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AtualizeMBFE S P E C I A L

No 24 - Ano VI Sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Equipe Atualize MBF

Mercado valoriza ações de sustentabilidade como diferencial na busca por parcerias e investidores

Investidores, especialmente os internacionais, buscam informações sobre aparticipação das empresas em projetos ambientais e de cunho social

O cultivo da cana-de-açúcar e a fabricação de seus derivados faz parte da história do Brasil. Sabe-se que muitas cidades se desenvolveram ao redor dos engenhos e das terras onde essa cultura era realizada. O tempo passou e o setor ainda hoje é reconhecido como um dos principais agentes do progresso da sociedade brasileira.

Diversas cidades têm sua economia

movida a partir de empresas ligadas à cana-de-açúcar, porém, não é só isso. Antigamente, o negócio era visto com certa desconfiança, mas as transformações sociais, as novas exigências legais e uma nova realidade de mercado, fizeram com que as empresas sucroenergéticas se tornassem socioambientalmente responsáveis, investindo em melhorias de todos os gêneros para seus funcionários, suas famílias e as comunidades onde estão instaladas.

“As usinas de açúcar e álcool têm grande importância social, principalmente para os municípios onde estão localizadas”, afirma Moacir Ferreira Teixeira, sócio executivo da Ecoagro - empresa de operações financeiras com foco no agronegócio. “Como a atividade demanda grande

quantidade de colaboradores, principalmente na área agrícola, as usinas preocupam-se cada vez mais com o desenvolvimento social em seu entorno”, completa.

De acordo com a diretora-presidente da Biocana - Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Energia, Leila Alencar Monteiro de Souza, “A Responsabilidade Socioambiental dentro do setor sucroenergético se encontra distante da concepção de filantropia e tem como principal finalidade dar mais valor ao trabalho dos funcionários de cada unidade industrial, evoluir a comunidade, além de agregar valor à imagem da instituição”. Ela explica que os projetos sociais e ambientais encabeçados pelas empresas do setor favorecem milhares de trabalhadores em centenas de municípios brasileiros.

Para estimular e reconhecer as empresas do setor canavieiro a realizar e manter seus projetos nas áreas de gestão de pessoas e responsabilidade socioambiental, surgiu em 2008 o prêmio MASTERCANA SOCIAL, promovido pelo GERHAI (Grupo de Estudos em Recursos Humanos na Agroindústria) em parceria com a ProCana Brasil.

Além de usinas, podem concorrer ao prêmio entidades representativas, empresas fornecedoras de produtos e serviços ao setor.

Segundo Heloísa Minto, assessora de imprensa do Gerhai, as empresas se inscrevem enviando cases, que são analisados previamente e, de todos os inscritos selecionam-se três projetos finalistas por categoria. Estes selecionados são enviados à Comissão de Notáveis, da qual fazem parte pessoas sem ligação com as empresas participantes, que elege o vencedor, que é revelado

Projetos têm ajudado as próprias empresas, sendo essencial para

a manutenção e desenvolvimento delas.

Fornecendo atualizações diáriasa executivos do Agronegócio.

Supplying daily update to executive of the agribusiness

AtualizeMBF Agribusiness Assessoria Empresarial Ltda.

Jornalista Responsável / Responsible Journalist: Leticia Toledo - MTb 45.866

Fechamento edição:23/08/2013

Edition released:August 23rd, 2013

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MC Social 2012: Erotildes Gil (Gerhai),Mara Ligia e José Baceto Junior - Usina Clealco

Foto: Jornal Canadurante a cerimônia de entrega dos troféus do Prêmio MasterCana Centro-Sul, que acontece na semana da Fenasucro, em Sertãozinho (SP).

Os cases são inscritos para concorrer em 11 categorias: Educação e Cultura, Sustentabilidade/Meio Ambiente, Valorização da Diversidade, Saúde Ocupacional, Desenvolvimento Humano, Qualidade de Vida, Comunidade, Comunicação e Relacionamento, Empresa do ano em Responsabilidade Sócio Ambiental, Destaque Empresa Fornecedora e Destaque Entidade.

Nesta edição, que acontece na segunda-feira (26 de agosto), 48 projetos, de 18 empresas diferentes - entre as quais estão Renuka e Raízen -, foram inscritos. “São tantos projetos fantásticos, que as pessoas precisam conhecer para ver a importância do setor para a sociedade e para os próprios funcionários”, diz Marcos Françóia, diretor da MBF Agribusiness e membro do comitê que seleciona os vencedores. “Há projetos no setor de educação, treinamentos para funcionários e a sociedade em geral, cursos, trabalhos de incentivo a leitura, teatros, coral, bandas, esportes, palestras para gestantes e higiene bucal, enfim uma grande variedade de iniciativas”, explica ele.

Mas os resultados dos investimentos na criação desses projetos não afeta de maneira benéfica somente as pessoas envolvidas neles e a sociedade, mas têm ajudado as próprias empresas, sendo fator essencial para a manutenção e desenvolvimento delas, já que o conceito de responsabilidade socioambiental tem sido altamente valorizado no mercado e um diferencial na busca por parcerias e investidores.

Moacir Ferreira Teixeira, da Ecoagro, explica que “O Mercado de Capitais exclui de suas carteiras de investimentos usinas que tenham histórico de utilização de mão de obra em condições análoga a escravidão atuadas pelo Ministério do Trabalho e

também que utilizam mão de obra infantil e vê com bons olhos as empresas que investem em projetos sociais”.

Já Françóia, da MBF, afirma que na hora de uma análise de crédito, os investidores, especialmente os internacionais, buscam informações sobre a participação das empresas em projetos ambientais e de cunho social. Segundo ele, as empresas que investem nessas áreas mostram uma visão abrangente na gestão e, geralmente, seus administradores são aqueles que acabam obtendo maior sucesso profissional.

“Nas análises de crédito realizadas pela MBF Agribusiness, a capacidade e o caráter dos gestores e acionistas é levado em consideração e, aliado aos desempenhos sociais, tem uma pontuação diferenciada na hora de avaliar riscos do negócio”, explica Françóia. “Uma empresa socialmente comprometida tem chances maiores de ter apoio da sociedade e da justiça na hora de avaliar uma possível crise”.