ANATEL Legis Especifica Cesarfrade Aula 05

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    PROFESSOR CSAR FRADE

    Profs. Csar Frade e Henrique Campolina www.pontodosconcursos.com.br 1

    Ol pessoal!

    Hoje vamos finalizar nossos estudos sobre a Lei n 9.472/1997 Lei Geral deTelecomunicaes (LGT).

    Crticas e sugestes podero ser enviadas para:[email protected]

    Prof. Csar FradeSetembro/2012

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    Lei n 9.472/1997 (Continuao)

    Da Autorizao de Uso de Radiofrequncia

    Autorizao de uso de radiofrequncia : ato administrativo vinculado,associado concesso, permisso ou autorizao para prestaode servio de telecomunicaes, que atribui a interessado, porprazo determinado, o direito de uso de radiofrequncia, nascondies legais e regulamentares.

    Novamente nos deparamos com um ato administrativo vinculado. Ento vamostrazer seu conceito para ajudar nossas memorizaes:

    Ato administrativo vinculado : aquele em que a Administrao no possuiqualquer margem de liberdade de deciso. O legislador pr-determinou a conduta possvel a ser adotada pelo administradordiante da situao.

    Diz-se que, nestes casos, a Administrao Pblica age de formamecnica, sem margem de liberdade.

    AUTORIZAO DE USO DE RADIOFREQUNCIA

    Regra Geral : O uso de radiofrequncia, tendo ou nocarter de exclusividade, depender de prvia outorga da

    Agncia, mediante autorizao, nos termos daregulamentao.

    Excees : Independero de outorga: Uso de radiofrequncia por meio de equipamentos

    de radiao restrita definidos pela Agncia; Uso, pelas Foras Armadas, de radiofrequncias

    nas faixas destinadas a fins exclusivamente

    militares.

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    Assim como ocorre nos contratos administrativos (Lei n 8.666/1993) aeficcia da autorizao de uso de radiofrequncia depender de publicao deextrato no Dirio Oficial da Unio (DOU).

    O art. 164 da LGT traz importantes disposies acerca do uso deradiofrequncia, quando h mais de um interessado, para fins de expanso ouprestao de servios, no caso de existir limitao tcnica quanto a suautilizao.

    Nestas situaes, a autorizao ser sempre onerosa e, diante desta exigncialegal, depender de licitao, conforme as disposies j analisadas por nsconstantes nos artigos 88 a 90.

    Vamos relembrar as disposies destes 2 artigos da Lei Geral deTelecomunicaes:

    Art. 88. As concesses sero outorgadas mediante licitao.

    Art. 89. A licitao ser disciplinada pela Agncia, observados os princpios constitucionais, as disposies desta Lei e, especialmente:I - a finalidade do certame , por meio de disputa entre os interessados,escolher quem possa executar, expandir e universalizar o servio noregime pblico com eficincia, segurana e a tarifas razoveis;II - a minuta de instrumento convocatrio ser submetida a consulta

    pblica prvia;III - o instrumento convocatrio identificar o servio objeto do certamee as condies de sua prestao, expanso e universalizao, definir ouniverso de proponentes, estabelecer fatores e critrios para aceitaoe julgamento de propostas, regular o procedimento, determinar aquantidade de fases e seus objetivos, indicar as sanes aplicveis efixar as clusulas do contrato de concesso;IV - as qualificaes tcnico-operacional ou profissional e econmico-financeira, bem como as garantias da proposta e do contrato, exigidasindistintamente dos proponentes, devero ser compatveis com o objetoe proporcionais a sua natureza e dimenso;V - o interessado dever comprovar situao regular perante asFazendas Pblicas e a Seguridade Social;VI - a participao de consrcio, que se constituir em empresa antesda outorga da concesso, ser sempre admitida;VII - o julgamento atender aos princpios de vinculao ao instrumentoconvocatrio e comparao objetiva;VIII - os fatores de julgamento podero ser, isolada ouconjugadamente, os de menor tarifa, maior oferta pela outorga, melhor

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    qualidade dos servios e melhor atendimento da demanda, respeitadosempre o princpio da objetividade;IX - o empate ser resolvido por sorteio;

    X - as regras procedimentais asseguraro a adequada divulgao doinstrumento convocatrio, prazos compatveis com o preparo de

    propostas e os direitos ao contraditrio, ao recurso e ampla defesa.

