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Anamnese
Dr. Ivan Paredes
A anamnese, o procedimento mais sofisticado da medic ina , uma tcn ica de inves t igao extraordinria, pois em pouqussimas outras formas de pesquisa o objeto de estudo fala. ! ! ! ! Alvan Feinstein (1926-2001)
Objetivos
1. Saber utilizar a anamnese como ferramenta mdica principal na coleta de dados clnicos.
2. Entender como se processa uma anamnese3. Saber os elementos envolvidos, os tipos de
perguntas e a seqncia de perguntas na histria clnica.
4.Salientar como o mdico se deve comportar quando coleta os dados clnicos.
O QUE SIGNIFICA ANAMNESE?!Anamnese vem do grego ana, que significa trazer de novo ou trazer de volta e mnesis, que significa memria. Em outras palavras, uma entrevista que busca relembrar todos os fatos que se relacionam com a doena e pessoa doente. ! Entrevistar uma habilidade adquirida. Algumas pessoas conversam mais facilmente do que outras, mas uma entrevista mdica no s conversao e sim uma metdica conversao. A seguir vamos apresentar como este mtodo funciona.
VERDADE QUE A ANAMNESE A ETAPA MAIS IMPORTANTE DO EXAME CLNICO?! Nos ltimos tempos observamos cada vez mais que os mdicos conversam cada vez menos com seus pacientes. No entanto, 60% dos diagnsticos so feitos pela anamnese, 30% pelo exame f s i co e 10% pe los exames complementares. Este paradoxo provavelmente ocorre porque de forma errnea, acha-se que os exames complementares resolvero os problemas de comunicao entre o mdico e o paciente, mas este tipo de prtica, alm de ser pouco humanizada, desencadeia um desgaste muito
grande do paciente, pois no incomum que quanto mais exames um paciente realize, mais chances de resultados falsos positivos ocorram, aumentando as expectativas do paciente e no raramente provocando at mesmo doenas psquicas ou orgnicas no mesmo. Portanto, valorize a anamnese, aqui se comea a construir a relao mdico-paciente. A anamnese no cara, mas laboriosa. Se bem feita, voc ganhar tempo nas prximas etapas mdicas.
O QUE DEVO FAZER PARA REALIZAR UMA BOA ANAMNESE?
Em primeiro lugar, seja observador e saiba que voc tambm est sendo observado. A observao parte valiosa de qualquer entrevista mdica. Esta feita ao longo de toda a entrevista. Dificuldades motoras ou dificuldades de marcha, por exemplo, podem traduzir seqelas de cirurgias, acidentes vasculares enceflicos, doenas neurolgicas degenerativas. J dificuldades na linguagem, memria e orientao podem traduzir demncia. Por outro lado, se o paciente mostrar mal estar ou incmodo , poder e s ta r pa s sando uma mensagem de dor, angstia ou ansiedade. Ou seja, mesmo que ainda no se tenha dado incio entrevista, ou esta j esteja acontecendo, pistas diagnsticas podem surgir pelo simples fato de obser var o pac iente , i s to f ac i l i t a r a in terpretao dos dados co le tados e provavelmente encurtar o caminho para o diagnstico.
! A observao, no entanto recproca. O paciente tambm o estar observando, portanto tenha uma postura apropriada frente ao paciente, isto tambm conhecido como comunicao no verbal.
! Em qua lquer comunicao ent re ind iv duos , uma grande quant idade de informaes passada de forma no verbal. Consciente e inconscientemente recebemos e enviamos mensagens atravs de linguagem corporal. Sentimentos e propsitos so melhor transmitidos por expresso facial e postura. Ansiedade, tdio, ira, depresso e medo so emoes gera lmente comunicada s por mensagens no verbais. Podemos desenvolver conscincia para perceber e interpretar adequadamente g rande quant idade de
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1 ANAMNESE
informaes. necessrio estar alerta para captarmos expresses ou linguagem corporal que transmitam mensagens diferentes daquela que est sendo verbalizada. Vejamos como podemos auxiliar a comunicao com os pacientes nos diferentes setores, sem que voc ou o paciente falem uma palavra:
a) Postura: A comunicao mais fcil quando estamos sentados ou em p confortavelmente, no tensos, e sentados na ponta da cadeira. No devemos cruzar os braos cerrar os punhos ou cobrir parte da face com as mos. No demonstre pressa, no fique olhando no relgio. Nunca mostre impacincia. Quando possvel, situar-se no mesmo plano do paciente, a uma distancia culturalmente aceitvel e no ter luz direta atrs do paciente ou de voc.b) Aparncia Geral: Um avental mdico pode ou no auxiliar a comunicao. Considere o impacto de outros smbolos mdicos como: estetoscpio, martelo de reflexos.c) Expresso Facial: Manter o contato visual tanto quanto possvel. Observar os olhos do paciente e as expresses faciais do mesmo de acordo com a progresso da entrevista.d) Ambiente: Distraes com rudos, rdio, TV, telefones e celulares, limitam a comunicao. Solicite ao paciente que diminua o volume do som, desligue o celular. A privacidade essencial.
Faa as perguntas certas. Os diferentes tipos de perguntas tem por finalidade extrair do paciente informaes claras sobre suas queixas de forma a facilitar o raciocnio clnico para o diagnstico. So geralmente 5 os tipos de perguntas:
Abertas Focadas (ou semi-abertas) Fechadas Dirigidas CompostasPerguntas abertas: So as que devem iniciar a conversa. So perguntas com ampla liberdade de resposta. Na avaliao do problema atual, a abertura dever ser feita com perguntas do tipo Qual o motivo de sua consulta? Em que posso ajud-lo? Fale-me sobre sua doena O que o trouxe consulta? Por qu est no hospital?
Perguntas focadas: O entrevistador define a rea a ser questionada, mas deixa considervel liberdade de resposta. Ex.: descreva a sua dor torcica Neste caso voc definiu duas reas: um sintoma a dor e uma regio o trax. Perguntas focadas tambm podem incluir reas que no so sintomas, como por exemplo, que voc faz para viver?
Perguntas fechadas: So aquelas que podem ser respondidas por um sim ou no, ou um nmero, como idade, nmero de filhos, vezes ao dia, etc. A quantidade de informao pequena, mas pode ser importante. Ex. At quanto chegou sua presso arterial?
Perguntas dirigidas: Devem ser evitadas por serem indutoras da resposta: Voc est se sentindo melhor, hoje, no est? Voc emagreceu, no emagreceu?.
Perguntas compostas: Constituem erro comum nas entrevistas mdicas. Ocorrem quando duas ou mais perguntas so feitas sem dar tempo ao paciente para que responda a primeira delas. Conte-me sobre sua dor no peito, se voc fuma e se algum membro de sua famlia j teve alguma doena significativa
!! O diagrama abaixo revela a quantidade de informaes obtidas com os diferentes tipos de perguntas:
!! Certamente a maior parte das informaes vir das perguntas abertas, de maneira que procure iniciar a entrevista com perguntas abertas, utilizando a seguir as perguntas focadas e por fim as perguntas fechadas. Com estes tipos de perguntas podem ser realizadas entrevistas mdicas abrangendo qualquer rea mdica. No entanto, nos casos de pacientes prolixos, com respostas vagas e confusas, as perguntas mais focadas ou fechadas podem trazer maiores
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informaes.
!! Por outro lado, no caso de pacientes crticos ou agudamente enfermos, onde as tomadas de decises devem ser rpidas, as perguntas dirigidas podem ter seu lugar.
