2010 Volume 3 CADERNODOALUNO CIENCIAS EnsinoFundamentalII 7aserie Gabarito

Embed Size (px)

Citation preview

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

SITUAO DE APRENDIZAGEM 1 AS ESTAES DO ANO E O MOVIMENTO ORBITAL DA TERRA

Pginas 3 - 5

1. Geralmente, os melhores resultados so obtidos nos pies em que o comprimento do eixo aproximadamente igual ou menor do que o dimetro do disco; e nos pies onde o disco est posicionado no meio do eixo. Veja se os alunos conseguiram perceber essa relao. Caso contrrio, pea a eles para experimentarem pies com essa caracterstica. 2. Para que o pio se mantenha por mais tempo em movimento so importantes a velocidade inicial e as caractersticas apontadas na questo anterior. 3. No. Destaque o fato de a velocidade de rotao contribuir para a estabilidade do movimento do pio, ou seja, quando o pio gira com certa velocidade, a inclinao de seu eixo de rotao constante. Destaque ainda o fato de o pio se mover, quando est girando rapidamente, sem que ocorra nenhuma mudana brusca na inclinao do eixo de rotao. 4. Na perda de velocidade, o eixo de rotao muda de inclinao. Ele descreve um giro em torno do eixo (imaginrio) da vertical, e, mesmo assim, o pio no cai prontamente. 5. Para este nvel do ensino fundamental que os alunos percebam que h uma estabilidade no pio quando este adquire certa velocidade. Uma comparao com a bicicleta pode ser feita, j que essa caracterstica da rotao tambm est presente no ato de andar de bicicleta: quando parada ela cai, mas em movimento no cai. Se o pio for colocado em p sem girar, ele cai imediatamente para os lados. Essa caracterstica admirvel do movimento giratrio de um pio geralmente no percebida facilmente pelos alunos e, caso no seja citada por eles, voc pode apontla.

1

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

A discusso e as respostas das questes anteriores tm a inteno de generalizar o movimento do pio para os demais corpos que giram. Assim, a caracterstica de estabilidade da inclinao do eixo apresentada pelo pio vale para todos os objetos que giram, e voc, professor, pode propor a conexo desta atividade com o estudo do movimento de rotao da Terra: como nosso planeta gira, ele possui um eixo de rotao e este eixo, como o de um pio girante, tambm apresenta estabilidade em sua inclinao. Portanto, o fato de a Terra girar implica uma estabilidade da inclinao de seu eixo de rotao. Mesmo que nosso planeta mude de lugar (posio em relao ao Sol), a inclinao de seu eixo de rotao permanece fixa. importante destacar que o eixo de rotao da Terra imaginrio, isto , ele no concreto e material como o eixo do pio, mas, para a Fsica, como se ele estivesse l.

A translao da TerraPgina 5

1. A ideia fazer um levantamento sobre as principais concepes dos alunos referentes ao fenmeno das estaes do ano. Em geral, as caractersticas mais lembradas esto relacionadas s mudanas climticas ao longo do ano e ao movimento de translao da Terra. Vale lembrar que o movimento de translao, sozinho, no determina as estaes do ano. As estaes do ano ocorrem em funo da juno desse movimento com a inclinao do eixo de rotao da Terra. Este item, em especial, ser aprofundado na sequncia. 2. Espera-se que os alunos j tenham alguma noo de que o ano est relacionado ao movimento de translao da Terra. Mais adiante, estudaremos mais detalhadamente a definio de ano e ser possvel perceber que o movimento de translao da Terra no o nico responsvel pela durao do ano. No entanto, neste incio, importante que os alunos, pelo menos, relacionem o ano ao movimento de translao da Terra.

2

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

Pginas 5 - 6

importante que, neste momento, tenha ficado claro para os alunos como ocorre o movimento de translao da Terra e que, semelhante ao movimento do pio, a Terra, em seu movimento de translao em torno do Sol, no muda seu eixo de rotao. Este item ser aprofundado adiante. Neste momento, entender o significado de transladar o fundamental. A seguir, ser inserida a inclinao do eixo de rotao e ela ser fundamental para o entendimento das estaes do ano.