    Art. 90. No poder participar da licitao ou receber outorga deconcesso a empresa proibida de licitar ou contratar com o PoderPblico ou que tenha sido declarada inidnea, bem como aquela quetenha sido punida nos dois anos anteriores com a decretao decaducidade de concesso, permisso ou autorizao de servio detelecomunicaes, ou da caducidade de direito de uso deradiofreqncia.

    O objeto da licitao, que ser adjudicado ao vencedor, ser: Autorizao para uso da radiofrequncia, para fins de expanso do

    servio OU Autorizao para a prestao do servio.

    Como no poderia deixar de ser, o artigo 165 determina que se observeaquelas regras contidas nos artigos 91 e 92, para verificao da necessidadede abertura ou no da mencionada licitao.

    Vamos, tambm aqui, resgatarmos mais estes dispositivos, objetivandoreforar suas memorizaes:

    Art. 91. A licitao ser inexigvel quando, mediante processoadministrativo conduzido pela Agncia, a disputa for consideradainvivel ou desnecessria. 1 Considera-se invivel a disputa quando apenas um interessado

    puder realizar o servio, nas condies estipuladas.

    2 Considera-se desnecessria a disputa nos casos em que se admitaa explorao do servio por todos os interessados que atendam scondies requeridas. 3 O procedimento para verificao da inexigibilidade compreenderchamamento pblico para apurar o nmero de interessados.

    Art. 92. Nas hipteses de inexigibilidade de licitao, a outorga deconcesso depender de procedimento administrativo sujeito aos

    princpios da publicidade, moralidade, impessoalidade e contraditrio, para verificar o preenchimento das condies relativas s qualificaestcnico-operacional ou profissional e econmico-financeira, regularidade fiscal e s garantias do contrato.

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    PRAZO DE VIGNCIA DA AUTORIZAO DE

    USO DE RADIOFREQUNCIA

    Igual ao prazo da concesso ou permisso de prestaode servio de telecomunicaes qual esteja vinculada.

    Para os casos de servios autorizados, devero ser observadas as seguintesregras quanto ao prazo de vigncia:

    Prazo de vigncia ser de at 20 anos;

    Prazo de vigncia prorrogvel uma nica vez por igual perodo;

    Prorrogao sempre onerosa;

    Prorrogao poder ser requerida at 3 anos antes do vencimento doprazo original;

    O requerimento da prorrogao dever ser decidido em, no mximo, 12meses.

    Esta Lei determina que o indeferimento do pedido de prorrogao do prazo devigncia acima mencionado s poder ocorrer se:

    O interessado no estiver fazendo uso racional e adequado daradiofrequncia OU

    Houver cometido infraes reiteradas em suas atividades OU For necessria a modificao de destinao do uso da radiofrequncia.

    TRANSFERNCIA DA AUTORIZAO DE USODE RADIOFREQUNCIA

    A autorizao intransfervel sem a correspondentetransferncia da concesso, permisso ou autorizao de

    prestao do servio a elas vinculada.

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    A Lei tambm traz as hipteses de extino da autorizao de uso deradiofrequncia, que ocorrer por:

    Advento de seu termo final (que equivale ao trmino do prazo devigncia estipulado);

    Transferncia irregular;

    Caducidade;

    Decaimento;

    Renncia ou

    Anulao da autorizao para prestao do servio de telecomunicaesque dela se utiliza.

    Da rbita e dos Satlites

    Agora chegou a vez da regulamentao abordar a utilizao de satlites nosservios de telecomunicaes.

    A primeira disposio (art. 170) diz:

    Art. 170. A Agncia dispor sobre os requisitos e critriosespecficos para execuo de servio de telecomunicaes queutilize satlite, geoestacionrio ou no, independentemente de oacesso a ele ocorrer a partir do territrio nacional ou do exterior.

    Primeiramente, vamos entender o que significa satlite geoestacionrio esatlite no geoestacionrio:

    Satlite geoestacionrio : satlites que se encontram parados relativamentea um ponto fixo sobre a Terra.Em virtude desta caracterstica, so normalmente utilizadoscomo satlites de comunicaes e de observao de regiesespecficas da Terra.

