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Atualize MBF - 1 Informativo do Agronegócio Atualize MBF N o 2.094 - Ano VIII Segunda-feira, 11 de janeiro de 2016 O mais forte ciclo do fenômeno climático El Niño registrado até o momento deverá aumentar os riscos de fome e doenças para milhões de pessoas em 2016, alertam organizações humanitárias. Segundo previsões, o El Niño deverá exacerbar secas em algumas áreas e acentuar inundações em outras. Algumas das áreas mais afetadas estão no continente africano, onde a escassez de comida poderá atingir seu pico em fevereiro. Partes do Caribe e das Américas Central e do Sul também deverão ser atingidas nos próximos seis meses. Especialistas descrevem o El Niño como um fenômeno climático que envolve o aquecimento incomum das águas superficiais e sub- superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Suas causas ainda não são bem conhecidas. Após analisar imagens de satélite, a Nasa (agência espacial americana) afirma que o El Niño de 2015-2016 poderá ser comparado ao que muitos chamaram de "fenômeno monstruoso" de 18 anos atrás. "Sem dúvida são muito parecidos. Os fenômenos (El Niño) de 1982-1983 e 1997-1998 foram os de maior impacto no século passado, e parece que agora vemos uma repetição", disse William Patzert, especialista em clima do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL, na sigla em inglês) e um dos mais importantes estudiosos do El Niño dos EUA. O pesquisador afirmou ainda que é "quase fato que os impactos serão enormes". "Em vários países tropicais temos observado reduções de entre 20 e 30% nas chuvas. Houve seca severa na Indonésia. Na Índia, as monções (chuvas) foram 15% abaixo do normal e as previsões para o Brasil e Austrália são de redução nas chuvas." Efeito inverso - Se por um lado os efeitos de El Niño serão sentidos de forma mais aguda nos países em desenvolvimento, no mundo desenvolvido o impacto será sentido nos preços de alimentos. "Leva algum tempo para que o impacto do El Niño seja sentido nos sistemas sociais e econômicos", disse o cientista Nick Klingaman, da Universidade de Reading, na Inglaterra. "A tendência, historicamente, é que preços subam entre 5 e 10% para alimentos básicos. Lavouras de café, arroz, cacau e açúcar tendem a ser particularmente afetadas." O El Niño deve terminar por volta do outono no hemisfério sul (primavera no norte). Mas o fim desse ciclo não é boa notícia tão pouco: esse fenômeno climático tende a ser sucedido pelo seu reverso - ou seja, eventos climáticos conhecidos como La Niña, que podem trazer efeitos opostos mas igualmente danosos. El Niño trará ´impactos enormes´ em 2016, alertam cientistas BBC Brasil, 02/01/2016 Comentário MBF: Como manifestado em entrevistas concedidas por Marcos Françóia, diretor da MBF Agribusiness, o planejamento estratégico das usinas precisa ser muito bem adaptado aos riscos climáticos. Segundo Françóia, é compreensível a dificuldade em acertar ou chegar próximo das previsões climáticas, todavia algumas atitudes nas empresas são incompreensíveis. “A quantidade de cana para moagem na próxima safra, no total, será muito próxima da temporada que se encerra, porém irá carregar parte de cana bisada por algumas unidades que adquiriram cana de terceiros insatisfeitos com concorrência, ou por outras estratégias. O tempo seco facilitará a moagem para essas usinas com excesso de cana, mas para muitas, que estão labutando com a dificuldade financeira e já possuem um canavial sacrificado por falta de investimentos, vai faltar cana para moer. Há ainda casos de usinas que estão moendo agora em janeiro ou planejando moer em fevereiro, cana já cortada em março, abril e até maio de 2015 (safra 15/16), para pegar preço e fazer caixa. Ou seja, realizando dois cortes na mesma safra, o que causará um desarranjo significativo no canavial. São as empresas, que independente de reação do mercado, continuarão a rastejar economicamente”, completa. Mercado de açúcar: 2016 vai ser um bom ano para as usinas Notícias Agrícolas, 22/12/2015 O mercado de açúcar em NY fechou a semana em alta de 10 dólares por tonelada no vencimento março/2016 que encerrou cotado a 15.07 centavos de dólar por libra-peso. Os outros meses de negociação fecharam com altas entre 7.50 e 10 dólares por tonelada. Não vejo muita força para esse mercado continuar sua vigorosa alta, já que os fundos foram os principais protagonistas e o mercado físico continua apático e divorciado do mercado futuro. Não podemos esquecer que desde a mínima negociada em NY de 10.13 centavos de dólar por libra-peso em 24 de agosto, o mercado explodiu para 15.85 centavos de dólar por libra-peso em 4 de dezembro, ou seja, mais de 55% em pouco mais de três meses. Em reais, a alta foi de 61%. (Por Arnaldo Luiz Corrêa, diretor da Archer Consulting. Matéria completa no: http://www.noticiasagricolas.com.br/analises/acucar- archer/166434-mercado-de-acucar-2016-vai-ser-um- bom-ano-para-as-usinas.html#.VpOT3hUrKUk

