Direito Administrativo - Desapropriação

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DESAPROPRIAÇÃO

PROPRIEDADE

Caso não cumpra aos requisitos, o Estado intervirá na propriedade.

FUNDAMENTOS:

Princípio da supremacia do público, que garante ao indivíduocondições de segurança e sobrevivência;

Princípio da função social, que estabelece que a propriedadetenha como objetivo alcançar o bem estar social.

O direito de propriedade é reconhecido pela Constituição Federal,porém a propriedade também tem a finalidade de exercer a funçãosocial.

DIREITO DE PROPRIEDADE

Art. 5º XXIII DA CR/88:

XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

DIREITO DE PROPRIEDADE

A intervenção do Estado na propriedade será toda ou qualqueratividade estatal que amparada na lei tenha como finalidadeajustar aos fatores exigidos pela função social a que estácondicionada.

A Constituição ao mesmo tempo em que garante o direito apropriedade, condiciona o instituto ao atendimento da funçãosocial (art. 5º, XXIII).

Já em seu art. 182, § 2º, a propriedade urbana cumpre a funçãosocial quando atende as exigências fundamentais de ordenação dacidade expressas no plano diretor, isto é, haverá situações em queo plano diretor do Município entrará em rota de colisões cominteresses do proprietário.

INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE PRIVADA

Pode ser:

Intervenção restritiva e a intervenção supressiva.

A intervenção restritiva ocorre quando o Estado impõerestrições e condicionamentos ao uso da propriedade semretirar de seu dono.

O proprietário não poderá utilizar a seu exclusivo critério econforme seus padrões, devendo subordinar-se as imposiçõesemanadas pelo Poder Público, porém conservará apropriedade em sua esfera jurídica.

As modalidades de intervenção restritivas são: a servidãoadministrativa, a requisição, a ocupação temporária, aslimitações administrativas e o tombamento.

INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE PRIVADA

Intervenção supressiva:

Ocorre quando o Estado, utilizando o princípio dasupremacia do interesse público, transferecoercitivamente para si a propriedade de terceiro, emnome do interesse público.

A modalidade desta intervenção é a desapropriação.

DESAPROPRIAÇÃO

Celso Antônio Bandeira de Mello a conceitua como ‘oprocedimento através do qual o Poder Público, fundado emnecessidade pública, utilidade pública ou interesse social,compulsoriamente despoja alguém de um bem certo,normalmente adquirindo-o para si, em caráter originário,mediante indenização prévia, justa e pagável em dinheiro, salvono caso de certos imóveis urbanos ou rurais, em que, porestarem em desacordo com a função social legalmentecaracterizada para eles, a indenização far-se-á em títulos da dívidapública, resgatáveis em parcelas anuais e sucessivas, preservadoseu valor real’.

DESAPROPRIAÇÃO

Segundo DI PIETRO ( 2010:161) “desapropriação é o procedimentoadministrativo pelo qual o Poder Público ou seus delegados,mediante prévia declaração de necessidade pública, utilidadepública ou interesse social, impõe ao proprietário a perda de umbem, substituindo-o em seu patrimônio por justa indenização.”

DESAPROPRIAÇÃO

É a mais grave das formas de intervenção do Estado.

Ocorre quando o Estado transfere para si uma propriedadepertencente à terceiro por motivos de utilidade pública,necessidade pública ou interesse social, havendo geralmente opagamento de indenização ao respectivo proprietário (art.5º, XXIV,CF/88).

FORMAS DE DESAPROPRIAÇÃO

a. Por necessidade pública;

b. Por utilidade pública;

c. Por interesse social.

FORMAS DE DESAPROPRIAÇÃO

Por necessidade pública:

É uma forma onde o poder público, em função de uma calamidadeda natureza, uma urgência ou uma necessidade ao interessepúblico vai desapropriar um bem particular, atendendo anecessidade emergencial.

Sua indenização será prévia, justa e pagável em dinheiro.

FORMAS DE DESAPROPRIAÇÃO

Por utilidade pública :

Ocorre quando o poder público tem uma finalidade mediata a ser cumpridacomo a construção de estradas ou escola, irá desapropriar uma área paraatender a esta demanda existente.

A desapropriação por interesse social é proveniente dos direitos social, ou seja,daqueles diretamente atinentes à camada mais pobre da população e à massado povo em geral, concernentes à melhoria das condições de vida, à maisequitativa distribuição da riqueza, à atenuação das desigualdades emsociedade. ( Seabra Fagundes, 1984:287).

Sua indenização também será prévia, justa e pagável em dinheiro.

Possui prazo na declaração de utilidade pública de cinco anos.

A declaração da desapropriação por utilidade pública pode ser feita pela União,Estados, Municípios e Distrito Federal.

DECRETO-LEI Nº 3.365, DE 21 DE JUNHO DE 1941

Cumpre ressaltar que o Decreto-lei 3.365 de 1941 fundiu em umaúnica modalidade as hipóteses de utilidade pública e necessidadepública constantes da Constituição.

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º A desapropriação por utilidade pública regular-se-á poresta lei, em todo o território nacional.

