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FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA Av1 – 08.04 Av2 – 03.06 04.02.2013 Filosofia – significa o amor ao conhecimento. Livros: 1. Convite a filosofia – Marilena Chaui (mais atual: capa branca – mais completo na filosofia geral); Xerox – Para que Filosofia? Cícero: Estoicismos Romano e Lei Natural 2. Curso de filosofia do direito jurídica - Eduardo Bitta (livro mais completo – mais forte na filosofia jurídica) 3. Filosofia jurídica – Badden 4. Miguel Reale A república – Platão Unidades 1. Bloco Filosofia: Origem, conceito, objeto 2. Bloco: fundamento para uma filosofia jurídica: Platão, Aristóteles e estoicismo 3. Bloco: fundamento modernos para a filosofia jurídica: Robbes, Locke, Kant 4. Bloco... A lei deixará lacunas que será preenchido pelo princípio da equidade, uma vez que a lei não muda sempre. Ciência (não é superior a filosofia, nem atrasada [ideia positivista]) x filosofia (apenas interpreta, mas não tem a obrigação de provar). Visão positivista – não procura entender como as coisas aconteceram em sentido mais amplo, aplica a lei, norma pela norma, não importando se ela será justa ou injusta. Não foca a filosofia. Sócrates – levava os jovens a pensarem, andava pela rua e ia indagando sobre as coisas, estimulando o pensamento. “Só sei que nada sei”. Aristóteles - O escravo é escravo porque a natureza assim determinou, naquela época acreditava-se que uns nasciam para mandar e outros para obedecer. E. Kant – Direito (faz por medo de sofre uma sanção extrínseca, imperativo hipotético) x Moral (sanção intrínseca, seus princípios). Hans Kelsen – visou mostrar que o Direito é uma ciência exata; a justiça deve ser tratada pela ética (estuda a moral, é mais genérica e tenta explicar o uso do moral nas variadas épocas, culturas e grupos diferentes). Ética (ciência que explica a moral) x Moral Miguel Reale – o direito é um fato social, e por isso não poderá ficar isolado. Se contrapõe a Hans Kelsen. 11.02 Não teve aula – Carnaval

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FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA

Av1 – 08.04

Av2 – 03.06

04.02.2013Filosofia – significa o amor ao conhecimento.

Livros: 1. Convite a filosofia – Marilena Chaui (mais atual: capa branca – mais completo na

filosofia geral); Xerox – Para que Filosofia? Cícero: Estoicismos Romano e Lei Natural

2. Curso de filosofia do direito jurídica - Eduardo Bitta (livro mais completo – mais forte na filosofia jurídica)

3. Filosofia jurídica – Badden4. Miguel Reale

A república – Platão

Unidades1. Bloco Filosofia: Origem, conceito, objeto2. Bloco: fundamento para uma filosofia jurídica: Platão, Aristóteles e estoicismo3. Bloco: fundamento modernos para a filosofia jurídica: Robbes, Locke, Kant4. Bloco...

A lei deixará lacunas que será preenchido pelo princípio da equidade, uma vez que a lei não muda sempre.

Ciência (não é superior a filosofia, nem atrasada [ideia positivista]) x filosofia (apenas interpreta, mas não tem a obrigação de provar).

Visão positivista – não procura entender como as coisas aconteceram em sentido mais amplo, aplica a lei, norma pela norma, não importando se ela será justa ou injusta. Não foca a filosofia.

Sócrates – levava os jovens a pensarem, andava pela rua e ia indagando sobre as coisas, estimulando o pensamento. “Só sei que nada sei”.

Aristóteles - O escravo é escravo porque a natureza assim determinou, naquela época acreditava-se que uns nasciam para mandar e outros para obedecer.

E. Kant – Direito (faz por medo de sofre uma sanção extrínseca, imperativo hipotético) x Moral (sanção intrínseca, seus princípios).

Hans Kelsen – visou mostrar que o Direito é uma ciência exata; a justiça deve ser tratada pela ética (estuda a moral, é mais genérica e tenta explicar o uso do moral nas variadas épocas, culturas e grupos diferentes). Ética (ciência que explica a moral) x Moral

Miguel Reale – o direito é um fato social, e por isso não poderá ficar isolado. Se contrapõe a Hans Kelsen.

11.02 Não teve aula – Carnaval

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18.02 A professora viajou25.02 Faltei – África

04.03 Faltei – África

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11.03.2013 A prof. falou de só Platão, desloquei para o dia 18.03

18.03.2013SÓCRATES (469 – 399 a. c.)