Atualize - mbfagribusiness.com · Atualize MBF - 2 O setor sucroenergético brasileiro começou a viver uma mudança de cenário em 2015, após enfrentar uma das piores crises da

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Atualize MBF - 1

Informativo do AgronegócioAtualize

MBFNo 2.094 - Ano VIII Segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

O mais forte ciclo do fenômeno climático El Niño registrado até o momento deverá aumentar os riscos de fome e doenças para milhões de pessoas em 2016, alertam organizações humanitárias. Segundo previsões, o El Niño deverá exacerbar secas em algumas áreas e acentuar inundações em outras.

Algumas das áreas mais afetadas estão no continente africano, onde a escassez de comida poderá atingir seu pico em fevereiro. Partes do Caribe e das Américas Central e do Sul também deverão ser atingidas nos próximos seis meses. Especialistas descrevem o El Niño como um fenômeno climático que envolve o aquecimento incomum das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. Suas causas ainda não são bem conhecidas.

Após analisar imagens de satélite, a Nasa (agência espacial americana) afirma que o El Niño de 2015-2016 poderá ser comparado ao que muitos chamaram de "fenômeno monstruoso" de 18 anos atrás.

"Sem dúvida são muito parecidos. Os fenômenos (El Niño) de 1982-1983 e 1997-1998 foram os de maior impacto no século passado, e parece que agora vemos uma repetição", disse William Patzert, especialista em clima do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL, na sigla em inglês) e um dos mais importantes estudiosos do El Niño dos EUA. O pesquisador afirmou ainda que é "quase fato que os impactos serão enormes". "Em vários países tropicais temos observado reduções de entre 20 e 30% nas chuvas. Houve seca severa na Indonésia. Na Índia, as monções (chuvas) foram 15% abaixo do normal e as previsões para o Brasil e Austrália são de redução nas chuvas."

Efeito inverso - Se por um lado os efeitos de El Niño serão sentidos de forma mais aguda nos países em desenvolvimento, no mundo desenvolvido o impacto será sentido nos preços de alimentos. "Leva algum tempo para que o impacto do El Niño seja sentido nos sistemas sociais e econômicos", disse o cientista Nick Klingaman, da Universidade de Reading, na Inglaterra. "A tendência, historicamente, é que preços subam entre 5 e 10% para alimentos básicos. Lavouras de café, arroz, cacau e açúcar tendem a ser particularmente afetadas."

O El Niño deve terminar por volta do outono no hemisfério sul (primavera no norte). Mas o fim desse ciclo não é boa notícia tão pouco: esse fenômeno climático tende a ser sucedido pelo seu reverso - ou seja, eventos climáticos conhecidos como La Niña, que podem trazer efeitos opostos mas igualmente danosos.

El Niño trará ´impactos enormes´ em 2016, alertam cientistas BBC Brasil, 02/01/2016

Comentário MBF: Como já manifestado em entrevistas concedidas por Marcos Françóia, diretor da MBF Agribusiness, o planejamento estratégico das usinas precisa ser muito bem adaptado aos riscos climáticos. Segundo Françóia, é compreensível a dificuldade em acertar ou chegar próximo das previsões climáticas, todavia algumas atitudes nas empresas são incompreensíveis. “A quantidade de cana para moagem na próxima safra, no total, será muito próxima da temporada que se encerra, porém irá carregar parte de cana bisada por algumas unidades que adquiriram cana de terceiros insatisfeitos com concorrência, ou por outras estratégias. O tempo seco facilitará a moagem para essas usinas com excesso de cana, mas para muitas, que estão labutando com a dificuldade financeira e já possuem um canavial sacrificado por falta de investimentos, vai faltar cana para moer. Há ainda casos de usinas que estão moendo agora em janeiro ou planejando moer em fevereiro, cana já cortada em março, abril e até maio de 2015 (safra 15/16), para pegar preço e fazer caixa. Ou seja, realizando dois cortes na mesma safra, o que causará um desarranjo significativo no canavial. São as empresas, que independente de reação do mercado, continuarão a rastejar economicamente”, completa.