DECRETO-LEI Nº 3.365, DE 21 DE JUNHO DE 1941

Art. 5º Consideram-se casos de utilidade pública:

a) a segurança nacional;

b) a defesa do Estado;

c) o socorro público em caso de calamidade;

d) a salubridade pública;

e) a criação e melhoramento de centros de população, seuabastecimento regular de meios de subsistência;

f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas minerais, daságuas e da energia hidráulica;

g) a assistência pública, as obras de higiene e decoração, casas desaúde, clínicas, estações de clima e fontes medicinais;

h) a exploração ou a conservação dos serviços públicos;

DECRETO-LEI Nº 3.365, DE 21 DE JUNHO DE 1941

i) a abertura, conservação e melhoramento de vias ou logradourospúblicos; a execução de planos de urbanização; o parcelamento dosolo, com ou sem edificação, para sua melhor utilização econômica,higiênica ou estética; a construção ou ampliação de distritosindustriais; (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999)

j) o funcionamento dos meios de transporte coletivo;

k) a preservação e conservação dos monumentos históricos eartísticos, isolados ou integrados em conjuntos urbanos ou rurais,bem como as medidas necessárias a manter-lhes e realçar lhes osaspectos mais valiosos ou característicos e, ainda, a proteção depaisagens e locais particularmente dotados pela natureza;

l) a preservação e a conservação adequada de arquivos,documentos e outros bens moveis de valor histórico ou artístico;

DECRETO-LEI Nº 3.365, DE 21 DE JUNHO DE 1941

m) a construção de edifícios públicos, monumentos comemorativose cemitérios;

n) a criação de estádios, aeródromos ou campos de pouso paraaeronaves;

o) a reedição ou divulgação de obra ou invento de naturezacientífica, artística ou literária;

p) os demais casos previstos por leis especiais.

DECRETO-LEI Nº 3.365, DE 21 DE JUNHO DE 1941

§ 1º - A construção ou ampliação de distritos industriais, de que trata aalínea i do caput deste artigo, inclui o loteamento das áreas necessáriasà instalação de indústrias e atividades correlatas, bem como a revendaou locação dos respectivos lotes a empresas previamente qualificadas.

§ 2º - A efetivação da desapropriação para fins de criação ou ampliaçãode distritos industriais depende de aprovação, prévia e expressa, peloPoder Público competente, do respectivo projeto de implantação".

§ 3º Ao imóvel desapropriado para implantação de parcelamentopopular, destinado às classes de menor renda, não se dará outrautilização nem haverá retrocessão.

Art. 6º A declaração de utilidade pública far-se-á por decreto doPresidente da República, Governador, Interventor ou Prefeito.

FORMAS DE DESAPROPRIAÇÃO

Por interesse social:

É proveniente a aquele proprietário que não cumpre com suasobrigações sociais da propriedade, surge então como uma sançãoa ele, tanto no imóvel urbano de forma progressiva e rural de umaforma mais imediata.

Sua indenização é por Títulos da Dívida Pública.

DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL

TIPOS DE DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL:

Artigo 5º da CR/88 e LEI Nº 4.132, DE 10 DE SETEMBRO DE 1962.

Art. 1º A desapropriação por interesse social será decretada parapromover a justa distribuição da propriedade ou condicionar o seuuso ao bem estar social, na forma do art. 147 da ConstituiçãoFederal.

DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL

Art. 2º Considera-se de interesse social:

I - o aproveitamento de todo bem improdutivo ou explorado semcorrespondência com as necessidades de habitação, trabalho econsumo dos centros de população a que deve ou possa suprir porseu destino econômico;

II - a instalação ou a intensificação das culturas nas áreas em cujaexploração não se obedeça a plano de zoneamento agrícola,VETADO;

III - o estabelecimento e a manutenção de colônias oucooperativas de povoamento e trabalho agrícola:

DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL

IV - a manutenção de posseiros em terrenos urbanos onde, com atolerância expressa ou tácita do proprietário, tenham construídosua habilitação, formando núcleos residenciais de mais de 10 (dez)famílias;

V - a construção de casa populares;

VI - as terras e águas suscetíveis de valorização extraordinária,pela conclusão de obras e serviços públicos, notadamente desaneamento, portos, transporte, eletrificação armazenamento deágua e irrigação, no caso em que não sejam ditas áreassocialmente aproveitadas;

VII - a proteção do solo e a preservação de cursos e mananciais deágua e de reservas florestais.

DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL

VIII - a utilização de áreas, locais ou bens que, por suascaracterísticas, sejam apropriados ao desenvolvimento deatividades turísticas. (Incluído pela Lei nº 6.513, de 20.12.77)

DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL

3) Desapropriação para fins de Reforma Agrária: artigo 184 daCR/88;

2) Desapropriação urbana: artigo 182 da CR/88;

NATUREZA JURÍDICA

A desapropriação é forma originária de aquisição da propriedade.

“A forma originária de aquisição da propriedade é aquela quenasce de uma relação direta entre o sujeito e a coisa” e a derivada“aquela em que a subordinação da coisa ao sujeito depende defato ou terceiro.” (Rubens França, 87, 5).

Bandeira de Mello enuncia que “diz-se originária a forma deaquisição da propriedade quando a causa que atribui apropriedade a alguém não se vincula a nenhum título anterior, istoé, não procede, não deriva de título precedente, portanto, não édependente de outro.”

NATUREZA JURÍDICA

É precisamente o que acontece com a desapropriação, no qual atransferência do bem para o patrimônio público independe dequalquer vínculo com o título anterior de propriedade.

§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante leiespecífica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos dalei federal, do proprietário do solo urbano não edificado,subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequadoaproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

ESPÉCIES DE DESAPROPRIAÇÃO

Art.5º XXIV - a lei estabelecerá o procedimento paradesapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou porinteresse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro,ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

1) DESAPROPRIAÇÃO ORDINÁRIA

No caso de necessidade ou utilidade pública, ver item supracitado.

A indenização será justa, prévia e em dinheiro.

DESAPROPRIAÇÃO EXTRAORDINÁRIA OU SANCIONATÓRIA

§ 1º - As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas emdinheiro.

A Constituição prevê três modalidades de desapropriaçãosancionatória:

Duas são previstas para os casos de descumprimento da funçãosocial da propriedade urbana ( art. 182, p. 4º) e da propriedaderural ( art. 186), hipóteses em que é pago com títulos da dívidapública e não em dinheiro.

A terceira é prevista no art. 243 da CR/88 que prevê aexpropriação de glebas de terra em que sejam cultivadas plantaspsicotrópicas, hipótese em que o expropriado não faz juz aqualquer tipo de indenização.