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    Satlite no geoestacionrio : satlites que so colocados em uma rbitacircular com velocidade de rotao diferente da velocidadeda terra.Para um observador na superfcie da terra, este tipo desatlite comporta-se como se no estivesse estacionrio emum determinado local no cu.O rastreamento deste tipo de satlite pelas estaes deterra mais caro (mais oneroso, dispendioso), por sernecessria a utilizao de antenas mveis para acompanhar

    o movimento do satlite, que tm custo de operao emanuteno mais elevado que as antenas fixas.

    PREFERNCIA DE UTILIZAO DE SATLITE

    Para a execuo de servio de telecomunicaesvia satlite regulado pela Lei n 9.472/1997, a

    preferncia ser pela utilizao de satlitebrasileiro, quando este propiciar condies

    equivalentes s de terceiros.

    Mas o que devemos entender por satlite brasileiro?

    A prpria LGT traz esta resposta, objetivando evitar interpretaes e aplicaes

    equivocadas de suas disposies:

    Satlite brasileiro : aquele que utiliza recursos de rbita e espectroradioeltrico notificados pelo Pas, ou a ele distribudos ouconsignados, e cuja estao de controle e monitorao sejainstalada no territrio brasileiro.

    Ultrapassada esta preferncia, esta norma prev os requisitos necessrios e

    obrigatrios para a utilizao de satlite estrangeiro.

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    Desta forma, s ser admitido o emprego de satlite estrangeiro quando: Sua contratao for feita com empresa constituda segundo as leis

    brasileiras, Esta empresa contratante tiver sede e administrao no Pas e Contratante na condio de representante legal do operador estrangeiro.

    Esta Lei determina que o direito de explorao de satlite brasileiro paratransporte de sinais de telecomunicaes assegura a ocupao da rbita e ouso das radiofrequncias destinadas ao controle e monitorao do satlite e telecomunicao via satlite, por prazo de at 15 anos, podendo esse prazo

    ser prorrogado, uma nica vez, nos termos da regulamentao.

    Aps um pedido para explorao de satlite que implique utilizao de novosrecursos de rbita ou espectro, a Agncia avaliar as informaes e,considerando-as em conformidade com a regulamentao, encaminhar Unio Internacional de Telecomunicaes a correspondente notificao, semque isso caracterize compromisso de outorga ao requerente.

    Opa!!?! De onde surgiu esta tal Unio Internacional de Telecomunicaes,tambm conhecida pela sigla UIT?

    Antes de seguirmos analisando a LGT, vamos identificar esta organizao erecorreremos s definies constantes no sitio www.wikipedia.com.br :

    Unio Internacional de Telecomunicaes : organizao internacionaldestinada a padronizar e regular as ondas de rdio e

    telecomunicaes internacionais.Fundada como International Telegraph Union (UnioInternacional de Telgrafos), em Paris, no dia 17.05.1865 e hoje a organizao internacional mais antiga do mundo.Suas principais aes incluem estabelecer a alocao deespectros de ondas de rdio e organizar os arranjos deinterconexes entre todos os pases permitindo, assim,ligaes de telefone internacionais.

    uma das agncias especializadas da Organizao dasNaes Unidas (ONU), tendo sua sede em Genebra, na Sua.

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    A LGT ainda dispe que o direito de explorao de satlite brasileiro aquiregulado ser conferido a ttulo oneroso.

    O pagamento referente a tal explorao, conforme dispuser a Agncia, ser farna forma de quantia certa, em uma ou vrias parcelas, bem como de parcelasanuais ou, complementarmente, de cesso de capacidade.

    DAS SANES

    Vamos, agora, tratar das sanes previamente determinadas pela Lei Geral deTelecomunicaes, que podero ser administrativas (artigos 173 a 182) oupenais (artigos 183 a 185).

    Seguindo a ordem que a norma nos apresenta, iniciaremos nossos comentrios

    pelas sanes administrativas.

    Das Sanes Administrativas

    As sanes administrativas determinadas na LGT podero ser aplicadas noscasos de:

    Infrao s disposies desta Lei; Infrao s disposies de outras normas aplicveis;

    Inobservncia dos deveres decorrentes de: Contratos de concesso, Atos de permisso, Atos de autorizao de servio,

    Atos de autorizao de uso de radiofrequncia.

