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Análise do Ciclo de Vida (ACV) - Conceitos, aplicações e hipótese no Banco do Brasil

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Neste trabalho, apresentaremos a Análise do Ciclo de Vida do Produto (ACV), como uma ferramenta à disposição da organização a fim de aumentar a eficiência nos processos produtivos, estabelecer diretrizes para uma produção menos agressiva ao meio ambiente, promover soluções de reciclagem, etc. Em seguida, apresentaremos uma hipotética Análise do Ciclo de Vida do Produto relacionada a um processo estabelecimento de limite de crédito e estudo e formalização de operações de crédito para clientes pessoas jurídicas no Banco do Brasil.

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Page 1: Análise do Ciclo de Vida (ACV) - Conceitos, aplicações e hipótese no Banco do Brasil

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFCINSTITUTO UNIVERSIDADE VIRTUAL – UFC VIRTUAL

PROGRAMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB/UFCCURSO DE GRADUAÇÃO SEMIPRESENCIAL EM ADMINISTRAÇÃO

DISCIPLINA: GESTÃO AMBIENTAL

ANÁLISE DO CICLO DE VIDA (ACV): CONCEITOS, APLICAÇÕES E

HIPÓTESE NO BANCO DO BRASIL

Juazeiro do Norte(CE)Julho/2009

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFCINSTITUTO UNIVERSIDADE VIRTUAL – UFC VIRTUAL

PROGRAMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB/UFCCURSO DE GRADUAÇÃO SEMIPRESENCIAL EM ADMINISTRAÇÃO

DISCIPLINA: GESTÃO AMBIENTAL

ANÁLISE DO CICLO DE VIDA (ACV): CONCEITOS, APLICAÇÕES E

HIPÓTESE NO BANCO DO BRASIL

Juazeiro do Norte(CE)Julho/2009

Trabalho realizado e apresentado como requisito para obtenção de nota na disciplina Gestão Ambiental, ministrada pela profa.: Natália, do curso de Administração Semipresencial – UFC.

Alunos:

ANDRÉ FELIPE SILVA TORRESMICHELLE PARENTE SAMPAIO

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................................4

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS. NORMAS ISO...........................................................5

2. CONCEITO E IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DO CICLO DE VIDA DO

PRODUTO (ACV)............................................................................................................7

3. FASES DA ACV...........................................................................................................9

3.1. Definição do objetivo e escopo.......................................................................9

3.2. Análise do Inventário...................................................................................10

3.3. Análise dos impactos ambientais..................................................................11

3.4. Interpretação.................................................................................................11

4. ACV APLICADA A PROCESSO NO BANCO DO BRASIL...............................12

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................15

REFERÊNCIAS.............................................................................................................16

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INTRODUÇÃO

Neste trabalho, apresentaremos a Análise do Ciclo de Vida do Produto (ACV),

como uma ferramenta à disposição da organização a fim de aumentar a eficiência nos

processos produtivos, estabelecer diretrizes para uma produção menos agressiva ao

meio ambiente, promover soluções de reciclagem, etc. Está regulamentada nas normas

ISO 14040. A Análise do Ciclo de Vida é um instrumento que, devidamente e

corretamente implementado, servirá de suporte para a implantação de um Sistema de

Gestão Ambiental, conforme os elementos integrantes do mesmo, e para a Rotulagem

Ambiental.

Em seguida, apresentaremos uma hipotética Análise do Ciclo de Vida do

Produto relacionada a um processo estabelecimento de limite de crédito e estudo e

formalização de operações de crédito para clientes pessoas jurídicas no Banco do Brasil.

Essa ACV irá considerar as fases e recomendações relacionadas a melhorias nos

processos analisados.

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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS. NORMAS ISO.

Segundo Donaire (2008), nas últimas décadas vem ocorrendo mudanças no

ambiente em que as empresas operam. De fato, as empresas eram vistas apenas como

instituições econômicas com responsabilidades tão-somente econômicas (o que

produzir, como produzir e para quem produzir). Hoje, as organizações são vistas como

instituições que possuem papéis mais relevantes, não se restringindo ao âmbito

econômico. As organizações tem se voltado para problemas que atingem um espectro

muito mais amplo, envolvendo preocupações de caráter político social, como proteção

ao consumidor, controle da poluição, segurança e qualidade de produtos, assistência

médica e social, etc (Buchholz apud Donaire, 1989).

