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UNIVERSIDADE DO MINHO ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM Proposta de criação do Curso de Mestrado em Enfermagem: Área de Especialização em Enfermagem de Cuidados Paliativos Braga, 2006

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UNIVERSIDADE DO MINHO

ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM

Proposta de criação do

Curso de Mestrado em Enfermagem: Área de Especialização em Enfermagem

de Cuidados Paliativos

Braga, 2006

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ÍNDICE

Dossier interno

1. – Enquadramento e Justificação da Reestruturação do Curso…..…...................

2. – Objectivos do Curso…..........................………………………………....……

3. – Resultados de Aprendizagem……………………............……........................

4. – Perfil de Formação…………………………………………..................……

5. – Estrutura do Curso e Plano de Estudos………..................................................

6. – Recursos Humanos e Materiais Necessários para o Funcionamento do

Curso………......................……………………………………………………...

7. – Saídas profissionais…………...........................................................................

8. – Encargos decorrentes com o funcionamento do curso..............………….…...

9. – Programas das unidades curriculares................................................…….........

Anexos:

Anexo 1 – Minuta da Resolução do Senado Universitário

Anexo 2 – Plano de Estudos com acordo com o ponto 11 do Formulário DGES

Anexo 3 – Proposta de Regulamento Interno da Direcção do Curso

Anexo 4 – Condições de Candidatura e Critérios de Selecção

Pareceres Internos

II. Dossier para a Direcção Geral do Ensino Superior

III. Suplemento ao Diploma

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1. ENQUADRAMENTO E JUSTIFICAÇÃO DO CURSO

A OMS considera os cuidados paliativos como uma prioridade da política de saúde, dado o

enorme impacto social dos problemas do fim de vida, constituindo-se como uma necessidade

em termos de saúde pública, requerendo apoio qualificado.

O Conselho da Europa considera que o ser humano deve ser apoiado e assistido na fase final

da vida, recomendando maior atenção para as condições de vida dos doentes que vão morrer,

nomeadamente para a prevenção da sua solidão e sofrimento.

O Plano Nacional de Saúde 2004-2010 identifica os cuidados paliativos como uma área

prioritária de intervenção, tendo sido criado posteriormente o Programa Nacional de Cuidados

Paliativos, o qual preconiza uma prática de cuidados paliativos que requer organização

própria e abordagem específica, prestada por equipas técnicas preparadas para o efeito.

A complexidade das situações clínicas, a diversidade de patologias, a gestão exigente de um

largo espectro terapêutico, a complexidade do sofrimento e a combinação de factores físicos,

psicológicos, sociais e espiritualidade na fase final da vida requerem, naturalmente, uma

preparação sólida e diferenciada dos profissionais de saúde, dos quais destacamos os

enfermeiros que vivenciam diariamente estas situações nos seus contextos de trabalho.

A preocupação em investir na formação em cuidados paliativos pode considerar-se imperiosa

para os profissionais de Enfermagem, face ao aumento da longevidade e das doenças de

evolução prolongada, que conduzem à situação terminal da vida.

Na área de influência da Escola deparamo-nos com um deficit de profissionais especializados

nesta área, bem como de unidades de cuidados. Neste sentido, o Curso de Especialização em

Enfermagem em Cuidados Paliativos pretende dar resposta às necessidades que têm sido

evidenciadas pelos enfermeiros, às directivas emanadas pela Direcção Geral de Saúde e pela

OMS.

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2. OBJECTIVOS DO CURSO

O Curso de Mestrado em Enfermagem: Área de Especialização em Enfermagem de Cuidados

Paliativos visa assegurar a formação científica, técnica, humana e cultural do enfermeiro

especialista, habilitando-o para uma prestação de cuidados especializados a doentes no final

da vida. Assim, o Curso pretende:

• Proporcionar formação especializada sobre a especificidade do cuidar doentes no

final de vida;

• Proporcionar instrumentos de conhecimento e de intervenção no domínio dos

cuidados paliativos que promovam a capacidade profissional para a prestação de

cuidados de enfermagem de qualidade;

• Promover potencialidades de auto análise orientadas para a resolução de problemas

e tomada de decisão em enfermagem de cuidados paliativos;

• Promover um espaço de reflexão sobre investigação em Enfermagem de Cuidados

Paliativos

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3. RESULTADOS DE APRENDIZAGEM

Ao Mestre em Enfermagem: Área de Especialização em Enfermagem de Cuidados Paliativos

é exigido um conjunto de competências transversais (competências instrumentais,

interpessoais e sistémicas) e académicas de maior complexidade que o tornem capaz de

responder enquanto cidadão e profissional, pelo que se preconiza os seguintes resultados de

aprendizagem:

• Reconhecer a importância dos cuidados paliativos e contextualizá-los no contexto

do Serviço Nacional de Saúde Português

• Identificar os cuidados paliativos como uma área prioritária de intervenção

• Aplicar os valores e princípios dos Cuidados Paliativos no contexto da prática de

Enfermagem.

• Aplicar os princípios éticos na análise de situações/problemas do fim de vida.

• Demonstrar conhecimentos, aptidões e atitudes no processo de concepção de

cuidados à pessoa doente/família em fase final de vida.

• Descrever os principais modelos organizacionais de prestação de cuidados

paliativos.

• Demonstrar capacidades de comunicação terapêutica com a pessoa doente, a

família e a equipa de cuidados.

• Demonstrar capacidades para cuidar a pessoa doente/família em fase final de vida.

• Demonstrar capacidades de investigação em cuidados paliativos.

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4. PERFIL DE FORMAÇÃO

O Curso de Mestrado em Enfermagem: Área de Especialização em Enfermagem de Cuidados

Paliativos orienta-se para um perfil profissional que privilegia competências especializadas de

intervenção autónoma e qualificada e de investigação no âmbito dos Cuidados Paliativos.

No sentido de habilitar o futuro profissional com o Mestrado em Enfermagem de Cuidados

Paliativos, o plano de formação tem uma organização curricular com uma estrutura modular

de acordo com os princípios da intra e interdisciplinaridade e um modelo de formação assente

num processo de alternância.

A diversidade de unidades curriculares oferecidas aos formandos e a flexibilidade do

currículo visam promover a sua autonomia e a sua responsabilidade. Desenvolverão, assim, a

sua capacidade de aprendizagem e exigência face ao conhecimento, fundamentais para o

exercício profissional especializado.

Desta convergência de pressupostos resulta um perfil de formação específico para que o

futuro mestre demonstre competências para:

a) Conceptualizar novas abordagens na área da saúde, nomeadamente na

prestação de cuidados de enfermagem especializados;

b) Problematizar situações de cuidar em enfermagem equacionando-as no quadro

geral da saúde em Portugal e no mundo;

c) Problematizar e reflectir as práticas;

d) Liderar equipas de prestação de cuidados e serviços de saúde;

e) Conceber e realizar projectos de investigação em enfermagem.

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5. ESTRUTURA DO CURSO E PLANO DE ESTUDOS

O Curso de Mestrado em Enfermagem: Área de Especialização em Enfermagem de Cuidados

Paliativos será ministrado em 3 semestres, perfazendo um total de 90 ECTS.

O primeiro semestre integra quatro unidades curriculares teóricas e teórico-práticas; o

segundo semestre é constituído por três unidades curriculares teóricas e uma unidade

curricular de prática clínica e o terceiro por um projecto individual.

Com esta estrutura do curso pretende-se que o estudante seja dinamizador do seu processo de

aprendizagem na promoção e desenvolvimento de atitudes e competências pessoais e

profissionais.