• É considerado um divisor de águas que utilizava o Método Maiêutico (baseado na crítica e ironia, no diálogo – um jogo de perguntas e respostas; para cada resposta uma pergunta (a “parturição” de ideias, porque a mãe dele era parteira). Por isso, será condenado a morte.

• Mesmo na idade antiga, já existiam alguns visões antropocêntricas. O homem é a medida de todas as coisas, este pensamento não vem a existir só na idade média.

• Deixa uma máxima que é herdada pelos outros: “virtude é conhecimento”. “O erro é fruto da ignorância”, aqueles que têm o conhecimento não agem de forma equivocada.

• Ao ir a um oraculo Sibila perguntou a ele o que sabia, assim ele respondeu:“Eu só sei o que nada sei.”

• A maior luta humana deve ser pela educação (paideia em grego)• A obediência a lei era o limite entre a civilização e a barbárie, a lei tem que ser

obedecida, mesmo que seja injusta. • O homem só raciocina bem quando está livre do corpo.• A verdadeira virtude consiste no controle efetivo das paixões. São aqueles que

usam a razão, por isso conseguem controlar o sentido. Campo da ideia, idealista; conhecimento teórico, racional. O escravo não será uma pessoa porque não usará a razão.

• Só são felizes aqueles que são teleológicos, persegue um fim específico, aqueles que usam apenas a razão para ter controle sobre as paixões. Primazia da razão

• Foi condenado a morte sob o fundamento de espalhar dúvidas sobre as ideias e os valores atenienses, corrompendo a juventude.

• Direito e justiça são separados

PLATÃO

• Época: 427 – 347 A.C.

• Mestre Idealista, o campo da ideia é mais importante que o da prática. Esse idealismo existe em oposição ao materialismo (defendido por Locke). Ser idealista é perceber que tudo acontece no campo da teoria: “Se a teoria não cabe na prática, problema da prática”

• Herda a máximo socrática de que a “virtude é o conhecimento”. Quem tem o conhecimento teórico, tem a sabedoria e eram os filósofos. Por isso, quem deveria governar seria apenas os filósofos, porque eles viviam para estudar, eram os únicos que conheciam a verdade, únicos que eram virtuosos, eram os únicos capazes de pensar primeiro nos outros, do que neles mesmos.

• Não dá valor as leis, não será necessária. Só será usado se a pessoa tem no poder um filósofo não completamente virtuoso, uma vez que a vontade do filósofo é a de cuidar do povo. Prega um poder despótico. A justiça só é possível após a morte, em outro plano. Enquanto existe corpo não haverá justiça, pois a justiça só divina. Depois que a pessoa morre, fica sofrendo com Hades e só depois,

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reencarna para sofrer a verdadeira justiça. Não dá ênfase a prática da vida. Enquanto o homem tem corpo, a justiça é impossível neste mundo. A justiça só existe no pós-túmulo. A pessoa toma um banho no rio do esquecimento antes de reencarnar. Mito do ER (de Sócrates), mas descrito por Platão. A pessoa paga quando reencarna.

• Prega o Inatismo de Platão, idealismo. Para ele, a pessoa já nasce pronta, com todas as características determinadas, porque as pessoas já conheceram o Hades (além túmulo); todos temos a ideia de justiça. Foi uma visão que acabou sendo muito prejudicial, não valorizou em nada a ideia da construção social, o ambiente que se vive. ◦ O Inatismo se opõe a visão empirista (nós nascemos uma tábula rasa, folha

em branco, tudo que nós somos será determinado a partir da nossa prática, da nossa vida; visão materialista – a sociedade molda, constrói; defendida por Locke e Hume).

◦ O empirismo e o Inatismo são opostos extremos, na realidade, hoje em dia, nós somos as duas coisas, parte de uma herança genética e outra parte do nosso meio social. Kant defendia que o ser humano era um pouco dos dois: inatismo e empirismo.

• Os filósofos não deveriam ter propriedade privada para não desenvolver a ambição. Primeiro pensador do socialismo. O seu aluno, Aristóteles, era contra a propriedade privada porque isso estimularia as pessoas a desenvolver suas ideias.

• Deveriam também abdicar da família monogâmica, para que os filósofos não soubessem quem são os seus filhos, para não tratar os filhos de forma diferente. Sem propriedade, sem filhos, governa de modo despótico que não se preocupa com a lei, mas o filósofo tem que ser suficientemente virtuoso, deve estar preocupado com o bem coletivo, o bem comum. Se o filósofo não for um virtuoso, deverá haver a lei.