DESAPROPRIAÇÃO URBANA

§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante leiespecífica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos dalei federal, do proprietário do solo urbano não edificado,subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequadoaproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

a) Desapropriação Urbana

II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbanaprogressivo no tempo;

Art. 182 da CR/88: A política de desenvolvimento urbano,executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizesgerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o plenodesenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.

DESAPROPRIAÇÃO URBANA

A indenização é paga com títulos da dívida pública municipal de emissãopreviamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de atédez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurado o valor daindenização e os juros.

A competência é exclusiva do Município;

Depende da existência de um plano diretor que defina as exigênciasfundamentais da cidade ( art. 182, p. 1º e 2º da CR/88);

Tem de ser precedida por lei municipal específica para área incluída noplano diretor, determinando o parcelamento, a edificação ou autilização compulsória do solo urbano não edificado, subutilizado ounão utilizado, devendo fixar as condições e os prazos paraimplementação da referida obrigação (art. 5º, Estatuto da Cidade).

O imóvel deve estar subutilizado, ou seja, com aproveitamento inferiorao definido no plano diretor.

DESAPROPRIAÇÃO URBANA

Procedimento:

O proprietário deve ser notificado para o cumprimento daobrigação, devendo a notificação ser averbada no cartório deregistro de imóveis (§2º do mesmo dispositivo); recebida anotificação, o proprietário tem o prazo mínimo de um ano paraprotocolar o projeto no órgão municipal competente e dois anos apartir da aprovação do projeto para iniciar obras doempreendimento (§ 4º).

Excepcionalmente em empreendimentos de grande porte, a leimunicipal específica poderá prever a conclusão em etapas,assegurando-se que o projeto aprovado compreenda oempreendimento como um todo.

DESAPROPRIAÇÃO URBANA

Desatendidas a notificação e os prazos estabelecidos, o Municípioaplicará o IPTU progressivo no tempo, mediante majoração daalíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos ou até que secumpra a obrigação; o valor da alíquota a ser aplicada a cada anoserá fixado em lei e não excederá a duas vezes o valor referente aoano anterior, respeitada a alíquota máxima de 15%.

Só após cinco anos de aplicação do IPTU progressivo sem que oproprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento ,edificação ou utilização é que o Município poderá desapropriarcom pagamento em títulos da dívida pública aprovados peloSenado e resgatáveis em até dez anos.

DESAPROPRIAÇÃO URBANA

Em resumo:

A desapropriação urbana:

Só aplica a municípios;

Tem que ter um plano diretor aprovado por lei;

Exige-se lei específica determinando o parcelamento, edificação ouutilização compulsórios;

Tem que ter notificação ao proprietário averbada no registro deimóveis;

Desatendida a notificação nos prazos legais, o proprietário ficasujeito ao IPTU progressivo no tempo, no máximo em cinco anos;

DESAPROPRIAÇÃO URBANA

Só então pode ser feita a Desapropriação.

Sem considerar o prazo para aprovação do plano diretor e da leiespecífica, todo esse procedimento leva no mínimo 8 ( oito) anos,passando por três mandatos de prefeito, o que torna o institutodifícil de ser aplicado, como enuncia Di Pietro (2010:163).

DESAPROPRIAÇÃO SANCIONATÓRIA

a) Desapropriação para fins de Reforma Agrária

Fundamentos: Lei Complementar 76/1993 e artigo 184 e ss da CR/88:

§ 1º - As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.

Art. 184 da CR/88: Compete à União desapropriar por interesse social,para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindosua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos dadívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis noprazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cujautilização será definida em lei.

§ 2º - O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, parafins de reforma agrária, autoriza a União a propor a ação dedesapropriação.

DESAPROPRIAÇÃO EXTRAORDINÁRIA

§ 4º - O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos dadívida agrária, assim como o montante de recursos para atender aoprograma de reforma agrária no exercício.

§ 3º - Cabe à lei complementar estabelecer procedimentocontraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial dedesapropriação.

§ 5º - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais asoperações de transferência de imóveis desapropriados para fins dereforma agrária.

DESAPROPRIAÇÃO RURAL

É de competência exclusiva da União;

O imóvel a ser desapropriado só poderá ser imóvel rural que nãoesteja cumprindo sua função social e só poderá ser efetivada adesapropriação pela União e seus delegados que no caso é oINCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

O imóvel deve estar descumprindo a sua função social, ou seja,deve estar sendo utilizado com inobservância dos requisitosprevistos no art. 186 da CR/88:

DESAPROPRIAÇÃO RURAL

I - aproveitamento racional e adequado;

Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade ruralatende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigênciaestabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:

II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis epreservação do meio ambiente;

III - observância das disposições que regulam as relações detrabalho;

IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários edos trabalhadores.

DESAPROPRIAÇÃO PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA

Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária:

Não pode incidir sobre a pequena e média propriedade rural, desde queseu proprietário não possua outra, e sobre a propriedade produtiva ( art.185 da CR/88);

I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desdeque seu proprietário não possua outra;

II - a propriedade produtiva.

Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtivae fixará normas para o cumprimento dos requisitos relativos a sua funçãosocial.

Pagamento feito em títulos da dívida agrária resgatáveis em até 20anos sendo as benfeitorias úteis e necessárias pagas em dinheiro.

EXPROPRIAÇÃO

Art. 243 da CR/88:

As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturasilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas eespecificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivode produtos alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenizaçãoao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

Disciplinada pela lei 8.257/1991 e artigo 243 da CR/88. Equipara-se aoconfisco por não haver direito a indenização.

EXPROPRIAÇÃO

O processo de desapropriação segue regras específicas da lei 8.257 comaplicação subsidiária do Código de Processo Civil.

Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendidoem decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins seráconfiscado e reverterá em benefício de instituições e pessoalespecializados no tratamento e recuperação de viciados e noaparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle,prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias.