Escute com ateno e motive o paciente a contar sua histria. A habilidade de escutar to importante como a de perguntar e difcil de apreender. Boas tcnicas de escuta levam o paciente a saber que voc escutou o que ele disse e o que ele queria dizer, bem como permitem que o paciente corrija ou complemente sua percepo sobre um sintoma, por isso, estas tcnicas tambm so conhecidas como facilitadores da anamnese e so explicadas a seguir:
Confirmao: Quando a mensagem simples e direta, a confirmao leva o paciente, a saber, que voc o ouve e, sua resposta, o encoraja para prosseguir. Ex: eu entendo, tudo certo, a ha ( como voc estivesse dizendo prossiga...)
Empatia: Durante a entrevista o entrevistador pode, por vezes, perceber algo de importncia emocional para o paciente. O paciente se sentir reconfortado se voc identifica esta situao. Ex: Paciente: ... eu no sabia o que pensar esta manh. Ao acordar no sentia meu brao d i re i to . . . . Mdico : i s to deve ter s ido atemorizante para voc...
Sumrio: frequentemente de muita valia para o entrevistador fazer breves sumrios do relato. Isto especialmente til quando o relato do paciente for muito extenso, confuso ou desconexo (o sumrio pode demonstrar que voc captou os eventos e inter-relaes importantes da histria) e quando voc acredita ter investigado suficientemente um tpico (o sumrio permite voc mudar confortavelmente para outra rea).
!! Os sumrios transmitem ao paciente o interesse acurado que voc demonstra dos eventos relatados. Por outro lado, cuidado com sumrios mal feitos, pois estes dizem ao paciente que voc no escutou cuidadosamente a histria dele.
Confrontao: Significa fazer observaes que implicam que foram reconhecidas discrepncias. Ex: voc disse que sua famlia muito unida, mas at agora no me contou nada acerca dos filhos ou ento voc disse que gostava de seu trabalho, mas parece desanimado quando fala
sobre o mesmo
Parafraseando: Significa repetir ao paciente algo que ele j havia dito, de forma direta e abreviada: exemplo: Paciente: para lhe falar a verdade, doutor, no estou nada bem Mdico: no est nada bem? (redeclarao) ou ento refazer a frase do relato do paciente com suas prprias palavras: Paciente: tenho tido muitos resfriados ultimamente; parece que estou sempre com o nariz obstrudo e espirrando Mdico: isto leva a pensar que voc tem uma alergia (interpretao).
!! Ao paciente significa que voc entendeu o que ele disse. A redeclarao tambm til quando o paciente conta histria muito prolongada, complicada ou divaga demais, pois permite reconduzir a entrevista em determinada direo sem provocar quebra de continuidade. Os pacientes quase que invariavelmente respondem redeclarao de suas palavras, promovendo elaboraes nos pontos que voc deseja esclarecer.
Silncio: uma das habilidades mais valiosas de escuta, porm, uma das mais difceis de apreender, especialmente se voc est inseguro. Existir uma compulso para interromper e ajudar o paciente. s vezes o paciente diz algo difcil de acreditar, por motivos variados, que podem incluir a necessidade de contrariar ou desafiar ou confrontar o entrevistador; um certo perodo de silncio contemplativo de sua parte permitir que o paciente reorganize ou modifique seu pronunciamento; isto no fcil de ser conseguido. ex.: o paciente diz que recentemente o irmo faleceu de infarto e comea a chorar. O mdico ento lhe oferece um leno e fica em silncio... O paciente por sua vez ter um tempo para se recompor.
!! Como voc pode presumir, os facilitadores de conversa ou facilitadores de anamnese podero ser utilizados em qualquer parte da anamnese, desde que como o prprio nome diz, facilite a conversao com paciente estimulando-o a contar a histria com o mnimo de interferncia do entrevistador.
Facilitadores Facilitadores
1. Confirmao2. Sumrio3. Confronto
4.Parafraseando5. Silncio
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Registre de forma adequada a histria clnica. A informao deve ser organizada e anotada de maneira que esteja disponvel tanto agora como para o futuro. As anotaes mdicas devem ser ordenadas, claras, concisas, acuradas e completas, como uma histria qualquer, ou seja, com comeo, meio e fim, para que qualquer outro membro da equipe mdica ou voc mesmo, em outra ocasio, possam entender o que se passa e dar cont inuidade ao rac ioc n io construdo na consulta ou atendimento anterior.
!! As entrevistas tero diferentes metas. Para um problema simples e direto como no caso de um ferimento, seja breve e direto, j para uma avaliao completa ou problema complexo, seja mais abrangente. O tempo, local e circunstancias que ditaro quo completa a entrevista dever ser.
QUAL A SEQNCIA DE PERGUNTAS QUE DEVO FAZER?
! ! Bem, existe uma seqncia mundialmente conhecida de fazer entrevistas mdicas, mas antes de comear no se esquea dos prembulos iniciais como cumprimentar o paciente: bom dia Sr... Apresente-se: eu sou..., estudante de medicina.... Diga o porqu da entrevista: estou aprendendo a fazer entrevistas mdicas.... Diga quanto de tempo vai gastar na entrevista: 20-30min. Pea permisso: est bem para o senhor?.! ! Ao comear, escreva a data e hora da anamnese. Escreva tambm a fonte de referncia, se pertinente (colega, hospital, internamentos recentes com evoluo cl nica e exames complementares, etc.). Tambm til deixar registrado se a fonte foi outra pessoa que no o prprio paciente (pai, me, amigo, irmo, etc.) e se esta fonte ou no confivel. Normalmente quando no se registra a confiabilidade, significa que a fonte confivel. ! Agora sim, vamos ver ento qual a seqncia de perguntas que devo realizar:
Identificao: Como o prprio nome diz, aqui se tenta identificar o paciente de maneira ampla no s a respeito do seu nome, idade e sexo, mas tambm a sua cor, naturalidade, estado civil, residncia, religio e profisso. Para lembrar de todas as perguntas nesta fase da anamnese, utilize a palavra mnemnica NISC NERRP.
! Os dados de identificao muitas vezes podem vir j preenchidos, por uma secretria por exemplo, por outro lado em algumas situaes nem todos os dados podem interessar, mas importante treinar a coleta de todas as informaes, pois existiro situaes clnicas que sero relevantes informaes como profisso (como no caso de uma mulher com dor no joelho e que diarista) ou religio (como no caso de um paciente necess i te de transfuso e se ja Testemunha de Jeov). ! Os dados de identificao tambm sero teis no raciocnio clnico, assim por exemplo, imaginem a seguinte situao: um paciente de 19 anos com ictercia e outro com 79 com ictercia. A probabilidade do primeiro ter hepatite e do segundo um ter um tumor de cabea de pncreas so altas somente considerando-se o fator idade. Assim por diante poderamos discorrer sobre inmeros exemplos como esse, porm no esse nosso objetivo neste roteiro de estudo.
Queixa principal: aqui que tudo comea. o momento que o paciente comea a relatar o real motivo de ter procurado o mdico. O mdico por sua vez, tenta definir melhor com o paciente se a queixa que relata de fato a queixa mais relevante. Ao escrev-la no pronturio, utilize as palavras do paciente e coloque a queixa entre aspas. Sempre comece com uma pergunta aberta (mdico: Qual o motivo de sua vinda? Paciente: Estou com dor de barriga).
