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01 Lingua Portuguesa

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Apostila Língua Portuguesa

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  • Capa

  • Professora

    Especialista em Estudos Lingusticos e Ensino de Lnguas pela UNESP; Graduada em Letras pela FAI.

  • Sumario

    1 Compreenso e interpretao de textos de gneros variados ................................................................... 1 2 Reconhecimento de tipos e gneros textuais ........................................................................................... 13 3 Domnio da ortografia oficial .................................................................................................................... 14 3.1 Emprego das letras ............................................................................................................................... 14 3.2 Emprego da acentuao grfica ........................................................................................................... 14 4 Domnio dos mecanismos de coeso textual ........................................................................................... 34 4.1 Emprego de elementos de referenciao, substituio e repetio, de conectores e outros elementos de sequenciao textual ............................................................................................................ 34 4.2 Emprego/correlao de tempos e modos verbais ................................................................................. 34 5 Domnio da estrutura morfossinttica do perodo ..................................................................................... 65 5.1 Relaes de coordenao entre oraes e entre termos da orao ...................................................... 65 5.2 Relaes de subordinao entre oraes e entre termos da orao ..................................................... 65 5.3 Emprego dos sinais de pontuao ........................................................................................................ 78 5.4 Concordncia verbal e nominal ............................................................................................................. 87 5.5 Emprego do sinal indicativo de crase .................................................................................................. 105 5.6 Colocao dos pronomes tonos ........................................................................................................ 116 6 Reescritura de frases e pargrafos do texto........................................................................................... 124 6.1 Substituio de palavras ou de trechos de texto ................................................................................. 124 6.2 Retextualizao de diferentes gneros e nveis de formalidade .......................................................... 124 7 Correspondncia oficial (conforme Manual de Redao da Presidncia da Repblica) ......................... 130 7.1 Adequao da linguagem ao tipo de documento ................................................................................. 130 7.2 Adequao do formato do texto ao gnero ......................................................................................... 130

    Candidatos ao Concurso Pblico,

    O Instituto Maximize Educao disponibiliza o e-mail [email protected] para dvidas relacionadas ao contedo desta apostila como forma de auxili-los nos estudos para um bom desempenho na

    prova.

    As dvidas sero encaminhadas para os professores responsveis pela matria, portanto, ao entrar em contato, informe:

    - Apostila (concurso e cargo);

    - Disciplina (matria);

    - Nmero da pgina onde se encontra a dvida; e

    - Qual a dvida.

    Caso existam dvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminh-las em e-mails separados. O professor ter at cinco dias teis para respond-la.

    Bons estudos!

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    Texto um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interao comunicativa (capacidade de codificar e decodificar).

    Contexto um texto constitudo por diversas frases. Em cada uma delas, h uma informao que se liga com a anterior e/ou com a posterior, criando condies para a estruturao do contedo a ser transmitido. A essa interligao d-se o nome de contexto. O relacionamento entre as frases to grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poder ter um significado diferente daquele inicial.

    Intertexto - comumente, os textos apresentam referncias diretas ou indiretas a outros autores atravs de citaes. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto.

    Interpretao de texto - o objetivo da interpretao de um texto a identificao de sua ideia principal. A partir da, localizam-se as ideias secundrias - ou fundamentaes -, as argumentaes - ou explicaes -, que levam ao esclarecimento das questes apresentadas na prova.

    Normalmente, numa prova, o candidato deve:

    1- Identificar os elementos fundamentais de uma argumentao, de um processo, de uma poca (neste caso, procuram-se os verbos e os advrbios, os quais definem o tempo).

    2- Comparar as relaes de semelhana ou de diferenas entre as situaes do texto. 3- Comentar/relacionar o contedo apresentado com uma realidade. 4- Resumir as ideias centrais e/ou secundrias. 5- Parafrasear = reescrever o texto com outras palavras.

    Condies bsicas para interpretar

    Fazem-se necessrios: - Conhecimento histrico-literrio (escolas e gneros literrios, estrutura do texto), leitura e prtica; - Conhecimento gramatical, estilstico (qualidades do texto) e semntico;

    Observao na semntica (significado das palavras) incluem-se: homnimos e parnimos, denotao e conotao, sinonmia e antonmia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros.

    - Capacidade de observao e de sntese; - Capacidade de raciocnio.

    Interpretar / Compreender

    Interpretar significa: - Explicar, comentar, julgar, tirar concluses, deduzir. - Atravs do texto, infere-se que... - possvel deduzir que... - O autor permite concluir que...

    1 Compreenso e interpretao de textos de gneros variados.

    Prof. Zenaide Branco

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    - Qual a inteno do autor ao afirmar que...

    Compreender significa - entendimento, ateno ao que realmente est escrito. - o texto diz que... - sugerido pelo autor que... - de acordo com o texto, correta ou errada a afirmao... - o narrador afirma...

    Erros de interpretao

    - Extrapolao (viagem) = ocorre quando se sai do contexto, acrescentando ideias que no esto no texto, quer por conhecimento prvio do tema quer pela imaginao.

    - Reduo = o oposto da extrapolao. D-se ateno apenas a um aspecto (esquecendo que um texto um conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o entendimento do tema desenvolvido .

    - Contradio = s vezes o texto apresenta ideias contrrias s do candidato, fazendo-o tirar concluses equivocadas e, consequentemente, errar a questo.

    Observao - Muitos pensam que existem a tica do escritor e a tica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso, o que deve ser levado em considerao o que o autor diz e nada mais.

    Coeso - o emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona palavras, oraes, frases e/ou pargrafos entre si. Em outras palavras, a coeso d-se quando, atravs de um pronome relativo, uma conjuno (NEXOS), ou um pronome oblquo tono, h uma relao correta entre o que se vai dizer e o que j foi dito.

    Observao So muitos os erros de coeso no dia a dia e, entre eles, est o mau uso do pronome relativo e do pronome oblquo tono. Este depende da regncia do verbo; aquele, do seu antecedente. No se pode esquecer tambm de que os pronomes relativos tm, cada um, valor semntico, por isso a necessidade de adequao ao antecedente.

    - que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas depende das condies da frase. - qual (neutro) idem ao anterior. - quem (pessoa) - cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto possudo. - como (modo) - onde (lugar) - quando (tempo) - quanto (montante)

    Exemplo: Falou tudo QUANTO queria (correto) Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria aparecer o demonstrativo O).

    Dicas para melhorar a interpretao de textos

    - Leia todo o texto, procurando ter uma viso geral do assunto. Se ele for longo, no desista! H muitos candidatos na disputa, portanto, quanto mais informao voc absorver com a leitura, mais chances ter de resolver as questes.

    - Se encontrar palavras desconhecidas, no interrompa a leitura. - Leia, leia bem, leia profundamente, ou seja, leia o texto, pelo menos, duas vezes ou quantas

    forem necessrias. - Procure fazer inferncias, dedues (chegar a uma concluso). - Volte ao texto quantas vezes precisar.

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    - No permita que prevaleam suas ideias sobre as do autor.

    - Fragmente o texto (pargrafos, partes) para melhor compreenso.

    - Verifique, com ateno e cuidado, o enunciado de cada questo.

    - O autor defende ideias e voc deve perceb-las. - Observe as relaes interpargrafos. Um pargrafo geralmente mantm com outro uma relao de

    continuao, concluso ou falsa oposio. Identifique muito bem essas relaes. - Sublinhe, em cada pargrafo, o tpico frasal, ou seja, a ideia mais importante.

    - Nos enunciados, grife palavras como correto ou incorreto, evitando, assim, uma confuso na hora da resposta o que vale no somente para Interpretao de Texto, mas para todas as demais questes!

    - Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia principal, leia com ateno a introduo e/ou a concluso.

    - Olhe com especial ateno os pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., chamados vocbulos relatores, porque remetem a outros vocbulos do texto.

    Observe uma questo aplicada pelo ENEM.

    NEM SEMPRE O CRIMINOSO QUEM VAI PARAR ATRS DAS GRADES

    (Com Cincia Ambiental, n 10, abr./2007.)

    (ENEM/2007) Essa campanha publicitria relaciona-se diretamente com a seguinte afirmativa: (A) O comrcio ilcito da fauna silvestre, atividade de grande impacto, uma ameaa para a

    biodiversidade nacional. (B) A manuteno do mico-leo-dourado em jaula a medida que garante a preservao dessa

    espcie animal. (C) O Brasil, primeiro pas a eliminar o trfico do mico-leo-dourado, garantiu a preservao dessa

    espcie. (D) O aumento da biodiversidade em outros pases depende do comrcio ilegal da fauna silvestre

    brasileira. (E) O trfico de animais silvestres benfico para a preservao das espcies, pois garante-lhes a

    sobrevivncia.

    Para realizar a interpretao textual da figura acima, que apresenta linguagem verbal e no verbal, necessrio observar informaes internas e externas ao texto, as quais contribuiro para a compreenso do seu sentido e de sua funo. Em primeiro lugar, o enunciado da questo afirma que o texto faz parte de uma campanha publicitria, informao esta que nos possibilita saber que o texto cumpre uma finalidade prpria das campanhas: conscientizar as pessoas e estimul-las a aderir a uma causa (no caso, combater o trfico de animais silvestres). Em segundo lugar, a fonte indica o veculo em que o texto foi divulgado. O fato de saber que a publicao foi em uma revista com o nome Com Cincia

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    (soa: conscincia) uma dica de que se trata de uma revista lida por pessoas relacionadas com cincia e meio ambiente (pblico-alvo).

    Questes como esta requerem uma leitura, tambm, da imagem (linguagem no verbal), no s do texto.

    Fontes de pesquisa: http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/como-interpretar-textos

    http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-melhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-para-voce-interpretar-melhor-um.html

    http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/questao-117-portugues.htm Portugus linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhes. 7ed. Reform. So Paulo:

    Saraiva, 2010. QUESTES

    (TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO - ESCREVENTE TCNICO JUDICIRIO VUNESP/2013 - ADAPTADO) Leia o texto, para responder questo 1.

    Veja, a esto eles, a bailar seu diablico pas de deux (*): sentado, ao fundo do restaurante, o cliente paulista acena, assovia, agita os braos num agnico polichinelo; encostado parede, marmreo e impassvel, o garom carioca o ignora com redobrada ateno. O paulista estrebucha: Amig?!, Chef?!, Parceir?!; o garom boceja, tira um fiapo do ombro, olha pro lustre.

    Eu disse cliente paulista, percebo a redundncia: o paulista sempre cliente. Sem querer estereotipar, mas j estereotipando: trata-se de um ser cujas interaes sociais terminam, 99% das vezes, diante da pergunta dbito ou crdito?.[...] Como pode ele entender que o fato de estar pagando no garantir a ateno do garom carioca? Como pode o ignbil paulista, nascido e criado na crua batalha entre burgueses e proletrios, compreender o discreto charme da aristocracia?