PLANO DE ESTUDOS

Ano Semestre

Áreas cientificas Unidades curriculares Coeficiente de

Ponderação Horas (Total)

ECTS

E Enfermagem em Cuidados Paliativos:

Filosofia e Prática 1 140 5

E +CSH +CBB Dor e Sofrimento: Focos de Intervenção

de Enfermagem 2 336 12

E+CSH Relação Pessoal e Interpessoal em

Cuidados Paliativos 1 168 6

E+CBB Enfermagem em Cuidados Paliativos

Pediátricos 2 196 7

Total 1º Semestre 840 30

E+CSH Bioética Vs Cuidar em Fim de Vida 1 168 6

E Organização e Gestão de Unidades de

Cuidados Paliativos 1 168 6

E Investigação em Enfermagem de

Cuidados Paliativos 2 224 8

E Estágio Clínico 2 280 10

Total 2º Semestre 840 30

2º 3º E Projecto Individual 3 840 30

Total 3º Semestre 840 30

Total do Curso 2520 90

LEGENDA:

E – Enfermagem

CSH – Ciências Sociais e Humanas

CBB – Ciências Biológicas e Biomédicas

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Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente

Horas de trabalho independente

Colectivas

Laboratoriais

T. de campo

Seminário

Tutorias

Estágios

Trabalho individual

Trab« Grupo

Trab* Projecto

Listagem de RA (entre 4 e 6)

T TP PL TC S OT

Horas de avaliação

Total

Reconhecer a importância da história dos cuidados paliativos

Identificar as necessidades da pessoa em fase terminal.

Analisar o conceito de Cuidados Paliativos

Discutir os objectivos dos cuidados paliativos

TOTAL 20 6 50 60 4 140

Notas: l Unidade de Crédito (ECTS) - 28 horas de trabalho Aconselha-se o preenchimento das células pertinentes a cada um dos resultados de aprendizagem. A cada unidade curricular corresponde um mínimo de 5 UC. Nas situações em que os resultados de aprendizagem impliquem menos de 140 horas de trabalho do estudante (5 UC) tal corresponde a um módulo que deve ser integrado na unidade curricular Legenda: T - Ensino teórico; TP - Ensino teórico-prático; PL - Ensino prático e laboratorial; TP - Trabalho de campo; S - Seminário; E - Estágio; OT - Orientação tutória

CURSO: Mestrado em Enfermagem: Área de Especialização em Cuidados Paliativos

UNIDADE CURRICULAR: ENFERMAGEM EM CUIDADOS PALIATIVOS: FILOSOFIA E PRÁTICA

Área Científica: E

UC - SEMESTRAL

Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 ECTS

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Resultados de aprendizagem Horas de contacto com o docente

Horas de trabalho independente

Colectivas

Laboratoriais

T. de campo

Seminário

Tutorias

Estágios

Trabalho individual

Trab« Grupo

Trab* Projecto

Listagem de RA (entre 4 e 6)

T TP PL TC S OT

Horas de avaliação

Total

Avaliar sintomas experienciados pela pessoa na fase final da vida.

Aplicar os resultados da avaliação de sintomas na implementação de um plano de intervenção.

Reconhecer os aspectos espirituais e religiosos como inerentes no cuidar em fim de vida.

Reconhecer as diferentes perspectivas na conceptualização da doe e sofrimento.

TOTAL 50 30 30 150 72 4 336

Notas: l Unidade de Crédito (ECTS) - 28 horas de trabalho Aconselha-se o preenchimento das células pertinentes a cada um dos resultados de aprendizagem. A cada unidade curricular corresponde um mínimo de 5 UC. Nas situações em que os resultados de aprendizagem impliquem menos de 140 horas de trabalho do estudante (5 UC) tal corresponde a um módulo que deve ser integrado na unidade curricular Legenda: T - Ensino teórico; TP - Ensino teórico-prático; PL - Ensino prático e laboratorial; TP - Trabalho de campo; S - Seminário; E - Estágio; OT - Orientação tutória

CURSO: Mestrado em Enfermagem: Área de Especialização em Cuidados Paliativos

UNIDADE CURRICULAR: DOR E SOFRIMENTO: FOCOS DE INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM

Área Científica: E+CSH+CBB

UC - SEMESTRAL

Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 12 ECTS

10

Resultados de aprendizagem Horas de contacto com o docente

Horas de trabalho independente

Colectivas

Laboratoriais

T. de campo

Seminário

Tutorias

Estágios

Trabalho individual

Trab« Grupo

Trab* Projecto

Listagem de RA (entre 4 e 6)

T TP PL TC S OT

Horas de avaliação

Total

Reconhecer os princípios e estratégias básicas de comunicação em cuidados paliativos

Identificar a importância da comunicação não verbal em cuidados paliativos

Descrever estratégias de gestão de stress

Identificar barreiras e atitudes facilitadoras na comunicação de más notícias

TOTAL 10 10 20 84 40 4 168

Notas: l Unidade de Crédito (ECTS) - 28 horas de trabalho Aconselha-se o preenchimento das células pertinentes a cada um dos resultados de aprendizagem. A cada unidade curricular corresponde um mínimo de 5 UC. Nas situações em que os resultados de aprendizagem impliquem menos de 140 horas de trabalho do estudante (5 UC) tal corresponde a um módulo que deve ser integrado na unidade curricular Legenda: T - Ensino teórico; TP - Ensino teórico-prático; PL - Ensino prático e laboratorial; TP - Trabalho de campo; S - Seminário; E - Estágio; OT - Orientação tutória

CURSO: Mestrado em Enfermagem: Área de Especialização em Cuidados Paliativos

UNIDADE CURRICULAR: RELAÇÃO PESSOAL E INTERPESSOAL EM CUIDADOS PALIATIVOS

Área Científica: E+CSH

UC - SEMESTRAL

Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 6 ECTS

11

Resultados de aprendizagem Horas de contacto com o docente

Horas de trabalho independente

Colectivas

Laboratoriais

T. de campo

Seminário

Tutorias

Estágios

Trabalho individual

Trab« Grupo

Trab* Projecto

Listagem de RA

(entre 4 e 6) T TP PL TC S OT

Horas de avaliação

Total

Identificar os princípios específicos dos cuidados paliativos pediátricos

Reconhecer a especificidade da criança em relação aos seus sentimentos, valores, crenças e significado em relação à morte

Demonstrar capacidade de comunicação com a criança na fase final de vida

Reconhecer a importância do acompanhamento constante no processo de adaptação à perda e luto da criança e família

TOTAL 20 10 56 56 50 4 196 Notas: l Unidade de Crédito (ECTS) - 28 horas de trabalho Aconselha-se o preenchimento das células pertinentes a cada um dos resultados de aprendizagem. A cada unidade curricular corresponde um mínimo de 5 UC. Nas situações em que os resultados de aprendizagem impliquem menos de 140 horas de trabalho do estudante (5 UC) tal corresponde a um módulo que deve ser integrado na unidade curricular Legenda: T - Ensino teórico; TP - Ensino teórico-prático; PL - Ensino prático e laboratorial; TP - Trabalho de campo; S - Seminário; E - Estágio; OT - Orientação tutória

CURSO: Mestrado em Enfermagem: Área de Especialização em Cuidados Paliativos

UNIDADE CURRICULAR: ENFERMAGEM EM CUIDADOS PALIATIVOS PEDIÁTRICOS

Área Científica: E+CBB

UC - SEMESTRAL

Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 7 ECTS

12

Resultados de aprendizagem Horas de contacto com o docente

Horas de trabalho independente

Colectivas

Laboratoriais

T. de campo

Seminário

Tutorias

Estágios

Trabalho individual

Trab« Grupo

Trab* Projecto

Listagem de RA (entre 4 e 6)

T TP PL TC S OT

Horas de avaliação

Total

Identificar as problemáticas bioéticas presentes nos cuidados à pessoa no fim de vida

Demonstrar capacidade de argumentar as variadas situações -problema bioéticas do fim de vida

Analisar as tomadas de decisão bioética perante situações - limite

Conceber os cuidados paliativos como uma forma de promover a dignidade da pessoa no fim de vida

