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1- Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica. PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Turma – PDE 2016/2017

Título: DA ÁGUA CONSUMIDA À ÁGUA POLUÍDA - O CICLO URBANO DA

ÁGUA EM CASCAVEL COMO TEMA DE ESTUDO AMBIENTAL PARA O

ENSINO MÉDIO

Autor: Carlos Edemar de Lima

Disciplina/Área: Geografia

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Itagiba Fortunato. Rua Vinícius de Moraes, 522 – Bairro Brasília, Cascavel – PR.

Município da escola: Cascavel

Núcleo Regional de Educação: Cascavel

Professor Orientador: Fábio de Oliveira Neves

Instituição de Ensino Superior: UNIOESTE

Relação Interdisciplinar: Português, Biologia e Química.

Resumo:

Entre todos os recursos naturais existentes, notadamente a humanidade necessita mais da água, elemento essencial tanto para a vida, quanto para as demais atividades humanas. Porém, atualmente a água está entre os recursos naturais mais ameaçados do mundo. O objetivo deste projeto centra-se nas medidas e ações que visam a conservação e seu uso racional. Este estudo parte da importância da água como tema de Educação Ambiental nas escolas brasileiras, passando pela disponibilidade da água no Brasil e no mundo e pela gestão das águas urbanas em âmbito nacional e local. Investiga-se o ciclo urbano da água e a degradação ambiental dos corpos hídricos em Cascavel que, no contexto de sala de aula, torna-se fundamental para sensibilizar os alunos sobre a importância do manejo adequado da água.

Palavras-chave:

Manejo da água; ciclo urbano da água; recursos hídricos; escassez de água potável.

Formato do Material Didático: Unidade didática.

Público: Alunos do 1° Ano do Ensino Médio.

2- Apresentação:

Á água é o principal elemento constituinte da vida no planeta Terra, essencial

para o funcionamento dos ecossistemas e da vida, recurso natural que possui papel

fundamental na economia dos agrupamentos humanos, de extrema utilidade para o

abastecimento público, industrial, agropecuária, produção de energia elétrica e

atividades de lazer e recreação, bem como para a preservação da vida aquática.

Porém, a distribuição desigual pelo território e a crescente expansão demográfica e

industrial observada nas últimas décadas trouxeram como consequência o uso e

abuso dos recursos hídricos, comprometendo a qualidade desse recurso e

proporcionando um quadro que escassez da água potável que se avizinha, conforme

relata Victorino (2007, p. 11).

[...] a preocupação efetiva do homem com a qualidade da água se deu tardiamente [...] muitos até agora ainda não estão conscientes de que, mais dia ou menos dia, estaremos enfrentando séria escassez, e continuam a lavar o carro com mangueira e a varrer a calçada com jatos d´água. Outros, ainda, jogam todo tipo de resíduos nos lagos, rios e riachos. Até quando?

“A escassez dos recursos hídricos e a sua utilização de forma desordenada

estão entre as principais preocupações dos líderes internacionais desde o início da

década de 1990” (SCARE, 2003, p.10).

A questão ambiental transformou a água potável em um dos mais sérios

desafios a ser enfrentado pela sociedade contemporânea em curto prazo. Em 2003

a UNESCO listou os dez países onde a situação da disponibilidade de água per

capita é mais crítica: Kuwait 10 m³, Palestina 52 m³ Emirados Árabes 58 m³,

Bahamas 66 m³, Qatar 94 m³, Maldivas 103 m³, Líbia 113 m³, Arábia Saudita 118 m³,

Malta 129 m³, Cingapura 149 m³. Tundisi (2003, p. 01) afirma que isso ocorre porque

as características do Ciclo hidrológico não são homogêneas, provocando uma

distribuição desigual da água pelo planeta. Ressalta-se que na maioria dos países

com extrema escassez, predominam formações desérticas. O problema da escassez

hídrica também afeta territórios africanos, sobretudo no norte da África, em razão do

clima seco que é influenciado pelo Deserto do Saara.

Tendo em vista a problemática atual que envolve os recursos hídricos e seu

processo de degradação, a Educação Ambiental (EA) têm adquirido grande

destaque como possibilidade de amenizar esse processo de deterioração por meio

de ações educativas.

A partir da escolha do tema água e de proposições sobre as concepções e

práticas relacionadas à EA, realizamos uma revisão bibliográfica sobre essa

problemática ambiental. Os principais referenciais teóricos utilizados são: Carneiro

(2007), Dias (2004), Leff (2001), Machado (2003), Pereira (2015), Tucci (2005),

Tundisi (2003). Dessa forma, este trabalho defende a relevância de discutir a água

como conteúdo essencial de geografia e de EA para a formação do aluno.

Frade, Pozza e Borém (2010) afirmam que a Educação Ambiental empregada

nas escolas, deve possuir uma visão crítica e, para tanto, é necessário que sejam

discutidas as degradações ambientais de maneira integrada a todos os campos do

saber.

Portanto, quando se objetiva uma mudança de postura dos indivíduos, é

fundamental que a metodologia de ensino utilizada proporcione condições para

estabelecer um contato significativo com o problema, pois é na relação dos

indivíduos com o ambiente que se expressa crenças, valores e representações

individuais e coletivas construídas no grupo social e em âmbito pedagógico.

O envolvimento e a participação coletiva dos indivíduos na busca de soluções para diversos problemas ambientais com os quais deparamos, é um dos aspectos fundamentais dos trabalhos educativos, podendo se constituírem numa oportunidade para o desenvolvimento de habilidades relacionadas à participação política e ao processo de construção da cidadania (TAVARES; MARTINS e GUIMARÃES, 2003, p. 02).

Esta produção didática é resultado de pesquisas e estudos realizados sobre

os recursos hídricos e tem o objetivo de despertar nos alunos a necessidade de uma

mudança de hábitos em relação ao uso da água na escola, permitindo que o aluno

compreenda, valorize e respeite o elemento mais importante para vida: a água,

buscando a preservação desse recurso natural. A relação da água com a cidade,

outro foco do trabalho, permite um trabalho interdisciplinar com as disciplinas de

química e biologia, já que se pretende estudar o principal manancial de água da

cidade, o rio Cascavel, envolvendo os alunos na questão do tratamento da água, ou

seja, a limpeza da água para torná-la própria para o consumo humano e

posteriormente qual tratamento convém realizar para sua devolução aos rios.

Portanto, será estudado o tratamento da água e o tratamento dos efluentes, com

visitação às nascentes do rio Cascavel, dentro do perímetro urbano, e a ETE,

Estação de Tratamento de Efluentes da cidade. O objetivo desta produção didática é

contextualizar e estabelecer conexões entre o dia a dia do educando e a questão da

água. Destaca-se a escassez das fontes de água potável e dos crescentes

problemas hídricos, levando os alunos a refletir sobre o uso racional da água e,

dessa forma, contribuir para a criação de uma atitude crítica e consciente através da

perspectiva ambiental, permitindo a criação de novos hábitos com relação ao uso

desse recurso natural. Para tanto, este trabalho procura demonstrar a importância

da preservação do meio ambiente para o desenvolvimento de uma vida saudável,

demonstrando as inconveniências causadas pela poluição dos recursos hídricos. Ao

se criar condições envolvendo várias formas de participação, permite-se que os

alunos se situem como agentes da cidade desenvolvam mudanças de

comportamento, favoreçam a discussão e a exposição das suas próprias ideias e

sua relação com as práticas cotidianas do citadino. Para tanto, foram criadas

diferentes formas de se apresentar o problema, provocando a sensibilização dos

alunos quanto à questão da água e toda a problemática que a envolve.

3- Encaminhamentos Metodológicos:

O desenvolvimento desta Unidade Didática faz parte de um conjunto de

atividades do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, da Secretaria

Estadual de Educação-SEED, na qual se destaca três fases distintas:

1. Elaboração de Projeto de Intervenção Pedagógica a ser aplicado na Escola;

2. Elaboração da Produção-didático pedagógica, no caso, uma Unidade Didática,

de apoio à implementação do projeto na escola;

3. Implementação do projeto, que consiste na aplicação do material pedagógico

com a realização de diversas atividades junto aos alunos, resultando no artigo

final.

