18
Novembro / 2013 - Volume I - Número 8 1 Sumário Periódico de Dermatologia Publicação Oficial do Serviço de Dermatologia do IMS Periódico de Dermatologia Instituto IMS www.institutoims.com.br Setembro / 2014 - Volume I - Número 12

036b6a IMS Setembro N 12

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Setembro N 12

Citation preview

Novembro / 2013 - Volume I - Número 8 1

SumárioPeriódico de Dermatologia

Publicação Oficial do Serviço de Dermatologia do IMS

Periódico de

DermatologiaInstituto IMS

www.institutoims.com.brSetembro / 2014 - Volume I - Número 12

Periódico de Dermatologia - IMS, V.I, n.7 - Setembro 2013

Sumário

10Doença de Ofuji - Foliculite pustular eosinofílica em pacienteHIV-negativo

02 Doença de Darier - Relato de Caso

01 Editorial

Publicação OOcial do Serviço de Dermatologia do IMS

Periódico de Dermatologia

Sumário

Vitiligo Em Lactente– Relato de Caso

Dermatite Herpetiforme– Relato de Caso

4

11

Novembro / 2013 - Volume I - Número 82

SumárioPeriódico de DermatologiaPublicação Oficial do Serviço de Dermatologia do IMS

4IMS

Vitiligo Em Lactente – Relato de Caso

Karina Siqueira¹ Raissa Martins¹Suellen Souza¹

Luciana Araujo²

¹ Pós-Graduanda em Dermatologia, Instituto IMS, Hospital Nossa Senhora da Saúde, Gamboa. ² Médica Dermatologista; Membro efetivo da SBD.

em qualquer idade. Em pelo menos metade dos casos, aparece antes dos 20 anos de idade e em cerca de 1/3 dos casos há ocorrência familiar.

CASO CLÍNICOLactente de quatro meses, masculino, apresentan-do manchas claras pelo corpo.Segundo a mãe, não apresentava alterações pig-mentares ao nascer. Aos dois meses, houve início de manchas escuras em joelho e face, coalescen-tes, posteriormente afetando todos os segmentos.Nascido a termo, sem intercorrências. Vacinacão em dia.Ao exame dermatológico, apresentava manchas hipoacrômicas em pálpebras, região perioral, pa-vilhão auricular, tronco, MMSS, MMII, palmas e plantas. Não foram observados pelos brancos (Fi-guras 1, 2, 3, 4 e 5).Iniciado pimecrolimus creme 1x/dia nas áreas fo-toexpostas.

RESUMO:Apresentamos um caso de vitiligo em lactante de quatro meses de idade sem história familiar ou alterações sistê-micas associadas.

PALAVRAS-CHAVE:Vitiligo; endocrinopatias; pimecrolimus.

ABSTRACT:We present a case of vitiligo in a four-months-old lactant with no family history or associated systemic alterations.

KEywORDS:Vitiligo; endocrinopathies; pimecrolimus.

INTRODUçãOVitiligo é uma doença adquirida, idiopática, caracteriza-da pela ausência de melanina por destruição ou inativa-ção dos melanócitos. Acomete cerca de 1% da popula-ção mundial e atinge todas as raças e ambos os sexos

5IMS

Vitiligo Em Lactente – Relato de Caso

Figura 1

RESULTADO DE ExAMES SOLICITADOS:

• Aminoacidopatias: Normal• MACD: Normal• Surdez congênita: Normal• Triagem de distúrbios metabólicos: normal• TSH: 1,1 (VR: Até 10mcU/mL)• Tripsina imunoreativa neonatal: 20mg/mL (VR: 70mg/mL)• 17-hidroxiprogesterona neonatal: 1,97mg/mL (VR: até 15mg/mL)• Galactose – papel de filtro (PF): 2,2mg/dL (VR: até 10 mg/dL)• T4 neonatal – PF: Normal• Biotinidase – PF: Normal• Toxoplasmose IgM neonatal – PF: Não reativo• Cromatografia de aminoácidos: normal• Fenilamina – PF: 2mg/dL (VR: até 4mg/dL)

6IMS

Vitiligo Em Lactente – Relato de Caso

Figura 2

Figura 3

7IMS

Vitiligo Em Lactente – Relato de Caso

Figura 4

Figura 5

8IMS

Vitiligo Em Lactente – Relato de Caso

DISCUSSãO DO CASOO vitiligo vulgar é a forma clínica mais comum observada em crianças. A incidência de associações com endocrinopatias é significativamente menor em crianças do que em adultos com vitiligo. Pacientes com história familiar positiva tem mais chance de desenvolver o vitiligo antes dos 7 anos de idade. No caso em questão, não havia história familiar nem endo-crinopatia associada. Outro dado importante é a pesquisa de baixos níveis de 25-hidroxivitamina D, que, quando presente, deve-se pensar em autoimunidade secundária na infância.Em relação às opções terapêuticas, o uso corticóides tópicos apresenta altas taxas de repigmentação, embora os inibido-res da calcineurina tenham eficácia semelhante e sejam mais seguros para o uso em crianças, como usado neste caso. Para o tratamento do vitiligo generalizado, a fototerapia tem excelente eficácia. O Ultravioleta B de banda estreita (UVB) apresenta taxas melhores de repigmentação e é mais seguro que os psoralenos orais ou tópicos e o ultravioleta A (UVA). Os inibidores da calcineurina são mais efetivos quando utilizados duas vezes ao dia e podem ser usadom na face de crianças.