Histria mrbida atual (HMA): Na verdade esta etapa uma seqncia da anterior. Aqui se d incio o raciocnio clnico e portanto uma verdadeira perseguio ao diagnstico. Como o prprio nome diz, a histria da molstia atual, ou seja, a histria da queixa principal. A partir de aqui em diante as palavras a serem escritas no pronturio mdico devem ser palavras tcnicas (voc encontrar um glossrio de termos cientficos no final deste captulo na parte de leitura complementar). ! Utilize ainda as perguntas abertas, mas a medida que se progride no raciocnio, estas podero ser focadas e fechadas. Como fizemos com a identificao, sugerimos a utilizao de um mnemnico para que se possa lembrar dos atributos de um sintoma: ILICIDAS (Incio do sintoma, sua localizao, intensidade, carter, irradiao, durao, alvio/piora e sintomas associados) para lembrar das perguntas que
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devem ser feitas nesta etapa da anamnese. Inicialmente este mnemnico foi usado para explorar o sintoma dor, porm ele pode ser emprestado para qualquer outro sintoma. Quando no seja possvel encaixar uma pergunta em algum determinado sintoma, simplesmente pule a etapa, assim por exemplo, se o paciente se queixa sobre edema, no ser possvel perguntar sobre a irradiao do edema, ento no pergunte isto. De uma maneira geral, no entanto, voc aproveitar bem este mnemnico para a maioria dos sintomas.! Seja claro e objetivo, dispondo os eventos em ordem cronolgica. Dados negativos t ambm podem ser s i gn i f i ca t i vos . Os medicamentos que o paciente utiliza para aliviar a queixa devem ser arrolados aqui, j os de uso crnico por outras doenas podem ser colocados na histria mrbida pregressa ou em um item aparte sob ttulo medicamentos. ! Nesta etapa da anamnese, podem ser usados os diferentes facilitadores de conversa com o intuito de fazer o paciente falar dos seus sintomas com o mnimo de interferncia do mdico. Esta parte da anamnese tambm a parte mais importante dela, pois aqui se imaginam as hipteses diagnsticas, as quais j comeam a ser testadas aqui mesmo, bem como no restante da anamnese. A este processo de testar, confirmar ou afastar as hipteses diagnsticas, se lhe denomina de processo hipottico-dedutivo. ! Aqui tambm buscamos o estmulo iatrotrpico que consiste em saber o porque o paciente est procurando atendimento mdico exatamente agora e no antes (dias, semanas, meses ou mesmo anos antes?). Isto pode determinar a gravidade da doena, se aguda ou crnica, se sbita ou arrastada, etc.
Sumrio: opcional. Nada mais do que um resumo do que foi dito at agora na molstia atual (embora possa ser feito em qualquer parte da anamnese). importante as vezes para organizar o raciocnio e principalmente colocar em ordem as coisas, por exemplo, quando o paciente refere muitas informaes, ou nos casos de pacientes prolixos, onde acaba sendo um facilitador de conversa, j que com o sumrio se tenta trazer de volta o paciente para o foco do problema.
! A partir daqui em diante a histria centrada no mdico e as perguntas tendero a ser mais focadas e fechadas.
Histria mrbida pregressa (HMP): So informaes prvias sobre as doenas que podem dar pistas diagnsticas sobre a queixa do paciente. O mnemnico aqui DOIDAMT. Doenas da infncia, operaes, internamentos, doenas anteriores, alergias, medicamentos transfuses. Assim por exemplo, se o paciente vem consulta em decorrncia de uma dor abdominal alta e sbita e na histria pregressa relata que possui mltiplo pequenos clculos na vescula bi l iar, ento uma possibi l idade diagnstica dever ser a pancreatite aguda.
Histria mrbida familiar (HMF): Aqui o que interessa a expresso gentica de determinada doena, principalmente envolvendo os parentes de primeiro grau. Assim por exemplo se um paciente vem consulta em decorrncia de dor torcica sbita sendo que o pai do mesmo faleceu de infarto com 45 anos, ter maior relevncia do que um outro paciente com o mesmo quadro clnico e que no tem histria familiar de doena coronariana.
Condies e hbitos de vida (CHV): Aqui voc ter oportunidade para saber mais do paciente quanto a seu estilo de vida e se isto tem relevncia na sua queixa principal. Lembre que todas as etapas da anamnese tem por objetivo perseguir o diagnstico e aqui no diferente. Use a palavra MAFATES para lembrar de quais so as perguntas chaves nesta etapa da entrevista mdica. Moradia, lcool, fumo, alimentao, epidemiologia e histria sexual.! Aqui tambm no vamos nos prolongar nas expl icaes , mas d para desconf iar da importncia desta etapa da anamnese por exemplo quando um paciente refere na queixa principal que est com tosse e na histria do hbitos de vida refere ser tabagista de 2 maos de cigarros ao dia h 20 anos. Logicamente que a relao causa-efeito desta associao deve ser lembrada em doenas como bronquite crnica, enfisema e cncer de pulmo.! Temas difceis como lcool, drogas, depresso , tentat iva de su ic d io , abuso domstico, prticas sexuais, doenas sexualmente transmissveis so de difcil abordagem na
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primeira visita e talvez possam ser efetivamente abordados apenas nas consultas subseqentes, aps ter se firmado uma melhor relao mdico-paciente.! De qua lquer mane i ra , ex i s te um questionrio que desde a dcada de setenta tem funcionado bem para abordar um paciente com alcoolismo . Considera-se o paciente como portador de alcoolismo quando 2 ou mais pergunta s so pos i t i va s . Chama - se de questionrio de CAGE (Cut; Annoyed; Guilty; Eye Openned) que traduzindo ao portugus ficaria mais ou menos assim:O Sr. j teve necessidade de cortar o uso do lcool?Algum da famlia j se sentiu aborrecido porque o Sr. estava bebendo?O Sr. j se sentiu culpado por estar bebendo?O Sr. j teve necessidade de acordar pela manh e j beber para se sentir melhor?
Perfil psicossocial (PPS): O perfil do paciente uma afirmao dele como indivduo e como sua vida. Queremos saber acerca de seus antecedentes, sua famlia, emprego, seus problemas e habilidades para lidar com os mesmos. Um mdico generalista trata a pessoa inteira e no apenas regies isoladas do corpo do paciente. essencial obter informaes concernentes aos aspectos sociais, econmicos, emocionais e ocupacionais da vida do paciente. Lembre da palavra FRETSPI para saber o que perguntar nesta parte da histria mdica. Famlia, rotinas, estudo, trabalho, situao financeira, pontos de apoio e interpretao da doena. !! A obteno do perfi l do paciente elemento importante da histria mdica e poder ser obtido sem grande vocabulrio mdico ou extenso conhecimento de doenas. um bom momento de fazer empatia e conquistar a confiana do paciente. a seguir vamos ver alguns itens importantes das condies e hbitos de vida.
Famlia: importante determinar a estrutura familiar do paciente. Indicar a posio do paciente na famlia como pai, me, criana dependente, etc. Uma pergunta aberta poderia ser: voc mora com a famlia?, se a resposta for positiva, segue: poderia me contar algo sobre eles?. Pode ser importante saber a quem o
paciente confidencia na famlia, e se os membros da famlia so conforto e apoio ou fonte de problemas. Igualmente importante poder ser a pergunta como ir esta doena afetar a vida familiar?.
Educao: Para evitar embaraos, pergunte ao pac iente adu l to que e sco la r idade ou treinamentos teve. Esta informao fornece uma perspectiva do interesse do paciente e provveis opes de vida.
Ocupaes passadas e presentes: Ao perguntar ao paciente que tipo de atividade exerce importante questionar seu grau de satisfao com o emprego, a segurana que ele sente e seus objetivos. Durao da jornada, condies do local de trabalho, acesso a servios mdicos e estabilidade no emprego podem ser fatores importantes. Decises em relao teraputica, durao do internamento e seguimento futuro so freqentemente influenciadas pela ocupao do paciente.
Pontos de apoio: importante, ao se entrevistar um paciente, determinar as fontes de apoio em sua vida, se a famlia, amigos, grupos religiosos ou comunitrios. Quem a pessoa a quem o paciente recorre em situaes de sobrecarga. O mdico poder chamar o ponto de apoio para esclarecimentos futuros, desde que previamente autorizado pelo paciente.
Interpretao da doena: essencial determinar se o paciente est ciente quanto natureza de sua doena e de seu curso. Quo grave acredita ser a doena e se este critrio exato. A natureza da doena reduz a imagem do paciente sob olhos dos outros.