Demonstrao: revelando o plano da rbitaPgina 7

A ideia desta questo que os alunos percebam que o movimento do objeto varre uma regio do espao que chamaremos de plano da rbita esse o termo usado no caso do movimento dos planetas. Quando a Terra gira em torno do Sol, seu movimento no perfaz uma esfera; o mais prximo seria pensar em um disco. Ou seja, a Terra, girando ao redor do Sol, varre determinada regio do espao chamada de plano da rbita.

Por que os globos terrestres didticos so inclinados?Pgina 7

Neste momento, ser apresentada a noo de que o eixo de rotao est inclinado em relao ao plano da rbita. Os alunos devem perceber que o globo terrestre didtico apresentado por voc, professor, est sempre inclinado.

Demonstrao: movimento da Terra ao redor do SolPginas 8 - 9

1. Dificilmente os alunos possuem uma noo da real velocidade da Terra, at pela dificuldade em perceb-la em movimento. Anote os valores chutados por eles para posteriormente fazer uma comparao.

3

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

2. Provavelmente, os alunos pensaro que a velocidade da Terra baixa. Este item para perceber o que os alunos entendem como baixa ou alta velocidade. Pode-se perguntar a eles sobre velocidades conhecidas, como a de um carro, que tem velocidade mdia de 80 km/h, mas que pode chegar a 200 km/h. As bicicletas, em geral, possuem uma velocidade mdia de 15 km/h. Uma pessoa andando, em mdia, caminha a 5 km/h. Apenas como exemplo, para dar uma maior noo do significado de alta e baixa velocidade, a quebra da barreira do som conquistada com velocidades acima da velocidade do som. Os avies supersnicos precisam ter uma velocidade acima de 1200 km/h. 3. Certamente os alunos ficaro surpresos com o valor. A indicao ou o clculo com os alunos da velocidade da Terra tem o sentido de dar maior visibilidade do real movimento da Terra. Quando apresentar o valor de 107500 km/h, pea que eles comparem com valores conhecidos na Terra. Muito provavelmente os alunos percebero que uma velocidade alta. Ao compararmos essa velocidade com a de um avio, que tem velocidade mdia entre 300 km/h e 1000 km/h, percebemos como a Terra possui uma velocidade alta.

Pgina 9

a) Da Terra ao redor do Sol.

As estaes do anoPginas 9 - 10

1. Talvez alguns alunos possam ter ouvido falar nesse fato, mas provavelmente tero dificuldades para explic-lo. Estimule-os a propor hipteses sobre o assunto. 2. Incentive que os alunos exponham suas respostas, comparado-as com as dos demais colegas da classe. importante, ao final, comparar as ideias apresentadas pelos alunos com a explicao cientfica que ser abordada na sequncia.

4

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

Juntando as coisas: a inclinao do eixo, a translao e as diferentes incidncias de luz na TerraPginas 10 - 11

1. Caso os alunos ainda no tenham percebido, chame a ateno para o fato de as estaes serem diferentes nos dois hemisfrios da Terra. 2. muito pouco provvel que os alunos saibam respond-la corretamente. Alguns pensam que h uma diferena na distncia da Terra ao Sol e que a maior ou a menor proximidade ao Sol seria a responsvel pelas estaes. A questo expe um fato que contradiz essa explicao, j que uma parte da Terra est no vero e a outra est no inverno ao mesmo tempo. Assim, fica a questo: seria possvel que a Terra estivesse inteira prxima ao Sol e, ao mesmo tempo, ser inverno num hemisfrio e vero no outro? Com isso, a explicao de proximidade ou distanciamento da Terra ao Sol comea a ser questionada, pois no conseguir explicar porque estaes diferentes ocorrem ao mesmo tempo em pontos diferentes da Terra. 3. Os alunos, embora no conheam uma explicao cientfica para essa questo, possuem uma srie de concepes sobre a existncia das estaes do ano. Traga tona essas concepes. A tentativa a seguir ser a de explicar esse fenmeno por meio de simulaes do movimento da Terra.

