ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 20

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Gramática do texto (37-50)

• Coesão textual (38-44)• Coerência textual (45-46)• Progressão temática (47)• Discurso directo, indirecto e

indirecto livre (48-50)

Coesão textualé assegurada por um conjunto de processos linguísticos [...]

• coesão lexical e referencial• coesão interfrásica• coesão frásica• coesão temporal

coesão lexical e referencial[mecanismos usados:]

• sinonímos, hiperónimos, hipónimos, holónimos, merónimos

• pronominalizações (anáforas, catá-foras)

• repetições• elipses

coesão interfrásica• conectores (ou marcadores; ou

articuladores discursivos)

coesão frásica• concordância• regências

coesão temporal• articulação dos tempos verbais

Coerência é a ligação lógica das ideias

• coerência lógico-conceptual• coerência pragmático-funcional

coerência lógico-conceptualobserva três princípios:

• a não contradição• a não tautologia (a não redundância) • a relevância

coerência pragmático-funcionalversa a relação texto-situação

Progressão temáticaé o modo como a informação se vai

encadeando num texto:

• por tema constante• linear• por tema derivado

• A adolescência é uma fase da vida muito estimulante.

• Houve uma enorme adesão à campanha de angariação de fundos.

• Com uma aprovação por unanimidade, a Assembleia da República ratificou a proposta apresentada.

• Apesar de famosa, a escritora passou desapercebida.

• O arquitecto construiu duas moradias geminadas.

• Hoje atrasei-me porque há imenso tráfego na auto-estrada.

2[As incoerências semânticas citadas — no fundo, neste caso, metáforas mais inesperadas — vimo-las já quando lemos os textos em causa.]

• Como ele detesta andar a pé, caminhou, deliciado, ao longo do areal.– Há uma evidente contradição entre a primeira e a segunda oração, pois a conjunção causal «como» implica uma relação de causa-efeito.

• Estou cheia de frio, porque é Verão.– A contradição semântica é evidente pois «frio» e «Verão» opõem-se e, por isso, a relação causal é inadequada.

• Tratam-se, de uma maneira geral, de apartamentos lindíssimos.– O verbo «tratar-se» é aqui um verbo impessoal e, por isso, deve utilizar-se na 3.ª pessoa do singular.

• Ainda existem muitas pessoas que precisam de casa.– O verbo «existir» (predicado) deve concordar com o sujeito («muitas pessoas»).

• No futuro haverão[á] muitas casas tão boas como essas.– O verbo «haver» é aqui um verbo impessoal e, por isso, deve utilizar-se na 3.ª pessoa do singular.

• Fazem dez anos que mudei para a casa onde vivo.– O verbo «fazer» é aqui um verbo impessoal e, por isso, deve utilizar-se na 3.ª pessoa do singular.

• Em Portugal precisam-se muito de casas novas.– O verbo «precisar-se» é aqui um verbo impessoal e, por isso, deve utilizar-se na 3.ª pessoa do singular.

• A casa é muito boa, porém gostei bastante dela.– A conjunção adversativa «porém» estabelece uma relação de oposição e não de causa-efeito.

• Em todas as casas há excelentes roupeiros, por conseguinte o Filipe não comprou nenhuma.– A conjunção conclusiva «por conseguinte» estabelece uma relação de conclusão ou de consequência e não de causa.

• Eu perguntei a ele se queria ser meu namorado.– Deve ser usado o pronome pessoal complemento indirecto «–lhe».

O texto de Vergílio Ferreira é coerente, apesar da utilização de dois registos de língua, diferentes, pois cada um deles está adequado ao estatuto sócio-cultural de quem o utiliza. Assim, o semeador usa um registo corrente, com uma ou outra expressão popular, enquanto o narrador usa um registo literário.

Ambas as personagens utilizam um discurso inadequado à situação.Tal inadequação está presente sobretudo no discurso do homem, porque utiliza um registo de língua familiar, tratando o rei por tu e, além disso, não utiliza qualquer fórmula de delicadeza, mais parecendo que está a dar ordens ao rei.

O rei, porque usa também um registo nada formal, colocando-se ao mesmo nível do homem. Esta intencional inadequação visa colocar as personagens ao mesmo nível, independentemente da sua posição social, pois rei e homem são iguais, ambos humanos na sua condição incontornável.

TEXTO A

O texto parte do tema “Ser assertivo é ser afirmativo”, que é apresentado logo no início. Depois o tema é desenvolvido, mas apresentando-se sempre a nova informação em torno da da caracterização da assertividade. Assim:

• Ser assertivo é ser afirmativo.• Ser assertivo é essencial na relação

connosco e com os outros.• Assertividade é afirmação dos direitos e

deveres.• Ser assertivo é ser capaz de reconhecer

o essencial sem autoritarismo.• Ser assertivo reforça a confiança em

nós e nos outros.• Assertividade é verdade e aceitação dos

outros.

TEXTO BO texto corresponde a uma narrativa

organizada cronologicamente. Assim, no primeiro parágrafo, utilizando o pretérito imperfeito («guinchava», «aproveitava», «eram»), corresponde a um tempo durativo de caracterização do comportamento da personagem gato.

Já o segundo parágrafo, utilizando o pretérito perfeito, corresponde a um tempo posterior, a um momento concreto, iniciado pela expressão “um dia”.

A última frase funciona como uma espécie de conclusão – a memória que no gato ficou daquele dia.

TEXTO CRepare-se na progressão: primeiro em

cadeia (rebanhos, rebanho, pensamentos, pensamentos, sensações); depois, partindo do todo para as partes (sensações, olhos, ouvidos, mãos, nariz, boca).

Assim: Sou um guardador de rebanhos.

O rebanho é os meus pensamentosE os meus pensamentos são todos sensações.Olhos, ouvidos, mãos/pés, nariz, boca

Coerência afectada por não se cumprir princípio da relevância

«Homem que repete frases do Sandokan».

Parte do discurso não concorre para o foco temático do relato.

Coerência afectada por não se cumprir princípio da não contradição

«Cavalheiro corteja dama»

Perfil inicial da personagem não é compatível com o que depois diz.

Coerência afectada por não se cumprir princípio da não tautologia (ou não redundância)

«Deputado dirige-se à Assembleia»

Não há informação nova ao longo do discurso.

Coerência afectada por não se cumprir princípio da não tautologia (ou não redundância)

«Super-irritante»

O protagonista assume não renovar as informações, limitando-se a repetir.

Coerência afectada por inadequação pragmático-funcional

«Diálogo sobre o arrependimento»

Registo linguístico não é adequado a assunto e contexto.

Coesão frásica afectada

«Dá-me de força»

Da parte de uma personagem há má flexão verbal e uma regência mal feita.

Coesão frásica afectada

«Jesus irrita-se»

Personagem faz uma afixação desnecessária, usando palavra incorrecta

Coesão lexical e referencial afectadas

«O papel?» (série Fonseca)

Além do incumprimento do princípio de não tautologia, não se usam substitutos da palavra.

Coesão interfrásica afectada

«Homem que começa todas as respostas com a palavra ‘não’» (série Fonseca)

Se não quisermos considerar que é o princípio de não contradição que é desrespeitado, podemos vincar a má escolha do marcador que inicia as frases

O Infante (49)Horizonte (50)Padrão (51)O Mostrengo (52-3)Epitáfio de Bartolomeu Dias (54)Os Colombos (55)Ocidente (56)Fernão de Magalhães (57-8)Ascensão de Vasco da Gama (59)Mar Português (60)A última nau (61)