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ESCOLA SECUNDÁRIAANTERO DE QUENTAL

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email: [email protected] | telefone:

EQUIPA EDITORIAL:BRUNO COUTO, MARIA JOÃO RUIVO,

MARÍLIA PAVÃO, MÓNICA PEREIRA, PAULA MOTA

MAIO DE 1

Nº:

COORDENAÇÃO: RUI FARIA

Dia do Livro na E.S.A.Q.Parlamento dos JovensPromoção do Xadrez

página

o que se fez...

Pedro Leite Pacheco:“Aprendizagem e Fruição”

página

falando com sobre...

editorial

Os “toques”de Anterona rua...Prestes a finalizar um ano lecti-vo, surge mais um número do ºToque. Este mês, e num tempode mutações aceleradas e de in-certezas absolutas, a Escola saiudiversas vezes à rua. Com as acti-vidades realizadas, procurou-sedesenvolver a autonomia, a res-ponsabilidade, a solidariedade eo espírito de trabalho de equipa.Afinal, são muitas as horas dis-pendidas por alunos, professo-res, encarregados de educação,entre outros agentes da comuni-dade educativa, para que a Esco-la seja, cada vez mais, um espaçode encontros. E assim foi: a artefoi passear no Largo da Matriz, acomunidade exterior à escolaveio partilhar connosco as suasleituras, os nossos finalistas re-gressaram “às origens”, enquan-to outros andaram e têm andadoem funções “parlamentares”.No meio disto tudo, e já dizia St.

Exupéry, “O essencial é invisívelaos olhos” (O Principezinho) e é,só no momento em que vemoscom o coração, que descortina-mos o fervilhar de emoções, depreocupações e de alegrias quedominam a Escola, e com asquais agimos e interagimos dia-riamente.Aos jovens pede-se que tentemser felizes… Aqui, na Escola, queé de todos nós! Lá fora, no mun-do que nos pertence!Sejamos activos e combativospor um futuro possível e perce-bamos que o fado será o quedele fizermos, com o encanto daincerta certeza.

MÓNICA PEREIRA

Oferta Formativa da E.S.A.Q.para 1/11 saiu à rua...

DESENHO A SAI À RUAAlunos do Curso de Artes Visuais exibem os seus dons artítiscos e dão a conhecer as aprendizagens que têm feito nas suas aulas.

Foi no passado dia 29 de Abril de2010 que a Escola SecundáriaAntero de Quental veio à rua dara conhecer a Oferta Formativapara o ano 2010/2011.Lembrando umapequenaparce-la da Place du Tertre, praça pari-siense aliás sobejamente conhe-cida por ser o local dos artistasplásticos por excelência, um gru-po de alunos da nossa escola exi-biu, junto àIgrejaMatriz de Pon-ta Delgada, os seus dotes artísti-cos, sob a orientação dos seusprofessores, a Dr.ª Isabel Silva

HELENA GAUDÊNCIO E JOÃO SILVA, 9.� G

Melo e o Dr. José Cruz, e dese-nhou os objectos propostos,com agilidade e “dom artístico”.De pé, concentrados no papeldeposto sobre o cavalete, os alu-nos mostraram aos passantes

os seus dotes e deram contadassuas aprendizagens, fazendojus ao epíteto de “escola das ar-tes” que sempre teve a EscolaAntero de Quental.Apercorreroespaçoestavauma

corte,vestidaarigor,comtrovado-resebelasdamas.Coube-lhesdis-tribuírem panfletos sobre os cur-sos que a escola está a oferecerpara o próximo ano lectivo, assimcomoofereceremcantigasdeami-go e cantigas de amor, exemplosda lírica trovadoresca, como in-centivo a que as letras se revitali-zem, a que o estudo da literaturaportuguesa seja querido e fomen-tado. O trovador Miguel NunoSousa, do 9.º G, granjeou os pre-sentes com recitais do Cancionei-ro Geral de Garcia de Resende ecom sonetos de Luís de Camões.A complementar todas estasocorrências, também houve lu-gar para a música, com a presen-ça de alunos em regime articula-do com o Conservatório Regio-nal de Ponta Delgada, momentotambém agraciado pela voz doPresidente do Conselho Execu-tivo da Escola Secundária An-tero de Quental que a todos pro-porcionou um bom momento decantoria!

