Anatomia Externa Torax Abdomen

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TÓRAX

A segunda parte do corpo dos insetos é o tórax, considerado o

centro de locomoção dos insetos e formado por três segmentos:

1º - protórax - 1º par de pernas.

2º - mesotórax - 2º par de pernas e 1º par de asas.

3º - metatórax - 3º par de pernas e 2º par de asas.

TÓRAX

TÓRAX

TÓRAX

O PRONOTO é o esclerito dorsal do primeiro seguimento do tórax e

pode se apresentar altamente modificado em diversas ordens de insetos.

As pernas são denominadas anteriores, medianas e posteriores de

acordo com a sua inserção.

PERNAS

anterior mediana posterior

O tipo de perna é importante para caracterizar os hábitos do inseto

saltatórias - saltam

raptórias – auxiliam na captura de presas

ambulatórias - andam

natatórias – nadam

fossoriais - escavam

PERNAS

As pernas são divididas em seis segmentos, do proximal ao distal: coxa,

trocânter, fêmur, tíbia, tarso e pós tarso.

PERNAS

COXA

TROCÂNTER

FÊMUR

TÍBIA

TARSO

PÓS TARSO

•Coxa: Normalmente curta e grossa; articula-se

ao tórax por meio da cavidade coxal.

•Trocanter: Segmento curto entre a coxa e o

fêmur.

•Fêmur: Parte mais desenvolvida; fixa-se ao

trocanter e às vezes diretamente à coxa,

deslocando o trocanter lateralmente.

•Tíbia: Segmento delgado e quase tão longo

quanto o fêmur; pode apresentar espinhos e

esporões

Tarsos: Porção articulada, constituída por

articulos denominados tarsômeros, que

variam de 1 a 5.

Tarsos

De acordo c/ o número de tarsômeros, os insetos podem ser agrupados em:

•Homômeros. Mesmo número de tarsômeros

nos 3 pares de pernas.

Os insetos homômeros podem ser

monômeros, dímeros, trímeros, tetrâmeros e

pentâmeros.

4

4

4

Tarsos

•criptotetrâmeros quando aparentam ter apenas 3 tarsômeros, mas na realidade

possuem 4, pois o 3º articulo fica entre o 2º e o 4º.

Os homômeros ainda podem ser:

•criptopentâmeros quando aparentam ter apenas 4 tarsômeros, mas na realidade

possuem 5, pois o 4º articulo fica entre o 3º e o 5º.

Tarsos

•Heterômeros. Diferente número de tarsômeros em pelo menos um par de pernas,

como nas fórmulas tarsais: 3-5-5, 4-5-5, 5-4-4, 5-5-4.

5

4

5

Parte distal da perna, também chamado de pré-tarso.

As garras tarsais são estruturas presentes na extremidade apical de todas as

pernas.

Entre as garras pode haver expansões: arólio (membranosa), empódio

(pontiaguda).

Pós-tarso

Tarsos

Homômeros

Monômeros

Dímeros

Trímeros

Tetrâmeros

Pentâmeros

Criptotetrâmeros

Criptopentâmeros

 

Heterômeros

3-5-5

4-5-5

5-4-4

5-5-4

TIPOS DE PERNAS

•Ambulatórias. Sem modificação especial em nenhuma de suas partes; é o tipo

fundamental, próprio de quase todos os insetos, e são adaptadas para andar ou

correr. É o tipo de pernas das baratas, moscas, muitos besouros, borboletas,

mariposas, formigas etc.

•Saltadoras ou saltatórias. Pernas posteriores dos gafanhotos, grilos,

esperanças, pulgas e alguns besouros. Fêmur e tíbia bastante desenvolvidos e

alongados, funcionando como uma alavanca que impulsiona o inseto para frente.

Nadadoras ou natatórias: Pernas de

insetos de hábito aquático, com

adaptações mais acentuadas nos tarsos

posteriores, que assumem a forma de

remo. Fêmur, tíbia e tarso achatados e

geralmente com as margens providas de

pêlos que auxiliam a locomoção na água.

É o tipo de pernas das baratas-d’água e

besouros aquáticos.

