Assertividade

A arte de se ser Assertivo…

A assertividade é uma capacidade que nos

permite expressar os nossos sentimentos e/ou

opiniões de modo a mostrarmos que esperamos

que o nosso “ponto de vista” deve também ser

considerado.

Ou seja... Ser-se assertivo não é sinónimo de ser-se agressivo ou autoritário!

ASSERTIVO = AGRESSIVO ?

A sopa está estragada

A. Que porcaria!

B. Não consigo comer isto, vou pedir outra coisa.

C. Vou comer isto! Só espero não ficar doente.

D. A tua sopa também está estragada? Tu já viste

isto! É preciso ter lata! Só querem ganhar dinheiro!

Não queres ir reclamar, tu que tens tanto jeito para

estas coisas?

Alguém tenta passar à tua frente numa fila

A. Espere um pouco e entre na sua vez.

B. Estão-me sempre a passar à frente!

C. Grande lata!! Tem a mania que é esperto... vá para a

fila!!!

D. E tu deixas que te passem à frente? Afinal és um

cobardolas!!

Um cabelo na sanduíche

A. Um cabelo! Que nojo! Vou tirá-Io... espero que

ninguém esteja a ver...

B. Importa-se de trocar a minha sanduíche? Tem

um cabelo.

C. Isto é um nojo! Que espelunca é esta? Vou-me

embora e não venho mais aqui...

A ASSERTIVIDADE ENQUANTO FERRAMENTA PESSOAL

Ao sermos assertivos, estamos a reforçar a nossa auto-confiança, o nosso

sentido crítico e os nossos direitos enquanto indivíduos.

Existem algumas situações no nosso dia-a-dia que põem à prova a

nossa assertividade e, aliás, a resolução dessas situações depende dessa

mesma capacidade, a assertividade.

•Falar/discursar para uma multidão (grande ou pequena);

•Pedir de volta algo que emprestámos a alguém;

•Regular as nossas relações mais próximas (parceiro,

familiares, amigos);

•Comunicar e expressar aos outros abertamente os nossos

sentimentos e opiniões.

Essencialmente, 3 passos:

Moderar a nossa reação;

Dizer/fazer algo sobre a situação;

Insistir na procura de uma resolução do problema em questão.

Ter a capacidade de expressar sentimentos, direitos, opiniões, necessidades;

Manter sempre o respeito pelos outros, a todos os níveis;

ATENÇÃO: ser-se assertivo não é ser-se egoísta!

Exprima os seus sentimentos de forma direta, verdadeira e apropriada;

Lembre-se que as suas necessidades devem ser satisfeitas, pois caso contrário sentir-se-á mais tarde triste, desvalorizado ou irritado;

Todos nós temos direitos –certifique-se de que está a lutar pelo seus, sem violar obviamente os direitos dos outros;

Dê a sua opinião –pode não ser consensual com a da multidão, mas pode contribuir para a mudança do ponto de vista da mesma.

Quando alguém fala agressivamente para connosco a nossa tendência será para “acatar” aquilo que o outro diz, se formos passivos, ou para “ripostar” de igual maneira, se formos agressivos;

Normalmente gostamos que as pessoas sejam “educadas” quando falam/comunicam connosco –podemos identificar neste sentido “educação” com “assertividade”.

Mas se queremos que os outros sejam bem educados... Temos que ser nós os primeiros a sê-lo!

Assim, quando falam connosco de forma agressiva, devemos adotar uma postura assertiva, usando algumas técnicas que farão o outro, agressivo, mudar a sua atitude.

1. Eu tenho o direito de ser respeitado e tratado de igual para igual, qualquer que seja o papel que desempenho ou o meu estatuto social;

2. Eu tenho o direito de manter os meus próprios valores, desde que eles respeitem os direitos dos outros;

3. Eu tenho o direito de expressar os meus sentimentos e opiniões;

4. Eu tenho o direito de expressar as minhas necessidades e de pedir o que quero;

5. Eu tenho o direito de dizer não sem me sentir culpado por isso;

6. Eu tenho o direito de pedir ajuda e de escolher se quero prestar ajuda a alguém;

7. Eu tenho o direito de me sentir bem comigo próprio sem sentir necessidade de me justificar perante os outros;

8. Eu tenho o direito de mudar de opinião;

9. Eu tenho o direito de pensar antes de agir ou de tomar uma decisão;

10. Eu tenho o direito de dizer “não estou a perceber” e pedir que me esclareçam ou ajudem;

11. Eu tenho o direito de cometer erros sem me sentir culpado;

12. Eu tenho o direito de fixar os meus próprios objetivos de vida e lutar para que as minhas expectativas sejam realizadas, desde que respeite os direitos dos outros.

