimento: R$ 1,5 milhão

Page 20: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

SPbastidores

40 SPnotícias setembro 2008 2008 setembro SPnotícias 41

Financiamento Financiamento sem burocraciasem burocraciaCom dez anos de existência, Banco do Povo Paulista Com dez anos de existência, Banco do Povo Paulista oferece crédito para pequenos empreendedores do Estadooferece crédito para pequenos empreendedores do Estado

Começar um negócio ou fazer um investimento nem sempre é uma tarefa fácil. Às vezes, a simples

melhora no visual da empresa ou a compra de mais equipamentos para au­mentar a produção exige um capital que o pequeno empreendedor não possui.

É justamente para solucionar esse tipo de problema que existe o Banco do Povo Paulista (BPP), programa que comemorou dez anos de existência em agosto. É mantido pelo governo do Esta­do em parceria com as prefeituras des­de 1998. “Destina­se a pequenos em­preendedores formais e informais”, diz o diretor­executivo do Banco, Antônio Se bastião Teixeira Mendonça.

O serviço de financiamento do Ban­co do Povo é um dos menos burocráti­cos disponíveis atualmente. O processo começa quando o pequeno empresário solicita o dinheiro ao banco. Há vários tipos de linhas de crédito (veja quadro). No primeiro momento, o interessado apresenta mais de um orçamento do que deseja adquirir para o seu negócio. Por exemplo, um dentista que precisa de uma cadeira nova deve apresentar o preço de pelo menos duas marcas.

Algumas outras exigências são feitas ao solicitante. Ele deve ter necessaria­mente o negócio há mais de seis meses

Linhas de financiamento

Pessoa físicanCapital de giro (até 12 parcelas mensais)

e investimento fixo (até 24 parcelas men-sais). De R$ 200 até R$ 5 mil

nInício de negócio. De R$ 200 até R$ 1 mil

Pessoa jurídica/aPessoa jurídica/aPessoa jurídica/ gronegócio e mi­cro empreendedor individual (mei)nCapital de giro (até 18 parcelas mensais)

De R$ 200 até R$ 5 milnInvestimento fixo (até 36 parcelas men-

sais). De R$ 200 até R$ 7,5 milnInício de negócio. De R$ 200 até R$ 5 mil

associações e cooperativasnCapital de giro e investimento fixo De R$ 200 até R$ 25 milnInício de negócio De R$ 200 até R$ 7,5 mil

Page 21: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

bastidores

42 SPnotícias setembro 2008 2008 setembro SPnotícias 43

e morar ou estar instalado comercial­mente há mais de dois anos no municí­pio onde será realizada a negociação. Além disso, “o faturamento bruto dos últimos 12 meses deve ser de até 150 mil reais”, afirma Mendonça.

O tipo de financiamento – capital de giro ou investimento fixo – é defi­nido de acordo com a necessidade de quem requisita. Cada proposta é ana­lisada cuidadosamente pelos agentes do banco que visitam o local de traba­lho do solicitante. “Fazemos um levan­tamento de talhado da pessoa. Princi­palmente de seus bens e do histórico de pagamento”, diz o diretor.

De volta à central, os agentes lan­çam todos os dados no computador e fazem simulações que determinam o total de dinheiro que pode ser finan­ciado e a quantidade de parcelas de pagamento. Assim, uma pessoa que

requisitou 3 mil reais po de ter libera­do apenas 1,5 mil. “O juro é de 1% ao mês. Adotamos o critério de que a parcela não pode comprometer mais do que 5% da renda”, diz Mendonça.

Após a liberação pelo computador, é a vez de o Comitê de Crédito do Município deliberar sobre o financia­mento. Participam da reunião repre­sentantes da Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho, do Banco Nos­sa Caixa e da prefeitura local.

Somente com o aval do comitê é liberado o cheque – que é emitido em nome do fornecedor, não de quem so­licitou, para que o dinheiro não seja desviado, explica Mendonça.

O taxista da capital Gilberto da Costa Tavares, 59 anos, foi um dos beneficiados com o financiamento do Banco do Povo Paulista no início do ano. Com o dinheiro, comprou um

kit de gás natural veicular (GNV). O financiamento foi de 3,3 mil reais. O processo para que Gilberto con­seguisse o financiamento demorou pouco mais de uma semana. Ele paga parcelas mensais de 201 reais.

