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1 Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos),Florianópolis, 2012. ISSN 2179-510X As percepções socioambientais de meninos e meninas do Programa de Formação e Assessoria em Cidadania Infantil Juvenil: O Caderno de Cidadania na era digital 1 Caroline Vieira Ruschel 2 Maria de Lourdes Zanatta 3 Ana Claudia Capistrano de Oliveira 4 Edilson Gonçalves e Gabriel Vieira Lourenço Resumo: O Programa de Formação e Assessoria em Cidadania Infantiljuvenil é um projeto de extensão dos cursos de Direito e Relações Internacionais da Universidade do Vale do Itajaí e atua na cidade e na região da AMFRI/Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí. Este projeto atua nas comunidades e nas escolas da região desde 2002 e tem como publicação o livro para crianças/adolescentes chamado CADERNO DE CIDADANIA e o livro para multiplicadores em cidadania infantojuvenil intitulado DIRETRIZES TEORICAS DO CADERNO DE CIDADANIA. Nos anos de 2011/2012, o Programa desenvolveu, com auxílio de crianças e adolescentes, um jogo digital sobre cidadania ambiental, disponível em www.univali.br/portalcidadania , com objetivo de ampliar e auxiliar a educação ambiental nas escolas. Foi aplicado um questionário nas oficinas de inclusão digital nos laboratórios da Univali e das escolas para perceber a visão das crianças sobre o jogo, o meio ambiente, a degradação ambiental e projetos de proteção ambiental e se estas visões eram diferentes entre os meninos e as meninas. Este artigo tem por objetivo demonstrar estas diferentes visões entre meninos e meninas e demonstrar que o trabalho de sensibilização ambiental é entendido de maneira diversa quando da análise sobre as relações de gênero na infância. Palavras-chave: gênero.meioambiente.infância. O Programa de Formação e Assessoria em Cidadania Infantojuvenil é um projeto de extensão dos cursos de Direito e Relações Internacionais do Centro de Ciências Jurídicas, Políticase Sociais/CEJURPS da Universidade do Vale de Itajaí voltado ao público infantojuvenil, cuja atuação na cidade de Itajaí e região ocorre desde 2002. O projeto executa ações educativas e socioambientais para o desenvolvimento da cidadania infantojuvenil nos espaços comunitários e escolares com o Caderno de Cidadania, material paradidático que contém 3 módulos: 1) Cidadania e direitos humanos; 2) Estatuto da criança e do adolescente e 3) cidadania socioambiental.Com a publicação do Caderno de Cidadania em 2006, o projeto firmou 20 parcerias e mais de 40 oficinas de capacitação com a doação de 5.000 exemplares do Caderno de Cidadania para as crianças/alunos e professores/orientadores das escolas municipais do Vale de Itajaí e região, além de diversas organizações não-governamentais que atuam na área socioambiental e atendem ao público infantojuvenil. Na tentativa de inserir o Caderno de Cidadania na era digital, em respeito às questões ambientais para não ter que reimprimir uma nova tiragem do Caderno, as ações do projeto em 2011 se dirigiram para a elaboração de um Portal/website no qual o Caderno de Cidadania 1 Professora na Universidade do Vale do Itajaí – Itajaí – SC, Brasil 2 Professora na Universidade do Vale do Itajaí – Itajaí – SC, Brasil 3 Professora na Universidade do Vale do Itajaí – Itajaí – SC, Brasil e Coordenadora do Projeto. 4 Programa de Formação e Assessoria em Cidadania Infantiljuvenil

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Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos),Florianópolis, 2012. ISSN 2179-510X

As percepções socioambientais de meninos e meninas do Programa de Formação e Assessoria em Cidadania Infantil Juvenil: O Caderno de Cidadania na era digital