Mercado de açúcar: 2016 vai ser um bom ano para as usinas

Notícias Agrícolas, 22/12/2015

O mercado de açúcar em NY fechou a semana em alta de 10 dólares por tonelada no vencimento março/2016 que encerrou cotado a 15.07 centavos de dólar por libra-peso. Os outros meses de negociação fecharam com altas entre 7.50 e 10 dólares por tonelada. Não vejo muita força para esse mercado continuar sua vigorosa alta, já que os fundos foram os principais protagonistas e o mercado físico continua apático e divorciado do mercado futuro. Não podemos esquecer que desde a mínima negociada em NY de 10.13 centavos de dólar por libra-peso em 24 de agosto, o mercado explodiu para 15.85 centavos de dólar por libra-peso em 4 de dezembro, ou seja, mais de 55% em pouco mais de três meses. Em reais, a alta foi de 61%. (Por Arnaldo Luiz Corrêa, diretor da Archer Consulting. Matéria completa no: http://www.noticiasagricolas.com.br/analises/acucar-archer/166434-mercado-de-acucar-2016-vai-ser-um-bom-ano-para-as-usinas.html#.VpOT3hUrKUk

Atualize MBF - 2

O setor sucroenergético brasileiro começou a viver uma mudança de cenário em 2015, após enfrentar uma das piores crises da história. Em anos recentes, mais de 80 usinas encerraram atividades no país. No ano recém terminado, os preços do etanol e do açúcar tiveram recuperação e movimentaram a cadeia produtiva da cana-de-açúcar, que deve voltar a crescer em 2016.

Etanol - Assim como o aumento de produtividade, o preço dos combustíveis também animou o setor. Em Minas Gerais, a redução da alíquota sobre o etanol hidratado, de 19% para 14%, e o reajuste no preço da gasolina estimularam o consumo no mercado interno.

Com a mudança, o estado deve computar quase 2 bilhões de litros consumidos em 2015, o triplo do que foi inicialmente projetado. A expectativa foi superada principalmente pelo processamento da primeira parte da safra, obtida entre abril e agosto, de acordo com o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos. “O produtor foi obrigado a vender o produto por um valor muito baixo e isso refletiu em uma relação muito próxima de 60% na bomba. O consumidor, dentro do contexto econômico no país, optou pelo combustível mais barato” , diz o representante das usinas mineiras.

Açúcar - A elevação das cotações de açúcar foi a boa notícia do segundo semestre do ano para o setor de cana. Em dezembro, a saca de 50 kg do produto foi comercializada a R$ 80,19, maior valor registrado desde 2012. De acordo com o diretor da Archer Consulting Arnaldo Corrêa, durante muito tempo o mercado internacional de açúcar demonstrou uma correlação muito estreita com a flutuação do dólar. Toda vez que a moeda americana se valorizava em relação ao real, o preço do açúcar lá fora em dólar caía. “Isso

foi abandonado a partir de setembro, com a entrada dos fundos comprando agressivamente no mercado de açúcar lá fora e isso elevou os patamares. Para o exportador, a usina, o preço foi de R$ 1.000 para R$ 1.300 por tonelada”, afirma Corrêa.

Dívida - Mesmo com a retomada dos preços do açúcar e do etanol, o setor ainda enfrentou dificuldades. Algumas usinas a fecharam as portas, como reflexo da má administração e de prejuízos acumulados em anos anteriores. O diretor da Archer Consulting calcula que o setor sucroalcooleiro deva hoje cerca de R$ 90 bilhões, que é aproximadamente o mesmo valor faturado anualmente, se contabilizada também a energia. “Imagine você ter uma dívida que é o tamanho do seu faturamento em um ano. Isso porque está melhorando, porque, se a gente pegar de uns tempos atrás, iria falar de uma dívida em torno de 120% a 130% da receita”.