Reviso de sistemas (RS): A reviso de sistemas, como o prprio nome diz, uma reviso de sintomas relacionados aos diferentes rgos e sistemas que tem por objetivo resgatar alguma informao que tenha ficado esquecida pelo paciente ou no entendida pelo mdico nas fases anteriores da anamnese. As perguntas geralmente so fechadas e so guiadas pelo raciocnio clnico.
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! Uma forma de abordar este tpico fazendo perguntas da cabea aos ps, assim por exemplo:Geral: alterao do peso, febre/calafrios, fraqueza, fadiga, sudorese/suores noturnos.Pele: alterao nas unhas, prurido, erupes.Cabea: cefalia, traumas.Olhos: viso/culos, viso borrada, fotofobia, diplopia, escotomas, inflamao, exoftalmiaOuvidos, nariz e boca: dor, surdez, corrimento, zumbido, vertigem, epistaxe, plipos, obstruo, sinusite, dentes, gosto, gengivas, hlito, dentadura.Pescoo: movimentos, ndulos, bcio.Respiratrio: sibilos, dispnia, hemoptise, dor torcica, tosse, expectorao.Mamas: ndulos, dor, corrimento.Gastrintestinal: nuseas/vmitos, hematmese, melena, hematoquezia, enterorragia, diarria, dor, azia, pirose.Cardiovascular: palpitao, dor, dispnia, ortopnia, sopros, presso arterial, cianose, edema, claudicao.Histria sexual: sfilis, gonorria, ulceraes, verrugas, epididimite, corrimento, esterilidade, impotncia, contracepo.Ginecolgico/Obsttrico: menstruaes (ciclo, durao/quantidade), menopausa, dismenorria, corrimento, irregularidade, gravidez, partos normais, partos cesrios, abortos.Endocr inolgico : polac ir ia , pol i fa g ia , polidipsia, aumento de peso. Alergias: a medicamentos, vacinas, urticria, alergenos, rinite, eczema, asma.Ossos, articulaes e msculos: trauma, edema, dor/artrite.Sangue e l inftico: anemia, tendncia a sangramentos, dor, adenomegalia.Neurolgico: sncope, convulses, marcha, coordenao, paralisia/fora, percepo. Psicolgico: memria, humor, sono, ansiedade, distrbio emocional, problemas com drogas, lcool.
Outro problemas atuais (OPA): Neste item so colocadas as queixas secundrias do paciente, por exemplo, aquelas queixas que nada tm a ver com o contexto clnico e raciocnio do problema
que foi colocado como principal, mas que o paciente ou o mdico, reconhecem que a nova queixa deve ser valorizada. Para tanto, podem constar mini-hipteses diagnsticas para estas queixas. Procurar sempre separar a queixa principal das queixas secundrias a fim de que no ocorra confuso diagnstica. Estas queixas, dependendo da situao, podero ser abordadas nas consultas subseqentes, e isto deve ser falado ao paciente, para demonstrar que no est sendo desvalorizado. Ex: Paciente: ah Dr. j estava me esquecendo,...tambm estou com problemas sexuais,...na verdade parece que estou com impotncia. Mdico: certo, estou tomando nota desta situao, para poder abord-la com mais detalhes na prxima consulta. Acho que a queixa da dor no peito devemos esclarecer mais rapidamente, tudo bem?
Seqncia de Anamnese
ID - QP - HMA - HMP - HMF - CHV - PPS - RS
COMO DEVO TERMINAR A ENTREVISTA?Para indicar o final da entrevista voc pode dizer: Obrigado por ter sido to cooperativo ou Obrigado pela entrevista. Desejo que as coisas melhorem para o senhor. No diga que retornar a no ser que tenha certeza que o faa. Oferea oportunidade para informaes adicionais. O paciente pode ter esquecido algum aspecto ou retornar a algum ponto enquanto decide se pode ou no depositar confiana. valioso perguntar: H algo mais que queira dizer? Ocas ionalmente assuntos muito importantes podero ser relatados nos ltimos minutos.! Ainda, no se esquea que ao final do texto escrito da anamnese deve constar a identificao do entrevistador, constando o seu nome e assinatura, bem como seus dados de registro profissional (se mdico).
E SE O PACIENTE SAI DA ORDEM DAS PERGUNTAS?! Se o paciente sai da ordem da anamnese, saia tambm da ordem, tente porm retomar a ordem sem quebras bruscas, se no for possvel, v pela ordem do paciente, mas, no final, anote no prontur io na ordem tecn icamente apreendida.
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DEVO FAZER UMA ANAMNESE COMPLETA SEMPRE?! Depende. Na prtica, voc dever saber a anamnese completamente como estudante e mdico, mas de uma maneira geral, no todas as etapas e perguntas vo ser aproveitadas. Claro que tudo isso depender de qual a queixa do paciente. ! Por outro lado, uma vez ou outra, havero situaes onde a anamnese dever ser realizada de forma completa como por exemplo nos casos de doenas multi-sistmicas que estimulem a mltiplas hipteses diagnsticas como o caso da febre de origem indeterminada (FOI), onde o leque de diagnsticos diferenciais grande (aqui tente selecionar as mais graves primeiro). Da mesma maneira nos casos de pacientes com cncer de origem indeterminado ou mesmo quando estamos diante de um caso chamado de diagnstico difcil.! Fora as situaes em que se exige uma anamnese completa, utilize sempre o mtodo hipottico-dedutivo (funil) , no qual as hipteses diagnosticas vo sendo testadas medida que se avana na histria clnica para terminar a mesma com o menor nmero de hipteses possveis. ! Lembrar que as respostas negativas a determinadas perguntas podem ser to ou mais importantes que as respostas positivas no sentido de afastar ou aproximar uma hiptese diagnstica.
O QUE DEVO FAZER SE O PACIENTE TEM MUITAS QUEIXAS?! Quando o paciente tem muitas queixas principais, por exemplo Dr. vim aqui porque estou tendo uma falta de ar, dor nos meus joelhos, intestino preso e queda de cabelo. O mdico pode se encontrar em uma encruzilhada, mas uma forma de sair dessa tentar dizer ao paciente qual dos sintomas mais o incomoda? algo como...Sra. Maria, para que eu no possa perder o foco e poder ajud-la melhor, qual dos sintomas mais a incomoda?. O mdico tambm poder esclarecer ao paciente que tomar nota de todos os sintomas, mas abordar na consulta o que mais a incomoda, ou eventualmente possa ser o mais perigoso para o paciente. No exemplo acima, talvez seja prudente abordar com mai nfase a falta de ar (dispnia).
O QUE SIGNIFICA SINTOMA GUIA? ! o sintoma-chave para o raciocnio, pois ele abre menos leques diagnsticos, conduzindo mais rapidamente ao diagnstico final. Ex. QP: febre, dores no corpo e tosse com sangue (tosse com sangue ou hemoptise certamente ser o sintoma guia por abrir menos hipteses diagnsticas e conduzir mais rapidamente ao diagnstico).
Lembretes
1. A HMA a parte mais importante da anamnese e onde se deve gastar mais tempo.
2. O estmulo iatrotrpico o real motivo da consulta.
3. O sintoma guia o sintoma que faz chegar ao diagnstico de forma mais rpida.
4.As perguntas abertas so as que oferecem maior nmero de informaes.
5. Ao escrever no pronturio, faa-o com palavras tcnicas, exceto na queixa principal.
6. Somente a prtica far com que voc faa uma melhor anamnese.
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Leitura ComplementarALGUNS PROCESSOS PSICOLGICOS IMPORTANTES RELACIONADOS ANAMNESE
TRANSFERNCIA: o processo inconsciente pelo qual uma pessoa tende a relacionar-se com outra de maneira anloga a um relacionamento primitivo, sendo esta geralmente uma figura paterna ou uma autoridade com a qual o objeto atual foi identificado. A transferncia ocorre na maioria das novas relaes de um indivduo, realando ou distorcendo as caractersticas da pessoa com a qual aquele est interagindo, sendo de fundamental importncia nas relaes mdico-paciente. Desta forma, dependendo dos relacionamentos anteriores do sujeito com figuras parentais, o mdico pode ser visto de diferentes formas: como um protetor que o tratar e o salvar, como um perseguidor que o far sofrer, como um indivduo forte e poderoso ou um fraco e incapaz. Um bom exemplo o paciente j idoso que se identifica com o jovem aluno, por este ser semelhante ao neto de que tanto gosta.