• Pregava o despotismo esclarecido – só para os filósofos, porque o povo não é esclarecido e requer o cuidado, besta. O Mito da Caverna (a representação de um filósofo que saiu da caverna e descobriu um novo mundo, ao voltar para caverna e falar das novidades o povo matou-o por não acreditar nele). Governa pensando na promoção do bem comum, quase comum um apostolado. O déspota se preocupa com o bem comum, se ele é virtuoso não precisará de leis.

• Utilizava a Tripartição da Alma, dividiu as pessoas do estado em três grupos:1. Alma Logística – Cabeça (são os filósofos, preocupados em desenvolver o

intelecto; preparadas para governar, desenvolver o bem comum). Almas de ouro

2. Alma Irascível – parte mediana do corpo (são os guerreiros que gozam de um status privilegiado na sociedade; vivam de novas conquistas e defendiam o seu povo) – Aristóteles é contrário as guerras para adquirir novos territórios. Almas de prata

3. Alma Apetitiva - parte inferior do corpo (pessoa que vive pelos desejos, são sensórias, suas necessidades básicas, fisiológicas – é o povo, que é uma besta, não pensa. Almas de bronze.Nasceu assim, fica assim. Dentro de cada pessoa tem-se as três tendências, mas apenas uma alma. O povo se deixa levar pelo seus desejos, quem usa a razão são os filósofos.

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• A RAZÃO É SOBERANA – racionalismo que impera. Oposto a filosofia empirista (nada chega ao intelecto sem antes ter passado pelo sentido, o sensório também é importante). Primazia da razão; a razão é soberana.

• Buscar virtude para Platão é buscar os Deuses. É impossível conhecer algo de forma pura, enquanto temos corpo. Platão não acredita na justiça aqui na terra, uma vez que ele não acredita nas pessoas. Para ele a pessoa morre e depois de tomar um banho no rio, a pessoa reencarna com seus defeitos e qualidade. Se a pessoa pratica muito mal em vida, ele retorna como um animal. Buscar a virtude é afastar-se, paulatinamente, daquilo que é valorizado pelo homem e sim se aproximar-se daqui que é valorizado pelos deuses. Conceitos apreendidos por Allan Kardec.

• Pensamento de Sócrates que Platão descreveu: “O corpo nunca nos conduz ao pensamento sensato. O corpo sempre nos leva aos apetites”. Quem se aproxima do justo e do sensato é a razão. O povo jamais poderia ter um bom senso, uma vez que é considerado apetita e se submete aos desejos do corpo. “O erro é fruto da ignorância”, por isso os únicos capazes de governar eram os filósofos.

• Os alunos de Platão foram mais elitizados do que os de Sócrates, já que Platão se decepcionou com o povo que permitiu que seu chefe (Sócrates) fosse morto.

• Concorda com a guerra para adquirir terrenos, Esparta.

Obs.: Sócrates foi condenado por conta do seu método de estudo, forçava as pessoas a pensar, corrompendo a juventude. Sócrates nunca escreveu nada, coube aos seus alunos anotar seus pensamentos.

ARISTÓTELES (384 – 322 A.C. - Macedônia)w

• Mais pessoas poderiam desenvolver a virtude, desde que não precisa trabalhar para viver.

• Herda a máxima socrática: virtude é conhecimento. Mas, parte mais para a área experimental. O Estado melhor governado, será aquele com base na lei (contrário a Platão). Acredita que o filósofo tem que ter uma família e os seus filhos, educação, questão afetiva. Discorda também da ideia de os filósofos não terem propriedade.

• Saí do campo da ideia e vai para a prática. Primazia da razão, mas mais preocupado com a prática. A virtude como vício são obtidos também pela prática. Alguns dizem que ele é o primeiro cientista. Tanto pode desenvolver o vício quanto a teoria com a pratica.

• Cidadão do bem (obedecia a lei) e o homem bom (age corretamente independente de existir uma lei). Kant se inspira aqui para trabalhar o imperativo hipotético (cidadão do bem) x imperativo categórico (homem bom).

• O Estado melhor governado é aquele que é conduzido segundo às leis. Faz uma crítica a lei de Talião, Olho por Olho, Dente por Dente. A lei deve buscar a justiça.

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• Trabalha as diversas acepções de justiça (prova: tipos de justiça):1. Justiça total = universal a justiça e a lei do Estado são a mesma

coisa. 2. Justiça particular = aquela praticada no âmbito particular, pode ser

dividido em justiça distributiva (pressupõe uma hierarquia - distribui honrarias ou remunerações - e uma distribuição geométrica, a cada um segundo a sua capacidade; não é a mesma quantidade para todos) e corretiva.

