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SP notícias ANO 1 l NÚMERO 3 l AGOSTO DE 2008 Ensino de ponta Escolas técnicas e faculdades de tecnologia criam condições de desenvolvimento sustentável Programa inclui cultura no currículo escolar Nota Fiscal vira hábito entre consumidores DER conclui 1ª etapa do Pró-Vicinais Conheça o caminho dos remédios da Furp

Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 03

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Ensino de ponta Escolas técnicas e faculdades de tecnologia criam condições de desenvolvimento sustentável

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Page 1: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 03

SPnotíciasANO 1 l NÚMERO 3 l AGOSTO DE 2008

Ensino de pontaEscolas técnicas e faculdades de tecnologia criam condições de desenvolvimento sustentável

Programa inclui cultura no currículo escolar

Nota Fiscal vira hábito entre consumidores

DER conclui 1ª etapa do Pró-Vicinais

Conheça o caminho dos remédios da Furp

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editorial

Ensino profissionalizante é o tema desta edição. Com vistas ao desenvolvimento econômico sustentável e à geração de mão-de-obra qualificada, o governo in-veste na criação de Faculdades de Tecnologia (Fa-

tecs) e de Escolas Técnicas Estaduais (Etecs). Do ano pas-sado até agora, foram inauguradas 13 unidades de Fatecs, so mando-se às 26 já existentes. Em dois anos, esse número saltará para 52. No caso das Etecs, o número de unidades passou de 126 para 141.

Tanto na instalação de campi como na ampliação de cur-sos, a preocupação maior do governo é aproveitar a vocação econômica da região. O resultado é o alto aproveitamen to dos formandos: 77% dos estudantes das Etecs e 92% dos das Fa-tecs saíram empregados no fim do semestre passado.

Ainda em educação, SPnotícias fala sobre o novo pro -grama da Secretaria Estadual da Educação, Cultura É Cur-rículo, que vai possibilitar que 1 milhão de estudantes da rede estadual tenham acesso a manifestações culturais a par tir des te semestre. As visitações sempre estão vinculadas ao que o estudante está aprendendo em sala de aula.

A melhoria da qualidade do ensino é uma das bandeiras do governo. Os professores que conseguirem aumentar o desem-penho dos alunos em sala de aula ganharão bônus. Essa é uma das medidas de gestão que vem sendo aplicadas desde o ano passado. Algumas das ações já resultaram em economia. É o caso da aplicação do pregão eletrônico, da renegociação de contratos e da re dução de cargos comissionados.

Ainda é destaque da revista deste mês a entrega de 2 mil quilômetros de estradas vicinais recuperadas, que já benefi-ciam 8 milhões de pessoas em 199 municípios. Algumas das cidades contempladas são Suzano, Salesópolis e Guarare-ma, que fazem parte do Alto Tietê, destaque do mês. Um dos grandes investimentos foi para a conclusão do Hospital de Fer-raz de Vasconcelos, um montante de 31,2 milhões de reais.

Outros destaques são: entrevista com Linamara Rizzo Bat-tistella, secretária de Direitos da Pessoa com Deficiência; o caminho do remédio produzido pela Furp até chegar ao ci-dadão; o projeto de segurança da PM, com a instalação de cem câmeras na capital; e o trabalho de resgate realizado por um piloto de helicóptero da PM.

2008 agosto SPnotícias 3

Mão-de-obra especializada

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SPsumário

4 SPnotícias agosto 2008 2008 agosto SPnotícias 5

Ano 1 | Nº 3 | 200811.000 exemplares Distribuição estadual

Governo do estado de sÃo PauloGovernador José Serravice-governador Alberto Goldman

secretaria estadual da administração Penitenciária Antônio Ferreira Pinto

secretaria estadual da agricultura e abastecimento João de A. Sampaio Filho

secretaria estadual da assistência e desenvolvimento social Rogério Pinto Coelho Amato

secretaria estadual da Casa Civil Aloysio Nunes Ferreira Filho

secretaria estadual da Casa Militar Coronel PM Luiz Massao Kita

secretaria estadual de Comunicação Bruno Caetano

secretaria estadual da Cultura João Sayad

secretaria estadual de desenvolvimento Alberto Goldman

secretaria estadual de economia e Planejamento Francisco Vidal Luna

secretaria estadual da educação Maria Helena Guimarães de Castro

secretaria estadual do emprego e relações do trabalho João Francisco Abrá

secretaria estadual de ensino superior Carlos Alberto Vogt

secretaria estadual de esporte, lazer e turismo Claury Santos Alves da Silva

secretaria estadual da Fazenda Mauro Ricardo Machado Costa

secretaria estadual da Gestão Pública Sidney Beraldo

secretaria estadual da Habitação Lair Alberto Soares Krähenbühl

secretaria estadual da Justiça e defesa da Cidadania Luiz Antônio Marrey

secretaria estadual do Meio ambiente Francisco Graziano Neto

secretaria estadual dos direitos da Pessoa com deficiência Linamara Rizzo Battistella

secretaria estadual de relações Institucionais José Henrique Reis Lobo

secretaria estadual de saneamento e energia Dilma Seli Pena

secretaria estadual da saúde Luís Roberto Barradas Barata

secretaria estadual da segurança Pública Ronaldo Augusto Bretas Marzagão

secretaria estadual dos transportes Mauro Arce

secretaria estadual dos transportes Metropolitanos José Luiz Portella

a revista SPnotícias é uma publicação men sal do Governo do estado de são Paulo, distribuída gratuitamente. seu conteúdo é informativo e sua venda é proibida.

www.saopaulo.sp.gov.brSugestões para a revista no e-mail: [email protected]

Impressão e acabamento:

CAPAFatecs e Etecs oferecem mão-de-obra qualificada

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SEGURANÇA

BASTIDORES

Cem câmeras monitoram a capital

Conheça a produção e a distribuição dos remédios feitos pela Furp

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6 ENTREVISTASecretária Linamara Rizzo Battistella: ações pelos direitos da pessoa com deficiência

20 EDUCAÇÃOPrograma leva culturaaos estudantes

22 GESTÃOMedidas administrativas reduzem gastos do governo

24 IMPOSTONota Fiscal Paulista vira hábito do consumidor

30 VICINAISEstado já entregou2 mil km de estradas

32 ALTO TIETêGoverno investe em saúde e saneamento

44 PERSONAGEM

Piloto da PM conta histórias de resgates na cidade

46 ESTADO EM NúMEROS

48 AGENDA

50 ACONTECEU

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SPentrevista

6 SPnotícias agosto 2008 2008 agosto SPnotícias 7

Sem preconceitosSecretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência quebra paradigmas e cria programas em diferentes áreas do governo

SPNotícias: Neste primeiro momen­to, o que a senhora vai priorizar para desenvolver na secretaria?

Linamara Rizzo Battistella: Em ter­mos de políticas públicas, temos de criar um conceito único sobre as ne cessidades dos deficientes. Pa­ra fortalecer uma política pública, pre cisamos que os gestores estejam en volvidos no processo e que te­ nham a mesma visão. Num primeiro momento, a questão é de conscien­tização. Na Educação, por exemplo, a escola não precisa de um grande aparato para atender as crianças com deficiência, mas sim de um pro fessor convencido de que todas as crianças precisam aprender. Não existe outra forma de falar de cida­dania senão integrando.

SP: Como se faz esse trabalho com os funcionários da Saúde, da Edu­cação e de outros setores de atendi­mento ao público?

Linamara: Não se conseguem essas mudanças por meio de um decreto. A mudança é cultural e exige tem­po. Quando o olhar do gestor públi­co se volta para uma questão como essa, as pessoas compreendem que há preocupação, que foi criada por uma necessidade que partiu da so ­cie dade. Porém, a sociedade só faz a mudança sem protecionismo quan­do tem uma ação afirmativa vinda do governo. Essa é a ação da se­cretaria e é a verdadeira política pú blica do governo. E a secretaria tem de interagir com todas as áreas e dar condições de saúde, de edu­cação e boa formação profissional, ou seja, dar alternativas de forma­ção às crianças deficientes. A tra­jetória é igual para todos e deve ser respeitada. Da mesma forma que

o governo promove a campanha de vacinação, precisa de um sistema de distribuição de cadeiras de rodas, pró teses, órteses e bengalas para os deficientes visuais.

SP: Esse é o papel da Rede Lucy Mon toro, que o governo lançará?

Linamara: A Rede Lucy Montoro é uma rede de reabilitação que vai distribuir em todo o Estado atendi­mento com equipes multidiscipli­na res. Va mos priorizar a deficiência física, de pois as deficiências auditi­va e vi sual. Vamos ter a internação para dois casos. Para possibilitar menor tempo de reabilitação e para aqueles casos em que o paciente mora longe e não consegue se deslo­car pa ra fazer o tratamento. Haverá ain da outros serviços acoplados, que são as unidades ambulatoriais. A pri meira unidade será na Vila Mari­ana (capital), onde hoje funciona o Centro de Reabilitação do Hospital das Clínicas. Vamos também ter cinco unidades móveis no interior; a primeira será inaugurada neste ano. As unidades serão levadas a locais onde ainda não é possível in­stalar um cen tro fixo porque não há recursos humanos preparados. Os profissio nais da rede vão envolver os da região e quando a unidade móvel for embora, o paciente não ficará desassistido. Paralelamente, vamos formar profissionais para posterior­mente se fixarem nessas áreas.

Linamara Rizzo Battistella: pela cidadania

A Rede Lucy Montoro vai levar assistênciaa regiões pobres ecapacitar profissionais

Linamara Rizzo Battistella traba­lha há três décadas na defesa da inclusão das pessoas com defi­

ciência na sociedade. Médica fisiatra da Faculdade dwe Medicina da Univer­sidade de São Paulo (USP), estreou em março a mais nova secretaria do gover­no do Estado, a dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Entre as primeiras rea li zações, a secretária destaca a cons­t rução de novas unidades habitacionais com desenho universal, a instalação de uma rede de assistência ao deficiente e a criação de facilidades para o acesso do deficiente ao mercado de trabalho. Entre os desafios, está a conscientiza­ção dos funcionários da rede pública.

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entrevista

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SP: A secretaria fechou con vênio com a Companhia de Desenvolvimento Ha bitacional Urbano (CDHU) para a adaptação das novas construções. Como serão as futuras moradias?

Linamara: Havia o conceito de ajus­tar as unidades habitacionais às pes­soas com deficiência. Nos conjuntos habitacionais, havia uma reserva de 7% de unidades destinadas a de­ficientes. Essas unidades tinham alguma facilidade de acesso, como largura de portas e barras em volta do sanitário. Mas a questão é que a deficiência pode ocorrer ao lon go da vida, e uma família que compra com muito sacrifício sua casa própria, de repente é surpreendida pela defi­ciência. Nossa pro posta é de que to­das as unidades da CDHU estejam den tro do conceito universal, com garantia de acessibilidade. O mora­dor só precisará fazer as adaptações dentro de um desenho universal.

SP: Como incluir o deficiente no mer cado de trabalho?