Pginas 11 - 13

importante que os alunos percebam que a maior incidncia de luz solar ocorre no vero de cada hemisfrio, e a menor, no inverno, e que essas ocorrncias so simultneas. Alm disso, tambm importante perceber que as estaes da primavera e do outono tm incidncia solar igual. O que define uma ou outra a estao anterior, e no a incidncia solar. Nas questes que seguem, essas caractersticas ficaro mais concretas. 1. Os alunos precisam perceber que, alm do movimento orbital, o eixo de rotao da Terra deve estar inclinado como no globo terrestre.5

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

2. Se o eixo de rotao da Terra no fosse inclinado em relao ao plano da eclptica, a iluminao nos dois hemisfrios do nosso planeta seria igual. No haveria estaes do ano, ou seja, no haveria diferena de incidncia solar nos hemisfrios Norte e Sul ao longo do ano. Isso seria muito parecido com o que ocorre na regio do Equador, que possui pouca variao de temperatura e de durao do dia ao longo do ano; no teramos perodos nitidamente mais quentes ou mais frios em um mesmo ponto da Terra ao longo do ano. 3. Sim, pois de acordo com a posio da Terra em relao ao Sol h diferenas na incidncia de luz, o que permite descobrir qual estao do ano cada posio corresponde. O vero, por exemplo, corresponde posio onde h maior incidncia de luz.

Observao dirigidaPginas 13 - 16

a) Posio 1: Hemisfrio Sul mais iluminado vero no Hemisfrio Sul (HS) e inverno no Hemisfrio Norte (HN). b) Posio 2: hemisfrios Sul e Norte igualmente iluminados outono no HS e primavera no HN. c) Posio 3: Hemisfrio Norte mais iluminado inverno no HS e vero no HN. d) Posio 4: hemisfrios Sul e Norte igualmente iluminados primavera no HS e outono no HN. Espera-se que os alunos tenham percebido que o fato de o eixo de rotao da Terra estar sempre inclinado em relao ao plano da rbita, enquanto a Terra gira ao redor do Sol, provoca as estaes do ano. Cada hemisfrio terrestre (Sul e Norte) recebe mais energia luminosa numa poca do ano do que o outro (figura pg. 14), e isso corresponde a uma posio especfica na rbita da Terra. As regies polares do planeta sempre recebem menos luminosidade que as demais regies por causa da esfericidade da Terra, especialmente no inverno do seu hemisfrio. Durante a6

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

primavera e o outono, a quantidade de energia luminosa recebida pelos dois hemisfrios da Terra a mesma. Nesta atividade, pode-se associar a posio 1 ao vero no Hemisfrio Sul, a posio 2 ao outono, a posio 3 ao inverno nesse hemisfrio e a posio 4 primavera. A seguir, procure resgatar as questes originais desta segunda parte e as respectivas respostas escritas na lousa, comparando-as com as discusses finais.

Pginas 16 - 17

H duas evidncias que no sustentam essa explicao: a primeira que, se a Terra se afastasse do Sol, ns o veramos com um tamanho menor no inverno e maior no vero. Porm, isso no verdade: o Sol, visto da Terra, tem o mesmo tamanho aparente em qualquer poca do ano. Essa medida j foi realizada e no foram notadas alteraes significativas em seu tamanho aparente. O segundo detalhe que, na mesma poca, vero no Hemisfrio Sul do planeta e inverno no Hemisfrio Norte e vice-versa. Isso facilmente percebido pelos filmes e pelas imagens da TV: no Natal, por exemplo, quando os dias so quentssimos no Brasil, est caindo neve nos Estados Unidos da Amrica. Se a Terra ficasse muito mais distante do Sol em alguma poca do ano, o planeta deveria esfriar por inteiro. O contrrio tambm vale: ao se aproximar do Sol, a Terra esquentaria por inteiro. Atualmente, atribumos como causa das estaes do ano o fato de o eixo de rotao da Terra ser inclinado em relao ao plano de sua rbita (eclptica). Portanto, como a Terra est inclinada, em uma poca do ano o Hemisfrio Norte recebe a luz solar de forma mais direta, enquanto o Hemisfrio Sul recebe os raios solares de forma mais inclinada. Mas, seis meses depois, acontece o inverso. Outro fato a ser destacado que os dias e as noites no tm a mesma durao, variando durante o ano. No inverno as noites so mais longas e os dias mais curtos e no vero ocorre o contrrio. Essa diferena, que s ocorre por causa da inclinao da Terra, mais fortemente sentida em regies de maior latitude mais distantes do Equador (no Brasil isso ocorre nos Estados das regies Sul e Sudeste). Nos pases ou nos Estados brasileiros prximos linha do Equador, essa diferena quase no percebida.7