E.S.A.Q. saiu à rua paradar a conhecer a OfertaFormativa para o anolectivo de 1/11,actividade que chamoua atenção de todos!

Alunos travajados em cortejo distribuem panfletos informativose composições poéticas trovadorescas

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MAIO DE 1ESCOLA SECUNDÁRIA

ANTERO DE QUENTAL

o que se fez...

Eu partilho! Tu partilhas... Nós partilhamos!

A centenária Escola Antero deQuental - conhecida carinhosa-mente pelo nome de Liceu - maisuma vez e, de acordo com a suatradição, procurou dinamizar acomunidade escolar, abrindo-aao exterior. Criou, assim, umaac-tividade, integrada no PlanoAnual de Actividades do Depar-tamento de Línguas Românicas eLínguas Clássicas, denominada“Eu partilho! Tu partilhas…Nóspartilhamos!!!”. Esta actividade,inseridanacomemoração do Diado Livro, decorreu entre 21 e 23de Abril do presente ano lectivo,visando essencialmente promo-ver junto dos alunos e dasocieda-de aideiade que leré importante.A escola procurou impulsionar,ao jeito dos novos mundos ciber-néticos, uma rede de relaçõestrans-temporal em que os alunos,os pais, os avós, um irmão ou umamigo mais velho pudessem ex-poras suas ideias, alicerçadas naspáginas de muitos livros lidos emnoites de quietude ou insónia.Esses livros, companheiros de

PROFESSORAS CARLA POUSA,ANA MARGARIDA COSTA, ADELAIDEBETTENCOURT, ANA BRAGAE GRAÇA BORGES

viagem, refúgios de pra-zer, portos de entradaou saída, trilhos em quecadaum se perdeu àsuamaneira, foram parti-lhados em momentos deleiturae encontro, numaencruzilhada de ideias ecaminhos.Durante esses dias, ouvi-ram-se vozes, vontades eexpectativas, unidas emroteiro de viagem co-mum. Experiências vivi-das na primeira pessoa,em paralelo ou inter-cru-zadas com as páginas dolivro, fundiram-se emdiálogo ameno com ouniverso estudantil que,ávido e curioso, ouviu navoz do tempo galopanteecos dasuaprópriaessên-cia, num recolhimentoquase sagrado e mágico.Os convidados, de formavoluntária e corajosa, partilha-ram obras literárias marcantesnas suas vidas. Contam as pare-des do velho e nobre Liceu que asvozes sábias se imortalizarão naconsciênciadestes meninos. Nãotendo talvez compreendido, ain-da, a profundidade de todas as

formandonagestadetodosos capítulos a sua históriapessoal, sempre invulgar,mas de que nem sempre agrande História fala.Actividades como estaprocuram encher, gota agota, não necessariamenteo mar transbordante, masum pequeno lago de senti-dos. Dependendo da pro-ximidade ou perspectiva,será, no futuro inevitavel-mente incerto, um vastoe orgulhoso oceano. Foieste o objectivo de maisuma iniciativa deste De-partamento: dar um mo-destíssimo contributopara que a palavra ressoena voz das gentes e per-maneça na memória dotempo fugidio. Dos ali-cerces crus das suas fun-dações ao pensamento

dos que constroem diariamenteas suas vidas dedicadas ao ensino,a escola agradece o contributo detodos os que se disponibilizaramapartilharas suas experiências devida com quem os quis e foi ou-vir. Foi um encanto, foi um prazer.Voltem sempre, pois voltaràesco-la é voltar a casa.

Alunas da ESAQ na Sessão Nacionaldo Parlamento dos Jovens

No âmbito do projecto Parla-mento dos Jovens, duas alunas daturma A do 9º ano da Escola Se-cundária Antero de Quental,Leonor Lindo e Mafalda Travas-sos, integrarão a representaçãodo Círculo dos Açores na SessãoNacional do Parlamento dos Jo-vens - Ensino Básico, arealizarnaAssembleia da República a 24 e25 de Maio.Para além das alunas deputadasda E.S. Antero de Quental, com-pletam o Grupo Parlamentar dosAçores os alunos deputados das