CONTRA-TRANSFERNCIA: Ocorre quando, na sua interao com o paciente, o mdico atua em termo de interaes com objetos significativos de seu passado. A realidade do paciente pode ser, assim, mascarada pela realidade transferida do mdico. Por exemplo, um mdico perdeu o seu pai em decorrncia de um cncer, apesar de ter tentado ajud-lo de todas as formas possveis. Ao precisar tratar de um doente com o mesmo problema, este mdico acaba perdendo a objetividade e estabelece um tratamento inadequado, pois acha que o paciente ir morrer de uma forma ou de outra mesmo.
RACIOCNIO HIPOTTICO-DEDUTIVO: Ao se basear em hipteses, pode-se chegar a certas dedues lgicas em busca das solues corretas a um determinado problema proposto. Neste tipo de raciocnio o sujeito inspeciona meticulosamente os dados do problema, neste caso a queixa do paciente, elabora um conjunto de h ipteses re lac ionado s teor ia s ou explicaes mais provveis e deduz a partir delas que determinados fenmenos empricos podem
ou no ocorrer na realidade, com maior ou menor probabilidade. Como etapa final deste processo, o sujeito pode ser capaz de uma testagem sistemtica das hipteses levantadas, verificando se os fenmenos previstos, de fato, ocorrem. Este raciocnio permite, portanto, que o su je i to formule d iver sa s h ipteses simultaneamente, e deduza o valor de cada uma de la s , quando conf rontada s com sua probabilidade de ocorrncia real.
PEQUENO GLOSSRIO DE TERMOS MDICOS
A Abscesso acmulo de pus, geralmente causado por infeco bacteriana. Os sintomas podem incluir dor, inchao, vermelhido e possvel febre.Abulia apatia; falta de motivao que pode levar o paciente total falta de movimento (diferente de paciente catatnico).Aca la s i a d i s trb io ner voso de causa desconhecida que interfere em dois processos: na s onda s r tmica s de contrao que impul s ionam o a l imento pe lo e sfa go (peristaltismo) e na abertura do esfncter esofgico inferior. Pode ser causada pela disfuno dos nervos que circundam o esfago, transmitindo os impulsos eltricos para os msculos.Acrocianose distrbio circulatrio em que as mos, e menos comumente os ps, esto persistentemente frios e azuis; algumas formas esto associadas ao fenmeno de Raynaud.Acromegalia distrbio metablico crnico que resulta em aumento gradual dos tecidos, incluindo-se os ossos da face, maxilar, mos, ps e crnio. Causada pela secreo excessiva do hormnio do crescimento, quase sempre decorrente de um tumor benigno na glndula pituitria.Adenite inf lamao aguda de gnglios linfticos.Adenomegalia - Hipertrofia de um gnglio linftico (linfonodo).
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Aerofagia ato de deglutir ar, muito encontrada em sua forma crnica em cr ianas com deficincia mental, podendo levar distenso abdominal e a transtornos gastrintestinais, como o refluxo. Pode ocorrer em situaes de tenso emocional e distrbios neurticos, ou em situaes que levem agitao fsica e psquica.Afasia perda da habilidade de uso da linguagem devido a uma leso na regio cerebral relacionada linguagem; o paciente parcial ou totalmente incapaz de entender ou pronunciar palavras. O lobo temporal e as regies prximas ao lobo frontal controlam as funes de linguagem, respect ivamente nas reas de Wernicke (compreenso) e de Broca (expresso). Um dano em qualquer parte destas reas devido a um AVC, tumor, leso na cabea ou infeco, interfere em pelo menos um dos aspectos envolvidos na linguagem.Aferese infuso do sangue do prprio paciente, do qual foram removidos certos elementos celulares ou lquido.Agalactia ausncia de leite nas mamas depois do parto; agalactose.Ageusia perda ou reduo do sentido do paladar. Geralmente causada por condies que afetam a lngua como, por exemplo, boca extremamente seca, fumo, tratamentos com radiao para o pescoo e cabea e efeitos colaterais de medicamentos como vincristina (medicamento para combate ao cncer) ou amitriptilina (antidepressivo) . Pode estar associada a diminuio de zinco no organismo.Aglossia ausncia congnita da lngua. Agnosia distrbio no qual a pessoa pode ver e sentir os objetos, mas no capaz de associ-los a suas funes. Pessoas com determinadas formas de agnosia no podem reconhecer os rostos de seus familiares ou objetos comuns, como uma colher ou um lpis. causada por disfunes do lobo parietal e do lobo temporal, onde as lembranas do uso e da importncia de objetos familiares so armazenadas. Em geral, surge repentinamente, aps um AVC ou um trauma craniano.Agorafobia medo de espaos abertos.Agrafia anortografia; logagrafia; distrbio da capacidade de escrever.Alopcia afeces caracterizadas pela queda dos cabelos ou plos (diminuio ou ausncia); Ex.: hansenase, hipotireoidismo e sfilis.
Amaurose - Perda da viso por leso do sistema nervoso.Amenorria ausncia de menstruao por mais de 3 meses (se menos de 3 meses chamamos de atraso menstrual).Anafrodisia frigidez.Anasarca edema generalizado. Ex.: ICC, edema de MMII, derrame pleural, ascite.Anisocoria - Desigualdade no dimetro das pupilas.Anorexia - Falta de apetite, inapetncia.Anosmia diminuio ou perda completa do olfato.Anquiloglossia freio lingual curto, "lngua presa".Anquilose perda da mobilidade da articulao.Anria supresso ou acentuada diminuio da diurese (menor que 50ml/24hs). Ex.: ICC (pr-renal), IRC (renal), ligadura dos ureteres (ps-renal).Apnia de sono sndrome caracterizada por episdios repetitivos de completo ou parcial fechamento das vias areas superiores levando fragmentao do sono noturno e hipersonulncia d iur na (SAHS: S leep Apnea Hy popnea Syndrome).Apraxia dificuldade em realizar tarefas previamente entendidas (vestir roupas; cortar papel com tesoura); lobo parietal comprometido.Artralgia dor nas articulaes.Artrite inflamao das articulaes.Artrose destruio das articulaes.Ascite presena de lquido na cavidade per i ton ia l (abdome ) ; ba r r iga de gua , hidroperitneo.Astenia fraqueza, cansao fsico intenso.Ataxia - Falta de coordenao.Atetose presena de movimentos involuntrios, muito lentos, contnuos e extravagantes, principalmente das mos e dos dedos, com caractersticas de ondulamento, ou movimento reptiforme (como se fossem pequenas cobras), devido a leso do corpo estriado, rea ligada ao controle motor.
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BBaqueteamento - Transformar em baqueta. Baqueta por sua vez significa pequena vara com que se toca tambor. Refere-se a dedos em baqueta. Engrossamento da ltima falange de cada dedo, assemelhando-se baqueta de tambor ; h ipocrat i smo d ig i ta l ou dedos hipocrticos.Bcio aumento da glndula tireide no neoplsico.Bolha coleo lquida, elevada, com dimetro maior que 1 cm. Pode ser serosa, hemorrgica ou purulenta.Bradicardia nmero de batimentos cardacos menor que o normal.Bradipnia - Lentido anormal da respirao.Bulimia apetite insacivel, com vmito auto-induzido aps as refeies ("fome canina").
