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Saber Científico, Porto Velho, V., n., p. – , mês./mês. 2016.
ANÁLISE DA ACIDIFICAÇÃO PRODUZIDA PELO KEFIR DE LEITE
TRADICIONAL ENTRE CEPAS DE ESCHERICHIA COLI, SALMONELLA SPP. E
KLEBSIELLA SPP.
Sarianne Delfino Da Silva COSTA1*; Lorena Brandhuber De MOURA1; 1.Centro Universitário São Lucas (UNISL). 1. Centro Universitário São Lucas (UNISL). Afiliação Autor –
RESUMO: Os grãos de kefir são um alimento a base de probióticos composto por bactérias ácido acéticas,
ácido lácticas e leveduras convivendo em simbiose em uma matriz de polissacarídeo. É comprovado que a sua
ingestão cotidiana traz inúmeros benefícios à saúde do seu usuário, como a melhora no sistema imunológico e
respiratório, além de regularização e equilíbrio da microbiota residente humana. A proposta principal deste
projeto foi a de averiguar se a acidez produzida pelo soro de kefir é suficiente para inibir bacteriostaticamente a
Salmonella spp., Escherichia coli e Klebsiella spp. A metodologia adotada foi dividida em produção do kefir,
preparo dos meios de cultivo, preparação das diluições, interação entre as amostras de kefir e as enterobactérias e
o semeio para controle. Inicialmente realizou-se uma diluição seriada em tubos múltiplos de 25ml de soro em
225ml de leite pasteurizado, em seguida, inoculou-se 1ml do soro diluído em caldo BHI e em caldo Selenito
associado a 1ml da bactéria em fase exponencial a ser analisada. Os inóculos foram submetidos a processo de
incubação em estufa bacteriológica pelo período de 24, 48 e 72 horas. A cada 24 horas de incubação realizou-se
semeio com a técnica de esgotamento em ágar MacConkey e ágar SS, para visualização da presença ou ausência
de crescimento bacteriano. Os resultados alcançados demonstraram que a elevação do pH obtido pela
fermentação de 24 horas não é capaz de inibir o desenvolvimento bacteriano, a fermentação de 48 horas teve
efeito bacteriostático nas bactérias Salmonella spp. e Escherichia coli. Entretanto, não apresentou qualquer ação
de bloqueio sobre a Klebsiella spp. A fermentação de 72 horas inibiu totalmente o crescimento de todas as
bactérias analisadas, confirmando que a acidez instituída pelos Lactobacillus e leveduras presentes no soro de
kefir surtiu impacto bactericida sobre as enterobactérias. Conclui-se que o soro de kefir tradicional apresentou
grande eficácia no possível exercício de inativação bacteriostática e bactericida, revelando este alimento como
uma proposta a ser analisada de medicamento natural que pode ser administrado com consumo diário.
PALAVRAS-CHAVE: Kefir. Enterobacteriaceae. Fermentação. Antibacterianos.
INTRODUÇÃO
Com o advento da globalização e a
ausência de tempo nas grandes sociedades,
fez com que o número de bactérias
multirresistentes se elevasse nos últimos anos
(GURGEL e CARVALHO, 2008, AYCAN
et al., 2014, LOUREIRO et al., 2016,). O que
se sucedeu em uma maior procura por
hábitos alimentares mais saudáveis, levando
em consideração a qualidade do alimento,
sua atuação sobre o organismo e o seu custo-
benefício. Dentro desses parâmetros, os
alimentos a base de probióticos ofereceram
maior destaque para os leites fermentados,
sendo um deles o kefir (HUNGRIA e
LONGO, 2009, RAIZEL et al., 2011). Este
poderoso alimento similarmente conhecido
como cogumelos tibetanos, quefir, grãos de
kefir, cogumelos do iogurte, tibicos e plantas
do iogurte (LEITE et al., 2012, MARCHI,
2015) não possui estudos que comprovem
com veracidade a sua origem até a presente
data. Porém, acredita-se tenha surgido nas
imediações da Europa e Ásia ocidental entre
as montanhas dos Cáucasos no século XVIII,
em múltiplas tribos muçulmanas, os quais
consideravam este alimento a base de
probióticos como um presente dado pelas
divindades, pois era uma riqueza tribal que
deveria ser passado por todas as gerações
(RODRIGUES et al., 2005, LOPITZ-
OTSOA et al., 2006, CARVALHO, 2011,
LEITE et al., 2012, PAIVA, 2013).