Ele diz que seus gastos com com­bustível eram de cerca de 1,5 mil reais por mês. Após a instalação do kit, pas­sou a gastar 600 reais “Se somar com as parcelas do financiamento, dá uns 800 reais. Estou eco nomizando quase 700 reais por mês”, afirma.

Segundo o diretor­executivo Men­donça, a reação satisfatória e positiva do taxista é a mesma dos outros clientes do Banco do Povo, o que garante uma inadimplência de apenas 1,2% de to­dos os recursos emprestados. “Quando você investe no cidadão que necessita de amparo, ele retribui honrando os compromissos assumidos.” o

1 O taxista Gilberto apresenta propostas para agente de crédito do BPP Vila Mariana. Seu interesse é comprar um kit de gás natural para seu táxi 2 Levantamento de Viabilidade Ecônomica. Agente de crédito treinada verifica todos os dados do taxista, inclusive a utilidade do produto que ele deseja comprar

3 Após a aprovação do crédito, o cliente volta ao BPP para retirar as parcelas. A organização acredita que a figura do carnê ajuda a baixar a inadimplência 4 Sem burocracia. Todo o processo demorou pouco mais de uma semana e Gilberto conseguiu melhorar suas condições de trabalho

1 32 4

Passo­a­Passo

Em agosto, o Banco do Povo completou dez anos de existência. Nessa década, foram realizados mais de 168 mil financia-mentos, somando um valor aproximado de 498 milhões de reais de empréstimos. Em 2007, foram 21,3 mil empréstimos, num total de 72 milhões de reais. Neste ano, até junho, foram 12,1 mil contratos e 45 milhões de reais financiados. Entre os profissionais que mais pedem financiamento estão costureiras, jardinei-ros, eletricistas, artesãos, sapateiros e ca-beleireiras. A média dos financiamentos concedidos é de 2.951 reais.

A meta do programa é emprestar mais 500 milhões de reais até 2013. Isso significa conceder em cinco anos o mes-mo valor disponibilizado em dez anos.

Atualmente, 435 municípios são aten-didos pelo programa, uma abrangência de 89% da população do Estado.

uma década de banco

Page 22: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

Brun

o M

iran

da

2008 setembro SPnotícias 45

Pelos trilhosCom experiência de 31 anos, o ferroviário José Carlos Nascimento supervisiona máquinas e maquinistas na Estação da Luz

SPperfil

44 SPnotícias setembro 2008

Todo dia às 5h15, José Carlos Nascimento pega um trem em Mogi das Cruzes, cidade onde

mora, em direção à Estação da Luz, no centro de São Paulo. Nascimento é supervisor de tração da Compa­nhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), tem permissão para viajar na cabine do maquinista, mas faz ques­tão de viajar uma hora e 15 minutos em um vagão, junto aos passageiros. “Faço isso para saber quais as difi­culdades que encontram e em que po demos melhorar nossos serviços.”

Por sua dedicação e 31 anos de ex­periência, Nascimento foi escolhido entre profissionais do país todo como ferroviário­padrão, prêmio entregue em fevereiro pela Revista Ferroviá­ria. Colou a capa da publicação em um painel ao lado de sua mesa, na Estação da Luz, onde trabalha des­de 24 de janeiro de 1977, quando foi admitido como auxiliar de maquinista da antiga Rede Ferroviária Federal.

Desde 1985, ocupa o cargo de su pervisor de tração. Hoje, aos 51 anos, integra uma equipe de 13 fun­cionários da CPTM responsável por manter a ordem nas Linhas 7­Rubi (Luz–Jundiaí) e 10­Turquesa (Luz–Rio Grande da Serra) da rede me­tropolitana de trens. Os supervisores elaboram as escalas de turno dos condutores, atendem às ocorrências, realizam pe quenos reparos nos trens

avariados e estão sempre de prontidão caso precisem substituir algum dos 236 maquinistas que percorrem essas duas linhas, pelas quais circulam 700 mil pessoas diariamente.