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    As sanes que se sujeitaro os infratores das condutas acima elencadas, quedevero ser aplicadas pela Agncia, sem prejuzo das de natureza civil e penal,so:

    Advertncia;

    Multa;

    Suspenso temporria (no superior a 30 dias art. 180);

    Caducidade;

    Declarao de inidoneidade (no superior a 5 anos art. 182).

    Outra meno a este artigo (173) da LGT aparece no artigo 18 da Lei n11.934/2009, que dispe sobre limites exposio humana a camposeltricos, magnticos e eletromagnticos 1. Confiram:

    Art. 18. O descumprimento das obrigaes estabelecidas por esta Leisujeita as prestadoras de servios de telecomunicaes e as prestadorasde servios de radiodifuso aplicao das sanes estabelecidas noart. 173 da Lei n 9.472, de 16 de julho de 1997.

    Como sempre nosso ordenamento determina, qualquer acusao dever sercircunstanciada, permanecendo em sigilo at sua completa apurao.

    Como sempre digo, se a sano for aplicada sem o acusado exercer o direito

    ao contraditrio e ampla defesa, ter um vcio que poder legar nulidadedo procedimento. Afinal, estes so direitos assegurados por nossa ConstituioFederal.

    exatamente por isto que o art. 175 da LGT dispe:

    Art. 175. Nenhuma sano ser aplicada sem a oportunidade de prvia e ampla defesa.Pargrafo nico. Apenas medidas cautelares urgentes podero

    ser tomadas antes da defesa.

    1 Parte da Ementa da Lei n 11.934/2009

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    Percebam que o pargrafo nico transcrito acima no fere ou transgride odireito da ampla defesa, uma vez que medidas cautelares urgentes no temnatureza punitiva e servem apenas para resguardar e preservar situaes,visando evitar perdas e prejuzos maiores, em prol do interesse pblico.

    Na dosimetria das sanes (consideraes que os julgadores devem observarno momento de dosar as penas e aplic-las da maneira mais justa eproporcional infrao cometida) devero ser considerados:

    Natureza da infrao;

    Gravidade da infrao;

    Danos resultantes da infrao para o servio e para os usurios;

    Vantagem auferida pelo infrator;

    Circunstncias agravantes (ex: existncia de sano anterior);

    Antecedentes do infrator e

    Reincidncia especfica (repetio de falta de igual natureza aps orecebimento de notificao anterior).

    INFRAES PRATICADAS POR PESSOAS

    JURDICAS

    Nestes casos, tambm sero punidos com asano de multa seus administradores ou

    controladores, quando tiverem agido de m-f.

    Limite mximo da multa por infrao cometida: R$ 50.000.000,00.

    A sano de multa pode ser imposta isoladamente ou em conjunto com outrasano.

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    Alm dos critrios a serem adotados na dosimetria das sanes, no caso deaplicao de multa, tambm devero ser considerados:

    Condio econmica do infrator e

    Princpio da proporcionalidade entre a gravidade da falta e a intensidadeda sano.

    Causas de aplicao da sano de suspenso temporria : caso deinfrao grave cujas circunstncias no justifiquem a decretao de

    caducidade.

    A suspenso temporria ser imposta em relao autorizao de servio oude uso de radiofrequncia.

    Conse quncias da aplicao da caducidade (conforme previso nesta lei):

    Extino de concesso,

    Extino de permisso,

    Extino de autorizao de servio ou

    Extino de autorizao de uso de radiofrequncia.

    Causas de aplicao da sano de declarao de inidoneidade : Prtica de atos ilcitos visando frustrar os objetivos de licitao.

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    Das Sanes Penais

    Crime : Desenvolver clandestinamente atividades de telecomunicao.

    Classificao : crime de ao penal pblica, incondicionada, cabendo aoMinistrio Pblico promov-la.

    Pena : deteno de dois a quatro anos, aumentada da metade se houverdano a terceiro, e multa de R$ 10.000,00.

    Concorrncia : Incorre na mesma pena quem, direta ou indiretamente,concorrer para o crime.