Linamara: A Secretaria do Empre­go e Relações do Trabalho fez um grande programa de diagnóstico so­bre a questão da empregabilidade no Estado. Pudemos avaliar que o número de cursos profissionali­zantes ofertados para as pessoas com deficiência é absolutamente in wsuficiente. Tanto nas prefeituras, que são detentoras da maior parte das vagas, quanto nas instituições voltadas para participação profissio­nal, existe apenas 0,3% de cur sos de qualificação profissional vol tados a pessoas com deficiência. Mas o mais grave é que esses cursos, des­tinados ao jovem trabalhador ou ao trabalhador que está precisando de capacitação, não têm motivos para não atender as pessoas com defi­ciência. Estamos quebrando esse paradigma e, a partir de agosto, os cursos do governo estarão abertos a pessoas com deficiência. Nossos profissionais estão trabalhando na capacitação dos instrutores e tam­bém com o grupo da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho no desenvolvimento dos conteúdos da metodologia para que os cursos sejam realmente inclusivos. Isso pa­ra qualquer tipo de deficiência.

SP: Como fazer isso na iniciativa pri vada?

Linamara: Assinamos convênio com a Serasa e com todas as empresas financeiras para fazermos uma ca­pacitação totalmente diferenciada. Na Serasa, vamos começar neste semestre com aprendizes, que re­ceberão bolsas. Esses jovens serão contratados pelas empresas finan­ciadoras do programa. A Serasa vai acompanhar o processo de qualifi­ca ção desses profissionais dentro das

empresas, mesmo antes de che garem aos seus ambientes de trabalho. To­dos os estagiários já entram numa condição de contratação, o que faz com que se sintam participantes de uma renda familiar. Além dessa es­tratégia, estamos fazendo a capaci­tação de profissionais de recursos humanos. Vamos mostrar que não basta criar uma oportunidade de in­clusão. É preciso que o profissional de RH esteja atento à sensibiliza­ção dentro do ambiente de trabalho antes mesmo de os deficientes che­garem. Uma boa seleção para o indivíduo ser admitido não basta. É preciso haver alguém – que os americanos chamam de gerente de trabalho e que aqui vamos chamar

de facilitador – que faça esse acom­panhamento dentro da empresa e que sensibilize os colegas.

SP: Nem todos os prédios pú blicos têm acessibilidade. Como a secre­taria trabalha com esse problema?

Linamara: Há o prédio “visitável” e o prédio acessível. Não posso pre­tender transformar um monumento cultural em um lugar totalmente acessível, mas é preciso que o local tenha condições de acesso para que todas as pessoas com deficiência o visitem. É o conceito que a Europa e parte dos Estados Unidos utilizam. Um prédio antigo é adaptado e pas­sa a ter um grau de acessibilidade que não comprometa o patrimônio cultural, mas que permita que as pessoas o visitem e o conheçam. Essa diferença entre o edifício habi­tável e o edifício com acessibilidade universal é importante. Todos os edi­fícios públicos e todo o patrimônio cultural da cidade podem se trans­formar em prédios visitáveis. o

“Todo o patrimôniocultural da cidade pode se transformar emprédios visitáveis”

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10 SPnotícias agosto 2008

Qualificação estratégicaPlano de expansão do governo gera mão-de-obraqualificada em diversas regiões do Estado

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Criar condições para um desenvolvimento eco-nômico sustentável. Essa é premissa básica para qualquer região que queira atrair investidores,

como, por exemplo, o Estado de São Paulo. A relação é boa para os dois lados: enquanto as empresas pro-curam locais que ofereçam o melhor custo/benefício para se instalar, as regiões ganham em aumento de riquezas e de geração de empregos.

Diversos fatores em uma região atraem os investi-dores. Impostos mais baixos, condições de infra-es-trutura, rodovias que garantem uma boa logística, ter renos propícios para a construção da empresa e

O aluno Eduardo Pistila analisa tamanho de objeto. No 3º ano de seu curso, já está empregado

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Cursos serão feitos de acordo com o evolução da economia do Estado

Modernidade. Aluna testacircuitos em painel de eletricidade em Sorocaba

mão-de-obra qualificada. E é justa-mente neste último ponto que o gover-no do Estado investe pesado. Trata-se do Plano de Expansão do Centro Paula Souza, responsável pelas Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e pela Escolas Técnicas Estaduais (Etecs).

Os dois modelos de escola são res-ponsáveis pela formação de profissio-nais focados no mercado de trabalho, chamados de tecnólogos e técnicos, respectivamente. Por exemplo, em vez

de estudar engenharia numa faculdade comum, o aluno pode se especializar apenas na área de construção.

O plano foi idealizado e posto em prática no primeiro semestre de 2007 pela Secretaria Estadual de Desenvol-vimento e tem como meta aumentar a quantidade de mão-de-obra especiali-zada no mercado de trabalho. Para is-so, o número de Fatecs existentes será dobrado. Em 2006, o Estado contava com 26 Faculdades de Tecnologia. De

janeiro de 2007 até agora, o governo inaugurou 13 Fatecs, atingindo um to-tal de 39 unidades. O objetivo é chegar a 52 faculdades até 2010. Cinqüenta por cento da meta estabelecida já foi cumprida até agora.

O número de Etecs também teve au mento relevante no mesmo período: passou de 126 para 141. Porém, neste caso, a meta é outra: aumentar em 100 mil o número de matrículas até o fim de 2012. Em 2007 eram realizadas 77

mil matrículas nas escolas técnicas es-palhadas pelo Estado. A meta do gover-no é aumentar 100 mil vagas e chegar a um total de 177 mil em 2010.

Segundo o secretário de Desenvol-vimento e vice-governador do Estado, Alberto Goldman, a escolha dos locais para a instalação das Fatecs acompa-nha o desenvolvimento econômico de São Paulo. A preocupação é atender primeiro às regiões empresariais, geran-do mão-de-obra qualificada, ou se j a, as novas unidades estão sendo ins taladas em lo cais que contem com grande de-manda de trabalho.

“Por isso, estamos nos espalhando pelo Estado”, diz Goldman. Segundo ele, a preferência para a construção é por lugares que ainda não têm ensino universitário. “Mas isso não quer dizer que não vamos fazer novas unidades em locais onde já exista o ensino. O que levamos em conta é a demanda das empresas. Em alguns lugares não es-tamos criando novas unidades, e sim ampliando”, afirma.

Os cursos das novas escolas e fa-cul dades também estão sendo defini-dos de acordo com a economia local. Segundo o secretário, a escolha das mo dalidades é feita em conjunto com as entidades empresariais e com a pre-feitura do município em que a Fatec ou Etec se instala.

Por exemplo, recentemente o Cen-tro Paula Souza criou um curso de En-genharia Aérea na Baixada Santista, região onde existem fabricantes de pequenos aviões, pois lá existe espaço

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CURsos EtEC

ondE Estão as novas UnidadEs

n Açúcar e Álcooln Administraçãon Agriculturan Agricultura Familiar n Agrimensuran Agroecologia n Agroindústrian Alimentosn Análise e Produção de Açúcar e Álcool

Análise e Produção de Açúcar e Álcool

Análise e Produção de

n Assessoria Empre- sarialn Automação Industrialn Automação Predialn Automobilístican BioquímicaBioquímican Contabilidade n Confecção Industrialn Curtimento n Dança n Design Gráficon Design de Interioresn Desenho de Produtos de Enxovais e Decoração

n Edificaçõesn Edificações com ênfase em Projetos (substitui Desenho de Construção Civil)n Eletroeletrônican Eletromecânican Eletrônican Eletrotécnica n Enfermagemn Especialista em Trata- mento de Superfícien Farmácian Florestaln Gestão Ambientaln Gestão EmpresarialGestão Empresarialn Gestão da Empresa Ruraln Gestão de Pequenos Negóciosn Gestão de Produção de Enxovais e Decoraçãon Gestão da Produção de Calçados

n Higiene Dentaln Hotelarian Industrial Madeireiron Informátican Informática Industrialn Instrumentação e Equipamentos Industriais n Laboratório de Prótese Dentárian Laboratorista Industrialn Logístican Manutenção Aeronáu tican Manutenção Manutenção Eletromecânica n Marketing e Vendasn Mecânica n Mecânica Industrialn Mecatrônican Meio Ambienten Metalurgian Mineraçãon Museu

n Músican Nutrição e Dietétican Operações Ro- doviáriasn Órteses e Prótesesn Pecuárian Pisciculturan Processamento de Carnesn Produção Agropecuária - ênfase Agronegóciosn Produção Agropecuária - ênfase Fruticulturan Produção Produção Agropecuária - ênfase Plasticulturan Produção Agro- pecuária integrado ao Ensino Médio n Produção e Comercia- lização de Cafén Produto de Design de Móveis

n Projetos de Mecânica Químican Reabilitação de Dependentes Químicosn Recursos Hídricosn Redes de Computadoresn Saneamento e Controle Ambientaln Secretariadon Segurança do Trabalhon Segurosn Serviços Judiciáriosn TelecomunicaçõesTelecomunicaçõesn Têxtiln Transporte Metropoli- tano sobre Trilhosn Transporte sobre Pneus e Trânsito Urbanon Turismon Turismo Receptivon Webdesign

n Agronegóciosn Alimentosn Análise de Sistemas e Tecnologias da Informaçãon Análise e Desenvolvi- mento de Sistemasn Automação de Escri- tórios e Secretariadon Bioenergia Sucroal- cooleiran Construção e Manu- tenção de Sistemas de Navegação Fluvialn Construção Civil, Modalidade Edifíciosn Construção Civil, Mo- dalidade Movimento de Terra e Pavimentaçãon Eletrônica, Modali- dade Automação Industrialn Eletrônica, Modali- dade Autotrônican Gestão da Produção de Calçadosn Gestão do Agro- negócion Gestão Empresarial com ênfases em Comércio Exterior, Marketing, Secretariado Execu- tivo e sistemas de Informaçãon Hidráulica e Sanea- mento Ambientaln Informática, Modalidade Gestão Financeira e Gestão Financeira e Modalidade Gestão da Produção Industrialn Informática com ênfases em Banco de Dados e em Redes de Computadoresn Informática para a Gestão de Negócios

n Logística Aero- portuárian Logística e Transportesn Logística para o Agronegócion Materiais com ênfases em Materiais Poli- méricos, em Materiais Cerâmicos e em Materiais Metálicos n Materiais, Processos e Componentes Eletrônicosn Mecânica de Precisãon Mecânica, Mo- dalidade Processos de Produçãon Mecânica, Modali- dade Projetosn Mecânica, Modali- dade Soldagemn Meio Ambiente e Recursos Hídricos n Metalurgian Operação e Adminis- tração de Sistemas de Navegação Fluvialn Processamento de Dadosn Produção n Produção de Plásticosn Produção de Materiais Plásticosn Projetos, Manuten- ção e Operação de Aparelhos Médico-Hospitalaresn Redes de Empre- sas, Associativismo e Cooperativismo no e Cooperativismo no Agronegócio n Silvicultura n Têxtil n Turismo e Hospitali- dade, com ênfases em Gestão de Empreendimentos Turísticos e em Eventos de Negócios

CURsos FatEC

CURsos Et CURsos EtEC

ondE Estão as novas tão as novas t UnidadEs

CURsos F

EtECFatFatF EC

Etec Doutora Maria Augusta SaraivaEtec Parque da JuventudeEtec de ItaqueraEtec de SapopembaEtec das Artes

EtECs Em são PaUlo

para os testes das aeronaves. Assim, é oferecida mão-de-obra qua-

lificada onde há demanda e garante-se um alto nível de empregabilidade dos formandos. Esse índice chegou em 2008 – um ano após a formatura do aluno – a 77% nas Etecs e a 92% nas Fatecs. “Os alunos já entram com salários de mercado, bastante razoá-veis”, diz o secretário. Obviamente, o caminho inverso também ocorre. Na opinião do secretário, esses números aumentarão a procura pelos cursos do Centro Paula Souza nos próximos anos. “Eles vão perceber que aqui existem oportunidades de emprego”, afirma.