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

H uma noite e um dia que so os mais longos do ano. So chamados, respectivamente, de solstcio de inverno e solstcio de vero. Eles marcam o incio de cada uma dessas estaes. Aqui no Hemisfrio Sul, os solstcios ocorrem entre os dias 21 e 22 de junho (inverno) e 21 e 22 de dezembro (vero). Existem tambm outros dois dias especiais: eles tm a mesma durao de dia e noite, com aproximadamente 12 horas cada, e so chamados de equincios (palavra que vem do latim e significa noites iguais). O equincio de outono ocorre entre 20 e 21 de maro, e o de primavera, entre 22 e 23 de setembro. Eles tambm marcam o incio das respectivas estaes. Os pases ou os Estados brasileiros situados na regio prxima linha do Equador no so muito afetados pela inclinao do eixo da Terra, pois recebem quase a mesma quantidade de luz solar durante todo o ano.

Pginas 17 - 18

a) Aproximadamente seis horas. b) O ms de junho. c) Os meses de novembro, dezembro e janeiro. d) Nos meses de inverno, a quantidade de luz solar recebida por ms a menor. Nos meses de vero, pelo contrrio, a quantidade de luz solar recebida por ms a maior.

Pginas 19 - 20

a) A estao do ano determinada pela inclinao do eixo de rotao do planeta em relao ao plano de sua rbita; assim, se essa inclinao for pequena (ou seja, prximo de 0 ou de 180), ele no apresentar tal fenmeno. Desse modo, podemos afirmar que, partindo dos dados acima, os planetas que apresentam estaes do ano so: Terra, Marte, Saturno e Netuno. Urano apresenta grande inclinao (seu eixo de rotao quase paralelo ao plano da rbita), assim suas estaes so extremamente longas.

8

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

b) A durao da estao do ano definida de acordo com o tempo em que o planeta leva para dar uma volta ao redor do Sol. Assim, na Terra, que leva aproximadamente 365 dias para completar uma volta em sua rbita, cada estao dura um quarto desse tempo, ou seja, cerca de 90 dias (quase trs meses). Para os demais planetas, a relao seria a mesma; assim, teramos: em Marte, onde o ano tem aproximadamente 686 dias, as estaes durariam 171 dias (quase 6 meses terrestres); em Saturno, onde o ano tem aproximadamente 29,5 anos terrestres, as estaes durariam cerca de 7 anos terrestres; em Urano, onde o ano tem aproximadamente 84 anos terrestres, as estaes durariam cerca de 21 anos terrestres; e em Netuno, onde o ano tem aproximadamente 165 anos terrestres, cada uma das estaes duraria cerca de 41 anos terrestres.