SUJEITO ATIVO DA DESAPROPRIAÇÃO

b. A União, Estados e Municípios e Distrito Federal – para declarar;(atua na fase declaratória);

a. A União Federal – para legislar;

b.1) Desapropriação por utilidade pública

O decreto lei 3.365 enuncia que nos casos de desapropriação porutilidade pública:Art. 2° Mediante declaração de utilidade pública, todos os benspoderão ser desapropriados pela União, pelos Estados, Municípios,Distrito Federal e Territórios.

SUJEITO ATIVO DA DESAPROPRIAÇÃO

Desapropriação prevista no art. 5º da CR/88 regulada pela lei 4.132/62 é decompetência da União, Estados, Municípios e Distrito Federal e Territórios

b.2) Desapropriação por interesse social:

b.3) Desapropriação urbana ( art. 182, §4º da CR/88) é do Município;

b.4) Desapropriação para reforma agrária é de competência exclusiva da União.

c. A União, Estados e Municípios, Distrito Federal, Autarquias e AgentesDelegados - para desapropriar, ou seja, apenas para executar a desapropriação(fase executória).

Enuncia o decreto-lei 3365:

Art. 3° Os concessionários de serviços públicos e os estabelecimentos de caráterpúblico ou que exerçam funções delegadas de poder público poderão promoverdesapropriações mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato

SUJEITO PASSIVO

É o expropriado, que pode ser pessoa física ou jurídica, pública ouprivada. Quanto às pessoas jurídicas públicas, deve ser observada anorma do artigo 2º, § 2º, do Decreto Lei 3.365/1941.

§ 2° Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federale Territórios poderão ser desapropriados pela União e os dosMunicípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverápreceder autorização legislativa.

OBJETO DA DESAPROPRIAÇÃO

Espaço aéreo e subsolo:

Todos os bens podem ser desapropriados, incluindo coisas móveise imóveis, corpóreas e incorpóreas, públicas ou privadas.

Decreto Lei 3.365/41:

§ 1° A desapropriação do espaço aéreo ou do subsolo só setornará necessária, quando de sua utilização resultar prejuízopatrimonial do proprietário do solo.

BEM PÚBLICO

Os Estados desapropriam bens dos Municípios situados em seuterritório, mas jamais pode desapropriar bens de outro Estado e osMunicípios não podem desapropriar bens de outro Município.

A União desapropria bens de Estados e Municípios e também bensde autarquias, empresas públicas e sociedade de economia mistacriadas pelo Município, Estado-Membro, Distrito Federal ou deconcessionárias dessas pessoas jurídicas.

Qualquer das pessoas políticas pode desapropriar bens de suasrespectivas entidades Administração Indireta.

BEM PÚBLICO

Decreto Lei 3.365/41, artigo 2º:

§ 2° Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territóriospoderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos Estados, mas,em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa.

§ 3º É vedada a desapropriação, pelos Estados, Distrito Federal, Territórios eMunicípios de ações, cotas e direitos representativos do capital de instituições eempresas cujo funcionamento dependa de autorização do Governo Federal e sesubordine à sua fiscalização, salvo mediante prévia autorização, por decreto doPresidente da República. (Incluído pelo Decreto-lei nº 856, de 1969).

BEM PÚBLICO

É necessária prévia autorização do Presidente da República paradesapropriação, pelos Estados, de empresa de energia elétrica(súmula 157 do STF).

Quanto a empresa de energia elétrica, o Supremo Tribunal Federalenuncia:

Alguns objetos são inexpropriáveis como os direitospersonalíssimos, direito pessoal do autor, direito à vida, à imagem,aos alimentos.

DESTINO DOS BENS DESAPROPRIADOS

A regra é que os bens desapropriados passem a integrar opatrimônio das pessoas jurídicas que fizeram a desapropriação oudas pessoas públicas ou privadas que desempenhem serviçopúblico por delegação do Estado.

Porém a destinação pode ser para terceiros nos seguintes casos:

DESTINO DOS BENS DESAPROPRIADOS

a) Desapropriação por zona ou extensiva: Consiste na ampliaçãoda expropriação às áreas que se valorizemextraordinariamente em consequência da obra ou do serviçopúblico.

O Decreto lei n. 3.365/41 art. 4º, especifica que a “desapropriaçãopoderá abranger a área contínua necessária ao desenvolvimentoda obra a que se destina, e as zonas que se valorizamextraordinariamente, em consequência da realização do serviço.

Em qualquer caso, a declaração de utilidade pública deverácompreendê-las, mencionando-se quais as áreas indispensáveis àcontinuação da obra e as que se destinam à revenda.

DESTINO DOS BENS DESAPROPRIADOS

b) Desapropriação para urbanização ou reurbanização

Art. 5º do DL 3.365/41

i) a abertura, conservação e melhoramento de vias ou logradourospúblicos; a execução de planos de urbanização; o parcelamento dosolo, com ou sem edificação, para sua melhor utilizaçãoeconômica, higiênica ou estética; a construção ou ampliação dedistritos industriais (Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999);

c) Construção ou ampliação de Distritos industriais;

d) Interesse social no qual a transferência dos bens a terceirosconstitui a própria finalidade da medida como por exemplo areforma agrária;

e) Para assegurar o abastecimento da população;

f) A título punitivo quando incide sobre terras onde se cultivemplantas psicotrópicas no qual estas terras serão destinadas aoassentamento de colonos para o cultivo de produtos alimentícios emedicamentosos.

DESTINO DOS BENS DESAPROPRIADOS

(FCC - 2010 - MPE-SE - Analista – Direito) Sobre a desapropriação, é corretoafirmar:

a) Para fins de reforma agrária é vedado ao proprietário o direito deextensão, isto é, em nenhuma hipótese pode ele pedir a desapropriaçãode todo o imóvel quando apenas parte deste foi objeto da ação.

DESTINO DOS BENS DESAPROPRIADOS

b) A desapropriação de propriedade rural por interesse social, para fins dereforma agrária, é de competência privativa da União.

c) Em nenhuma hipótese o espaço aéreo e o subsolo podem ser objeto dedesapropriação.

d) É forma derivada de aquisição da propriedade.

e) A pequena propriedade rural pode ser objeto de desapropriação parafins de reforma agrária, mesmo que seu proprietário não possua outra.