1. Tenho respeito por mim mesmo. Respeito quem sou e aquilo que faço.

2. Reconheço que tenho necessidades individuais. Reconheço que enquanto indivíduo singular tenho necessidades próprias e específicas, independentemente do meu estatuto (e.g. Familiar, profissional, social)

3. Faço declarações claras sobre aquilo que sinto e penso.

4. Permito-me cometer erros. Reconheço que é normal cometer-se erros.

5. Posso mudar de ideias/pensamentos se assim entender

6. Tenho o direito de ter tempo para pensar. Se alguém me pede para fazer algo, posso dizer, sem culpa, que preciso de pensar sobre o assunto.

7. Permito-me festejar os meus sucessos. Se algo de positivo me aconteceu, então tenho o direito de festejar e partilhá-lo com os outros.

8. Posso pedir aquilo que quero.

9. Não sou responsável pelo comportamento dos outros.

10. Respeito os outros, a todos os níveis. Devo ser assertivo para com os outros e esperar o mesmo deles.

Pensamentos sobre direitos e responsabilidades

-Não tenho o direito de

recusar pedidos aos meus amigos; -Não tenho o direito de fazer pedidos às outras pessoas; -Não tenho o direito de discordar com os outros, particularmente com a autoridade; -Não tenho o direito de ficar zangado, particularmente com as pessoas de quem gosto.

Pensamentos sobre a imagem que quero dar de mim

Tenho que ser amado ou, pelo menos, admirado por todos os que me rodeiam Tenho que ser perfeito e nunca cometer erros

Pensamentos sobre as consequências prováveis do meu comportamento

Se eu criticar a pessoa X, coisas terríveis poderão acontecer

Se sou

assertivo:

Aceito elogios

Reconheço e aceito

os meus pontos

fortes e fracos

Faço escuta ativa

Uso frases na 1ª

pessoa: “EU”

Pratico com

frequência a minha

assertividade

Recuso o que não

quero

Faço escolhas e

tomo decisões

Peço o que quero

Escuto as críticas

antes de as aceitar

ou recusar

Exponho sempre

os meus pontos de

vista

Dou poder a mim

próprio

Aptidão Como? Exemplo

Ser claro, conciso e específico



- Diz aquilo que queres realmente dizer, de uma forma o mais direta possível. Se necessário, dá exemplos que ilustrem aquilo que queres dizer; - Não pressuponhas que a outra pessoa já sabe o que queres apenas porque tu sugeriste ou deste umas pistas – ela não sabe ler o teu Pensamento; - Não faças prefácios ás tuas frases ou pedidos com desculpas, justificações ou coisas irrelevantes, falando muito para dizer pouco – o recetor recebe uma mensagem pouco clara e pode interpretá-la mal ou interromper-te antes de Acabares; - Se uma resposta clara não for obtida, a repetição é adequada.

Em vez de «Lembras-te que fizemos uma reunião de grupo há uns tempos? Aquela em que decidimos que passarias a informação para o computador? Fizeste isso?» Dizer???



- Diz aquilo que queres realmente dizer, de uma forma o mais direta possível. Se necessário, dá exemplos que ilustrem aquilo que queres dizer; - Não pressuponhas que a outra pessoa já sabe o que queres apenas porque tu sugeriste ou deste umas pistas – ela não sabe ler o teu Pensamento; - Não faças prefácios ás tuas frases ou pedidos com desculpas, justificações ou coisas irrelevantes, falando muito para dizer pouco – o recetor recebe uma mensagem pouco clara e pode interpretá-la mal ou interromper-te antes de Acabares; - Se uma resposta clara não for obtida, a repetição é adequada.

Em vez de «Lembras-te que fizemos uma reunião de grupo há uns tempos? Aquela em que decidimos que passarias a informação para o computador? Fizeste isso?»

Dizer:

«Combinámos que passarias os gráficos no computador até

hoje. Já estão prontos?»


Usar frases na

1ª pessoa

Porquê?


Usar frases na

1ª pessoa

Dizeres «eu» significa que assumes a responsabilidade pelos teus pensamentos, sentimentos e ações e que não culpas os outros.

Em vez de «tu irritas-me» dizer??? Em vez «sabes como é, ninguém consegue decidir sobre estes pontos, não é?» dizer???


Usar frases na

1ª pessoa

Dizeres «eu» significa que assumes a responsabilidade pelos teus pensamentos, sentimentos e ações e que não culpas os outros.

Em vez de «tu irritas-me»

Dizer : «eu sinto-me

irritado» Em vez «sabes como é, ninguém consegue decidir sobre estes pontos, não é?»

Dizer: «eu estou a ter dificuldade em

decidir»


Empatizar


Empatizar

Reconhece o que o recetor diz sobre a sua situação, dificuldades, sentimentos e opiniões – ele saberá que tu o estás a ouvir e a prestar atenção ao que é importante para ele, e isto constrói a compreensão entre os dois.

A: Podes-me dizer se consegues Ter a tua parte do trabalho pronta até para a semana? B: Tenho pena, mas vou Ter um teste e pode ser que haja atraso. A: ????


Empatizar

Reconhece o que o recetor diz sobre a sua situação, dificuldades, sentimentos e opiniões – ele saberá que tu o estás a ouvir e a prestar atenção ao que é importante para ele, e isto constrói a compreensão entre os dois.