Diferentemente do que se ima gina, não existe convênio com as empresas para a contratação dos alunos. Segundo Gol dman, os altos índices de alu nos em pregados refletem a prefe rên cia das empresas por formados pelas Fa tecs e Etecs. “Tudo isso é mérito dos alunos.

Para garantir esses fatores no lon go prazo, Goldman afirma que as fa cul-dades estarão em constante mudança. A secretaria vai avaliar periodica mente o andamento dos cursos e a situação do mercado de trabalho. “Não existem condições de continuar fazendo algo que não tem mais campo de trabalho”, diz. “Se sentirmos que algum curso chegou ao limite de sua capacidade, criaremos outros”, afir ma. A idéia é acompanhar as novas tecnologias, perseguindo sem-pre as áreas menos saturadas. “Anos atrás, ninguém imaginava o que era bio combustível. Veja como esse assun-to está em alta agora”, exemplifica.

Segundo Goldman, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), vincu-lado à Secretaria de Desenvolvimento, atualiza o governo do Estado sobre a evolução da economia. “Algumas grandes empresas, inclusive, utilizam

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Em 2006, eram 26 Fatecs.Meta é dobrar o número até 2010. Etecs terão 100 mil novas matrículas

Na prática. alunos observam a composição de materiais no microscópio

o nosso instituto”, diz o secretário. O leque de cursos disponíveis tam-

bém deve aumentar com o plano de expansão, mesmo para as unidades do interior. Segundo Goldman, cada nova unidade do Centro Paula Souza deve-rá ter, no mínimo, três cursos. “Nos dois casos, Fatec ou Etec, precisamos de um número de alunos considerável pa ra valer a pena construir o prédio e montar uma diretoria”, afirma. “Ou seja, não compensa montar escolas com um único curso”, diz o secretário. A medida beneficiará, principalmente, os moradores de cidades do interior do Estado, pois serão mais opções de cur-sos de qualificação em municípios que não tinham ensino superior.

FluxoCom o plano de expansão, o governo planeja lançar no mercado de trabalho cerca de 60 mil técnicos (formados nas Etecs) e 16 mil tecnólogos (saí-dos das Fatecs) por semestre. O que resulta numa média de 150 mil no-vos profissionais qualificados por ano. “Acredi tamos que exista campo para esse número ser ampliado ainda mais”, explica o secretário. “Isso pode ser pen sado num próximo plano de expan-são”, declara.

Com tudo isso, os resultados espe-rados na economia, obviamente, são bastante po sitivos. “Entre outros fato-res, um item que todas as empresas analisam cuidadosamente antes de se instalar num local é a existência de mão-de-obra qualificada”, diz Gold-man. “E isso nós teremos de sobra”, afirma o secretário.

O crescimento econômico não pode ser dimensionado ainda, mas a melho-ria dos resultados já é esperada. “Es-tamos promovendo a vinda de capitais

para o Estado”, explica.Praticamente recém-nascidas, as

uni dades da Fatec de São Caetano do Sul e Itu já estão suprindo as deman-das de suas cidades. Inauguradas em maio e fevereiro deste ano, respectiva-mente, ambas contam com cursos liga-dos à área de informática. “Já existem gran des empresas buscando alunos dentro da faculdade”, afirma a diretora de São Caetano do Sul, Adriane Mon-teiro Fontana. “Nossa unidade já foi

reconhecida por grandes empresas do setor”, completa.

Em Itu a situação não é diferente, porém, segundo o diretor, Paulo César de Oliveira, além das ofertas das em-presas, a procura dos alunos pelos cur-sos também é grande. “Foram quase mil alunos para 160 vagas no vestibu-lar”, afirma. O motivo? A garantia de emprego na sua cidade. “Estamos ain-da no primeiro semestre e já tem aluno empregado”, comemora.

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EmPREgo imEdiato

O estudante do 3º ano de Projetos Mecânicos da Fatec Sorocaba Eduardo Pistila, 23 anos, é um exemplo do funcionamento do plano de expan-são. Antes mesmo de terminar a faculdade, ele já está empregado em sua área. Trabalha na em-presa Flextronics, uma montadora de peças para aparelhos celulares.

O prédio é praticamente vizinho ao da Fatec. O salário inicial para estagiários é atraente: 960 reais. Seus chefes parecem ter gostado de sua eficiência. “Já sinalizaram que vão me contra-tar quando eu me formar, e o meu salário deve melhorar bastante”, comemora. Segundo ele, a preferência das empresas da região por alunos da Fatec é nítida. “Acredito que uns 80% dos es-tagiários da Flextronics são colegas meus aqui da faculdade”, diz.

A estudante Poliana da Silva Marques, 21 anos, ainda não está trabalhando, mas, segun-do ela, não é por falta de oportunidade. “É que estudo de manhã e à tarde. Além disso, estou no 2º ano; quero amadurecer um pouco antes de começar em um emprego”, diz a aluna do curso de Processo de Produção. Mesmo assim, ela sempre presta atenção aos murais de emprego e aos editais disponíveis. Para ela, a grande quanti-dade de empresas existentes na região aumenta em muito a oferta de emprego. “Sempre que ve-jo, tem bastante vaga aberta”, explica.

“Estamos promovendo a vinda de capitais para o Estado”, afirma Alberto Goldman

Acima, aluno regula torno mecânico. Ao lado, medidor de resistência de materiais

A vantagem é que o plano não está dando certo apenas para as novas uni-dades, mas também para as mais anti-gas. Sorocaba é um ótimo exemplo de atração de investidores. O campus tem 160 mil metros quadrados e chega ao total de 1,7 mil alunos, divididos em dez cursos. São cerca de 400 matrícu-las de novos alunos por semestre.

A presença de empresas no entorno da cidade é grande, mas a grande novi-dade é a chegada de uma fábrica da montadora de veículos Toyota. A cons-trução contará com um investimento de cerca de 750 milhões de reais.

Prevista para ser finalizada em 2010, prevê-se a criação de 2,5 mil empregos diretos. Essa é a segunda planta da montadora japonesa no país. A outra funciona em Indaiatuba, também no Estado em São Paulo.

Para o diretor da unidade, Antônio Carlos de Oliveira, o grande diferen-cial da Fatec é o fato de a escola formar o jovem para trabalhar em sua região. “Acredito que 80% dos nossos alunos sejam de Sorocaba ou de alguma ci-dade vizinha. Todos estão fazendo cur-sos que atendem à demanda regional”, explica Oliveira.

Em relação aos cursos acompanha -rem o mercado, a faculdade de So-rocaba também é exemplo. Segundo Oli veira, com a chegada da montadora ja ponesa, espera-se um grande investi-mento no aeroporto para o recebimento de cargas pesadas, além da ampliação da estação aduaneira existente na ci-

dade. “A distribuição se tornará muito importante”, afirma o diretor. “Para isso, já estamos pensando em criar um curso de logística.”

Com toda essa infra-estrutura dis-ponível, a expectativa é que outras em presas do setor automotivo se esta-be leçam em Sorocaba, aumentando ainda mais a demanda por mão-de-obra qualifica da. “Não me surpreende-ria se outra grande empresa do setor au tomotivo se instalasse em Sorocaba nos próximos anos”, afirma o diretor. o

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notícias

Diários de Motocicleta, Final Fantasy, Billy Elliot, O Pagador de Promessas,

A Cor do Paraíso

Cinema, Aspirinas e Urubus, Putz – a Coisa Tá Feia, A Rosa Púrpura do

Cairo, Crash – no Limite, Terra de Ninguém O Planeta Branco,

Língua – Vidas em Português, Crianças

Invisíveis, Bendito Fruto, Vida de Menina

Arquitetura da Destruição, Frankenstein, Narradores

de Javé, O Fim e o Princípio, Luzes da Cidade

Um milhão de estudantes da rede estadual de ensino participarão do programa Cultura É Currículo. Os alunos visitarão 26 institui­

ções diferentes, assistirão a peças teatrais e es­petáculos de dança e terão acesso a 20 títulos de DVDs comprados pela Secretaria da Educação. Todas a atividades são conciliadas ao conteúdo curricular do estudante.

O programa começou em maio, mas a partir deste semestre é que toma força. O trabalho teve início a capital e será estendido às cidades da região metropolitana e do interior em 2009.

O programa foi dividido em três projetos: Lu­gares de Aprender: A Escola Sai da Escola; O Ci­ne ma Vai à Escola; e Escola em Cena.

O projeto de visitação não se restringe às tradi­cionais excursões de escolas a museus. A seleção dos locais foi criteriosa e conciliou o currículo de cada série escolar com os atividades complemen­tares. “Foi um que bra­cabeça para que as visita­

2008 agosto SPnotícias 21

do ensino médio. Eles vão assistir aos espetáculos sempre à tarde. As peças começam neste mês e as apresentações de dança, em setembro.

De todo o programa, o mais abran­gente é o projeto O Cinema Vai à Es­cola, que será capaz de levar cultura a todos os alunos da rede no Estado. A secretaria adquiriu 20 títulos de filmes, que já estão sendo distribuídos para as escolas estaduais. “A seleção dos títu­los dos DVDs foi feita por cineastas, pedagogos, educadores, historiadores.

Os critérios de escolha foram vários, entre os quais, produções cinematográ­ficas de diferentes países, épocas e gêneros distintos. Além disso, não po­dia ser um filme transmitido exaustiva­mente na TV”, diz a diretora Claudia.

A Secretaria da Educação preocu­pou­se em produzir material de apoio para os três projetos. São vídeos e ou­tros materiais direcionados a professo­res e também aos alunos para apresen­tá­los a cada um dos projetos.

“São materiais que servem de sub­sídio para os diretores e professores. Queremos dar um modelo e mostrar co­mo é importante articular cultura com educação, para que depois as escolas tenham autonomia e sigam sozinhas”, finaliza Claudia. o

Cultura no curríc ulo escolarGoverno lança programa que leva atividades culturais a 1 milhão de estudantes de toda a rede estadual; visitas são conciliadas com os currículo dos alunos

ções fossem articuladas com o que o aluno está aprendendo em sala. Queremos que seja outro momento de aprendizagem”, explica Claudia Rosenberg Aratangy, diretora de Projetos Especi­ais da Fundação para o Desenvolvimento da Edu­cação (FDE). Ela cita como exemplo um aluno que está aprendendo zoologia e vai ao Butantan, como forma de complementar o aprendizado.

