Torax os 29 05-12

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Hospital Universitário de Santa MariaServiço de Radiologia e Diagnóstico por Imagem

DISTÚRBIOS DA PLEURA, DA PAREDE TORÁCICA, DO DIAFRAGMA E OUTROS DISTÚRBIOS TORÁCICOS

R1 Henrique da Rosa Sobrinho

PAREDE TORÁCICA

Tecidos Moles Ausência congênita do músculo peitoral Hipertransparência Síndrome de Poland : doença autossômica recessiva que se

caracteriza pela ausência unilateral da cabeça esternocostal do músculo peitoral maior, sindactilia ipsilateral e anomalias das costelas.

Lesões de pele como nevos, verrugas, neurofibromas e mamilos acessórios, podem produzir uma opacidade nodular, em radiografias frontais, que simulam nódulo pulmonar solitário.

Abscessos da parede torácica: massas subcutâneas, localizadas, dolorosas e flutuantes (Staphylococcus e Mycobacterium tuberculosis). R-X: opacidade mal definida. TC: coleção líquida localizada com parede captante de contraste.

Parede Torácica

Tecidos Moles- Neoplasias: - Fibrossarcoma e lipossarcoma são as

neoplasias malignas mais comuns. Evidenciam-se por sintomas de dor localizada na parede torácica e massa visível e palpável.

- Lipoma: pode ser intra ou extra-torácico- Tumor desmóide: raro tumor fibroblástico que

ocorre em músculos estriados é histologicamente benigno mas tem tendência à invasão local.

O TÓRAX ÓSSEO

Anomalias Congênitas- Fusão óssea- Costelas Bífidas- Osteogenesis imperfecta e

neurofibromatose - costelas finas, onduladas “em fita”

- Costela Cervical – origina-se do 7º corpo vertebral cervical.

Costela Cervical

O TÓRAX ÓSSEO Indentações das

Costelas- As inferiores são mais

comuns que as superiores, causadas pela dilatação de uma ou mais estruturas que se localizam nos sulcos subcostais (nervo, artéria ou veia intercostal)

- Coarctação da aorta – sangue contorna a obstrução aórtica

O TÓRAX ÓSSEO

Lesões não-neoplásicas- Displasia fibrosa: lesão expansiva na

face posterior da costela com densidade transparente ou tipo vidro fosco.

- Granuloma Eosinofílico: pode causar lesões líticas.

Granuloma Eosinofílico

O TÓRAX ÓSSEO

Neoplasias

- Benignas: Osteocondromas, encondromas, osteoblastomas

- Malignas: condrossarcoma, mieloma múltiplo, carcinoma metastático (lesões líticas), tumor de Askin

O TÓRAX ÓSSEO Infecções: TB, actinomicose e nocardiose

podem atravessar o espaço pleural e produzir infecção da parede torácica

Cartilagens Costais – ossificação das cartilagens costais é um achado normal em adultos.

Escápula: Lesões congênitas (deformidade de Sprengel), pós-trumáticas e neoplásicas

Clavícula: disostose cleidocraniana (aplasia parcial ou total da clavícula), Sarcoma de Ewing

O TÓRAX ÓSSEO Coluna Vertebral Torácica: Anomalias

congênitas (hemivértebras, espinha bífida, escoliose), osteófitos, osteomielite vertebral.

Esterno- Pectus escavatum (tórax em funil): esterno

deprimido e as costelas fazem saliência anteriormente ao esterno. Associado comumente a distúrbios congênitos.

- Pectus carinatum: abaulamento para fora do esterno, podendo ser congênito ou adquirido (asma)

Osteomielite Vertebral

Pectus Escavatum

Pectus Carinatum

DIAFRAGMAElevação Unilateral do Diafragma

DIAFRAGMA Elevação Diafragmática Bilateral- Pode ser causada por um distúrbio

neuromuscular ou patologia intratorácica ou intra-abdominal.

- A ruptura bilateral do nervo frênico ou uma patologia intrínseca do músculo diafragmático produz a paralisia e a elevação bilateral do diafragma.

- A restrição pulmonar causada por fibrose intersticial, fibrose pleural bilateral ou patologia da parede torácica (mais comumente por obesidade) pode produzir elevação diafragmática bilateral.

Elevação Diafragmática Bilateral

DIAFRAGMA

Depressão Diafragmática- Associado a hiperinsulflção unilateral de

um dos pulmões, geralmente como mecanismo compensatório, quando o pulmão contralateral é pequeno.

- A depressão diafragmática bilateral é um achado permanente (enfisema) ou transitório (asma).

