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  Ponto dos oncursos  www.pontodosconcursos.com.br  Atenção. O conteúdo deste curso é de uso exclusivo do aluno matriculado,  cujo nome e CPF constam do texto apresentado,  sendo vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução,  cópia, divulgação e distribuição.  É vedado, também, o fornecimento  de informações cadastrais inexatas ou incompletas  nome, endereço, CPF, e-mail  - no ato da matrícula.  O descumprimento  dessas vedações implicará o imediato cancelamento da matrícula, sem prévio aviso e sem devolução de valores pagos - sem prejuízo da responsabilização  civil  e criminal do infrator. Em razão da presença  da marca d’  água, identificadora do nome e CPF do aluno matriculado,  em todas as páginas deste material, recomenda-se  a sua impressão  no modo econômico da impressora.  

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cancelamento  da  matrícula,  sem  prévio  aviso  e  sem  devolução  de

valores pagos  -  sem  prejuízo  da  responsabilização  civil  e  criminal  do

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CURSO ON-LINE - AUDITORIA  – PROVAS COMENTADAS – REGULARPROFESSOR: MARCELO ARAGÃO 

Olá pessoal. É com muita satisfação que estamos iniciando mais um curso de auditoriaaqui no Ponto. Desta vez elaboramos um curso de   auditoria pública e privada, com base emresolução de questões de provas elaboradas por algumas bancas examinadoras. 

Antes de detalharmos os objetivos e os conteúdos do curso, pedimos  licença, como de

praxe, para uma

 breve apresentação pessoal e a compreensão

 daqueles

 que

   já me conhecemde outras ocasiões. 

. Formei-me em Administração pela Universidade Federal Fluminense – UFF, em 1987, e

cursei Administração  Pública  na Fundação Getúlio Vargas   –  FGV, do Rio de  Janeiro.Atualmente estou  participando de um curso de pós-graduação em Auditoria  Interna e ControleGovernamental,  no Instituto Serzedello Corrêa – ISC/TCU, em Brasília. 

Após trabalhar   por dez anos  em uma empresa  pública do  Estado  do Rio de Janeiro,onde assumi a Chefia do Departamento Financeiro da empresa, ingressei em 1992 na carreirade Finanças e  Controle do Tesouro Nacional, no segundo concurso  público realizado para  acarreira. 

Pertenci  ao  Sistema de  Controle Interno do Poder Executivo  Federal -  SCI,  duranteaproximados 14 anos, onde tive a  felicidade de exercer várias funções de direção na SecretariaFederal de  Controle  Interno  e na  Controladoria-Geral da União, tais  como Coordenador deNormas e Programas de Auditoria, Coordenador   de Planejamento das Auditorias,  Secretário-Adjunto  da  SFC, Diretor de Auditoria da Área  Econômica  e chefe das Unidades  estaduais emPernambuco e no Rio de Janeiro, além de uma breve, porém marcante, experiência profissionalcomo titular  da unidade regional do Rio Grande do Sul, onde aprendi muito. 

Com o sentimento  de ter dado uma pequena parcela de contribuição para aconsolidação do  Controle Interno e com o propósito de buscar novos desafios, fiz o  concursopara o cargo de Analista de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, em 2004, sendoaprovado. Contudo, apesar de concluir o  curso de formação, não  pude tomar posse por questões pessoais e familiares.  Esse fato  me trouxe ainda mais motivação para fazer   oconcurso de 2006  e, com sorte  e  força  divina,  obter novamente  aprovação  e  ingressar nosquadros do TCU. 

No Tribunal, passei  inicialmente por  uma área técnica, até ser convidado para participar de um projeto importante e compor a assessoria do Secretário Geral de Controle Externo, onde

estou até o momento e muito  feliz. É realmente uma  instituição muito sólida e com um quadrode profissionais e de dirigentes de alto nível. 

Para concluir essa breve apresentação,  faltou mencionar  minha experiência acadêmica.Fui instrutor da  ESAF em cursos de  formação  e  de progressão da carreira de finanças  econtrole e coordenador  da disciplina auditoria. A partir de 2006, incentivado pelos amigos, iniciei 

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CURSO ON-LINE - AUDITORIA  – PROVAS COMENTADAS – REGULARPROFESSOR: MARCELO ARAGÃO 

a trajetória  de professor   da disciplina auditoria governamental em cursos  preparatórios para osconcursos da CGU e do TCU,  já tendo ministrado aulas em vários estados da federação. Tenholecionado em  cursos de treinamento profissional na área  de  auditoria e em  cursos de pós-

graduação em Controle Governamental, em instituições profissionais e de ensino em Brasília. Retornando ao propósito do curso, entendi necessário elaborá-lo com base na  resolução

de provas considerando três fatores. O primeiro fator é que   geralmente  os alunos apresentamvárias dúvidas quanto a questões de provas, discordando do gabarito apresentado. 