TOTAL 26 10 100 28 4 168

Notas: l Unidade de Crédito (ECTS) - 28 horas de trabalho Aconselha-se o preenchimento das células pertinentes a cada um dos resultados de aprendizagem. A cada unidade curricular corresponde um mínimo de 5 UC. Nas situações em que os resultados de aprendizagem impliquem menos de 140 horas de trabalho do estudante (5 UC) tal corresponde a um módulo que deve ser integrado na unidade curricular Legenda: T - Ensino teórico; TP - Ensino teórico-prático; PL - Ensino prático e laboratorial; TP - Trabalho de campo; S - Seminário; E - Estágio; OT - Orientação tutória

CURSO: Mestrado em Enfermagem: Área de Especialização em Cuidados Paliativos

UNIDADE CURRICULAR: BIOÉTICA VS CUIDAR EM FIM DE VIDA

Área Científica: E+CSH

UC – SEMESTRAL

Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 6 ECTS

13

Resultados de aprendizagem Horas de contacto com o docente

Horas de trabalho independente

Colectivas

Laboratoriais

T. de campo

Seminário

Tutorias

Estágios

Trabalho individual

Trab« Grupo

Trab* Projecto

Listagem de RA (entre 4 e 6)

T TP PL TC S OT

Horas de avaliação

Total

Identificar tipos de unidades de cuidados paliativos

Demonstrar competências na gestão das Unidades de Cuidados Paliativos

Identificar a especificidade de gestão de Unidades de Cuidados Paliativos

Elaborar um projecto para criação de uma Unidade de Cuidados Paliativos

Determinar necessidades de formação em Cuidados Paliativos

Dinamizar intervenções de Formação em Cuidados Paliativos

TOTAL 15 10 100 40 3 168 Notas: l Unidade de Crédito (ECTS) - 28 horas de trabalho Aconselha-se o preenchimento das células pertinentes a cada um dos resultados de aprendizagem. A cada unidade curricular corresponde um mínimo de 5 UC. Nas situações em que os resultados de aprendizagem impliquem menos de 140 horas de trabalho do estudante (5 UC) tal corresponde a um módulo que deve ser integrado na unidade curricular Legenda: T - Ensino teórico; TP - Ensino teórico-prático; PL - Ensino prático e laboratorial; TP - Trabalho de campo; S - Seminário; E - Estágio; OT - Orientação tutória

CURSO: Mestrado em Enfermagem: Área de Especialização em Cuidados Paliativos

UNIDADE CURRICULAR: ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DE UNIDADES DE CUIDADOS PALIATIVOS

Área Científica: E

UC - SEMESTRAL

Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 6 ECTS

14

Resultados de aprendizagem Horas de contacto com o docente

Horas de trabalho independente

Colectivas

Laboratoriais

T. de campo

Seminário

Tutorias

Estágios

Trabalho individual

Trab« Grupo

Trab* Projecto

Listagem de RA (entre 4 e 6)

T TP PL TC S OT

Horas de avaliação

Total

Demonstrar competências na implementação de um plano de cuidados de enfermagem em conformidade com a filosofia dos cuidados paliativos ao doente em fim de vida e ao seu grupo social de pertença

Demonstrar capacidades de comunicação com o doente em fim de vida e seu grupo social de pertença

Cuidar do doente em fim de vida e seu grupo de pertença, ajudando-os a lidar com o sofrimento, a dor e as perdas

Cuidar o doente em fim de vida e seu grupo de pertença nas últimas horas da vida, garantindo apoio, qualidade e dignidade até ao fim

TOTAL 30 128 100 19 3 280

Notas: l Unidade de Crédito (ECTS) - 28 horas de trabalho Aconselha-se o preenchimento das células pertinentes a cada um dos resultados de aprendizagem. A cada unidade curricular corresponde um mínimo de 5 UC. Nas situações em que os resultados de aprendizagem impliquem menos de 140 horas de trabalho do estudante (5 UC) tal corresponde a um módulo que deve ser integrado na unidade curricular Legenda: T - Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL - Ensino prático e laboratorial; TP - Trabalho de campo; S - Seminário; E - Estágio; OT - Orientação tutória

CURSO: Mestrado em Enfermagem: Área de Especialização em Cuidados Paliativos

UNIDADE CURRICULAR: PRÁTICA CLÍNICA

Área Científica: E

UC - SEMESTRAL

Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 10 ECTS

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Resultados de aprendizagem Horas de contacto com o docente

Hoas de trabalho independente

Colectivas

Laboratoriais

T. de campo

Seminário

Tutorias

Estágios

Trabalho individual

Trab« Grupo

Trab* Projecto

Listagem de RA (entre 4 e 6)

T TP PL TC S OT

Horas de avaliação

Total

Desenvolver um projecto de investigação em enfermagem de cuidados paliativos

Identificar fontes de informação relevantes para o desenvolvimento da investigação em cuidados paliativos

Analisar as limitações/constrangimentos da investigação em cuidados paliativos

Analisar os estudos de investigação em enfermagem de cuidados paliativos

TOTAL 10 10 50 150 4 224

Notas: l Unidade de Crédito (ECTS) - 28 horas de trabalho Aconselha-se o preenchimento das células pertinentes a cada um dos resultados de aprendizagem. A cada unidade curricular corresponde um mínimo de 5 UC. Nas situações em que os resultados de aprendizagem impliquem menos de 140 horas de trabalho do estudante (5 UC) tal corresponde a um módulo que deve ser Integrado na unidade curricular Legenda: T - Ensino teórico; TP - Ensino teórico-prático; PL - Ensino prático e laboratorial; TP - Trabalho de campo; S - Seminário; E - Estágio; OT - Orientação tutória

CURSO: Mestrado em Enfermagem: Área de Especialização em Cuidados Paliativos

UNIDADE CURRICULAR: INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM DE CUIDADOS PALIATIVOS

Área Científica: E

UC - SEMESTRAL

Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 8créditos (ECTS)

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6. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA O

FUNCIONAMENTO DO CURSO

O Curso de Especialização em Enfermagem de Cuidados Paliativos é assegurado pelos

docentes da Escola Superior de Enfermagem com a colaboração da Escola de Ciências

da Saúde, nomeadamente nas áreas de Ciências Biológicas e Biomédicas,

Departamentos da Educação e da Psicologia da Universidade do Minho.

Na proposta deste projecto de ensino a Escola conta com um corpo docente de cinco

Doutores e a colaboração de outros profissionais de saúde Especialistas provenientes de

Instituições de Saúde, com as quais a Escola tem protocolos de colaboração.

Para a concretização do Estágio Clínico contamos com a colaboração das Instituições de

Saúde na área dos Cuidados Diferenciados e na área de Saúde dos Cuidados Primários,

com as quais a Escola tem protocolos de colaboração.

Esta Escola dispõe de equipamento audiovisual de apoio às aulas teóricas e teórico-

práticas; de laboratórios de formação para aulas teórico-práticas de demonstração e

simulação para desenvolvimento de competências cognitivas, afectivas e motoras; de

biblioteca específica, para além das bibliotecas da Universidade e da rede wireless

instalada nos dois edifícios da Escola.

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7. SAÍDAS PROFISSIONAIS PARA OS ESPECIALISTAS EM ENFERMAGEM

DE CUIDADOS PALIATIVOS

Os Especialistas em Enfermagem de Cuidados Paliativos estão habilitados para o

desempenho profissional nas consultas de Cuidados Paliativos em Hospitais Gerais e

Especializados Públicos e Privados, Centros de Saúde, Clínicas privadas, e em centros

de cuidados domiciliários, Exercício Liberal, entre outras.

8. ENCARGOS DECORRENTES COM O FUNCIONAMENTO DO CURSO

A estrutura curricular do plano de estudos e modelo de funcionamento proposto para o

curso de Especialização em Enfermagem de Cuidados Paliativos não trará encargos

acrescidos quer para a Universidade do Minho, quer para a Escola Superior

Enfermagem, na medida em que é auto financiado.