ATR - No último trimestre do ano, as chuvas prejudicaram a colheita da cana em diversas regiões do país. No interior paulista, usinas interromperam atividades por três semanas. O atraso reduziu a quantidade de açúcar total recuperável da cana (ATR), e comprometeu a rentabilidade dos produtores.

Perspectivas - O fator positivo de 2015, segundo o secretário de Política Agrícola Ministério Agricultura, André Nassar, é que houve recuperação de produtividade no Centro-Sul. “É muito relevante, porque a produtividade está baixa há alguns anos e isso afeta a rentabilidade. Acho que as perspectivas de mercado são boas”, disse.

Matéria completa no: http://www.canalrural.com.br/noticias/reportagem-especial/setor-cana-comeca-sair-crise-2015-com-retomada-precos-etanol-acucar-60315

Setor de cana começa a sair da crise em 2015 com retomada de preços de etanol e açúcar

Canal Rural, 05/01/2016

Os preços domésticos do açúcar na Índia se elevaram, aumentando os incentivos para produção de açúcar branco de baixa qualidade para o mercado local e dando ao Brasil uma margem competitiva no mercado de exportações.

Os preços do açúcar na Índia subiram mais de 15 por cento em um mês por preocupações sobre produção menor que o esperado devido à seca, tornando as vendas externas menos atrativas para usinas mesmo após os incentivos para exportações, disseram operadores.

Operadores cotaram o açúcar branco indiano

de baixa qualidade a 415 dólares por tonelada FOB, equivalente a 4 dólares abaixo do primeiro contrato na bolsa ICE de Londres.

Ofertas de açúcar indiano precisariam ter descontos de cerca de 30 dólares por tonelada ante os contratos futuros para competir contra as ofertas brasileiras em importantes mercados de exportação.

"Os destinos tradicionais para açúcar indiano na África e no Oriente Médio não estão sendo ocupados. O açúcar indiano ficará no Extremo Oriente e o açúcar brasileiro ficará no Oeste da África", disse um operador europeu.

Alta de preços do açúcar na Índia abre oportunidade para exportações do BrasilReuters, 05/01/2015

www.mbfagribusiness.com

Atualize MBF - 3

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Porto de Santos terá agendamento ferroviário

A Tribuna, 05/01/2016

A Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal que administra o Porto de Santos, irá implantar um serviço de agendamento ferroviário para melhorar o controle sobre a chegada das cargas em vagões no complexo marítimo. Os planos, ainda em fase inicial, foram revelados pelo diretor de Operações Logísticas da estatal, Cleveland Sampaio Lofrano.

Segundo o executivo, as composições deverão obedecer critérios como ocorre no modal rodoviário. Haverá uma programação conjunta entre as concessionárias ferroviárias que atendem a região (a Rumo-ALL e a MRS Logística), que será coordenada através de uma central de controle.

Lofrano não revelou quais serão as regras do novo agendamento. De acordo com a assessoria de imprensa da companhia, a Docas pretende iniciar negociações para acertar como serão as regras para os vagões que seguem em direção ao Porto de Santos. "Essa medida poderá eliminar conflitos observados entre os dois modais de transporte", destacou o diretor da Codesp.

Preço do etanol sobe em 15 estados, diz ANP

Udop, 06/01/2016

Os dados apurados pela ANP apontam que na semana de 27 de dezembro de 2015 a 2 de janeiro de 2016, os preços do etanol subiram em 15 estados brasileiros. A maior alta registrada na semana, de 3,62% foi em Alagoas.

Já em sete estados, os preços caíram. A maior retração foi no Amazonas, com 0,99% de queda. De acordo com o levantamento, os preços ficaram estáveis no Distrito Federal e em mais quatro estados.

Globo Rural: 2016 é o ano da volta do etanol

Globo Rural, 06/01/2016

A primeira edição da Revista Globo Rural deste ano traz na reportagem de capa uma projeção para 28 produtos do agronegócio.

A detalhada análise das perspectivas indica que, apesar das turbulências da economia e da política, o setor deve manter sua trajetória de crescimento sustentado no Brasil.

Alguns produtos, como a soja e o milho, podem perder a rentabilidade, mas não a ponto de comprometer o lucro do agricultor.