    Sim, meu caro paulista: o garom carioca antes de tudo um nobre. Um antigo membro da corte que esconde, por trs da carapinha entediada, do descaso e da gravata borboleta, saudades do imperador. [...] Se deixou de bajular os prncipes e princesas do sculo 19, passou a servir reis e rainhas do 20: levou gim tnicas para Vinicius e caipirinhas para Sinatra, usques para Tom e leites para Nelson, recebeu gordas gorjetas de Orson Welles e autgrafos de Rockfeller; ainda hoje fala de futebol com Roberto Carlos e ouve conselhos de Joo Gilberto. Continua to nobre quanto sempre foi, seu orgulho permanece intacto.

    At que chega esse paulista, esse homem bidimensional e sem poesia, de camisa polo, meia soquete e sapatnis, achando que o jacarezinho de sua Lacoste um crach universal, capaz de abrir todas as portas. Ah, paulishhhhta otrio, nenhum emblema preencher o vazio que carregas no peito - pensa o garom, antes de conduzi-lo ltima mesa do restaurante, a caminho do banheiro, e ali esquec-lo para todo o sempre.

    Veja, veja como ele se debate, como se debater amanh, depois de amanh e at a Quarta-Feira de Cinzas, maldizendo a Guanabara, saudoso das vrzeas do Tiet, onde a desigualdade to mais organizada: , companheir, faz meia hora que eu cheguei, dava pra ver um cardpio?!. Acalme-se, conterrneo.

    Acostume-se com sua existncia plebeia. O garom carioca no est a para servi-lo, voc que foi ao restaurante para homenage-lo.

    (Antonio Prata, Cliente paulista, garom carioca. Folha de S.Paulo, 06.02.2013) (*) Um tipo de coreografia, de dana.

    1. O contexto em que se encontra a passagem Se deixou de bajular os prncipes e princesas do sculo 19, passou a servir reis e rainhas do 20 (2. pargrafo) leva a concluir, corretamente, que a meno a

    (A) prncipes e princesas constitui uma referncia em sentido no literal. (B) reis e rainhas constitui uma referncia em sentido no literal. (C) prncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma referncia em sentido no literal. (D) prncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma referncia em sentido literal. (E) reis e rainhas constitui uma referncia em sentido literal.

    2. (TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DO PARAN ADMINISTRADOR - UFPR/2013) Assinale a alternativa que apresenta um dito popular que parafraseia o contedo expresso no excerto: Se voc est em casa, no pode sair. Se voc est na rua, no pode entrar.

    (A) Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho come. (B) Quando o gato sai, os ratos fazem a festa.

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    (C) Um dia da caa, o outro do caador. (D) Manda quem pode, obedece quem precisa.

    (TRT/AL - ANALISTA JUDICIRIO - FCC/2014 - ADAPTADO) Ateno: Para responder questo 3, considere o texto abaixo.

    O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro comea a avanar pelos vastos e desertos prados do Cazaquisto, deixando para trs a fronteira com a China.

    O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendria Rota da Seda, antigo caminho que ligava a China Europa e era usado para o transporte de especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, at cair em desuso, seis sculos atrs.

    Hoje, a rota est sendo retomada para transportar uma carga igualmente preciosa: laptops e acessrios de informtica fabricados na China e enviados por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma.

    A Rota da Seda nunca foi uma rota nica, mas sim uma teia de caminhos trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando Xi'an cidade do centro-oeste chins, mais conhecida por seus guerreiros de terracota era a capital da China.

    As caravanas comeavam cruzando os desertos do oeste da China, viajavam por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e ento percorriam as pouco povoadas estepes da sia Central at o mar Cspio e alm.

    Esses caminhos floresceram durante os primrdios da Idade Mdia. Mas, medida que a navegao martima se expandiu e que o centro poltico da China se deslocou para Pequim, a atividade econmica do pas migrou na direo da costa.

    Hoje, a geografia econmica est mudando outra vez. Os custos trabalhistas nas cidades do leste da China dispararam na ltima dcada. Por isso as indstrias esto transferindo sua produo para o interior do pas.

    O envio de produtos por caminho das fbricas do interior para os portos de Shenzhen ou Xangai e de l por navios que contornam a ndia e cruzam o canal de Suez algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz esse tempo para trs semanas. A rota martima ainda mais barata do que o trem, mas o custo do tempo agregado por mar considervel.

    Inicialmente, a experincia foi realizada nos meses de vero, mas agora algumas empresas planejam usar o frete ferrovirio no prximo inverno boreal. Para isso adotam complexas providncias para proteger a carga das temperaturas que podem atingir 40 C negativos.

    (Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473)

    3. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIRIO - FCC/2014) Depreende-se corretamente do texto: (A) A lendria Rota da Seda foi abandonada porque as caravanas de camelos e cavalos tinham

    dificuldade de enfrentar o frio extremo da regio. (B) A expanso da navegao martima colaborou para que, no passado, a atividade comercial da

    China migrasse na direo da costa. (C) O frete ferrovirio deve ser substitudo pelo transporte martimo no inverno, j que a carga a ser

    transportada pode ser danificada pelas baixas temperaturas. (D) A partir da retomada da Rota da Seda, as fbricas chinesas voltaram a exportar quantidades

    significativas de especiarias. (E) A navegao chinesa se expandiu e o transporte martimo atingiu o seu auge durante a poca em

    que Xian era a capital da China.

    (PREFEITURA DE SERTOZINHO AGENTE COMUNITRIO DE SADE VUNESP/2012) Leia o poema para responder questo 4.

    DA DISCRIO Mrio Quintana No te abras com teu amigo Que ele um outro amigo tem. E o amigo do teu amigo Possui amigos tambm...

    (http://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade)

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    4. De acordo com o poema, correto afirmar que (A) no se deve ter amigos, pois criar laos de amizade algo ruim. (B) amigo que no guarda segredos no merece respeito. (C) o melhor amigo aquele que no possui outros amigos. (D) revelar segredos para o amigo pode ser arriscado. (E) entre amigos, no devem existir segredos.

    (GOVERNO DO ESTADO DO ESPRITO SANTO SECRETARIA DE ESTADO DA JUSTIA AGENTE PENITENCIRIO VUNESP/2013) Leia o poema para responder s questes de nmeros 5 e 6.

    Casamento

    H mulheres que dizem: Meu marido, se quiser pescar, pesque, mas que limpe os peixes. Eu no. A qualquer hora da noite me levanto, ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar. to bom, s a gente sozinhos na cozinha, de vez em quando os cotovelos se esbarram, ele fala coisas como este foi difcil prateou no ar dando rabanadas e faz o gesto com a mo. O silncio de quando nos vimos a primeira vez atravessa a cozinha como um rio profundo. Por fim, os peixes na travessa, vamos dormir. Coisas prateadas espocam: somos noivo e noiva. (Adlia Prado, Poesia Reunida)

    5. A ideia central do poema de Adlia Prado mostrar que (A) as mulheres que amam valorizam o cotidiano e no gostam que os maridos frequentem

    pescarias, pois acham difcil limpar os peixes. (B) o eu lrico do poema pertence ao grupo de mulheres que no gostam de limpar os peixes,

    embora valorizem os esbarres de cotovelos na cozinha. (C) h mulheres casadas que no gostam de ficar sozinhas com seus maridos na cozinha, enquanto

    limpam os peixes. (D) as mulheres que amam valorizam os momentos mais simples do cotidiano vividos com a pessoa

    amada. (E) o casamento exige levantar a qualquer hora da noite, para limpar, abrir e salgar o peixe.

    6. As aspas empregadas nos versos 8. e 9. servem para (A) indicar uma citao do autor. (B) explicar uma expresso. (C) salientar expresso de outra lngua. (D) isolar falas de personagem do restante do texto. (E) intercalar ideia complementar ao texto.

    (SABESP/SP ATENDENTE A CLIENTES 01 FCC/2014 - ADAPTADA) Ateno: Para responder questo 7, considere o texto abaixo.

    A marca da solido Deitado de bruos, sobre as pedras quentes do cho de paraleleppedos, o menino espia. Tem os

    braos dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde quente.

    Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. H, dentro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e tufos minsculos de musgos, formando pequenas plantas, nfimos bonsais s

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    visveis aos olhos de quem capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a marca da solido na alma, o mundo cabe numa fresta.

    (SEIXAS, Helosa. Contos mais que mnimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)

    7. No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo reduzido no qual o menino detm sua ateno

    (A) fresta. (B) marca. (C) alma. (D) solido. (E) penumbra.

    (PREFEITURA DE SO CARLOS/SP ENGENHEIRO REA CIVIL VUNESP/2011 - ADAPTADA) Leia o texto para responder questo 8.

    Bolsa rosa, contas no vermelho No fosse por um detalhe crucial de onde tirar o dinheiro , a criao de um regime de

    aposentadoria para milhes de donas de casa brasileiras de baixa renda at poderia fazer sentido. H diversos projetos de lei em tramitao na Cmara para reconhecer os direitos das mulheres dedicadas integralmente s tarefas domsticas. Mas eles ignoram o impacto econmico que isso teria nas contas pblicas. A deputada Alice Portugal (PT-SC), defensora da criao dessa espcie de bolsa-cor-de-rosa, afirma que muitas vezes, aps 35 anos de casamento, o marido vai embora, e ela (a mulher), que prestou servios a vida inteira, no tem amparo.

    Caso a bondade seja aprovada, haver custo adicional de 5,4 bilhes de reais por ano. (Exame, edio 988, ano 45, n. 5, 23.03.2011)

    8. O tema desse texto (A) o uso de bolsas cor-de-rosa pelas donas de casa brasileiras. (B) o desamparo das mulheres abandonadas pelos maridos. (C) a falta de dinheiro para pagar salrios a mulheres de baixa renda no Brasil. (D) o alto custo das contas pblicas brasileiras. (E) o impacto econmico da aposentadoria de donas de casa nas contas pblicas.

    (PREFEITURA DE SO JOS DO RIO PRETO/SP GUARDA MUNICIPAL VUNESP/2011 - ADAPTADA) Leia o texto para responder questo 9.