Seu nome traduzido do turco para a
linguagem portuguesa, significa “sentir-se
bem” e na Grécia, é conhecido como a “água
da cura” (LOPITZ-OTSOA et al., 2006) Tais
probióticos, obtiveram reconhecimento nos
anos noventa, quando a russa Irina Sakharova
transportou uma pequena colônia destas
bactérias para o seu país de origem. Esta cepa
foi utilizada como um medicamento
poderoso no combate de múltiplas doenças,
como as infecções de origem bacteriana e
viral, como por exemplo, as diarreias
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Saber Científico, Porto Velho, V., n., p. – , mês./mês. 2016.
correlacionadas com o uso de antibióticos,
alergias e outros (CARNEIRO, C.S, 2012,
LEITE et al., 2012, SAAD et al., 2013). Este
kefir é um agente biostático com ação eficaz,
devido a sua composição. Dado que se
resume em um conglomerado de bactérias
ácido acéticas, ácido lácticas e leveduras
inerentes a uma solvência acidificada e
viscosa, convivendo de forma simbiótica
devido a uma matriz de polissacarídeo que os
mantém unidos (YANG et al., 2008,
WESCHENFELDER, 2009, REIS, 2015,
DIAS et al., 2018).
Os grupos de microrganismos que
compõem os grãos de kefir são os
Lactobacillus, leveduras e
Streptococci/lactococci. Ao grupo dos
Lactobacillus, as bactérias em maior
quantidade estão as: Lactobacillus
acidophilus, Lactobacillus casei,
Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus
paracasei, Lactobacillus delbrueckii subsp.
bulgaricus e Lactobacillus plantarum. Ao
grupo das leveduras estão: Candida
friedrichii, Candida rancens, Candida
humilis, Candida tenuis, Saccharomyces
cerevisiae e Saccharomyces pastorianus. Já
no grupo Streptococci/Lactococci encontra-
se em maior número: Streptococcus
thermophilus, Lactococcus lactis,
Lactococcus cremoris e Enterococcus durans
(LOPITZ-OTSOA et al., 2006,
WESCHENFELDER, 2009, JIANZHONG
et al., 2009).
INGESTÃO DE KEFIR E INTERAÇÃO
COM ENTEROBACTÉRIAS
De acordo com estudos o uso de
alimentos a base de probióticos ajuda a
equilibrar a microbiota residente humana,
melhora os sistemas imunológico,
respiratório, digestivo e outros. Além de ter
fácil manuseio, armazenamento simples e
alto custo benefício (KOMATSU et al.,
2008). Algumas das vantagens diárias da
ingestão kefir é a luta contra células
cancerígenas, redução de processos alérgicos
e auxílio na absorção do leite em pacientes
intolerantes a lactose (KOMATSU et al.,
2008, LEITE et al., 2012,). Este probiótico
auxilia no combate a bactérias intestinais
aptas a causar disfunções no ser humano,
sendo uma dessas a Salmonella spp e a
Escherichia coli (WESCHENFELDER,
2009, CARVALHO, 2011, MARCHI, 2015).
Essas bactérias são frequentes
causadoras de ocorrências de diarreias nas
regiões Norte e Nordeste do Brasil
(LOUREIRO et al., 2010, COSTA, 2013),
alguns dos fatores que permitem a sua
proliferação são o clima favorável, condições
socioeconômicas, falta de conscientização da
população em manter hábitos higiênicos,
ausência de armazenamento adequado dos
fornecedores de mantimentos e o saneamento
básico precário na maior parte das grandes
cidades (BÜHLER et al., 2014, PAIVA e
SOUZA, 2018). O contágio ocorre pela
ingestão de água e alimentos contaminados
com fezes ou que não passaram por um
processo de esterilização, conhecida como
transmissão fecal-oral (FERENS e HOVDE,
2011, HEITHOFF et al., 2012).
Essa transmissão resulta em
constantes casos de internação hospitalar
com sintomas graves de diarreia
sanguinolenta, vômitos, fortes dores
abdominais, náuseas, cefaleias e alterações
constantes da temperatura corporal
(SHINOHARA et al., 2007). Esses relatos
de sinais e sintomas associados a esses
microrganismos conduziu uma aflição a
sociedade do mundo moderno, aumentando a
necessidade de estudos mais profundos que
demonstrassem uma alternativa perdurável e
segura para combate destas bactérias.
Uma das bactérias responsáveis por
esta aflição é a Escherichia coli, a qual trata-
se de uma enterobactéria presente no
intestino humano em forma de bastão,
anaeróbia facultativa, Gram-negativa
(CHAURET, 2011), que possui a capacidade
de segmentar-se em múltiplas classificações
patogênicas, sendo algumas delas a:
Enteropatogênica(EPEC),enteroinvasora(EIE
C),enterohemorrágica(EHEC),enterotoxigêni
ca(ETEC),enteroagregativa(EaggEC) e a
cepa produtora da toxina de shiga (STEC) e
são esses diferentes mecanismos de
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Saber Científico, Porto Velho, V., n., p. – , mês./mês. 2016.
virulência entre as cepas de E.coli, que
tornam essa bactéria em tal intensidade
nociva à saúde humana levando a
toxinfecção intestinal (ELSAS et al., 2011).