Já o etanol, que passou por maus bocados no ano passado, deve ser beneficiado em 2016 com o fim do congelamento do preço da gasolina.

Economista explica porque 2016 será um bom ano para o setor sucroenergético

RPA News, 06/01/2016

Felizmente o segmento sucroenergético entrará em 2016 num momento diferente da economia nacional, já que alguns acontecimentos deste ano poderão impactar positivamente no faturamento das empresas. Isso é o que explica Mário Ferreira Campos Filho, presidente da Siamig (Sindicato da indústria do açúcar e do álcool no estado de Minas Gerais).

Em entrevista para a “JM Magazine”, Campos mostrou otimismo para os resultados do setor em 2015 e também destacou alguns dos fatores que podem contribuir em 2016. Segundo ele, há no Brasil um novo patamar para o preço dos combustíveis, tanto para o etanol hidratado quanto para o anidro, o que está dando condições necessárias para que o produtor receba um valor que cubra os seus custos de produção. Isso impacta toda a cadeia produtiva, desde os fornecedores de cana até as empresas de bens e equipamentos.

“Temos hoje um nível de mistura na gasolina maior em 27%, tivemos a recomposição de uma parcela da Cide na gasolina, além de aumentos dados pela própria Petrobras para a gasolina, o que deu uma vantagem competitiva ao combustível limpo e renovável” explicou.

De acordo com ele, a junção da desvalorização da moeda, juntamente com o ano de déficit na produção mundial de açúcar, fez com que os preços em reais para o produtor subissem significativamente no último quadrimestre de 2015, gerando boas expectativas para os próximos anos neste setor.

O economista também salientou a importância da bioeletricidade, que ganhou mais força nos últimos anos em virtude da crise energética, além de ter voltado a ser objeto de investimento por parte das indústrias na geração de mais energia e venda para o sistema.

“Há uma expectativa, também, de que o mundo entre em um acordo global visando à redução das emissões de gases do efeito estufa, colocando o Brasil como um país modelo, que tem o maior programa de substituição de combustíveis fósseis tanto no setor de combustíveis quanto de produção de energia elétrica, e o setor sucroenergético poderá auxiliar o País a cumprir as metas estabelecidas”.

Em recente evento do setor, a presidente Dilma Roussef e o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, anunciaram que o Brasil, dentro da meta de redução dos gases de efeito estufa, deverá passar para um consumo de 30 bilhões de l de etanol para 50 bilhões de l em 2030.

Atualize MBF - 4

O aposentado Ladir José Carlomusto, de Ribeirão Preto (SP), percebeu no supermercado que o açúcar ficou mais caro nos últimos meses. A constatação de consumidores como ele sintetiza a elevação do derivado da cana no decorrer dos últimos 13 anos. Em janeiro, a saca de 50kg atingiu os R$ 82,76, sua maior cotação no mercado interno desde 2003, ano de início da série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) da USP de Piracicaba (SP).

De acordo com o professor de economia da USP e consultor em agronegócios José Carlos de Lima Júnior, a alta está ligada à elevação dos custos de produção no Brasil, à desvalorização do real diante do dólar e à queda de produtividade das lavouras ligada à baixa de investimentos do setor sucroenergético. "A oferta de açúcar está menor, os canaviais estão menores", acrescenta.

Alta histórica do açúcar - O açúcar cristal está 60% mais caro em relação a janeiro de 2015 - quando a saca custava R$ 51,53 - e custa quatro vezes mais em relação a períodos como 2004, quando chegou a R$ 17,80, aponta o Cepea.

Lima Júnior explica que o aumento na energia elétrica e nos combustíveis é um dos fatores que mais impulsionaram o preço do açúcar.

A queda de produtividade - medida pela

quantidade de Açúcar Total Recuperável (ATR) da cana - e o foco das usinas na produção do etanol, que em 2015 ganhou incremento na demanda, também explicam a alta. "As usinas praticamente produziram mais etanol nos últimos anos em relação ao açúcar. O etanol estava com uma liquidez maior, então se produziu mais etanol e com isso diminuiu a produção de açúcar, contribuindo com o déficit do mercado internacional. Isso também ajudou a elevar o preço do açúcar", afirma Antônio Eduardo Tonielo Filho, presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise Br).