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9. PROGRAMAS DAS UNIDADES CURRICULARES

Unidade curricular: Enfermagem em Cuidados Paliativos: Filosofia e Prática

Horas/Créditos: 140 / 5 ECTS

Regime: S1

Tipo: Obrigatória

Resultados de Aprendizagem:

1. Reconhecer a importância da história dos cuidados paliativos

2. Identificar as necessidades da pessoa em fase terminal.

3. Analisar o conceito de Cuidados Paliativos

4. Discutir os objectivos dos cuidados paliativos

Programa:

História dos Cuidados Paliativos

Definição e Objectivos dos Cuidados Paliativos

A Pessoa em Fase Terminal

Bibliografia:

AA. VV. (2002). Primary palliative care: dying, death and bereavement in the

community. Oxon: Radcliff Medical Press.

AA.VV. (1999). Palliative care: the nursing role. Jean Lugton e Margaret

Kindlen (Eds.) Edinburg: Churchill Livingstone, 1999

CERQUEIRA, Maria Manuela Amorim (2005). O cuidador e o doente paliativo.

Coimbra: Formasau.

LOPEZ IMEDIO, Eulalia – Enfermeria en cuidados paliativos. Madrid: Ed.

Medica Panamericana, 1998.

POOR, Belinda; POIRIER, Gail P. (2001). End of life nursing care. Sudbury:

National League for Nursing.

Métodos de Avaliação:

Trabalho escrito individual

19

Unidade curricular: Dor e Sofrimento: Focos de Intervenção de Enfermagem

Horas/Créditos: 336 / 12 ECTS

Regime: S1

Tipo: Obrigatória.

Resultados de Aprendizagem:

1. Avaliar sintomas experienciados pela pessoa na fase final da vida.

2. Aplicar os resultados da avaliação de sintomas na implementação de um plano

de intervenção.

3. Reconhecer os aspectos espirituais e religiosos como inerentes no cuidar em fim

de vida.

4. Reconhecer as diferentes perspectivas na conceptualização da doe e sofrimento.

Programa:

Dor e Sofrimento: sentido e perspectivas

Controlo de sintomas

Tratamento não farmacológico da dor

Tratamento farmacológico da dor

Busca de sentido e Espiritualidade

Bibliografia:

Barbosa, A., et al. (2006). Manual de Cuidados Paliativos. Lisboa: Núcleo de

Cuidados Paliativos/Centro de Bioética/ Faculdade de Medicina de Lisboa

GOMEZ SANCHO, Marcos; GRAU ABALO, Jorge A. – Dolor y sufrimiento al

final de la vida. Madrid: Aran, 2006

Davies, E.; Higgison, I. (Eds) (2004). Palliative Care The Solid Facts. Milan:

World Health Organization

Doyle, D.; Hanks,G.W.C.; Cherney, N.; Calman, K. (Eds) (2004). Oxford

Textbook of Palliative Medicine. Londres: Oxford University Press.

Métodos de Avaliação:

Trabalho escrito individual

20

Unidade curricular: Relação Pessoal e Interpessoal em Cuidados Paliativos

Horas/Créditos: 168 / 6 ECTS

Regime: S1

Tipo: Obrigatória

Resultados de Aprendizagem:

1. Reconhecer os princípios e estratégias básicas de comunicação em cuidados

paliativos

2. Identificar a importância da comunicação não verbal em cuidados paliativos

3. Descrever estratégias de gestão de stress

4. Identificar barreiras e atitudes facilitadoras na comunicação de más notícias

Programa:

Princípios básicos de comunicação em cuidados paliativos

Estratégias de comunicação em cuidados paliativos

Comunicação de más notícias

Comunicação na equipa e gestão de conflitos

Relação de Ajuda em Cuidados Paliativos

Bibliografia:

Arnold, E. & Boggs,K.U. (2003). Interpersonal Relationships: Professional

communication skills for nurses. USA: Elsevier Science.

Gameiro, M.H. (1999). Sofrimento na doença: Estudo da estrutura dimensional

das experiências subjectivas de sofrimento na doença e da relação com as

variáveis psicossocias da pessoa doente. Coimbra: Ed. Quarteto

GOMEZ SANCHO, Marcos (2006). Como dar las malas noticias en medicina.

3ª ed.Madrid: Aran.

Lugton, J. (2002). Communicating with dying people and their relatives. United

Kingdom: Radcliffe Press Ltd.

McIntyre, T.M. & Vila-chã, C. (1995). Sofrimento do doente: Leituras

multidisciplinares. Apport.

MPINGA, Emmanuel Kabengele; chastonay, Philippe; RAPIN, Charles Henri

(2006). Conflits et fin de vie dans les contexts de soins palliatifs. Recherche en

Soins Infirmieres. ISSN 0297-2964 (86) 68-95.

21

Padinha, T. (2005). Perspectivas do outro na relação de ajuda. Braga:

Faculdade de Filosofia.

PEREIRA, Maria da Graça; LOPES, Cristiana – O doente oncológico e a sua

família. Lisboa: Climepsi, 2002

Métodos de Avaliação:

Trabalho escrito individual

Unidade curricular: Enfermagem em Cuidados Paliativos Pediátricos

Horas/Créditos: 196 / 7 ECTS

Regime: S1

Tipo: Obrigatória

Resultados de Aprendizagem:

1. Identificar os princípios específicos dos cuidados paliativos pediátricos

2. Reconhecer a especificidade da criança em relação aos seus sentimentos,

valores, crenças e significado em relação à morte

3. Demonstrar capacidade de comunicação com a criança na fase final de vida

4. Reconhecer a importância do acompanhamento constante no processo de

adaptação à perda e luto da criança e família

Programa:

Princípios específicos dos cuidados paliativos pediátricos

A criança em situação de fim de vida

A comunicação com a criança e família (acompanhamento pós-morte)

Bibliografia:

Armstrong-Dailey, A.; Zarbock, S. (2001). Hospice Care for Children. 2ª Ed.

NewYork: Oxford University Press.

POOR, Belinda; POIRIER, Gail P. (2001). End of life nursing care. Sudbury:

National League for Nursing.

Sanders, C.; Baines, M.;Dunlop, R. (1995). Living With Dying: A guide to

22

Palliative Care. Oxford University Press.

Métodos de Avaliação:

Trabalho escrito individual

Unidade curricular: Bioética Vs Cuidar em Fim de Vida

Horas/Créditos: 168 / 6 ECTS

Regime: S2

Tipo: Obrigatória

Resultados de Aprendizagem:

1. Identificar as problemáticas bioéticas presentes nos cuidados à pessoa no fim de

vida

2. Demonstrar capacidade de argumentar as variadas situações -problema bioéticas

do fim de vida

3. Analisar as tomadas de decisão bioética perante situações – limite

4. Conceber os cuidados paliativos como uma forma de promover a dignidade da

pessoa no fim de vida

Programa:

Cuidar no fim de vida

Problemáticas Bioéticas do Fim de Vida

Tomada de Decisão em Situações-Limite

Tratar Versus Cuidar: os cuidados paliativos

Bibliografia:

AA.VV. (2004) – Face aux fins de vie et à la mort- Éthique et pratiques

professionnelles au coeur du débat. Ed. Emmanuel Hirsch. Paris: Librairie

Vuibert.

AA.VV. (2004) – Ética em cuidados paliativos. Ed. Azucena Couceiro. Madrid:

Tricastela.

23

AA.VV. (1995) – Arguing euthanasia: the controversy over mercy killing ,

assisted suicide and the “right to die”. Ed. Jonathan D. Moreno. Nova Iorque:

Touchstone.

BURNELL, George M. (1993) – Final choices: to live or to die in an age of

medical techonology. Nova Iorque: Plenum Press.

DWORKIN, Gerald; FREY, R. G. ; BOK, Sissela (2000) – La euthanasia y el

auxilio medico al suicidio. Madrid: Cambridge University.

HENNEZEL, Marie de (1997). Diálogo com a morte. Pref. de François

Mitterand.2ª ed. Trad. de José Carlos González. Lisboa: Editorial Notícias.