3. Justiça corretiva – a distribuição aritmética a forma de corrigir as falhas é aritmética porque é o mesmo para todo mundo (diferente da geométrica porque é ponderado).

4. Justiça natural – as leis convencionais, feita pelo homem, devem estar baseadas nos costumes (consuetudinárias) e na lei da natureza (necessariamente justas).

A melhor forma de justiça é a amizade, forma mais perfeita.

O justo doméstico – faz uma separação entre o poder familiar (paterno), se diz até que foi ele quem fez a primeira divisão tripartite: paterno (na família), patriarcal (nas aldeias), político (praticado na cidade Estado)

A ética é quem deve estudar a justiça.

• Defende o Princípio da Equidade, porque quando o legislador faz a lei, ele não pode prever todos os casos existentes. Tenta corrigir essas lacunas.

• Não concorda com a guerra para adquirir terrenos, acredita que a guerra serve apenas para se defender.

O ESTOICISMO

Ano: 342 – 270 A.C.

ZENÃO DE CHIPRE E ZENÃO DE CICIO

O estoicismo (do grego: Στωικισμός) é uma escola de filosofia helenística fundada em Atenas por Zenão de Cítio, no início do século III a.C.. Os estoicos ensinavam que as emoções destrutivas resultavam de erros de julgamento, e que um sábio, ou pessoa com "perfeição moral e intelectual" não sofreria dessas emoções.

Estoicos mais tardios, como Séneca e Epicteto, enfatizaram que porque a "virtude é suficiente para a felicidade", um sábio era imune aos infortúnios. Esta crença é semelhante ao significado de calma estoica, apesar de essa expressão não incluir as visões "éticas radicais" estoicas de que apenas um sábio pode ser verdadeiramente considerado livre, e que todas as corrupções morais são todas igualmente viciosas.

O estoicismo propõe viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação a tudo que é externo ao ser. O homem sábio obedece à lei natural reconhecendo-se como uma peça na grande ordem e propósito do universo, devendo assim manter a serenidade perante as tragédias e coisas boas.

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Sendo a razão aquilo por meio do que o homem torna-se livre e feliz, o homem sábio não apreende o seu verdadeiro bem nos objetos externos, mas bem usando estes objetos através de uma sabedoria pela qual não se deixa escravizar pelas paixões e pelas coisas externas.

Defendem a ética da ATARAXIA – o homem sabio está sempre livre de todas as paixões, soberania da razão, tem sempre igualdade de ânimo (na tristeza ou na alegria está com o mesmo ânimo), clímax da depuração da alma. Sempre pratica o bem por amor ao bem, inspirou o cristianismo e Kant. Quando a pessoa possui o mesmo estado de espírito nas diversas situações, a vontade de praticar a justiça deve ser o próprio bem – imperatismo categórico - e não pelo medo de ser punido – imperatismo hipotético.

Se para agir corretamente a pessoa busca pela utilidade, interesse, ela é a ideia do estoicismo, pois não busca o valor.

A justiça não é inata, é resultado de uma conquista humana. É uma visão que se aproxima de Aristóteles.

Separam o justo pela lei da natureza e a justiça das leis (positivistas). As leis positivistas devem ser inspiradas na lei da natureza.

Distingue o bem e o mal com o uso da razão.

Resultado da interpretação do ???

Dá uma importância muito grande as leis da física.

25.03.2013

Apresentação do trabalho de filosofiaDivisão das questões com RaquelAulas: 01, 02 e 05

01.04.2013 – Apresentação dos grupos

ASSUNTO DA PROVA

1. O que é filosofia (xérox) – a busca do conhecimento, não aceitando as coisas simplesmente porque elas são assim. O que está por trás da ideia de justiça? Para cada um dos filósofos a justiça será interpretada de uma forma diferente. Resumo do livro: Filosofia significa, em grego, sophía que quer dizer “amor à sabedoria”. Filosofia é a decisão de não aceitar como naturais, óbvias e evidentes as coisas, as idéias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana; jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido.A face negativa (dizer não aos pré-conceitos) e a face positiva (se indagar sobre as coisas) da atitude filosófica constituem a atitute crítica.2. Objeto da filosofia jurídica – até que ponto as normas estabelecidas na sociedade tem haver com a lei. Visa refletir e estudar as lei relacionadas com o objetivo da justiça. Socrátes: lei e justiça são coisas diferentes. Aristóteles: a lei tem que ser justa, total e particular, ainda trata o princípio da equidade (formas de preencher as lacunas que a lei