Um dos principais desafios enfren­tados pelo supervisor ocor reu em 2002, quando a parte in ferior da Estação da Luz foi reformada. Os trens operavam em apenas uma das quatro vias que funcionam atualmente. “Éramos qua­tro maquinistas e tínhamos apenas dois trens para fazer os trajetos até o Brás e a Barra Funda só por uma via”, lembra ele.

Além de supervisionar as linhas, Nscimento também é um dos encarre­gados de entrevistar e treinar as no vas gerações de maquinistas e procura dei xar bem claro o que ocorre no co­tidiano. “O condutor trabalha em ho­rários diferentes: hoje está entrando no turno da noite, amanhã na hora do rush. Ele não pode deixar a rotina to­mar conta, para não desviar a atenção de nada”, aconselha.

Em dias tranqüilos, o supervisor che ga a sua casa por volta das 19 horas. Mas, quando há ocorrências, já avisa a mulher que não tem hora para chegar. “Já me perguntaram por que não fui trabalhar na Linha 11, mais perto de onde moro. Mas eu criei um ambiente de trabalho muito bom aqui na Luz. A distância para mim não é problema.” Nada que os trens não resolvam. o

“Tenho permissão para viajar na cabine, mas prefiro ir no vagão com os passageiros”

Page 23: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

SPo estado em números

46 SPnotícias setembro 2008 2008 setembro SPnotícias 47

Centro Paula Souza

302,7

79,7

260,7

61,3

253,2

60,2

305,5

96,5

extenSão do Metrô e da CPtMEm quilômEtros

A via que atende à zona sul da capital passou a funcionar aos domingos e feriados em julho.

logo no primeiro domingo de circulação comercial, foram registrados mais de 29 mil passageiros

Linha 5-Lilás

5465

84

83 89* 65 91

2006 2010 2012 2014

91

2006 2010 2012 2014

2,7

3,6 3,84,4

2,73,3 3,3

1,5

EstAçõEs

mEtAs dos plAnos dE ExpAnsão

pAssAgEiros/diA (Em milhõEs)

*Cerca de 2/3 das estações serão novas ou reconstruídas e as outras, remodeladas

HoSPitaiS eStaduaiS

internaçõeS

2006621.682 671.386

181.812.687 225.468.354

2007

atendiMentoS laboratoriaiS

aCeSSa SP

1,4 milhãode usuários cadastrados

mais de

3.584computadores

espalhados pelo Estado

409postos em 355

municípios

PouPateMPo

Fundação CaSa

27novas unidades

desde 2007

A meta é atingir

64 até 2010

lei SeCa

1 bafômetro para cada

100 km de rodovia

79bafômetros para a polícia rodoviária

51bafômetros para a

polícia militar

queda de

55% em atendimento nos hospitais da capital

Novos bafômetros para 2007

298 para o interior

102 para a capital

27.899.763atendimentos em 2007

18.801.357atendimentos até jul/2008

obraS novaS

eSColaS

valor inveStido (r$)

novaS SalaS de aula

valor inveStido (r$)

497

51716,09 milhões

356,974 milhões

deSde 2007

reForMa de eSColaS

*Em reformas, incluem-se reformas em geral, de pequeno porte, pintura, ampliação, adequação e substituição

eduCação

escolas técnicas (etecs) Faculdades de tecnologia (Fatecs)

Ensino técnico Ensino superior tecnológico

Número de unidadesEnsino médio

29.037

Vagas em 2007

Vagas em 2007

Vagas em 2008

Vagas no 1º

semestre de 2007

2007 2008Vagas para o 2º semestre de 2008

Vagas para o 2º semestre de 2008

33.987

7.96113.288

4.170 7.155

45

29

Habitação

10.522novas unidades da Cdhu

desde jan/2007

eStradaS ruraiS

1.757 kmrecuperados pelo “melhor Caminho” desde jan/2007

Frente de trabalHo

96.451pessoas convocadas desde

janeiro de 2007

nota FiSCal PauliSta

374.577estabelecimentos

1,3 bilhãode cupons emitidos

Beneficiados em jun/08

6.790.060pessoa jurídica +

pessoa física

165.091.920,27é o valor total distribuído

Page 24: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

SPagenda

48 SPnotícias setembro 2008 2008 setembro SPnotícias 49

CARTELAS COLORIDASA Secretaria de Estado da Saúde começou a distribuir em agosto quatro medicamentos para hiperten-são e diabetes com cartelas de cores diferenciadas. As cores das embalagens são: branco (propranolol), rosa (digoxina), lilás (glibenclamida), verde (hidroclorotiazida) e alumínio (captopril). A mudança ocorreu para maior se-gurança na administração dos medicamentos, principal-mente para usuários idosos que utilizam as drogas diaria-mente. Os remédios são fabricados pela Fundação para o Remédio Popular (Furp) e distribuídos em estações do Metrô e da CPTM, nas 21 farmácias do Dose Certa.