1 Caroline Vieira Ruschel 2Maria de Lourdes Zanatta

3Ana Claudia Capistrano de Oliveira 4Edilson Gonçalves e

Gabriel Vieira Lourenço

Resumo: O Programa de Formação e Assessoria em Cidadania Infantiljuvenil é um projeto de extensão dos cursos de Direito e Relações Internacionais da Universidade do Vale do Itajaí e atua na cidade e na região da AMFRI/Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí. Este projeto atua nas comunidades e nas escolas da região desde 2002 e tem como publicação o livro para crianças/adolescentes chamado CADERNO DE CIDADANIA e o livro para multiplicadores em cidadania infantojuvenil intitulado DIRETRIZES TEORICAS DO CADERNO DE CIDADANIA. Nos anos de 2011/2012, o Programa desenvolveu, com auxílio de crianças e adolescentes, um jogo digital sobre cidadania ambiental, disponível em www.univali.br/portalcidadania, com objetivo de ampliar e auxiliar a educação ambiental nas escolas. Foi aplicado um questionário nas oficinas de inclusão digital nos laboratórios da Univali e das escolas para perceber a visão das crianças sobre o jogo, o meio ambiente, a degradação ambiental e projetos de proteção ambiental e se estas visões eram diferentes entre os meninos e as meninas. Este artigo tem por objetivo demonstrar estas diferentes visões entre meninos e meninas e demonstrar que o trabalho de sensibilização ambiental é entendido de maneira diversa quando da análise sobre as relações de gênero na infância. Palavras-chave: gênero.meioambiente.infância.

O Programa de Formação e Assessoria em Cidadania Infantojuvenil é um projeto de

extensão dos cursos de Direito e Relações Internacionais do Centro de Ciências Jurídicas, Políticase

Sociais/CEJURPS da Universidade do Vale de Itajaí voltado ao público infantojuvenil, cuja atuação

na cidade de Itajaí e região ocorre desde 2002. O projeto executa ações educativas e

socioambientais para o desenvolvimento da cidadania infantojuvenil nos espaços comunitários e

escolares com o Caderno de Cidadania, material paradidático que contém 3 módulos: 1) Cidadania

e direitos humanos; 2) Estatuto da criança e do adolescente e 3) cidadania socioambiental.Com a

publicação do Caderno de Cidadania em 2006, o projeto firmou 20 parcerias e mais de 40 oficinas

de capacitação com a doação de 5.000 exemplares do Caderno de Cidadania para as crianças/alunos

e professores/orientadores das escolas municipais do Vale de Itajaí e região, além de diversas

organizações não-governamentais que atuam na área socioambiental e atendem ao público

infantojuvenil. Na tentativa de inserir o Caderno de Cidadania na era digital, em respeito às

questões ambientais para não ter que reimprimir uma nova tiragem do Caderno, as ações do projeto

em 2011 se dirigiram para a elaboração de um Portal/website no qual o Caderno de Cidadania

1 Professora na Universidade do Vale do Itajaí – Itajaí – SC, Brasil 2 Professora na Universidade do Vale do Itajaí – Itajaí – SC, Brasil 3Professora na Universidade do Vale do Itajaí – Itajaí – SC, Brasil e Coordenadora do Projeto. 4Programa de Formação e Assessoria em Cidadania Infantiljuvenil

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estaria disponível online, bem como um Jogo sobre o tema da Educação e Cidadania

Socioambiental.

Para viabilizar estas ações, firmou-se uma parceria com o Curso de Engenharia de Computação do

CTTMAR - através do Laboratório de Inteligência Artificial/LIA disponível em

www.univali.br/portalcidadania, com objetivo de ampliar e auxiliar a educação ambiental nas

escolas. Foi aplicado um questionário nas oficinas de inclusão digital nos laboratórios da Univali e

das escolas para perceber a visão das crianças sobre o jogo, o meio ambiente, a degradação

ambiental e projetos de proteção ambiental e se estas visões eram diferentes entre os meninos e as

meninas. Ademais, além da equipe técnica houve importante participação das crianças/adolescentes

nas oficinas de preparação do Jogo Digital a fim de promover ações de inclusão digital nas escolas e

entidades parceiras. Paralelo às oficinas dos testes do Jogo com as crianças/adolescentes, o Projeto

desenvolveu um programa de formação em cidadania socioambiental e sociologia da infância a

cargo da equipe do CEJURPS que formou 86 multiplicadores, atendeu 1.710 profissionais e prestou

11 capacitações.