PROFESSORA CARLA MACHADO

“Educação Sexual”foi o tema principalde debate no Parlamentodos Jovens

escolas E.B.S. de São Roque doPico e da E.S. Domingos Rebeloque foram eleitos na Sessão Re-gional que decorreu no passadodia 22 de Março na AssembleiaLegislativa Regional, na Horta.Na Sessão Regional, presididapela deputada à Assembleia daRepública pelo Círculo Eleitoraldos Açores, Dra. Luísa Santos,dois alunos do ensino básico decadaumadas dezoito escolas par-ticipantes apresentaram os seusProjectos de Recomendaçãoonde propunham medidas a to-mar nas escolas acercadaEduca-ção Sexual. O empenho no deba-te e defesa das suas ideias e o teordas propostas apresentadas reve-lam o interesse e a preocupaçãodos jovens adolescentes relativa-mente a esta matéria e a co-res-ponsabilização que querem assu-mir na sua Educação Sexual.O facto de muitas escolas terem

proposto acriação de um gabine-te multidisciplinar de apoio aosjovens, paraesclarecerem as suasdúvidas e serem orientados clini-camente no início da sua vida se-xual activa mostra que este desí-gnio, já legislado e posto em prá-tica em algumas escolas, aindanão é ainda uma realidade regio-nal e que não está a funcionar deforma satisfatória.Interessante também o facto de amaioriadasescolastrazeremade-bateanecessidadedehaverforma-ção na área da Educação Sexual,nãosóparaoseducadoresealunos,mastambémparaasfamílias.Nosprojectos de recomendação de vá-rias escolas propunham-se medi-das que integravam sessões de es-clarecimento/workshops entreadolescentes e pais no sentido deestreitararelação entre eles e pos-sibilitar o diálogo acercade temasque normalmente são difíceis detratarentre pais e filhos.NaSessão Nacional serão debati-dos, em Comissões e em Plenário,os Projectos de recomendaçãoelaborados nas sessões distri-tais/regionais com o objectivo deaprovar uma Recomendação àAssembleia da República, a ní-vel nacional, que contribua paraa melhoria da Educação Sexualdos jovens portugueses.Desta sessão daremos notíciasno final de Maio através da re-portagem da aluna do 8º F, Dul-ce Dias, que também integrará arepresentação da ESAQ, comojornalista.

.º A promove o “Jogode Xadrez” na escola

Alunos assistem atentos à actividade promovida pelo .º A

No âmbito da disciplina de In-vestigação e Apoio Multidisci-plinar, IAM, a turma A do 8ºano baseou-se no macro-tema“jogos de tabuleiro” paradesen-volver trabalhos de pesquisa.Um dos jogos investigados eque despertou maior interessenos alunos foi o xadrez. Nestesentido, a turma realizou umavisitade estudo àEscolaSecun-dária de Lagoa e os alunos ti-veram a oportunidade deaprenderem a jogar com os co-legas do clube de xadrez daque-la escola. Foi um momentomuito gratificante. Face ao en-tusiasmo que o momento oca-sionou, e conscientes das po-tencialidades do jogo de xadrez,a turma do 8º A entendeu porbem divulgar junto dos colegasdasuaescolaaquelamodalida-

PROFESSORA HELENA RESENDES de. Nesse sentido, no dia 22 deAbril de manhã promoveu-seuma actividade, que consistiunuma comunicação sobre osbenefícios do xadrez, seguidade umasessão de treino, em queos alunos que já sabiam jogar,e apoiados pelo clube de XadrezdaLagoa, ensinaram os restan-tes, divertiram-se e confraterni-zaram entre si durante toda amanhã.Houve, também, uma comuni-cação proferida por Carlos Re-sendes,vice-presidentedaAsso-ciação de Xadrez da Região Au-tónoma dos Açores, AXRAA,que começou por referir algunsdos melhores resultados obti-dos por jovens a nível Nacionale Internacional.Mas o objectivo principal daco-municação era apresentar osbenefícios de praticar Xadrez eo seu efeito namelhoriado ren-dimento escolar.

leituras, deixar-se-ão subtilmen-te levar na circularidade da me-mória e as palavras ouvidas in-fluenciarão as escolhas de umdestino cada vez mais incerto,mas ao mesmo tempo inspirador.Cadaum àsuamaneira, no fundo,

trilha o seu caminho nas páginasde um livro, tenha ele o suporteque tiver. Portanto, também eles,alunos, invariavelmente acabarãopor se encontrar ou desencontrarem cadalinhado livro, carreiro deformigas preenchido de tinta -

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MAIO DE 1 ESCOLA SECUNDÁRIAANTERO DE QUENTAL

Para mim,o queé aprender?Para mim, aprender éReviverAs vidas dos antepassadosE beber golinhos do cáliceda sabedoria.