Já a Salmonella spp. se caracteriza por se
dispor em forma de bastonete, é anaeróbica
facultativa, Gram negativa, não fermentadora
de lactose, temperatura recomendada de
37ºC, pH de 7.0 e tem sua mobilidade dada
por flagelos (ORDÓNEZ et al., 2011). Suas
principais espécies patogênicas é a
Salmonella bongori e Salmonella enterica
(PETERSEN et al., 2011).
Diante o contexto apresentado em
que as principais bactérias que causam
intoxicação alimentar ou infecção intestinal
são a Escherichia coli e a Salmonella spp, o
kefir que tem seu conhecimento empírico no
uso de seus benefícios no cotidiano da
sociedade, é uma proposta de tratamento
alternativo e natural que proporciona
eficiência e qualidade, em razão que a
população de baixa renda está mais
vulnerável a desenvolver essas patologias.
Faz–se então necessário um estudo mais
aprofundado sobre a interação desde
probiótico em uma situação de diarreia.
O objetivo desta pesquisa é analisar
se a elevação da acidificação produzida pelos
Lactobacillus é suficiente para inibir o
crescimento das enterobactérias testadas.
MATERIAL E MÉTODO
A metodologia foi dividida nas
seguintes etapas: (1) Produção do kefir, (2)
Preparo dos meios de cultivo, (3) Preparação
das diluições, (4) Interação entre as amostra
de kefir e as enterobactérias e (5) Semeio
para controle. Inicialmente foi necessário
realizar uma busca bibliográfica virtual sobre
a história e funcionalidade do Kefir, através
de artigos científicos e monografias
disponível nos bancos de dados SciELO,
PubMed, NCBI, Periódicos e Google
Acadêmico. Excluindo aqueles cujo o
conteúdo não respondia às dúvidas do estudo.
Na primeira etapa teve início a pesquisa em
campo, onde foi selecionada uma colônia de
grãos de kefir in natura, não submetidos a
tratamento térmico, da qual houve
armazenamento e preparo adequado. A
segunda etapa concretizou-se pelo preparo
dos meios de cultura em ágar, no qual foram
utilizados: Caldo Selenito Cistina Base,
produzido pela HiMedia Laboratories Pvt.
LTDA, Ágar Salmonella Shigella, Ágar
MacConkey e Caldo Brain Heart Infusion
(BHI), produzidos pela Kasvi. Nesta etapa
também se sucedeu a esterilização de todos
os utensílios a serem manipulados. A terceira
etapa realizou-se o preparo dos tubos para
diluição. A quarta etapa executou-se a
interação entre as enterobactérias e o kefir. A
última etapa caracterizou-se pelo semeio em
ágar para controle.
Os meios de culturas utilizados
nesta pesquisa foram dissolvidos em água
destilada e dispostos em autoclave calibrada
para processo de esterilização. Foram
despejados em placas de petri estéreis e
incubados na estufa bacteriológica por 24
horas para controle de esterilização e
detecção de possíveis falhas. Não houve
crescimento microbiológico em nenhuma das
placas e tubos, demonstrando a eficácia de
todo o procedimento de produção dos meios.
PREPARAÇÃO DO KEFIR
O kefir se desenvolveu conforme o
seu cultivo, para atingir grãos saudáveis
primeiramente realizou-se a ativação das
colônias por meio de descongelamento em
temperatura de 6 a 10ºC. No momento em
que os grãos encontravam-se totalmente em
meio líquido, foi incluído o leite com teor de
gordura a 3% e processou a primeira
fermentação de 24 horas. O recipiente
adequado para o armazenamento foi um
frasco de vidro estéril, no qual o kefir
permaneceu reservado em um local com
baixa luminosidade e em temperatura
ambiente. As primeiras fermentações de 24,
48 e 72 horas foram desprezadas e a cada
troca de leite realizou-se uma lavagem dos
grãos com água destilada. Após as primeiras
72 horas de fermentação, o kefir já se
encontrava apto para consumo.
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Saber Científico, Porto Velho, V., n., p. – , mês./mês. 2016.