“Em 2009, queremos ampliar as parcerias com instituições e abranger outras áreas”, diz a dire­tora. A secretaria fechou convênio com 26 insti­tui ções, que cederam, ao todo, 170 mil vagas para as visitas, de terça a sexta­feira. As visitações co me çaram com as escolas da zona Leste. Num primeiro momento, serão atendidos os estudantes das regiões mais caren tes da cidade.

Os espetáculos teatrais e de dança fazem parte do projeto Escola em Cena, parceria com a Secre­taria da Cultura. O público nesse caso são os alu­nos da 5ª série do ensino fundamental ao 3º ano

locais de visitação

os filmes

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n Casa do Bandeirante n Centro Cultural Banco do Brasiln Centro Universitário Maria Antonian Estação Pinacotecan Fundação Cultural Emma Gordon Klabinn Instituto Butantann Instituto Moreira Sallesn Instituto Tomie Ohtaken Memorial da América Latinan Memorial do Imigranten Monumento à Independêncian Museu Afro Brasil n Museu Brasileiro de Esculturan Museu da Casa Brasileiran Museu da Língua Portuguesan Museu de Arte Moderna (MAM) n Museu de Arte Sacra de São Paulon Museu dos Transportes Públicos Gaetano Ferollan Museu Lasar Segall n Museu Paulista (Ipiranga)n Paço das Artesn Palácio dos Bandeirantesn Parque do Ibirapueran Planetário do Parque do Ibirapueran Pinacoteca do Estado/ Parque da Luzn Viveiro Manequinho Lopesn Zoológico de São Paulo

SPeducação

Page 12: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 03

SPadministração

22 SPnotícias agosto 2008

Gestão de excelênciaGoverno lança medidas para diminuir gastos e melhorar serviços

O governo do Estado vem adotan­do desde o início do ano passado uma série de medidas para redu­

zir os gastos administrativos. Três des­sas ações já apresentam resultados quan titativos: a compra de produtos e a contratatação de serviços por pregão ele trônico, a renegociação de grandes con tratos com empresas e a redução de cargos comissionados.

Em janeiro de 2007, um decreto es ­tadual tornou obrigatória a compra e a contratação de serviços por meio do pregão eletrônico. Ação que foi respon­sável pela economia de 83 milhões de reais. Em 2007, o governo do Es tado previa gastar 299 milhões de reais em compras. Com o eletrônico, es se valor foi reduzido para 216 milhões de reais.

Se o pregão presencial já consegue baixar o preço­referência (lance inicial) do produto ou do serviço contratado em 16%, o pregão eletrônico é ainda mais eficiente e reduz os custos em 28%.

Maria de Fátima Alves Ferreira, coor­denadora da Fazenda estadual, diz que o maior desafio foi trazer para a rede um sistema que não havia sido criado para ser informatizado. Do ano passado para cá, houve um impulso do pregão, informa Maria de Fátima. “Agora já são 70, 100 pregões por dia, todos acompanhados pela Secretaria da Fazenda”, afirma.

A renegociação de contratos também

2008 agosto SPnotícias 23

gerou economia. Foram 602 mi lhões de reais de gastos a menos do que o previs­to. Segundo Rafael Barroso, assessor da Secretaria Estadual da Fazenda, após análise dos contratos fir mados com as empresas, foi possí vel refazer 5,1% do total dos acordos. Barroso explica que a terceira ação re presentativa em números foi a extinção de 4.439 cargos comis­sionados. Com isso, o Estado economiza 77 mi lhões de reais por ano.

O secretário estadual da Gestão Pú­blica, Sidney Beraldo, afirma que nem todas as ações administrativas visam apenas à redução imediata de custos ad­ministrativos. Beraldo diz que algumas são focadas na qualidade de serviços.

Para isso, foram criadas novas car­reiras – de especialista em Políticas Públicas e de analista em Planejamento –, com 1,3 mil vagas a serem preenchi­das por meio de concurso. “Se o nosso primeiro foco é a qualidade do gestor público, o segundo é dar atenção a essa força de trabalho”, explica o secretário.

Em junho, foi publicado um decreto no Diário Oficial do Estado que obriga os funcionários de cargos de confiança a terem uma certificação ocupacional. Eles terão de fazer uma prova, elabo­rada por instituição independente. As primeiras áreas serão Educação e Saú­de. Caso o funcionário não obtenha a certificação, terá de passar por um

Contenção de Custos

Ações tomadas pelo governo do estado desde o ano passado

Corte de gAstos quAlidAde de serviços

O novo conceito de compra leva em consideração

o menor preço e a padronização dos itens

Desde janeiro de 2007

r$ 83 milhõesde redução de gastos

otimização da força de trabalho e alocação de talentos

Capacitação da força de trabalho – Programa de desenvolvimento

gerencial (Pdg)

Pregão eletrônicoOs lances são dados

pela internet. Economia de

26%do preço-referência

(valor do lance inicial)

Certificação ocupacionalVálida para cargos de confiança

na área de comando.

Economia de

r$ 300 milhões

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cur so realizado na Fundação do Desenvolvi­mento Administrativo (Fun dap) an tes de ser submetido a nova avaliação. Se depois desse segundo exame o funcio nário não conseguir a certificação, terá de deixar o cargo.

Além do decreto, a Secretaria Estadual da Educação lançou um programa de me­tas para os professores da rede estadual. Os profissionais que conseguirem melhorar o desempenho dos alunos das escolas onde lecionam receberão um bônus. Uma forma de incen­tivar o trabalho do profis­sional e, ao mesmo tempo, criar melhores condições de aprendizado na sala de aula. o

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renegociação de contratos

Análise dos acordos e aplicação de medidas para

reduzir os custos.

5,1%dos contratos foram refeitos

Cargos comissionadosExtinção de

4.439cargos gera economia de

r$ 77 milhõespor ano

Criação das carreiras Especialista em Políticas Públicas

Analista em Planejamento

1,3 mil vagas

Bônus para profissionais da educação que

conseguirem melhorar o desempenho de alunos

Page 13: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 03

SPimposto

24 SPnotícias agosto 2008

De volta para o bolsoNota Fiscal Paulista atinge marca de 1 bilhão de documentos fiscais registrados

Exigir o documento fiscal ao efe ­tuar uma compra virou costu me en tre os con sumidores do Esta­

do de São Paulo. O programa Nota Fiscal Paulista atingiu a marca de 1 bilhão de cupons registrados com CPF ou CNPJ na primeira quinzena de agosto.

Essa mudança de hábito tem mo­tivo. Entre outubro de 2007 e abril de 2008, a Se cretaria Estadual da Fa­zenda distribuiu cerca de 48 mi lhões de reais em créditos para quem infor­mou seus dados na hora da compra.

Só em abril de 2008, o programa dis­tribuiu créditos para mais de 2,78 mi­lhões de consumidores, dos quais 2,66 milhões são pessoas físicas e 121 mil, jurídicas. Desse total, cerca de 170 mil têm direito a receber valores superiores a 20 reais. Nos primeiros qua tro meses, o crescimento do número de compra­dores que receberam créditos foi con­siderável. De 800 mil pessoas bene­

2008 agosto SPnotícias 25

ficiadas em janeiro, o número quase dobrou em março e atingiu 1,45 milhão de consumidores (veja quadro). No fim do primeiro trimestre, uma única pes­soa recebeu um crédito de 12 mil reais. No mesmo mês, uma em pre sa teve um retorno de 196 mil reais.

Esses números refletem a mudança de comportamento dos compradores. No começo do projeto, em outubro de 2007, o total de documentos fiscais pro cessados foi de pouco mais de 2,2 milhões, sendo 290 mil registrados com o CPF. Em abril, o número de cupons processados saltou para mais de 100 mi lhões, sendo 13 milhões com CPF.

A expectativa da Secretaria da Fa­zenda é que esses índices aumen tem com a fiscalização para ve rificar se o cupom foi registrado pelo comércio.

O usuário tem o prazo de até cinco anos para utilizar os créditos liberados. O Nota Fiscal Paulista faz parte do Pro ­gra ma de Estímulo à Cidadania Fiscal

do Estado de São Paulo. O objetivo é re ­duzir a carga tributária cobrada dos ci ­dadãos e combater a sonegação. Do total do Imposto sobre Cir cu la ção de Merca­dorias e Prestação de Ser viços (ICMS) recolhido pelo estabelecimento com o pedido de nota fiscal, até 30% voltam para o cidadão, proporcionalmente ao valor das compras.

A pessoa, ou a empresa, pode rece­ber os créditos na conta­corrente ou na pou pança. Também é possível utili­zá­los para reduzir o valor do Impos to sobre a Propriedade de Veí culos Au­tomotores (IPVA) do ano se guinte e até transferi­los para outra pesssoa.

Os créditos concedidos no primeiro semestre do ano podem ser resgatados a partir de 1º de outubro do mesmo ano; já os do segundo semestre podem ser retirados a partir de 1° de abril do ano seguinte. Para utilizá­los, o consu­midor deve acessar a página do pro­grama (www.nfp.fazenda.sp.gov.br). o

Data

Out/07Nov/07Dez/07Jan/08Fev/08Mar/08Abr/08TOTAL

Data

Out/07Nov/07Dez/07Jan/08Fev/08Mar/08Abr/08TOTAL

Pessoa jurídica

78.023215.609303.170747.620937.638

1.315.0522.663.7146.260.826

3.75220.27115.07651.32997.380

136.143120.758444.709

44.225129.136327.772

1.522.1806.152.482

11.039.60215.384.339

34.599.736,54

22.941114.942126.825719.265

3.632.5175.031.0403.726.174

13.373.703,73

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1.223,445.815,894.150,89

12.389,676.662,11

**

5.942,3290.755,87186.837,30196.007,6889.487,27

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2.00414.47165.100

128.599148.491358.665

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1.6423.229

22.39830.93726.07184.277

Pessoa física

BeneficiadosConsumidores que registramo CPF ou CNPJ na nota fiscal

Total distribuídoCorresponde até 30% do ICMSrecolhido pelo estabelecimento

Maior valor creditadoConsumidores e empresasque receberam mais créditos

Pessoas com créditosacima de R$ 20Reflexo da mudança de com-portamento do consumidor

(*) Não divulgado

1 bilhão é o número de notas registradas comCPF ou CNPJ até 11 de agosto de 2008

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Créditos ConCedidos

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SPsegurança

26 SPnotícias agosto 2008 2008 agosto SPnotícias 27

Nada escapa destes olhosPolícia Militar inaugura sistema de monitoramento por

vídeo com cem câmeras espalhadas pela capital

Atentos, soldados acompanham o movimento das ruas na central de monitoramento

Muito além das viaturas, cavalos e bicicletas, o patrulhamento ur­ba no da Polícia Militar do Es tado

ganhou um reforço de peso no mês pas­sado. Trata­se do Sistema de Videomo­nitoramento da Capital, inaugura do na segunda quinzena de julho. O ob jetivo é aumentar a segurança prin cipalmente em locais de grande flu xo de pessoas e veículos, como estádios de futebol e grandes centros comerciais.