É saborear uma gota de águae olhar para o mar,o mar do conhecimentomuito para lá ... da nossavista há ilhas

Com tantas maravilhasCom tantos mistériosE para lá chegarÉ preciso aprender.

AFONSO MATIAS DIOGO, 7.� E

Aprenderé enriquecera mente...É dar largas à imaginação eaprender com a experiência.Isto é o essencial da vida, desentir uma emoção e criar al-guma coisa, pessoal e íntima.É também o objectivo e a es-sência de andar na escola, as-sistir a aulas. Aprendi a falarlínguas, a apreciar diversospontos de vista, aprendi comos sábios dos seus tempos li-ções intemporais. E é com es-tes conhecimentos que ulti-mamente aprendi a olhar omundo com outros olhos.

MICHAEL DE LABORDE, 9.� G

O queaprendoé bom...No meu percurso escolar, oque aprendi foi bom.Naescolaaprendo o essencialparao meu sucesso no futuro.Nem tudo o que aprendo gos-to, mas procuro entenderpois,segundo os meus pais, “o sabernãoocupalugareaquiloemquetenho mais dificuldade é ondetenhoquemeesforçarmais”.Tenho metas a cumprir, nãodevo “deixar para amanhã oque posso fazer hoje” e devomultiplicar e valorizar osamigos de verdade.

MANUEL VIEIRA, 7.� D

falando com sobre...

Pedro Leite Pacheco...“Aprendizagem e Fruição”

A aprendizagem é um fenómenoque ocorre no sujeito que apren-de e não foradele. Forado sujeitoé o objecto daaprendizagem, nãoa aprendizagem.É pelaenunciação e pelaacção dosujeito que, directa e indirecta-mente, se afere a aprendizagem.As representações, se perpassamsempre pelo sujeito, não o têm,no entanto, necessariamentecomo referencial. Isto é, se há re-presentações que decorrem di-rectamente das percepções dosujeito, também as há que delasse distinguem, quer pela nature-za intencional do método querpela própria exterioridade con-vencional de praticamente todo equalquer discurso.O discurso, a enunciação, podetendencialmente ter rigor quali-tativo, rigorquantitativo, ou rigorsimultaneamente qualitativo equantitativo.Rigor qualitativo têm-no, por ex-celência, as diferentes línguas-mãe. Rigor quantitativo tem-no,por excelência, a matemáti-ca. A imagem reúne rigorqualitativo e rigor quantitativo.Esta a razão da já antiga propos-tade transversalidade ainstituir-se no ensino, a da língua-mãe, jáinstituída, mas muito aquém ain-da do que dessa institucionaliza-ção se poderábeneficiar, adama-temática e a da imagem.Três transversalidades que abra-çam os três principais camposonde se amassam e com que semoldam os recursos enunciató-rios nas várias áreas do conheci-mento, dafilosofiaàfísica, dahis-tória à economia, da geografia àsciências naturais, daquímicaàin-formática, dalinguísticaàexpres-são plástica, damatemáticaàmú-sica, daeducação físicaao despor-to, do trabalho ao descanso.Imagem ou imagens, consoantese atenda mais em particular acada um dos sentidos, ou, sines-tesicamente, parcial ou global-mente juntos, elas estabelecem onexo entre as representaçõesconcretas e as representações for-mais, entre o que é do referencialdo sujeito e o que é do referencialexterno ao sujeito.Arelevânciadaestéticaem todaequalquer comunidade, civiliza-ção, cultura, reside exactamentenessa dupla acessibilidade nocontexto da sempre particularvida de cada um - por onde tudonecessariamente perpassa, em