    Desde o dia do ataque, agentes da guarda municipal fazem viglia na porta do colgio. Como o matador Wellington de Oliveira era ex-aluno, passou vontade pelo porto. Mas o debate sobre como garantir a segurana nas escolas pblicas permanece aceso. Nas escolas da rede municipal do Rio, funcionrios encarregados da merenda e de outras funes eram tambm incumbidos de zelar pela portaria. A ideia agora dotar as escolas de porteiros responsveis pela entrada e sada de visitantes devidamente identificados. Tambm haver mais inspetores, de modo que cada colgio conte com um deles por andar. O mais difcil ser amenizar a sensao de insegurana que restou. Recentemente, ao ouvirem a movimentao de estudantes no corredor, os alunos de uma das turmas da Tasso de Oliveira saram correndo, no meio da aula, aos berros. Aquele dia marcou nossa vida para sempre, afirma Lus Marduk, diretor da escola.

    (Veja, 25.05.2011)

    9. De acordo com o texto, o ataque de Wellington de Oliveira (A) foi rapidamente esquecido pelos alunos da escola. (B) foi facilitado pelos funcionrios da escola. (C) se deu mesmo com viglia da guarda municipal. (D) alterou a rotina da escola Tasso da Silveira. (E) tem reforado a sensao de segurana.

    (CREFITO/SP OPERADOR DE VDEO VUNESP/2012 - ADAPTADA) Leia o poema de Carlos Drummond de Andrade para responder questo 10.

    Quero me casar Quero me casar na noite na rua

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    no mar ou no cu quero me casar. Procuro uma noiva loura morena preta ou azul uma noiva verde uma noiva no ar como um passarinho. Depressa, que o amor no pode esperar.

    10. No poema, revelam-se os seguintes sentidos: (A) solido, irritao e angstia. (B) vontade, medo e tranquilidade. (C) descaso, imprudncia e agitao. (D) autoridade, investigao e impacincia. (E) desejo, busca e pressa.

    11. (TRF 4 REGIO TAQUIGRAFIA FCC/2010) Considere: Chama-se "situao de discurso" o conjunto das circunstncias no meio das quais se desenrola um

    ato de enunciao (seja ele escrito ou oral). preciso entender com isso ao mesmo tempo o ambiente fsico e social em que este ato se d, a imagem que dele tm os interlocutores, a identidade desses, a ideia que cada um faz do outro (inclusive a representao que cada um possui daquilo que o outro pensa sobre ele), os acontecimentos que precederam o ato de enunciao (especialmente as relaes que tiveram antes os interlocutores, e principalmente as trocas de palavras em que se insere a enunciao em questo).

    (Ducrot, O.; Todorov, T. Dicionrio enciclopdico das cincias da linguagem. So Paulo: Perspectiva, 2001, p. 297-8)

    Segundo o texto, correto afirmar: (A) A anlise discursiva deve se ater ao estudo dos enunciados. (B) Os enunciados produzem a enunciao. (C) A descrio da enunciao determinada pela identidade dos interlocutores. (D) Dados exteriores aos enunciados so apendiculares compreenso. (E) O conceito de situao de discurso engloba a enunciao e seu entorno.

    (MPE/AM AGENTE TCNICO COMUNICLOGO FCC/2013 - ADAPTADA) Ateno: Considere o poema abaixo para responder questo 12.

    O rio Ser como o rio que deflui Silencioso dentro da noite. No temer as trevas da noite. Se h estrelas nos cus, refleti-las. E se os cus se pejam de nuvens, Como o rio as nuvens so gua, Refleti-las tambm sem mgoa Nas profundidades tranquilas.

    (Manuel Bandeira. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro. Nova Aguilar: 1993. p. 285)

    12. O poeta (A) considera a participao dos seres humanos na natureza, por estarem submetidos a uma srie

    ininterrupta de acontecimentos rotineiros. (B) se volta para o necessrio respeito aos elementos da natureza, como garantia de uma vida

    tranquila, sem sobressaltos inesperados. (C) demonstra desencanto em relao aos problemas cotidianos, por sua habitual ocorrncia a

    exemplo da natureza, sem qualquer soluo possvel. (D) alude fatalidade do destino humano sujeito a contnuas alteraes, semelhantes s impostas

    pela natureza a um rio, que flui incessantemente.

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    (E) prope adaptao s circunstncias da vida, sejam elas favorveis ou no, as quais devem ser analisadas e, principalmente, aceitas.

    13. (CORREIOS CARTEIRO CESPE/2011) Um carteiro chega ao porto do hospcio e grita: Carta para o 9.326!! Um louco pega o envelope, abre-o e v que a carta est em branco, e um outro pergunta: Quem te mandou essa carta? Minha irm.

    Mas por que no est escrito nada? Ah, porque ns brigamos e no estamos nos falando!

    Internet: (com adaptaes).

    O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto acima decorre A) da identificao numrica atribuda ao louco. B) da expresso utilizada pelo carteiro ao entregar a carta no hospcio. C) do fato de outro louco querer saber quem enviou a carta. D) da explicao dada pelo louco para a carta em branco. E) do fato de a irm do louco ter brigado com ele.

    14. (CORREIOS CARTEIRO CESPE/2011) Um homem se dirige recepcionista de uma clnica: Por favor, quero falar com o dr. Pedro. O senhor tem hora? O sujeito olha para o relgio e diz: Sim. So duas e meia. No, no... Eu quero saber se o senhor paciente. O que a senhora acha? Faz seis meses que ele no me paga o aluguel do consultrio...

    Internet: (com adaptaes).

    No texto acima, a recepcionista dirige-se duas vezes ao homem para saber se ele (A) verificou o horrio de chegada e est sob os cuidados do dr. Pedro. (B) pode indicar-lhe as horas e decidiu esperar o pagamento do aluguel. (C) tem relgio e sabe esperar. (D) marcou consulta e est calmo. (E) marcou consulta para aquele dia e est sob os cuidados do dr. Pedro.

    15. (DETRAN/RN VISTORIADOR/EMPLACADOR FGV PROJETOS/2010)

    Painel do leitor (Carta do leitor) Resgate no Chile

    Assisti ao maior espetculo da Terra numa operao de salvamento de vidas, aps 69 dias de permanncia no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile.

    Um a um os mineiros soterrados foram iados com sucesso, mostrando muita calma, sade, sorrindo e cumprimentando seus companheiros de trabalho. No se pode esquecer a ajuda tcnica e material que os Estados Unidos, Canad e China ofereceram equipe chilena de salvamento, num gesto humanitrio que s enobrece esses pases. E, tambm, dos dois mdicos e dois socorristas que, demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina para ajudar no salvamento.

    (Douglas Jorge; So Paulo, SP; www.folha.com.br painel do leitor 17/10/2010)

    Considerando o tipo textual apresentado, algumas expresses demonstram o posicionamento pessoal do leitor diante do fato por ele narrado. Tais marcas textuais podem ser encontradas nos trechos a seguir, EXCETO:

    (A) Assisti ao maior espetculo da Terra... (B) ... aps 69 dias de permanncia no fundo de uma mina de cobre e ouro no Chile. (C) No se pode esquecer a ajuda tcnica e material... (D) ... gesto humanitrio que s enobrece esses pases. (E) ... demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina...

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    (DCTA TCNICO 1 SEGURANA DO TRABALHO VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder s questes de nmeros 16 a 18.

    Frias na Ilha do Nanja Meus amigos esto fazendo as malas, arrumando as malas nos seus carros, olhando o cu para

    verem que tempo faz, pensando nas suas estradas barreiras, pedras soltas, fissuras* sem falar em bandidos, milhes de bandidos entre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras...

    Meus amigos partem para as suas frias, cansados de tanto trabalho; de tanta luta com os motoristas da contramo; enfim, cansados, cansados de serem obrigados a viver numa grande cidade, isto que j est sendo a negao da prpria vida.

    E eu vou para a Ilha do Nanja. Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as frias l, onde, beira das lagoas verdes e

    azuis, o silncio cresce como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: j estou vendo os pescadores com suas barcas de sardinha, e a moa janela a namorar um moo na outra janela de outra ilha.

    (Ceclia Meireles, O que se diz e o que se entende. Adaptado) *fissuras: fendas, rachaduras

    16. No primeiro pargrafo, ao descrever a maneira como se preparam para suas frias, a autora mostra que seus amigos esto

    (A) serenos. (B) descuidados. (C) apreensivos. (D) indiferentes. (E) relaxados.

    17. De acordo com o texto, pode-se afirmar que, assim como seus amigos, a autora viaja para (A) visitar um lugar totalmente desconhecido. (B) escapar do lugar em que est. (C) reencontrar familiares queridos. (D) praticar esportes radicais. (E) dedicar-se ao trabalho.

    18. Ao descrever a Ilha do Nanja como um lugar onde, beira das lagoas verdes e azuis, o silncio cresce como um bosque (ltimo pargrafo), a autora sugere que viajar para um lugar

    (A) repulsivo e populoso. (B) sombrio e desabitado. (C) comercial e movimentado. (D) buclico e sossegado. (E) opressivo e agitado.

    19. (GOVERNO DO MARANHO DELEGADO DE POLCIA CIVIL FGV PROJETOS/2012) Observe a charge a seguir.

    Assinale a alternativa inadequada em relao aos elementos da charge acima. (A) A noo de insegurana dada, entre outras coisas, pelo arame farpado sobre os muros.

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    (B) A fala do personagem indica, tambm, a falta de coleta normal de lixo. (C) O tamanho das casas indica local de poucas possibilidades econmicas. (D) As reticncias aps segurana pblica indicam reflexo sobre o tema. (E) Os termos do personagem indicam vocabulrio militar.

    20. (DECEA CONTROLADOR DE TRFEGO AREO CESGRANRIO/2012

    Disponvel em: Acesso em: 3 ago. 2012.

    Nos dois primeiros quadros do Texto III, as respostas do piloto produzem humor na tirinha. Esse humor baseado em uma atitude repetida pelo piloto, o qual

    (A) simula desconfiar de orientaes externas. (B) mostra ignorar procedimentos de aviao. (C) revela negligenciar a segurana do voo. (D) busca compreender linguagem tcnica. (E) finge desconhecer o objetivo do pedido.

    RESPOSTAS

    1. RESPOSTA: B. Pela leitura do texto infere-se que os reis e rainhas do sculo 20 so as personalidades da mdia,

    os famosos e famosas. Quanto a prncipes e princesas do sculo 19, esses eram da corte, literalmente.

    2. RESPOSTA: A. Dentre as alternativas apresentadas, a que reafirma a ideia do excerto (no h muita sada, no h

    escolhas) : Se voc est em casa, no pode sair. Se voc est na rua, no pode entrar.

    3. RESPOSTA: B. Interpretao que requer, apenas, uma leitura atenciosa do texto para que se chegue resposta

    correta: A expanso da navegao martima colaborou para que, no passado, a atividade comercial da China migrasse na direo da costa.

    4. RESPOSTA: D. Pela leitura do poema identifica-se, apenas, a informao contida na alternativa: revelar segredos

    para o amigo pode ser arriscado.