Outro fator considerado foi a  necessidade dos  candidatos compreenderem  o  estilo decada  banca, especialmente do CESPE, bem como as fontes  e referências  bibliográficasutilizadas na elaboração das questões. 

O terceiro fator  é que comentar  as questões de provas constitui uma  forma agradável deapresentar   a teoria sobre cada  assunto  e  também  de  estudo pelos  alunos, o que facilita  oaprendizado.  O estudo  fica mais  focado e direcionado nos tópicos freqüentemente cobradospela banca. 

A teoria será apresentada em conjunto com os comentários sobre as questões. Nessesentido, procuramos acrescentar aos comentários sobre  o  gabarito, o máximo de conceito eabordagem teórica possível. 

Assim, esperamos contribuir  de forma decisiva para a preparação de vocês em busca de

sucesso em concursos públicos para as áreas de controle, auditoria, contabilidade e finanças,considerando o peso que a disciplina auditoria tem nesse contexto. Vocês devem estar se perguntando: Afinal, esse curso é preparatório para qual concurso

público?  Bem,  eu diria  que muito  mais para  o concurso  de Analista  de Controle  Externo doTribunal de Contas da União, que em breve  passará a ser denominado de Auditor   Federal deControle Externo, já que comentaremos de forma detalhada todas as provas de auditoria para oTCU, no período de 2004  a  2008.  São  quatro  provas, sendo uma  elaborada pela Escola deAdministração  Fazendária – ESAF e três elaboradas pelo Centro de Estudos e Pesquisa daUniversidade de Brasília  – CESPE/UNB. As quatro provas citadas compreendem um total de 73

questões. Comentaremos aproximadamente 70 questões, excluindo-se algumas

 questões queforam anuladas. 

Além das  provas do  concurso do Tribunal de Contas da União, comentaremos outrasprovas do CESPE, cujos programas apresentam vários tópicos coincidentes com o do TCU,  taiscomo auditoria interna (doutrina e normas nacionais), normas internacionais de auditoria interna (normas do IIA), normas e procedimentos de auditoria  independente das demonstraçõescontábeis,  controles internos  segundo o Coso, governança corporativa e governamental eauditoria no setor público federal (normas e procedimentos  da Controladoria-Geral da União –CGU). 

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Apesar do foco especial para o concurso do TCU, consideramos que o curso será útiltambém para a preparação de candidatos que visam a outros concursos, com destaque para os

da Controladoria-Geral da União, de Tribunais de Contas de estados e municípios e de órgãosde fiscalização tributária. 

Com esse objetivo, além  de provas do  CESPE, incluímos também provas objetivas deexcelente nível elaboradas  por outras  bancas,  como a ESAF, a  FGV,  a  CESGRANRIO e  aFEPESE. 

Finalmente, na tentativa de organizar um curso mais completo possível, acrescentamoscomentários sobre provas  discursivas (subjetivas)  acerca  de temas de auditoria,  elaboradaspelo CESPE e pela CESGRANRIO. 

As provas que serão comentadas são as seguintes: PROVAS OBJETIVAS: 

ƒ  ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO (TCU  – 2004) – CESPE ƒ  ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO (TCU  – 2006) - ESAF ƒ  AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO (TCE/SC  – 2006) - FEPESE ƒ  ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO (TCE/AC-2006) - CESPE ƒ  ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO (TCU  – 2007) – CESPE ƒ  FISCAL DE RENDAS (SEFAZ/RJ  – 2007) - FGV ƒ  ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE (CGU – 2008) – ESAF ƒ  ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE (TST – 2008) - CESPE ƒ  ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO (TCU  – 2008) - CESPE ƒ  ANALISTA TÉCNICO UAUD (SEBRAE – 2008) - CESPE ƒ  ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE (STF – 2008) - CESPE ƒ  AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS  – CGE/PB  – 2008 (CESPE) ƒ  ANALISTA JUDICIÁRIO - CONTABILIDADE (TJDFT  – 2008) - CESPE ƒ  ANALISTA JUDICIÁRIO - CONTROLE INTERNO (TJDFT – 2008) - CESPE ƒ  ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO (TCE/AC – 2008) - CESPE ƒ  AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS (PM DE TERESINA – 2008) – CESPE ƒ  AUDITOR JUNIOR (PETROBRÁS-2008) - CESGRANRIO ƒ  AUDITOR (TCM/PARÁ  – 2008) - FGV 

PROVAS SUBJETIVAS: ƒ  AUDITOR DO TCU - 2007 – CESPE  (DISSERTAÇÃO SOBRE TIPOS DE AUDITORIA

DO TCU) ƒ  ANALISTA DE CONTROLE  EXTERNO  DO TCU   – 2007 – CESPE  (DISSERTAÇÃO

SOBRE AS AUDITORIAS REALIZADAS PELO TCU) www.pontodosconcursos.com.br  3 

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ƒ  ANALISTA DE  CONTROLE EXTERNO  DO TCU – 2008 – CESPE (PEÇATÉCNICA/RELATÓRIO DE  CONTROLES INTERNOS – SEGREGAÇÃO DEFUNÇÕES). 