FASES DA DESAPROPRIAÇÃO

1º) Fase Declaratória: no qual o Poder Público declara apenas aintenção da desapropriação se é por necessidade, utilidade ouinteresse social, onde pode ser feito por lei ou por Decreto doPoder Executivo.

Enuncia o Decreto Lei 3.365 de 1941:

Art. 6º A declaração de utilidade pública far-se-á por decreto doPresidente da República, Governador, Interventor ou Prefeito.

Art. 8º O Poder Legislativo poderá tomar a iniciativa dadesapropriação, cumprindo, neste caso, ao Executivo, praticar osatos necessários à sua efetivação.

DECRETO-LEI Nº 3.365, DE 21 DE JUNHO DE 1941.

DO PROCESSO JUDICIAL

A autorização legislativa só será obrigatória se a desapropriaçãorecair sobre bens públicos.

Art. 2º Mediante declaração de utilidade pública, todos os benspoderão ser desapropriados pela União, pelos Estados, Municípios,Distrito Federal e Territórios.

§ 2º Os bens do domínio dos Estados, Municípios, DistritoFederal e Territórios poderão ser desapropriados pela União, eos dos Municípios pelos Estados, mas, em qualquer caso, aoato deverá preceder autorização legislativa.

FASE DECLARATÓRIA

A declaração de utilidade pública, seja por lei ou decreto deveindicar:

Sujeito passivo da desapropriação;

Descrição do bem;

Declaração da utilidade pública ou interesse social;

Destinação específica a ser dada ao bem;

Fundamento legal e recursos orçamentários destinados aatendimento da despesa.

EFEITOS DA DECLARAÇÃO

a) Submete o bem à força expropriatória do Estado;

b) Fixa o estado do bem, isto é, suas condições, melhoramentos,benfeitorias existentes;

c) Todas as benfeitorias devem ser indenizadas;

d) Confere ao Poder Público o direito de penetrar no bem a fim defazer verificações e mediações, desde que autoridadesadministrativas atuem com moderação e sem excesso de poder;

EFEITOS DA DECLARAÇÃO

DL 3.365/41:

Art. 7º Declarada a utilidade pública, ficam as autoridadesadministrativas autorizadas a penetrar nos prédios compreendidosna declaração, podendo recorrer, em caso de oposição, ao auxíliode força policial.

Àquele que for molestado por excesso ou abuso de poder, cabeindenização por perdas e danos, sem prejuízo da ação penal.

Se o proprietário não concordar com a entrada da Administraçãono domicílio, deve ser requerida autorização judicial para tanto(art. 5º, XI da CR/88).

EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA

e) Dá início ao prazo de caducidade da declaração.

DL 3.365/41

Art. 10º A desapropriação deverá efetivar-se mediante acordo ouintentar-se judicialmente, dentro de cinco anos, contados da datada expedição do respectivo decreto e findos os quais estecaducará.

Neste caso, somente decorrido um ano, poderá ser o mesmo bemobjeto de nova declaração.

EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA

Parágrafo único. Extingue-se em cinco anos o direito de proporação que vise a indenização por restrições decorrentes de atos doPoder Público. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de2001)

No caso da desapropriação por interesse social regida pela Lei4132/62 e da reforma agrária, o prazo de caducidade é de doisanos.

Não há prazo prevista na legislação acerca de DesapropriaçãoUrbana nem da Expropriação.

Quanto as construções, aplica-se a Súmula 23 do SupremoTribunal Federal:

Súmula 23

Verificados os pressupostos legais para o licenciamento da obra,não o impede a declaração de utilidade pública paradesapropriação do imóvel, mas o valor da obra não se incluirá naindenização, quando a Desapropriação for efetivada.

EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA

FASE EXECUTÓRIA2º) Fase executória: na qual efetivamente a desapropriação serárealizada com a transferência do bem e a indenização aoproprietário.

Inclusive o pagamento da desapropriação, que pode ser extrajudicialou judicial dependendo do caso de acordo entre as partes naquelecaso, e em litígio ou homologação em juízo neste.

Competência para desapropriar:

Art. 3º Os concessionários de serviços públicos e osestabelecimentos de caráter público ou que exerçam funçõesdelegadas de poder público poderão promover desapropriaçõesmediante autorização expressa, constante de lei ou contrato.

2º) Fase Administrativa: a fase executória será administrativaquando houver acordo entre expropriante e expropriado a respeitoda indenização. Se não houver acordo, segue-se a fase judicial.

FASE JUDICIAL

3º) Fase Judicial: Se houver acordo quanto ao preço, a decisãoserá apenas homologatória, valendo como título para a transcriçãono Registro de Imóveis.

No curso do processo judicial, só podem ser discutidas questõesrelativas ao preço ou a vício processual, segundo o art. 20 do DL3.365/41.

Art. 20. A contestação só poderá versar sobre vício do processojudicial ou impugnação do preço; qualquer outra questão deveráser decidida por ação direta.

FASE JUDICIAL

Art. 9º. Ao Poder Judiciário é vedado, no processo dedesapropriação, decidir se se verificam ou não os casos deutilidade pública.

Caso haja alguma ilegalidade no ato de declaração de utilidadepública ou interesse social, o expropriado terá de propor açãodireta que pode ser ação ordinária declaratória da nulidade, ouMandado de Segurança ou até mesmo ação popular.

FASE JUDICIAL

No caso de desapropriação para reforma agrária a LC 76/93enuncia:

Art. 4º Intentada a desapropriação parcial, o proprietário poderárequerer, na contestação, a desapropriação de todo o imóvel,quando a área remanescente ficar:

I - reduzida a superfície inferior à da pequena propriedade rural; ou

II - prejudicada substancialmente em suas condições de exploraçãoeconômica, caso seja o seu valor inferior ao da partedesapropriada.