Para a elaboração desta Unidade didática, primeiramente será trabalhada a

importância inestimável da água para a humanidade através de textos e vídeos

provocando a reflexão sobre a crise da água no planeta.

Num segundo momento os alunos realizarão uma investigação dos principais

mananciais urbanos de Cascavel, através de estudos de textos escritos, livros

didáticos e em mídia digital a respeito dos recursos hídricos e sua problemática.

Por fim, pretendemos visitar com alunos o sistema de tratamento de esgoto

de Cascavel (ETE), onde os alunos assistirão a uma palestra com agente da

SANEPAR sobre o funcionamento do sistema.

Os recursos que serão utilizados nesta Unidade Didática e na implementação

deste projeto são: levantamento de informações junto a SANEPAR, Prefeitura

Municipal e IAP, estudo de textos, vídeos, músicas sobre o tema e elaboração de

materiais visando a conscientização sobre a importância vital de se preservar a

água.

4 - Fundamentação Teórica

A água no Brasil e no mundo.

O planeta Terra é o único do sistema solar que tem água nos três estados da

matéria: sólido, líquido e gasoso. De acordo com os dados quantitativos de

Shiklomanov1 (1998, apud MACHADO 2003, p. 122), 97,5% da água disponível na

Terra é salgada, sendo que 2,493% de água doce está concentrada em geleiras ou

regiões subterrâneas de difícil acesso, havendo, portanto, apenas 0,007% disponível

para o consumo humano, em rios e lagos e na atmosfera.

O crescimento populacional, o desenvolvimento da indústria e do comércio,

bem como os diversos ramos do meio rural e urbano vem causando sérios impactos

degradadores sobre o meio ambiente, sobretudo às fontes disponíveis de água doce

que estão cada vez mais comprometidas ou correndo sérios riscos.

As ações do homem moderno sobre o meio ambiente refletem-se na poluição

dos mananciais, desmatamento, assoreamento dos rios, uso inadequado de

irrigação e impermeabilização do solo, provocando a contaminação da água.

Segundo estimativas recentes das Nações Unidas, atualmente mais de 1,3 bilhão de

pessoas carecem de água doce no mundo, sendo que o consumo de água duplica a

cada 25 anos, e o número de pessoas que vivem em países submetidos a grande

pressão sobre os recursos hídricos passará dos cerca de 700 milhões atuais para

mais de 3 bilhões até 2025 (BRASIL, 2010).

O território brasileiro é imensamente privilegiado, uma vez que possui

aproximadamente 11,6% de toda a água doce do planeta. Segundo o Ministério do

Meio Ambiente, o Brasil é dono de um enorme potencial hídrico, distribuído em 200

mil microbacias espalhadas em 12 regiões hidrográficas (ANA, 2002).

Machado (2003, p.122) analisa que o Brasil possui uma posição confortável,

com aproximadamente 12% da água doce do planeta, porém, apresenta problemas

devido à distribuição desigual desse recurso, já que a maior parte (70%) encontra-se

na região amazônica, enquanto há somente 3% disponível no Nordeste brasileiro. Já

1 SHIKLOMANOV, I., “World fresh water resources”, GLEICK, P. H. Water in Crisis. A Guide to the

World’s Fresh Water Resources. Pacific Institute o Studies in Development, Environment and Security, Stockholm Environmental Institute, p. 13-24, 1998.

no Centro-Sul brasileiro, apesar da grande disponibilidade, a intensidade das

atividades industriais e agropecuárias juntamente com a forte expansão urbana têm

levado a conflitos pelo uso da água, considerados graves, tendo em vista o

diagnóstico de elevado desperdício e falta de tratamento das águas servidas.

Apenas 30% dos recursos hídricos brasileiros estão disponíveis para 93% da população. Em média, entre 40% e 60% da água tratada são perdidos no percurso entre a captação e os domicílios, em função de tubulações antigas, vazamentos, desvios clandestinos e tecnologias obsoletas (MACHADO, 2003, p. 122).

Apesar da relativa abundância dos recursos hídricos brasileiros, a sua

qualidade tem sido comprometida por diversas formas de poluição: lançamento de

esgotos domésticos não tratados, de efluentes industriais, contaminação por

agrotóxicos, derramamentos de óleo, entre outros.

Como resultado das desigualdades sociais e regionais, da pressão antrópica e da expansão das atividades industriais, rios, riachos, canais e lagoas foram assoreados, aterrados e desviados abusivamente, e até mesmo canalizados; suas margens foram ocupadas, as matas ciliares e áreas de acumulação suprimidas. Imensas quantidades de lixo acumulam-se no seu interior e nas encostas desmatadas, sujeitas à erosão. Regiões no passado alagadiças, com pântanos, mangues, brejos ou várzeas foram, primeiro, aterradas e, depois, impermeabilizadas e edificadas (MACHADO, 2003, p. 123).

O acelerado desenvolvimento urbano atingido no século XX concentrou a

população brasileira nos espaços reduzidos das grandes cidades, ocasionando uma

ocupação desordenada no país, onde a população competia pelos recursos naturais

como o solo e a água.

Esse crescimento urbano ocorrido no Brasil nas ultimas décadas mudou não

apenas a configuração demográfica, mas também provocou a transformação de uma

população predominantemente rural até a metade do século XX, para uma

população essencialmente urbana a partir de 1960.

Tucci, em seu artigo Gestão de Águas Pluviais Urbanas, relata a urbanização

acelerada ocorrida nos países da América Latina, como um dos graves problemas

urbanos atualmente desta forma:

A urbanização é espontânea e o planejamento urbano é realizado para a cidade ocupada pela população de renda média e alta. Sem um planejamento do espaço a ocupação ocorre sobre áreas de risco como de inundações e de escorregamento, com mortes frequentes [...] Parte

importante da população vive em algum tipo de favela. Portanto, existe a cidade formal e a informal. A gestão urbana geralmente atinge somente a primeira (2005, p. 11).

Ainda hoje, um dos maiores problemas da sociedade brasileira no que tange

aos problemas ambientais urbanos diz respeito ao manejo dos resíduos sólidos que

constantemente, por não haver uma destinação correta, é despejado nos cursos

d’agua, vide as cidades litorâneas em época de temporada de turismo. Não raras

são as vezes que sente-se um forte odor de esgoto em diversas praias brasileiras.

A falta de saneamento é uma das principais causas da insalubridade e caracteriza-se, notadamente, pela disposição inadequada dos resíduos sólidos lixo e líquidos esgoto contaminando o ambiente e, principalmente, um dos mais essenciais recursos da humanidade: a água (ERCOLE, 2003 p. 14).

O Ciclo hidrológico

Figura 1 - O ciclo hidrológico

Fonte: Portal Dia a Dia Educação. Disponível em: <http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/arquivos/File/sugestao_leitura/33mudanca_climatica.pdf>Acesso em: 18/10/2016

O volume total de água no planeta permanece constante há milhares de anos.

Porém, ela muda seu estado entre as formas líquida, sólida e gasosa e se

movimenta entre o oceano, a atmosfera, a criosfera (a parte congelada da superfície

terrestre) e a superfície terrestre, no chamado ciclo hidrológico.

Segundo Victorino (2007, p.50), “a quantidade de água existente no planeta

não aumenta nem diminui, e até acredita-se que a quantidade atual de água seja

praticamente a mesma de há 3 bilhões de anos”, pois a água esta em eterno

processo de reciclagem natural: evapora, desaba como chuva, escorre para o fundo

da terra e retorna para a superfície, de onde volta a evaporar, no chamado ciclo da

água. Por isso, a água é um recurso renovável. Contudo, a água potável não pode

ser considerada inesgotável. Isto porque tudo depende do equilíbrio entre renovação

e consumo. Se o seu consumo for superior a sua capacidade de renovação, haverá

escassez e consequentemente uma crise se instalará.