Nesta primeira fase do projeto fo­ram instaladas cem câmeras, das quais 75 já estão em funcionamento; o res­tante deve entrar em operação até o fim des te mês. De acordo com o chefe da Divisão de Operações do Comando de Po liciamento da Capital (CPC), major Wilson de Oliveira Leite, a localiza­ção dos equipamentos foi escolhida de acordo com a segurança e o fluxo de pessoas de cada ponto. “Verificamos quais eram os lugares com alto índice de criminalidade e onde havia ocorrên­cias recorrentes, co mo por exemplo os portões dos estádios”, diz o major.

Ao todo, 16 regiões da cidade rece­beram as câmeras. O sistema contou com investimento de 6 milhões de reais, sendo 2,4 milhões para a compra de equi pamentos e instalação e 3,6 mi­lhões para o treinamento dos policiais.

Segundo o major Wilson, a instala­ção dos equipamentos levou em conta três critérios que parecem básicos. “Pa ­ra ser instalada, a câmera precisa de eletricidade, de um link para a trans­missão de dados e, obviamente, de um poste”, explica. O último foi o mais pro ­blemático, pois era preciso encontrar um local que garantisse visão de to da a região sem a necessidade de co locar um novo poste, o que poderia chamar muito a atenção.

As câmeras foram po sicionadas em locais bem al tos pa ra não atrair o inte­resse de motoristas e pedestres.

A tecnologia dos aparelhos é avan­çada. As câmeras são capazes de girar 360 graus e contam com zoom que con­segue captar e aproximar uma imagem até 600 metros de distância sem perder a nitidez. As imagens são transmitidas para a central de monitoramento via rá ­dio. “Esse método de transmissão é mais rápido até mesmo do que a fibra ótica”, explica o major Wilson.

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Page 15: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 03

segurança

28 SPnotícias agosto 2008 2008 agosto SPnotícias 29

A PM preocupou­se em não invadir a privacidade dos cidadãos. “Todas as câmeras estão instaladas em locais pú­ blicos. Nosso foco é o movimento ur ba­no”, diz o policial. A expectativa de resultados com o novo projeto é grande. “Espero ter um balanço positivo de re dução da crimi­nalidade em breve”, afir ma o major. “Faremos um levantamento da redução de crimes e aumento de prisões no en­torno de onde as câ meras foram insta­ladas”, complementa.

cada policial”, explica o major.Caso verifique algum movimento

suspeito, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) é acionando imediatamente. De acordo com o res­ponsável pelo departamento, diversas situações podem ser consideradas sus­peitas. Por exemplo, alguém em um carro estacionado numa esquina movi­mentada da ci dade e que, de tempos em tempos, volta ao interior do veículo para buscar algo. “É possível que ele esteja traficando drogas”, explica o major Wilson.

A integração da central de monito­ramento com bancos de dados como o da Companhia de Processa mento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) e da Base Informatizada de Fotografias Criminais (Fotocrim) tor ­na o sistema mais ágil. Apenas com a placa, por exemplo, é possível verifi­car se o veículo tem chapa “fria”, se a placa é adulterada, se consta multa e até mesmo se o proprietário é pro­

curado pela Justiça. “Caso ocorra um assalto ou rou bo, conseguiremos agir mais rápido do que se dependêssemos só do 190”, diz o major.

A central de monitoramento tem di ­versas estações vazias, que deverão ser ocupadas até o fim do ano, quando outras cem câmeras serão instaladas na cidade. Com os aparelhos, a área de cobertura da PM será multiplicada por seis. As câmeras posicionadas em estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Me­

trô e nas redondezas também serão in­tegradas. O custo estimado de implan­tação desse novo lote é de 5 milhões de reais. “Veremos se isso basta para o patrulhamento da cidade ou se será necessário instalar mais”, explica o ma jor Wilson.

A PM vai levar o projeto para as ci­dades do interior. Aparecida e Campos do Jordão são as próximas a receber as câmeras. Cada uma deverá operar com 30 pontos de monitoramento. o

Cada soldado controla nove câmeras ao mesmo tempo. Para detalhar a imagem, é pos-sível ampliá-la em monitores de LCD no fundo da sala. Acima, o major Wilson de Oliveira Leite

CentralDentro da central de monitoramento, mo ­nitores e televisores de LCD compõem o visual. As câmeras são acompanhadas e controladas por soldados. Se gundo o ma jor, os policiais foram trei nados pela fabricante do sof tware responsável pelo controle das câ meras.

O monitoramento é simples. Cada sol dado se encarrega do controle de até nove câmeras em turnos intercalados. “Esse revezamento é importante para que exista um estresse nos olhos de

Page 16: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 03

SPvicinais

30 SPnotícias agosto 2008

Estado conclui primeira fase do Pró-Vicinais com 2 mil km recuperados

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) conclui neste mês a primeira fase do Pró-Vi-

cinais. São 2.117 quilômetros de obras em 152 estradas vicinais no Estado. Um investimento de 475 milhões de reais que beneficia 8 milhões de habi­tantes em 199 municípios. O plano do governo prevê a recuperação de 12 mil quilômetros até 2010.

As obras do Pró-Vici nais II co me­çaram em junho e se rão concluídas em

Estrada de Assis, uma das beneficiadas no Pró-Vicinais I

2008 agosto SPnotícias 31

Transporte segurofevereiro de 2009. O investimento será de 645 milhões de reais, em 201 estra­das que passam por 244 cidades, com benefício a 17,717 milhões de pes­soas. O planejamento da terceira etapa está sendo finalizado e, enquanto isso, estão sendo levantados dados para a definição da quarta fase.

Apesar de a responsabilidade da ma­nutenção das estradas vicinais ser de competência dos municípios, por conta da falta de verba das administrações, o

As regiões mais pobres foram priori­zadas pelo Pró-Vicinais I. É o caso da região Sudoeste e do Vale do Ribeira. São locais onde a malha viária é mais escassa e a população sofre mais com os deslocamentos. O de senvolvimento econômico dessas lo calidades também é prejudicado pe la dificuldade de es­coamento da pro dução.

Nessas regiões as distâncias são gran des, o solo é difícil e, em geral, há limitações ambientais para cons truções. Com as obras nas estradas vi cinais, es­ses municípios carentes po dem atrair mais investimentos.

A diretora da Assessoria de Plane­jamento do DER, Marlene dos Reis Araújo, explica que a distribuição das obras nas estradas vicinais obedece a uma série de critérios.

Um deles é se a estrada está muito desgastada em função de constantes chuvas. É o caso da região que acom­panha a Rodovia Dutra, por exemplo, no sentido do Rio de Janeiro, onde há um grande declive nas encostas da Ser ­ra do Mar em direção ao litoral. Ou tro exemplo é a extensão para o litoral sul, no Vale do Ribeira.

Entre os critérios, outros pontos im­portantes são o Volume Diário Médio (VDM) de veículos na estrada, o trânsito de transporte coletivo, principalmente para acesso a escolas e hospitais, e o transporte agrícola. Tudo is so é levado em conta, assim como in terligações mu­nicipais importantes e as condições so­cioeconômicas das cidades.

O diretor Rubens Cahin mostra o ma pa do Estado de São Paulo com as indicações das obras das etapas 1 e 2 e fala da importância da “capilaridade” das estradas. No mapa também são as­sinalados, por cores, os pontos onde a população está mais longe ou mais próxima do asfalto. o

governo do Estado está recuperando e até refazendo muitas das vias.

Em muitos dos casos, estradas que deveriam ser apenas reparadas têm de ser reconstruídas por causa da falta de conservação, aumentando o valor da obra. Para evitar essa situação, o go­verno estadual tem um plano de repa­ração de toda a malha de vicinais.

As 14 regiões que compõem o Es­tado de São Paulo estão com estradas em obras. Rubens Cahin, diretor de Planejamento do DER, diz que o ob­jetivo é que a população tenha acesso cada vez mais facilitado às vias pavi­mentadas. De preferência, segundo o engenheiro Cahin, essa distância não deve ser superior a 5 quilômetros, para que possa ser percorrida a pé.

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SPalto tietê

32 SPnotícias agosto 2008

Investimento completoO Alto Tietê, pólo de desenvolvimento na Região Metropolitana de São Paulo, é contemplado em todos os principais programas do governo

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Saúde, transporte, saneamento. Essas são algumas das prioridades do governo do Es-tado ao definir investimentos nas diversas

regiões de São Paulo. E nos 11 municípios que compõem a região, valeu a regra: todos os princi-pais programas do governo estão garantidos para os paulistas do Alto Tietê. Entre as principais obras, destacam-se a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) de Guararema e a reformulação do Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos.

A região abrange os municípios da microrre-gião de Mogi das Cruzes e Guarulhos. As cidades são: Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcesão: Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcesão: Arujá, Biritiba-Mirim, Fer -los, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mo-gi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano. Recebe o nome por causa de sua localiza-

2008 agosto SPnotícias 33

CaraCterístiCas da região

ção geográfica. O Rio Tietê nasce em Salesópolis e corta parte das cidades até chegar à capital.

A economia é diversificada, com artigos ma-A economia é diversificada, com artigos ma-A economia é diversificada, com arnufaturados, verduras, legumes, flores e boa parte da produção de água que abastece a zona Leste da capital paulista. Juntos, os municípios têm um produto interno bruto (PIB) de quase 37 milhões de reais e 2,5 milhões de habitantes.

SaneamentoA ETE de Guararema é uma das mais recentes inaugurações na região. Foi entregue em julho e está localizada no bairro de Freguesia da Escada. Foram investidos 8,2 milhões de reais na sua cons-trução. A estação de tratamento vai atender 18

alto tietê estado (%)

Municípios 11 645 1,7

População (IBGE 2007) 2,8 milhões 41 milhões 6,8

PIB (2005) R$ 36,2 milhões R$ 727 milhões 4,9

PIB per capita (2005) R$ 13.440 R$ 17.977 74

IDH (2000) 0,787 0,814 –

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34 SPnotícias agosto 2008 2008 agosto SPnotícias 35

Obras no Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos garantem mais conforto aos pacientes

SaúdeFinalização de obras

do Hospital deFerraz de

VasconcelosR$ 49 milhões

Conclusão de uma torre;reforma do refeitório;reforma da ala de

psiquiatria; conclusãoda ala pediátrica; daárea administrativa;do auditório; dosetor de exames

endoscópicos e dafarmácia; reforma

da entrada de carga edescarga e adequaçãocontra incêndio do

ambulatório

Setor de hemodinâmicade Mogi das Cruzes(Hospital de ClínicasLuzia de Pinho Melo)

R$ 2,5 milhões

SaneamentoEstação de Tratamento

de Esgotos (ETE)de Guararema

R$ 18,5 milhõesA ETE garantiráo tratamento

de 100% dos resíduoscoletados, antes

despejados nas águasdo Rio Paraíba do Sul

Saúde

Saneamento

INVESTIMENTOSmil pessoas residentes nos bairros de Valparaíba, Jardim Itapema, São João, Nogueira, conjuntos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Ipiranga, Freguesia da Escada, Ajuda, Vale dos Eucaliptos e na região central.