Quando o kefir permanece somente
com o leite inicial, sem trocas e
posteriormente a 24 horas de fermentação
durante subsequentes dias, uma modificação
da estrutura original ocorre. Transformando o
leite que encontrava-se em estado líquido
para o sólido, evidenciando uma massa
aglomerada de leite. Tal mudança é
popularmente conhecida como “queijação do
leite”. Para obtenção do soro do kefir,
inicialmente foi necessário separar a parte
sólida da líquida com um auxílio de um
coador de papel, por 12 horas em
temperatura de refrigeração. Como medida
de controle dos grãos de kefir, uma cultura
em ágar Sabouraud foi realizada para
confirmação das leveduras e uma coloração
de Gram para verificar a presença dos
Lactobacillus antes da iniciação dos testes.
PREPARAÇÃO DAS DILUIÇÕES
A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) estabelece que a
concentração para caracterização de um
determinado alimento em probiótico ou
funcional, deve encontrar-se nas
concentrações de 10-10 e 10-11, alegadas nas
resoluções de número 18 e 19 datadas em 30
de abril de 1999. Para atingir esses valores,
foi necessário realizar a técnica de diluição
seriada em tubos múltiplos, o processamento
da técnica iniciou-se com a esterilização de
225 ml de leite pasteurizado com teor de
gordura a 3%, 25 ml de soro de kefir foram
inseridos no leite após a esterilização e o
material foi transferido para um recipiente de
vidro igualmente estéril, tornando-se assim a
solução mãe. Onze tubos de ensaio contendo
9 ml de leite pasteurizado foram utilizados
para as diluições e 1 ml da solução mãe foi
transferida para o primeiro tubo 1:10 (10-10)
e passado aos seguintes, até ao décimo
primeiro tubo 1:100000000000 (10-11)
diminuindo deste modo a carga bacteriana.
INOCULAÇÃO DAS AMOSTRAS EM
CALDO BHI E CALDO SELENITO
Posteriormente às diluições, os
tubos 10-10 e 10-11 foram selecionados para
inoculação nos meios de cultura para
crescimento. Seis tubos de ensaio contendo 1
ml de Caldo BHI e seis tubos de ensaio
contendo 1 ml de Caldo Selenito foram
utilizados e semeados as amostras. No Caldo
BHI, em cada tubo 01 houve a inoculação do
soro de kefir obtido das diluições 10-10 e 10-
11, em cada tubo 02 houve a inoculação do
soro de kefir associada à Escherichia Coli e
em cada tubo 03 não houve nenhuma
inoculação. No Caldo Selenito, em cada tubo
01 houve a inoculação do soro de kefir
obtido das diluições 10-10 e 10-11, em cada
tubo 02 houve a inoculação do soro de kefir
associado à Salmonella spp. e em cada tubo
03 não houve nenhuma inoculação.
Resultando em tubo 01 para controle
negativo, tubo 02 para controle positivo e 03
apenas para controle. Todos os tubos foram
inseridos na estufa bacteriológica por 24, 48
e 72 horas.
Destaca-se a importância destes
tubos como medida de controle durante todo
o procedimento, visto que o tubo controle
negativo (tubo 01) somente com a existência
dos Lactobacillus e as leveduras, permitiu
avaliar o desenvolvimento da fermentação do
leite inserido e a degradação dos meios de
cultura. Com o passar dos dias, o leite que foi
introduzido para nutrição do kefir sofreu um
processo de agregação e o gás da
fermentação foi elevando esta massa.
Evidenciando desta forma, que os mesmos
fatos que ocorrem com o kefir tradicional
disposto em frasco para consumo, estavam
ocorrendo com o soro in vitro. Confirmando
a presença do kefir nos controle negativo
(tubo 01) e controle positivo (tubo 02).
Já o controle positivo (tubo 02),
possibilitou a visualização do confronto entre
os microrganismos presente no kefir e as
enterobactérias testadas. Em razão de que a
realização dos semeios em placas controles
demonstrou a presença ou ausência das
bactérias. O controle (tubo 03) é de suma
importância para todo o processo, mediante
ao fato que este tubo representa a pureza dos
meios de cultura utilizados. Constatando que
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Saber Científico, Porto Velho, V., n., p. – , mês./mês. 2016.
os meios de cultura usados permaneceram
estéreis durante todo o procedimento, sem
qualquer interferência de microrganismos
externos que pudessem causar alterações nos
resultados. Este processo esta localizado na
Figura 1.