Este artigo tem por objetivo analisar o ponto de vista das crianças a respeito do meio

ambiente considerando as opiniões de meninos e meninas a fim de observar se o trabalho de

sensibilização ambiental é entendido de maneira diversa quando da análise sobre as relações de

gênero na infância. A metodologia aqui analisada consistiu na aplicação de 02 questionários para as

crianças de 4ª. e 5ª. série de duas escolas municipais de Itajaí, contabilizando um total de 78 (setenta

e oito) crianças entrevistadas, com idades entre 9 e 11 anos, dentre as quais 34 meninas e 44

meninos. Os questionários foram aplicados pelos acadêmicos contemplados com a bolsa do Artigo

170 do Estado de Santa Catarina, em cumprimento ao serviço voluntário sob a monitoria dos

bolsistas do Programa. O primeiro questionário possui 02 blocos temáticos: 1) sobre o direito de

participação da criança na sociedade, sendo-lhes perguntado a respeito de onde e como participar e

2) sobre a família, através de um desenho no qual deveriam discutir os papéis de gênero e desenhar

sua própria família. O segundo questionário discute a visão das crianças sobre o meio ambiente, a

degradação ambiental e projetos de proteção ambiental a partir das oficinas nas quais elas jogavam

o Jogo Digital sobre o meio ambiente, e está disponível na página

http://siaiacad30.univali.br/~portalcidadania/index.php?botaoMenu=usuario.

Sobre a participação social das crianças, 53,7% dos meninos e 46,3% das meninas

definiram-se como agentes participativos da sociedade, tanto meninas como meninos não viram

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qualquer dificuldade em afirmarem que as crianças devem participar da sociedade. Para avaliar o

nível de cidadania infantil, provavelmente, o mais lógico a ser feito é perguntar para as crianças

onde e como elas participam. Sobre o primeiro questionamento, as meninas mostraram-se bastante

ligadas ao ambiente escolar e ao bairro (entidades beneficentes e condomínios). O restante das

respostas focou-se na participação relacionada à limpeza e ao cuidado das praias e rios (50%). Os

meninos também declararam a preferência pela participação na escola, no bairro e nas entidades

beneficentes das quais muitos deles e delas participam. O consenso entre os meninos está

relacionado à sua participação na cidade, com destaque na limpeza de praias e rios e na sua

participação em atividades na Prefeitura e Parque Ecológico, lugares que não foram destacados

pelas meninas.

Quadro 1

Onde participar?

Não

sab

e/nã

o re

spon

deu

Esc

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Bai

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Cid

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Prai

a e

rios

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Total

Meninos 51,40% 36,40% 100,00% 50,00% 100,00% 44,40% 10,00% 10,00% 53,70%

Meninas 48,60% 63,60% 50,00% 55,60% 10,00% 46,30%

O diferencial entre os gêneros é que as respostas dos meninos foram mais diversificadas,

ficando um grupo considerável das participações focadas no auxílio à prefeitura, entidades

beneficentes, praias e rios, assim como nas questões ligadas aos parques ecológicos. As meninas

restringiram-se à escola, ao bairro, às praias e entidades. Verifica-se também a ausência de

respostas das meninas em relação à sua participação na cidade, no Parque Dom Bosco, na Prefeitura

e no Parque Ecológico, ficando a dúvida acerca das razões de as meninas não se sentirem

participantes destes espaços. Enquanto os meninos citaram 8 espaços de participação social, as

meninas limitaram-se a 5. Daniela Finco reflete sobre o grande desafio da sociedade em geral, e da

escola em particular, que passa por acomodar e dar resposta à individualidade no seio da

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diversidade e da pluralidade, livre de constrangimentos e de crenças estereotipadas no que diz

respeito ao gênero:

A função social assumida pela escola, nas suas múltiplas relações escolares revela a naturalização das diferenças de gênero instituídas socialmente e historicamente entre meninos. Essa visão predominantemente do que é ser menino e menina está ancorada em estereótipos construídos ao longo do tempo. Todavia, a escola continua imprimindo, sob novas formas, sua marca distintiva, sobre os indivíduos, através de múltiplos e discretos mecanismos, como pequenos gestos cotidianos que chegam a nos passar despercebidos; em reações automáticas, cujos motivos nos escapam e que repetimos sem ter, muitas vezes que os interiozamos no processo educacional, sobretudo, os espaços de educação infantil acabam reforçando habilidades distintas para meninas e meninos depositando nestas expectativas quanto ao tipo de desempenho intelectual e postura considerados pelas convenções sociais “mais adequados” para cada sexo. Assim ambos os sexos recebem educação diferenciada, embora partilhando do mesmo espaço, lendo as mesmas literaturas, ouvindo as mesmas histórias e sendo acompanhados pela mesma professora. Nesse sentido, a diferença está na postura e no tipo de intervenção aparentemente imperceptível e “inocente” quando os educadores interagem com as crianças. (FINCO 2008 apud