CÂMERAS NO TREMOs trens receberão câmeras de monitoramento a partir de fevereiro. A instalação começará pelas Linhas 9-Esmeralda, 10-Turquesa e 11-Coral. No segundo se-mestre de 2009, os equipamentos serão instalados na Linha 8-Diamante. A previsão é que em 2010 todas as linhas estejam equipadas. Pelo cronograma, as Linhas 7-Rubi e 12-Safira receberão o sistema de monitoramen-to em junho de 2010.

TABAGISMOO governo do Estado encaminhou em agosto um proje-to de lei à Assembléia Legislativa que proíbe o fumo em ambientes de uso coletivo e privado. As multas para o descumprimento da lei variam de 220 reais a 3,2 milhões de reais. Caso haja reincidência, o estabeleci-mento pode ser interditado. A medida tem como objetivo prevenir problemas de saúde relacionados ao tabaco e ao fumo passivo. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, ocorrem 200 mil mortes por ano ocasionadas por doenças ligadas ao fumo. Estima-se que em 2025 serão 10 milhões de mortes causadas por fumo.

CÂMERAS NO METRÔDesde o fim do mês passado, o Metrô vem instalando câmeras dentro dos vagões. Os equipamentos têm o objetivo de coibir atos de vandalismo dentro dos trens. São quatro câmeras por vagão. As imagens são transmitidas ao vivo para o Centro de Controle de Segurança e servi-rão para a identificação de possíveis vândalos. As imagens podem ser vistas ainda pelos operadores, na cabine, faci-litando a ação mais rápida dos agentes de segurança. Até

2009, a Linha 2-Verde estará com todas as composições equipadas com câmeras de monitoramento. As outras li-nhas do Metrô terão os equipamentos instalados a partir de 2010. As Linhas 1-Azul e 3-Vermelha receberão as câ-meras à medida que forem sendo modernizadas.

DIA DO SARESPEm 26 de agosto, as 5.537 escolas estaduais pararam para o Dia do Saresp e Idesp. Previsto no calendário escolar, o objetivo era destinar o dia para que todos os profissionais da educação estudassem uma forma de melhorar o aprendizado dos alunos com a inten-ção de que atinjam as metas estipuladas no início do ano. Professores, diretores, supervisores e dirigentes de ensi-no se reuniram em horários predefinidos pelas escolas para pensar no rumo das turmas matriculadas.

PLATAFORMADesde 25 de agosto, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e o Metrô vem reforçando a Operação Plataforma nas estações de maior movimen-to durante os horários de pico. Nesses períodos, funcio-nários orientam os passageiros sobre os comportamen-tos mais adequados de embarque e desembarque nas composições. A operação será reforçada em seis linhas da CPTM e em três do Metrô, de segunda a sexta-feira das 7 às 9 e das 17 às 19 horas.

CÓRNEAA Secretaria Estadual da Saúde zerou em agosto a fila para o transplante de córneas na capital, Grande São Paulo e no litoral. As três regiões são responsáveis por cerca de 50% das córneas captadas no Estado. É a pri-meira vez na história de São Paulo que isso ocorre, e as cirurgias já podem ser realizadas com data e hora marca-da. Em agosto, o número de transplantes empatou com o número de pacientes inscritos na Central de Transplan-tes. Foi uma relação aproximada de 6,3 inscritos para seis transplantes. O aumento dos transplantes é resultado do aprimoramento da captação de córneas. A parceria entre a Secretaria da Saúde e o Banco de Olhos de Sorocaba foi iniciada em 2005. O banco é o mais capacitado do país e reforçou o trabalho das organizações de procura de córneas (OPC) que já atuavam na Grande São Paulo. Há um ano, a espera para transplante de córneas em São Paulo era de 5,2 meses.