Entre essas mudanças, destacamos a adoção de ações de Responsabilidade

Socioambiental em inúmeras organizações. A Responsabilidade Socioambiental

pressupõe um compromisso da organização com a sociedade e a natureza, em particular

com a qual está inserida. A própria organização se reconhece dentro de um ambiente

sistêmico, e reconhece a importância estratégica dos stakeholders – partes interessadas –

adotando uma política de compromisso. Entretanto, apenas a adoção de uma política,

por exemplo, ambiental, não é garantia de uma efetiva implementação e consecução dos

objetivos a eles inerentes. É necessário uma efetiva Gestão Ambiental dentro da

organização, como disciplina científica ou departamento especializado para a

consecução dos objetivos, sejam econômicos, ou sociais ou ainda ambientais.

Ressaltamos a importância da variável ecológica no ambiente dos negócios. As

medidas de proteção ambiental não foram inventadas para impedir o desenvolvimento

econômico; ao contrário, revestem-se de oportunidade para a empresa, tanto em termos

econômicos como também junto ao ambiente externo.

Existem uma infinidade de recomendações e normas internacionais acerca da

Gestão Ambiental. Essas normas servem como balizadoras da Gestão Ambiental em

diferentes aspectos, contendo princípios e diretrizes aplicáveis, bem como

especificações técnicas, procedimentos e etapas.

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A ISO, organização normalizadora internacional, através das normas da série

ISO 14000, procura estabelecer diretrizes para a implementação de sistema de gestão

ambiental e outras atividades relacionadas à proteção do meio ambiente e à

sustentabilidade nas diversas atividades econômicas que possam afetar o meio ambiente

e para a avaliação e certificação destes sistemas, com metodologias uniformes e aceitas

internacionalmente (DONAIRE, 2008). Trata-se enfim, das normas de Qualidade

Ambiental, em consonância com a série ISO 9000, da Qualidade Total.

As normas relacionadas a série ISO 14000 estão descritas na tabela abaixo:

Conjunto de normas da série ISO 14000

ISO 14001 a 14004 Sistema de Gestão Ambiental

ISO 14010 a 14012 Auditoria Ambiental

ISO 14020 e 14021 Rotulagem Ambiental

ISO 14031 Avaliação de Desempenho Ambiental

ISO 14040 a 14043 Análise do Ciclo de Vida

ISO 14050 Termos e Definições

Fonte: Teresa M. Mata e Carlos A.V. Costa

Nos próximos tópicos, apresentaremos o conceito e as premissas da ACV, bem

como a descrição de suas fases. O entendimento das fases da ACV contribui para a

compreensão de todo o processo, bem como sua interligação com as demais

certificações da ISO. Em seguida, apresentamos um hipotético estudo de ACV aplicado

a um processo no Banco do Brasil, a saber, estabelecimento de limite de crédito e

estudo e formalização de operações.

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2. CONCEITO E IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DO CICLO DE VIDA DO

PRODUTO (ACV)

Segundo a ABNT/CB-38, por meio de norma equivalente a ISO 14040, a

Análise do Ciclo de Vida do Produto (ACV):

“é uma técnica para avaliar aspectos ambientais e impactos

potenciais associados a um produto mediante:

- a compilação de um inventário de entradas e saídas

pertinentes de um sistema de produto;

- a avaliação dos impactos ambientais potenciais associados a

essas entradas e saídas;

- a interpretação dos resultados das fases de análise de

inventário e de avaliação de impactos em relação aos objetivos

dos estudos.”

Logo, a ACV é uma metodologia que permite às organizações desenvolverem

Sistemas de Gestão Ambiental mais eficientes, apesar de não ser pré-requisito segundo

a norma ISO. De fato, um planejamento e uma implementação de Gestão Ambiental

deve ser precedida de uma rigorosa análise dos impactos ambientais associados a um

produto ou a um processo. Após a análise, torna-se efetiva a adoção de ações que

minimizem os impactos ambientais.

Ainda segundo a norma:

“A ACV estuda os aspectos ambientais e os impactos

potenciais ao longo da vida de um produto (isto é, do “berço ao

túmulo”), desde a aquisição da matéria-prima, passando por

produção, uso e descarte. As categorias gerais de impactos

ambientais que necessitam ser consideradas incluem o uso de

recursos, a saúde humana e as conseqüências ecológicas.”