PROFESSOR PEDRO LEITE PACHECO

“Há sempre uma poética,uma manipulaçãode materiais, umasonorização e uma rítmicaquotidianamenteassumidas e criadas”

formatada representação que seobriga institucionalmente o su-jeito a repetir, a reproduzir, a re-criar, formalmente, em cisão enão em articulação com as repre-sentações concretas em si pró-prio, de si próprio, parasi próprioe para o(s) outro(s).A rarefacção do espaço e do tem-po paraadescobertados naturaisprocessos perceptivos e dos cul-turais recursos discursivos é umaopção administrativa tão gravequanto a redutora imposição demódulos pré-estipulados quesubvertem a própria razão de serda criação da imagem num con-texto de descoberta e de comu-nicação.O mesmo é verdade no que res-peita à linguagem matemática eàs línguas-mãe.A virtualidade das representa-ções é tão mais consistente quan-to o domínio da opção de repre-sentação.E neste aspecto há que dar aten-ção não só ao discurso como aocontexto onde o discurso ocorre.No caso da imagem fotográfica,pictórica ou desenho, a relaçãocom o espaço da composição équase sempre tão importantequanto a própria representação.Não é menos notório se se tratardumarepresentação matemáticaou dumarepresentação literária.Também nesses casos não só ain-teligibilidade mas também aper-tinência e encanto somam ousubtraem pontos.O discurso pode tanto ter carác-ter prospéctico como carácterperspéctico, conforme se consti-

tua como processo de verificaçãoe de descoberta, de garimpo, oude assunção e afirmação.Retiraràs jovens e aos jovens essadupla funcionalidade do discur-so, seja ele qual for, é cercear ànascença a possibilidade da ple-nafuncionalidade naadopção domesmo.Transformar vitais recursosenunciatórios em mumificadascompactações sígnicas é outratrágica determinação de gravesconsequências parao quotidianolectivo. Tão grave como irradi-car das aprendizagens e daerudi-ção escolar poderosos recursosculturais efectivos do quotidianodos discentes e docentes.Nem se devem ocultar nem sedeve às matérias significantes re-tirar-lhes os referentes. Fazê-lo éperigoso porquanto se lhes vazaou ludibria o sentido que no en-tanto não deixam de ter! Essa re-lação institucional, a prazo, tor-na-se insustentável.É, aliás, o que está acontecendo.E não é já só quanto à matemáti-caou àfísica, àlínguaportuguesaou à geografia. É em todos os de-mais campos do saber e a toda aoutravidainternaaos estabeleci-mentos de ensino que tal se estáaevidenciar.Honra para os ainda muitos queresistem.Se assim não fosse muito pior se-ria.A ver vamos por quanto tempo éque aafrontaàpartilhade saberede fruição se abate impune sobreprofessores, alunos e demais ci-dadãos.

A virtualidade das representaçõesé tão mais consistentequanto o domínio da opçãode representação

qualquerque sejaaconcretizaçãoenunciatória.Há sempre uma poética, umamanipulação de materiais, umasonorização e umarítmicaquoti-dianamente assumidas e criadas.A chamada “Educação pelaArte” explicitada por HerbertRead em meados do século XX,ou a mais abrangente e histori-camente prolongada relevânciadas artes na instrução e na for-mação dos indivíduos são ex-pressão disso.Essa empatia primordial ou es-sencial sofre rupturas sempreque entram os sujeitos em con-tradição por divergência de inte-resses ou por dificuldade nos do-mínios das operações enunciató-rias (acertos miméticos econvencionais, sintácticos e se-mânticos).Levado na força da corrente,umas vezes, outras dando força àcorrente; batendo-se contra acorrente, outras anulando ou tãosó evitando-lhe o ímpeto.Em qualquer dos casos o tempo eo espaço para o sujeito aceder àrepresentação dos objectos e dosfenómenos é muitas vezes toma-do como um espaço e um tempode coacção do sujeito, de imposi-ção do espaço e do tempo do(s)outro(s), de imposição da repre-sentação do(s) outro(s), aleató-ria, ou de umatodapoderosapré-

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MAIO DE 1ESCOLA SECUNDÁRIA

ANTERO DE QUENTAL

em projecto...