SEMEIO PARA CONTROLE EM
ÁGAR MACCONKEY E ÁGAR
SALMONELLA SHIGELLA
Foram selecionadas trinta e seis
placas de Ágar MacConkey e dezoito
placas de Ágar Salmonella Shigella para
certificação de crescimento das amostras
nos tubos. Os tubos 01, 02 e 03 de Caldo
BHI das concentrações 10-10 e 10-11 foram
semeados aplicando a técnica de
esgotamento, cada um em uma placa de
Ágar MacConkey após 24 horas de
incubação, o processo se repetiu para as
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outras 48 e 72 horas. Os tubos 01, 02 e 03
de Caldo Selenito das concentrações 10-10
e 10-11 foram semeados aplicando
igualmente a técnica de esgotamento, cada
um em uma placa de Ágar Salmonella
Shigella após 24 horas de incubação, o
processo se repetiu para as outras 48 e 72
horas. Estas etapas estão situadas na Figura
2.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Posteriormente a primeira incubação
de 24 horas, todos os meios de cultura
encontravam-se apropriados para análise.
Iniciou-se com a leitura dos testes para
Escherichia coli, no qual pôde-se observar
com o controle negativo que os Lactobacillus
Gram positivos não são capazes de se
proliferar em meio MacConkey. O controle
positivo possibilitou a visualização de
crescimento bacteriano em todo o semeio da
placa, determinando deste modo, que a
acidez produzida pelo kefir durante o período
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Saber Científico, Porto Velho, V., n., p. – , mês./mês. 2016.
de um dia foi insuficiente para inibir o
desenvolvimento da bactéria. Não houve
qualquer crescimento na placa controle,
demonstrando que o meio BHI continuava
sem contato com interferentes externos que
pudessem ocasionar mudança nos resultados.
Foram adicionadas 10 gostas de leite no tubo
controle positivo (tubo 01) e no tubo controle
negativo (tubo 02), para preservar a
quantidade de kefir inserido inicialmente sem
qualquer estresse por escassez de nutriente.
Os resultados para a Salmonella spp.
foram semelhantes ao da Escherichia coli,
visando que na placa controle negativo os
Lactobacillus não foram capazes de se
proliferar em ágar SS. O controle positivo
demonstrou proliferação da Salmonella spp.
por todo o semeio da placa, constatando que
a acidez produzida pelo kefir durante as 24
horas é insuficiente para inibir o
desenvolvimento da bactéria. Não houve
qualquer crescimento na placa controle,
validando que o meio Selenito Cistina
encontrava-se sem contato com interferentes
externos que pudessem ocasionar mudanças
nos resultados. Foram adicionadas 10 gostas
de leite no tubo controle positivo (tubo 01) e
no tubo controle negativo (tubo 02), para
preservar a quantidade de kefir inserido
inicialmente sem qualquer estresse por
escassez de nutriente.
Todas as placas foram submetidas à
incubação por igual período para processo de
confirmação no qual os resultados
permaneceram positivos, evidenciando que a
fermentação de 24 horas não pode ser usada
como uma possível ferramenta
bacteriostática contra bactérias patogênicas.
Com essas resultas, torna-se expositivo o
cuidado indispensável com o manuseio e o
tempo de fermentação do kefir para fins de
consumo, sendo necessária a higienização
correta das mãos e utensílios, com o
propósito de evitar que bactérias nocivas
possam entrar em contato com a matéria-
prima. Ressalta-se igualmente o risco ao
consumidor caso o leite utilizado seja de
procedência duvidosa ou esteja contaminado.
Os resultados desta fermentação estão
dispostos na Tabela 1.
Tabela 1. Fermentação de 24 horas.
MEIOS SEMEADOS CONTROLE -
TUBO 1
CONTROLE +
TUBO 2
CONTROLE
TUBO 3
MacConkey para Escherichia coli. - + -
SS para Salmonella spp. - + -
LEGENDA: Não houve crescimento
(-) e houve crescimento (+)
*Fonte: Dados da pesquisa
**Nota:: Incubação por 24 horas dos tubos 01,02 e 03.
Após 48 horas de incubação dos
tubos testes, fez – se novo semeio em ágar
MacConkey e SS. Seguida a incubação, os
resultados para Escherichia coli
demonstraram que na placa controle negativo
persistiu sem crescimento dos Lactobacillus.
Na placa controle positivo não houve
crescimento da bactéria, comprovando que a
elevação do pH no meio em 48 horas é
suficiente para diminuir o crescimento
bacteriano. A placa controle continuou sem
qualquer crescimento microbiológico,
evidenciando a ausência de contaminantes
externos no tubo contendo o meio BHI
estéril. Foram adicionadas novamente 10
gotas de leite nos tubos controle positivo
(tubo 01) e controle negativo (tubo 02) para
nutrir o kefir.