O saneamento básico na cidade consiste numa das principais preocupações para com a região. Uma segunda ETE será construída no bairro de Parateí, no mesmo município, Guararema, e vai tratar o esgoto de toda a cidade. A verba despen-dida para a obra é de 18,5 milhões de reais. Com a canalização e o tratamento do esgoto, espera-se reduzir a mortalidade infantil no município, a mais alta da região, 17,5 mortes por mil crianças nascidas vivas no ano de 2007, segundo dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Em São Paulo, o índice de mortalidade é de 13,1 para cada mil crianças. Com a medida, espera-se ainda reduzir o número de incidência de doenças decorrentes do contato ou do consu-mo de água contaminada, como cólera e hepatite

A, que atingem principalmente crianças e idosos.A região ainda será contemplada com a amplia-

ção da Estação de Tratamento de Água Taiaçupeba, que aumentará o fornecimento de 10 mil para 15 mil li tros de água. O contrato é a parceria público-privada do Sistema Alto Tietê, que levará água a 720 mil pessoas de Ferraz de Vasconcelos, Poá, Itaquaquecetuba, Arujá e Suzano e a 3,1 milhões de pessoas da zona Leste da capital em 2010.

SaúdeDesde janeiro do ano passado, a área da saúde foi a que mais ganhou no Alto Tietê. A grande novi-dade foram as obras do Hospital Regional de Fer-raz de Vasconcelos, inaugurado em dezembro de 2007. O investimento foi de 49 milhões de reais. Os leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) saltaram de 21 para 43. A capacidade para con-sultas subiu de 5 mil para 10 mil ao mês, e as cirurgias, de 500 para mil por mês.

Sede da PM de Santa Isabel

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36 SPnotícias agosto 2008 2008 agosto SPnotícias 37

Para o diretor do hospital, Dirceu Ioshiaki, os pacientes ganharam em conforto. Antes, os quar-tos eram divididos para até oito pessoas e só ti- nham um banheiro. “Agora temos quartos para, no máximo, dois pacientes, com um banheiro.”

Outra grande melhoria foi a otimização do fun-cionamento do pronto-socorro. O setor de maior mo-vimento do hospital agora tem chamada eletrônica e computadores integrados com os outros setores. “Os atendentes não precisam mais preencher di-versas fichas, cada vez que o paciente passa por um departamento. O atendimento é mais rápido.”

A estrutura do Hospital de Ferraz pode ser considerada como top de linha. “Temos os me-lhores equipamentos agora. Não precisamos mais pedir que os pacientes façam ecocardiograma fo-ra do hospital, por exemplo”, diz Ioshiaki.

Em novembro de 2007, foi inaugurado o setor de hemodinâmica do Hospital de Clínicas Luzia de Pinto Melo, em Mogi das Cruzes, um investi-mento de 2,5 milhões de reais do governo do Es-tado. Os exames são para diagnóstico e tratamento de tumores, derrames e doenças coronarianas.

Entre os projetos futuros está a instalação de um Ambulatório Médico de Especialidades (AME) em Mogi das Cruzes. O ambulatório fará 15 mil consultas por mês e 5 mil exames.

No ano passado, o governo do Estado expandiu a fábrica da Fundação para o Remédio Popular (Furp), em Guarulhos, que atualmente produz 2,5 bilhões de remédios por mês.

TransportesPor se tratar de uma microrregião, ou seja, uma lo-calidade com diversas cidades interligadas, os in-vestimentos em transportes não poderiam ficar de lado. Só em programas de recuperação de vicinais, o governo está investindo 53,4 milhões de reais. São mais de 55 quilômetros de estradas vicinais com obras em andamento. Entre as estradas estão trechos que interligam os municípios de Suzano e Ribeirão Pires (fora do Alto Tietê), Salesópolis e Guararema, e Mogi das Cruzes e Suzano. Outros 139 milhões de reais estão sendo investidos na

Programa Pró-Vicinais IInvestimento deR$ 6 milhões

Trechoscontemplados em:

Ribeirão Pires-SuzanoSalesópolis-Guararema

Programa Pró-Vicinais IIInvestimento de

R$ 18,4 milhões

Trechoscontemplados em:

Mogi das Cruzes–SuzanoItaquaquecetuba–SuzanoFerraz de Vasconcelos

Transporte

Educação

Nove novas escolas na região. Cinco em Suzano,três em Guarulhos e uma em Guararema

Município Nome Investimento(R$)

Guarulhos EE Bom Pastor 2 2,5 milhõesGuarulhos EE Pimentas 4 3,9 milhõesGuarulhos EE Jardim Angélica 3 5,8 milhõesGuararema EE Antonio Lerario 1,3 milhãoSuzano Emeief Jardim Sol Nascente 2 973 milSuzano EE Bairro Boa Vista 2 900 milSuzano Emef Miguel Badra Baixo 818 milSuzano Emef Sérgio Simão 703 milSuzano Emef Profª Nizilda 421 mil

Alves de Godoy

INVESTIMENTOS

Programa deobras do DER/SP em

rodovias estaduais

R$ 139 milhões

O trecho norte do Complexo Viário Jacu-Pêssego interliga Guarulhos e São Paulo

Mogi-Bertioga, Mogi-Salesópolis e Índio Tibiriçá, que liga Ribeirão Pires à Ayrton Senna. Além dis so, foi inaugurado o trecho norte do complexo Jacu-Pêssego, que interliga Guarulhos a ca pital.

O transporte público também está nos planos. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) está investindo em oito estações das li-nhas 11 e 12. As Estações Poá, Antônio Gianetti, Aracaré, Itaquaquecetuba e Manoel Feio serão mo -dernizadas; as de Ferraz de Vasconcelos, Calmon Viana e Suzano, reconstruídas.

As cidades de Suzano e Mogi das Cruzes serão interligadas por um transporte de média capaci-dade, chamado Metrô Leve. Com capacidade de transportar 15 mil passageiros/hora, substituirá o atual serviço da CPTM da Estação Estudantes, em Mogi das Cruzes, até Suzano. O projeto faz parte do Plano de Expansão dos Transportes Metropo-litanos, no qual o governo está investindo mais de 17 bilhões de reais.

Outro plano de expansão que também con-templou a região foi o do Centro Paula Souza (leia mais na página 10). São seis novas unidades – três Escolas Técnicas (Etecs) e três Faculdades de Tecnologia (Fatecs) –, desde janeiro de 2007. As Etecs foram instaladas em Ferraz de Vasconce-los e Suzano. Em Poá, o Centro Paula Souza inau-gura uma unidade no ano que vem. Já as Fatecs estão no Guarulhos, Itaquaquecetuba e Mogi das Cruzes, inicialmente com quatro cursos.

A segurança também foi contemplada. Em agosto do ano passado, o governador inaugurou uma sede da Polícia Militar em Santa Isabel. O prédio abriga todo o efetivo da PM local e tem como área de abrangência os 35 bairros do mu-nicípio, atendendo mais de 48 mil moradores. o

ETECSFerraz de VasconcelosCursos: Administração, Informática, Logística eSegurança do TrabalhoInvestimento: R$ 118 mil entre 2007 e 2008

SuzanoCursos: Gestão Ambiental e QuímicaInvestimento: R$ 500 mil em 2008*

PoáCursos: Administração, Design Gráfico e InformáticaInvestimento: R$ 500 mil (inauguração em 2009)

FATECSGuarulhosCursos: Logística e Transporte e Logística AeropotuáriaInvestimento: R$ 269 mil em 2007

ItaquaquecetubaCurso: Informática para Gestão de NegóciosInvestimento: R$ 47 mil entre 2007 e 2008

Mogi das CruzesCursos: Redes de Empresas, Associativismo eCooperativismo no AgronegócioInvestimento: R$ 500 mil em 2008*

*Unidades já existem e o governo faz novos investimentos

O AME de Mogi das Cruzes vai desafogar os hospitais da região e poderá realizar 15 mil consultas e 5 mil exames por mês

Centro Paula souza

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SPbastidores

38 SPnotícias agosto 2008 2008 agosto SPnotícias 39

Entre comprimidos, frascos e pomadas, são cerca de 2,5 bi lhões de uni dades farmacêuticas por ano. A estrutu­ra impressiona. Os 40 mil me tros quadrados de área

cons truída abrigam uma equipe de mil funcionários, além de maquinário formado pelo que existe de mais moderno no mer cado de fabricação de medicamentos. Não se trata de um grande laboratório multinacional, mas do centro de fabrica­ção dos medicamentos da Fun dação para o Remédio Popular (Furp), do governo do Esta do.

Criado em 1974, o laboratório está instalado no bairro de Itapegica, em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. Atualmente é responsável pela produção de 67 medi­camentos. São antibióticos, anti­hipertensivos, dermatológi­cos, imunossupressores e medicamentos para o tratamento de diabetes e de saúde mental. O destino são as secretarias de Saúde dos municípios, hos pitais estaduais e municipais, prefeituras e instituições mu ni cipais, estaduais, federais e fi­lantrópicas. Do que a maioria das pessoas não tem idéia é o caminho que esses remédios percorrem antes de chegar aos pontos de distribuição.

Producão em cadeia

Todas as etapas de fabricação e distribuição dos remédios da Furp até chegar à farmácia

Tudo começa no estoque de matéria-pri ma. Produtos como papéis lamina dos para as embalagens, frascos, drá geas e substâncias químicas ficam es tocados num depósito anexo ao laboratório. Nes-sa primeira etapa, já é possível visua-lizar a organização do laboratório. Os materiais que necessitam de baixas tem peraturas ficam numa geladeira es-pecial, e os medicamentos controlados permanecem trancados.

O controle é rígido. Só podem ser retirados os materiais que realmente se rão utilizados. Pela manhã, os far-macêuticos registram no sistema o no-me dos medicamentos que serão feitos naquele dia e a quantidade de cada um.

ProduçãoSe um determinado remédio necessita de 500 gramas de glicose para ser pro-duzido, apenas essa medida po de ser retirada. O restante permanece acomo-dado no depósito. “Os pedidos de ma-terial são todos devidamente conferidos com os medicamentos que se rão fabri-cados naquele dia”, afirma o chefe do almoxarifado de matéria-prima, Osval-do Romão de Oliveira Filho. “Só pode retirar material quem tiver um pedido do farmacêutico em mãos”, explica.

O depósito de insumos garante aces-so direto ao laboratório. Qualquer um que passe daquele ponto deve estar ves-tido com uma roupa especial composta de sapato com sola emborrachada, cal-

Tudo controlado. Osvaldo Romão coordena o entra- e-sai do depósito de matéria-prima

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bastidores

40 SPnotícias agosto 2008

ças e blusa esterilizadas e rede prote-tora para os cabelos. Os homens com barba usam uma redinha extra, tam-pando a região do maxilar. A limpeza e a assepsia da linha de montagem são dignas de um grande centro cirúrgico. Não se vê sujeira no chão.

Dentro da linha de produção, é ne-ces sário também seguir algumas re gras para evitar a contaminação dos remé-dios. Para entrar e sair de cada am-biente é preciso fechar as portas, iso-lando cada câmara do laboratório.