Além disso, a desvalorização da moeda brasileira perante o dólar - atualmente acima dos R$ 4 - fez com que o açúcar atingisse seu maior valor em 13 anos dentro do país, ainda que no mercado internacional a commodity não tenha atingido seu maior preço na cotação da moeda americana.

Se a relação cambial permanecer desfavorável ao Brasil, o açúcar pode sofrer novos reajustes dentro do país, segundo Lima Júnior. "Com a baixa oferta da Índia o preço do açúcar pode aumentar até 20% no mercado internacional."

Matéria completa no: http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2016/01/preco-do-acucar-no-mercado-interno-e-o-maior-em-13-anos-aponta-esalq.html

Preço do açúcar no mercado interno é o maior em 13 anos, aponta Esalq

G1, 07/01/2016

O ano de 2015 foi o do etanol. O consumo de janeiro a novembro atingiu 26,1 bilhões de litros, 21% mais do que em igual período anterior. O consumo foi puxado basicamente pelo etanol hidratado (o que vai diretamente no tanque, sem ser misturado à gasolina). Foram 16,3 bilhões de litros desse tipo de combustível, 40% mais do que o de janeiro a novembro de 2014. Em novembro, no entanto, com a chegada da entressafra e uma recuperação dos preços do produto, a alta do consumo já tem ritmo menor. O consumo de hidratado supera em 21% o de igual período de 2014. E este ano também poderá ser um período de aumento de consumo, mas não de maneira tão intensa com foi em 2015.

A consultoria Datagro, especializada no setor sucroenergético, estima que a produção total de etanol da região centro-sul poderá chegar a 28,6 bilhões de litros em 2016/17. As previsões para a safra 2015/16, que se encerra em março, indicam 27,8 bilhões. Incluindo as regiões Norte e Nordeste, a produção total de etanol do país deverá ser de 29,8 bilhões de litros em 2015/16. A moagem de cana-de-açúcar deve ficar entre 610 milhões e 630 milhões de toneladas na região centro-sul na próxima safra. Já a produção de açúcar subiria para até 34,5 milhões de toneladas, ante 30,7 milhões na safra que se encerra.

Plinio Nastari, da Datagro, acredita que a

safra 2016/17 será melhor porque, devido ao clima, de 35 milhões a 37 milhões de toneladas de cana serão deixados para 2016/17.

Após 'ano do etanol', cana terá 630 milhões de toneladas na próxima safraFolha de S.Paulo, 08/01/2016

Comentário MBF: Para o diretor da MBF, Marcos Françóia, fazer a previsão que a moagem será entre 610 e 630 milhões não é novidade e nem difícil de se prever. “Considerar que nessa quantidade haverá cana bisada da safra 2015/2016, aumenta percentualmente a moagem, mas encobre a realidade do setor, que é de falta de investimentos na lavoura. A cana bisada não é pelo fato de que houve mais cana para moer, mas sim de que houve um deslocamento de cana de unidades que não conseguiram honrar com seus fornecedores para outras melhores estruturadas economicamente. Essas segundas sim, tiveram problemas com o clima e não conseguiram moer toda cana. O grande desafio nos próximos anos vai ser equalizar esses números sobre a moagem de uma safra para a outra, já que até as usinas, se não tiverem cuidado em seu planejamento, começam a se perder nessa conta de cana bisada e corte real da lavoura (1º, 2º, 3º, etc.). Há ainda os impactos da moagem na entressafra, que está ocorrendo em grande parte das empresas. Há até empresas moendo agora em janeiro cana já processada em março e abril do ano passado. Como fica isso na conta de quantidade de cana por safra? “, diz.

Atualize MBF - 5

Aumento da produção de açúcar do Brasil ameniza déficit global, diz Datagro

Reuters, 09/01/2016

Um aumento projetado de até 12 por cento na produção de açúcar do centro-sul do Brasil na temporada 2016/17 (abril/março) deverá colaborar para amenizar um déficit no mercado global de açúcar no ano internacional 2015/16 (outubro/setembro), apontou nesta quinta-feira a consultoria Datagro.

Com expectativa de um tempo mais favorável projetado para a safra de cana 2016/17, entre outros fatores, a produção de açúcar do centro-sul deverá crescer para entre 33,5 milhões e 34,5 milhões de toneladas, ante 30,7 milhões em 15/16, quando usinas privilegiaram fortemente a produção de etanol e o clima não ajudou, segundo a Datagro.