ƒ  AUDITOR  JUNIOR DA  PETROBRÁS - 2008 –  CESGRANRIO (RELATÓRIO DECONTROLES INTERNOS) 

ƒ 

ANALISTA 

TÉCNICO DO SEBRAE AUDITORIA – 2008 – 

CESPE (DISSERTAÇÃOSOBRE PROCEDIMENTOS EM CONTAS A RECEBER). O curso será desenvolvido em 5 (cinco) aulas na seqüência indicada a seguir: 

Aula 00: Ainda nesta aula de apresentação comentaremos as provas  objetivas de ANALISTADE CONTROLE EXTERNO (TCU  – 2004) – CESPE e ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO (TCU – 2006) – ESAF, bem como a prova subjetiva de AUDITOR DO TCU - 2007 – CESPE (DISSERTAÇÃO SOBRE TIPOS DE AUDITORIA DO TCU), com proposta de solução. Aula 01: Provas objetivas de FISCAL DE RENDAS (SEFAZ/RJ – 2007) – FGV, ANALISTA DECONTROLE EXTERNO (TCE/AC-2006) – CESPE,  ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO (TCU  – 2007) – CESPE e ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE (STF – 2008)  – CESPE.Prova subjetiva de ANALISTA DE  CONTROLE  EXTERNO DO  TCU –  2007 – CESPE (DISSERTAÇÃO SOBRE AS AUDITORIAS REALIZADAS PELO TCU). Aula 02: Provas objetivas de AUDITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO (TCE/SC – 2006) –FEPESE, ANALISTA  DE FINANÇAS  E CONTROLE  (CGU – 2008) –  ESAF, ANALISTAJUDICIÁRIO – CONTABILIDADE (TST – 2008) – CESPE e ANALISTA TÉCNICO UAUD (SEBRAE – 2008)  – CESPE e AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS – CGE/PB – 2008 (CESPE).Prova  subjetiva de ANALISTA  TÉCNICO DO SEBRAE AUDITORIA – 2008    – CESPE (DISSERTAÇÃO SOBRE PROCEDIMENTOS EM CONTAS A RECEBER). Aula 03: Provas objetivas de ANALISTA JUDICIÁRIO - CONTABILIDADE (TJDFT – 2008) –CESPE, ANALISTA JUDICIÁRIO - CONTROLE  INTERNO (TJDFT  – 2008) – CESPE, AGENTEFISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS (PM  DE  TERESINA – 2008)    – CESPE,  AUDITORJUNIOR (PETROBRÁS-2008) – CESGRANRIO.  Prova  subjetiva de AUDITOR  JUNIOR  DAPETROBRÁS - 2008  – CESGRANRIO (RELATÓRIO DE CONTROLES INTERNOS). Aula  04: Provas objetivas de AUDITOR (TCM/PARÁ    – 2008) – FGV, ANALISTA DECONTROLE EXTERNO (TCE/AC – 2008) – CESPE e ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO (TCU  – 2008)  – CESPE. Prova subjetiva de ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO DO TCU  – 2008 – CESPE (PEÇA TÉCNICA/RELATÓRIO DE CONTROLES INTERNOS  – SEGREGAÇÃODE FUNÇÕES). 

Bom, esse  é o conteúdo  do  curso.  Agora,  precisamos indicar para vocês  as  fontesbibliográficas mais utilizadas pelas bancas,  em especial o CESPE, para elaboração das 

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questões de provas.  Uma  das perguntas mais freqüentes em  sala de aula  é  sobre quais  oslivros e as normas de auditoria que devemos estudar. 