SANTOS, 2009, p. 06)

Sobre o questionamento acerca de como participar, as meninas focaram nos seguintes itens:

limpar a natureza/cidade cuidando das praças e rios, e participando através de abaixo-assinados,

quando assim se fizer necessário, e ajudando as pessoas. Cabe lembrar que as opções de

participação foram feitas pelas próprias crianças. Outras opções também foram selecionadas, como

ajudar necessitados e respeitar o próximo, porém com menos expressividade. Os meninos elegeram

respeitar o próximo, seguido da ajuda às pessoas e aos necessitados e o auxílio ao prefeito. As

atividades com pouca expressividade foram aquelas ligadas à natureza, como limpar a cidade ou as

praias/rios, ajudar os idosos e na elaboração do abaixo-assinado, conforme eles já tinham mostrado

certa resistência, ao contrário das meninas, conforme o quadro abaixo:

Quadro 2 Como participar?

Não

sab

e/nã

o re

spon

deu

Lim

par

a ci

dade

Res

peit

ar o

pró

xim

o

Cui

dar

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refe

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Faze

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a pa

ssea

ta

Aju

dar

o id

oso

Total

Meninos 4,90% 12,20% 7,30% 4,90% 9,80% 3,70% 6,10% 2,40% 2,40% 53,70%

Meninas 63,60% 33,30% 100,00% 33,30% 42,90% 46,70% 6,70% 46,30%

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Um ponto que ficou evidenciado na pesquisa é que nenhuma resposta demonstra uma

atividade social puramente de âmbito privado, como auxilio aos pais, o cuidado com a família, o

que conflita com os estereótipos das atividades habitualmente l

sentido, a participação social das crianças está totalmente ligada ao espaço público. As sugestões

que elas deram permitem uma cisão entre o mundo privado, familiar, no qual eles entendem seus

direitos e deveres, e o mundo pú

sinalizam uma total ausência de sua participação no mundo doméstico, predominantemente

adultocêntrico. Outro dado é que as crianças demonstraram que suas atividades de participação

social independem de local. Algumas respostas focaram no auxilio aos necessitados e idosos e no

respeito ao próximo.

Como conclusão deste bloco, pode

nos mais diferentes setores temáticos, sendo que os meninos e

ambiente público, fato que ocorre com menos intensidade nas meninas. Já no quesito de como a

participação é realizada, os dois grupos se apresentam bastante semelhantes, ambos declaram que

exercem atividades ligadas explicit

assinados e ajudar o prefeito, assim como existe uma forte representação de participação não

intimamente relacionada com o local onde a atividade é praticada. Porém, da mesma forma que a

resposta anterior, os meninos citaram 9 possibilidades de participação social enquanto que as

meninas apenas 7.

No segundo bloco, sobre as representações sociais de gênero e família foi analisada a

seguinte imagem:

(socioaprendiz.blogspot.com/2009_02_01_archive..www.google.com)

A provocação da imagem acima sugeria a discussão sobre os papéis tradicionais do

masculino/feminino e que, a partir dela, as crianças discutam as representações de suas famílias

através de um desenho. Com isso, entendemos que toda a discussão sobre cidadania infantil fica

incompleta se não trouxer em seu bojo as relações de gênero. É notório o fato de que houve um

consenso considerável por parte dos meninos em aceitar o modelo representado na f

Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos),Florianópolis, 2012. I

Um ponto que ficou evidenciado na pesquisa é que nenhuma resposta demonstra uma

atividade social puramente de âmbito privado, como auxilio aos pais, o cuidado com a família, o

com os estereótipos das atividades habitualmente ligados ao sexo feminino. Neste

sentido, a participação social das crianças está totalmente ligada ao espaço público. As sugestões

que elas deram permitem uma cisão entre o mundo privado, familiar, no qual eles entendem seus

direitos e deveres, e o mundo público, social e político. Podemos inferir que estas sugestões

sinalizam uma total ausência de sua participação no mundo doméstico, predominantemente

adultocêntrico. Outro dado é que as crianças demonstraram que suas atividades de participação

ndem de local. Algumas respostas focaram no auxilio aos necessitados e idosos e no