Depressão Diafragmática

DIAFRAGMA Hérnias Diafragmáticas- Hérnia hiatal esofágica: são vistas projetando-se

atrás do coração nas radiografias frontais na região supradiafragmática imediata do mediastino posterior. A TC mostra alargamento do hiato esofágico e mostra o conteúdo do saco herniário (estômago, tecido adiposo ou líquido ascítico).

- Hérnia de Bochdalek: grandes hérnias através do forame de Bochdalek evidenciam-se no período neonatal, por hipoplasia do pulmão ipsilateral e dificuldade respiratória. Aparece como uma massa póstero-lateral acima do diafragma esquerdo.

Hérnia Hiatal

Hérnia do Forame de Bochdalek

DIAFRAGMA

Hérnias Diafragmáticas- Hérnia de Morgani: Defeito na parte paraesternal

do diafragma. Herniação do tecido adiposo omental, do fígado ou do cólon transverso através da parte paracardíaca do hemidiafragma direito.

- Hérnia Traumática: O lado esquerdo é o mais afetado (90% dos casos), pois o fígado protege o hemidiafragma direito.

DOENÇAS PULMONARES CONGÊNITAS Malformação Adenomatóide Cística (MAC)- Constituído de um ou vários cistos de

grande tamanho que são revestidos por epitélio respiratório, com glândulas mucosas esparsas, músculo liso e tecido elástico em suas paredes.

- Ao exame radiográfico aparecem como massas arredondadas cheias de ar, que exercem um efeito de massa tumoral sobre o pulmão e o mediastino adjacente.

Malformação Adenomatóide Cística (MAC)

DOENÇAS PULMONARES CONGÊNITAS Hiperinsulflação lobar neonatal (enfisema

lobar congênito)- Decorrente de vários distúrbios que

produzam obstrução brônquica em válvula de retenção (cistos broncogênicos mediastinais, artéria pulmonar esquerda anômala, deficiência congênita de cartilagem anômala, estenose brônquica)

- Observa-se hipertransparência da lobo afetado, com compressão do pulmão adjacente, depressão diafragmática do mediastino contralateral.

Hiperinsulflação lobar neonatal (enfisema lobar congênito)

DOENÇAS PULMONARES CONGÊNITAS Seqüestro Broncopulmonar- Anormalidade congênita decorrente do

desenvolvimento independente de parte da árvore traquebrônquica, que é isolada do pulmão normal e mantém seu suprimento arterial sistêmico fetal.

- Intralobular: contido pela pleura visceral do pulmão normal, apresentam pneumonia recorrente.

- Extralobar: envolvido pelo seu próprio envoltório pleural visceral e pode ser encontrado adjacente ao pulmão normal, em meio ao diafragma ou abaixo dele.

Seqüestro Pulmonar Intralobar

DOENÇAS PULMONARES CONGÊNITAS Pulmão Hipoplásico- Decorre de deficiência arterial pulmonar

congênita ou da compressão intra-uterina do pulmão em desenvolvimento por causas diversas.

- Eleveção do diafragma e desvio do mediastino ipsilateral, com herniação do pulmão contralateral hiperinsulflado anteriormente em direção ao lado afetado.

Pulmão hipoplásico

DOENÇAS PULMONARES TRAUMÁTICAS Contusão Pulmonar- Ocorre típicamene adjacente ao ponto de impacto.

Sangue e líquido de edema enchem os alvéolos do pulmão nas primeiras 12h após o traumatismo, produzindo áreas esparsas de opacificação dos espaços aéreos.

- A evolução radiográfica típica é a estabilização das opacidades e a melhora dentro de 2 a 7 dias.

Contusão Pulmonar/ Cistos Pulmonares Traumáticos

Eventração do Diafragma – Ausência congênita ou desenvolvimento insuficiente da musculatura diafragmática

Elevação do diafragma por hamgioma hepático

Lipoma da Parede Torácica

Hérnia Diafragmática Traumática

Hérnia de Morgani

Osteocondroma

CondrossarcomaMassa extrapulmonar apical direita

Tumor de Askin (tumor neuroectodérmico primitivo) da parede torácica

Abscesso da parede torácica

Padrões Normais de Ossificação

Figure 19a.  Desmoid tumor in a 53-year-old woman with a parasternal mass. (a) CT scan demonstrates a homogeneous soft-tissue mass of the parasternum without adjacent bone

destruction

Jeung M et al. Radiographics 1999;19:617-637

©1999 by Radiological Society of North America

Deformidade de Sprengel (escápula hipoplásica e elevada)

Síndrome de Poland