Os resultados para Salmonella spp.
em 48 horas de fermentação, atestaram que a
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Saber Científico, Porto Velho, V., n., p. – , mês./mês. 2016.
placa controle negativo continuou sem
crescimento dos Lactobacillus. A placa
controle positivo não demonstrou
crescimento da bactéria, confirmando que a
elevação do pH no meio testado durante o
tempo analisado é suficiente para diminuir a
carga bacteriana. A placa controle continuou
sem crescimento microbiológico,
comprovando a ausência de contaminantes
externos no tubo contendo o meio Selenito
estéril. Foram adicionadas igualmente 10
gotas de leite nos tubos controle positivo
(tubo 01) e nos tubos controle negativo (tubo
02) para nutrição do kefir. Todas as placas
foram sujeitas novamente a incubação para
processo de confirmação, os resultados se
mantiveram os mesmo.
Czamanski (2003),pode encontrar
concentrações inibitórias no soro de kefir
contra bactérias patogênicas. Observando que
a Salmonella spp. e a Escherichia coli
analisadas no seu trabalho, sofreram ação
bacteriostática,e as que pertenciam ao grupo
das Gram-positivas passaram por ação
bactericida. Carvalho (2011), realizando
experimentos em camundongos com a
Salmonella Typhimurim, evidenciou que os
animais tratados com o soro de kefir
alcançaram maior sobrevivência do que
aqueles que não foram submetidos ao soro.
Santos (2008), em suas indagações observou
resultados equivalentes ao dos outros
escritores já citados, onde o kefir impediu o
crescimento da Escherichia coli e da
Salmonella Typhimurim, todas as
informações fornecidas por esses autores
encontravam – se em conformidade com os
dados obtidos neste artigo. Os resultados
desta fermentação estão localizados na
Tabela 2.
Tabela 2. Fermentação de 48 horas.
MEIOS SEMEADOS CONTROLE -
TUBO 1
CONTROLE +
TUBO 2
CONTROLE
TUBO 3
MacConkey para Escherichia coli - - -
SS para Salmonella spp. - - -
LEGENDA: Não houve crescimento
(-) e houve crescimento (+)
*Fonte: Dados da pesquisa
**Nota: : Incubação por 48 horas dos tubos 01,02 e 03.
Em continuação com as incubações,
em 72 horas os resultados para Escherichia
coli permaneceram com a progressão da
ausência de crescimento na placa controle
negativo. Na placa de controle positivo não
houve nenhum crescimento bacteriano.
Atestando que a acidificação no tubo
controle positivo encontrava-se em grande
elevação, tornando o meio BHI inadequado
para a sobrevivência da Escherichia coli
ocasionando a possível eventual morte. Na
placa controle também não houve
crescimento bacteriano, demonstrando que o
meio BHI de crescimento sem amostra ainda
estava estéril.
Os resultados da Salmonella spp.
foram idênticos ao da E.coli, no qual a placa
controle negativo continuou sem crescimento
dos Lactobacillus. A placa controle positivo
não demonstrou nenhuma proliferação
bacteriana, comprovando que a acidificação
no tubo controle positivo encontrava-se em
grande elevação, tornando o meio Selenito
inadequado para a sobrevivência da
Salmonella spp. ocasionando a possível
eventual morte. Na placa controle também
não houve crescimento bacteriano,
demonstrando que o meio Selenito de
crescimento sem amostra permanecia estéril.
As placas foram adicionadas novamente a
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estufa bacteriológica pelo período de 24
horas para confirmação dos resultados, todas
mantiveram os resultados negativos.
Segundo Weschenfelder (2009), a
Escherichia coli em concentração de 10-8 foi
inibida pelo soro de kefir, reiterando o soro
de kefir como um agente anti-Escherichia
coli. Ulusoy et al. (2007), atestou em suas
pesquisas efeito antibacteriano com o uso do
kefir em diversas bactérias testadas, sendo
algumas delas a Salmonella enteretidis e
Escherichia coli em fermentações de 24 e 48
horas. Rodrigues (2005), igualmente atingiu
resultas de bloqueio contra a Salmonella spp.
e Escherichia coli com o uso do soro de
kefir. Todos esses relatos apresentam dados
de bloqueio da proliferação destas
enterobactérias que correspondem aos
encontrados neste trabalho, comprovando
que o kefir pode diminuir a carga
microbiológica de bactérias aptas a causar
distúrbios intestinais. Não apenas atuando na
melhora do sistema imunológico, bem como
impedindo a simbiose e a proliferação de
cepas patogênicas que podem ocasionar a
uma maior fatalidade de seu hospedeiro
temporário. Os resultados desta fermentação
estão dispostos para análise na Tabela 3.
Tabela 3. Fermentação de 72 horas.