Durante muito tempo, acreditou-se que a água era um bem infinito, e que ao

circular na natureza, seria capaz de eliminar todos os seus poluentes, dessa forma

todo tipo de sujeira era despejado conscientemente nos rios, sem qualquer

tratamento. Carneiro (2007, p. 10) assinala que “actualmente, a água é considerada

pelos especialistas como um recurso renovável, porém finito, pois a poluição e o uso

dos recursos hídricos têm acrescido de tal forma que não permitem a reposição na

velocidade necessária ao consumo”.

Tundisi (2003) afirma que o ciclo hidrológico é o principal unificador da água

no planeta, regulando sua disponibilidade e distribuição. A energia solar tem papel

fundamental no funcionamento do ciclo hidrológico, isto porque ela provoca a

evaporação dos oceanos e os efeitos dos ventos que transportam vapor d’água

acumulado para os continentes.

O movimento da água no ciclo hidrológico é mantido pela radiação solar e

pela atração gravitacional, dessa forma, a água que se encontra em estado líquido

pelos rios, lagos e mares e pela superfície terrestre devido à influência da energia

solar, poderá evaporar-se. Esse movimento pode ser definido como uma sequência

fechada de fenômenos pelos quais a água passa da superfície terrestre para a

atmosfera, na fase de vapor, e regressa para a superfície nas fases líquida e sólida,

explica Carneiro (2007).

O vapor de água, juntamente com o proveniente da transpiração dos seres

vivos, é liberado para a atmosfera, onde ascende até que se dá a condensação

devido ao arrefecimento da massa de ar em que está inserido. Ao condensar

formam-se pequenas gotículas de água que vão aumentando de dimensão à medida

que mais água condensa ou que várias partículas se agregam, até que se tornem

demasiado pesadas e caiam sob a forma de precipitação.

A transferência da água da superfície terrestre para a atmosfera, sob a forma

de vapor, dá-se por evaporação direta, por transpiração das plantas e dos animais e

por sublimação que é a passagem direta da água da fase sólida para a de vapor.

O vapor d’água é carregado pela circulação atmosférica e condensa-se após

trajetórias variáveis. Assim, a água condensada dá lugar à formação de nuvens e

nevoeiros e a precipitação a partir de ambos. Este movimento horizontal e vertical do

vapor d’água é determinante para o balanço das águas nas áreas continentais.

Quando ocorre a precipitação (chuva), uma parte da água se infiltra através

dos espaços que encontra no solo e nas rochas. Pela ação da força da gravidade

esta água vai se infiltrando até não encontrar mais espaços, começando então a se

movimentar horizontalmente em direção às áreas de baixa pressão. A água da

chuva que não se infiltra escorre sobre a superfície em direção às áreas mais

baixas, indo alimentar diretamente os riachos, rios, mares, oceanos e lagos.

O percurso subterrâneo das águas é o mais lento de todos, podendo levar

semanas para percorrer poucos metros. Esta água poderá voltar à superfície,

através das fontes, reunindo-se às águas superficiais.

Nas regiões gélidas das calotas polares, a água pode ficar em estado sólido,

permanecendo inalterada por milhões de anos, ou sofrer o derretimento para o

estado líquido e a consequente evaporação, caso haja radiação solar suficiente para

iniciar o processo.

Resumindo, a água existente no planeta Terra não constitui uma realidade

estática. Tal como todos os outros elementos, integra-se em complexos ciclos

biogeoquímicos que a mantêm numa circulação permanente entre os diversos

subsistemas. Estabelece-se, assim, um sistema fechado, no qual a quantidade total

se mantém praticamente constante. Tirando a contribuição (desconhecida) do calor

interior da Terra, a circulação da água neste sistema fechado depende da energia

solar que sobre ela atua, direta e indiretamente, e da energia potencial.

Como a água torna-se potável para o consumo humano?

Figura 2 - O processo de tratamento da água

Fonte: Portal Dia a Dia Educação. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/cartilha_estudante.pdf>. Acesso em: 08/12/2016.

A água que consumimos diariamente necessita passar por um longo tratamento

que é feito em instalações próprias para este fim, chamadas Estações de

Tratamentos de Água ou ETA.

Em Cascavel, o tratamento da água que é servida à população é realizada pela

Companhia de Saneamento do Paraná, a SANEPAR, uma estatal de economia mista,

que atende que o Estado do Paraná, já a qualidade da água destinada ao consumo da

população, é regulada pelo Ministério da Saúde, conforme Portaria nº 2.914, de 12 de

Dezembro de 2011. No caso do Paraná, a Sanepar encaminha o relatório das

análises de água à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS), a qual estabelece

em seu Artigo 3° que: “Toda água destinada ao consumo humano, distribuída

coletivamente por meio de sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento

de água, deve ser objeto de controle e vigilância da qualidade da água”.

Carneiro (2007) afirma que, ao todo três estágios de tratamento são realizados a

fim de tornar a água potável para o consumo humano. Havendo, portanto, um

procedimento criterioso de qualidade, de modo a não causar danos à saúde dos seus

consumidores.

No primeiro estágio, a água para consumo humano é normalmente captada de

rios, lagos ou outros reservatórios. Posteriormente a seleção do esquema de

tratamento dessa água depende dos objetivos de qualidade definidos e das

características da água em seu ponto de captação. A água é captada e destinada a

uma ETA por intermédio de adutoras direto dos mananciais.

Na ETA, inicia-se o segundo estágio, onde pedaços de madeira, galhos ou outros

objetos maiores são removidos da água por telas que impedem a passagem destes.

Nessa fase, adicionam-se agentes químicos, geralmente sulfato de alumínio, sulfato

férrico ou PAC - Policloreto de alumínio (utilizado pela SANEPAR) à água para aglutinar

as partículas maiores de sujeira (argila, por exemplo). Esse processo é denominado

coagulação.

Na sequência vem a etapa de floculação que ocorre em um tanque de concreto

com água em movimento, onde as partículas se aglutinam em “flocos” maiores. Nos

próximos tanques, os de decantação ou sedimentação, as partículas grandes de sujeira

se encaminham para o fundo por ação da gravidade, formando o “lodo”, que é separado

da água. As sujeiras menores são retidas posteriormente no processo de filtração, no

qual a água passa por filtros de carvão, areia e pedaços de rochas de diferentes

tamanhos. Na etapa de desinfecção, micro-organismos são removidos da água por meio

da utilização de cloro ou ozônio. Essa parte é necessária para a redução da ocorrência

de doenças na população.

Ainda nesta fase ocorre a fluoretação, destinada à prevenção da incidência de

cáries e, ao final do processo, sucede a correção do pH da água com cal hidratada que

ajuda a corrigir o pH, reduzindo a corrosividade da água para que tubulações de

distribuição não sejam danificadas.

E finalmente no terceiro e último estágio, depois de um longo caminho e de sua

análise em laboratório para que se atestem os parâmetros que a classificam como

potável, a água é distribuída a população por uma rede de distribuição. É valido destacar

que quanto pior a qualidade da água bruta recolhida na fonte, maior será o esforço para

o tratamento dela. Recomenda-se que, para preservação da qualidade da água tratada,

cisternas e caixas d’água sejam limpas de seis em seis meses.

O Ciclo Urbano da Água e o Tratamento dos Efluentes Os caminhos percorridos pela água que é consumida pela população desde a

captação até sua devolução ao meio ambiente denomina-se Ciclo Urbano da Água.

Carneiro (2007) afirma que o Ciclo Urbano da Água engloba o abastecimento

de água e saneamento de águas residuais. Integra as atividades de captação,

tratamento e distribuição da água de abastecimento até sua recolha e posterior

tratamento e devolução dessas águas à natureza para que continue seu ciclo

natural.

O tratamento das águas residuais é realizado nas Estações de Tratamento de

Efluentes (ETE), de acordo com as características físicas, químicas e biológicas das

águas.

Esgotos domésticos e efluentes industriais são considerados os principais

contaminantes das águas superficiais, especialmente em áreas urbanas. Entre os

principais fatores que colaboram para a poluição da água estão: o lançamento de

esgotos domésticos e efluentes industriais nos corpos hídricos. Os efluentes são

produzidos em larga escala nas grandes cidades e, se não forem devidamente

descartados e tratados, poluem o solo, o subsolo e os recursos hídricos, além de

proporcionarem condições favoráveis à propagação de diversas doenças, afetando

principalmente as populações mais pobres (SERRA; SERRA, 2013).