    5. RESPOSTA: D. Pela leitura do texto percebe-se, claramente, que a autora narra um momento simples, mas que

    prazeroso ao casal.

    6. RESPOSTA: D. Atravs da leitura do poema percebemos o porqu das aspas: servem para indicar as falas da

    personagem.

    7. RESPOSTA: A. Com palavras do prprio texto responderemos: o mundo cabe numa fresta.

  • 12

    8. RESPOSTA: E. Pela leitura do texto, fica evidente que ele aponta o impacto econmico que o pagamento de

    aposentadoria s donas de casa causar s contas pblicas.

    9. RESPOSTA: D. Utilizando trechos do texto: Desde o dia do ataque, agentes da guarda municipal fazem viglia na

    porta do colgio... Aquele dia marcou nossa vida para sempre...

    10. RESPOSTA: E. Quero = desejo / Procuro = busca / Depressa = pressa

    11. RESPOSTA: E. Utilizemos trechos do texto para que consigamos responder questo (no se esquea: voc pode

    deve fazer isso em seu concurso tambm!): ...conjunto das circunstncias no meio das quais se desenrola um ato de enunciao (...). preciso entender com isso ao mesmo tempo o ambiente fsico e social em que este ato se d. = enunciao e seu contexto, ambiente no qual a situao de discurso ocorre.

    12. RESPOSTA: E. Com palavras do texto podemos responder questo: Ser como o rio... No temer as trevas da noite

    ... Refleti-las tambm sem mgoa.

    13. RESPOSTA: D. Geralmente o efeito de humor desses gneros textuais aparece no desfecho da histria, ao final,

    como nesse: Ah, porque ns brigamos e no estamos nos falando.

    14. RESPOSTA: E. O senhor tem hora? (...) No, no... Eu quero saber se o senhor paciente = a recepcionista quer

    saber se ele marcou horrio e se paciente do Dr. Pedro.

    15. RESPOSTA: B. Em todas as alternativas h expresses que representam a opinio do autor: Assisti ao maior

    espetculo da Terra / No se pode esquecer / gesto humanitrio que s enobrece / demonstrando coragem e desprendimento.

    16. RESPOSTA: C. pensando nas suas estradas barreiras, pedras soltas, fissuras sem falar em bandidos, milhes

    de bandidos entre as fissuras, as pedras soltas e as barreiras... = pensar nessas coisas, certamente, deixa-os apreensivos.

    17. RESPOSTA: B. Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta da prpria autora!

    18. RESPOSTA: D. Pela descrio realizada, o lugar no tem nada de ruim.

    19. RESPOSTA: B. Dentre as alternativas apresentadas, a nica que est inadequada quanto ao tema abordado pela

    charge a falta de coleta de lixo.

    20. RESPOSTA: E. O humor produzido atravs da fala do piloto, que leva os pedidos ao p da letra: Diga: sua altitude

    (como ele a interpreta).

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    A todo o momento nos deparamos com vrios textos, sejam eles verbais ou no verbais. Em todos h a presena do discurso, isto , a ideia intrnseca, a essncia daquilo que est sendo transmitido entre os interlocutores. Estes interlocutores so as peas principais em um dilogo ou em um texto escrito.

    de fundamental importncia sabermos classificar os textos com os quais travamos convivncia no nosso dia a dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais e gneros textuais.

    Comumente relatamos sobre um acontecimento, um fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opinio sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre algum que acabamos de conhecer ou ver. exatamente nessas situaes corriqueiras que classificamos os nossos textos naquela tradicional tipologia: Narrao, Descrio e Dissertao.

    As tipologias textuais caracterizam-se pelos aspectos de ordem lingustica

    Os tipos textuais designam uma sequncia definida pela natureza lingustica de sua composio. So observados aspectos lexicais, sintticos, tempos verbais, relaes logicas. Os tipos textuais so o narrativo, descritivo, argumentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.

    - Textos narrativos constituem-se de verbos de ao demarcados no tempo do universo narrado, como tambm de advrbios, como o caso de antes, agora, depois, entre outros:

    Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. Depois de muita conversa, resolveram...

    - Textos descritivos como o prprio nome indica, descrevem caractersticas tanto fsicas quanto psicolgicas acerca de um determinado indivduo ou objeto. Os tempos verbais aparecem demarcados no presente ou no pretrito imperfeito:

    Tinha os cabelos mais negros como a asa da grana...

    - Textos expositivos Tm por finalidade explicar um assunto ou uma determinada situao que se almeje desenvolv-la, enfatizando acerca das razes de ela acontecer, como em:

    O cadastramento ir se prorrogar at o dia 02 de dezembro, portanto, no se esquea de faz-lo, sob pena de perder o benefcio.

    - Textos injuntivos (instrucional) Trata-se de uma modalidade na qual as aes so prescritas de forma sequencial, utilizando-se de verbos expressos no imperativo, infinitivo ou futuro do presente.

    Misture todos os ingrediente e bata no liquidificador at criar uma massa homognea.

    - Textos argumentativos (dissertativo) Demarcam-se pelo predomnio de operadores argumentativos, revelados por uma carga ideolgica constituda de argumentos e contra-argumentos que justificam a posio assumida acerca de um determinado assunto.

    A mulher do mundo contemporneo luta cada vez mais para conquistar seu espao no mercado de trabalho, o que significa que os gneros esto em complementao, no em disputa.

    2 Reconhecimento de tipos de gneros textuais.

    Prof. Zenaide Branco

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    Gneros Textuais

    So os textos materializados que encontramos em nosso cotidiano; tais textos apresentam caractersticas scio-comunicativas definidas por seu estilo, funo, composio, contedo e canal. Como exemplos, temos: receita culinria, e-mail, reportagem, monografia, poema, editorial, piada, debate, agenda, inqurito policial, frum, blog, etc.

    A escolha de um determinado gnero discursivo depende, em grande parte, da situao de produo, ou seja, a finalidade do texto a ser produzido, quem so os locutores e os interlocutores, o meio disponvel para veicular o texto, etc.

    Os gneros discursivos geralmente esto ligados a esferas de circulao. Assim, na esfera jornalstica, por exemplo, so comuns gneros como notcias, reportagens, editoriais, entrevistas e outros; na esfera de divulgao cientfica so comuns gneros como verbete de dicionrio ou de enciclopdia, artigo ou ensaio cientfico, seminrio, conferncia.

    Fontes de pesquisa: http://www.brasilescola.com/redacao/tipologia-textual.htm

    Portugus linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhes. 7ed. Reform. So Paulo: Saraiva, 2010.

    Portugus Literatura, Produo de Textos & Gramtica volume nico / Samira Yousseff Campedelli, Jsus Barbosa Souza. 3. Ed. So Paulo: Saraiva, 2002.

    Ortografia

    A ortografia a parte da Fonologia que trata da correta grafia das palavras. ela quem ordena qual som devem ter as letras do alfabeto. Os vocbulos de uma lngua so grafados segundo acordos ortogrficos.

    A maneira mais simples, prtica e objetiva de aprender ortografia realizar muitos exerccios, ver as palavras, familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras necessrio, mas no basta, pois h inmeras excees e, em alguns casos, h necessidade de conhecimento de etimologia (origem da palavra).

    Regras ortogrficas

    O fonema s

    Escreve-se com S e no com C/

    palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretenso / expandir - expanso / ascender - ascenso / inverter - inverso / aspergir - asperso / submergir - submerso / divertir - diverso / impelir - impulsivo / compelir - compulsrio / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensvel / consentir consensual.

    Escreve-se com SS e no com C e

    nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou -meter: agredir - agressivo / imprimir - impresso / admitir - admisso / ceder - cesso /

    3 Domnio da ortografia oficial. 3.1 Emprego das letras.

    3.2 Emprego da acentuao grfica. Prof. Zenaide Branco

  • 15

    exceder - excesso / percutir - percusso / regredir - regresso / oprimir - opresso / comprometer - compromisso / submeter submisso.

    *quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por s. Exemplos: a + simtrico - assimtrico / re + surgir ressurgir.

    *no pretrito imperfeito simples do subjuntivo. Exemplos: ficasse, falasse.

    Escreve-se com C ou e no com S e SS

    vocbulos de origem rabe: cetim, aucena, acar. *os vocbulos de origem tupi, africana ou extica: cip, Juara, caula, cachaa, cacique. *os sufixos aa, ao, ao, ar, ecer, ia, na, ua, uu, uo: barcaa, ricao, aguar, empalidecer,

    carnia, canio, esperana, carapua, dentuo. *nomes derivados do verbo ter: abster - absteno / deter - deteno / ater - ateno / reter

    reteno. *aps ditongos: foice, coice, traio. *palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r): marte - marciano / infrator - infrao / absorto

    absoro.

    O fonema z

    Escreve-se com S e no com Z

    *os sufixos: s, esa, esia, e isa, quando o radical substantivo, ou em gentlicos e ttulos nobilirquicos: fregus, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa.

    *os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamorfose. *as formas verbais pr e querer: ps, pus, quisera, quis, quiseste. *nomes derivados de verbos com radicais terminados em d: aludir - aluso / decidir - deciso /

    empreender - empresa / difundir difuso. *os diminutivos cujos radicais terminam com s: Lus - Luisinho / Rosa - Rosinha / lpis lapisinho. *aps ditongos: coisa, pausa, pouso, causa. *em verbos derivados de nomes cujo radical termina com s: anlis(e) + ar - analisar / pesquis(a) +

    ar pesquisar.

    Escreve-se com Z e no com S

    *os sufixos ez e eza das palavras derivadas de adjetivo: macio - maciez / rico riqueza / belo beleza.

    *os sufixos izar (desde que o radical da palavra de origem no termine com s): final - finalizar / concreto concretizar.

    *como consoante de ligao se o radical no terminar com s: p + inho - pezinho / caf + al - cafezal

    Exceo: lpis + inho lapisinho.

    O fonema j

    Escreve-se com G e no com J

    *as palavras de origem grega ou rabe: tigela, girafa, gesso. *estrangeirismo, cuja letra G originria: sargento, gim. *as terminaes: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas excees): imagem, vertigem,

    penugem, bege, foge.

    Exceo: pajem.

    *as terminaes: gio, gio, gio, gio, ugio: sortilgio, litgio, relgio, refgio. *os verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, mugir. *depois da letra r com poucas excees: emergir, surgir. *depois da letra a, desde que no seja radical terminado com j: gil, agente.

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    Escreve-se com J e no com G

    *as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. *as palavras de origem rabe, africana ou extica: jiboia, manjerona. *as palavras terminada com aje: ultraje.