Os medicamentos são fabricados em três formatos: comprimidos, líquidos e

pomadas. Cada um tem um setor es-pe cífico de produção, assim como o ma quinário adequado. O tempo de ma nipulação varia de acordo com o medicamento. Normalmente são feitas campanhas, ou seja, durante um deter-minado período, dedica -se à fabricação de apenas um tipo de medicamento.

Isso ocorre devido ao fato de que ca-da peça da máquina precisa ser com-pletamente limpa após sua utilização. Esse processo leva cerca de um dia e meio. A fabricação da dipirona pode le -var até cinco dias. Um dia e meio pa ra lavar as máquinas mais um período de

um a três dias de produção. No caso dos líquidos, o processo é

um pouco mais ágil. Uma única máqui-na enche os vasilhames, lacra e rotula cada uma das embalagens. Sozinho, o equipamento pode fabricar até 10 mil frascos de xa ropes por hora. Como todo o processo é mecânico, no fim, um dos funcionários vistoria todos os vidri-nhos, para checar data e quantidade.

O processo de fabricação é criterio-so. “Todas as pessoas que estão aqui são exaustivamente treinadas”, explica a chefe de pro dução farma cêutica, Ro-sana Ferreira de Almeida.

1 Processo de fabricação de comprimidos. Automático, quase não existe contato humano.

2 Segunda máquina acomoda medicamento em cartelas de papel laminado, remédio está pronto para o consumo.

3 Linha de produção de em-balagem dos medicamentos. Funcionários colocam

cartelas na caixa e rotulam o medicamento.

4 Com os xaropes, o processo é praticamente o mesmo. Não há contato humano. Máquinas envasam os

frascos automaticamente. 5 Rotuladora de frascos já

organiza os medicamentos por datas.

6 No final do processo, um verificador confere os fras-cos um a um. Embalagens defeituosas e/ou com data errada são retiradas.

13

2 45

6

2008 agosto SPnotícias 41

A futura Furp de Américo Brasiliense/SP será o primeiro laboratório oficial a produzir ge né ri­cos e ser gerido por uma parceria público­pri­vada. Esse modelo permitirá que o custo dos me dicamentos seja menor em relação aos pro­duzidos por laboratórios privados.

A unidade ocupará uma área de 26 mil me­tros quadrados e terá capacidade de produzir 21,6 milhões de ampolas e 1,2 bilhão de com­primidos por ano.

Além de sua localização estratégica no meio do Estado, o que vai facilitar a distri buição, a cidade está em uma região com grandes cen­tros de desenvolvimento tecno lógico e é um dos municípios mais ricos em água potável.

nOva fábRica

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bastidores

Mesmo com os comprimidos pron-tos, o trabalho ainda não está concluí-do. Embalados e encaixotados, os me -dicamentos ficam armazenados em um segundo almoxarifado até a data de en trega. Esse depósito conta com es-paço para 5 mil pallets (suportes para acomodação de carga) e 50 funcionários res ponsáveis pelo manuseio das caixas e o correto armazenamento.

O ambiente é esteri lizado. A tem-peratura é monitorada e a iluminação é especial, com uma to nalidade amarelo-clara. De acordo com o farmacêutico res ponsável pelo es to que, Madson da Nóbrega, as lâmpadas ajudam a man-ter a temperatura e evitam estresse nos olhos dos funcionários. Uma pre-caução a mais contra eventuais erros de leitura. “Com as lâmpadas brancas, os olhos cansam rapidamente”, diz Ma d-son. “Co mo os funcionários conferem o ró tulo de todas as caixas, é melhor usar esse tipo de iluminação”, explica.

As portas de saída se abrem auto-maticamente quando um car rinho pas-sa pelos sensores à sua frente. Quem entra ou sai do depósito recebe um forte

jato de ar que se encarrega de retirar a poeira e outras par tículas da roupa. Do outro lado estão os caminhões e as vans prontos para ser carregados. O ta-manho da carga e do veículo varia de acordo com o destino.

Muitas vezes, é preciso atravessar o Estado para distribuir os medicamen-tos, mas essa logística deve mudar ain da neste segundo semestre, com a inaugu-ração do novo laboratório em Américo Brasiliense, bem no centro do Estado.

Quando a encomenda chega ao seu destino, o entregador confere os me -dicamentos um a um com o farma-cêutico responsável do ponto de en-trega. Juntos, verificam a quantidade de caixas e a data de validade. Con-siderando as devidas proporções, o es-toque da far mácia tem o mesmo padrão do almoxari fado de Guarulhos, com lim-peza e organização.

Momentos depois de o entregador dei xar o local, uma dona de casa apa-rece do outro lado do balcão. Aflita, mos tra uma receita de dipirona ao aten-dente da farmácia. Ela diz que é para medicar seu filho, que está com febre. Sorridente, o atendente diz não haver pro blemas. O estoque está cheio. o

Ao lado, fun-cionário libera medicamentos de acordo com as entregas do dia. Abaixo, a ponta final do processo. Usuária retira medicamento pronto em farmácia do Dose certa

42 SPSPnotícias agosto 2008 2008 agosto SPSPnotícias 43

O que a fuRp pRODuz

antibióticos (formato/composição)n Amoxicilina (cápsula/500 mg)*n Amoxicilina (pó/50 mg/ml)*n Amoxicilina (pó/50 mg/ml)n Benzilpenicilina (pó/600.000 UI)*n Benzatina (pó/1.200.000 UI)*n Benzilpenicilina Procaína + Potássic

(pó/300.000 UI + 100.000 UI)*n Cefalexina (cápsula/500 mg)*n Cefalexina (pó/125 mg/5 ml)*n Cefalotina (pó/200 mg/ml)n Sulfadiazina (comprimido/500 mg)n Sulfametoxazol + Trimetoprima (comprimido/400 mg)n Trimetoprima (suspensão oral/200 mg)

antiinflamatórios não-esteróidesn Diclofenaco Sódico (comprimidos/50 mg)*n Diclofenaco Resinato (gotas/15 mg/ml)

antiparasitáriosn Mebendazol (comprimido/100 mg)*n Mebendazol (suspensão oral/20 mg/ml)*n Metronidazol (comprimido/250 mg) *n Metronidazol (suspensão oral/ 40 mg/ml)*n Metronidazol (geléia vaginal/ 500 mg/5g)*n Nistatina (creme vaginal/100.000 UI/4g)*

anti-retrovirais n Idanosina (comprimido mastigável/ 100 mg)n Estavudina (cápsula/30 mg)n Estavudina (cápsula/40 mg)n Lamivudina (comprimidos revestidos/ 150 mg)n Zidovudina (cápsula/100 mg)n Zidovudina (xarope/10 mg/ml)n Lamivudina + Zidovudina (comprimidosLamivudina + Zidovudina (comprimidos revestidos/150 mg)

aparelho cardiovascular n Captopril (comprimido/25 mg)*n Digoxina (comprimido/0,25 mg)*n Furosemida (comprimido/40 mg)*n Hidroclorotiazida (comprimido/25 mg)*Hidroclorotiazida (comprimido/25 mg)*n Metildopa (comprimido revestido/ 250 mg)*n Nifedipina (comprimido revestido/ 20 mg)*n Propranolol (comprimido/40 mg)*

parelho digestivon Cimetidina (comprimido/200mg)*n Hidróxido de Alumínio (suspensão oral/60 mg/ml)*n Hioscina (comprimidos revestidos/10 mg)n Metoclopramida (comprimido/10 mg)n Metoclopramida (gotas/4 mg/ml)

aparelho respiratório n Aminofilina (comprimido/100 mg)* n Salbutamol (xarope/0,4 mg/ml)*

Dermatológicos, rinológicos e oftalmológicos n Ad­FURP (pomada/25 g) n Dexametasona (creme/1 mg/g)*n Neomicina + bacitracina (pomada/5 mg/ g+250 UI/g)n Nitrato de Prata (colírio/10 mg/ml)n Protetor Solar FPS 12 (loção/100 g)n Solução Fisiológica Nasal (30 ml)

Hansenostáltico n Dapsona (comprimido/100 mg)

Metabolismo e nutriçãon Desmopressina (solução nasal/ 0,1 mg/mln Glibenclamida (comprimido/5 mg)*n Polivitamínico (gotas/frasco com 30 ml)*n Sais para Reidratação Oral (pó/envelope com 27,9 g)

Sangue e órgãos hematopoiéticos n Azatioprina (comprimido/50 mg)n Sulfato Ferroso (gotas/25 mg Fe++/ml)*

Sistema nervoson Carbamazepina (comprimido/200 mg)*n Diazepam (comprimido/10 mg)*n Dipirona (comprimido/500 mg)*n Dipirona (solução oral/500 mg/ml)*n Fenitoína (comprimido/100 mg)*n Fenobarbital (comprimido/100 mg)*n Haloperidol (comprimido/5 mg)*n Paracetamol (gotas/200 mg/ml) *

Tuberculósticosn Estreptomicina (pó/1g)n Etambutol (comprimidos revestidos/ 400 mg)n Etambutol (solução oral/25 mg/ml)n Isoniazida (comprimido/100 mg) n Pirazinamida (comprimido/500 mg)n Rifampicina (suspensão oral/20 mg/ml)

Remédios distribuídos no programa Dose CertaUI = unidade internacional

*

O que a fuRp pRODuz

aparelho digestivo n Cimetidina (comprimido/200mg)*n Hidróxido de Alumínio (suspensão oral/60 mg/ml)*n Hioscina (comprimidos revestidos/10 mg)n Metoclopramida (comprimido/10 mg)n Metoclopramida (gotas/4 mg/ml)

O que a

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SPpersonagem do mês

44 SPnotícias agosto 2008

Trabalho de piloto da Polícia Militar brilha em meio a tragédias

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Dois toques de uma sirene. Esse é o aviso para o piloto Marcelo Tas so, 32 anos, entrar em ação.

O tenente da Polícia Militar faz parte do grupamento aéreo da corporação. Ele é um dos 47 comandantes dos 15 helicópteros conhecidos como Águia, responsáveis pelo apoio aéreo ao pa­trulhamento em terra e utilizados em situações de emergência e de resga tes.

Tasso trabalha como policial há 17 anos; entrou para o grupamento aéreo em 2001. “É engraçado, pois eu nunca havia sonhado em me tornar piloto”, ex plica. Seu primeiro contato com ae ­ro naves foi durante uma operação de trânsito. “Fiquei maravilhado. Foi pai­xão à primeira vista.”

Para ingressar no grupo de pilotos, prestou concurso interno da polícia. Se­gundo Tasso, a concorrência era grande. “Eram 20 candidatos por vaga”, afirma. “A exigência é grande, nem todo mun­do conseguiu entrar. Das 20 vagas, so­mente 13 foram preenchidas.”

Os helicópteros utilizados são mo­de los Esquilo AS 350B2, capazes de voar a até 250 quilômetros por hora, o que permite fazer uma viagem da ca­pital até o litoral do Estado em até 20 minutos. Os pilotos trabalham em es­quema de escala. Quando não está de plantão pa ra as emergências ou casos policiais, Tas so é o chefe da manuten­ção dos helicópteros.