A: Podes-me dizer se consegues Ter a tua parte do trabalho pronta até para a semana? B: Tenho pena, mas vou Ter um teste e pode ser que haja atraso. A: Eu compreendo que

isto te vá criar dificuldades (empatia), mas já estás atrasado

uma semana e eu gostava de ter o

assunto terminado dentro de uma

semana.


Respeitar os outros

Porquê?


Respeitar os outros

O outro, como tu, tem uma opinião e sentimentos sobre as situações. Quando criticas alguém ou rejeitas um pedido, mostra que, longe de ser um ataque pessoal a esse alguém como um todo, estás a dizer algo de específico ao comportamento/pedido em questão.

Pedir a alguém que comece a ser pontual… Recusar o convite de alguém…

??????


Respeitar os outros

O outro, como tu, tem uma opinião e sentimentos sobre as situações. Quando criticas alguém ou rejeitas um pedido, mostra que, longe de ser um ataque pessoal a esse alguém como um todo, estás a dizer algo de específico ao comportamento/pedido em questão.

A: «Fico contente por teres percebido as tuas tarefas tão rapidamente, mas estou preocupado com a tua pontualidade. Podes fazer o possível por chegar às 9:30?» (apreciação seguida de crítica construtiva e pedido de mudança) A: «Vamos tomar um copo depois das aulas?» B: «Hoje não vou, mas gostava de falar um bocado contigo depois das aulas, noutro dia. (rejeita o pedido e mostra apreço quando sugere adiar para outro dia)


Pedir mudança de comportamento



Se não te agrada alguma coisa que o outro fez ou te sentes prejudicado por ele, pede-lhe que mude o seu comportamento. Esta técnica é usada frequentemente quando fazemos uma crítica construtiva ou quando lidamos com comentários destrutivos.

Mostrar descontentamento porque se esqueceram de nos dar um recado importante; Mostrar que não gostamos que nos chames de “picuinhas” (perfecionismo numa tarefa)



Se não te agrada alguma coisa que o outro fez ou te sentes prejudicado por ele, pede-lhe que mude o seu comportamento. Esta técnica é usada frequentemente quando fazemos uma crítica construtiva ou quando lidamos com comentários destrutivos.

A: «Estou aborrecido por não me teres dado o recado do Paulo Sousa logo de manhã. Gostava que, de futuro, escrevesses as mensagens em vez de as decorar. (crítica construtiva com pedido de mudança de comportamento) B: «Estás a ser demasiado picuinhas» A: Quero que isto fique exato. Por favor, não me descrevas como picuinhas»


Ofereceres-te para mudar

Quando??



Depois de aceitares a crítica de alguém, se quiseres, oferece-te para mudar o teu comportamento.

B: «Penso que a tua apresentação foi muito comprida» A:????



Depois de aceitares a crítica de alguém, se quiseres, oferece-te para mudar o teu comportamento.

B: «Penso que a tua apresentação foi muito comprida» A: «Concordo. Vou repensá-la e cortar o empo para metade (oferecer-se para mudar)

Características Como?

Espaço pessoal

Postura corporal

Gestos

Expressão facial

Contacto visual

Utilização da voz


Espaço pessoal

Distância entre as pessoas que seja confortável para ti e para o outro, o que depende da situação e do grau de familiaridade. Se sentes que a altura do outro te coloca em desvantagem, sugere que ambos se sentem para falar.

Postura corporal Estável e descontraída – direita mas não rígida ou «pendurada».


Gestos

Expressivos mas não excessivos, Evita os gestos distrativos como tamborilar e roer as unhas, e os gestos que perturbam a comunicação, como colocar a mão à frente da boca ou cruzar os braços.

Expressão facial

Concordante com aquilo que estás a dizer e, particularmente, com os sentimentos que estás a expressar – se estás zangado, mostra-te zangado, se estás feliz, sorri.

Contacto visual

Direto mas não excessivo – evita fugir ao contacto visual, mas não fiques a olhar fixamente, com um ar «embasbacado» ou hostil, para o outro.


Utilização da voz

Discurso seguro e fluente, num ritmo adequado

e estável e num tom suficientemente alto para

ser percetível mas não tão alto que se torne

irritante. Entoação consistente com o conteúdo

verbal. Procura responder à outra pessoa com

rapidez, mas não demasiada, ou seja, sem

hesitar durante muito tempo mas também sem a

atropelar. Faz silêncios quando for adequado ou

enquanto pensas no que vais dizer, e não

preenchas as pausas com não-palavras como

«hãããã», «pronto» (ou «prontos»), «tás a ver»,

etc.

Tente regular-se diariamente pelas Regras da Assertividade –faça delas o seu novo código! Ser-se assertivo é a postura mais correta para comunicar com os outros e sermos nós mesmos, sem culpa e sem egoísmo;

Ponha em prática as regras aqui mencionadas

e verá que os outros terão uma reação diferente para consigo!

Self Improvement

Assertividade