Horrio de veroPginas 20 - 21

1. Espera-se que os alunos saibam que h uma mudana no horrio em algumas regies do Brasil, e So Paulo um desses Estados. Essas mudanas, em geral, so divulgadas como sendo importantes para uma reduo no consumo de energia eltrica do pas. A mudana feita no vero, por isso horrio de vero. a) A tentativa aproveitar melhor a iluminao solar do dia no vero, que mais longo. Pode-se tambm destacar que as regies equatoriais do planeta no so muito afetadas pela inclinao do eixo de rotao da Terra, pois recebem quase a mesma quantidade de luz solar durante todo o ano. possvel notar que, na cidade de So Paulo, os dias mais longos do ano (com mais de 13 horas de luz solar) ocorrem de novembro a fevereiro, enquanto os dias mais curtos (com menos de 11 horas de luz solar) ocorrem entre maio e agosto. b) Devemos adiantar o relgio em uma hora durante o vero, porque assim se aproveita a luz solar at mais tarde. O horrio de vero reduz a demanda por energia no perodo de suprimento mais crtico do dia, ou seja, das 18h s 21 h, quando o uso simultneo de energia por grande parte da populao provoca um pico de consumo, denominado horrio de ponta. Portanto, adiantar os ponteiros do relgio em uma hora, como acontece durante quatro meses no ano, permite que se aproveite melhor a luz natural. Obtm-se uma reduo de consumo no horrio de ponta (apurada por medio pelo Operador Nacional do Sistema Eltrico ONS) de 4% a 5%, em9

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

mdia, poupa-se o pas de sofrer as consequncias da sobrecarga na rede durante a estao mais quente do ano, quando o uso de eletricidade para refrigerao, condicionamento de ar e ventilao atinge seu pice. Em ltima instncia, a implantao do horrio de vero, ao permitir que entre 19h e 20h ainda se disponha de claridade no cu, evita que se coloquem em operao as usinas que seriam necessrias para gerar a energia eltrica para iluminar, ao entardecer, as regies onde o sistema de hora especial implantado, e que abrange os maiores centros consumidores do pas.

Pginas 22 - 24

Argumentos favorveis economia de energia; mais segurana no sistema eltrico nas horas de pico de consumo; minimizao da necessidade de certos investimentos na rede eltrica; etc. Argumentos desfavorveis desregulao do relgio biolgico das pessoas; economia pequena em relao a outras atitudes que se poderia tomar. importante salientar que, independentemente de quem tenha se sado melhor no debate, este um tema polmico e que exige uma opo do governo. E, como em toda opo, sempre haver vantagens e desvantagens. A funo de um bom governo saber ponderar os fatores que influenciaro na deciso final. As decises devem ser tomadas levando em conta qual ser o maior benefcio para a populao.

10

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

SITUAO DE APRENDIZAGEM 2 CALENDRIOS

Pginas 25 - 26

A determinao do local do ano-novo no necessita ser extremamente precisa. Basta que os alunos consigam perceber que essa posio fica mais prxima do ponto do incio do vero (solstcio de vero) que do incio do outono (equincio de outono). A posio escolhida corresponde meia-noite de 31 de dezembro ou zero hora de 1 de janeiro, quando termina o ano-velho e comea o ano-novo. interessante verificar se algum aluno pergunta o que h de especial nessa posio da Terra no espao para ela marcar a passagem do ano, questo esta que ser discutida a seguir. 1. No instante do ano-novo, a Terra NO est passando por nenhuma posio especial no cu. Foi o imperador romano Jlio Csar quem escolheu arbitrariamente o dia 1 de janeiro para comear o ano. Essa escolha foi baseada no fato deste ser o dia na Roma Antiga que marcava o incio dos trabalhos da magistratura. O ciclo anual das estaes peridico, portanto, a escolha de um instante que marque seu incio pode ser arbitrria. Porm, se o dia escolhido fosse um dos solstcios ou equincios, seria mais significativo e interessante do ponto de vista da astronomia.

Definindo o que um anoPgina 26

1. Provavelmente muitos alunos respondero que um ano o tempo que a Terra leva para dar uma volta em torno do Sol. Essa resposta aceitvel, mas interessante que os alunos notem que nela h uma impreciso. Para que essa resposta fosse estritamente correta seria preciso haver um sincronismo perfeito entre a translao da Terra ao redor do Sol e a rotao da Terra. Como exemplo, podemos imaginar que, ao comemorar um ano-novo meia-noite em certo lugar do planeta, isso deveria significar que, meia-noite do 365 dia seguinte a esse, nesse mesmo lugar, a Terra estaria exatamente no mesmo ponto da rbita. Infelizmente esse sincronismo no11