Carneiro (2007) analisa ainda, que a água depois de utilizada pelos

consumidores, nas suas múltiplas atividades diárias, gera o esgoto doméstico,

proveniente principalmente de sanitários, e de uma série de outras atividades que

inclui a preparação de alimentos, lavagem de utensílios domésticos, roupas,

automóveis, etc. Segundo a autora, a natureza destas águas é facilmente

identificável e a carga dos poluentes mais significativos provém dos aparelhos

sanitários (matéria fecal, urina e papel). As outras fontes são normalmente menos

poluentes e incluem sabões, detergentes, suspensões de partículas de comida,

sedimentos, materiais coloidais e solúveis.

Existem ainda indústrias que descarregam águas residuais para a rede de

esgotos e, frequentemente, para meios receptores naturais.

No Brasil, o controle das descargas de efluentes está a cargo do Conselho

Nacional do Meio Ambiente-CONAMA, que estabelece condições e padrões de

lançamento destes, através da Resolução 430, de 13 de Maio de 2011, que entre

outras atribuições estabelece:

Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados diretamente nos corpos receptores após o devido tratamento e desde que obedeçam às condições, padrões e exigências dispostos nesta Resolução e em outras normas aplicáveis. [...] O órgão ambiental competente poderá, a qualquer momento, mediante fundamentação técnica [...] acrescentar outras condições e padrões para o lançamento de efluentes, ou torná-los mais restritivos, tendo em vista as condições do corpo receptor; ou [...] exigir tecnologia ambientalmente adequada e economicamente viável para o tratamento dos efluentes, compatível com as condições do respectivo corpo receptor (CONAMA, 2011, Art. 3°).

Normalmente três condições gerais devem ser requeridas para o controle dos

efluentes.

que o efluente não danifique as redes de esgotos; esta condição significa que nenhuma descarga deve bloquear nem atacar a estrutura da conduta de esgoto;

que o efluente não seja adverso para o processo de tratamento que está a jusante ou à sua subsequente descarga; são impostas condições para restringir a emissão de materiais tóxicos que prejudicam a evolução de tratamentos biológicos por envenenamento dos microrganismos responsáveis pelo processo de tratamento. [...]

que o efluente não sobrecarregue o processo de tratamento. É também indesejável que um efluente, apesar de não ser tóxico, seja altamente poluente e com uma carência bioquímica de oxigênio elevada. Se efluentes deste tipo estiverem presentes em grande volume no escoamento, podem originar uma carência tão elevada sobre os processos biológicos que estes acabam por falhar [...] (CARNEIRO, 2007, p. 18).

Após a remoção de todos os poluentes através de um processo químico,

físico e biológico, a água tratada pode finalmente ser reutilizada para fins industriais

ou agrícolas. Ainda não é indicada para beber, pois ainda não é água potável, a não

ser que essa água seja filtrada ou fervida antes. É interessante acrescentar que o

procedimento de tratamento do esgoto ajuda no processo natural de limpeza da

água, uma vez que o próprio curso d’água possui bactérias que se alimentam do

material orgânico disponível no esgoto, ajudando a eliminar parte da sujeira.

Os rios, lagos e mares são frequentemente utilizados como meios receptores

e agentes de transporte de efluentes domésticos e industriais. Dessa forma, as

águas voltam ao meio natural de onde vieram para continuar seu curso. Convêm aos

órgãos competentes estabelecer normas e padrões que garantam à população o

melhor tratamento possível para os efluentes domésticos e industriais, a fim de

contribuir com a saúde pública e a redução de custos com água através da

reutilização do efluente já tratado.

O direito à água

Nas próximas décadas, a população mundial provavelmente continuará

crescendo, chegando a marca de 8,5 bilhões em 2030, de 9,7 bilhões em 2050, até

se alcançar incríveis 11 bilhões de habitantes em 2100, um crescimento de 53% em

relação ao presente. Essas previsões foram publicadas no Relatório “Perspectivas

da População Mundial: A Revisão de 2015”, pela Organização das Nações Unidas

(ONU).

Figura 3 - Previsões de crescimento da População Mundial (bilhões de pessoas)

Adaptado de: ONU População Mundial 2015 Disponível em: <https://dalilabalekjian.wordpress.com/2015/07/30/populacao-mundial-revisao-2015-onu>. Acesso em: 08/12/2016

As mudanças demográficas que possivelmente ocorrerão nos próximos anos,

exigirão enormes desafios que devem se apresentar para o desenvolvimento

sustentável.

Um ponto importante a ser enfrentado imediatamente diz respeito à demanda

de água necessária para abastecer uma população tão numerosa. O problema da

escassez da água doce já é uma realidade em muitas regiões do planeta.

Autoridades políticas, organizações não-governamentais e a comunidade acadêmica

já vêm discutindo sobre essa temática, mas o público em geral ainda não percebeu

a gravidade dessa questão.

O desenvolvimento dos recursos hídricos e a conservação dos sistemas

naturais constituem um desafio às sociedades contemporâneas. A urbanização

acelerada produz inúmeras alterações no ciclo hidrológico e aumenta enormemente

as demandas para grandes volumes de água, aumentando também os custos do

tratamento, a necessidade de mais energia para distribuição de água e a pressão

sobre os mananciais.

Segundo Tundisi, no amplo contexto social, econômico e ambiental do século

XXI, entre os principais problemas e processos da crise da água destacam-se:

Estresse e escassez de água em muitas regiões do planeta em razão das alterações na disponibilidade e aumento de demanda.

Infraestrutura pobre e em estado crítico, em muitas áreas urbanas com até 30% de perdas na rede após o tratamento das águas.

Problemas de estresse e escassez em razão de mudanças globais com eventos hidrológicos extremos aumentando a vulnerabilidade da população humana e comprometendo a segurança alimentar (chuvas intensas e períodos intensos de seca).

Problemas na falta de articulação e falta de ações consistentes na governabilidade de recursos hídricos e na sustentabilidade ambiental. (2008, p.7)

Tucci (2008) relata que, entre os problemas que causaram a crise está a

intensa urbanização, que aumentou a demanda pela água e ampliou a descarga de

recursos hídricos contaminados com grandes demandas de água para

abastecimento e desenvolvimento econômico e social.

“A urbanização avançou sobre os mananciais e deteriorou as fontes de

suprimentos superficiais e subterrâneas” (Tundisi, 2003 p.11). Dessa forma os

custos do tratamento de água para produção de água potável atingem grandes

somas especialmente se os mananciais estão desprotegidos de cobertura vegetal

suficiente nas bacias hidrográficas e se as águas subterrâneas estão contaminadas.

De acordo com Tomaz (2003), um terço da população mundial sofrerá com a

falta de água ainda neste século e medidas de preservação e recuperação devem

ser tomadas urgentemente, através de metas e objetivos estabelecidos neste

sentido e também de compromissos que todos devemos assumir.

Com a finalidade de chamar a atenção da população para a crise da água e

buscar soluções para um problema que pode se tornar cada vez mais grave, a ONU

instituiu, em 22 de março de 1992, o Dia Mundial da Água. Também foi criado um

documento intitulado “Declaração Universal dos Direitos da Água”, do qual constam

dez artigos de fundamental importância sobre a água. Entre esses artigos,

destacam-se alguns de considerável relevância para preservação da vida no

planeta.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam. Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras. Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo. Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Em 2015, um relatório denominado “Água para um mundo sustentável”

apresentou os fatores que afetam a qualidade e a disponibilidade dos recursos

hídricos:

A demanda hídrica global é fortemente influenciada pelo crescimento da população, pela urbanização, pelas políticas de segurança alimentar e energética, e pelos processos macroeconômicos, tais como a globalização do comércio, as mudanças na dieta e o aumento do consumo. Em 2050, prevê-se um aumento da demanda hídrica mundial de 55%, principalmente devido à crescente demanda do setor industrial, dos sistemas de geração de energia termoelétrica e dos usuários domésticos (UNESCO, 2015).