    Efeitos da condenao penal transitada em julgado :

    Tornar certa a obrigao de indenizar o dano causado pelo crime;

    Perda, em favor da Agncia, ressalvado o direito do lesado ou de

    terceiros de boa-f, dos bens empregados na atividade clandestina, semprejuzo de sua apreenso cautelar.

    Novamente, evitando distores na interpretao e aplicao destesdispositivos, a prpria Lei n 9.472/1997 define o que considera AtividadeClandestina

    Atividade Clandestina : atividade desenvolvida sem a competente concesso,

    permisso ou autorizao de servio, de uso de radiofrequncia e deexplorao de satlite.

    DA REESTRUTURAO E DA DESESTATIZAO DAS EMPRESASFEDERAIS DE TELECOMUNICAES

    O objetivo da reestruturao e da desestatizao das empresas federais detelecomunicaes conduzir ao cumprimento dos deveres constantes do art.2 desta Lei. Vocs se lembram quais so?

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    tima oportunidade para relembrarmos e memorizarmos este importantedispositivo da LGT:

    Art. 2 O Poder Pblico tem o dever de:

    I - garantir, a toda a populao, o acesso s telecomunicaes, a tarifase preos razoveis, em condies adequadas;

    II - estimular a expanso do uso de redes e servios detelecomunicaes pelos servios de interesse pblico em benefcio da

    populao brasileira;

    III - adotar medidas que promovam a competio e a diversidade dosservios, incrementem sua oferta e propiciem padres de qualidadecompatveis com a exigncia dos usurios;

    IV - fortalecer o papel regulador do Estado;

    V - criar oportunidades de investimento e estimular o desenvolvimentotecnolgico e industrial, em ambiente competitivo;

    VI - criar condies para que o desenvolvimento do setor sejaharmnico com as metas de desenvolvimento social do Pas.

    Lembrem que esta Lei datada de julho de 1997, quela poca, o PoderExecutivo foi autorizado a promover a reestruturao e a desestatizao dasseguintes empresas controladas, direta ou indiretamente, pela Unio, esupervisionadas pelo Ministrio das Comunicaes (MC):

    Telecomunicaes Brasileiras S.A. - TELEBRS; Empresa Brasileira de Telecomunicaes - EMBRATEL; Telecomunicaes do Maranho S.A. - TELMA;

    Telecomunicaes do Piau S.A. - TELEPISA; Telecomunicaes do Cear - TELECEAR; Telecomunicaes do Rio Grande do Norte S.A. - TELERN; Telecomunicaes da Paraba S.A. - TELPA; Telecomunicaes de Pernambuco S.A. - TELPE; Telecomunicaes de Alagoas S.A. - TELASA; Telecomunicaes de Sergipe S.A. - TELERGIPE; Telecomunicaes da Bahia S.A. - TELEBAHIA;

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    Telecomunicaes de Mato Grosso do Sul S.A. - TELEMS; Telecomunicaes de Mato Grosso S.A. - TELEMAT;

    Telecomunicaes de Gois S.A. - TELEGOIS; Telecomunicaes de Braslia S.A. - TELEBRASLIA; Telecomunicaes de Rondnia S.A. - TELERON; Telecomunicaes do Acre S.A. - TELEACRE; Telecomunicaes de Roraima S.A. - TELAIMA; Telecomunicaes do Amap S.A. - TELEAMAP; Telecomunicaes do Amazonas S.A. - TELAMAZON; Telecomunicaes do Par S.A. - TELEPAR; Telecomunicaes do Rio de Janeiro S.A. - TELERJ; Telecomunicaes de Minas Gerais S.A. - TELEMIG; Telecomunicaes do Esprito Santo S.A. - TELEST; Telecomunicaes de So Paulo S.A. - TELESP; Companhia Telefnica da Borda do Campo - CTBC;

    Telecomunicaes do Paran S.A. - TELEPAR; Telecomunicaes de Santa Catarina S.A. - TELESC; Companhia Telefnica Melhoramento e Resistncia - CTMR.

    O Poder Executivo tambm foi autorizado a promover a reestruturao e adesestatizao das empresas subsidirias exploradoras do servio mvelcelular, constitudas nos termos do art. 5 da Lei n 9.295, de 19 de julho de1996.