C Calzio hipertrofia da glndula de Meibomius (glndula de leo, longa e fina, presente na plpebra), resultante da obstruo da abertura desta glndula na borda da plpebra. A princpio, assemelha-se ao terol, com inchao da plpebra, dor e irritao, mas os sintomas desaparecem em alguns dias, deixando ndulos duros no-inflamatrios e indolores na plpebra.Cacifo - Depresso anormal da pele, como a que, nos exames manuais, permanece aps a cessao da presso que o dedo do examinador exerce no local , e causada por retrao do tecido. Depresso que se forma na pele edemaciada sob a presso dos dedos.Calvcie alopecia andrognica; afeco comum no homem e rara na mulher; pode estar relacionada herana autossmica ou excesso de andrgenos.Cancie descolorao adquirida e fisiolgica dos cabelos; pode ser senil ou prematura.Caquexia - Emagrecimento extremo com comprometimento franco do estado geral.Catatonia estado no qual o paciente permanece mudo, imvel e no responsivo. No segue movimentos, parece no prestar ateno ao seu ambiente e a rigidez plstica dos membros freqente, os quais permanecem em qualquer posio em que forem colocados. Pode ser um sintoma de psicose.Cefalia - Dor de cabea.
Ceratite inflamao da crnea.Ceratocone crnea que assume a forma de um cone.Cervicalgia - Dor na regio cervical.Cervicite inflamao do colo do tero. Cianose cor azulada ou arroxeada da pele e das mucosas decorrente do aumento de hemoglobina reduzida.Cianose - Colorao azul da pele e mucosas por oxigenao insuficiente do sangue.Claudicao mancar; coxeadura.Clnus - mo v imento r i tmado , com contrao e relaxamento rpido do msculo. Ocorre somente em membro hipertnico e com ref lexos exagerados, quando o msculo est sob certa tenso.Colestase reduo na formao e excreo da bile, bem como a reteno do contedo biliar no parnquima heptico e no sangue.Colite inflamao do clon.Constipao - Obstipao, priso de ventre. Pessoa que passa vrios dias sem evacuar, ou evacua diariamente, porm com fezes de consistncia aumentada e com um certo sofrimento no ato de evacuar.Coriza - Corrimento de secreo nasal.
D Dacriocistite inflamao do saco lacrimal.Derrame - Presena de lquido em cavidade serosa (pleural, peritoneal, pericrdica, sinovial).Derrame Pleural acmulo de lquido no espao pleural (trax).Diarria - Diarria - Perturbao intestinal caracterizada por aumento do nmero de evacuaes que se tornam de consistncia lquida ou pastosa.Direse diviso, separao de tecidos orgnicos, acidental ou cirrgica, sem perda de substncia.Diplopia viso dupla. Ex.: estrabismo.Disacusia - Estado mrbido em que certos sons produzem distrbio da audio, dor ou mal-estar.Disartria dificuldade na articulao da fala (alterao no controle neuromuscular na movimentao do palato/lngua/lbios).
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Disdiadococinesia incapacidade de realizar eficientemente movimentos alternados rpidos, devido doena cerebelar.Disenteria - Diarria com a presena de muco, pus ou sangue nas fezes e dor evacuao (tenesmo).Disfagia dificuldade para a deglutio. Ex.: megaesfago chagsico.Disfasia dificuldade na compreenso e/ou expresso da linguagem.Disfonia dificuldade na fonao, alterao no volume e tom da voz, e alterao neuromuscular da funo das cordas vocais e palato.Dislexia disfasia escrita ou dificuldade de leitura, apesar da viso e da articulao das palavras ser normal. Resulta de um defeito da habilidade de processar smbolos grficos.Dismenorria menstruao dolorosa (em clica).Dispareunia - coito difcil ou dolorosoDispepsia dificuldade de digesto, determinada por fatores gstricos, hepticos, pancreticos ou intestinais.Dispnia dificuldade para respirar ao nvel de trato respiratrio inferior.Dispnia paroxstica - Dificuldade da respirao que surge em crises, geralmente noite quando o paciente deita (dispnia paroxstica noturna).Distonia movimento ou postura anormal mantida, devido alterao do tnus.Disria emisso difcil ou dolorosa de urina.
E Eclmpsia aparecimento, durante a gravidez, de edema, hipertenso arterial, proteinria e convulses.Edema acmulo anormal de lquido, localizado ou generalizado, no espao intersticial ou em cavidades pr-formadas. Forma uma tumefao, visvel e palpvel (ver Sinal de Cacifo).Encoprese emisso involuntria de fezes, aps a idade na qual o controle dos esfncteres j deveria existir. Enoftalmia retrao do globo ocular, mais comumente na Sndrome de Horner, mas tambm secundria a mal desenvolvimento ocular.
Enterorragia - sangramento pelo nus, vermelho vivo, proveniente do tubo digestivoEnurese emisso involuntria de urina, aps a idade na qual o controle dos esfncteres j deveria existir. Freqentemente refere-se emisso de urina durante o sono (enurese noturna).Episiotomia inciso ao nvel do assoalho perineal, visando ampliar o canal do parto, facilitando o desprendimento fetal.Epistaxe hemorragia nasal.Equ imose mancha negra , marrom ou amarelada, resultante da infiltrao do tecido celular subcutneo por certa quantidade de sangue na pele, nas mucosas ou nas serosas.Erisipela infeco grave e contagiosa da pele por estreptococos, comumente na face, braos ou pernas . Surge uma er upo cutnea, l e vemente inchada e a vermelhada , freqentemente trazendo pequenas bolhas.Eritema - erupo cutnea do tipo mancha vermelha.Eritema ruborizao cutnea por vasodilatao, que desaparece por vitropresso ou dgito-presso. Pode ser de vrios tipos: cianose, rubor, enantema, exantema, eritema marginado, eritemas figurados e eritrodermia.Eritrodermia eritema generalizado, crnico e persistente que se acompanha freqentemente de descamao.Eructao eliminao de gases pela boca, popularmente denominado "arroto", tem como causa principal a aerofagia.Escotoma viso de pontos negros ou luminosos.Esteatorria - Presena excessiva de gorduras nas fezes.Estridor - rudo pero por obstruo das vias areas altas (corresponde ao sintoma de cornagem)Exantema eritema generalizado, agudo, de cur ta durao . Pode se r morb i l i fo rme , rubeoliforme (reas afetadas entremeadas com pele s) ou escarlatiniforme (difuso e uniforme).Exoftalmia projeo do olho para frente.Ex.: Hipertireoidismo.
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F Fcie de Lua Cheia rosto arredondado, por depsito de gordura, acne e hirsutismo; ocorre na Sndrome de Cushing.Fneros - anexos cutneos (pele e unhas) Fasciculao contraes irregulares e no rtmicas de fascculos musculares, resultante da ativao aleatria de unidades, presente no repouso e desaparece com o movimento voluntrio.Fenmeno de Raynaud ciclo de alteraes na colorao dos dedos das mos e dos ps, no qual as arterolas se contraem deixando a pele ciantica, depois plida e em seguida vermelha; causados pelo frio ou por estresse emocional.Fimose condio na qual impossvel arregaar o prepcio sobre a glande, exteriorizando-a. A necessidade de correo cirrgica (postectomia) deve ser avaliada pelo mdico, pois em crianas a fimose pode desaparecer com o crescimento.Flatulncia acmulo de gases intra-abdominais, freqentemente acompanhada de sensao de distenso do abdome.Flebite inflamao das veias.Flegmasia Alba dolens ocluso do sistema venoso profundo sem atingir o superficial. A co lorao da pe le l e i tosa , de v ido ao comprometimento dos linfticos.Flegmasia Coerulea dolens ocluso dos s i s tema s super f i c i a l e profundo concomitantemente. O membro torna-se azulado e ciantico (flebite azul). A cianose pode chegar ao azul escuro ou negro, podendo levar necrose do membro.Fonofobia - intolerncia a rudos ou sonsFotofobia - intolerncia luzFrmito sensao vibratria que se percebe ao palpar o trax de um indivduo no momento em que ele fala (toracovocal) ou no momento em que respira (pleural e brnquico).Frigidez insensibilidade sexual, anafrodisia.