MISO Museu da Imagem e do Som (MIS) apresenta desde o início de setembro a mostra itinerante de videoarte latino-americana Videografías Invi-Videografías Invi-Videografías Invisibles. A mostra é composta por 41 trabalhos de artistas do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Co-lômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru, Porto Rico, Venezuela e Uruguai. A mostra é inédita no país e pode ser conferida no site www.mis-sp.gov.br. www.mis-sp.gov.br. www.mis-sp.gov.brA programação vai até até o dia 5 de outubro, de quarta a domingo, das 11 às 21 horas, e é gra-tuita. O MIS fica na Avenida Europa, 158, Jardim Europa, na capital. Informações: (11) 2117-4777.

PROJETO GURIO Projeto Guri inicia no dia 12 de setembro a se-gunda temporada de aulas-espetáculo. A propos-ta do circuito é apresentar vários gêneros musicais e durante as apresentações incentivar os alunos a interagir com o espetáculo. Nesta temporada, o repertório incluirá chorinho, samba, jazz, flamen-co, ritmos cubanos e bossa nova, misturados com música clássica e músicas do folclore brasileiro. O projeto estará em Presidente Prudente com o Trio Carapiá nos dias 12 e 13, às 16 horas, no Tea-tro Municipal Procópio Ferreira; em São José dos Campos com o Quarteto Brasileiro de Violões no dia 19, no Cine Santana, às 11 e às 16 horas; e em Araçatuba com a Banda Mantiqueira nos dias 26 e 27, no Teatro Unip, às 16 horas. A programação continua até novembro e é aberta ao público.

PROGRaME-SE

MACO novo espaço do Museu de arte Contempo-rânea da Universidade de São Paulo (MaC-USP) já está com a maquete pronta. A mudança para o atual prédio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), na capital, deve ocorrer em um ano, em se-tembro de 2009. O projeto original do prédio é do artembro de 2009. O projeto original do prédio é do ar-quiteto Oscar Niemeyer, que o redesenhou para essa nova finalidade. A nova sede será vizinha do Museu de Arte Moderna (MAM), do Museu Afro-Brasil, do

Prédio da Bienal, da Oca e do Auditório Ibirapuera. O prédio de nove andares do MAC será ligado ao Parque do Ibirapuera por uma ampla rampa externa. A administração do Detran vai ocupar o atual prédio da Subprefeitura da Sé, na Avenida do Estado. Os serviços ao cidadão serão descentralizados.serviços ao cidadão serão descentralizados.

Maquete do novo prédio do MaC, no atual espaço do Detran

O qUE fOI nOTÍCIa

FOTO

S:DI

VULG

AÇÃO

Page 25: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 04

SPagenda

50 SPnotícias setembro 2008

As quatro obras roubadas da Estação Pinacoteca em junho voltaram a ser expostas no museu no dia 26 de agosto. Mulheres na Janela (1926), de Di Cavalcanti; Casal (1919), de Lasar Segall; Minotauro, Bebedor e Mulheres (1933) e O Pintor e seu Modelo (1963), de Pablo Picasso, foram avaliadas em 1 milhão de dólares. As obras haviam sido roubadas e foram recuperadas pela polícia paulista. As quatro voltaram a integrar a exposicão Acervo da Fundação Nemirovsky: O Olhar do Colecionador. A Estação Pinacoteca fica no Largo General Osório, 66, na Luz. Aberta de terça a domingo, das 10 às 18 horas. Bilheteria até as 17h30. Entrada: R$ 4 e R$ 2 (meia), grátis aos sábados. Informações: (11) 3337-0185.

O que fOi nOtÍcia

1 2

3 4

1 2

3

4

95036_Noticia_G407_Cleber 1 07/05/1970 17:13:59

R. D

r Rub

ens

Mei

relle

s, 7

1 - B

arra

Fun

da -

S�

o P

aulo

- S

P - F

one:

387

1 73

00 -

ww

w.vo

xedi

tora

.com

.br

PreM

edia

& P

rePr

ess

Serv

iços

Edi

tori

ais

Impr

essã

o

Dis

trib

uiçã

o