    O fonema ch

    Escreve-se com X e no com CH

    *as palavras de origem tupi, africana ou extica: abacaxi, xucro. *as palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, lagartixa. *depois de ditongo: frouxo, feixe. *depois de en: enxurrada, enxada, enxoval.

    Exceo: quando a palavra de origem no derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)

    Escreve-se com CH e no com X

    *as palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduche, salsicha.

    As letras e e i

    *os ditongos nasais so escritos com e: me, pem. Com i, s o ditongo interno cibra. *os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar so escritos com e: caoe, perdoe, tumultue.

    Escrevemos com i, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, di, possui, contribui.

    Ateno para as palavras que mudam de sentido quando substitumos a grafia e pela grafia i: rea (superfcie), ria (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir tona), imergir (mergulhar) / peo (de estncia, que anda a p), pio (brinquedo).

    Dica: - Se o dicionrio ainda deixar dvida quanto ortografia de uma palavra, h a possibilidade

    de consultar o Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa (VOLP), elaborado pela Academia Brasileira de Letras. uma obra de referncia at mesmo para a criao de dicionrios, pois traz a grafia atualizada das palavras (sem o significado). Na Internet, o endereo www.academia.org.br.

  • 17

    Informaes importantes

    - Formas variantes so formas duplas ou mltiplas, equivalentes: aluguel/aluguer, relampejar/relampear/relampar/relampadar. - Os smbolos das unidades de medida so escritos sem ponto, com letra minscula e sem s para indicar plural, sem espao entre o algarismo e o smbolo: 2kg, 20km, 120km/h.

    Exceo para litro (L): 2 L, 150 L.

    - Na indicao de horas, minutos e segundos, no deve haver espao entre o algarismo e o smbolo: 14h, 22h30min, 14h2334(= quatorze horas, vinte e trs minutos e trinta e quatro segundos). - O smbolo do real antecede o nmero sem espao: R$1.000,00. No cifro deve ser utilizada apenas uma barra vertical ($).

    Fontes de pesquisa: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/ortografia

    SACCONI, Luiz Antnio. Nossa gramtica completa Sacconi. 30 ed. Rev. So Paulo: Nova Gerao, 2010. Portugus linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhes. 7ed. Reform. So Paulo:

    Saraiva, 2010. Portugus: novas palavras: literatura, gramtica, redao / Emlia Amaral... [et al.]. So Paulo: FTD, 2000.

    Questes sobre Ortografia

    01. (ESCREVENTE TJ SP VUNESP/2013) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho a seguir, de acordo com a norma-padro.

    Alm disso, ___certamente ____entre ns ____do fenmeno da corrupo e das fraudes. (A) a concenso acerca (B) h consenso acerca (C) a concenso a cerca (D) a consenso h cerca (E) h conseno a cerca

    02. (ESCREVENTE TJ SP VUNESP/2013). Assinale a alternativa cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo com a norma-padro.

    (A) Os tabelios devem preparar o documento. (B) Esses cidades tinham autorizao para portar fuzis. (C) Para autenticar as certidos, procure o cartrio local. (D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimos. (E) Cuidado com os degrais, que so perigosos!

    03. (AGENTE DE VIGILNCIA E RECEPO VUNESP 2013). Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para informar os usurios sobre o festival Sounderground.

    Prezado Usurio ________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metr, ________ desta segunda-feira

    (25/02), ________ 17h30, comea o Sounderground, festival internacional que prestigia os msicos que tocam em estaes do metr.

    Confira o dia e a estao em que os artistas se apresentaro e divirta-se!

    Para que o texto atenda norma-padro, devem-se preencher as lacunas, correta e respectivamente, com as expresses

    (A) A fim ...a partir ... as (B) A fim ... partir ... s (C) A fim ...a partir ... s (D) Afim ...a partir ... s (E) Afim ... partir ... as

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    04. (TRE/AP - TCNICO JUDICIRIO FCC/2011) Entre as frases que seguem, a nica correta : (A) Ele se esqueceu de que? (B) Era to rum aquele texto, que no deu para distribui-lo entre os presentes. (C) Embora devessemos, no fomos excessivos nas crticas. (D) O juz nunca negou-se a atender s reivindicaes dos funcionrios. (E) No sei por que ele mereceria minha considerao.

    05. (TRF - 1 REGIO - TCNICO JUDICIRIO - FCC/2011) As palavras esto corretamente grafadas na seguinte frase:

    (A) Que eles viajem sempre muito bom, mas no boa a ansiedade com que enfrentam o excesso de passageiros nos aeroportos.

    (B) Comete muitos deslises, talvez por sua espontaneidade, mas nada que ponha em cheque sua reputao de pessoa corts.

    (C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hbito do scio de descanar aps o almoo sob a frondoza rvore do ptio.

    (D) No sei se isso influe, mas a persistncia dessa mgoa pode estar sendo o grande impecilho na superao dessa sua crise.

    (E) O diretor exitou ao aprovar a reteno dessa alta quantia, mas no quiz ser taxado de conivente na concesso de privilgios ilegtimos.

    06. (TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO ADVOGADO - VUNESP/2013) Analise a propaganda do programa 5inco Minutos.

    Em norma-padro da lngua portuguesa, a frase da propaganda, adaptada, assume a seguinte redao:

    (A) 5INCO MINUTOS: s vezes, dura mais, mas no matem-na porisso. (B) 5INCO MINUTOS: as vezes, dura mais, mas no matem-na por isso. (C) 5INCO MINUTOS: s vezes, dura mais, mas no a matem por isso. (D) 5INCO MINUTOS: as vezes, dura mais, mas no lhe matem por isso. (E) 5INCO MINUTOS: s vezes, dura mais, mas no a matem porisso.

    07. (MPE/RJ TCNICO ADMINISTRATIVO FUJB/2011) Assinale a alternativa em que a frase NO contraria a norma culta:

    (A) Entre eu e a vida sempre houve muitos infortnios, por isso posso me queixar com razo. (B) Sempre houveram vrias formas eficazes para ultrapassarmos os infortnios da vida. (C) Devemos controlar nossas emoes todas as vezes que vermos a pobreza e a misria fazerem

    parte de nossa vida. (D) difcil entender o por qu de tanto sofrimento, principalmente daqueles que procuram viver com

    dignidade e simplicidade. (E) As dificuldades por que passamos certamente nos fazem mais fortes e preparados para os

    infortnios da vida.

    08. (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA/RR JORNALISTA FUNCAB/2013 - ADAPTADA) Grafam-se, respectivamente, com ss e com como os sufixos dos substantivos destacados em [...] gerou diversas DISCUSSES ticas sobre as PERCEPES biossociais [...] os sufixos de:

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    (A) conten__o (de gastos) remi __ o (da pena). (B) conce__o (de privilgios) ascen__o (ao poder). (C) ce__ o (de direitos) extin__o (do cargo). (D) apreen__o (da carteira) reten__o (do veculo). (E) mo__o (de apoio) admi__o (de funcionrio).

    09. (GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS TCNICO FORENSE - CESPE/2013 - adaptada) Uma variante igualmente correta do termo autpsia autopsia.

    ( ) Certo ( ) Errado

    10. (TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO ADVOGADO - VUNESP/2013) A Polcia Militar prendeu, nesta semana, um homem de 37 anos, acusado de ____________ de drogas e ____________ av de 74 anos de idade. Ele foi preso em __________ com uma pequena quantidade de drogas no bairro Irapu II, em Floriano, aps vrias denncias de vizinhos. De acordo com o Comandante do 3. BPM, o acusado era conhecido na regio pela atuao no crime.

    (www.cidadeverde.com/floriano. Acesso em 23.06.2013. Adaptado)

    De acordo com a norma-padro da lngua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:

    (A) trfico mal-tratos flagrante (B) trfego maltratos fragrante (C) trfego maus-trato flagrante (D) trfico maus-tratos flagrante (E) trfico mau-trato fragrante

    RESPOSTAS

    1. RESPOSTA B O exerccio quer a alternativa que apresenta correo ortogrfica. Na primeira lacuna utilizaremos

    h, j que est empregado no sentido de existir; na segunda, consenso com s; na terceira, acerca significa a respeito de, o que se encaixa perfeitamente no contexto. H cerca = tem cerca (de arame, cerca viva, enfim...); a cerca = a cerca est destruda (arame, madeira...)

    2. RESPOSTA D (A) Os tabelios devem preparar o documento. = tabelies (B) Esses cidades tinham autorizao para portar fuzis. = cidados (C) Para autenticar as certidos, procure o cartrio local. = certides (E) Cuidado com os degrais, que so perigosos = degraus

    3. RESPOSTA C Prezado Usurio A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metr, a partir desta segunda-feira (25/02), s

    17h30, comea o Sounderground, festival internacional que prestigia os msicos que tocam em estaes do metr.

    Confira o dia e a estao em que os artistas se apresentaro e divirta-se! A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado; antes de horas: h crase

    4. RESPOSTA E (A) Ele se esqueceu de que? = qu? (B) Era to rum (ruim) aquele texto, que no deu para distribui-lo (distribu-lo) entre os presentes. (C) Embora devssemos (devssemos) , no fomos excessivos nas crticas. (D) O juz (juiz) nunca (se) negou a atender s reivindicaes dos funcionrios. (E) No sei por que ele mereceria minha considerao.

    5. RESPOSTA A Fiz a correo entre parnteses: (A) Que eles viajem sempre muito bom, mas no boa a ansiedade com que enfrentam o excesso

    de passageiros nos aeroportos.

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    (B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua espontaneidade, mas nada que ponha em cheque (xeque) sua reputao de pessoa corts.

    (C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hbito do scio de descanar (descansar) aps o almoo sob a frondoza (frondosa) rvore do ptio.

    (D) No sei se isso influe (influi), mas a persistncia dessa mgoa pode estar sendo o grande impecilho (empecilho) na superao dessa sua crise.

    (E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a reteno dessa alta quantia, mas no quiz (quis) ser taxado de conivente na concesso de privilgios ilegtimos.

    6. RESPOSTA C A questo envolve colocao pronominal e ortografia. Comecemos pela mais fcil: ortografia! A

    palavra por isso escrita separadamente. Assim, j descartamos duas alternativas (A e E). Quanto colocao pronominal, temos a presena do advrbio no, que sabemos ser um m para o pronome oblquo, fazendo-nos aplicar a regra da prclise (pronome antes do verbo). Ento, a forma correta mas no A matem (por que A e no LHE? Porque quem mata, mata algo ou algum, objeto direto. O lhe usado para objeto indireto. Se no tivssemos a conjuno mas nem o advrbio no, a forma matem-na estaria correta, j que, aps vrgula, o ideal que utilizemos nclise pronome oblquo aps o verbo).