G Gangrena resultado da ao de agentes externos sobre o tecido necrosado. Pode ser: gasosa, na qual formam-se bolhas de gs devido ao de bactrias anaerbias gasgenas no tecido necrosado; seca, na qual ocorre desidratao dos tecidos necrosados, que ficam secos e duros
como pergaminhos (mumificao); mida ou ptrida, por liquefao e putrefao (pulmes, mucosa uterina, intestino e pele).Goma ndulo ou tumor que se liquefaz na poro central e que pode se ulcerar, eliminando substncia necrtica.
HHalitose presena de odor desagradvel na cavidade oral.Halo senil opacidade cinzenta localizada na periferia da crnea, em forma de arco, devido a acmulo de colesterol, fosfolipdios e gorduras neutras; ocorre em pacientes idosos ou em jovens com h i s tr i a de h iperco les te ro lemia e xantomatose.Hematmese vmito de sangue proveniente do trato gastrintestinal superior ou ocasionalmente da nasofaringe e pulmo.Hematoma coleo lquida de sangue na pele ou subcutnea, circunscrita, proeminente ou no e de tamanho varivel. Hematoquezia eliminao de sangue vivo pelo nus, de origem anal ou retal; as fezes so vermelho-brilhantes. Hematria colorao vermelha da urina por sangramento. Hemoptise eliminao pela boca de sangue pro ven iente do apare lho resp i ra tr io (subgltica). Hemorragia extravasamento de sangue do sistema cardiovascular. Hipertricose excesso de crescimento do nmero de plos, independente de hormnios andrgenos; pode ser hereditria ou iatrognica (medicamentos). Hipoacusia diminuio da acuidade auditiva. Hipostadia defeito congnito no pnis, onde o meato uretral pode estar localizado em qualquer ponto ao longo da haste peniana ou no perneo.Hipotr icose queda de p los ; no hipotireoidismo os plos so secos e quebradios e no hipopituitarismo a queda dos plos axilares e pubianos caracterstica.Hirsutismo excesso de crescimento (nmero, tamanho, espessura) de plos, com aparecimento de barba e plos torcicos em mulheres. Produzido pelo aumento nos hormnios andrognicos. Por ex.: adenomas da crtex supra-
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renal ou da hipfise anterior. Ver Sndrome de Stein-Leventhal. Histerectomia operao para retirada do tero.Hordolo processo inflamatrio agudo das glndulas de Zeis e fol culos pi losos de localizao na borda palpebral.
I Ictercia - colorao amarelada da pele e mucosas em decorrncia de pinmentos biliaresIctiose defeito hereditrio da pele no qual esta fica semelhante a escamas de peixe (dermatose ictiosiforme). Ver Sndrome de Zunich. Ileite inflamao do leo (ltima parte do intestino delgado). Ver doena de Crohen. Impersistncia paciente abaixa o brao sustentado, no por dficit de fora, mas sim por "impacincia em manter a posio do brao"; sempre diferenciar de dficit de fora.Incontinncia - perda da capacidade de controlar os esfncteres anal ou vesical)Iridociclite infeco de um dos anexos da vista.Irite inflamao da ris.
K Kernicterus o resultado da impregnao de ncleos da base do crebro pela bilirrubina em crianas ictricas. H variaes no quadro clnico destas crianas, mas geralmente apresentam espasticidade, atetose, ataxia ou posteriormente deficincia mental.
L Lagoftalmo fechamento incompleto das plpebras.Leucoc i tr i a p resena de l eucc i tos conservados ou degenerados na urina; piria.Leucoma opacificao da crnea.Leucotricose embranquecimento dos cabelos devido falta de formao de melanina pelos melancitos da matriz do plo; pode ser congnita (albinismo) ou adquirida (poliose).Leucotrquia anular pili annulati (plos anulares); distrofia congnita rara, na qual os cabelos apresentam reas claras e escuras alternadas.
Linfadenomegalia - hipertrofia de um gnglio linftico (sinnimo de adenomegalia)Lipotmia desfalecimento, desmaio fugaz, sem haver perda de conscincia.Lombalgia - dor na regio lombar
M Mcula - Pequena mancha cutnea plana e com colorao diferente do tecido que a circunda.Madarose queda do tero externo da sobrancelha (Hansenase).Marasmo desnutrio com emagrecimento acentuado. Mecneo contedo intestinal do feto, de cor esverdeada (rico em biliverdina) e que quando presente no lquido amnitico freqentemente se associa ao sofrimento fetal. Melena evacuao de fezes de cor negra, que indica presena de sangue digerido no contedo fecal. Fezes moles e pastosas, em borra de caf e de odor bastante ftido. Melenmese vmito em borra de caf, ocorre quando o sangue esteve em contato com o cido gstrico por um certo perodo de tempo. Menarca primeira menstruao, geralmente por volta dos 12 anos. Menopausa - Perodo da vida da mulher em que desaparece a menstruao.Meteorismo intumescncia abdominal provocada pelo acumulo de gases no estmago e alas intestinais; timpanismo ou timpanite. Mtodo no invasivo recurso para diagnstico ou tratamento que no implica em contato com sangue. Metrorragia hemorragia sangunea uterina no menstrual. Midrase dilatao da pupila (mais de 5 mm). Mioclonia contrao muscular involuntria e sbita. Miose retrao da pupila (menos que 2 mm). Ver Sndrome de Horner.
N Narcose sono artificial; estado de estupor e inconscincia provocado por um narctico. Ne vo anorma l idade congn i ta do desenvolvimento, resultando em falta de
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produo de estruturas maduras; tumor benigno de clulas pigmentadas. Nictria predominncia do volume urinrio noturno sobre o diurno. Ex.: ICC. Nistagmo tremores rtmicos, involuntrios e bilaterais dos globos oculares, horizontais, erticais ou rotatrios. Ndulo leso slida, elevada, com mais de 1 cm de dimetro. Nucalgia - dor na nucaNulpara mulher que nunca deu luz.
OObstipao aumento no intervalo entre as evacuaes, acompanhada de fezes ressecadas e dificuldade na eliminao das mesmas. definida como uma alterao do hbito intestinal na qual o indivduo fica sem evacuar por mais de 3 dias. Tambm conhecida como priso de ventre. Odinofagia - dor de gargantaOligria volume urinrio dirio menor que 100 ml (adultos). O dbito urinrio normal de um adulto gira em torno de 0,5ml/kg/h, 1,0ml/kg/h na infncia e em menores de 1 ano, 2,0ml/kg/h. Oniclise separao e/ou destruio da metade distal da lmina. Ex.: cirrose fungos, doenas sistmicas. Onicomalcia unha de consistncia amolecida; sinal de doenas sistmicas.Orquite processo inflamatrio do testculo, de origem infecciosa na maioria dos casos, sendo os vrus os mais freqentes (p. ex.: caxumba). Pode mais raramente ser causado por traumatismo ou infeces bacterianas.Ortopnia dificuldade para respirar deitado; melhora quando o paciente se senta, mantendo o tronco ligeiramente fletido (diminui o retorno venoso).Osteomalcia doena que se caracteriza pelo amolecimento e curvatura gradual dos ossos com dor de intensidade varivel. Causada pela no calcificao em virtude da deficincia de vitamina D. mais comum nas mulheres e geralmente comea na gravidez. tambm conhecida como Raquitismo do adulto. Otalgia - dor de ouvidoOtorragia - sangramento pelo ouvidoOtorria sada de secreo do ouvido.