Art. 9º A contestação deve ser oferecida no prazo de quinze dias eversar matéria de interesse da defesa, excluída a apreciação quantoao interesse social declarado.

IMISSÃO PROVISÓRIA NA POSSE

Imissão provisória é a transferência da posse do bem objeto daexpropriação para o expropriante, já no início da lide,obrigatoriamente concedida pelo juiz, se o Poder Público declararurgência e depositar em juízo, em favor do proprietário,importância fixada segundo critério previsto em lei.

É necessário:

Que o poder expropriante alegue urgência, o que pode ser no atoexpropriatório ou depois, a qualquer momento, no curso doprocesso judicial. Porém o STF já entendeu que não há cabimentopara conceder-se a imissão provisória na posse de bem expropriadoquando o feito já está julgado e o preço da indenização fixado emdefinitivo.

IMISSÃO PROVISÓRIA NA POSSE

Que o poder expropriante faça o depósito da quantia fixadasegundo critério previsto em lei;

Que a imissão seja requerida no prazo de 120 dias a contar daalegação de urgência.

O Expropriado pode levantar 80% do valor depositado, nos termosdo art. 33, §2º do DL 3.365/41, desde que apresente prova dodomínio e a prova de quitação de débitos fiscais sobre o imóvel.

(FCC/2009/MPE-SE/Analista do Ministério Público)

IMISSÃO PROVISÓRIA NA POSSE

Considere as seguintes afirmações, relativas ao processo dedesapropriação:

I. no curso do processo, é vedado ao particular discutir o méritoda declaração de utilidade pública.

II. é permitida a imissão provisória na posse, independentementede depósito por parte do Poder Público.

III. é permitida a fixação da indenização por acordo entre o PoderPúblico e o proprietário.

IMISSÃO PROVISÓRIA NA POSSE

Está correto o que se afirma em

a) II e III, apenas.

b) I, II e III.

c) I, apenas.

d) I e II, apenas.

e) I e III, apenas.

INVASÃO DO IMÓVEL E PROCESSO DE DESAPROPRIAÇÃO

Súmula 354 : "A invasão do imóvel é causa de suspensão doprocesso expropriatório para fins de reforma agrária."

Do que se vê, a invasão do imóvel a ser desapropriado impede arealização da vistoria, considerada indispensável para a efetivaçãoda expropriação.

A doutrina e a jurisprudência é pacífica em determinar que asinvasões hábeis a suspender o processo de desapropriação sãoaquelas ocorridas antes ou durante a vistoria administrativa quese mostrem capazes de alterar a utilização e eficiência dapropriedade em análise.

INVASÃO DO IMÓVEL E PROCESSO DE DESAPROPRIAÇÃO

Note-se que, o que se busca coibir com a vedação dessas invasões,e, principalmente, com a suspensão da desapropriação é que, pormeio do esbulho, aqueles que pretendem se beneficiar com amedida, venham a prejudicar, de qualquer forma, a produtividadeda propriedade, apenas com o intuito de justificar a expropriaçãoda área escolhida.

Uma observação se impõe: exige-se que a turbação do imóvel aser desapropriado ocorra dentro dessas das situaçõesespecificadas (antes ou durante a vistora), mas, é ponto pacíficoque a suspensão do procedimento desapropriatório podeacontecer em qualquer das fases, leia-se tanto na vistoria, comona avaliação ou na própria desapropriação.

INVASÃO DO IMÓVEL E PROCESSO DE DESAPROPRIAÇÃO

O entendimento firmado pelo STJ se coaduna perfeitamente àposição adotada também pelo STF. Em consonância com a nossaSuprema Corte, ao cuidar do tema a Lei nº. 8.629 /93, alterada pelaMP nº. 2.183 /01 evidencia a vontade do legislador em impedir aproliferação de invasões em propriedade alheia.

INDENIZAÇÃO

A indenização deve ser justa, prévia e em dinheiro.

Pode ser em títulos da dívida pública no caso de desapropriaçãourbana (art. 182, §4º, III e 184 da CR/88) sendo aprovada peloSenado, com prazo de resgate de até 10 anos, em parcelas anuaise sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juroslegais.

No caso de desapropriação rural, art. 184 da CR/88, a indenizaçãoserá prévia, justa e em títulos da dívida agrária com cláusula depreservação do valor real, resgatáveis no prazo de 20 anos, a partirdo segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida emlei.

No cálculo de indenização devem ser incluídas as seguintesparcelas:

INDENIZAÇÃO

a) Valor do bem expropriado com todas as benfeitorias que jáexistiam no imóvel antes do ato expropriatório;

b) As benfeitorias feitas depois da desapropriação, somenteserão pagas as necessárias. As úteis somente se realizadascom autorização do expropriante.

c) construções feitas posteriormente, ainda que com licençapelo município, não são incluídas no valor da indenização(súmula 23 do STF).

d) Lucro cessante e dano emergente;

e) Juros Compensatórios, em caso de ter havido imissãoprovisória na posse, computando-se a partir dessa imissão; asua base de cálculo é a diferença entre a oferta inicial doPoder Público e sua indenização.

INDENIZAÇÃO

SÚMULA 164 DO STF: No processo de desapropriação, sãodevidos juros compensatórios desde a antecipada imissão deposse, ordenada pelo juiz, por motivo de urgência.

SÚMULA 618 do STF: Na desapropriação, direta ou indireta, ataxa dos juros compensatórios é de 12% (doze por cento) aoano.

DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA

Quanto aos juros, enuncia o decreto lei 3365:

Art. 15-A No caso de imissão prévia na posse, na desapropriaçãopor necessidade ou utilidade pública e interesse social, inclusivepara fins de reforma agrária, havendo divergência entre o preçoofertado em juízo e o valor do bem, fixado na sentença, expressosem termos reais, incidirão juros compensatórios de até seis porcento ao ano sobre o valor da diferença eventualmente apurada, acontar da imissão na posse, vedado o cálculo de juroscompostos. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

SUSPENSO LIMINARMENTE PELA ADIN 2332-DF, BEM COMOSUSPENDEU O P. 1º E 2º DO CAPUT SUPRACITADO.