Preensoras: Fêmur desenvolvido com um

sulco, onde se aloja a tíbia recurvada.

Servem para apreender outros animais,

inclusive outros insetos, entre o fêmur e a

tíbia. É o primeiro par de pernas das

baratas-d’água.

Raptadoras ou raptatórias: Fêmur e tíbia possuem perfeita adaptação, além de

numerosos espinhos e dentes que auxiliam na apreensão das presas,

geralmente outros insetos. São as pernas anteriores dos louva-a-deus.

Fossoriais ou escavadoras: Tarso modificado em digitus (nas

paquinhas) ou tíbia em forma de lâmina larga e denteada (nos

escaravelhos) para escavar o solo.

Coletoras: Servem para recolher e transportar grãos de pólen. Primeiro

segmento do tarso bastante desenvolvido, provido de pelos, a superfície

externa da tíbia é lisa e com longos pelos nas laterais, formando uma

espécie de “cesto” para o transporte do pólen. É o terceiro par de

pernas das abelhas.

Escansoriais: Tíbia, tarso e garra tarsal com formação típica para agarrar

o pêlo (ou cabelo) do hospedeiro, para a sua fixação. São os três pares

de pernas dos piolhos hematófagos.

Adesivas: Alguns tarsômeros das pernas anteriores são dilatados e

pilosos, formando uma “ventosa”. São as pernas anteriores dos

machos de algumas espécies de besouros aquáticos, que auxiliam sua

fixação durante a cópula.

ASAS

As asas são denominadas

anterior e posterior, e são

desenvolvidas apenas nos adultos.

No entanto, nem todos os insetos têm

asas (são ápteros).

Existem tipos de asas diferentes,

que são importantes na hora de

determinar a ordem do inseto:

tégminas, élitros, hemiélitros,

membranosas (lisas e escamosas),

franjadas etc.

Estrutura de uma asa

Costal (C): Marginal sem ramificações;

Subcostal (Sc): Logo abaixo da C, pode ramificar-se (Sc1 e Sc2);

Radial (R): Bifurca-se em um ramo indiviso R1 e num segundo ramo

(setor radial – Rs) que se divide, e cada bifurcação divide-se novamente,

originando-se 4 ramos terminais: R2, R3, R4 e R5;

Medianas (M): Situadas abaixo das radiais, iniciando-se no meio da

asa, denominadas M1, M2, M3 e M4.

Cubital (Cu): Birfuca-se em Cu1 e Cu2.

Anais (A): Não ramificadas, percorrem a parte inferior da asa (região

anal)

Nervuras Longitudinais

radial (r);

radial mediana (r-m);

médio-cubital (m-cu);

cubital-anal (cu-a);

umeral (h) ;

setorial (s).

Nervuras Transversais

São as áreas das asas delimitadas pelas nervuras, ou por estas

e as margens das asas. São denominadas células fechadas quando

completamente circundadas pelas nervuras e células abertas quando

se estendem até a margem da asa.

Células

Regiões da asa Área articular: região da asa que se articula com o tórax e abrange a pterália.

Ala: Constitui a asa propriamente dita, também chamada remígio. Compreende a

porção distal da asa que contém a maioria das nervuras e toma parte ativa durante

o voo do inseto.

Anal ou vanal: Região triangular separada da ala pela dobra anal ou vanal.

Jugal: Região pequena, nem sempre presente, separada da região anal pela dobra

jugal. Às vezes, na margem interna da asa, próximo a sua base, pode ocorrer um

lobo, denominado álula.

Semelhante a uma figura triangular a asa apresenta basicamente três margens.

Margem costal ou anterior: limita o bordo anterior da asa, da articulação com o

tórax até o seu ápice.

Margem lateral ou externa: limita lateralmente a asa, do ápice ao ângulo anal;

Margem anal ou interna: limita a asa internamente, do ângulo anal à sua base.

Margens

São três os ângulos da asa:

Umeral ou axilar – formado pela margem costal e anal;

Apical – entre a margem costal e lateral;

Anal – na interseção da margem lateral com a anal.

Ângulos

Estruturas de acoplamento: unem as asas de um mesmo lado entre si, dando maior eficiência ao voo.