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vai deixar. O legislador não consegue prever todos os casos).3. Os pré-socráticos – 4. Sócrates – pensar (Platão) e agir (estoicismo) são coisas separadas. No pensamento socrático pensar é a supremacia da razão, para conhecer o fenômeno deve-se conhecer a sua essência. Para os sofistas o que importa é a aparência e fala da relativização da verdade (uma boa retórica pode convence o outro e isto passava a ser uma nova verdade). Para os Sofistas: A verdade não é universal , e sim, é relativizada, há várias verdades. Trabalha a ideia da centralidade do homem (o homem é a medida de todas as coisas – iniciado este pensamento por Sócrates). Os sofistas vão cobrar para passar o conhecimento, por isso os socráticos criticaram muito. Para os socráticos a verdade não se vende.Do direito: entende que a lei independente de ser justa deve ser obedecida, quando foi condenado a morte, cumpriu a pena independente da lei ser justa ou injusta.5. Platão – Do direito: se a pessoa não tem um filósofo suficientemente virtuoso, precisa-se de lei. Da justiça: só existe no pós túmulo, vê também como intrínseca ao ser humano, porque a pessoa reencarna com a ideia da justiça (apesar de não ser vividas), acredita na reencarnação. Só quem governa são os filósofos. Platão 6. Aristóteles - Da justiça: estada com bastante detalhe Da lei: virtuoso é apenas aquele que tem o conhecimento. Só quem governa são as pessoas que não precisam se sustentar, desde que não sejam estrangeiros ou …, mas o melhor governo é aquele que alia este pensamento à lei. Pai da metodologia científica. Defende o direito consuetudinário (baseado nos costumes).7. O Estoicismo – pensar (Platão) e agir (estoicismo) são coisas separadas. No pensamento socrático pensar é a supremacia da razão, para conhecer o fenômeno deve-se conhecer a sua essência.

Colocar uma reportagem e pedi para a pessoa analisar com foco na justiça de Platão ou Aristóteles.

1. O homem sábio de acordo com os estóicos2. Concepção de Platão quanto ao Inaltismo e ao Empirismo3. Sofista/Socrates - semelhanças. Uma cientística ensinava os seus alunos,

incentivando a ctrítica.4. Papel da Filosofia5. Qual a diferença do homem Justou para o homem Virtuoso de Aristóteles.6. Força do mercado na sociedade.

15.04.2013

AV2

THOMAS HOBBES

Para ele, a igualdade para os seres humanos é o mesmo que a guerra. Por isso, o ser humano deve pactuar para criar o Estado Civil, pois antes do momento civil, tinha-se o Estado Natural (guerra contra todos), por isso as pessoas preferem pactuar um ACORDO, fazendo um pacto de submissão. Para esse autor o poder é irresistível e indivisível, porque as pessoas abriram mão dos seus direitos e deram ao monarca, por isso resistir ao monarca é resistir a si mesmo. Legitimado pelo próprio povo.

Reforçou o Estado Absolutista. A vontade do monarca é sempre LEGAL E MORAL.

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Máxima: homem é o lobo do homem, sempre disposto a destruir o outro, por isso fazem um pacto com um monarca, por temer sua própria essência, o homem. Se houvesse igualdade as pessoas se matariam, por isso, deve-se ter um monarca altamente repressor e controlador - Estado Absoluto - para manter a ordem e para que as pessoas tenham a sensação de estarem sendo protegidas.

É um Estado puramente Laico, é o fim da ética, da religião porque o Estado não tem nada haver com a questão divina, é uma instituição puramente humana, laico. Por isso, o Estado precisa de um monarca altamente controlador, para ser o aperfeiçoador de um modelo pleno de Estado Absolutista. O Estado é um organização puramente humana, não tem nada haver com a religião.

As pessoas não se matam pela propriedade e sim pela Ordem. Com a formação do Estado, a propriedade tornou-se uma prerrogativa do Estado.

O Estado tem o poder para fazer o que quiser. Resistir ao monarca é resistir a si mesmo. A única situação que as pessoas podem rebelar-se é quando não têm segurança na sua vida, mas não podem resistir ao monarca. A liberdade: ir e vim, ausência de obstáculos. A Igualdade política para Hobbes é a guerra, luta de todos os homens. Absolutista na política e liberal na economia.