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A ACV é uma ferramenta importante porque resolve um problema recorrente,

que é a comparação das conseqüências ambientais de produtos ou processos distintos.

Para esta comparação ser mais rigorosa, torna-se mister estabelecer critérios de

comparação, entre os produtos, e a exigência de se abordar o caminho “trilhado” pelo

produto ou processo, em relação ao consumo de recursos naturais, impacto sobre a

saúde humana e à ecologia. Todas as fases da vida de um produto devem ser

consideradas, da produção, uso, re-uso, descarte e até reciclagem.

Destacamos que estamos denominando “Análise do Ciclo de Vida”, sendo a

denominação mais recorrente a “Avaliação do Ciclo de Vida”. Em nosso entender,

ambos são procedimentos distintos, mais se complementam, por serem dependentes. De

fato, a análise é o procedimento preliminar. É a Análise que toma o todo em partes, ou

seja, visualiza todas as fases do ciclo de vida do produto. A Avaliação é o procedimento

posterior; pressupõe uma comparação com um critério ou padrão desejado. Assim

sendo, correto seria a metodologia de Análise e Avaliação do Ciclo de Vida do produto

(AACV). Ressaltamos que as denominações são utilizadas indistintamente na literatura

e na Administração como sinônimas, ou seja, referem-se à mesma técnica ou

metodologia.

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3. FASES DA ACV

A ordem de trabalhos para o método de ACV compreende as fases de definição

do objetivo e do âmbito, da análise do inventário, da análise dos impactos ambientais e

de interpretação (MATA; COSTA, 1997). Podemos esquematizá-los, conforme a figura

abaixo – as linhas cheias indicam as ordens das fases, e as tracejadas indicam as

interações entre as mesmas.

Fonte: (BERLIN apud XAVIER; PIRES, 2004)

3.1. Definição do objetivo e escopo

Na definição do objetivo deve especificar-se a aplicação pretendida, incluindo as

razões para a elaboração do estudo e quem serão comunicados os resultados do estudo

(MATA; COSTA, 1997).

Esta fase é a fase de planejamento. Nela são determinados os objetivos,o(s)

público(s)-alvo (interessados), os recursos necessários e os participantes do estudo. A

definição do escopo envolve a descrição do produto a ser pesquisado e de possíveis

produtos alternativos. (XAVIER; PIRES, 2004).

Nesta fase, ainda são desenvolvidas as seguintes atividades:

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Delimitação da pesquisa (geográfica, temporal, processos analisados, unidade

funcional, tecnologia, nível de detalhe da análise, etc.);

Escolha das categorias e dos parâmetros ambientais que serão analisados;

Definição da estratégia de coleta de informação.

Fundamental é o estabelecimento do objetivo do estudo conforme aplicações

diversas, como desenvolvimento e melhoria de produtos, planejamento estratégico,

políticas públicas, ações de marketing e outros.

Segundo Xavier & Pires, definir o âmbito (escopo) consiste em estabelecer os

limites e a abrangência do estudo, de forma a identificar para quais produtos e processos

unitários os dados serão coletados, bem como a localização geográfica e o nível

tecnológico desses processos.

Enfim, a definição dos objetivos é um norte para a elaboração do estudo,

contendo a delimitação da pesquisa correlacionando-a com prováveis aplicações. A

definição do âmbito é o estabelecimento da abrangência do estudo com relação às

unidades.

3.2. Análise do Inventário

Esta fase envolve a coleta de dados, bem como procedimentos de cálculo para

quantificar as entradas e saídas de um sistema, passíveis ou de relevância ambiental.

Segundo Xavier & Pires:

“O resultado desses cálculos é uma longa lista de

intervenções ambientais para cada sistema de produção. Essas

listas podem ser comparadas. Em alguns casos, elas são

suficientes para identificar os sistemas de produção com baixos

impactos ambientais. No entanto, é mais comum que um

sistema de produção tenha um impacto ambiental mais baixo

para determinadas intervenções, enquanto outro sistema

obtenha melhores resultados em outras.”

(XAVIER; PIRES, 2004 p. 324)

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Nesta fase, faz-se uma coleta sistemática dos recursos despendidos na etapa do

ciclo de vida do produto ou processo considerado. Esses dados, evidentemente, podem

ser comparados a um dado padrão. Esta fase é importante e pré-requisito para a seguir.