MEIOS SEMEADOS CONTROLE –
TUBO 1
CONTROLE +
TUBO 2
CONTROLE
TUBO 3
MacConkey para Escherichia coli. - - -
SS para Salmonella spp. - - -
LEGENDA: Não houve crescimento
(-) e houve crescimento (+)
*Fonte: Dados da pesquisa
**Nota: : Incubação por 72 horas dos tubos 01,02 e 03.
Durante a incubação da primeira
amostra bacteriana ocorreu a possibilidade de
expor o soro de kefir em concentração
elevada, a uma bactéria que apresentassem
maior resistência aos antimicrobianos. Sendo
assim, utilizou-se as concentrações 10-5 e 10-6
em oposição a Klebsiella spp. em caldo de
crescimento BHI. Esta bactéria foi escolhida
pelo fato de ser um bacilo Gram-negativo
igualmente pertencente à família da
Enterobacteriaceae, encapsulada, aeróbia
facultativa e imóvel, causadora de infecção
frequente em pacientes imunossuprimidos
(ROSSI, 2014, ROSA, 2014, VERDI, 2016).
Moreira e Freire (2011),objetivaram que a
capacidade de resistência desta bactéria,
ocorre devido a produção da enzima KPC
que inativa diversos antimicrobianos. Verdi
et al. (2016), observou através de buscas em
inúmeros artigos da literatura que a
Klebsiella spp. é o bacilo mais persistentes
em hospitais do Brasil. Sendo este um
patógeno oportunista, é frequentemente
responsável por diversos casos de diarreia
por infecção em pacientes com
antibioticoterapia prolongada ou que estejam
imunodeprimidos. Podendo levar a piora do
quadro clinico do paciente mais rápido do
que outras bactérias. Matos (2017), afirma
que esta presença em clinicas e hospitais
decorre pelo uso indiscriminado de
antimicrobianos e da junção de pessoas
vulneráveis no mesmo ambiente. Para que os
resultados fossem análogos aos das outras
bactérias testadas, todos os processos
realizados para as enterobactérias anteriores,
foram repetidos para a Klebsiella spp. e suas
amostras foram semeadas em ágar
MacConkey. O meio de enriquecimento BHI
foi utilizado para semeio da Klebsiella spp.
10
Saber Científico, Porto Velho, V., n., p. – , mês./mês. 2016.
os tubos controle negativo (tubo 01), controle
positivo (tubo 02) e controle (tubo 03) foram
submetidos a processo de incubação em
estufa bacteriológica por 24 horas, pra início
das fermentações e semeio em ágar
MacConkey. Passados 24 horas do semeio no
MacConkey introduziu-se a primeira leitura
dos resultados, no qual foram constatados
que na placa controle negativo não houve
crescimento dos Lactobacillus, na placa
controle positivo houve proliferação
bacteriana total em todo o crescimento da
placa. E na placa controle não houve
crescimento microbiológico, evidenciando a
esterilidade dos meios. Foram inseridas 10
gotas de leite nos tubos controle negativo
(tubo 01) e controle positivo (tubo 02), para
que o kefir pudesse permanecer saudável
durante todo o período de teste. Todas as
placas foram submetidas novamente a estufa
bacteriológica por 24 horas, os resultados se
mantiveram iguais.
Para a fermentação de 48 horas os
resultados apresentaram-se diferentes das
outras enterobactérias, de modo que na placa
controle negativo os resultados
permaneceram os mesmos. Porém, na placa
controle positivo continuou o crescimento
bacteriano em todo o semeio na placa. A
placa controle manteve-se com resultados
negativos para crescimento microbiológico.
Desde modo pôde-se concluir que a
Klebsiella spp. mesmo disposta em maior
concentração de bactérias acido láticas e
leveduras, é resistente a acidez de 24 e 48
horas produzida pelo kefir. Evidenciando a
sua grande capacidade de sobrevivência em
ambientes acidificados e sua simbiose com
microrganismos de outros reinos. Foram
inseridas novamente 10 gotas de leite nos
tubos controle negativo (tubo 01) e controle
positivo (tubo 02), mantendo desta forma o
kefir nutrido e sem estresse por escassez de
nutrientes. As placas foram inseridas outra
vez na estufa para confirmação dos
resultados, os quais se mantiveram os
mesmo. A fermentação de 72 horas retornou
com resultados similares das outras bactérias
analisadas. De forma que a placa controle
negativo perdurou-se com resultados
negativos para o desenvolvimento dos
Lactobacillus. A placa controle positivo não
expressou nenhum desenvolvimento
bacteriano e a placa controle igualmente não
demonstrou qualquer crescimento
microbiológico. Estabelece-se então, que a
fermentação de 72 horas é suficiente para
prover uma possível ação bactericida sobre a
Klebsiella spp. Todas as placas foram mais
uma vez submetidas a estufa bacteriológica
como medida de controle e certificação dos
resultados, os quais permaneceram todos
negativos. Estes resultados podem ser
visualizados na Tabela 04.