PAPEL DO ESTADO: Têm de se verificar DUAS GARANTIAS: a de que as pessoas não farão mal umas às outras e a existência de uma base de confiança quanto ao cumprimento dos seus acordos. Esta situação pressupõe um governo que assegure a ordem de modo a que estas garantias possam se tornar efetivas. Eles não poderiam resistir ao monarca nunca, mas poderia sair do pacto, para voltar ao Estado Natural.

JOHN LOCKE

100 anos após Hobbes, estava numa época de burguesia capitalista (modelo parlamentar) x nobres (continuidade do modelo absolutista).

Pai do liberalismo clássico, empirismo (doutrina que se opõe ao Inatismo de Platão). Não é tão pessimista, – não vê o homem, lobo do homem. É oposto a Hobbes. A propriedade tornou-se limitada por conta da descoberta de moedas, ouro, por isso, as pessoas sentiram a necessidade de um juiz neutro. O papel do estado para Locke para garantir a propriedade privada, a segurança. Liberdade é fazer o que a lei permite, é liberal. A propriedade já existia e as pessoas tem direito de acordo com o seu trabalho. Após, a descoberta dos ouros, diamantes, viu-se a necessidade da propriedade privada, onde aqueles que tinham dinheiro pagavam para as pessoas para trabalharem para ele. O estado é um mal necessário.

Traz a ideia da democracia censitária ou indireta (apenas os proprietários podem votar e ser votado, porque os que não possuem propriedade, poderiam atrapalhar os interesses dos censitários). Trouxe a liberdade política, partidos políticos, poder de resistência.

Divide o Estado em três poderes, tornado o poder divisível: poder executivo, legislativo (mais importante) e federativo (menos importante)! Mark (séc. VXIII) faz uma crítica ao liberalismo de J. Locke (séc. XVII) e sugere o socialismo. Poder é divisível e resistível, é ele quem vai introduzir a ideia da desobediência civil, poder de resistência do povo.

Traz a ideia da representação política, indireta, com o nascimento dos partidos

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políticos. Introduz também o PRINCÍPIO DA MAIORIA, na teoria dá ênfase a maioria, sem esquecer da minoria – critica: na prática, gera-se a tirania da maioria, pois a minoria nunca será justa.

Pacto do Consentimento. Traz a ideia do Trabalho como função do valor. A propriedade é um direito natural, todos somos proprietários, nem que seja do próprio corpo. Cada um tinha o que era capaz de trabalhar. O Trabalho de cada um limitava aquilo que a pessoa poderia ter. Mas, com as descobertas dos metais preciosos, da moeda que as pessoas começaram a comprar os outros para trabalhar para eles. As pessoas sentiram a necessidade de um juiz natural para poder deliberar no caso das propriedade privadas. Neste momento, inicia-se o momento capitalista, com uma filosofia que defende o pragmatismo (cai a ideia de Platão, com o seu inatismo, e ressurge a ideia de que somos pragmáticos, ou seja, que somos o que praticamos).

Quanto maior o consentimento, maior a legitimidade, maior a autoridade. Não há como se ter poder, sem ter autoridade, nem vice-versa.

O PENSAMENTO LIBERAL SURGE NO SÉC. XVII COM A IDEIA DE QUE O ESTADO É UM MAL NECESSÁRIO, deve ser mínimo, reduzido as poucas funções. A maior dificuldade da democracia é conciliar a liberalismo com a igualdade. Democracia é o povo no poder, na medida que o povo tem mais poder, ele vai exigir mais serviço do estado, porque aumenta o poder de barganha. Já o liberalismo não aceita isto, porque preconiza o Estado Mínimo. Se a democracia se aperfeiçoar o liberalismo vai entrar em crise, porque o liberalismo quer o estado com poucas FUNÇÕES, diferente da democracia.

Em 1929 os ricos eram muito ricos e os pobres muito pobres, gerando um diminuição nas compras e, por consequência, a crise de 29. Nela, o liberalismo entra em crise e dá início o um Estado Social, que será diferente em cada pais, por isso, o Estado terá que interferir mais na sociedade, para diminuir a pobreza, aumentar as compras e consequentemente reacender o capitalismo.

Visão utilitária – busca uma utilidade, vou ganhar alguma coisa com isto? O que é útil é aquilo que é bom, o que precisa é se dar bem. É uma corrente dentro do liberalismo, seu mentor é J. Benthan.

Visão teleológica – visão voltado a um fim. Os antigos focavam a felicidade. Evolução do capitalismo: comercial → produtivo → financeiro (atual). Não existe,

necessariamente, uma substituição de um pelo outro.