INDENIZAÇÃO

Súmula 618 do STF:

Na desapropriação, direta ou indireta, a taxa dos juroscompensatórios é de 12% (doze por cento) ao ano.

Súmula 69 do STJ:

Na desapropriação direta, os juros compensatórios são devidosdesde a antecipada imissão na posse e, na desapropriaçãoindireta, a partir da efetiva ocupação do imóvel.

Súmula 113 do STJ:

Os juros compensatórios, na desapropriação direta, incidem apartir da imissão na posse, calculados sobre o valor daindenização, corrigido monetariamente.

j) Juros moratórios, no montante de 6% ao ano a partir do dia 1ºde janeiro do exercício seguinte àquele em que o pagamentodeveria ser feito ( art. 100 da CR/88).

INDENIZAÇÃO

Segundo o DL 3365 alterado pela MP 2183 de 2001:

Juros moratórios não se confundem com os compensatórios,porque estes “compensam” o expropriado pela perda antecipadada posse, àqueles são pagos em razão da demora do pagamento.

Art. 15-B. Nas ações a que se refere o art. 15-A, os jurosmoratórios destinam-se a recompor a perda decorrente do atrasono efetivo pagamento da indenização fixada na decisão final demérito, e somente serão devidos à razão de até seis por cento aoano, a partir de 1o de janeiro do exercício seguinte àquele em queo pagamento deveria ser feito, nos termos do art. 100 daConstituição.

INDENIZAÇÃO

Súmula Vinculante 17 do STF:

Durante o período previsto no parágrafo 1ºdoartigo 100 da constituição, não incidem juros de mora sobre osprecatórios que nele sejam pagos.

INDENIZAÇÃO

l) Honorários advocatícios;

m) Custas e despesas judiciais;

n) Correção monetária calculada a partir do laudo deavaliação.

Sendo que de acordo com a Súmula 561 do STF:

Em desapropriação, é devida a correção monetária até a datado efetivo pagamento da indenização, devendo proceder-se àatualização do cálculo, ainda que por mais de uma vez. ( Nãose aplica mais o art. 26, p2o doDL 3365/41).

INDENIZAÇÃO

o) Despesa com desmonte e transporte de mecanismos instalados.

Art. 25º O principal e os acessórios serão computados emparcelas autônomas.

Parágrafo único. O juiz poderá arbitrar quantia módica paradesmonte e transporte de maquinismos instalados e emfuncionamento.

INDENIZAÇÃO

(FCC /2009 /TCE-GO / Analista de Controle Externo / Direito) Considerando adisciplina atualmente vigente quanto às desapropriações por necessidade ouutilidade pública, incluindo decisões do Supremo Tribunal Federal, é corretoafirmar:

FASE JUDICIAL

a) Não é possível a imissão provisória na posse do imóveldesapropriando.

b) A imissão provisória na posse do imóvel desapropriando écondicionada ao prévio pagamento integral da indenização.

c) Não fluem juros moratórios nem compensatórios nas ações dedesapropriação indireta ou desapossamento administrativo.

d) Os juros compensatórios são calculados à taxa máxima de 6% ao ano.

Juros Compensatórios, em caso de ter havido imissãoprovisória na posse, computando-se a partir dessa imissão; asua base de cálculo é a diferença entre a oferta inicial doPoder Público e sua indenização.

INDENIZAÇÃO

SÚMULA 164 DO STF: No processo de desapropriação, sãodevidos juros compensatórios desde a antecipada imissão deposse, ordenada pelo juiz, por motivo de urgência.

INDENIZAÇÃO

Súmula 618 do STF:

Na desapropriação, direta ou indireta, a taxa dos juroscompensatórios é de 12% (doze por cento) ao ano.

Súmula 69 do STJ:

Na desapropriação direta, os juros compensatórios são devidosdesde a antecipada imissão na posse e, na desapropriaçãoindireta, a partir da efetiva ocupação do imóvel.

Súmula 113 do STJ:

Os juros compensatórios, na desapropriação direta, incidem apartir da imissão na posse, calculados sobre o valor daindenização, corrigido monetariamente.

INDENIZAÇÃO

(FCC /2009 /TCE-GO / Analista de Controle Externo / Direito) Considerando adisciplina atualmente vigente quanto às desapropriações por necessidade ouutilidade pública, incluindo decisões do Supremo Tribunal Federal, é corretoafirmar:

FASE JUDICIAL

a) Não é possível a imissão provisória na posse do imóveldesapropriando.

b) A imissão provisória na posse do imóvel desapropriando écondicionada ao prévio pagamento integral da indenização.

c) Não fluem juros moratórios nem compensatórios nas ações dedesapropriação indireta ou desapossamento administrativo.

d) Os juros compensatórios são calculados à taxa máxima de 6% ao ano.

e) Os juros compensatórios incidirão sobre a diferença entre o valor daindenização, de um lado, e o levantado pelo proprietário, por ocasião daimissão provisória na posse, de outro.

Fundo de comércio deve ser incluído no valor da indenização se oexpropriado for seu proprietário, se pertencer a terceiro, a estecaberá pleitear indenização.

Qualquer pessoa que exerça direito obrigacional sobre o bemexpropriado, atingidas indiretamente pelo ato de expropriação,farão jus à indenização, a ser reclamada em ação própria. É o casodo locatário prejudicado em consequência da desapropriação.Apenas no caso de ônus reais (penhor, hipoteca, anticrese eusufruto) o Poder Público não responde porque ficam os mesmossub-rogados no preço.

As situações patrimoniais afetadas simultaneamente com ao donoda coisa, desde que não suscetíveis de reparação pelo sub-rogamento, hão de dar ensejo à indenização pelo expropriante.Esta se fará cobrar por outra via que não a ação expropriatória.