Infelizmente, apesar dos constantes alertas da comunidade científica e da

mídia em geral para a crise da água, as medidas efetivas de combate à escassez da

água não tem surtido o efeito necessário para afastar esse “fantasma” no futuro.

A canadense, Maude Barlow, considerada a maior autoridade em temas

relativos à água potável no mundo, presidente nacional do Conselho da Food and

Water Watch com sede em Washington, e autora de diversos livros sobre o tema,

(Revista Meio Ambiente e Sustentabilidade, 2014), faz algumas previsões

alarmantes sobre o futuro da água.

A população global triplicou no século XX, mas o consumo da água aumentou sete vezes. Em 2050, depois de adicionarmos mais de três bilhões de indivíduos à população, os seres humanos precisarão de um aumento de 80% nos suprimentos de água apenas para a alimentação. Ninguém sabe de onde essa água virá? (BARLOW, 2009, p.17).

A autora alerta que grandes companhias estão à caça de água em países

com legislações permissivas para defender o recurso, como é o caso do Brasil.

Desse modo, a escassez de água é encarada pela indústria apenas como mais uma

grande oportunidade econômica. Barlow (2009, p. 145), expõe uma questão

intrigante sobre essas empresas no mundo: “[...] a água não é um direito humano

fundamental para todas as pessoas da Terra, mas um produto de mercado cada vez

mais controlado pelo setor privado para o seu próprio lucro pessoal”.

Barlow (2015) descreve que a água é um direito humano, que negar acesso à

água potável a quem quer que seja, significa violar esse direito básico. A autora

alerta para o fato de que as pessoas ricas e as grandes corporações têm pleno

acesso a agua, enquanto milhões de seres humanos, geralmente pobres, não têm

acesso a este recurso.

Segundo a autora, a água como patrimônio comum, precisa ser preservada –

na lei e na prática – e destinada para uso público. Cabe aos governos mantê-la

como propriedade pública para o justo benefício da população. Ninguém deve ser

proprietário da água, pois a água não deve ser vista como um recurso para o nosso

prazer ou lucro, mas sim como elemento essencial de um imenso ecossistema vivo

do qual toda vida tem sua origem.

A menos que mudemos coletivamente nosso comportamento, estamos nos dirigindo a um mundo de intensificação de conflitos e potencial de guerras pelos minguados suprimentos de água doce – entre nações, entre ricos e pobres, entre interesse público e o privado, entre habitantes rurais e urbanos e entre as necessidades concorrentes do mundo natural e as dos seres humanos (BARLOW, 2009, P. 147).

Petrella (2002) em seu livro “O Manifesto da Água”, afirma que o direito a

água é inalienável, pertencendo à economia dos bens comuns e não à economia de

acumulação. A água, enquanto fonte de vida é um bem vital e insubstituível, que

pertence aos habitantes da Terra, como comunidade. E ninguém, individualmente ou

em grupo, deveria ter o direito de tomá-la por sua propriedade. Por conseguinte, á

água é um bem patrimonial comum da humanidade.

O direito à água faz parte da ética de base de uma "boa" sociedade humana

e de uma "boa" economia. É dever da sociedade no seu conjunto e aos

diversos níveis de organização da sociedade, segundo o duplo princípio de

co-responsabilidade e de subsidiariedade, garantir o direito ao acesso à

água para todos e para a comunidade humana sem qualquer discriminação

de raça, sexo, religião, rendimento ou classe social (PETRELLA, 2002 s/p).

Os recursos hídricos em Cascavel

A cidade de Cascavel, juntamente com Curitiba, Londrina e Foz do Iguaçu

(figura 5) estão com reservatórios, poços e aquíferos no limite de sua capacidade

(GAZETA DO POVO/JOÃO RODRIGO MARONI, 2011).

Segundo a matéria, apesar de não haver risco de desabastecimento de água

nas cidades paranaenses, o crescimento populacional previsto para os próximos

anos, exigirá altos investimentos para abastecer essa população.

Conforme a reportagem do jornal Gazeta do Paraná de abril de 2012, a

Sanepar estava retirando mais água dos rios Cascavel, Peroba e Saltinho do que o

permitido. Juntas as outorgas dos três rios permitem a retirada de aproximadamente

244, litros por segundo, porém, de acordo com a matéria, a captação estava perto

de 600 litros por segundo, quase quatro vezes mais que o permitido pelo Instituto

das Águas (GAZETA DO PARANÁ/MARIANA LIOTO, 2012).

Figura 4 – Captação irregular no Rio Cascavel

Fonte: Gazeta do Paraná. Disponível em: <http://cgn.uol.com.br/noticia/18732/sanepar-realiza-captacao-irregular-no-rio-cascavel>. Acesso em: 25/08/2016.

Figura 5 – Infográfico: Consumo Elevado 2015

Adaptado de: Gazeta do Povo - Vida e Cidadania 2011. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/agua-escassa-em-33-cidades-do-pr-c6gfk79j31x9v4h5nzsf7pwem>. Acesso em: 01/12/2016

O município de Cascavel possui vários mananciais que cortam as áreas rurais

e urbanas, sendo que alguns servem para a captação de água como o rio Peroba, o

rio Saltinho e o rio Cascavel. A principal bacia hidrográfica da cidade, a do rio

Cascavel, se localiza na área central da cidade, onde se localizam as nascentes do

rio Cascavel. Já os rios Peroba e Saltinho possuem suas nascentes nas áreas

rurais.

Devido ao crescimento populacional e econômico de Cascavel, a SANEPAR

espera iniciar obras de captação do rio São José, tão logo se conclua a etapa de

licitação da obra, inicialmente orçada em cerca de 70 milhões de reais. A ampliação

do sistema pretende garantir o abastecimento de uma cidade que cresce

diariamente e, consequentemente, tem aumento no consumo de água (SANEPAR,

2015).

Segundo a SANEPAR (2014), no verão de 2014, o consumo diário de água

chegou a 70 milhões de litros, bem próximo dos 72,5 milhões que é a capacidade

máxima de produção.

As nascentes do rio São José estão localizadas na região onde se localiza a

Fazenda Festugatto, próximo a rodovia BR 277, saída de Cascavel para Curitiba. A

captação de água do rio São José é uma ideia antiga, que já vinha sendo discutida

de desde 1992, mas que só foi prevista no Plano Diretor de Cascavel a partir de

2006 (GAZETA DO PARANÁ/LUIZ CARLOS DA CRUZ, 2015).

Conforme se lê no Artigo 57, parágrafo primeiro, na Lei do Plano Diretor de

Cascavel.

§ 1º Além das bacias dos mananciais de abastecimento da cidade de Cascavel são prioridades o controle da ocupação e do uso nas bacias do Rio São José e Rio do Salto, passíveis de captação para abastecimento de água na cidade de Cascavel (CASCAVEL, 2006, Art. 57).

A previsão é de que é de o novo sistema esteja fornecendo água tratada

somente em 2018, ampliando assim a capacidade de produção em 25 milhões de

litros diários, o que garantirá atendimento a população de Cascavel pelos próximos

10 anos. Isto se o ritmo de crescimento demográfico se confirmar, já que a cidade

atrai anualmente milhares de migrantes de diferentes regiões do país e imigrantes

de outros países. Dessa forma, o novo sistema já estaria com a capacidade

esgotada em 2028. A previsão da Sanepar é de que até lá já esteja construído o

sistema de captação do Rio do Salto e até 2042 serão extraídas águas do Rio

Tormenta que fica na divisa com Catanduvas (GAZETA DO PARANÁ/LUIZ CARLOS

DA CRUZ, 2016).

Enquanto as obras de captação do rio São José não são concluídas, a

SANEPAR vem captando água dos rios Peroba, Saltinho e rio Cascavel,

considerado o mais importante para o abastecimento público municipal, já que a

maior parte da água consumida pela população cascavelense vem desse rio.

A bacia hidrográfica do Rio Cascavel possui área de drenagem de 117,5 km²,

situada entre os paralelos 24º 32’ e 25º 17’ de latitude Sul e os meridianos 53º 05’ e

53º 50’ de longitude Oeste, sendo responsável por 70% do abastecimento de água

potável da cidade de Cascavel. O leito principal do rio apresenta extensão

aproximada de 17,85 km, tendo como cota topográfica máxima 767m e mínima

580m (CASCAVEL, 1995).