Estado do bem estar social (Walfare State) só existiu na Europa Ocidental e hoje está em processo de decadência.

Estado desenvolvimentista popular – quem financiou a indústria no Brasil foi o Estado. É um modelo de Estado Populismo (é uma relação entre governante e governado sem a interferência do Estado; ausência das instituições nas relações do Estado – é a chamada impessoalidade do Estado Moderno).

O Neoliberalismo preconiza o crescimento econômico e uma maior concentração de renda.

22.04.2013 F – Rodrigo

29.04.2013 – Hans Kelsen e Miguel Reale

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HANS KELSEN (1881 - 1973)

Da ciência: Trabalha o normativismo, dentro do pensamento positivista. Antigamente a ciência era tudo o que cabia nas ciências naturais/exatas aquilo que poderia ser comprovado. Kelsen procurou dá ao direito o status de ciência. Tecnicismo é a ideologia do positivismo (ciência é neutra, sem interesse e o cientista está livre de tendências sociais).

Separa o direito X justiça da sociedade – lembra a ideologia de Sócrates, deve cumprir a lei, mesmo que ela seja injusta, dá margem as ideologias tiranas, como o nazismo, o Estado Novo no Brasil. O direito é uma ciência social. A justiça depende do juízo de valor de cada um, por isso para H. Kelsen a justiça não é o objeto (aquilo que é estudado) da ciência jurídica e sim seria a norma (por isso, fala-se em normativismo*). A justiça seria objeto da ética, não há um modelo de justiça que caiba para todos, já que é relativa a cada juízo de valor.

Objeto da ciência jurídica → norma, normativista, positivista.Objeto da ética (é a ciência que estuda a moral, esta varia de acordo com a época)→ justiça

Normatividade – permite a Interpretação literal da lei pelo juiz

* Fala da pirâmide e sua norma fundamental (não se remete a nenhuma outra, é algo puramente lógica, baseado nos princípios). Todas as outras nomas dependeria da norma fundamental. Crítica a Kelsen: quais são esses pressupostos da norma fundamental?

Da validade: para uma norma é válida, ela merce ser aplicada. Ser válida é aquela que é legítima (estabelecida pelo povo) e legalidade. Do ser x dever ser - ser: aquilo que é, que ocorre na verdade. Dever ser: aquilo que se deseja, que não acontece na prática. Os filósofos estão preocupados mais com o dever ser. A sociedade deveria funcionar dentro das normas estabelecidas, dentro da sua pirâmide legal, que vária com cada sociedade e época (cada ordenamento jurídico tem os seus próprios princípios, padrões). Kelsen defende o ser como ocorre fato e não como gostaríamos que fosse (deve ser), se refere sempre a norma. Diferente de Miguel Reale, a sociedade é um fato social (não são todos que influência a sociedade, só aqueles que tem: exterioridade, generalidade e coercitividade), exercem uma certa pressão sobre a sociedade. Miguel Reale compreende que o direito está enraizado na sociedade, fato social.

Aspecto axiológico: quando a sociedade valora o fato, exemplo: Lei Seca, Lei Maria da Penha, Lei da Ficha Limpa.

Hans Kelsen (Visão monista; Direito = Estado) x Miguel Reale (Visão dualista = a sociedade tem um papel e o Estado normatiza, porque para o fato social gera a norma).

06.05.2013 – Habermas – John Ravels

JOHN RAWLS (1921-2002)• É um Neoliberal – é uma doutrina mais econômica do que política, preocupação

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maior é a produção de riqueza, quanto maior a riqueza, maior o benefício a todos. Liberalismo clássico (Estado mínimo). Não é um socialista.

• Neocontratualista – utiliza o contrato para imagina que as pessoas devem fazer um contrato para ter uma sociedade justa (os que tem mais devem abrir mão em favor dos que tem menos, deste modo todos vão ganhar, já que vai existir uma sociedade equilibrada, justa).

• O véu da ignorância – para realizar este pacto contratual de uma sociedade justa, a pessoa fica sobre o véu da ignorância, porque todos estão no mesmo patamar, depois as pessoas inicialmente formariam um nova sociedade e não saberiam qual seria sua posição/papel social na sociedade. Nesta sociedade ter-se-ia desigualdade social, mas as pessoas que tivessem o mínimo, seria o possível e necessário para uma vida digna. A ideia é uma sociedade justa e justiça para ele é econômica. No final todos se beneficiam com isso.