P Palpitao - Percepo incmoda dos batimentos do corao.Ppula leso slida, elevada, de at 1 cm de dimetro. Paralisia de Bell anormalidade do nervo facial que leva fraqueza repentina ou paralisia dos msculos de um dos lados da face. Paraplegia para l is ia completa de dois segmentos simtricos do corpo (geralmente dos membros inferiores). Paresia - diminuio da fora muscular Parestesia aparecimento, sem estimulao, de sensaes e spontnea s e ma l de f in ida s (formigamento). Paronquia unheiro; inflamao da borda ungueal da unha, geralmente por traumatismo, causada por bactrias, Cndida e outros fungos. Pectorilquia palavra ouvida com nitidez na ausculta pulmonar (boa transmisso). Pode ser fnica (voz normal) ou fona (voz cochichada). Ocorre em algumas sndromes pulmonares, como na condensao. Pnfigo denominao geral para um grupo de doenas autoimunes , pouco f reqentes , consistindo em dermatoses crnicas, recidivantes e algumas vezes fatais. So caracterizadas clinicamente pelo aparecimento de sucessivos grupos de vesculas e bolhas, inicialmente na mucosa bucal ou orofarngea e, depois, na pele aparentemente sadia; as bolhas se rompem deixando uma zona erodida, posteriormente recoberta por crostas. A epiderme descola-se facilmente do plano subjacente (Sinal de Nikolski).Pirose azia, sensao de calor ou queimao no estmago (regio retroesternal ou epigstrica).Piria presena de pus na urina, leucocitria.Plegia - Ausncia de fora muscular. Perda de funo, paralisia. Corretamente usada como perda de movimento voluntrio por leso do sistema nervoso.Pletria congesto. Polaciria mices freqentes e em pequena quantidade.Polidipsia ingesto exagerada de gua. Ex.: na diabetes mellitus, devido perda de gua aumentada (hiperglicemia e diurese osmtica). Polifagia - fome excessiva
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Poliria aumento do volume urinrio dirio. Priapismo conceituado como uma ereo prolongada, no associada com estimulao sexual e geralmente dolorosa. Constitui-se numa emergncia urolgica, pois o tratamento precoce adequado, evita seqelas da doena. Proctite inflamao da mucosa do reto. Prdromo - Manifestao clnica que antecede uma doena.Proptose distenso excessiva de qualquer parte do corpo; deslocamento de um rgo para frente; proptoma. Ex.: Exolftalmia. Ptergio tecido fibrovascular recoberto pela conjuntiva ocular, de forma triangular e geralmente localizado no canto interno do olho. Ptose palpebral queda da plpebra devido a leso do nervo oculomotor (N.C. III). Ver Sndrome de Horner. Pstula vescula com contedo purulento. Puxo contrao espasmdica do reto que precede as evacuaes.
R Regurgitao retorno boca ou garganta do alimento recm ingerido sem esforo de vmito; ocasionado por refluxo intenso. Resseco extirpao cirrgica parcial ou total de um rgo. Rinite inflamao do nariz; nasite; defluxo; constipao nasal.Rinorreia corrimento nasal.
SSalicismo intoxicao por cido saliclico (aspirina). Sepse (antiga septicemia) disseminao de bactrias patognicas partir de um foco de infeco atravs da circulao sistmica. Sialorria aumento da secreo de saliva. Sialosquise diminuio da secreo de saliva. Ex.: desidratao. Sinal manifestao objetiva de uma doena. Sinal patognomnico: manifestao inequvoca de uma patologia. S ncope perda sbita da conscincia , geralmente acompanhada de perda do tnus postural.
Sndrome conjunto de sinais e sintomas de mesma marcha evolutiva porm de causas diversas, que caracterizam um estado mrbido e se repete na populao.
TTaquicardia - Acelerao dos batimentos cardacos, geralmente aplicado a taxas acima de 100 bpm.Taquipnia - aumento da freqncia respiratriaTenesmo dor na regio ano-retal por contrao espasmdica do reto, que permanece aps evacuao. Tinitus - Zumbidos (=acfenos). Sensao subjetiva de ouvir bater de campainha ou outros rudos. Acfenos.Tique - mo v imento repet ido i r regu la r espasmdico. Trepanao remoo de um disco de osso ou de outro tecido compacto por meio de um trpano. Ex.: trepanao de crnio, trepanao da crnea. Tumor leso slida, elevada, com mais de 3 cm de dimetro.
UUnhas de Lindsay metade proximal branca, 20-50% distal vermelho; ocorre na insuficincia renal. Unhas hipocrticas unhas recurvadas, em vidro de relgio, com baqueteamento digital.Urtica ppula eritmato-edematosa, de durao efmera que tem freqentemente a borda irregular com aspecto de pseudpodes. Pode coalescer formando placa.
VVegetaes projees slidas, digitiformes, moles, por vezes sangrantes e de tamanhos variveis.Verruga vegetao de superfcie querattica.Vertigem - sensao de rotao (alucinao de movimento) por alterao do sistema laberntico ou cerebelarVescula coleo lquida, elevada, com dimetro de at 1 cm.Vmica e l iminao sb i ta de g rande quantidade de secreo mucupurulenta, de odor
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ftido; acompanha cavidades, supuraes ou perfuraes pulmonares.
XXantomatose manifestao cutnea da lipoidose. Xantomas de pele, tendo e articular. Xeroftalmia perda da secreo lacrimal que pode ser devido a ulcerao da crnea e geralmente est relacionada a uma deficincia sistmica severa de vitamina A. Ver Sndrome de Sjgren.
SIGLAS MDICAS COMUNS
ACO anticoncepcional oralAHT anti-hipertensivoAtb - antibiticoAVC acidente vascular cerebralAVE acidente vascular enceflicoBCRNF bulhas cardacas rtmicas normo-fonticasBPN broncopneumoniaCa cncerCAT - cateterismoCC centro cirrgicoCIA - comunicao inter-atrialCIV comunicao inter-ventricularCM clnica mdicaCMH cardiomiopatia hipertrficaCPP campos pleuro-pulmonaresCV - cardiovascularD0 dia zero da medicaoDI dia de internamento (precedido de nmero)DIIIC doena Inflamatria inespecfica inflamatria irnicaDM diabetes mellitusDPOC doena pulmonar obstrutiva crnicaDx diagnsticoEAo estenose articaFAV fstula arterio-venosaFA - fibrilao atrialGECA gastroenterocolite aguda
GO ginecologia e obstetrciaHAS hipertenso arterial sistmicaHP hipertenso pulmonarHSA hemorragia subaracnideaHVE hipertrofia do ventrculo esquerdoIAo insuficincia articaICC insuficincia cardaca congestivaIRA - insuficincia renal agudaIRC insuficincia renal crnicaITU infeco do trato urinrioIVAs infeco das vias areas superioresIVE insuficincia ventricular esquerdaLOTE lcido e orientado no tempo e espaoMCP - marcapassoMH mal de HansenMR molstias reumticasNeo - neoplasia OMA otite mdia agudaPC pares cranianosPCA persistncia do canal arterialPN - pneumoniaPO ps-operatrio (precedido do nmero)QT quimioterapiaRHA rudos hidro-areosRT radioterapiaRCU - retocolite ulcerativaRVM revascularizao miocrdicaRxT raio x de traxSII sndrome do intestino irritvelSIRS - sndrome da resposta inflamatria sistmica Sx sintomasTB - tuberculoseTEP tromboembolismo pulmonarTu - tumorTVP trombose venosa profundaTx - tratamentoVB vescula biliarVM ventilao mecnica
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LEITURA RECOMENDADA
BATES, B. Propedutica Mdica. 8a ed. Guanabara Koogan, 2005 EPSTEIN, O.; et al. Exame Clnico. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. CECIL. Medicina, 23 ed. Elsevier, 2009.
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