    7. RESPOSTA E Fiz as correes entre parnteses: A) Entre eu (mim) e a vida sempre houve muitos infortnios, por isso posso me queixar com razo. B) Sempre houveram (houve) vrias formas eficazes para ultrapassarmos os infortnios da vida. C) Devemos controlar nossas emoes todas as vezes que vermos (virmos) a pobreza e a misria

    fazerem parte de nossa vida. D) difcil entender o por qu (o porqu) de tanto sofrimento, principalmente daqueles que procuram

    viver com dignidade e simplicidade. E) As dificuldades por que (= pelas quais; correto) passamos certamente nos fazem mais fortes e

    preparados para os infortnios da vida.

    8. RESPOSTA C A) conteno (de gastos) remisso (da pena). B) concesso (de privilgios) ascenso (ao poder). C) cesso (de direitos) extino (do cargo). D) apreenso (da carteira) reteno (do veculo). E) moo (de apoio) admisso (de funcionrio).

    9. RESPOSTA CERTO. autopsia s.f., autpsia s.f.; cf. autopsia (fonte: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=23)

    10. RESPOSTA D Questo de ortografia. Vamos s excluses: Polcia trabalha com criminosos pegos em flagrante,

    no flagra; fragrante relaciona-se a aroma, fragrncia. Assim, j descartamos os itens B e E. Trfego tem relao com trnsito, transitar, trafegar. Trfico o que consideramos ilegal, praticado por traficante. Descartamos o item C tambm. Sobrou-nos Maus-tratos/mal-tratos. O tratamento dado av foi ruim, mau (adjetivo). Sendo assim, o correto maus-tratos.

    Hfen

    O hfen um sinal diacrtico (que distingue) usado para ligar os elementos de palavras compostas (como ex-presidente, por exemplo) e para unir pronomes tonos a verbos (ofereceram-me; v-lo-ei). Serve igualmente para fazer a translineao de palavras, isto , no fim de uma linha, separar uma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/nheiro).

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    Uso do hfen que continua depois da Reforma Ortogrfica:

    1. Em palavras compostas por justaposio que formam uma unidade semntica, ou seja, nos termos que se unem para formam um novo significado: tio-av, porto-alegrense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva, arco-ris, primeiro-ministro, azul-escuro.

    2. Em palavras compostas por espcies botnicas e zoolgicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abbora-menina, erva-doce, feijo-verde.

    3. Nos compostos com elementos alm, aqum, recm e sem: alm-mar, recm-nascido, sem-nmero, recm-casado.

    4. No geral, as locues no possuem hfen, mas algumas excees continuam por j estarem consagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, p-de-meia, gua-de-colnia, queima-roupa, deus-dar.

    5. Nos encadeamentos de vocbulos, como: ponte Rio-Niteri, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinaes histricas ou ocasionais: ustria-Hungria, Angola-Brasil, etc.

    6. Nas formaes com os prefixos hiper-, inter- e super- quando associados com outro termo que iniciado por r: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc.

    7. Nas formaes com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito.

    8. Nas formaes com os prefixos ps-, pr- e pr-: pr-natal, pr-escolar, pr-europeu, ps-graduao, etc.

    9. Na nclise e mesclise: am-lo, deix-lo, d-se, abraa-o, lana-o e am-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.

    10. Nas formaes em que o prefixo tem como segundo termo uma palavra iniciada por h: sub-heptico, geo-histria, neo-helnico, extra-humano, semi-hospitalar, super-homem.

    11. Nas formaes em que o prefixo ou pseudoprefixo termina com a mesma vogal do segundo elemento: micro-ondas, eletro-tica, semi-interno, auto-observao, etc.

    Obs: O hfen suprimido quando para formar outros termos: reaver, inbil, desumano, lobisomem, reabilitar.

    Lembrete da Z!

    Ao separar palavras na translineao (mudana de linha), caso a ltima palavra a ser escrita seja formada por hfen, repita-o na prxima linha. Exemplo: escreverei anti-inflamatrio e, ao final, coube apenas anti-. Na prxima linha escreverei: -inflamatrio (hfen em ambas as linhas).

    No se emprega o hfen:

    1. Nas formaes em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se em r ou s. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antirreligioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia, microrradiografia, etc.

    2. Nas constituies em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com vogal diferente: antiareo, extraescolar, coeducao, autoestrada, autoaprendizagem, hidroeltrico, plurianual, autoescola, infraestrutura, etc.

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    3. Nas formaes, em geral, que contm os prefixos ds e in e o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, inbil, desabilitar, etc.

    4. Nas formaes com o prefixo co, mesmo quando o segundo elemento comear com o: cooperao, coobrigao, coordenar, coocupante, coautor, coedio, coexistir, etc.

    5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noo de composio: pontap, girassol, paraquedas, paraquedista, etc.

    6. Em alguns compostos com o advrbio bem: benfeito, benquerer, benquerido, etc.

    Para enriquecimento

    - Os prefixos ps, pr e pr, em suas formas correspondentes tonas, aglutinam-se com o elemento seguinte, no havendo hfen: pospor, predeterminar, predeterminado, pressuposto, propor.

    - Escreveremos com hfen: anti-horrio, anti-infeccioso, auto-observao, contra-ataque, semi-interno, sobre-humano, super-realista, alto-mar.

    - Escreveremos sem hfen: pr do sol, antirreforma, antissptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante, ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivrus, autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotxi.

    Fontes de pesquisa: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/ortografia

    SACCONI, Luiz Antnio. Nossa gramtica completa Sacconi. 30 ed. Rev. So Paulo: Nova Gerao, 2010.

    Questes sobre Hfen

    01. Assinale a alternativa em que o hfen, conforme o novo Acordo, est sendo usado corretamente: (A) Ele fez sua auto-crtica ontem. (B) Ela muito mal-educada. (C) Ele tomou um belo ponta-p. (D) Fui ao super-mercado, mas no entrei. (E) Os raios infra-vermelhos ajudam em leses.

    02. Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego do hfen, respeitando-se o novo Acordo. (A) O semi-analfabeto desenhou um semicrculo. (B) O meia-direita fez um gol de sem-pulo na semifinal do campeonato. (C) Era um sem-vergonha, pois andava seminu. (D) O recm-chegado veio de alm-mar. (E) O vice-reitor est em estado ps-operatrio.

    03. Assinale a alternativa em que todas as palavras esto grafadas corretamente: (A) autocrtica, contramestre, extra-oficial (B) infra-assinado, infra-vermelho, infra-som (C) semi-crculo, semi-humano, semi-internato (D) supervida, superelegante, supermoda (E) sobre-saia, mini-saia, superssaia

    04. Assinale o item em que o uso do hfen est incorreto. (A) infraestrutura / super-homem / autoeducao (B) bem-vindo / antessala /contra-regra (C) contramestre / infravermelho / autoescola (D) neoescolstico / ultrassom / pseudo-heri

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    (E) extraoficial / infra-heptico /semirreta

    05. Assinale a alternativa em que ocorre erro quanto ao emprego do hfen. (A) Foi iniciada a campanha pr-leite. (B) O ex-aluno fez a sua autodefesa. (C) O contrarregra comeu um contra-fil. (D) Sua vida um verdadeiro contrassenso. (E) O meia-direita deu incio ao contra-ataque.

    RESPOSTAS

    1. RESPOSTA B A) autocrtica C) pontap D) supermercado E) infravermelhos

    2. RESPOSTA A A) O semianalfabeto desenhou um semicrculo.

    3. RESPOSTA D A) autocrtica, contramestre, extraoficial B) infra-assinado, infravermelho, infrassom C) semicrculo, semi-humano, semi-internato D) supervida, superelegante, supermoda = corretas E) sobressaia, minissaia, supersaia

    4. RESPOSTA B B) bem-vindo / antessala / contrarregra

    5. RESPOSTA C C) O contrarregra comeu um contrafil.

    Letra e Fonema

    A palavra fonologia formada pelos elementos gregos fono (som, voz) e log, logia (estudo, conhecimento). Significa literalmente estudo dos sons ou estudo dos sons da voz. Fonologia a parte da gramtica que estuda os sons da lngua quanto sua funo no sistema de comunicao lingustica, quanto sua organizao e classificao. Cuida, tambm, de aspectos relacionados diviso silbica, ortografia, acentuao, bem como da forma correta de pronunciar certas palavras. Lembrando que, cada indivduo tem uma maneira prpria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades na pronncia de cada falante so estudadas pela Fontica.

    Na lngua falada, as palavras se constituem de fonemas; na lngua escrita, as palavras so reproduzidas por meio de smbolos grficos, chamados de letras ou grafemas. D-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distino de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distino entre os pares de palavras:

    amor ator / morro corro / vento - cento

    Cada segmento sonoro refere-se a um dado da lngua portuguesa que est em sua memria: a imagem acstica que voc, como falante de portugus, guarda de cada um deles. essa imagem acstica, esse referencial de padro sonoro, que constitui o fonema. Os fonemas formam os significantes dos signos lingusticos. Geralmente, aparecem representados entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.

    A palavra fonologia formada pelos elementos gregos fono (som, voz) e log, logia (estudo, conhecimento). Significa literalmente estudo dos sons ou estudo dos sons da voz. Fonologia a

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    parte da gramtica que estuda os sons da lngua quanto sua funo no sistema de comunicao lingustica, quanto sua organizao e classificao. Cuida, tambm, de aspectos relacionados diviso silbica, ortografia, acentuao, bem como da forma correta de pronunciar certas palavras. Lembrando que, cada indivduo tem uma maneira prpria de realizar esses sons no ato da fala. Essas particularidades na pronncia de cada falante so estudadas pela Fontica.

    Na lngua falada, as palavras se constituem de fonemas; na lngua escrita, as palavras so reproduzidas por meio de smbolos grficos, chamdos de letras ou grafemas. D-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distino de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distino entre os pares de palavras:

    amor ator / morro corro / vento - cento Cada segmento sonoro refere-se a um dado da lngua portuguesa que est em sua memria: a

    imagem acstica que voc, como falante de portugus, guarda de cada um deles. essa imagem acstica, esse referencial de padro sonoro, que constitui o fonema. Os fonemas formam os significantes dos signos lingusticos. Geralmente, aparecem representados entre barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.

    Fonema e Letra

    - O fonema no deve ser confundido com a letra. Esta a representao grfica do fonema. Na palavra sapo, por exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (l-se s); j na palavra brasa, a letra s representa o fonema /z/ (l-se z).

    - s vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exlio.

    - Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra x, por exemplo, pode representar:

    - o fonema /s/: texto - o fonema /z/: exibir - o fonema /che/: enxame - o grupo de sons /ks/: txi

    - O nmero de letras nem sempre coincide com o nmero de fonemas. txico fonemas: /t//k/s/i/c/o/ letras: t x i c o 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6

    galho fonemas: /g/a/lh/o/ letras: g a l h o 1 2 3 4 1 2 3 4 5

    - As letras m e n, em determinadas palavras, no representam fonemas. Observe os exemplos: Compra, conta. Nessas palavras, m e n indicam a nasalizao das vogais que as antecedem: //. Veja ainda: nave: o /n/ um fonema; dana: o n no um fonema; o fonema //, representado na escrita pelas letras a e n.

    - A letra h, ao iniciar uma palavra, no representa fonema. hoje fonemas: ho / j / e / letras: h o j e 1 2 3 1 2 3 4

    Classificao dos Fonemas

    Os fonemas da lngua portuguesa so classificados em: 1) Vogais As vogais so os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela

    boca. Em nossa lngua, desempenham o papel de ncleo das slabas. Isso significa que em toda slaba h necessariamente uma nica vogal.

    Na produo de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser: - Orais: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/.

    - Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.

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    //: f, canto, tampa / /: dente, tempero / /: lindo, mim // : bonde, tombo / / : nunca, algum

    - tonas: pronunciadas com menor intensidade: at, bola.

    - Tnicas: pronunciadas com maior intensidade: at, bola.

    Quanto ao timbre, as vogais podem ser: - Abertas: p, lata, p - Fechadas: ms, luta, amor - Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das palavras: dedo (dedu), ave (avi), gente

    (genti).

    Quanto zona de articulao: - Anteriores ou Palatais - A lngua eleva-se em direo ao palato duro (cu da boca): , , i - Posteriores ou Velares - A lngua eleva-se em direo ao palato mole (vu palatino): , , u - Mdias - A lngua fica baixa, quase em repouso: a

    2) Semivogais Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, no so vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando

    com ela uma s emisso de voz (uma slaba). Nesse caso, esses fonemas so chamados de semivogais. A diferena fundamental entre vogais e semivogais est no fato de que estas ltimas no desempenham o papel de ncleo silbico.

    Observe a palavra papai. Ela formada de duas slabas: pa-pai. Na ltima slaba, o fonema voclico que se destaca o a. Ele a vogal. O outro fonema voclico i no to forte quanto ele. a semivogal. Outros exemplos: saudade, histria, srie.

    3) Consoantes Para a produo das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmes encontra obstculos ao

    passar pela cavidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verdadeiros rudos, incapazes de atuar como ncleos silbicos. Seu nome provm justamente desse fato, pois, em portugus, sempre consoam (soam com) as vogais. Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc.

    Encontros Voclicos

    Os encontros voclicos so agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermedirias. importante reconhec-los para dividir corretamente os vocbulos em slabas. Existem trs tipos de encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato.

    1) Ditongo o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma slaba. Pode ser: - Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal: s-rie (i = semivogal, e = vogal) - Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal: pai (a = vogal, i = semivogal) - Oral: quando o ar sai apenas pela boca: pai, srie - Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais: me

    2) Tritongo a sequncia formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, numa

    s slaba. Pode ser oral ou nasal :Paraguai - Tritongo oral, quo - Tritongo nasal.

    3) Hiato a sequncia de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a slabas diferentes, uma vez

    que nunca h mais de uma vogal numa mesma slaba: sada (sa--da), poesia (po-e-si-a).

  • 26

    Encontros Consonantais

    O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediria, recebe o nome de encontro consonantal. Existem basicamente dois tipos:

    1. os que resultam do contato consoante + l ou r e ocorrem numa mesma slaba, como em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se.

    2. os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a slabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.

    H ainda grupos consonantais que surgem no incio dos vocbulos; so, por isso, inseparveis: pneu, gno-mo, psi-c-lo-go.

    Dgrafos De maneira geral, cada fonema representado, na escrita, por apenas uma letra. lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras.

    H, no entanto, fonemas que so representados, na escrita, por duas letras. bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras. Na palavra acima, para representar o fonema /xe/ foram utilizadas duas letras: o c e o h. Assim, o dgrafo ocorre quando duas letras so usadas para representar um nico fonema (di = dois

    + grafo = letra). Em nossa lngua, h um nmero razovel de dgrafos que convm conhecer. Podemos agrup-los em dois tipos: consonantais e voclicos.

    Dgrafos Consonantais

    Letras Fonemas Exemplos lh /lhe/ telhado nh /nhe/ marinheiro ch /xe/ chave rr /re/ (no interior da palavra) carro ss /se/ (no interior da palavra) passo qu /k/ (qu seguido de e e i) queijo, quiabo gu /g/ ( gu seguido de e e i) guerra, guia sc /se/ crescer s /se/ deso xc /se/ exceo

    Dgrafos Voclicos

    Registram-se na representao das vogais nasais:

    Fonemas Letras Exemplos // am tampa an canto // em templo en lenda // im limpo in lindo / om tombo on tonto // um chumbo un corcunda

    Observao: gu e qu so dgrafos somente quando seguidos de e ou i, representam os fonemas /g/ e /k/: guitarra, aquilo. Nesses casos, a letra u no corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o u representa um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, linguia, aqufero...). Nesse caso, gu e qu no so dgrafos. Tambm no h dgrafos quando so seguidos de a ou o (quase, averiguo) (conseguimos ouvir o som da letra u tambm, por isso no h dgrafo! Veja outros exemplos: gua = /agua/ ns pronunciamos a letra u, ou ento teramos ficaria

  • 27

    /aga/. Temos aqui 4 letras e 4 fonemas. J em guitarra = /gitara/ no pronunciamos o u, ento temos dgrafo (alis, dois dgrafos: rr). Portanto: 8 letras e 6 fonemas.

    Dfonos

    Assim como existem duas letras que representam um s fonema (os dgrafos!), exite letra que representa dois fonemas. Sim! o caso de fixo, por exemplo, em que o x representa o fonema /ks/; txi e crucifixo tambm so exemplos de dfonos. Quando uma letra representa dois fonemas temos um caso de dfono.

    Fontes de pesquisa: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php

    SACCONI, Luiz Antnio. Nossa gramtica completa Sacconi. 30 ed. Rev. So Paulo: Nova Gerao, 2010. Portugus: novas palavras: literatura, gramtica, redao / Emlia Amaral... [et al.]. So Paulo: FTD, 2000.

    Portugus linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhes. 7ed. Reform. So Paulo: Saraiva, 2010.

    Questes sobre Letra e Fonema

    01. Assinale a alternativa errada a respeito da palavra churrasqueira. (A) apresenta 13 letras e 10 fonemas (B) apresenta 3 dgrafos :ch, rr, qu (C) diviso silbica: chur-ras-quei-ra (D) paroxtona e polisslaba (E) apresenta o tritongo: uei

    02. Todas as palavras abaixo possuem um encontro voclico e um encontro consonantal, exceto: (A) destruir. (B) magnsio. (C) adstringente. (D) pneu. (E) autctone.

    03. A srie em que todas as palavras apresentam dgrafo . (A) assinar / bocadinho / arredores. (B) residncia / pingue-pongue / dicionrio. (C) digno / decifrar / dissesse. (D) dizer / holands / groenlandeses. (E) futebolsticos / diligentes / comparecimento.

    04. Indique a palavra que tem 5 fonemas: (A) ficha. (B) molhado. (C) guerra. (D) fixo. (E) hulha.

    05. H relao INCORRETA de letras e fonemas em: (A) Pssaro (7 Letras / 6 Fonemas); (B) Comovente (9 Letras / 8 Fonemas); (C) Molhada (7 Letras / 6 Fonemas); (D) Plstica (8 Letras / 8 Fonemas); (E) Aquilo (6 Letras / 6 Fonemas).

    06. Assinale a alternativa em que a letra x da palavra no possui a pronncia de /ks/: (A) txico (B) lxico (C) mximo (D) prolixo

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    RESPOSTA

    1. RESPOSTA E apresenta o tritongo: uei No ouo o som do u. H um dgrafo (qu = duas letras e um fonema). O qu tem o som de /k/.

    2. RESPOSTA C c) adstringente. = h encontro consonantal (tr), mas no h voclico.

    3. RESPOSTA A a) assinar / bocadinho / arredores. b) residncia / pingue-pongue / dicionrio. c) digno / decifrar / dissesse. d) dizer / holands / groenlandeses. e) futebolsticos / diligentes / comparecimento.

    4. RESPOSTA D a) ficha = 4 b) molhado = 6 c) guerra = d) fixo = 5 /f i k s o/ e) hulha = 3

    5. RESPOSTA E Aquilo (6 Letras / 5 Fonemas = /akilo/ )

    6. RESPOSTA C mximo = /s/

    Acentuao

    Quanto acentuao, observamos que algumas palavras tm acento grfico e outras no; na pronncia, ora se d maior intensidade sonora a uma slaba, ora a outra. Por isso, vamos s regras!

    Regras bsicas Acentuao tnica

    A acentuao tnica est relacionada intensidade com que so pronunciadas as slabas das palavras. Aquela que se d de forma mais acentuada, conceitua-se como slaba tnica. As demais, como so pronunciadas com menos intensidade, so denominadas de tonas.

    De acordo com a tonicidade, as palavras so classificadas como: Oxtonas So aquelas cuja slaba tnica recai sobre a ltima slaba. Ex.: caf corao Belm

    atum caju papel

    Paroxtonas So aquelas em que a slaba tnica recai na penltima slaba. Ex.: til trax txi leque sapato passvel

    Proparoxtonas - So aquelas cuja slaba tnica est na antepenltima slaba. Ex.: lmpada cmara tmpano mdico nibus

    H vocbulos que possuem mais de uma slaba, mas em nossa lngua existem aqueles com uma slaba somente: so os chamados monosslabos.

    Os acentos

    acento agudo )( Colocado sobre as letras a e i, u e e do grupo em - indica que estas letras representam as vogais tnicas de palavras como p, ca, pblico. Sobre as letras e e o indica, alm da tonicidade, timbre aberto. Ex.: heri mdico cu (ditongos abertos).

    acento circunflexo (^) colocado sobre as letras a, e e o indica, alm da tonicidade, timbre fechado: Ex.: tmara Atlntico psames sups .