Como conclusão deste bloco, pode-se entender que elas se veem participantes da sociedade

nos mais diferentes setores temáticos, sendo que os meninos encontram-se bastante ligados ao

ambiente público, fato que ocorre com menos intensidade nas meninas. Já no quesito de como a

participação é realizada, os dois grupos se apresentam bastante semelhantes, ambos declaram que

exercem atividades ligadas explicitamente ao ramo público como limpar praias, fazer abaixo

assinados e ajudar o prefeito, assim como existe uma forte representação de participação não

intimamente relacionada com o local onde a atividade é praticada. Porém, da mesma forma que a

rior, os meninos citaram 9 possibilidades de participação social enquanto que as

No segundo bloco, sobre as representações sociais de gênero e família foi analisada a

(socioaprendiz.blogspot.com/2009_02_01_archive..www.google.com)

A provocação da imagem acima sugeria a discussão sobre os papéis tradicionais do

masculino/feminino e que, a partir dela, as crianças discutam as representações de suas famílias

desenho. Com isso, entendemos que toda a discussão sobre cidadania infantil fica

incompleta se não trouxer em seu bojo as relações de gênero. É notório o fato de que houve um

consenso considerável por parte dos meninos em aceitar o modelo representado na f

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Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos),Florianópolis, 2012. ISSN 2179-510X

Um ponto que ficou evidenciado na pesquisa é que nenhuma resposta demonstra uma

atividade social puramente de âmbito privado, como auxilio aos pais, o cuidado com a família, o

igados ao sexo feminino. Neste

sentido, a participação social das crianças está totalmente ligada ao espaço público. As sugestões

que elas deram permitem uma cisão entre o mundo privado, familiar, no qual eles entendem seus

blico, social e político. Podemos inferir que estas sugestões

sinalizam uma total ausência de sua participação no mundo doméstico, predominantemente

adultocêntrico. Outro dado é que as crianças demonstraram que suas atividades de participação

ndem de local. Algumas respostas focaram no auxilio aos necessitados e idosos e no

participantes da sociedade

se bastante ligados ao

ambiente público, fato que ocorre com menos intensidade nas meninas. Já no quesito de como a

participação é realizada, os dois grupos se apresentam bastante semelhantes, ambos declaram que

amente ao ramo público como limpar praias, fazer abaixo

assinados e ajudar o prefeito, assim como existe uma forte representação de participação não

intimamente relacionada com o local onde a atividade é praticada. Porém, da mesma forma que a

rior, os meninos citaram 9 possibilidades de participação social enquanto que as

No segundo bloco, sobre as representações sociais de gênero e família foi analisada a

(socioaprendiz.blogspot.com/2009_02_01_archive..www.google.com)

A provocação da imagem acima sugeria a discussão sobre os papéis tradicionais do

masculino/feminino e que, a partir dela, as crianças discutam as representações de suas famílias

desenho. Com isso, entendemos que toda a discussão sobre cidadania infantil fica

incompleta se não trouxer em seu bojo as relações de gênero. É notório o fato de que houve um

consenso considerável por parte dos meninos em aceitar o modelo representado na figura. Num

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total de 34 meninas, 24 concordaram com a imagem, apenas 6 discordaram e 4 abstiveram

responder. Dos meninos, 31 foram favoráveis, apenas 5 discordaram e 8 não responderam.