INDENIZAÇÃO

DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA

Desapropriação indireta é a que se processa sem observância doprocedimento legal, pode ser comparada ao esbulho sendoobstada por meio de ação possessória.

Porém se o proprietário não o impedir no momento oportuno,deixando que a Administração lhe dê uma destinação pública, nãomais poderá reivindicar o imóvel, pois os bens expropriados, umavez incorporados ao patrimônio público, não podem ser objeto dereivindicação.

A prof. Maria Sylvia Di Pietro exemplifica enunciando “ imagine ahipótese em que o Poder Público construa uma praça, uma escolaum cemitério, um aeroporto, em área pertencente a particular;terminada a construção e afetado o bem de uso comum do povoou ao uso especial da Administração, a solução que cabe aoparticular é pleitear indenização por perdas e danos.”

DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA

Às vezes, a administração não se apossa diretamente do bem,mas lhe impõe limitações ou servidões inerentes ao domínio;neste caso também se caracterizará a desapropriação indireta, jáque as limitações e servidões somente podem, licitamente, afetarem parte o direito de propriedade.

Quando o particular não pleiteia a indenização em tempo hábil,deixando prescrever o seu direito, o Poder Público, pararegularizar a situação patrimonial do imóvel, terá que recorrer àação de usucapião.

(FCC / 2011 /NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO / Advogado)

DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA

A desapropriação indireta

a) pode ser obstada por meio de ação possessória.

b) não impede a reivindicação do bem, ainda que já incorporado aopatrimônio público.

c) incide diretamente sobre um bem, impondo-lhe limitações queimpedem total ou parcialmente o exercício dos poderes inerentes aodomínio.

d) gera direito à indenização; todavia, não há direito à percepção de juroscompensatórios.

e) processa-se com observância do procedimento legal, ou seja, observaos requisitos da declaração - de utilidade pública ou interesse social -, eda indenização prévia.

DESISTÊNCIA DA DESAPROPRIAÇÃO

Conforme entendimento do STF, pode o expropriante desistir de formatotal ou parcial da desapropriação, desde que restitua ao expropriado obem tal qual o recebeu, ressarcindo o proprietário de todas as despesas.

Segundo reiterados julgados do STF, entende-se que a área de terrenoreservado é insuscetível de indenização, neste sentido, vide a Súmula nº479 do STF “As margens dos rios navegáveis são de domínio público,insuscetíveis de expropriação e, por isso mesmo, excluídas deindenização”.

É necessária a homologação do juiz. Por sua vez, deve o expropriadodevolver a importância recebida pela imissão na posse.

BENEFICIÁRIOS DA DESAPROPRIAÇÃO

A União, Estados, Municípios, Distrito Federal, Autarquias e AgentesDelegados, e também Empresas que trabalham para o poder público evão utilizar daqueles bens desapropriados para um serviço público.Todas as pessoas de direito público interno e administrativa, comotambém os agentes delegados particulares contratados pelaadministração.

RETROCESSÃO

É o direito que tem o ex-proprietário de exigir de volta o seuimóvel e pleitear o direito a uma indenização (perdas e danos),caso o expropriante não dê ao bem desapropriado a destinaçãomotivadora da desapropriação.

A retrocessão cabe quando o Poder Público não dê ao imóvel autilização para qual se fez a desapropriação, estando pacífica najurisprudência a tese de que o expropriado não pode fazer valer oseu direito quando o expropriante dê ao imóvel uma destinaçãopública diversa daquela mencionada no ato expropriatório.

RETROCESSÃO

A retrocessão só será possível em caso de desvio de poder(finalidade contrária ao interesse público – tredestinação) ouquando o imóvel seja transferido a terceiros de forma contrária alei.

Segundo corrente adotada pelo Supremo Tribunal Federal e MariaSylvia Di Pietro ( 2010:190) a retrocessão é um direito de naturezamista (pessoal e real) cabendo ao expropriado a ação depreempção ou preferência ou se preferir, perdas e danos.

RETROCESSÃO

Com o novo Código Civil aplica-se o prazo de prescrição de 10anos para pleitear a retrocessão sendo que:

a) Na Desapropriação por interesse social prevista na lei 4.132/62,o artigo 3º estabelece um prazo de caducidade a contar dodecreto expropriatório, para que se promova a desapropriaçãobem como o aproveitamento do bem expropriado. Se ultrapassardois anos, começa a correr o prazo de retrocessão.

b) Na desapropriação por reforma agrária, o prazo é de três anosa contar do título translativo de domínio, no qual ultrapassadoeste prazo começa a correr o prazo de retrocessão.

c) Na desapropriação por interesse social urbana ( lei 10257/01),o prazo é de cinco anos para que haja o aproveitamento doimóvel.

RETROCESSÃO

(CESGRANRIO - 2010 - Petrobrás - Profissional Júnior – Direito)

O Governador de determinado Estado-membro da Federaçãobrasileira declarou de utilidade pública, para fins dedesapropriação, imóvel pertencente a município situado em seuterritório. Analisando a juridicidade do decreto expropriatório emtela, conclui-se que a desapropriação pretendida peloGovernador

RETROCESSÃO

c) é juridicamente possível, desde que tenha sido precedida deautorização por decreto da Chefia do Poder Executivo Federal.

d) não tem base legal, pois a desapropriação é forma derivada deaquisição da propriedade.

e) não tem base legal, pois os bens públicos não sãoexpropriáveis.

a) é juridicamente impossível, pois os bens públicos sãoimprescritíveis.

b) é juridicamente possível, desde que tenha sido precedida deautorização legislativa.

RETROCESSÃO

c) é juridicamente possível, desde que tenha sido precedida deautorização por decreto da Chefia do Poder Executivo Federal.

d) não tem base legal, pois a desapropriação é forma derivada deaquisição da propriedade.

e) não tem base legal, pois os bens públicos não sãoexpropriáveis.

a) é juridicamente impossível, pois os bens públicos sãoimprescritíveis.

b) é juridicamente possível, desde que tenha sido precedida deautorização legislativa.

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