No ponto de captação, a bacia hidrográfica tem aproximadamente 52 km².

Este manancial é reforçado por mais dois afluentes do rio Cascavel: o rio Peroba,

com área de distribuição de 26 km² e o rio Saltinho com área de distribuição de 43

km² (CASCAVEL, 1995).

Em 2014, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente realizou o

georreferencimento do rio Cascavel. Na época, os 17 km de extensão do rio foram

mapeados e o resultado foi um laudo que, apesar de não apontar contaminação por

esgotos, identificou vários pontos preocupantes com relação a danos ao meio

ambiente. Ao longo do rio foram encontrados muitos resíduos, como: pneus velhos,

sacos plásticos e entulhos (CASCAVEL, 2014).

O georreferenciamento do rio Cascavel apontou diversos crimes ambientais,

como áreas completamente desmatadas e áreas com limite mínimo de mata ciliar.

Há casos ainda de plantas exóticas às margens do rio, como eucalipto, que é

proibido; construções na área de preservação permanente e trilhas de MotoCross

que destruíram a mata; assim como registros de “desova” de resíduos sólidos em

determinados pontos do rio.

De acordo com Tosin (2005, p. 15), as nascentes da área urbana, sofrem

maiores risco de contaminação, com destaque para o rio Cascavel que margeia a

rodovia federal BR-277 que cruza a bacia, facilitando a contaminação dos

mananciais próximos, em caso de acidentes comuns nas rodovias da região.

A bacia hidrográfica do rio Cascavel não foge à regra da maioria das bacias

hidrográficas brasileiras, sendo afligida por diversos problemas ambientais. O rio

sofre forte impacto da agropecuária do município que o contamina com dejetos da

suinocultura, avicultura, piscicultura, bovinocultura de leite e agrotóxicos. Na área

urbana, temos a presença de lixo, além de produtos químicos em geral, tudo isso

somados à falta de proteção dos mananciais, como a já citada ausência de mata

ciliar em alguns locais.

Em alguns pontos do rio Cascavel, a qualidade das águas é muito

insatisfatória, com grande quantidade de poluentes:

Amostras de poços e minas foram coletadas em frascos estéreis, seguindo as medidas cabíveis para evitar contaminação cruzada durante quatro meses consecutivos e, analisadas segundo técnica padrão do Número Mais Provável (NMP), assim como detecção de coliformes totais e termotolerantes. Percebeu-se que 85% das amostras apresenta-se impróprias para o consumo humano, sendo, portanto um risco à saúde da população que a utiliza (KIEL; BRUN e RODRIGUES, 2012, p. 131).

Figura 6 - Lixo as margens do rio Cascavel, próximo da ponte do Loteamento Universitário.

Fonte: arquivo pessoal/2016

Segundo Marodin (2004), o lixo, mesmo jogado para longe das pessoas,

continua trazendo problemas porque não recebe qualquer tratamento. No caso do

rio Cascavel, o descaso com a disposição adequada dos resíduos pode causar

enormes impactos aos corpos d'água e aos lençóis subterrâneos. A destinação

incorreta do lixo pelos moradores das proximidades do rio, os quais têm a prática de

coleta e venda do lixo reciclável às cooperativas de reciclagem da cidade como fonte

de renda, vem provocando contaminação quando entram em contato com a água,

ou mesmo através da absorção de materiais tóxicos ou contaminados que ficam

depositados nas áreas próximas ao rio (FERREIRA, 2001).

No bairro Universitário e loteamento Jaçanã, nas proximidades do rio,

encontram-se móveis queimados, resíduos de garrafas pet, caixas de longa vida e

outros resíduos, justamente perto das residências de moradores que trabalham com

a coleta e venda do lixo reciclável às cooperativas de reciclagem da cidade, como

fonte de renda.

Infelizmente se tornou comum entre eles selecionar os materiais que podem

ser reutilizados ou reciclados e que, portanto, possuem um valor

econômico, e descartar no quintal ou por entre as árvores próximo ao rio,

aquilo que não está em condições de ser reciclado. (BERTASSO, et al.

2009, s/p)

Figura 7 – Lixão nas proximidades do rio Cascavel e do novo loteamento.

Fonte: arquivo pessoal/2016.

Os gestores públicos não resolveram o problema do lixo nas proximidades do

rio e ainda se verifica a presença de vários resíduos, como: móveis, garrafas pets,

sacos plásticos, calçados, equipamentos eletrônicos, brinquedos, pilhas e outros.

Visitando alguns pontos do rio descobre-se que o descarte incorreto de lixo é

prática recorrente da população, joga-se fora tudo, sem a menor preocupação com

os danos ao meio ambiente.

Em recente pesquisa no site dos Bombeiros de Cascavel (2016), verificamos

que no período de 01/01/2005 a 30/12/2015 houve cerca de 120 ocorrências de

alagamentos em diversos pontos da cidade, inclusive com vítimas e diversos

prejuízos financeiros tanto ao setor público, como ao setor privado. Segundo o

Capitão Amarildo Roberto Ribeiro do 4° Grupamento de Bombeiros de Cascavel,

muitos desses alagamentos são provocados por bueiros entupidos, justamente

resultado de ações inconsequentes. O lixo jogado nas ruas se acumula nos bueiros,

obstruindo o escoamento da água nos dias de chuva, resultando em pontos de

alagamento espalhados por toda a cidade.

Figura 8 - Entulhos em frente a uma residência próxima ao rio Cascavel no Bairro Universitário

Fonte: arquivo pessoal/2016.

Outro problema a ser considerado, quando o assunto é o lixo em Cascavel,

diz respeito à correta separação do lixo nas casas. Há uma nítida falta de

conhecimento das pessoas sobre a maneira correta de se fazer a separação ou

pode ser a falta de interesse em separar lixo.

Em pesquisa sobre a percepção dos catadores de lixo sobre a coleta

seletiva(Servat e Carniatto, 2012), os mesmos responderam que um dos maiores

problemas do trabalho deles é que os moradores misturam o lixo reciclável com o

não reciclável. É possível encontrar todo tipo de lixo misturado dentro de sacos e

sacolas plásticas, desde orgânicos e materiais sólidos, como garrafas plásticas,

vidros, metais, até resíduos tóxicos que dificultam o trabalho por parte dos agentes

responsáveis pela coleta e separação do lixo.

ATIVIDADE 1 - Apresentação do tema .

Conteúdo: Iniciar uma discussão sobre importância da água para a vida no planeta

e sobre os problemas relacionados a esse recurso.

Objetivo: Despertar nos alunos o interesse pela temática da água, sobre a

importância da preservação, assim como da problemática ambiental e a crise da

água, devido ao seu mau uso.

Duração: 2 aulas/horas

Metodologia: Vídeo e texto com letra da música “Planeta Água” de Guilherme

Arantes.

Avaliação: A avaliação será realizada através da participação e do envolvimento

dos alunos nas atividades.

Será analisada a música “Planeta água” de Guilherme Arantes, através de

texto e vídeo exibido da música “Planeta Água” (duração de 5 minutos e 55

segundos), disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=xzh0j4xt7io>.

Leitura do Texto:

Declaração Universal dos Direitos da Água – 1992

A presente Declaração Universal dos Direitos da Água foi proclamada tendo como

objetivo atingir todos os indivíduos, todos os povos e todas as nações, para que

todos os homens, tendo esta Declaração constantemente no espírito, se esforcem,

através da educação e do ensino, em desenvolver o respeito aos direitos e

obrigações anunciados e assomam, com medidas progressivas de ordem nacional e

internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação efetiva.

Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo,

cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos

olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de

todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a

atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um

dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do

Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos,

frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com

racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água

e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para

garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular,

da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é,

sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma

necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as

gerações presentes e futuras.

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor

econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que

pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De

maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para

que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade

das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma

obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não

deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção

e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e

o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

Histoire de L´Eau, Georges Ifrah, Paris, 1992

Estas atividades têm a finalidade de valorizar a importância da água para a

vida no planeta, além de refletir sobre as consequências do mau uso das águas, da

poluição de recursos hídricos e do constante risco de escassez.