3.3. Análise dos impactos ambientais

Esta fase agrupa as intervenções ambientais verificadas e coletadas na etapa do

ciclo do produto considerado, convertendo em impactos ambientais potenciais.

Importante é, nesta fase, atribuição de pesos, de forma a considerar impactos de

pequena monta ou os potencialmente prejudiciais ao meio-ambiente, considerando,

como já vimos, recursos naturais, saúde humana e ecologia.

3.4. Interpretação

A interpretação dos resultados de ACV (ISO 14043) é uma das etapas mais

sensíveis, pois as hipóteses estabelecidas durante as fases anteriores, assim como as

adaptações que podem ter ocorrido em função de ajustes necessários, podem afetar o

resultado final do estudo. Disp. em http://acv.ibict.br/fases/fases4.htm/document_view.

Segundo Mata & Costa:

“A fase de interpretação é um procedimento sistemático para

identificar, qualificar, verificar, avaliar, estruturar e conferir

confiança à informação contida nos resultados de análise de

inventário e/ou da avaliação de impactos ambientais,

apresentando-as de modo a satisfazerem o objetivo e o âmbito

do estudo.” (MATA; COSTA, 1997).

Freqüentemente, a conclusão consiste em uma ou mais recomendações para

melhorias, ou substituição de determinado produto. Deve ser um relatório

compreensível e útil para a tomada de decisão, e deve ser confrontado com as possíveis

aplicações objetivadas na primeira fase do estudo.

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4. ACV APLICADA A PROCESSO DE ESTABELECIMENTO DE LIMITE DE

CRÉDITO PARA PESSOAS JURÍDICAS NO BANCO DO BRASIL

Nesta parte do trabalho, iremos apresentar uma hipotética Análise do Ciclo de

Vida do processo de estabelecimento de limite de crédito e estudo e formalização de

operações de crédito para clientes pessoas jurídicas, situada no âmbito do Banco do

Brasil.

O Banco do Brasil, como instituição financeira, não produz produtos tangíveis,

que demandem matérias-primas e outros recursos. Desta forma, dá uma impressão

errônea que a organização não precise de realizar ACV para em seguida implantar um

eficiente sistema de Gestão Ambiental. Cabe destacar que a organização é um grande

conglomerado, com mais de 5.000 agências no país e no exterior; é uma empresa que

demanda muitos serviços, das mais diversas qualidades, como energia, logística,

segurança, bem como material de escritório, notadamente papéis, tintas e plásticos.

Todos esses serviços e produtos agregados geram custos para a organização, bem como

são imprescindíveis para o esforço de vendas dos produtos financeiros; evidentemente,

além de custos para a organização, todos esses produtos geram impactos ambientais seja

em função de seu processo produtivo, das matérias-primas que consome ou devido ao

seu uso e disposição final (CHEHEBE apud BARBOSA JR. e outros, 2007).

No Banco do Brasil, cada produto financeiro demanda um processo para ser,

enfim, disponibilizado ao cliente. Por exemplo, para uma operação de crédito para

pessoas jurídicas ser concretizada, exige o esforço de visitas ao cliente, recursos

tecnológicos, energia, pessoal, documentos, consultas aos órgão de proteção ao crédito,

remessa de documentos ao centro de Cadastro/Operações, materiais disponibilizados, e

outras ações. Uma análise de um processo, em todo o ciclo de vida, é importante para se

avaliar e mensurar os impactos ambientais potencialmente associados, bem como

realizar novas aplicações, objetivando melhorias, ações de marketing, planejamentos,

etc.

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O estabelecimento de limite de crédito e estudo e formalizações de operações

para pessoas jurídicas é um processo peculiar no Banco. De fato, para início do

processo, a empresa deve ter se tornado cliente do Banco, através de abertura de conta-

corrente. Este é outro processo específico, que demanda ações e produtos para

consecução. Objetivando uma ACV do limite de crédito e operações, temos:

Âmbito e Objetivos: Nesta fase, delimitar-se-á o processo, dentro de parâmetros bem

definidos, e relacionar-se-ão objetivos. Por exemplo, a ACV será direcionada para o

processo de estabelecimento de limite de crédito e para estudo e formalizações de

operações de uma agência em Juazeiro-CE que faça remessa de documentos ao Centro

de Suporte Operacional do Banco de clientes pessoas jurídicas com faturamento até R$

500.000,00 anuais... Os objetivos são de relacionar os impactos ambientais associados,

bem como prover melhorias através da comparação com critérios, que podem ser outros

processos ou os custos suportados por concorrentes.