QUILL, Timothy E. (1994) – Death and Dignity: making choices and taking

charge. Nova Iorque/Londres: W. W. Norton & Company.

PACHECO, Susana (2001) – Cuidar a pessoa em fase terminal: perspectiva

ética. Loures: Lusociência.

Métodos de Avaliação:

Trabalho escrito individual

Unidade curricular: Organização e Gestão de Unidades de Cuidados Paliativos

Horas/Créditos: 168 / 6 ECTS

Regime: S2

Tipo: Obrigatória

Resultados de Aprendizagem:

1. Identificar tipos de unidades de cuidados paliativos

2. Demonstrar competências na gestão das Unidades de Cuidados Paliativos

3. Identificar a especificidade de gestão de Unidades de Cuidados Paliativos

4. Elaborar um projecto para criação de uma Unidade de Cuidados Paliativos

5. Determinar necessidades de formação em Cuidados Paliativos

6. Dinamizar intervenções de Formação em Cuidados Paliativos

24

Programa:

Tipologias das Unidades de Cuidados Paliativos

Prática Clínica.

Bibliografia:

ANCP-Organização de serviços em cuidados paliativos, 2006 in www.ancp.pt

SAMUELSON, Paul A.; NORDHAUS, William, D. - Economia. 12ã ed. Lisboa:

McGraw-Hiii de Portugal, 1990, p.1118.

TAVARES f António — Métodos e técnicas de planeamento em saúde. Lisboa:

Ministério da Saúde, 1990. 218 p.

VARO, Jaime - Gestión estratégica de Ia calidad en Ios servicios sanitários: un

modelo de gestiõn hospitalaria. Madrid: Diaz de Santos.

Métodos de Avaliação:

Trabalho escrito individual

Unidade curricular: INVESTIGAÇÃO EM ENFERMAGEM DE CUIDADOS

PALIATIVOS

Horas/Créditos: 224 / 8 ECTS

Regime: S2

Tipo: Obrigatória

Resultados de Aprendizagem:

Desenvolver um projecto de investigação em enfermagem de cuidados paliativos

Identificar fontes de informação relevantes para o desenvolvimento da

investigação em cuidados paliativos

Analisar as limitações/constrangimentos da investigação em cuidados paliativos

Analisar os estudos de investigação em enfermagem de cuidados paliativos

Programa:

Processos de pensamento para a decisão em enfermagem; A prática reflexiva em

enfermagem;

25

As práticas científicas e a construção do saber.

Metodologias de Investigação: Métodos quantitativos; Características dos

métodos quantitativos; Métodos qualitativos; Características dos métodos

qualitativos; Abordagens trianguladas

Considerações éticas sobre a investigação em enfermagem

Concepção e desenvolvimento de um trabalho de investigação

O relatório científico.

Bibliografia:

ALBARELLO, Luc; DIGNEFFE, Francoise; HIERNAUX, Jean-Pierre;

MAROY, Christian; RUQUOY, Danielle & SAINT-GEORGES, Pierre (1997).

Práticas e Métodos de Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva.

ALMEIDA, J. F.& PINTO, J. M. (1983). A Investigação nas Ciências Sociais.

Lisboa: Presença.

BACHELARD, G. (1989). “Critical Etnography In Education: Origins, Current

Status, and New Directions”. In Review of Educational Research, vol.59, nº3,

pp.249-270.

BARDIN, L. (1986). Análisis de Contenido. Madrid: Ediciones Akal.

BECKER, H.S. (1994). Métodos de Pesquisa em Ciências Sociais. São Paulo:

Ed. Hucitec

BELL, J. (1997). Como realizar um projecto de Investigação. Lisboa: Gradiva.

Métodos de Avaliação:

O dispositivo de avaliação adoptado compreenderá a apreciação crítica de uma

Investigação em Enfermagem realizada a nível nacional ou internacional.

26

Unidade curricular: Prática Clínica

Horas/Créditos: 280 / 10 ECTS

Regime: S2

Tipo: Obrigatória

Resultados de Aprendizagem:

1. Demonstrar competências na implementação de um plano de cuidados de

enfermagem em conformidade com a filosofia dos cuidados paliativos

2. Demonstrar capacidades de comunicação com o doente em fim de vida e seu

grupo social de pertença

3. Cuidar do doente em fim de vida e seu grupo de pertença, ajudando-os a lidar

com o sofrimento, a dor e as perdas

4. Cuidar o doente em fim de vida e seu grupo de pertença nas últimas horas da

vida, garantindo apoio, qualidade e dignidade até ao fim

5. Outros a definir com o aluno e de acordo com as unidades de cuidados onde será

realizada a prática clínica.

Métodos de Avaliação:

Contínua e periódica

27

ANEXOS

28

Anexo 1

Minuta da Resolução do Senado Universitário

29

Resolução SU-.../2007

Sob proposta da Escola Superior de Enfermagem;

Ouvido o Conselho Académico nos termos do disposto da alínea g), nº 2, artigo 24º dos Estatutos da

Universidade do Minho;

Ao abrigo do disposto no nº 1 do artigo 7º da Lei nº 108/88, de 24 de Setembro, no nº 1 do artigo 1º do

Decreto-Lei nº 155/89, de 11 de Maio, no Decreto-Lei nº 42/2005, de 22 de Fevereiro, no Decreto-Lei nº

74/2006, de 24 de Março de 2006 e no nº 2 do artigo 20º dos Estatutos da Universidade do Minho,

O Senado Universitário da Universidade do Minho, reunido em sessão plenária em XX de XXXXXX de

2007, determina:

(Criação de curso)

A Universidade do Minho cria o Curso de Mestrado em Enfermagem, Área de Especialização:

Enfermagem de Cuidados Paliativos, na Escola Superior de Enfermagem, de acordo com a presente

Resolução.

(Organização do curso)

O Curso de Mestrado em Enfermagem, Área de Especialização: Enfermagem de Cuidados Paliativos,

adiante simplesmente designado por Curso, organiza-se pelo sistema de unidades de crédito europeus

(ECTS).

(Estrutura curricular)

A estrutura curricular do curso consta em anexo à presente Resolução.

(Plano de estudos)

O plano de estudos do Curso será fixado por despacho do Reitor, sob proposta do Conselho Académico, a

publicar na II Série do Diário da República.

30

(Habilitações de acesso)

São admitidos à candidatura no curso os titulares de licenciatura em Enfermagem ou equivalente legal; os

titulares de um grau académico superior estrangeiro, conferido na sequência de um 1º ciclo de estudos em

Enfermagem, Ciências de Enfermagem, organizado de acordo com os princípios do processo de Bolonha

por um Estado aderente a este processo; os titulares de um grau académico superior estrangeiro que seja

reconhecido como satisfazendo os objectivos do grau de licenciado em Enfermagem, Ciências de

Enfermagem, pelo Conselho Científico do Escola Superior de Enfermagem; os detentores de um currículo

escolar, científico ou profissional que seja reconhecido como atestando capacidade para a realização deste

ciclo de estudos pelo Conselho Científico da Escola Superior de Enfermagem.

(Condições de acesso)

1. A matrícula e inscrição no Curso estão sujeitas a limitações quantitativas a fixar anualmente pelo

Reitor.

2. O despacho a que se refere o nº 1 deste artigo estabelecerá o número mínimo de inscrições

indispensável ao funcionamento do Curso.

(Certificado do Curso)

1. Os alunos que obtenham aprovação nas unidades curriculares que integram o plano de estudos do

Curso e no estágio têm direito a uma carta magistral que certifica o grau de Mestre.

2. Os alunos que terminem com aproveitamento a parte escolar do Curso têm direito a um diploma de

especialização.

(Início do funcionamento)

O início do funcionamento do Curso será fixado por despacho do Reitor depois de verificada a existência

de recursos humanos e materiais à sua concretização.