Diante dessa projeção para a principal região produtora do maior produtor global do adoçante, a Datagro estima déficit no balanço global de açúcar de 3,87 milhões de toneladas em 2015/16, ante excedente de 3,64 milhões em 14/15.

Segundo o presidente da Datagro, Plinio Nastari, esta projeção de déficit global já "leva em conta a produção 16/17 da região centro-sul do Brasil", que vai crescer.

De outro lado, a fraca produção de açúcar do Brasil na temporada 15/16 foi fator importante para a inversão do cenário de superávit para déficit no mercado global.

Indonésia prevê aumento das importações de açúcar com consumo crescente

Reuters, 08/01/2016

As importações de açúcar bruto pela Indonésia aumentarão para 3,2 milhões de toneladas este ano, ante 2,88 milhões de toneladas em 2015, afirmou o presidente de uma associação da indústria nesta sexta-feira.

Refinarias modernas de açúcar que fornecem para indústrias de alimentos e bebidas importam o produto principalmente do Brasil, Tailândia e Austrália.

A crescente demanda da Indonésia por açúcar bruto poderia sustentar os preços do açúcar, que estão sendo negociados atualmente em mínimas de três semanas de cerca de 14,75 centavos de dólar por libra-peso.

O consumo total de açúcar na Indonésia subirá para 6 milhões de toneladas em 2016, ante 5,5 milhões de toneladas no ano passado, disse o presidente da associação da indústria de alimentos e bebidas do país, Adhi Lukman, citando o aumento da demanda pelo crescimento da população da Indonésia.

Expectativa de aumento na produção faz preço do açúcar

encerrar a semana em baixa Udop, 11/01/2016

Os preços do açúcar encerraram a semana desvalorizados na bolsa de Nova York. Os preços cederam com vendas dos fundos e expectativas de que a produção na última quinzena de dezembro no Centro-Sul do Brasil aumentou, segundo a análise do jornal Valor Econômico.

"O volume processado pode ter sido recorde para o período", disse Nick Penney, da Sucden Financial. Ele aposta em uma moagem de 10 milhões de toneladas e uma fabricação de 350 mil toneladas de açúcar. Os dados serão divulgados nesta semana pela União das Indústrias de Cana-de-Açúcar. Na semana até o dia 5, os fundos reduziram seu saldo líquido comprado em 10%, para 156,5 mil contratos.

Na sexta-feira (8), a commodity caiu 29 pontos na tela março/1 da bolsa de Nova York. Ela foi cotada a 14,46 centavos de dólar por libra-peso. Nos vencimentos maio/16, a queda foi de 27 pontos e em junho/16, recuo de 25 pontos na comparação com a véspera.

Em Londres, os negócios também encerraram com variação negativa na sexta-feira e os negócios foram firmados em US$ 419,70 a tonelada, retração de 9,10 dólares.

Os outros lotes também registraram baixa, que oscilou de 3,60 a 6,10 dólares.

Mercado doméstico - Em São Paulo, o açúcar caiu 0,04% após a alta registrada na quinta-feira. Segundo o Cepea/Esalq, da USP, o preço da saca de 50 quilos do tipo cristal foi vendido a R$ 82,92.

Etanol: hidratado sobe 3,54% na semana, segundo Cepea

Udop, 11/01/2016

Os preços do etanol ficaram valorizados na semana de 4 a 8 de janeiro, segundo o índice do Cepea/Esalq, da USP.

O anidro teve alta de 3,15%, com negócios firmados em R$ 2,0143 o litro contra R$ 1,9526 da semana anterior.

O hidratado fechou a semana em R$ 1,7870 contra R$ 1,7258 da semana anterior, alta de 3,54%.

Etanol diário Os índices do etanol hidratado medidos pela

Esalq/BVMF se valorizaram em 0,52% na última sexta-feira (8), com negócios firmados em R$ 1.753,50 o metro cúbico do biocombustível.

Fornecendo atualizações diáriasa executivos do Agronegócio.Atualize MBF Agribusiness Assessoria Empresarial Ltda.

Jornalista Responsável: Andréia Moreno - MTb 29.978

Fechamento edição:11/01/2016 - 12h00

Resumo de notícias de 4 a 11/01/16