REFERÊNCIAS:

• 1. Dermatology. Bologna, Jean F., Jorizzo, Joseph L., Schaffer, Julie V. Third Edition

• 2. Pediatr Dermatol. 2010 Sep-Oct;27(5):437-45. doi: 10.1111/j.1525-1470.2010.01159.x. Vitiligo treatment in childhood: a state of the art review. Tamesis ME1, Morelli JG.

• 3. G Ital Dermatol Venereol. 2011 Oct;146(5):373-95. Treatment of vitiligo: advantages and disadvantages, indications for use and outcomes. Hossani-Madani A1, Halder R

• 4. Pediatr Clin North Am. 2014 Apr;61(2):347-366. doi: 10.1016/j.pcl.2013.11.008. Epub 2014 Jan 28. Pediatric Vitiligo. Silverberg NB.

11IMS

Ederfrane Mendes ¹Fernanda Costa¹

Andrea Sampaio ²

¹ Pós- graduando em dermatologia, instituto IMS, Hospital Nossa Senhora da Saúde, Gamboa. ² Médico Dermatologista, membro efetivo da SBD.

Caracteriza-se por placas urticariformes, pruriginosas, com acometimento simétrico de cotovelos, joelhos e re-gião extensora de membros superiores.Pode estar relacionada a tireoidite de Hashimoto, diabe-tes melito insulino-dependente e anemia perniciosa.O tratamento é feito com dieta isenta de glúten e dapso-na, dentre outras opções.

RELATO DE CASO:A.S.G, 48 anos, auxiliar administrativo, procedente do Rio de Janeiro, referindo lesões cutâneas nos cotovelos, joelhos e região cervical com 7 dias de evolução. Rela-tava, 22 anos antes, diagnóstico de psoríase, em uso de dapsona 100 mg/dia deste então.Ao exame dermatológico, apresentava vesículas, pápu-las eritematosas, escoriadas e agrupadas, localizadas de forma simétrica, em região extensora de membro supe-rior e região glútea. (Figuras 1, 2, 3, 4 e 5)Realizada biópsia, com laudo histopalógico: bolha su-bepidérmica rica em neutrófilos, com presença de mi-croabcesso de Piérad.Diante do quadro descrito, foi mantido a dapsona 100 mg/dia e fornecida orientação para dieta isenta de glúten. Encaminhado ao gastroenterologista para avaliação.

RESUMO:A dermatite herpetiforme é uma manifestação cutâ-nea da sensibilidade ao glúten. Somente 20% dos pacientes apresentam sintomas intestinais de doen-ça celíaca. Apresentaremos um quadro característico desta patologia.

PALAVRAS-CHAVE:Dermatite herpetiforme; sensibilidade ao glúten.

ABSTRACT:Dermatitis herpetiformis is a cutaneous manifestation of gluten sensitivity. Only 20% of patients have bowel symptoms of celiac disease. We present a characteristic case of this pathology.

KEywORDS:Dermatitis herpetiformis; gluten sensitivy.

INTRODUçãO:A dermatite herpetiforme, também chamada de doença de Duhring, é uma doença bolhosa crônica associada à enteropatia sensível ao glúten.Apresenta associação aos genótipos de HLA-DQ2 e HLA--DQ8. É uma doença cutânea mediada por IgA, que se deposita de forma granular ao longo da zona da mem-brana basal e derme papilar.

Dermatite Herpetiforme – Relato de caso

12IMS

Figura 1 Figura 2

Figura 3

Dermatite Herpetiforme – Relato de caso

13IMS

Figura 5

Figura 4

Dermatite Herpetiforme – Relato de caso

14IMS

DISCUSSãO:A dermatite herpetiforme é uma patologia rara, que por muitas vezes pode ser esquecida pelos profissionais da saúde dentre outros diagnósticos diferenciais por não estar associada a um quadro celíaco.É de suma importância uma correta anamnese para buscar possível associação com quadro enteropático sensível ao glúten. A biópsia ajuda a fechar o diagnóstico quando o quadro clínico é característico.Além do tratamento medicamentoso, tem grande relevância o acompanhamento multi-disciplinar, com o gastroentero-logista e nutricionista. Deve-se visar sempre um controle da doença dermatológica em uso de menor quantidade de me-dicamentos e mais alterações de hábitos alimentares. O esclarecimento do paciente sobre a importância da dieta restrita ao glúten ajuda na aderência ao tratamento.

REFERÊNCIAS:

• 1. BOLOGNA J, JORIZZO J, RAPINI RP. Dermatologia. 2. ed (traduzida)

• 2. An. Bras. Dermatol. vol.88 no.4 Rio de Janeiro July/Aug. 2013

• 3. http://www.scielo.br/pdf/abd/v84n2/v84n2a03 acesso 25 maio 2014

• 4. Hindawi Publishing Corporation, Clinical and Developmental Immunology, Volume 2012, Article ID 239691, 7 pages doi:10.1155/2012/239691

Dermatite Herpetiforme – Relato de caso

(98) 8821-5696Celular:(98) 8821-4341

Novembro / 2013 - Volume I - Número 810

SumárioPeriódico de Dermatologia

Publicação Oficial do Serviço de Dermatologia do IMS

Rio de Janeiro - RJHospital da Gamboa,Rua Comendador Leonardo, S/N, Sto Cristo, Rio de JaneiroRJ, CEP: 20220-390Telefone: (21) 2223-3239Fax: (21) 2223-0159

São Luis - MARua Jansen Muller, 192, Centro, CEP: 65020-290Tel: (21) 2223-3239Tel/fax: (98) 3227-6559

Volta Redonda - RJRua Vinte e Cinco A, 23,Ed. CBS, sala 503,Vila Santa Cecília, CEP: 27260-160Tel/fax: (24) 3343-3015

Acesse a versão eletrônica dessa revista em nosso site:

www.institutoims.com.br