    A Lei n 9.295/1996, que dispe sobre os servios de telecomunicaes e suaorganizao, sobre o rgo regulador e d outras providncias 2, traz em seusartigos 4 e 5:

    Art. 4 O Poder Executivo transformar em concesses de Servio MvelCelular as permisses do Servio de Radiocomunicao Mvel TerrestrePblico-Restrito outorgadas anteriormente vigncia desta Lei, emcondies similares as dos demais contratos de concesso de Servio

    Mvel Celular, respeitados os respectivos prazos remanescentes.

    2 Ementa da Lei n 9.295/1996

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    Pargrafo nico. As entidades que, de acordo com o disposto nesteartigo, se tornem concessionrias do Servio Mvel Celular deveroconstituir, isoladamente ou em associao, no prazo de at vinte equatro meses, a contar da vigncia desta Lei, empresas que assucedero na explorao do Servio.

    Art. 5 a Telecomunicaes Brasileiras S.A. - TELEBRS autorizada,com o fim de dar cumprimento ao disposto no pargrafo nico do artigoanterior, a constituir, diretamente ou atravs de suas sociedadescontroladas, empresas subsidirias ou associadas para assumir aexplorao do Servio Mvel Celular.

    Muitas das regras aqui dispostas j foram muito utilizadas, mas caso aindaexista alguma empresa controlada, direta ou indiretamente, pela Unio, esupervisionada pelo MC ou ainda exista ou venha a surgir empresa subsidiriaexploradora do servio mvel celular nos moldes acima descritos, aautorizao do Poder Executivo para promover a reestruturao e adesestatizao das mesmas continua vlida e vigente.

    A reestruturao e a desestatizao devero compatibilizar as reas deatuao das empresas com o plano geral de outorgas (art. 84), observando,ainda, restries, limites ou condies aqui estabelecidas (art. 71).

    Vamos relembrar o que dizem estes artigos:

    Restries, limites ou condies: Art. 71. Visando a propiciar competio efetiva e a impedir aconcentrao econmica no mercado, a Agncia poder estabelecerrestries, limites ou condies a empresas ou grupos empresariaisquanto obteno e transferncia de concesses, permisses eautorizaes.

    Plano Geral de Outorgas: Art. 84. As concesses no tero carter de exclusividade, devendoobedecer ao plano geral de outorgas, com definio quanto diviso doPas em reas, ao nmero de prestadoras para cada uma delas, seus

    prazos de vigncia e os prazos para admisso de novas prestadoras.

    1 As reas de explorao, o nmero de prestadoras, os prazos devigncia das concesses e os prazos para admisso de novas

    prestadoras sero definidos considerando-se o ambiente de competio,observados o princpio do maior benefcio ao usurio e o interesse sociale econmico do Pas, de modo a propiciar a justa remunerao da

    prestadora do servio no regime pblico.

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    2 A oportunidade e o prazo das outorgas sero determinados demodo a evitar o vencimento concomitante das concesses de umamesma rea.

    Atualmente, o Plano Geral de Outorgas est aprovado pelo Decreto n 6.654,de 20 de novembro de 2008, cuja ementa diz: Aprova o Plano Geral deOutorgas de Servio de Telecomunicaes prestado no regime pblico .

    Para as reestruturaes aqui reguladas, o Poder Executivo est autorizado aadotar as seguintes medidas em relao quelas empresas:

    Ciso;

    Fuso;

    Incorporao;

    Dissoluo;

    Desativao parcial dos empreendimentos;

    Reduo de capital social.

    Para o caso da TELEBRS determina que os processos de reestruturao edesestatizao prevejam mecanismos que assegurem a preservao dacapacidade em pesquisa e desenvolvimento tecnolgico existente na empresa.

    Visando atingir tal objeto, o Poder Executivo est autorizado a criar entidade,

    que incorporar o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da TELEBRS, sobuma das seguintes formas:

    Empresa estatal de economia mista ou no (inclusive por meio da cisoacima mencionada);

    Fundao governamental, pblica ou privada.

    Antes de seguirmos pela LGT, vamos fazer um aparte com relao ao Centrode Pesquisa e Desenvolvimento da TELEBRS, que aparece no pargrafo nciodo art. 190 da Lei n 9.472/1997.