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    acento grave (`) indica a fuso da preposio a com artigos e pronomes. Ex.: s quelas queles

    trema ) ( De acordo com a nova regra, foi totalmente abolido das palavras. H uma exceo: utilizado em palavras derivadas de nomes prprios estrangeiros. Ex.: mlleriano (de Mller)

    til (~) indica que as letras a e o representam vogais nasais. Ex.: orao melo rgo m

    Regras fundamentais

    Palavras oxtonas: Acentuam-se todas as oxtonas terminadas em: a, e, o, em, seguidas ou no do plural(s): Par

    caf(s) cip(s) Belm. Esta regra tambm aplicada aos seguintes casos: Monosslabos tnicos terminados em a, e, o, seguidos ou no de s. Ex.: p p d h Formas verbais terminadas em a, e, o tnicos, seguidas de lo, la, los, las. Ex. respeit-lo,

    receb-lo, comp-lo

    Paroxtonas: Acentuam-se as palavras paroxtonas terminadas em: - i, is: txi lpis jri - us, um, uns: vrus lbuns frum - l, n, r, x, ps: automvel eltron - cadver trax frceps - , s, o, os: m ms rfo rgos -ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou no de s: gua pnei mgoa memria

    Memorize a palavra LINURXO. Para qu? Repare que esta palavra apresenta as terminaes das paroxtonas que so acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM = frum), R, X, , O. Assim ficar mais fcil a memorizao!

    Regras especiais:

    Os ditongos de pronncia aberta ei, oi (ditongos abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxtonas.

    Alerta da Z! Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra oxtona (heri) ou monosslaba (cu) ainda so acentuados. Ex.: di, escarcu.

    Antes Agora assemblia assembleia idia ideia gelia geleia jibia jiboia apia (verbo apoiar) apoia paranico paranoico

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    Acento Diferencial

    Representam os acentos grficos que, pelas regras de acentuao, no se justificariam, mas so utilizados para diferenciar classes gramaticais entre determinadas palavras e/ou tempos verbais. Por exemplo:

    Pr (verbo) X por (preposio) / pde (pretrito perfeito de Indicativo do verbo poder) X pode (presente do Indicativo do mesmo verbo).

    Se analisarmos o pr - pela regra das monosslabas: terminada em o seguida de r no deve ser acentuada, mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se, para que saibamos se se trata de um verbo ou preposio.

    Os demais casos de acento diferencial no so mais utilizados: para (verbo), para (preposio), pelo (substantivo), pelo (preposio). Seus significados e classes gramaticais so definidos pelo contexto.

    Polcia para o trnsito para realizar blitz. = o primeiro para verbo; o segundo, preposio (com relao de finalidade).

    Quando, na frase, der para substituir o por por colocar, estaremos trabalhando com um verbo, portanto: pr; nos outros casos, por preposio. Ex: Fao isso por voc. / Posso pr (colocar) meus livros aqui?

    Regra do Hiato:

    Quando a vogal do hiato for i ou u tnicos, for a segunda vogal do hiato, acompanhado ou no de s, haver acento. Ex.: sada fasca ba pas Lus

    No se acentuam o i e o u que formam hiato quando seguidos, na mesma slaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, Lu-iz, sa-ir, ju-iz

    No se acentuam as letras i e u dos hiatos se estiverem seguidas do dgrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.

    No se acentuam as letras i e u dos hiatos se vierem precedidas de vogal idntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba

    Observao importante:

    No sero mais acentuados i e u tnicos, formando hiato quando vierem depois de ditongo (nas paroxtonas): Ex.:

    Antes Agora bocaiva bocaiuva feira feiura Saupe Sauipe

    O acento pertencente aos encontros oo e ee foi abolido. Ex.:

    Antes Agora crem creem lem leem vo voo enjo enjoo

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    Agora memorize a palavra CREDELEV. So os verbos que, no plural, dobram o e, mas que no recebem mais acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. Repare: 1. O menino cr em voc. / Os meninos creem em voc. 2. Elza l bem! / Todas leem bem! 3. Espero que ele d o recado sala. / Esperamos que os garotos deem o recado! 4. Rubens v tudo! / Eles veem tudo!

    Cuidado! H o verbo vir: Ele vem tarde! / Eles vm tarde!

    As formas verbais que possuam o acento tnico na raiz, com u tnico precedido de g ou q e seguido de e ou i no sero mais acentuadas. Ex.:

    Antes Depois apazige (apaziguar) apazigue averige (averiguar) averigue argi (arguir) argui

    Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira pessoa do plural de: ele tem eles tm / ele vem eles vm (verbo vir)

    A regra prevalece tambm para os verbos conter, obter, reter, deter, abster: ele contm eles contm, ele obtm eles obtm, ele retm eles retm, ele convm eles convm.

    Fontes de pesquisa: http://www.brasilescola.com/gramatica/acentuacao.htm

    SACCONI, Luiz Antnio. Nossa gramtica completa Sacconi. 30 ed. Rev. So Paulo: Nova Gerao, 2010. Portugus linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhes. 7ed. Reform. So Paulo:

    Saraiva, 2010.

    Questes sobre Acentuao

    01. (TRE/PA- ANALISTA JUDICIRIO FGV/2011) Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a mesma regra que distribudos.

    (A) scio (B) sofr-lo (C) lcidos (D) constitu (E) rfos

    02. (MAPA ANALISTA DE SISTEMAS FUNDAO DOM CINTRA/2010) Se os vocbulos POSSVEL, ATRAVS e VRUS recebem acento grfico, tambm sero acentuados pelas mesmas regras, respectivamente, os vocbulos relacionados em:

    (A) fssil / ms / lbuns; (B) rptil / comps / jri; (C) amvel / portugus / txi; (D) fcil / at / hmus; (E) blis / caf / nus.

    03.(MPE/SP ANALISTA DE PROMOTORIA IBFC/2013) Assinale a alternativa em que a palavra deve ser, obrigatoriamente, acentuada.

    (A) Pratica. (B) Negocio. (C) Traido. (D) Critica. (E) Capitulo.

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    04. (RIOPREVIDNCIA/RJ ESPECIALISTA EM PREVIDNCIA SOCIAL CEPERJ/2014) A palavra contedo recebe acentuao pela mesma razo de: (A) juzo (B) esprito (C) jornalstico (D) mnimo (E) disponveis

    05. (PREFEITURA DE BELO HORIZONTE/MG TCNICO NVEL SUPERIOR INFORMTICA FUMARC/2014) Na frase Pelo menos 4,7 milhes de aposentados e pensionistas tm pouco mais de um ms para recadastrar a senha bancria, o acento grfico do verbo ter se justifica pela seguinte regra:

    (A) Acentua-se com circunflexo a 3 pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ter. (B) O verbo ter, no presente do subjuntivo, assume a forma tm (com acento) na terceira pessoa

    do plural. (C) O acento circunflexo empregado para marcar a oposio entre a 3 pessoa do singular e a 2

    pessoa do plural. (D) Todas as palavras oxtonas so acentuadas quando empregadas na terceira pessoa do plural.

    06. (CAIXA ECONMICA FEDERAL MDICO DO TRABALHO CESPE/2014) O emprego do acento grfico em incluram e nmero justifica-se com base na mesma regra de acentuao.

    (...) CERTO ( ) ERRADO

    07. (TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO - ANALISTA EM COMUNICAO E PROCESSAMENTO DE DADOS JUDICIRIO VUNESP/2012) Seguem a mesma regra de acentuao grfica relativa s palavras paroxtonas:

    (A) probatrio; condenatrio; crdito. (B) mquina; denncia; ilcita. (C) denncia; funcionrio; improcedncia. (D) mquina; improcedncia; probatrio. (E) condenatrio; funcionrio; frgil.

    08. (FUNASA CONHECIMENTOS BSICOS PARA ESPECIALIDADES 1 E 2 CESPE/2013) O emprego do acento em Uberlndia e gua justifica-se com base na mesma regra ortogrfica.

    (...) CERTO ( ) ERRADO

    RESPOSTAS

    1. RESPOSTA D Distribumos = regra do hiato (A) scio = paroxtona terminada em ditongo (B) sofr-lo = oxtona (no se considera o pronome oblquo. Nunca!) (C) lcidos = proparoxtona (D) constitu = regra do hiato (diferente de constitui oxtona: cons-ti-tui) (E) rfos = paroxtona terminada em o

    2. RESPOSTA D Possvel = paroxtona terminada em l; atravs = oxtona terminada em e + s; vrus = paroxtona

    terminada em u + s (A) fssil / ms / lbuns; fssil = paroxtona terminada em l; ms = monosslaba terminada em e + s; lbuns = paroxtona

    terminada em uns (B) rptil / comps / jri; rptil = paroxtona terminada em l; comps = oxtona terminada em o + s; jri = paroxtona

    terminada em i (C) amvel / portugus / txi; amvel = paroxtona terminada em l; portugus = oxtona terminada em e + s; txi = paroxtona

    terminada em i (D) fcil / at / hmus;

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    fcil = paroxtona terminada em l; at = oxtona terminada em e; hmus = paroxtona terminada em u + s

    (E) blis / caf / nus. Blis = paroxtona terminada em i + s; caf = oxtona terminada em e; nus = paroxtona terminada

    em u + s

    3. RESPOSTA C (A) Pratica = verbo (prtica = adjetivo ou substantivo) (B) Negocio = verbo (negcio = substantivo) (C) Traido = trado (adjetivo) (D) Critica = verbo (crtica = adjetivo ou substantivo) (E) Capitulo = verbo (captulo = substantivo)

    4. RESPOSTA A Contedo = regra do hiato (A) juzo = regra do hiato (B) esprito = proparoxtona (C) jornalstico = proparoxtona (D) mnimo = proparoxtona (E) disponveis = paroxtona terminada em ditongo

    5. RESPOSTA A (A) Acentua-se com circunflexo a 3 pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ter. (B) O verbo ter, no presente do subjuntivo, assume a forma tm (com acento) na terceira pessoa

    do plural. (que eles tenham) (C) O acento circunflexo empregado para marcar a oposio entre a 3 pessoa do singular e a 2

    pessoa do plural. 3 pessoa do singular = ele tem / 2 pessoa do plural = vs tendes (D) Todas as palavras oxtonas so acentuadas quando empregadas na terceira pessoa do plural. Tem no oxtona, mas sim, monosslaba. As palavras oxtonas recebem acento apenas quando

    terminadas em a, e ou o, seguidas ou no de s.

    6. RESPOSTA ERRADO. Incluram = regra do hiato / nmero = proparoxtona

    7. RESPOSTA C Vamos a elas: (A) probatrio = paroxtona terminada em ditongo; condenatrio = paroxtona terminada em ditongo;

    crdito = proparoxtona. (B) mquina = proparoxtona; denncia = paroxtona terminada em ditongo; ilcita = proparoxtona. (C) Denncia = paroxtona terminada em ditongo; funcionrio = paroxtona terminada em ditongo;

    improcedncia = paroxtona terminada em ditongo (D) mquina; improcedncia; probatrio = classificaes apresentadas acima (E) condenatrio; funcionrio = classificaes apresentadas acima / Frgil = paroxtona terminada em

    l

    8. RESPOSTA CERTO. Uberlndia = paroxtona terminada em d