Análise de Inventário: Nesta fase serão coletados os dados do ciclo. Exemplo: no

início do processo, são requeridos material tecnológico e energia – por conta do uso do

computador e outros materiais. Envolvem-se papéis diversos, como cartas-remessas,

check-lists, documentos que comprovem o faturamento, declarações, etc. No meio do

ciclo, há a remessa de documentos e informações para o Centro de Suporte Operacional,

que fica em Recife-PE. Logo, há demanda de transporte, terrestre e aéreo. Demanda de

combustíveis; riscos associados. No final do ciclo, são envolvidos materiais de

escritório, em proporções ainda maiores, informações por meio tecnológico, e até

devolução da remessa por inconsistências, gerando nova remessa de documentos e

reinício do ciclo.

Análise dos Impactos Ambientais: No início do processo, há um grande consumo de

recursos energéticos, principalmente a elétrica. Há perda e desperdício de produtos,

como o papel – que demanda desmatamentos. No meio do ciclo, existe consumo de

energia proveniente de materiais fósseis – petróleo. Isso está em consonância com o

aquecimento global. Há também incômodos para as pessoas, pois o avião faz muito

barulho, e riscos associados a acidentes, notadamente o transporte terrestre, que é feito

por automóvel. No final do ciclo, há um misto dos impactos relacionados no início e

meio do ciclo.

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Interpretação/Recomendações: Para este processo, seria interessante a adoção da

digitalização ou remessas eletrônicas. Esse novo processo faria com que a remessa se

desse por meio eletrônico, reduzindo ou dispensando o uso de papéis. Não haveria mais

necessidade de transporte, minimizando por completo os impactos ambientais a ele

associados. Haveria também minimização de riscos de acidentes e melhoria no bem-

estar das pessoas, no que se refere à saúde ocupacional.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Abordamos o conceito de ACV – Análise/Avaliação do Ciclo de Vida do

Produto. Define-se como uma metodologia, uma técnica que permite identificar o ciclo

de vida de um produto ou processo, no que se refere à produção, recursos aplicados,

matéria-prima, uso, re-uso e descarte. Esta identificação permite a mensuração dos

impactos ambientais associados a cada etapa do ciclo. Por fim, é feita a interpretação

dos resultados, de forma que haja aplicações diversas, e minimização dos impactos

relacionados ao consumo de recursos naturais, à saúde humana e à ecologia.

A ACV é técnica mundialmente conhecida, e normatizada dentro da série ISO

14000 – Normas de Qualidade Ambiental.

Foi abordada uma hipotética ACV relacionada ao processo de estabelecimento

de limite de crédito e para estudo e formalizações de operações para pessoas jurídicas

no Banco do Brasil. Ressaltamos que a empresa não aplica institucionalmente a

metodologia conforme a norma ISO 14040.

Ressaltamos a importância da ferramenta, pois ajuda a planejar um Sistema de

Gestão Ambiental ainda mais eficiente, vindo ao encontro das organizações que se

preocupam com o meio ambiente.

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REFERÊNCIAS

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR

ISO 14040: Gestão ambiental - Avaliação do ciclo de vida - Princípios e estrutura. Rio

de Janeiro, 2001. 10 p.

AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA. Avaliação do Ciclo de Vida. Disponível em

http://acv.ibict.br/. Acesso em 21/07/2009.

BARBOSA JR, A.F; MORAIS, R.M e outros. Conceitos e Aplicações de ACV

no Brasil. XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Foz do Iguaçu, 2007.

DONAIRE, Denis. Gestão Ambiental na Empresa. São Paulo, Atlas, 2008.

MATA, T.M.; COSTA, C.A.V. Norma ISO 14040 – Metodologia de análise

de ciclo-de-vida. Porto – Portugal, 1997.

WIKIPÉDIA. Análise do ciclo de vida. Disponível em

http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_do_ciclo_de_vida. Acesso em

21/07/2009.

XAVIER, J.H.V.; PIRES, A.C. Uso Potencial da Metodologia de Análise de

Ciclo de Vida (ACV) para a caracterização de impactos ambientais na agricultura.

Brasília, 2004.