Quadro 3

Também podemos supor que o fato de um modelo dife

reprovação por parte das crianças, contrariando nossas expectativas como pesquisadores/as, talvez

possa advir de uma determinada situação social: a compreensão delas a respeito do paradigma

social sobre o papel da mulher, de cui

como provedor, pode estar em profunda transformação. Disso decorre o “não

diante do desenho. Por fim, realizou

sua família. Para as meninas, a figura da mãe é mais marcante, ela aparece em quase todos os

desenhos (foram 14 desenhos, apenas em 4 ela não esteve presente, pois em 2 deles as meninas

desenharam-se sozinhas e em 2 apenas escreveram frases de amor à famíl

padrasto apareceu em apenas 7 desenhos e das 34 meninas, 20 não desenvolveram a atividade. Para

os meninos, é importante salientar que 30 deles recusaram

elaborados por eles, a maioria destacou a predo

ela esteve ausente, dando lugar à mãe, aos irmãos ou à própria criança sozinha, conforme quadro

abaixo:

Quadro 4

Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos),Florianópolis, 2012. I

total de 34 meninas, 24 concordaram com a imagem, apenas 6 discordaram e 4 abstiveram

responder. Dos meninos, 31 foram favoráveis, apenas 5 discordaram e 8 não responderam.

ambém podemos supor que o fato de um modelo diferente de família não causar

reprovação por parte das crianças, contrariando nossas expectativas como pesquisadores/as, talvez

possa advir de uma determinada situação social: a compreensão delas a respeito do paradigma

social sobre o papel da mulher, de cuidar dos filhos e dos afazeres domésticos, e o papel do homem

como provedor, pode estar em profunda transformação. Disso decorre o “não

diante do desenho. Por fim, realizou-se uma atividade em que a criança deveria desenhar

sua família. Para as meninas, a figura da mãe é mais marcante, ela aparece em quase todos os

desenhos (foram 14 desenhos, apenas em 4 ela não esteve presente, pois em 2 deles as meninas

se sozinhas e em 2 apenas escreveram frases de amor à família). A figura do pai ou

padrasto apareceu em apenas 7 desenhos e das 34 meninas, 20 não desenvolveram a atividade. Para

os meninos, é importante salientar que 30 deles recusaram-se a desenhar. Dos 14 desenhos

elaborados por eles, a maioria destacou a predominância da figura paterna. Em apenas 6 desenhos

ela esteve ausente, dando lugar à mãe, aos irmãos ou à própria criança sozinha, conforme quadro

6

Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos),Florianópolis, 2012. ISSN 2179-510X

total de 34 meninas, 24 concordaram com a imagem, apenas 6 discordaram e 4 abstiveram-se de

responder. Dos meninos, 31 foram favoráveis, apenas 5 discordaram e 8 não responderam.

rente de família não causar

reprovação por parte das crianças, contrariando nossas expectativas como pesquisadores/as, talvez

possa advir de uma determinada situação social: a compreensão delas a respeito do paradigma

dar dos filhos e dos afazeres domésticos, e o papel do homem

como provedor, pode estar em profunda transformação. Disso decorre o “não-espanto” das crianças

se uma atividade em que a criança deveria desenhar-se junto a

sua família. Para as meninas, a figura da mãe é mais marcante, ela aparece em quase todos os

desenhos (foram 14 desenhos, apenas em 4 ela não esteve presente, pois em 2 deles as meninas

ia). A figura do pai ou

padrasto apareceu em apenas 7 desenhos e das 34 meninas, 20 não desenvolveram a atividade. Para

se a desenhar. Dos 14 desenhos

minância da figura paterna. Em apenas 6 desenhos

ela esteve ausente, dando lugar à mãe, aos irmãos ou à própria criança sozinha, conforme quadro

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Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos),Florianópolis, 2012. I

O segundo questionário foi aplicado em outras duas escolas municipais e o público alvo

variou um pouco, entre crianças e

as seguintes questões: nome, idade, sexo e questões voltadas ao meio am

que é meio ambiente? 2.O que é degradação ambiental? 3.Você acha que existe degradação

ambiental em sua cidade? Pode dar alguns exemplos? 4.Você conhece algum projeto de proteção

ambiental? Sim ou não 5.O que você faz pelo meio ambiente? O total de alunos que responderam

os questionários foram sessenta e seis (66), sendo que trinta (30) eram meninas e trinta e seis (36)

eram meninos, sendo 10 adolescentes do sexo feminino com 16 anos de idade e 08 meninos com 10

anos de idade para evidenciar a maior participação feminina na idade

participação masculina na infância.

ográfico abaixo:

Através dos questionários dividimos as faixas etárias

masculino àdireita:

Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos),Florianópolis, 2012. I

O segundo questionário foi aplicado em outras duas escolas municipais e o público alvo

variou um pouco, entre crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos de idade. O questionário contém

as seguintes questões: nome, idade, sexo e questões voltadas ao meio ambiente: 1.Na sua opinião, o

que é degradação ambiental? 3.Você acha que existe degradação

ambiental em sua cidade? Pode dar alguns exemplos? 4.Você conhece algum projeto de proteção

ambiental? Sim ou não 5.O que você faz pelo meio ambiente? O total de alunos que responderam

ionários foram sessenta e seis (66), sendo que trinta (30) eram meninas e trinta e seis (36)

sendo 10 adolescentes do sexo feminino com 16 anos de idade e 08 meninos com 10

anos de idade para evidenciar a maior participação feminina na idade da adolescência e a maior

participação masculina na infância. Conforme

Através dos questionários dividimos as faixas etárias e os dados do sexo feminino à esquerda e o

7

Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos),Florianópolis, 2012. ISSN 2179-510X

O segundo questionário foi aplicado em outras duas escolas municipais e o público alvo

O questionário contém

biente: 1.Na sua opinião, o

que é degradação ambiental? 3.Você acha que existe degradação

ambiental em sua cidade? Pode dar alguns exemplos? 4.Você conhece algum projeto de proteção

ambiental? Sim ou não 5.O que você faz pelo meio ambiente? O total de alunos que responderam

ionários foram sessenta e seis (66), sendo que trinta (30) eram meninas e trinta e seis (36)

sendo 10 adolescentes do sexo feminino com 16 anos de idade e 08 meninos com 10

da adolescência e a maior

sexo feminino à esquerda e o

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A primeira pergunta busca tabular as noções das

crianças e dos jovens sobre meio ambiente. Procede-se uma análise comparativa sobre as opiniões

que foram detalhadas através de palavras e conceitos chaves, sendo que a palavra pode se repetir na

mesma frase, conforme os gráficos abaixo:

Podemos perceber que o gênero não difere nas opiniões das crianças e dos jovens sobre o que é

meio ambiente, logo, as opiniões dadas são muito parecidas contendo apenas algumas alterações. O

que nos motiva a pensar que nas discussões acerca do meio ambiente as diferenças e desigualdades

nas relações de gênero não são perceptíveis. A segunda questão tenta revelar o que as crianças e

jovens consideram por degradação ambiental, procede a seguir as análises das meninas à esquerda e

a dos meninos à direita:

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A tabulação anterior mostra que as crianças e adolescentes também possuem as mesmas opiniões,

não alterando a percepção de degradação ambiental entre meninos/as.A terceira pergunta

visavaperceber se as crianças e os adolescentes estão atentos ao meio em que eles vivem, sendo

assim, segue a análise dessa percepção, as respostas das meninas à esquerda e a dos meninos à

direita:

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Mais uma vez percebe-se a similaridade entre as respostas dos questionários, com apenas algumas

alterações. Nas respostas analisadas, os problemas se repetem e apontam para problemas comuns na

maioria das cidades, porém, em específico na região de Itajaí o problema com o desmatamento e a

construção irregular de prédios nas proximidades das praias, principalmente apontamentos para uma

região específica da cidade, localizada no Bairro Praia Brava, chamada Canto do Morcego. A quarta

pergunta entra em debate sobre o conhecimento de algum projeto ambiental, independente do local

e da proximidade. Conforme analisamos, segue abaixo as opiniões das meninas à esquerda e a dos

meninos à direita:

Conforme o gráfico acima, as estatísticas sofrem pequenas alterações, e a questão de gênero, nessa

pergunta, também não difere dos resultados. Ambos os grupos apresentam reflexões

socioambientais independente do sexo.

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Considerações finais

A partir das oficinas, percebe-se como o Caderno de Cidadania é entendido como

mediador na efetivação dos direitos e deveres das crianças, para que se possa perceber as crianças

como sujeitos de direitos e também de seus deveres respeitando as identidades de gênero. Nota-se

que as crianças acabam descrevendo um único conjunto de práticas sociais do qual elas querem

fazer parte, consistindo em uma forma de expressar o seu entendimento do mundo, de ser um ator

social. Para os meninos, a questão dos direitos das crianças, educação e meio ambiente foram muito

enfatizadas ao passo que as meninas enfatizaram a família e a educação em suas respostas.