Jugo: Projeção do lobo jugal da asa anterior, que se encaixa na margem

costal da asa posterior, permanecendo esta presa entre o jugo e a

margem anal da asa anterior. Ex.: algumas espécie de mariposas.

Frênulo: Cerda ou várias cerdas inseridas no ângulo umeral da asa

posterior, que se prende à asa anterior por um tufo de cerdas, chamado

de retináculo. Nos machos, o frênulo é constituído por uma única cerda,

e nas fêmeas por 2 ou 3 cerdas. Ex.: muitas espécies de mariposas.

Hâmulos: Diminutos ganchos da parte mediana da margem costal da

asa posterior, que se prendem na margem anal da asa anterior.

Ex.:abelhas e mamangavas.

Abelha: > 800x

Amplexiforme: Nas borboletas, o acoplamento das asas não é feito

por estruturas, mas pela expansão da região do ângulo umeral da asa

posterior sobre a qual se apóia a região anal da asa anterior.

Estruturas de acoplamento

Jugo

Frênulo

Hâmulos Amplexiforme

Asas membranosas lisas

TIPOS DE ASAS

ASAS MEMBRANOSAS: Asa fina e flexível com as nervuras bem

distintas. A maioria dos insetos apresenta o par posterior das asas desse

tipo.

Asas membranosas escamosas

Braqui élitro

ÉLITRO: Asa anterior dura, que recobre a asa posterior do tipo

membranosa. Ex.: besouros e tesourinhas.

HEMIÉLITRO: Asa anterior de percevejos, com a parte basal dura

(cório) e apical flexível (membrana) onde estão as nervuras

TÉGMINAS: Asa anterior de aspecto pergaminhoso ou coriáceo e

normalmente estreita e alongada. Ex. barata, louva-a-deus, gafanhotos,

grilos etc.

HALTERES OU BALANCINS: Asas metatorácicas atrofiadas que

possuem função de equilíbrio.

PSEUDO-HALTERES: Asas anteriores atrofiadas. Provavelmente,

originaram-se de élitros. Ex. machos da ordem Strepsiptera.

FRANJADA: Asas com longos pêlos nas laterais. Ex.: tripes,

microlepidópteros e microimenópteros.

ABDOMEN

Geralmente alongado e cilíndrico, caracterizado pela

segmentação típica e ausência geral de apêndice locomotores.

Constituído de 11 segmentos, sendo os terminais modificados para

cópula ou postura de ovos.

Apesar da sua aparência simplificada, o abdome é uma região

altamente especializada, que contém as principais vísceras; também

essa é a região onde ocorrem os movimentos respiratório.

APÊNDICES ABDOMINAIS

Alguns insetos apresentam em alguns estágios de seu

desenvolvimento apêndices abdominais.

Alguns apêndices só ocorrem nos insetos mais primitivos, por exemplo,

as traças-dos-livros têm estilos abdominais (auxiliam a locomoção e

suporte ao abdome), vesículas protráteis e o filamento mediano, além

de 2 cercos. O filamento mediano e os cercos são denominados

filamentos caudais.

Os pulgões apresentam um par de apêndices dorsais, denominados

sifúnculos ou cornículos, os quais podem liberar feromônio de alarme.

As lagartas (Lepidoptera) e as larvas de alguns himenópteros possuem

pernas abdominais no 3º, 4º, 5º e 6º; no 10º segmento localizam-se as

pernas anais.

Baratas apresentam cercos multisegmentados.

Nos machos, além dos cercos há dois apêndices curtos que recebem o

nome de estilos.

Tesourinhas (Dermaptera) também apresentam cercos.

Livre - quando aparece na união do abdômen com o tórax, uma

constrição mais ou menos pronunciada. Ex.: borboleta, mosca,

abelha.

TIPOS DE ABDOMEN

São baseados na ligação com o tórax

Séssil - ocorre na maioria dos insetos: o abdome liga-se ao tórax em

toda a sua largura. Ex.: gafanhotos, baratas, besouros.

Pedunculado - a ligação é feita através de uma constrição pronunciada

em forma de pecíolo. Ex.: formigas e vespas.