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    Para isto, vamos recorrer ao stio oficial do CPqD Centro de Pesquisa eDesenvolvimento em Telecomunicaes ( www.cpqd.com.br ):

    O CPqD foi criado em 1976 como Centro de Pesquisa e Desenvolvimentoda Telebrs, empresa estatal que detinha o monoplio dos servios

    pblicos de telecomunicaes no Brasil. Desde ento, ocupa posto devanguarda tecnolgica, sintonizado com o futuro e antecipando-se snecessidades de uma sociedade que se modifica e evolui em altavelocidade. Em 1998, com a privatizao do sistema Telebrs, o CPqDtornou-se uma fundao de direito privado, ampliando a sua atuao,tanto no escopo como na abrangncia do mercado.

    Vamos entender o que a Lei considera como Desestatizao.

    Desestatizao : alienao onerosa de direitos que asseguram Unio, diretaou indiretamente, preponderncia nas deliberaes sociais e o poder deeleger a maioria dos administradores da sociedade, podendo serrealizada mediante o emprego das seguintes modalidades operacionais:

    Alienao de aes; Cesso do direito de preferncia subscrio de aes em aumento

    de capital.

    CARACTERSITCAS E CONSEQUNCIAS DADESESTATIZAO

    No afetar as concesses, permisses eautorizaes detidas pela empresa;

    Parte das aes poder ser reservada a seusempregados e ex-empregados aposentados, apreos e condies privilegiados, inclusive com autilizao do Fundo de Garantia por Tempo deServio FGTS;

    Implicar imediata abertura competio, na

    respectiva rea, dos servios prestados no regimepblico.

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    Podero ser objeto de alienao conjunta o controle acionrio de empresasprestadoras de servio:

    Telefnico fixo comutado e Mvel celular.

    Nestes casos, o novo controlador no poder promover a incorporao oufuso de tais empresas.

    Os modelos para as reestruturaes e desestatizaes aqui dispostas, apssubmetidos a consulta pblica, devero ser aprovados pelo Presidente da

    Repblica. A coordenao e o acompanhamento destes atos e procedimentosficaro sob responsabilidade de Comisso Especial de Superviso, a serinstituda pelo Ministro de Estado das Comunicaes.

    Servios especializados de terceiros necessrios aos processos dereestruturao e de desestatizao

    Apesar de se tratar de uma licitao de rito prprio (conforme previsto noart. 196 desta Lei), podemos identificar diversos atos, critrios, fases eprocedimentos compatveis com a Lei de Licitaes e Contratos Administrativos(Lei n 8.666/93).

    Vamos, ento, analisar o procedimento trazido pela LGT.

    Na reestruturao e na desestatizao podero ser utilizados servios

    especializados de terceiros, contratados mediante procedimento licitatrio derito prprio, nos termos seguintes: Ministrio das Comunicaes manter cadastro organizado por

    especialidade, aberto a empresas e instituies nacionais ouinternacionais, de notria especializao na rea de:

    Telecomunicaes, Avaliao de empresas, Auditoria de empresas,

    Planejamento e execuo de venda de bens e valores mobilirios e Questes jurdicas relacionadas;

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    A Comisso Especial de Superviso definir os requisitos a serematendidos pelas empresas interessadas neste cadastramento, quedevero ser aprovados pelo Ministro de Estado das Comunicaes;

    Podero participar das licitaes apenas os cadastrados, que seroconvocados, com a especificao dos servios objeto do certame;

    Os convocados, isoladamente ou em consrcio, apresentaro suaspropostas em 30 dias, contados da convocao;

    Alm de outros requisitos previstos na convocao, as propostasdevero conter:

    Detalhamento dos servios, Metodologia de execuo, Indicao do pessoal tcnico a ser empregado e Preo pretendido;

    Julgamento das propostas ser realizado pelo critrio de tcnica epreo;

    Contratado, sob sua exclusiva responsabilidade e com a aprovao docontratante, poder subcontratar parcialmente os servios objeto docontrato;

    Contratado ser obrigado a aceitar, nas mesmas condies contratuais,

    os acrscimos ou redues que se fizerem necessrios nos servios, deat 25% do valor inicial do ajuste.

    O processo especial de desestatizao poder comportar uma etapa de pr-qualificao, ficando restrita aos qualificados a participao em etapassubsequentes.