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

existe: nosso planeta no leva exatos 365 dias para voltar ao mesmo lugar. Para realizar uma volta completa ao redor do Sol, ele leva 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Isso quer dizer que, na prtica, comemoramos o ano-novo sempre um pouco antes da hora, pois ao celebrarmos a chegada de outro novo ano, 365 dias depois do anterior, a Terra ainda no ter chegado ao exato local da rbita onde fizemos a comemorao anterior: ela levar ainda quase 6 horas para chegar l. E esse erro se acumula de tal forma que, aproximadamente dois anos depois, ficaremos 12 horas adiantados. Quatro anos depois estaremos comemorando o ano-novo um dia antes daquela primeira celebrao. Ou seja, ainda levaria um dia para a Terra chegar ao mesmo local onde, quatro anos antes, havamos comemorado o ano-novo. Se deixarmos isso se acumular, em 753 anos o calendrio estar defasado 6 meses: estaremos celebrando o incio do vero no inverno, e vice-versa. Para corrigir esse descompasso entre a rotao e a translao da Terra que foi inventado o ano bissexto, que tem um dia a mais e acontece a cada quatro anos. 2. Aps a discusso da questo anterior, os alunos devem representar o movimento da Terra em torno do Sol em uma cartolina ou papel craft. Ao representar a data em que nasceram, os alunos podero perceber melhor a ideia de ano e de que, a cada aniversrio, completam uma volta em torno do Sol, fornecendo, assim, um significado csmico ideia de aniversrio.

Pgina 27

Neste momento, os alunos tero oportunidade de refletir sobre o significado csmico do aniversrio.

Calendrios em diversas culturasPgina 28

1. Este um momento de sensibilizao para o tema. A ideia levantar os principais elementos do conhecimento dos alunos sobre o calendrio. Nosso calendrio seguiu12

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

determinados critrios que tm relao com o perodo sintico da Lua, que tem 29,5 dias. Este tema ser tratado mais adiante. Solicite aos alunos que pesquisem sobre esse tema. A seguir, eles lero vrios textos sobre a elaborao de calendrios em diferentes culturas e podero relacionar com nosso calendrio. Embora cada turma ressalte questes diferentes, atente para o fato de os alunos indicarem as principais ideias apresentadas nos trs textos e para as comparaes com nosso calendrio, de tal forma a enriquecer o debate.

Estudando nosso prprio calendrioPgina 32

1. Possivelmente os alunos percebero que nenhum dos calendrios apresentados o nosso, j que efetuamos a comparao entre ele e os apresentados por meio de texto.

Pgina 32

Em geral, os alunos devem trazer uma srie de informaes sobre nosso calendrio, mas importante sistematiz-las. Nosso calendrio foi baseado no antigo calendrio romano, que um calendrio lunar. Como o ciclo de fases da Lua de aproximadamente 29,5 dias. Assim, o ano era dividido em 12 meses de 29 ou 30 dias, o que totalizava 354 dias. A cada 3 anos era introduzido um ms a mais para completar os 365,25 dias (em mdia) no ano. Ressalte tambm a necessidade de insero do ano bissexto. Ao perceber que o ano era mais longo do que 365 dias (hoje sabemos que tem 365,242199 dias), foi preciso acertar o calendrio. Essa diferena se acumula e atinge um dia a cada 4 anos. Introduziu-se uma nova reforma no calendrio, sob orientao de um astrnomo, para regular a data da Pscoa, instituindo o calendrio gregoriano, que o calendrio que usamos hoje. O ano do calendrio gregoriano tem 365,2425 dias solares.

13

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

Pgina 32

Alternativa c. Muitas culturas indgenas desenvolveram grande conhecimento sobre a natureza pela observao de fenmenos cclicos. Os ndios tembs so um exemplo desse tipo de povo: ao inferir as estaes do ano a partir das posies do Sol no cu, so capazes de definir as melhores pocas para o plantio e a colheita de seus alimentos.

14

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

SITUAO DE APRENDIZAGEM 3 SISTEMA SOL, TERRA E LUA

Pgina 33

1. Caso os alunos se lembrem das observaes do cu feitas na 6 srie/7 ano, percebero que as fases mudam em aproximadamente uma semana e que as fases se repetem a cada 28 dias aproximadamente. Para saber o valor exato, os alunos podero fazer a atividade a seguir.