Após ler o texto e realizar esse debate inicial, os alunos deverão responder as

seguintes questões:

1. Por que Guilherme Arantes chama a Terra de Planeta Água?

2. A que fato da natureza remete os trechos na letra de Guilherme Arantes, “Águas

que caem das pedras no véu das cascatas, ronco de trovão - E depois dormem

tranquilas no leito dos lagos - Água que o sol evapora, pro céu vai embora, virar

nuvem de algodão - E sempre voltam humildes pro fundo da terra.”

3. Na letra da música “Planeta Água”, são citadas algumas utilidades da água. Cite

os múltiplos usos da água para a economia mundial.

4. De onde decorrem os principais problemas relacionados com a escassez de água

atualmente?

5. Com uma extensão de 510 milhões de Km², o Planeta Terra possui mais água do

que terras continentais. Explique a distribuição das águas no planeta e nas regiões

do Brasil:

6. O Brasil possui vários aquíferos. Explique o que é um aquífero: Quais são os

maiores do Brasil? Sua localização-estados e países.

7. Eleja três artigos da Declaração Universal dos Direitos da Água que você

considera fundamental e justifique por quê?

8. Quais são as ações humanas que tem provocado as maiores alterações

quantitativas e qualitativas na água, quanto à contaminação de lençóis freáticos;

diminuição da umidade do solo e enchentes e inundações.

ATIVIDADES 2 - O Uso Racional da Água .

Conteúdo: O ciclo hidrológico e o uso racional da água.

Objetivo: Destacar a escassez das fontes de água potável e dos crescentes

problemas hídricos enfrentados pelas populações das áreas urbanizadas no Brasil.

Duração: 2 aulas/horas

Metodologia: Utilização de vídeo e imagens sobre a degradação ambiental

produzida pela ação humana e sobre a escassez de água.

Avaliação: A avaliação será realizada através da participação e envolvimento dos

alunos nas atividades.

Para a realização desta segunda atividade os alunos deverão analisar as

imagens a seguir e assistir ao vídeo da ANA, “O Uso Racional da Água” disponível

em: <https://www.youtube.com/watch?v=JtshF-n-mis>.

ANÁLISE DE IMAGENS

Figura 9 - Poluição hídrica

Fonte: Portal Dia a Dia Educação. Disponível em:

<http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/7/1077poluicaohidrica.jpg>

Acesso em: 21/11/2016.

Figura 10 - Impactos ambientais

Fonte: Portal Dia a Dia Educação. Disponível em:

<http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/7/754impactosambientais.jpg>

Acesso em: 21//11/2016

Figura 11 - Lixo

Fonte: Portal Dia a Dia Educação. Disponível em: <http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/1/717lixo.jpg> Acesso em: 23/09/2016

O ciclo hidrológico e o uso racional da água.

1. Elabore um desenho ou esquema sobre o Ciclo da Água, ou simplesmente

responda como ele funciona?

2. Até recentemente, alguns estudiosos acreditavam que o ciclo hidrológico era

fechado, a quantidade total de água permaneceria sempre a mesma e nenhuma

água entraria ou deixaria o planeta. Com base nas informações dos livros didáticos,

o que mudou?

3. Após análise das imagens acima, você concorda que o ser humano é um ser

“evoluído”, é que se distingui dos demais seres da natureza por ser superior e

racional? Onde está a contradição dessa evolução nas charges e na imagem acima?

4. O Brasil é um dos países com os maiores reservatórios de água do mundo, e

mesmo assim não está livre de problemas hídricos. Justifique a frase.

5. Pesquise um país que na atualidade apresenta problemas com a questão da

escassez de água e depois escreva sobre os acontecimentos e os envolvidos.

ATIVIDADE 3 - O processo de tratamento da água Conteúdo: O caminho que a água percorre até chegar às residências.

Objetivo: Informar sobre o processo de tratamento ocorrido na água até chegar as

nossas residências, estudando a estrutura operacional de sustentabilidade do

abastecimento e da qualidade da água potável urbana do município de Cascavel.

Duração: 2 aulas/horas.

Metodologia: Aula expositiva, trabalhando o texto: Como a água torna-se potável

(do próprio autor) e assista o vídeo: Estação de para o consumo humano?

tratamento de água - como funciona? Disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=YcLtPJBjdAc&t=22s>. Que pretende

demonstrar como funcionam as prestadoras de serviços de fornecimento de água

tratada (para a realização destas atividades, é possível um trabalho interdisciplinar

com o(a) professor(a) de química).

Avaliação: Após assistir o vídeo e realizar a leitura do texto os alunos responderão

questões específicas sobre o processo de tratamento da água. Ao término da

exibição, os alunos deverão realizar pesquisas na internet e em mapas do município,

para responder as seguintes atividades:

1. Quais são os rios que fornecem água aos cascavelenses? 2. Qual é o principal manancial de abastecimento público de Cascavel, e onde ele deságua? 3. Por que as águas dos aquíferos e rios são chamadas de “água doce”? 4. Quais são os produtos químicos que a água recebe na estação de tratamento de água? 5. Para que serve o cloro e o flúor que são adicionados a água? 6. Qual é o funcionamento geral de uma E.T.A.?

ATIVIDADE 4 - O ciclo urbano da água .

Conteúdo: O processo de tratamento dos esgotos.

Objetivo: Chamar a atenção para a importância do tratamento de esgotos

domésticos, uma vez que este faz parte de nossa vida diária e os problemas

decorrentes da falta de tratamento podem se refletir na qualidade de vida da

população.

Duração: 4 aulas/horas

Metodologia: Visita a campo na estação de tratamento de água Melissa, localizada

na região norte da cidade, com anotação das principais etapas do funcionamento

geral da ETE (é possível realizar um trabalho interdisciplinar com o professor(a) de

biologia).

Avaliação: Produção de texto sobre a palestra do profissional técnico responsável

na visitação da ETE Melissa (conversar com o professor de português sobre a

melhor forma de se elaborar uma redação sobre a visita técnica).

Nesta etapa os alunos realizarão uma visita a ETE Melissa, Estação de

tratamento de esgoto da região norte de Cascavel, com o objetivo de compreender

as etapas do tratamento dos efluentes.

Durante a visita os alunos receberão palestra sobre “a importância do

tratamento da água”. Desta forma, foi elaborado um roteiro de visita para que os

alunos conheçam o processo executado na ETE, para tratamento do esgoto antes

da sua devolução aos corpos de água.

1) Fase líquida: a- rede coletora de esgoto; b- gradeamento grosseiro.

c- gradeamento fino; d- caixa de desaneração.

2) Decantador primário: a- peneira rotativa; b- tanque de aeração.

3) Decantador secundário; a- adensamento do lodo; b- digestão anaeróbica c-

condicionamento químico do lodo; d- filtro prensa de placas;

e- secador térmico.

O ciclo urbano da água será abordado também por meio de um vídeo

denominado “Estação de Tratamento de Esgoto - Como funciona”, disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=f61JxBM8wrY>. (com duração de 3 minutos e

17 segundos). Ao término da exibição, os alunos responderão aos seguintes

questionamentos:

Para a realização dessas atividades, os alunos deverão conversar com o(a) professor(a) de biologia). 1. O que é esgoto? 2. Quais seriam as consequências da não existência de ETE? 3. A água da chuva é esgoto? 4. Quais as consequências do lançamento de águas pluviais na rede de esgoto? 5. Como evitar doenças transmissíveis pelos esgotos? 6. Os esgotos podem transmitir doenças. Quais são as principais doenças relacionadas aos esgotos? 7. Por que as redes coletoras de esgoto entopem? 8. Por que o esgoto doméstico precisa ser tratado antes do seu lançamento nos rios e córregos? 9. Por que os esgotos lançados diretamente nos corpos d’água causam a morte dos peixes? 10. Em Cascavel é obrigatória a ligação do esgoto onde houver a rede pública coletora? (pesquisar na internet ou diretamente na prefeitura ou SANEPAR).