Tabela 4. Fermentações da Klebsiella spp.
MEIOS SEMEADOS CONTROLE –
TUBO 1
CONTROLE +
TUBO 2
CONTROLE
TUBO 3
MacConkey para Klebsiella spp. em
24 horas. - + -
MacConkey para Klebsiella spp. em
48 horas.
MacConkey para Klebsiella spp. em
72 horas.
-
-
+
-
-
-
LEGENDA: Não houve crescimento
(-) e houve crescimento (+)
*Fonte: Dados da pesquisa
**Nota: : Incubação por 24, 48 e 72 horas dos tubos 01,02 e 03.
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Saber Científico, Porto Velho, V., n., p. – , mês./mês. 2016.
CONCLUSÃO
A proposta principal deste artigo
acadêmico foi demonstrar que as leveduras e
bactérias presentes nos grãos de kefir são
capazes de inibir o crescimento de outros
microrganismos devido a elevação do pH.
Por intermédio dos dados anexados pode se
afirmar que os resultados analisados durante
três dias, comprovam a eficácia do kefir
quando em contato com a E.coli, Salmonella
spp. e Klebsiella spp., pois não permitiu a
proliferação bacteriana corroborando com a
ideia inicial. Tornando o kefir um aliado a
boa saúde e trazendo uma proposta de
medicamento natural e efetivo que pode ser
administrado a longo prazo. Ressalta-se
também a necessidade de mais estudos para
desvendar maiores benefícios que o kefir
pode vir a proporcionar em seus tratamentos
não medicamentosos. Assim, poderá
contribuir na saúde e ser utilizado como
tratamento natural em hospitais, clínicas e em
medidas profiláticas para evitar possíveis
doenças, principalmente relacionadas à
infecção ou intoxicação alimentar.
AGRADECIMENTOS
Ao Centro Universitário São Lucas,
pelo seu rico acervo bibliográfico,
infraestrutura e corpo docente. À Profª. Ma.
Lorena Brandhuber por suas orientações,
suporte e por acreditar no alcance didático
deste projeto. A grande profissional Olivia
Bezerra da Silva, pela sua prestatividade,
disponibilidade e paciência. E ao professor
Paulo de Tarso por demonstrar neste projeto
outro ponto de reflexão.
___________________________________________________________________________
ANALYSIS OF ACIDIFICATION PRODUCED BY TRADITIONAL MILK KEFIR
AMONG STRAINS OF ESCHERICHIA COLI, SALMONELLA SPP. AND
KLEBSIELLA SPP.
ABSTRACT: The grains of kefir are a food based on probiotics composed of acetic acid bacteria, lactic acid and
yeasts coking in symbiosis in a polysaccharide matrix. It is proven that their daily in take brings countless
benefits to the health of their users, such as improvement in
the immune and respiratory system, as well as regularization and balance of the human resident microbiota. The
main proposal of this project was to check whether the acidity produced by the serum of kefir would be
sufficient to inhibit bacteriostatically the Salmonella spp. Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae. The
methodology adopted was divided into kefir production, preparation of culture media, preparation of dilutions,
interaction between kefir and enterobacteriaceae and sowing for control. Initially, a serial dilution was performed
in multiple tubes of 25ml of serum in 225ml of pasteurized milk, then inoculated 1ml of serum diluted in BHI
broth and Selenito broth associated with 1ml of the bacterium in an exponential phase to be analyzed. The
inoculums were subjected to incubation process in a bacteriological greenhouse for the period of 24, 48 and 72
hours. Each 24 hours of incubation was performed with the technique of exhaustion in MacConkey agar and SS
agar, to visualize the presence or absence of bacterial growth. The results showed that the elevation of the PH
obtained by the fermentation of 24 hours is not able to inhibit the bacterial development, the fermentation of 48
hours had bacteriostatic effect on the bacteria Salmonella spp. and Escherichia coli. However, it did not present
any blocking action on Klebsiella pneumoniae. The fermentation of 72 hours totally inhibited the growth of all
the bacteria analyzed, confirming that the acidity instituted by the Lactobacillus and yeasts present in the serum
of kefir had a bactericidal impact on the Enterobacteriaceae. The traditional kefir serum showed great efficacy in
the exercise of bacteriostatic and bactericidal inactivation, revealing this food as a proposal to be analyzed from
natural medicine that can be administered with daily consumption.
KEYWORDS: Kefir. Enterobacteriaceae. Fermentation. Anti-Bacterial Agents.
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