Universidade do Minho, em xx de xxxxxxxx de 2007

O Presidente do Senado Universitário,

António Guimarães Rodrigues

31

ANEXO A

RESOLUÇÃO SU-XX/2007

1. Área científica do Curso

Enfermagem

2. Duração normal do Curso

3 semestres

3. Número de unidades de crédito necessários para a obtenção do grau

90 créditos (ECTS)

4. Áreas Científicas e distribuição das unidades de crédito

Áreas científicas obrigatórias

Enfermagem – 72 ECTS

Ciências Biológicas e Biomédicas – 7 ECTS

Ciências Sociais e Humanas – 11 ECTS

5. Taxa de matrícula e propinas

Estes montantes serão fixados pelo Conselho Académico nos termos dos Estatutos da Universidade do

Minho.

32

Anexo 2

Plano de Estudos

33

11. Plano de Estudos

Universidade do Minho

Escola Superior de Enfermagem

O Curso de Mestrado em Enfermagem: Área de Especialização em Enfermagem de Estomaterapia

1º e 2º Semestres curriculares

QUADRO 1

TEMPO DE TRABALHO (HORAS) UNIDADES CURRICULARES

ÁREA

CIENTÍFICA TIPO

TOTAL CONTACTO

CRÉDITOS

(ECTS) OBSERVAÇÕES

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)

Enfermagem em Cuidados Paliativos: Filosofia e Prática E S1 140 26=

T:20; TP:6 5

Dor e Sofrimento: Focos de Intervençãode Enfermagem E+CSH+CBB S1 336 110 = T:50; PL:30;

S:30 12

Relação Pessoal e Interpessoal em Cuidados Paliativos E+CSH S1 168 40 = T:10; TP:10;

PL:30 6

Enfermagem em Cuidados Paliativos Pediátricos E+CBB S1 196 86 = T:20; S:10;

OT:56 7

Bioética Vs Cuidar em Fim de Vida E+CSH S1 168 36 = T:26; S:10 6

Organização e Gestão de Unidades de Cuidados Paliativos E S2 168 25 = T:15; OT:10 6

Investigação em Enfermagem de Cuidados Paliativos E S2 224 20 = T:10; S:10 8

Estágio Clínico E S2 280 158 = OT:30;

E:128 10

Total 1680 642 60

34

Universidade do Minho

Escola Superior de Enfermagem

O Curso de Mestrado em Enfermagem: Área de Especialização em Enfermagem de Cuidados Paliativos

3º semestre curricular

QUADRO 2

TEMPO DE TRABALHO (HORAS) UNIDADES CURRICULARES

ÁREA

CIENTÍFICA TIPO

TOTAL CONTACTO

CRÉDITOS

(ECTS) OBSERVAÇÕES

(1) (2) (3) (4) (5) (6) (7)

PROJECTO INDIVIDUAL E S3 840 0T: 60 30

35

Área cientifica do Curso de Mestrado em Enfermagem: Área de Especialização em Enfermagem de

Cuidados Paliativos:

Enfermagem.

Duração normal do Curso:

3 Semestres lectivos.

Condições mínimas necessárias à concessão do grau:

Aprovação nas 90 unidades ECTS.

Áreas científicas e distribuição das unidades de crédito:

Enfermagem – 72 ECTS

Ciências Biológicas e Biomédicas – 7 ECTS

Ciências Sociais e Humanas – 11 ECTS

Precedências:

Aprovação final:

O aluno tem que obter aprovação em todas as unidades curriculares.

36

Anexo 3

Proposta de Regulamento Interno da Direcção de Curso

37

UNVERSIDADE DO MINHO

ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM

MESTRADO EM ENFERMAGEM

ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM DE CUIDADOS

PALIATIVOS

REGULAMENTO

BRAGA, 2006

38

Artigo 1º

(Natureza e âmbito de aplicação)

O presente Regulamento dá cumprimento ao disposto no Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março.

As normas contidas neste regulamento destinam-se ao Curso de Mestrado em Enfermagem, na área de

especialização em Enfermagem de Cuidados Paliativos criado pela Resolução SU-__/2007, de __ de

_________, adiante designado por Curso.

Artigo 2º

(Objectivos)

O Curso visa:

1. Proporcionar formação especializada sobre a especificidade do cuidar doentes no final de vida;

2. Proporcionar instrumentos de conhecimento e de intervenção no domínio dos cuidados paliativos

que promovam a capacidade profissional para a prestação de cuidados de enfermagem de

qualidade;

3. Promover potencialidades de auto análise orientadas para a resolução de problemas e tomada de

decisão em enfermagem de cuidados paliativos;

4. Promover um espaço de reflexão sobre investigação em Enfermagem de Cuidados Paliativos.

Artigo 3º

(Estrutura curricular e plano de estudos)

A estrutura curricular e o plano de estudos do Curso são apresentados no Anexo I ao presente

regulamento.

Artigo 4º

(Grau de Mestre)

1. O grau de Mestre é conferido a quem, tendo sido aprovado em todas as unidades curriculares que

integram o plano de estudos do mestrado, tenha obtido o número de créditos fixado.

2. O número total de unidades de crédito necessário à atribuição do grau é de 90 créditos.

3. O grau de Mestre será conferido em Enfermagem, na área de especialização em Enfermagem de

Cuidados Paliativos.

4. .O grau de Mestre é certificado por uma Carta Magistral.

Artigo 5º

(Duração e certificado do Curso)

1. O Curso tem a duração de três semestres, compreendendo a frequência de um curso de

especialização (dois semestres) e a realização de um projecto individual (um semestre).

2. A aprovação no curso de especialização confere o direito a um diploma de especialização em

Enfermagem de Cuidados Paliativos.

39

Artigo 6º

(Numerus clausus e prazos)

O número máximo e mínimo de candidatos a admitir, os prazos de candidatura, matrícula e inscrição,

bem como o período lectivo são fixados, para cada edição, por despacho reitoral, após aprovação pelo

Conselho Científico, sob proposta da Comissão Directiva do Curso.

Artigo 7º

(Habilitações de acesso)

1. São admitidos à candidatura à matrícula:

a) Os titulares de licenciatura, ou habilitação equivalente, em Enfermagem;

b) Os titulares de um grau académico superior estrangeiro, conferido na sequência de um

1º ciclo de estudos em Enfermagem, organizado de acordo com os princípios do

processo de Bolonha por um estado aderente a este processo;

c) Os titulares de um grau académico superior estrangeiro que seja reconhecido como

satisfazendo os objectivos do grau de licenciado em Enfermagem, pelo Conselho

Científico da Escola Superior de Enfermagem;

d) Os detentores de um currículo escolar científico ou profissional, que seja reconhecido

como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos pelo Conselho

Científico da Escola Superior de Enfermagem.

2. Poderão ser admitidos, como supranumerários, candidatos que frequentaram a parte curricular de

uma edição anterior do Curso.

Artigo 8º

(Apresentação de candidaturas)

1. As candidaturas deverão ser formalizadas em boletim de candidatura próprio e entregues na

secretaria da Escola Superior de Enfermagem.

2. O requerimento de candidatura (boletim) deverá ser instruído com:

a) cópia da certidão de licenciatura (ou equivalente legal) e respectiva classificação;

b) curriculum vitae detalhado;

c) outros elementos solicitados no edital de abertura ou que os candidatos entendam

relevantes para apreciação da sua candidatura.

Artigo 9º

(Competência para a selecção)

A selecção dos candidates é efectuada por um júri, proposto pelo Director do Curso de Mestrado em

Enfermagem, aprovado pelo Conselho Científico da Escola Superior de Enfermagem.

Artigo 10º

(Critérios de selecção)

1. Os candidatos serão seleccionados de acordo com os seguintes critérios:

40

a) Licenciatura e classificação da licenciatura;

b) Outros graus/diplomas relevantes obtidos pelo candidato;

c) Experiência profissional na área do Curso;

d) Curriculum académico, científico e técnico-profissional;

Artigo 11º

(Classificação e ordenação dos candidatos)

1. Com base nos critérios referidos no artigo anterior, o júri procederá à classificação e ordenação

dos candidatos e elaborará acta fundamentada da qual constará a lista de admitidos (incluindo os

suplentes) e de não admitidos.