ATIVIDADE 5 – Mapas Conteúdo: Cartografia. Tarefas a serem realizadas com a ajuda de mapas do

município de Cascavel; - Coordenadas geográficas; - Nome dos rios de Cascavel

(com localização dos principais rios urbanos, como os rios Cascavel, Peroba e

Saltinho); - Localização da Estação de Tratamento de Água (ETA) SANEPAR; -

Localização de todos os sistemas de tratamento de esgoto (ETE Melissa, ETE

Norte, ETE Sul e ETE Oeste); - Lago municipal; - Escola Itagiba Fortunato do Bairro

Brasília; - Aeroporto e Prefeitura municipal.

Esta atividade de cartografia também compreende a elaboração de uma legenda

com as convenções cartográficas para leitura do mapa. Os mapas serão fornecidos

aos alunos em tamanho A4.

Objetivo: Desenvolver a capacidade dos alunos de se orientar e localizar através de

sistemas de referência. Estabelecer relações espaciais a partir de diferentes

fenômenos representados. Concluir a produção de um mapa simples com a

localização de algumas das principais referências do município, como o Lago

Municipal, localizado no Parque Paulo Gorski, alguns rios, a escola e as estações de

tratamento de água e de esgoto de Cascavel.

Duração: 4 aulas/horas

Metodologia: Utilização de mapas que se completam, cada um fornecendo

informações que os alunos precisam para concluir as tarefas de localização dos

pontos previamente solicitados. Utilização de convenções cartográficas pesquisada

em livro didático e na internet. Utilizar de Atlas para demonstrar como são utilizadas

cores quentes e frias (é possível fazer um trabalho interdisciplinar com o professor

de artes).

Avaliação: Através de conclusão das tarefas no mapa.

Composição de um mapa com a localização e as coordenadas geográficas

dos principais mananciais de água de Cascavel. Inicialmente o mapa deverá conter

algumas poucas informações, a localização alguns pontos da cidade, como as ruas

principais, o lago municipal, a localização da escola e de alguns bairros.

De posse de algumas informações e de um mapa de referencia a ser exposto

na sala se aula, os alunos deverão terminar a confecção do mapa, inserindo as

demais informações estipuladas pelo professor para atividade.

Figura 12 – Mapa de atividade: identificar recursos hídricos e serviços de saneamento.

Fonte: GeoPortal/Cascavel. <http://geocascavel.cascavel.pr.gov.br:10080/geo-view/faces/sistema/geo.xhtml> Acesso em: 15 out. de 2016.

Figura 13 – Mapa de apoio da atividade: identificar recursos hídricos e serviços de saneamento.

Fonte: GeoPortal/Cascavel. Disponível em: <http://geocascavel.cascavel.pr.gov.br:10080/geo-view/faces/sistema/geo.xhtml> Acesso em: 15 out. de 2016.

Figura 14 – Mapa de apoio da atividade: identificar recursos hídricos e serviços de saneamento.

Fonte: GeoPortal/Cascavel. Disponível em: <http://geocascavel.cascavel.pr.gov.br:10080/geo-view/faces/sistema/geo.xhtml> Acesso em: 15 ago. de 2016.

ATIVIDADE 6 - A poluição dos recursos hídricos Conteúdo: A poluição do rio Iguaçu (maior rio do Paraná), de Sanderlei Silveira,

disponível em: <http://sanderlei.com.br/PT/Ensino-Fundamental/Parana-Historia-

Geografia-47>.

Objetivo: Contribuir para a consolidação de uma cultura de respeito aos recursos

hídricos, através de um estudo da importância do rio Iguaçu, disseminando o

conceito de uso racional da água, através de aspectos ambientais, técnicos e

econômicos.

Duração: 2 aulas/horas.

Metodologia: Passar o vídeo da Música Meu Rio Iguaçu, de Beto Capeletto e Letra

de Paulo Cesar de Oliveira, disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=6JKNEVchFmA>, juntamente com imagens do

rio Iguaçu.

Avaliação: A avaliação será realizada através da participação e do envolvimento

dos alunos nas atividades.

A – Seleção de imagens sobre o rio Iguaçu, em suas várias faces (nascente, pontos

de poluição, imagens antigas e modernas, usos do rio, entre outras), juntamente

com a audição da música. As imagens poderão ser obtidas no rio Iguaçu, nos sites:

<http://www2.gazetadopovo.com.br/aguasdoamanha/noticias>

e <http://rioiguacu.blogspot.com.br>.

B – Os alunos deverão observar as imagens projetadas. Após a audição da música

e observação das imagens, os alunos discutirão as seguintes questões para serem

debatidas, em grupos:

• Como o autor da música apresenta o rio Iguaçu?

• As imagens expostas mostram o mesmo rio da música?

• O que chamou a sua atenção ao ouvir a música e ver as imagens?

• Há algum rio importante para o presente e a história de sua cidade?

• Qual o conhecimento prévio que você possuía sobre o rio Iguaçu?

C - A partir dessa síntese, os alunos deverão realizar a identificação dos possíveis

usos do rio e os atores sociais envolvidos com esses usos, conforme a tabela

abaixo.

Usos Atores Sociais

Abastecimento residencial Poder público

Indústria Empresas privadas

Agricultura Pequenos e grandes produtores

Pesca Pescadores

Geração de energia Poder público ou empresa privada

A partir da tabela acima, o alunos responderão questões sobre os usos da água:

1. Os diferentes atores sociais usam a água da mesma forma?

2. Há conflitos pelo uso da água por diferentes atores sociais?

3. Quais os meios possíveis para resolver esses conflitos?

4. Reunir os alunos em grupos de 4 alunos e solicitar que elaborem um painel com

pequenos textos e imagens que traduzam o ponto de vista sobre estas e outras

questões, a respeito dos usos do rios e do uso racional da água. Afixar os trabalhos

em uma das paredes da sala de aula (é possível realizar um trabalho interdisciplinar

com o(a) professoro(a) de português.

Teste os seus conhecimentos sobre a água.

PERGUNTAS RESPOSTAS

A água é o elemento mais presente na superfície da Terra. Você sabe qual a porcentagem de água no chamado Planeta Azul?

A – A água cobre cerca de 54% da superfície da Terra B – A água cobre cerca de 93% da superfície da Terra C – A água cobre cerca de 71% da superfície da Terra

2,97% da água do planeta é composta por água dos mares e oceanos, extremamente salgadas e impróprias para consumo. Aponte a alternativa mais sustentável para garantir água potável no Planeta.

A – Dessalinizar a água do mar B – Captar águas das chuvas e fazer a sua utilização no uso doméstico C – Transportar águas das geleiras, uma vez que 71% de toda a água doce do planeta está em forma de gelo

A água do planeta não está acabando, mas está ficando cada vez mais poluída. A maior parte da água do planeta é…

A – Doce B – Salgada C – Congelada

A água deve ser…

A – Preservada B – Desperdiçada C – Vendida

A água da Terra não termina, mas participa de um ciclo interminável denominado …

A – Ciclo de vida B – Ciclo de purificação C – Ciclo da água ou ciclo hidrológico

A água só não é essencial para a vida das:

A – Plantas B – Pessoas C – Rochas

A água utilizada em nossas casas, e que despejamos nos esgotos vão para o/a…

A – Mar B – Rio C – Atmosfera

Como deve ser a água que consumimos?

A – Tratada B – Poluída C – Suja

Como podem colaborar as pessoas para um menor consumo da água?

A – Lavar sempre as ruas B – Deixar as torneiras abertas C – Evitar desperdício

Qual atividade que mais consome água segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO)?

A – A atividade agropecuária

B – A indústria responsável

C – O consumo residencial

Onde se trata a água que consumimos em nossas casas?

A – Estação de tratamento de esgoto B – Estações de tratamento de água C – Estação hidrológica

O que podemos lançar nos esgotos?

A – Camisinha B – Água da pia C – Cigarros

O que não podemos lançar nos esgotos?

A – Água do banho B – Água da chuva C – Óleo usado

Qual o outro nome para a chuva, que é o retorno da água à Terra?

A – Precipitação B – Granizo C – Condensação

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