1. Igualdade absoluta2. Véu da ignorância (não sabe sua posição) – as pessoas vão imaginar

uma sociedade e ela não sabe qual a sua posição. Por isso, ao construí-la, faz-se da melhor forma possível, já que ele não sabe qual será a sua posição.

3. O grande empresário e o gari, ambos numa situação confortável. • Justiça – para ele a mais importante é a justiça nas instituições da sociedade. As

instituições não precisam ser 100% justas, mas precisa se focar na justiça. Se as instituições são justas a sociedade é justa

13.05.2013 – Dworkin – Perelman

C. Perelman (1912 – 1984)

1) Como se raciocina juridicamente? Analisa todo o conteúdo. Contrário ao positivismo, pois não se vale somente do raciocínio dedutivo, mas que se vale também, entre outras coisas, do raciocínio indutivo. O que é o Direito – é uma area do conhecimento que traz muitas informações2) Qual a especificidade do raciocínio jurídico? Porque tem que ouvir as várias argumentações para se chegar a uma conclusão construída com base na questão da razoabilidade. 3) Quais as características do raciocínio jurídico?4) De onde extrai o juiz, os subsídios para uma decisão justa? Dos autos e com a visão de mundo/vivência. A visão de mundo sempre vai influir no caso concreto.5) Qual seria o poder da argumentação das partes em um processo? É o poder do convencimento. 6) Até que ponta a argumentação e a persuasão influenciam as estruturas jurídicas? Argumentação das parte, conjunto probatório.

O objetivo de Perelman é declarar guerra ao positivismo jurídico. Fala que o raciocínio jurídico não se adéqua aquela visão exata, matemática, mecanicista. Aduz também que a lógica judiciária não se resume a uma mera dedução de conclusões extraídas da lei.

Principalmente porque o texto é traidor, ele pode nos dar um leque muito grande de interpretações. A verdade não existe, tem que ser construída, uma clara influência dos sofistas.Introduz uma lógica argumentativa, não sendo permitido se falar em verdades absolutas, traz uma lógica Aristotélica.

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A lei sempre vai deixar lacunas, que serão adequadas pelo princípio da Equidade.

R. Dworkin (1931 – 2013) – Americano.

É um liberal atípico, que trabalha uma aparente contradição entre Liberdade X Igualdade, se vê neles uma aparente contradição, sempre que avança com a liberdade compromete a igualdade e vice-versa. Para Kant, liberal defende a primazia da Liberdade. Aristóteles defende o bem comum, ou seja, a igualdade.

Para Kant a primazia da liberdadePara Aristóteles a primazia da igualdadePara Dworkin defende a primazia da igualdade, defende uma igualdade liberal, ou seja, perante a lei, igualdade de condições. Trabalha também a questão da interpretação, os hard cases, o direito é mais uma arte do que uma ciência, o direito é muito mais uma arte do que ciência, por isso deve estudar literatura para formar argumentos elegantes e consistentes para convencer o juiz. A interpretação do juiz não pode ser apenas a letra da lei, é ele quem dá o ponto final e cabe aos advogados a eloquência capaz de convencer o juiz. Tem uma visão Aristotélica.Foge do padrão liberal para defender a Igualdade. Quanto a estrutura defende três teorias básicas: legislação, adjudicação (padrões para juízes aplicarem a lei, olha o caso e julga com base nos fatos, no direito interpreta, com auxilio da arte da retórica), a concordância básica (limites e deferes que cada lei deve ter).Ideia central: o direito é uma questão de interpretação e não de invenção. Não existe uma questão correta para os questionamentos jurídicos. Mais perto da arte interpretativa do que explicativa.

Para JOHN RAWLS (véu da ignorância) as pessoas tem a liberdade, não vão perseguir a igualdade, para Dworkin isto não acontece porque as pessoas sempre vão querer mais.

A base dele são os direitos humanos. A visão utilitarista prega a liberdade e não se busca a igualdade.

Crítica as ações

20.05.2013 – Viehweg e apresentação

VIEHWEG

1907 – 1988

Resgata a TÓPICA e propõe a mesma como abordagem adequada para o direito.

O direito é visto como a forma de pensar problemas por meio de um estilo de pensar que se chama tópica.

A diferença entre a dogmática e a tópica é que a dogmática, parte de pressupostos indiscutíveis enquanto que a tópica parte de pontos que estão abertos à discussão.

27.05.2013 – Revisão

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03.06.2013 – Av2

• Webaula – 01 ponto extra. • Av2 – 8,0 • Questão extra – 2,0