Como ficou explícito nas respostas das atividades, principalmente no que se refere ao direito

de participação, a diferença de gênero fica mais evidente. Porém, nas questões que envolvem

direitos e deveres das crianças não há diferença acentuada de gênero, já que todas as crianças

percebem a educação como principal direito e dever que elas possuem. Quanto à figura em que o

pai cuida dos afazeres domésticos e a mãe chega do trabalho, percebe-se que houve uma aceitação

tanto das meninas quanto dos meninos, não ocorrendo diferente perspectiva quanto ao assunto no

que concerne ao gênero das crianças. É nesse cenário em que as crianças compreendem e constroem

suas experiências de vida. Sobre o direito de participação das crianças na sociedade, pode-se

entender que elas se veem participantes da sociedade nos mais diferentes segmentos, sendo que os

meninos se encontram mais ligados ao ambiente público e as meninas menos, embora isso não as

impeça de sugerir locais e modos de participação que porventura considerem convenientes. Sobre a

família, elas a representaram sem questionar os papéis masculinos e femininos, mas as meninas

privilegiaram em seus desenhos a figura materna enquanto que os meninos a figura paterna,

reforçando assim, os laços sociais que unem as filhas à mãe e os filhos ao pai.

Sobre as questões aplicadas no segundo questionário, com base nas respostas dadas percebe-

se a similaridade dos conhecimentos que as meninas/meninos e os adolescentes possuem a respeito

do tema. As diferenças entre respostas ficam evidentes ao analisarmos os questionários separando-

os pela idade e sexo. Um exemplo disso é a grande repetição de respostas na pergunta: cite

exemplos sobre a degradação ambiental na sua cidade.Grande parte das crianças entre 11 e 14 anos

relataram existir degradação ambiental na cidade de Itajaí e como exemplo citaram a praia

conhecida como Canto do Morcego, região de conflitos no bairro Praia Brava, mesmo sem

conhecimento sobre o tema, elas e eles tem conhecimento do fato, que está em vários jornais da

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região. Já os mais velhos deram outros exemplos de degradação ambiental, explorando ainda mais a

problemática da região.

Pode-se concluir que a cidadania ambiental, trabalhada no projeto em questão, com a

aplicação do CADERNO DE CIDADANIA, vem sendo entendida pelas crianças e adolescentes que

participam do Programa de Formação e Assessoria em Cidadania Infantojuvenil.

Conforme conceito da própria CADERNO DA CIDADANIA,

Antigamente, para ser um cidadão, bastava respeitar as outras pessoas e cumprir com todos os deveres. Mas, muitas pessoas acabaram se esquecendo de respeitar também o meio ambiente, não só o natural, como a água, os animais e planta, mas também o meio ambiente onde vivemos, nossas cidade, escola, rua e até nossa própria casa! Assim, surgiu o cidadão ambiental, com uma nova consciência. (Cartilha da Cidadania, 2006, p. 36)

Tais análises servem como diretrizes à continuidade do projeto, sempre com o objetivo de

aprimorar as formações e encontros com as crianças e jovens, visando o respeito para com o

ambiente desses cidadãos mirins, meninos e meninas em formação e com potencial para ser a

diferença na sociedade.

Referências

ACSELRAD, Henri; HERCULANO, Silene; PÁDUA, José Augusto (Org.) Justiça ambiental e

cidadania. Rio de Janeiro: RelumeDumará; Fundação Forde, 2004.

DELGADO, Ana Cristina; MÜLLER, Fernanda. Abordagens etnográficas com crianças e suas

culturas. In: Anais da 28ª Reunião Anual da ANPED, 2005.

DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. Curitiba: ULMA. 1994.

OLIVEIRA, Ana Claudia Delfini Capistrano e outros. Caderno de Cidadania.Florianópolis. ALESC. 2006.

OLIVEIRA, Ana Claudia Delfini Capistrano e outros. Diretrizes Teóricas do Caderno de

Cidadania: reflexões sobre cidadaniae direitos humanos, estatuto da criança e do adolescente e

cidadania ambiental. Florianópolis. ALESC. 2008

POMAR, Cristina. A construção do gênero na infância e a questão da equidade de gênero. Rio de

Janeiro: CIEP. 2008.