    Este processo ser iniciado com a publicao, no Dirio Oficial da Unio e em

    jornais de grande circulao nacional, de avisos referentes ao edital, do qualconstaro, obrigatoriamente: Condies para qualificao dos pretendentes; Condies para aceitao das propostas; Critrios de julgamento; Minuta do contrato de concesso; Informaes relativas s empresas objeto do processo, tais como seu

    passivo de curto e longo prazo e sua situao econmica e financeira,

    especificando-se lucros, prejuzos e endividamento interno e externo,no ltimo exerccio; Sumrio dos estudos de avaliao;

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    Outras disposies acerca destes procedimentos:

    Os preos de aquisio sero pagos exclusivamente em moedacorrente, admitido o parcelamento, nos termos do edital;

    Em at 30 dias aps o encerramento de cada processo dedesestatizao, a Comisso Especial de Superviso publicar relatriocircunstanciado a respeito;

    Entre as obrigaes da instituio financeira contratada para a execuo

    de atos e procedimentos da desestatizao, poder ser includo ofornecimento de assistncia jurdica integral aos membros da ComissoEspecial de Superviso e aos demais responsveis pela conduo dadesestatizao, na hiptese de serem demandados pela prtica de atosdecorrentes do exerccio de suas funes;

    Os administradores das empresas sujeitas desestatizao soresponsveis pelo fornecimento, no prazo fixado pela Comisso Especial

    de Superviso ou pela instituio financeira contratada, das informaesnecessrias instruo dos respectivos processos.

    Disposies acerca da transferncia do controle acionrio ou da concesso:

    Tal transferncia, aps a desestatizao, somente se efetuar apstranscorridos 5 anos (observados incisos II e III do art. 98 desta Lei);

    Aps este prazo (5 anos), a transferncia que resulte no controle, diretoou indireto, por um mesmo acionista ou grupo de acionistas, deconcessionrias atuantes em reas distintas do plano geral de outorgas,no poder ser efetuada enquanto tal impedimento for considerado,pela Agncia, necessrio ao cumprimento do plano.

    Tal restrio transferncia da concesso no se aplica quando

    efetuada entre empresas atuantes em uma mesma rea do plano geralde outorgas.

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    DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS

    Muitas disposies desta parte da LGT, por disporem sobre questes esituaes existentes poca de sua promulgao (transio), no 1997, j notm mais aplicabilidade no atual momento do ramo de telecomunicaes denosso pas.

    As concesses das empresas prestadoras de servio mvel celular abrangidaspelo art. 4 da Lei n 9.295/1996, sero outorgadas na forma e condiesdeterminadas pelo referido artigo e seu pargrafo nico (j transcrevemos este

    dispositivo nesta aula).

    NO APLICABILIDADE DAS LEIS ns 8.666/93,8.987/95 e 9.074/95

    As concesses, permisses e autorizaes de servio detelecomunicaes e de uso de radiofrequncia e as

    respectivas licitaes regem-se exclusivamente por estaLei, a elas no se aplicando as Leis n 8.666/1993, n

    8.987/1995, n 9.074/1995, e suas alteraes.

    A outorga dos servios de radiodifuso sonora e de sons e imagens ficaexcluda da jurisdio da Agncia, permanecendo no mbito de competnciasdo Poder Executivo, devendo a Agncia elaborar e manter os respectivosplanos de distribuio de canais, levando em conta, inclusive, os aspectosconcernentes evoluo tecnolgica.

    Cabe Agncia a fiscalizao, quanto aos aspectos tcnicos, das respectivasestaes.

    O servio de TV a Cabo, inclusive quanto aos atos, condies e procedimentosde outorga, continuar regido pela Lei n 8.977/1995, ficando transferidas Agncia as competncias atribudas pela referida Lei ao Poder Executivo.

    Ser livre a qualquer interessado a divulgao, por qualquer meio, de listas de

    assinantes do servio telefnico fixo comutado destinado ao uso do pblico emgeral.

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    Pessoal,

    Com esta aula encerramos nossos estudos da Lei Geral deTelecomunicaes (Lei n 9.472/1997).

    Abraos e at a prxima aula!

    Prof. Csar FradeSetembro/2012