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ALTERAÇÕES
CIRCULATÓRIAS
Profa. Aletéia Massula Fernandes
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
A circulação do sangue e distribuição de líquidos se dá pela ação bombeadora do
coração, sendo que as artérias conduzem o sangue aos tecidos; na microcirculação
ocorrem as trocas metabólicas; as veias retornam o sangue ao coração, cabendo aos
vasos linfáticos o papel de reabsorver o excesso de líquido filtrado na microcirculação.
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
- A saúde das células e tecidos dependem de uma circulação intacta e de uma
hemostasia normal de líquidos.
- Hemostasia depende:
. integridade das paredes dos vasos
. manutenção da pressão intravascular
. osmolaridade fisiológica.
- As alterações circulatórias estão relacionadas com distúrbios que acometem a
irrigação sanguínea e o equilíbrio hídrico.
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
- Os fluídos do corpo transitam por três compartimentos: intracelular, intersticial e
intravascular. Esses compartimentos encontram-se em homeostase; quando há
rompimento desse equilíbrio, surgem alterações, que comumente podem ser
agrupadas dentro dos distúrbios circulatórios.
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
EDEMA: Refere-se a um acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial devido ao
desequilíbrio entre a pressão hidrostática e osmótica. É constituído de uma solução
aquosa de sais e proteínas do plasma e sua composição varia conforme a causa do
edema.
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
O seu retorno do interstício para o vaso se dá, principalmente, às custas da pressão
oncótica sanguínea, aumentada na porção venosa.
O líquido restante é drenado pela via linfática.
O movimento do líquido do sistema intravascular
para o interstício ocorre, em grande parte, devido
à ação da pressão hidrostática do sangue. Essa
saída do líquido do vaso se localiza na
extremidade arterial da rede vascular.
Hidrodinâmica entre os compartimentos intersticial e intravascular:
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
Pressão hidrostática sanguínea: quando essa
PRESSÃO AUMENTA, ocorre saída excessiva
de líquido do vaso, situação comum em
estados de hipertensão e drenagem venosa
defeituosa (por exemplo, em casos de varizes,
insuficiência cardíaca etc).
O desequilíbrio entre os fatores que regem essa hidrodinâmica entre interstício e meio
intravascular origina o edema.
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
Pressão oncótica sanguínea: a REDUÇÃO DA
PRESSÃO ONCÓTICA provoca o não
deslocamento do líquido do meio intersticial
para o interior do vaso. Essa variação da
pressão oncótica é determinada pela
diminuição da quantidade de protéinas
plasmáticas presentes no sangue.
O desequilíbrio entre os fatores que regem essa hidrodinâmica entre interstício e meio
intravascular origina o edema.
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
- Pressão hidrostática intersticial: se DIMINUÍDA essa força, o líquido não retorna para
o meio intravascular, acumulando-se intersticialmente.
- Pressão oncótica intersticial: um AUMENTO DA QUANTIDADE DE PROTEÍNAS no
interstício provoca o aumento de sua pressão oncótica, o que favorece a retenção de
líquido nesse local.
- Vasos linfáticos: se a função destes de drenagem dos líquidos estiver comprometida,
pode surgir o edema. Esse quadro é observado, por exemplo, em casos de obstrução
das vias linfáticas (Ex: Elefantíase).
O desequilíbrio entre os fatores que regem essa hidrodinâmica entre interstício e
meio intravascular origina o edema.
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
EDEMA
- Edema localizado: São edemas que comprometem um território do organismo ou
órgão. Resultam de distúrbios locais. Ex: Edema inflamatório.
- Edema generalizado: Acontece quando o mesmo se espalha por todo o corpo e nas
cavidades pré-formadas. Pode ocorrer também dentro do abdômen e dentro do
pulmão (edema pulmonar ou derrame pleural). Por ocasião de qualquer tipo de
edema, em qualquer localização, sua presença faz diminuir a velocidade da circulação
do sangue, assim prejudicando a nutrição e a eficiência dos tecidos.
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
EDEMA
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
HIPEREMIA
- Aumento do volume de sangue em uma região por intensificação do aporte
sanguíneo.
- A intensificação do aporte sanguíneo caracteriza a hiperemia do tipo arterial ou ativa.
O grande volume de sangue presente nesse caso provoca eritema, pulsação local e
calor.
Hiperemia arterial: órgãos em atividade,
inflamação, queimaduras, radiação, venenos.
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
CONGESTÃO
- É um processo passivo resultante de um retorno venoso deficiente. Pode ocorrer
sistematicamente, como na insuficiência cardíaca, ou pode ser local, resutante da
obstrução venosa isolada.
- O tecido tem uma coloração vermelho- azulada (cianose), particurlamente quando a
piora da congestão leva ao acúmulo de hemoglobina desoxigenada nos tecidos
afetados.
- A hiperemia venosa pode provocar edema, estase sanguínea, hiperpigmentação,
proliferação fibrosa.
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
CONGESTÃO
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
TROMBOSE
- Coagulação intravascular do sangue em um indivíduo vivo.
- Resulta de uma alteração patogênica no processo normal da coagulação sanguínea.
- Pode ser causada por uma lesão endotelial, por uma alteração no fluxo sanguíneo e
também por uma hipercoabilidade.
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
TROMBOSE
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS TROMBOSE
- Diante de uma lesão vascular, esse sistema de coagulação entra em ação a fim de
evitar o extravasamento sanguíneo.
- O aumento na intensidade de ação desse sistema, aliado à diminuição da velocidade
sanguínea, induz a formação de um tampão sólido — o trombo — anormal que, ao
mesmo tempo que exerce sua função selante, impede também o bom
funcionamento dos vasos e da circulação sanguínea.
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
TROMBOSE
- A origem da trombose é multifatorial, com vários eventos relacionados às
transformações circulatórias decorrentes de lesões vasculares.
- Modificações anatômicas da parede vascular podem originar um fluxo sanguíneo
turbulento (como, por exemplo, as placas de ateroma na ateroesclerose), levando à
periferização de plaquetas, que imediatamente aderem à parede e iniciam a
formação do trombo;
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
TROMBOSE
- Alterações da composição do sangue, como a redução da atividade fibrinolítica e
aumento da viscosidade, facilitam a formação e a manutenção da arquitetura do
trombo;
- Redução da velocidade sanguínea faz com que as plaquetas, circulantes no meio do
fluxo sanguíneo, passem para a periferia, o que facilita seu contato com a parede e,
conseqüentemente, sua adesão à ela.
ALTERAÇÕES CIRCULATÓRIAS
TROMBOSE
Classificação:
1. Quanto à composição: brancos (predomínio de plaquetas), vermelhos (predomínio de
hemácias), mistos.
2. Quanto à localização no vaso: parietais ou murais (na parede vascular ou de
cavidades) ou oclusivos (na luz do vaso).
3. Quanto ao local: arteriais (principalmente na aorta, nos membros inferiores e nas
artérias viscerais, cerebrais e coronarianas), venosos (oriundos da estase venosa), de
capilares e arteríolas e cardíacos.