2. A acta está sujeita a homologação pelo Conselho Científico da Escola.

3. A Comissão Directiva do Curso notificará os candidatos, através de ofício registado, da decisão

relativa à classificação e respectiva ordenação.

4. Da decisão não cabe recurso, salvo se arguida de vício de forma.

5. A Comissão Directiva enviará à Divisão de Pós-Graduação, toda a documentação relativa ao

processo de selecção e seriação dos candidatos.

Artigo 12°

(Matrículas e inscrições)

1. Os candidatos admitidos deverão proceder à matrícula e inscrição na Divisão de Pós-Graduação,

no prazo fixado no aviso de abertura.

2. No caso de algum candidato desistir expressamente da matrícula e inscrição ou não comparecer

a realizar a mesma, a Divisão de Pós-Graduação, no prazo de 3 dias após o termo do prazo da

matrícula e inscrição, através de carta registada com aviso de recepção, convocará para a

inscrição o(s) candidato(s) imediatamente a seguir na lista ordenada, até esgotar as vagas.

3. Os candidatos terão um prazo irrevogável de 4 dias úteis, após a recepção da notificação, para

proceder à matrícula e inscrição.

4. Os alunos que não tenham completado, nos prazos legais, a parte curricular do Curso ou o

projecto individual poderão requerer ao Reitor autorização para a completarem na edição

subsequente do Curso, indicando os fundamentos do requerimento:

5. O requerimento fundamentado ao Reitor para a inscrição nas unidades curriculares ou no

projecto individual deve ser apresentado na Divisão de Pós-Graduação no início do ano lectivo;

6. O Conselho Científico da Escola Superior de Enfermagem emitirá parecer sobre o requerimento

depois de ouvida a Comissão Directiva do Curso;

7. O parecer referido no número anterior deverá incluir informação sobre a equivalência das

unidades curriculares já efectuadas e sobre as que o aluno terá que frequentar para completar a

parte curricular do Curso ou, no caso no projecto individual, sobre o plano de trabalho e a

orientação científica;

41

8. O aluno com estatuto de trabalhador-estudante que não tenha completado, nos prazos legais, a

parte curricular do Curso ou o projecto individual, poderá fazê-lo no âmbito da edição

subsequente do Curso, devendo apresentar, no início do ano lectivo, requerimento fundamentado

ao Reitor.

9. Os alunos que frequentem uma nova edição do Curso nas condições referidas serão considerados

supranumerários.

10. Aos alunos que não concluírem o Curso na edição a que se candidataram será concedida a

possibilidade de efectuarem apenas uma segunda inscrição.

11. Aos alunos admitidos ao Curso poderá também ser concedida equivalência de unidades

curriculares, respeitadas as seguintes condições:

a) a equivalência será requerida ao Director do Curso, devendo o requerimento ser

entregue na DPG no prazo previsto para a matrícula e inscrição na edição do Curso ao

qual submetem a inscrição;

b) a concessão ou denegação da equivalência é da competência da Comissão Directiva do

Curso.

Artigo 13º

(Calendário escolar e regime de funcionamento)

1. O calendário escolar e o horário do Curso serão elaborados anualmente pela Comissão Directiva

do Curso, em conformidade com as orientações gerais definidas anualmente pelo Conselho

Académico.

2. O Curso funciona em regime pós-laboral.

Artigo 14º

(Faltas)

1. As horas de contacto são de assistência obrigatória.

2. O controlo das faltas é da responsabilidade do regente da unidade curricular.

3. Considera-se sem frequência a uma dada unidade curricular o aluno cujo número de faltas seja

superior a 10% da respectiva carga lectiva total.

Artigo 15º

(Avaliação e classificação)

1. Os elementos de avaliação de cada unidade curricular poderão ser de natureza diversa,

designadamente trabalhos escritos, orais ou experimentais, individuais ou de grupo, exames

escritos e/ou orais, etc.

2. A natureza e o número de elementos de avaliação de cada unidade curricular é da competência

do respectivo regente, que deverá informar os alunos na primeira sessão de trabalho.

3. A avaliação, da exclusiva responsabilidade do regente, tem carácter individual, mesmo no caso

de trabalhos de grupo.

42

4. As classificações obtidas nas unidades curriculares (incluindo o projecto individual) serão

expressas na escala de 0 a 20 valores.

5. A classificação global do Curso é a média, ponderada, das classificações obtidas em cada uma

das unidades curriculares (incluindo o projecto individual) do Curso, arredondada à unidade

mais próxima.

6. A classificação global do Curso será convertida na escala europeia de comparabilidade de

classificações.

Artigo 16º

(Exames)

1. Sempre que a avaliação numa unidade curricular inclua a realização de um exame final, este

realizar-se-á numa das épocas normais do calendário escolar.

2. Os exames respeitantes a unidades curriculares leccionadas em regime intensivo podem ser

antecipados relativamente às épocas referidas em 1, por acordo entre o docente e os discentes.

3. Na época de recurso, os alunos poderão realizar exame até duas unidades curriculares, não

havendo número limite de exames a realizar nesta época para os trabalhadores-estudantes.

4. Compete à Comissão Directiva a marcação das datas dos exames.

Artigo 17º

(Admissão ao Projecto Individual)

1. Sem prejuízo da duração máxima do curso legalmente estipulada, o pedido de admissão à

preparação do Projecto Individual deverá ser formalizado até 30 dias após a conclusão da parte

curricular, com a apresentação dos seguintes documentos:

a) requerimento de admissão dirigido ao Conselho Científico, no qual deve ser

mencionado o nome do orientador e a área científica do curso;

b) tema e plano de trabalhos do Projecto Individual;

c) declaração de aceitação, por parte do orientador;

d) certidão comprovativa de aprovação nas unidades curriculares do ano anterior do curso.

2. A Comissão Directiva do Mestrado em Enfermagem examinará e informará todos os

requerimentos de admissão à preparação do Projecto Individual, no prazo de 15 dias úteis.

3. Uma vez aceite pelo Conselho Cientifico a admissão ao Projecto Individual o prazo de entrega

do mesmo é de seis meses.

4. O incumprimento do prazo definido no número anterior implica a não conclusão do Curso na

edição em causa.

43

Artigo 18º

(Orientação do Projecto Individual)

1. A preparação do Projecto Individual é orientada por um doutor ou especialista (de mérito

reconhecido pelo Conselho Científico do Instituto) da Universidade do Minho, indigitado pelo

Conselho Científico, sob proposta fundamentada da Comissão Directiva.

2. Em casos devidamente justificados, pode admitir-se a co-orientação do Projecto Individual por

dois orientadores, sendo pelo menos um deles um professor da U. M.

Artigo 19º

(Requerimento da discussão pública do Projecto Individual)

1. O Projecto Individual é objecto de discussão pública.

2. O requerimento para a realização da discussão pública do Projecto Individual é dirigido ao

Reitor, acompanhado de:

a) seis exemplares do Projecto Individual;

b) seis exemplares do curriculum vitae;

c) seis exemplares do resumo do Projecto Individual em Português e Inglês /ou Francês,

com a dimensão máxima de uma página e devidamente identificados;

d) um exemplar do Projecto Individual em CD, incluindo o resumo;

e) parecer do orientador;

f) declaração emitida pela Divisão de Pós-Graduação, comprovativa da aprovação na

parte curricular do Curso, onde constem as classificações obtidas.

Artigo 20º

(Suspensão de contagem dos prazos)

A contagem dos prazos para a entrega e para a defesa do Projecto Individual pode ser suspensa pelo

Reitor, ouvido o Conselho Científico, a requerimento dos interessados, em casos excepcionais, previstos

na lei e devidamente fundamentados.