Vida de heróiAssim como os heróis das histórias em quadrinhos, Tasso também tem seu uni­forme. Trata­se de um macacão ver de, que ele não pode tirar enquanto esti­ver de plantão na emergência. Mui to educado, o tenente está quase sempre sorrindo. Ele afirma que a rotina é ao

mesmo tempo estressante e gratifican­te. Ao toque da sirene, já sabe que há uma emergência. “Muitas vezes, vou até a aeronave sem saber o meu des­tino. Dentro do Águia o co­piloto me dá as orientações”, diz.

As situações de resgate são as que mais impressionaram o tenente. Algu­mas vezes, a vítima lembra um amigo ou um parente. “Isso mexe muito com a nossa cabeça. Outra situação que mar ca são os resgates de criança”, diz.

Essa proximidade com a morte e as desgraças faz com que Tasso necessa­ria mente mantenha certa distância emo ­cional das situações. “Nossa missão é entregar as vítimas com vida no hospi­tal. Depois disso, tentamos não saber o desfecho das histórias.”

Estômago forte é essencial para a fun ção. Tasso afirma que diversas ve­zes carregou pessoas em estado muito grave, até mesmo com membros am­putados. Mas é em meio às desgraças que o trabalho do tenente aparece. Um de seus momentos mais lembrados foi quando precisou pousar na Avenida Santo Amaro, zona Sul da capital. Se­gundo ele, aquele foi o pouso mais com plicado de sua vida. “Um senhor hav ia sido atropelado por um ônibus. O resgate foi tão complicado que a tele­visão transmitiu ao vivo. Tive de des­viar de tudo que tinha em volta. Lem­bro que as pás do helicóptero ficaram a centímetros dos fios elétricos e das casas”, recorda.

Felizmente, a missão foi um suces­so. Tasso e sua equipe deixaram a víti­ma com vida no Hospital das Clínicas. Dessa vez, ele não conteve a curio­ si dade sobre o caso. “Mais tarde tive a informação de que o homem havia sobrevivido.” Valeu a pena. o

“Muitas vezes, as vítimas são parecidas com algum parenteou amigo dospilotos ou da equipe. Isso mexe muito com a nossa cabeça”

2008 agosto SPnotícias 45

An o sem asas

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Page 24: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 03

CENTRO PAULA SOUZA

HOSPITAIS ESTADUAIS

LEI SECA

(EM QUILÔMETROS)

(META DOS PLANOS DE EXPANSÃO)

ACESSA SP

EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO CASA

POUPATEMPO

ESTRADAS RURAIS

HABITAÇÃO

TELECURSO TEC - 50 MIL ALUNOS DESDE ABRIL DE 2008

Vagaspara o 2ºsemestrede 2008

Vagaspara o 2ºsemestrede 2008

Vagasem2007

Vagasem2007

Vagasem2007

2007 2008Vagasem2008

Escolas técnicas Faculdades de tecnologia

29.03733.987

7.96113.208

4.170 7.255

26

39

Ensino Ensino Ensino superior Númerotécnico médio tecnológico de unidades

117,6

2006 2007 2010 2014

253,2 260,7307,1 307,1

60,28461,3

Metrô

CPTM Linha-5 Lilás

EXTENSÃO DOMETRÔ E DA CPTM

2006 2007Internações 621.682 671.386Atendimentos Laboratoriais 181.812.687 225.468.354

1,4 milhãode usuárioscadastrados

Mais de

3.584computadoresespalhadospelo Estado

408postos em 355municípios

FRENTE DE TRABALHO

69.614pessoas convocadasdesde janeiro/2007

Primeira faseAcessa Escola

599escolas

2,1 milestagiários contratados

São Mateus - CapitalPopulação beneficiada

400mil habitantes

Efetivo Operação Saturação

678policiais

208viaturas

2helicópteros

67cavalos

7cães

Resultados

Queda de homicídios

55,56%Queda de roubo de veículos

56,07%Queda dos furtos de automóveis

35,95%

1bafômetro para cada

100quilômetros de rodovia

79bafômetros para a Polícia

Rodoviária

51bafômetros para aPolícia Militar

Queda de

55%em atendimentos noshospitais da capital

Novos bafômetrospara 2008

298para o interior

102para a capital

9.426novas unidadesda CDHU desde

jan/2007

25.899.763atendimentosem 2006

27.854.360atendimentosem 2007

16.349.606atendimentosaté julho/2008

21novas unidadesdesde 2007

a meta é atingir

64até 2010

1.500 kmrecuperados pelo“Melhor Caminho”desde jan/2007

SPoEstadoemnúmeros

agosto 2008 SPnotícias 4746 SPnotícias agosto 2008

A via que atende a zona sulda capital passou a funcionaraos domingos e feriadosem julho. Logo no primeirodomingo de circulação

comercial foram registradosmais de 29 mil passageiros

*Cerca de 2/3 das estações serão novas ou reconstruídas e as outras, remodeladas

Estações Trens

3ª VIRADA SOCIAL

Page 25: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 03

SPagenda

48 SPnotícias agosto 2008 2008 agosto SPnotícias 49

MIS O Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS) retoma sua programação no dia 9, após um processo de modernização do espaço. A partir de ago­ra, o MIS tem no va proposta de atuação, com voca­ção para centro de produção, difusão, conservação, pes quisa e formação artística. A reabertura do espaço ocorre com ex posições internacionais, apresentações de VJs, show de música ex perimental e transmissões ao vivo via internet, além da inauguração do primeiro labo­ratório público de novas mídias do Brasil, o LabMIS.

BOLSASA partir do ano que vem, os 230 mil professores, 5,5 mil di retores e 1,2 mil supervisores da rede estadual poderão con correr a bolsas de mestrado e de doutorado. A Bolsa Mestrado, benefício oferecido pela Secretaria Estadual da Educação, dará 790 reais por mês aos professores sele­cionados. Para concorrer a uma das 700 vagas, é preciso que o funcionário não acumule cargo nem receba outro tipo de incentivo por meio de bolsa (de qualquer órgão); tenha projeto aprovado pela universidade na área de sua atuação na rede estadual e pela secretaria; seja membro do Quadro do Magistério; e seja efetivo e estável (deve ter passado pe lo estágio probatório).

EMPRÉSTIMOO governo do Estado de São Paulo ampliou em 50% os empréstimos destinados às Santas Casas. Desde julho, o valor da linha de crédito para essa finalidade subiu de 100 milhões para 150 milhões de reais a juro com custo

zero. O motivo foi a grande demanda de financiamentos pedidos pelas Santas Casas e hospitais filantrópicos. Os financiamentos, oferecidos pela Nossa Caixa, podem ser usados para a quitação de dívidas de outros empréstimos bancários, para pagar débitos com fornecedores ou para investimento em reformas, ampliações e modernizações das unidades. A verba só não pode ser utilizada para paga­mento de impostos atrasados ou para pagamento de dívi­das trabalhistas.

SALÁRIOOs professores da rede estadual receberam 12,2% de rea­juste no salário­base deste mês. Diretores e superviso­res também receberam o aumento. O governo calcula gastar mais 670 milhões de reais por ano com o reajuste. A remuneração dos professores do Estado inclui salário­base e gratificações. O piso da categoria, incluindo as gratifica­ções, passou para 1.819,63 reais.

BILHETE ÚNICOAté o fim do ano será lançado o Programa Metrô Fácil Estacionamento, que prevê a integração Metrô–carro. O projeto piloto vai valer, em princípio, em duas estações, na Corinthians/Itaquera, da Linha 3­Vermelha, e na Imigrantes, da Linha 2­Verde. O cartão poderá ser adquirido e car­regado com créditos no próprio local do estacionamento ou em todas as estações do Metrô e postos autorizados da São Paulo Transportes (SPTrans), vinculada à prefeitura paulistana. O usuário paga o valor do estacionamento com o cartão e tem direito a 12 horas de estada para o carro e duas viagens de Metrô (ida e volta). Além dos espaços destinados a automóveis, os estacionamentos terão local para motos e bicicletas.

VESTIBULARA Secretaria Estadual da Educação firmou convênio com a Universidade de São Paulo (USP) para aumentar as chances de o aluno da rede pública ingressar na universi­dade. Trata­se do Programa de Avaliação Seriada da USP (Pasusp), uma prova realizada pela Fuvest com base no conteúdo aprendido nas salas de aula da rede estadual. Hoje já há uma cota de no mínimo 3% para novos univer­sitários da USP que vêm da rede pública. Índice que pode ser elevado a 9%, levando­se em conta as notas do Enem. Com o Pasusp, essa porcentagem pode che gar a 12%. A prova será aplicada no dia 19 de outubro e o benefício já vale para o próximo ano letivo.

FUVESTO manual do candidato da Fuvest já es tá à venda. O kit Fuvest custa 10 reais e pode ser comprado nas agências do Santander até 10 de setembro. A taxa de inscrição custa 105 reais. O candidato deve entregar a ficha de in-scrição entre os dias 7 e 14 de setembro, das 8 às 17 horas, num dos postos relacionados no site da instituição. Informações: (11) 3093-2300 ou pelo site http://www.fuvest.br.

UNICAMPAs inscrições para o vestibular da Unicamp co meçam no dia 14 e vão até 7 de outubro. O formulário está disponível na página da uni-ver sidade (http://www.comvest.unicamp.br). O manual do candidato e a revista do vestibu-lando também estão na página eletrônica. A ins crição é on-line e o kit vestibular não será cobrado. Consultas: http://www.comvest.uni-camp.br/vest2009/calend2009.html.

MATRÍCULASDo dia 27 deste mês até 29 de setembro, os pais de alunos do ensino fundamental (1ª a 8ª série) podem fazer a matrícula antecipada dos filhos para 2009. As crianças que estão fora da escola terão garantidas as vagas nos 645 municípios paulistas. Os pais ou res ponsáveis devem fazer a inscrição na escola da rede es-tadual ou municipal mais próxima de casa.

BANCO DO POVONo dia 25 de agosto, Muhammad Yunus, Prê-mio Nobel da Paz, vai dar uma palestra no Au-ditório Celso Furtado, no Anhembi. Ele vai rela-tar sua experiência com microcrédito destinado a pessoas em extrema pobreza. A palestra do indiano faz parte da comemoração de dez anos do Banco do Povo Paulista (BPP). O congresso sobre Microcrédito Produtivo Pau lista é orga-nizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal (Cepam). O evento se rá às 13 horas. O Anhembi fica na Rua Milton Rodrigues, portão 34, Barra Funda.

O qUE FOI NOTÍCIA PROgRAME­SE

Espaço redondo no MIS

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SPagenda

50 SPnotícias agosto 2008

O Festival de Inverno de Campos do Jordão 2008 foi um sucesso. Foram nada menos do que 50 concertos durante 23 dias com recorde de público. Ao todo, mais de 90 mil espectadores assistiram às apresentações do festival. Os ingressos para ver nomes como Nelson Freire, Kurt Masur e Roberto Minczuk se esgotaram em poucas horas.

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