“Tarde interessante” sobre dores de cabeçacom o Dr. Leandro Valdemar do HDES

Comemoraçãodo Diado AmbienteJunho de 1O Departamento de Ciências Físico-Químicas irão assinalar de 1 de Maioa de Junho actividades no âmbito daComemoração do Dia do Ambiente.

Festival dasActividadesGímnicasDesportivasJunho de 1Actividade desenvolvida pelo De-partamento de Educação Física eEducação Tecnológica.

TardesInteressantes...Junho de 1As tardes interessantes continua-rão até ao final de Junho, trazendomais e interessantes convidados ànossa Escola.

ExamesNacionaisJunho de 1Os exames nacionais já estão à por-ta... Os alunos dos 11.º e 1.º anosestão a preparar-se para garantir omelhor sucesso possível.

NA CHEGADA...Finalistas do 1.º Ano regressaram mais bronzeados, mas ainda sem saber falar espanhol...

fotoreportagemFomosFinalistas...Um dos principais objecti-vos de um aluno do Secun-dário é integrar-se num gru-po de Finalistas, não sendoos estudantes da Escola Se-cundária Antero de Quentalexcepção à regra. Desde Ou-tubro de 2008 que este gru-po, do 11º Ano de escolarida-de, se tem vindo a esforçar afim de angariar fundos paraa tão esperada viagem quenão teria sido possível sema concretização de activida-des como jantares, festas,venda de castanhas e umaBarraca nas Festas do SantoCristo dos Milagres, bemcomo a cooperação e auxíliodos nossos Patrocinadores edo Conselho Executivo darespectiva escola.

Em Espanha......e vivaas batatas fritasBenalmádena, situada no Sulde Espanha e banhada peloMar Mediterrâneo, foi o localpara onde se dirigiram maisde 2000 finalistas portugue-ses, orientados pela AgênciaSlideIn.O maior trauma por nós vivi-do foi mesmo a incessantesurgimento de batatas fritasàs refeições e até mesmo comoceia da meia-noite. Os snacksforam a salvação de muitos!Umaondade Portugueses in-vadiu o sul de Espanha, fazen-do com que apresençados na-tivos se tornasse quase nula

Agradecimentosdos Finalistasda E.S.A.Q.Em nome de toda a comissãode Finalistas da E.S.A.Q. te-mos, desde já, a agradecer acompletadisponibilidade porparte dos professores MónicaVieira Nunes, Bruno Couto eHumberto Martins que tole-raram os comportamentosantitéticos entre a viagem deida e a de volta, assim comodurante todaaestadiaem Be-nalmádena.

TEXTOS DE EUGÉNIA CONTENTEE EUNICE FRANCO, 12.� J

A actividade “Tardes Interessan-tes com Gente Interessante”trouxe, na passada terça-feira,dia 18 de Maio, o Dr. LeandroValdemar à Biblioteca da EscolaSecundária Antero de Quentalpara falar aos presentes sobre“dores de cabeça”, expressão vul-garmente utilizadaparadesignaras cefaleias.Os destinatários dapalestra, alu-nos do 7.º ano de escolaridade,

PROFESSORES RUI FARIAE MÓNICA PEREIRA

“O Dr. Leandro Valdemarexplicou e deu a conheceras características dosgrupos mais frequentesde cefaleias, assim comoelucidou o públicopresente dos síntomase das medidas a tomar”

puderam colocar as suas ques-tões e falar da frequência comque têm ou não dores de cabeçamesmo antes de o Dr. LeandroValdemar ter iniciado asuaapre-sentação.Ficaramospresentesasaber,entremuitas outras coisas, que hácercade 200 tipos de dores de cabeça,sendo mais frequente ocorreremem pessoas do sexo feminino.O Dr. Leandro Valdemar expli-cou e deu a conhecer as caracte-rísticas dos grupos mais frequen-tes de cefaleias, assim como elu-cidou o público presente dossíntomas e das medidas a tomar.Tratou-se de uma sessão deverasinteressante e importante, ten-do permitido aos que tiveram aoportunidade de assistir conhe-cer mais sobre o seu sistemaneu-rológico, bem como sobre as for-mas parase viver melhor, mesmonão estando isentos de “dores decabeça”.Ao convidado, o nosso muitoobrigado.

Ficaram os presentes a saber que há duas centenasde tipos de dores de cabeça...