Responda s seguintes questesPgina 34

1. Existe uma sequncia: minguante, nova, crescente e cheia. No importa o incio dessa sequncia, a ordem sempre a mesma. 2. Entre 7 e 8 dias. 3. A ordem das fases da Lua (minguante, nova, crescente e cheia) se repete sequencialmente, sendo que a durao do ciclo todo com as 4 fases, chamado lunao, de aproximadamente 29,5 dias. E depois disso ele volta a se repetir, na mesma ordem. A resposta depender das explicaes iniciais dos alunos. 4. muito comum os alunos associarem o movimento dirio da Terra Lua, ou seja, dizerem que a Lua d uma volta por dia ao redor da Terra. Mas interessante lembr-los que, pelo simples fato de a Terra possuir rotao, quase todos os dias ns podemos ver a Lua nascendo prxima ao leste e se pondo no oeste. A exceo se d nos dias prximos lua nova, quando no possvel ver a Lua no cu pelo fato de estar nascendo e se pondo muito prxima ao Sol. Podem-se retomar as observaes sobre o movimento da Lua, realizadas nas atividades da 6 srie/7 ano, chamando ateno para a relao entre a fase da Lua e o perodo em que ela est visvel no cu. Este um bom momento para fazer a associao entre o tempo que a Lua leva para completar uma volta em sua rbita ao redor da Terra (aproximadamente 28 dias) e o ciclo das quatro fases da Lua, a lunao, que de aproximadamente um ms (29 dias), levando os alunos a perceber que esses dois fenmenos esto relacionados.15

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

Explicando as fases da LuaPgina 35

1. A Lua no tem luz prpria. Seu brilho vem do reflexo da luz do Sol em sua superfcie. Assim como a Terra, a Lua, por ser esfrica, sempre tem um hemisfrio iluminado (de frente para o Sol, que o dia na Lua) e um hemisfrio escuro, que est oposto ao Sol (noite na Lua). Vemos a parte iluminada da Lua, toda a parte iluminada, no caso da lua cheia, ou apenas parte da lua iluminada (crescente e minguante). No vemos a lua nova porque a parte iluminada da Lua no visvel da Terra; assim, a parte da lua voltada para a Terra no est iluminada pelo Sol (ou seja, em toda a parte da Lua voltada para a Terra noite). Um erro comum tentar associar as fases lunares a um possvel encobrimento da Lua pela sombra da Terra.16

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

Esse tipo de explicao consistente com a fase crescente da Lua quando ela, vista aqui do Hemisfrio Sul da Terra, se parece com a letra C. Porm tal explicao no capaz de esclarecer a forma aparente da Lua em sua fase minguante, quando ela se parece com a letra D.

Pginas 35 - 37

1. Toda vez que a Lua estiver na posio 1, ela faz sombra na Terra encobrindo o Sol (ocorre um eclipse solar) e, toda vez que passar pela posio 3, ela entra na sombra da Terra (ocorre um eclipse lunar). 2. Existem duas solues. A primeira deslocar o plano da rbita da Lua para cima ou para baixo da cabea do aluno Terra; porm essa soluo, apesar de eficaz, no correta, pois o plano da rbita da Lua deve passar pelo centro da Terra. A outra soluo, que a correta, inclinar o plano da rbita da Lua.

17

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

3. Embora essa resposta seja pessoal, importante que os alunos percebam a durao de cada uma das fases, do ciclo completo das fases da Lua, a posio espacial de cada uma delas e o aspecto visvel desse astro para um observador na Terra em cada situao. Estabelecer relao entre esses elementos fundamental para a compreenso das fases da Lua.

Pginas 38 - 39

Alternativa d.

18

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

Pginas 40 - 41

Verifique se os alunos usam o roteiro para apresentao de seminrio fornecido em aulas anteriores. Alm disso, perceba se eles destacam os principais aspectos relativos s interpretaes para o Sol e para a Lua dadas pelas culturas apresentadas nos textos.