Artigo 21º

(Júri)

1. .O júri de apreciação do Projecto Individual é nomeado pelo Reitor, sob proposta do Conselho

Científico, ouvida a Comissão Directiva do curso, no prazo de 30 dias após a respectiva entrega,

e será constituído no mínimo por:

a) um professor da área científica específica do Mestrado, pertencente à U. M.;

b) um professor da área científica específica do Mestrado, pertencente a outra

Universidade;

c) o orientador do Projecto Individual.

2. O júri pode integrar, para além dos elementos referidos no número anterior, mais dois

professores da área científica específica do Mestrado.

44

3. O júri será presidido pelo membro que, sendo professor da U. M., seja mais antigo e de categoria

mais elevada.

4. O despacho de nomeação deve ser comunicado por escrito ao candidato, no prazo de cinco dias,

sendo ainda afixado em local público da Universidade e publicado no "Boletim da U. M.”.

Artigo 22º

(Tramitação do processo)

1. O júri profere um despacho liminar, no prazo de 30 dias a contar da data do despacho de

nomeação, em que declara a aceitação do Projecto Individual ou recomenda,

fundamentadamente, a sua reformulação.

2. Verificada a situação a que se refere a parte final do número anterior, o candidato dispõe de um

prazo de 90 dias, improrrogável, durante o qual pode:

a) proceder à reformulação do Projecto Individual ou

b) declarar que o pretende manter tal como o apresentou.

3. Esgotado o prazo referido no n.º anterior e não se verificando nenhuma das hipóteses aí

previstas, considera-se ter havido desistência do candidato.

4. Recebido o Projecto Individual reformulado ou feita a declaração referida na alínea b) do nº2,

proceder-se-á, no prazo de 15 dias, à marcação da data da prova, a ter lugar no prazo de 60 dias.

Artigo 23º

(Discussão pública do Projecto Individual)

1. A discussão do Projecto Individual não pode ter lugar sem a presença dos três membros do júri.

2. A discussão do Projecto Individual não pode exceder noventa minutos e nela podem intervir

todos os membros do júri.

3. Deve ser proporcionado ao candidato tempo idêntico ao utilizado pelos membros do júri.

Artigo 24º

(Deliberação do júri)

1. Concluída a prova referida no artigo anterior, o júri reúne para a sua apreciação e deliberação

através de votação nominal fundamentada, não sendo permitidas abstenções.

2. Em caso de empate, o presidente do júri dispõe de voto de qualidade.

3. O resultado final do Projecto Individual será atribuído de acordo com os princípios de

classificação enunciado no número 4 do Artigo 15º o presente regulamento.

4. Da prova e das reuniões do júri é lavrada acta da qual constarão, obrigatoriamente, os votos

emitidos por cada um dos seus membros e a respectiva fundamentação.

5. Da deliberação do júri não haverá recurso, excepto se arguida de vício de forma.

45

Artigo 25º

(Certidões, Carta de Curso e Suplemento ao Diploma)

1. O diploma de especialização, referente ao curso de especialização, poderá ser emitido logo após

o registo, na Divisão de Pós-Graduação, da conclusão das unidades curriculares que compõem o

curso de especialização.

2. A certidão do Curso poderá ser emitida logo após o registo, na Divisão de Pós-Graduação, da

conclusão do Curso.

3. As Cartas Magistrais serão emitidas em Maio de cada ano.

4. O Suplemento ao Diploma será emitido juntamente com a Carta Magistral.

Artigo 26º

(Acompanhamento do Curso)

A Comissão Directiva do Curso, em articulação com o Conselho Científico da Escola Superior de

Enfermagem, implementará mecanismos de monitorização, quer do curso de especialização quer do

Projecto Individual.

Artigo 27º

(Órgãos de direcção e gestão)

1. A gestão do curso de Mestrado em Enfermagem área de especialização em Enfermagem de

Cuidados Paliativos é da responsabilidade conjunta da Comissão Directiva do Curso e do

Director de Curso.

2. A Comissão Directiva do Curso e o Director de Curso, no âmbito das respectivas competências,

velarão pelo cumprimento dos planos aprovados para o curso, bem como pela promoção da

qualidade do ensino ministrado.

Artigo 28º

(Constituição, reuniões e competência da Comissão Directiva)

1. A Comissão Directiva do Curso é constituída por três professores (incluindo o Director de

Curso) da área científica do curso directamente envolvidos na leccionação da componente

curricular.

2. A Comissão Directiva reunirá ordinariamente no início e no fim de cada semestre lectivo e

extraordinariamente quando convocada por iniciativa do director de curso ou a solicitação de

dois terços dos seus membros.

3. Compete à Comissão Directiva:

a) o processo de selecção dos candidatos à matrícula nos cursos;

b) assegurar a gestão corrente dos cursos;

c) promover a coordenação entre as disciplinas e seminários, estágios e outras actividades

do curso;

d) elaborar o regulamento do curso;

e) elaborar o calendário e o horário do curso;

46

f) aprovar os critérios de avaliação;

g) organizar o calendário de exames;

h) organizar um "dossier do curso” contendo os seguintes elementos: horário, programas

das disciplinas e respectiva equipa docente, sumários e folhas de presença;

i) enviar as pautas de exame devidamente preenchidas à DPG;

j) proceder ao levantamento e afectação dos recursos humanos, físicos e financeiros;

k) incentivar actividades complementares e de intercâmbio com instituições similares do

mesmo domínio científico;

l) acompanhar o desenvolvimento do curso e, a partir dos resultados da experiência,

propor eventuais correcções, em edições futuras, ao plano de estudos, ao elenco de

unidades curriculares ou à estrutura curricular;

m) elaborar proposta fundamentada para indigitação, pelo Conselho Científico, dos

professores orientadores das dissertações, tendo em conta os pareceres destes sobre a

viabilidade dos temas de dissertação e informação sobre a sua disponibilidade;

n) exercer as demais competências que lhe sejam atribuídas pelos regulamentos ou

delegadas pelo Conselho Científico.

Artigo 29º

(Director do Curso)

1. O Director de Curso será um professor coordenador ou adjunto doutorado nomeado pelo

Conselho Científico da Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho.

2. Compete ao Director do Curso:

a) representar a comissão directiva;

b) coordenar os respectivos trabalhos e presidir às reuniões;

c) despachar os assuntos correntes;

d) exercer as competências gerais que lhe forem delegadas pela Comissão Directiva.

Artigo 30º

(Casos omissos)

Os casos omissos reger-se-ão pelo Regulamento dos Cursos de Pós-Graduação da Universidade do

Minho.

Artigo 31º

(Revisão do regulamento)

O presente regulamento poderá ser revisto decorridos dois anos após a sua aprovação e entrada em vigor

ou sempre que nova reedição do curso o justifique.

Artigo32º

(Entrada em vigor)

O presente regulamento entra em vigor no ano lectivo de 2007/2008.

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Anexo 4

Condições de Candidatura e Critérios de Selecção

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Condições de Candidatura e Critérios de Selecção

1. São admitidos à candidatura à matrícula:

a) Os titulares de licenciatura, ou habilitação equivalente, em Enfermagem;

b) Os titulares de um grau académico superior estrangeiro, conferido na sequência de um

1º ciclo de estudos em Enfermagem, organizado de acordo com os princípios do

processo de Bolonha por um estado aderente a este processo;

c) Os titulares de um grau académico superior estrangeiro que seja reconhecido como

satisfazendo os objectivos do grau de licenciado em Enfermagem, pelo Conselho

Científico da Escola Superior de Enfermagem;

d) Os detentores de um currículo escolar científico ou profissional, que seja reconhecido

como atestando capacidade para a realização deste ciclo de estudos pelo Conselho

Científico da Escola Superior de Enfermagem.

2. Poderão ser admitidos, como supranumerários, candidatos que frequentaram a parte curricular de

uma edição anterior do Curso.