19

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

SITUAO DE APRENDIZAGEM 4 NOSSA VIZINHANA CSMICA

Pgina 41

1. importante que os alunos percebam por meio dessa frase que o Sol uma estrela, tendo caractersticas similares a esse tipo de astro. Embora a viso que temos das estrelas, em geral, esteja associada observao delas no perodo noturno, importante destacar que elas possuem alta temperatura. A distncia a que esto de nosso planeta bem maior que a da estrela Sol, por isso sua influncia sobre nosso planeta seja menor. Mas elas so quentes e grandes, muitas delas bem maiores e mais quentes que nosso Sol.

Pgina 42

Oriente os alunos para que realizem essa pesquisa tentando anotar e reunir dados sobre os diversos corpos celestes que compe a via lctea. importante verificar se ao realizar a pesquisa os alunos consultaram alguma diversidade de materiais e se puderam aumentar o seu repertrio sobre os tipos de corpos celestes.

Roteiro para leitura da imagem da Via LcteaPgina 43

1. As espirais so compostas basicamente de estrelas, algumas delas muito parecidas com nosso Sol. Alm de estrelas, existem tambm outros corpos celestes e nuvens de poeira. 2. comum os alunos pensarem que o centro da Via Lctea formado pelo nosso Sol. Neste momento, ainda no interfira se os alunos demonstrarem essa compreenso. O objetivo que, ao completar a atividade de leitura da figura, eles possam localizar20

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

melhor nosso Sol no brao espiral da galxia. Os astrnomos acreditam que no centro da galxia deve haver um corpo celeste conhecido como buraco negro. 3. Neste momento, espera-se que os alunos apontem para diferentes localizaes. A prxima etapa da atividade ir fornecer elementos para que essa resposta seja concluda. Nosso Sol localiza-se na periferia da Via Lctea, ocupando a ponta de um dos braos espirais da Via Lctea.

Roteiro a para construo de um mapa de distncia das estrelasPgina 44

1. Para todas as direes do espao. 2. No, o mapa pode representar somente as direes contidas no plano do papel. 3. Uma esfera, j que a luz parte de todos os pontos do Sol, que esfrico. 4. Distncia. No mapa, 1 cm equivale distncia percorrida pela luz em um ano.

Pgina 45

1. O mapa s poderia indicar as posies espaciais com exatido se fosse um mapa esfrico e, portanto, tridimensional. importante ressaltar aos alunos que as estrelas no esto todas no mesmo plano; portanto, o mapa que construmos s indica a distncia das estrelas ao Sol, ou seja, um mapa de distncias, e no de localizao espacial. 2. Espera-se que eles notem que nos dois primeiros crculos no h nenhuma estrela, ou seja, as estrelas mais prximas do nosso Sol esto a, pelo menos, 4 anos-luz de distncia.

Pgina 46

1. Uma maneira mais simples de resolver este problema pensar que o Sol est quase na metade (24000 anos-luz) do caminho entre o centro da galxia e a borda do disco estelar (50000 anos-luz), ou seja, nosso Sol deve estar em um dos braos da galxia, bem distante de seu centro. Cuide para que os alunos percebam a posio perifrica do Sol na galxia e desfaam a falsa percepo de que ele ocupa o centro.21

GABARITO

Caderno do Aluno

Cincias 7a srie/8ano Volume 3

2. A inteno dessa questo que eles possam construir uma percepo do tamanho de nossa galxia. Oriente-os a pensar na escala do mapa que foi construdo: 1 cm equivale a 1 ano-luz. Para representar o centro da Via Lctea nele, deveramos ter um mapa que comportasse a distncia de 24000 anos-luz. Pode-se montar um raciocnio de proporcionalidade: 1 ano-luz ------------------- 1 cm 24000 anos-luz----------- x cm Fazendo a conta, chega-se a um valor de: 48000 cm, ou 480 m! Estimule-os a visualizar o tamanho que o do mapa teria, busque exemplos de lugares que esto a aproximadamente essa distncia da escola (cerca de 5 quarteires).

22