São poucos os livros de auditoria

 pública no Brasil e

 também não se pode afirmar queexistem  muitos livros de auditoria  privada. Como a auditoria  é  considerada por   muitos  como

uma técnica contábil, temos em nosso país algumas obras sobre a auditoria contábil. Quanto aos livros, destacamos sem medo de errar, que as obras mais utilizadas pelas 

Bancas, até porque também são os livros mais adotados no meio acadêmico, são os seguintes: ƒ  Franco, Hilário e Marra, Ernesto. Auditoria Contábil, São Paulo, Ed. Atlas, 2001. ƒ  Boynton, C. William e outros. Auditoria. São Paulo, Ed. Atlas, 2002. ƒ  Almeida, Marcelo Cavalcanti.  Auditoria – Um Curso Moderno e Completo. São 

Paulo, Ed. Atlas, 2007. ƒ Attie, William. Auditoria: conceitos e aplicações. Ed. Atlas, 1998. Para que vocês tenham uma  noção, das 30 (trinta) questões  da  prova  de auditoria

governamental do último  concurso do TCU, 9  (nove)  questões foram  extraídas de trechos doslivros de Franco e Marra (7 questões) e de Boynton e outros (2 questões), sem contar que aquestão discursiva -  peça técnica  - foi totalmente elaborada com  base  no  livro de WilliamBoynton e outros, inclusive os seis exemplos dados de segregação de funções, para construçãodo relatório de auditoria de controles internos. 

Além dos livros citados anteriormente, existem  outras obras interessantes  no  mercado,de autoria de Lopes de Sá, Ricardo Ferreira, Sérgio Jund e outros, que eventualmente podemser utilizadas pelas bancas examinadoras para  elaboração de questões.  Esses livros tambémpodem ser úteis na preparação dos candidatos. 

Todavia, na área governamental, existem dois livros interessantes, que indicamos comoestudo complementar, quais sejam: 

ƒ  Araújo,  Inaldo Paixão.  Introdução à Auditoria  Operacional – FGV, Rio de Janeiro, 1998. 

ƒ  Peter, Maria da Glória Arrais e Machado, Marcus Vinícius Veras. Manual de auditoriagovernamental – São Paulo, Ed. Atlas, 2003. Calma pessoal. Não estou aqui propondo que vocês adquiram  todos os livros  citados.

Apenas estou cumprindo minha obrigação de informar-lhes a referência bibliográfica dasBancas, que é a mesma que utilizo nas aulas  que ministro.  Ao comentarmos as questões,procuraremos, na medida do possível, citar  e indicar as fontes. 

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Com relação aos manuais e normas de auditoria, para o concurso do TCU (edital 2008),é imprescindível a leitura dos seguintes documentos: 

ƒ 

Manual de Auditoria de Natureza

 Operacional do TCU e

 outros manuais ligados

 aotema avaliação de programas  – www.tcu.gov.br . 

ƒ  Declaração  de  Lima, Normas de Auditoria e Código de Ética da INTOSAI.   –www.issai.org, em espanhol e inglês. Tradução para o  português  realizada  peloTCE/BA, em www.tce.ba.gov.br (exceto Declaração de Lima). 

ƒ  Roteiro de Auditoria de Conformidade do TCU, aprovado pela Portaria TCU 90/2003,com atualizações em 2004. (www.tcu.gov.br). 

ƒ  Normas de Auditoria do The   Institute  of  Internal Auditors -   IIA. – www.theiia.org (eminglês) ou traduzidas para o português no site da AUDIBRA  – www.audibra.org.br . 

ƒ  Normas brasileiras para o exercício da auditoria interna (NBCT 12) e  independentedas Demonstrações Contábeis (NBCT 11) expedidas pelo CFC  – www.cfc.org.br . 

ƒ  Instrução Normativa TCU nº 57, de 2008, sobre relatórios de gestão e processos decontas – www.tcu.gov.br. 

Agora sim, podemos comentar   as provas de Analista de  Controle Externo do TCU de 2004 (CESPE) e de 2006 (ESAF). Começamos pela de 2004. 

ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO (TCU – 2004) – CESPE O Edital de abertura e divulgação do concurso definiu que o tema Auditoria faria parte da

Prova II, compreendendo  90 questões acerca das disciplinas  Administração  Financeira eOrçamentária, Contabilidade e Auditoria e Controle Externo da Gestão Pública. 

Naquele ano,  a  auditoria ainda foi cobrada  em conjunto com a contabilidade e o seupeso no total das provas foi relativamente baixo. De fato, o CESPE elaborou 12 (doze)questões sobre o tema Auditoria. 

O programa de Auditoria foi o seguinte: 1 Normas  Brasileiras para o Exercício da  Auditoria Interna:  independência,  competênciaprofissional, âmbito do  trabalho, execução do trabalho e administração do órgão  de auditoriainterna. 2 Auditoria  no  Setor Público  Federal. Finalidades  e  Objetivos da AuditoriaGovernamental.  Abrangência de atuação. Formas  e Tipos. Normas relativas à execução dostrabalhos.  Normas relativas à  opinião  do auditor.  Relatórios e Pareceres de  Auditoria.Operacionalidade. 3 Objetivos, Técnicas e Procedimentos de Auditoria: Planejamento dostrabalhos.  Programas de auditoria. Papéis de  trabalho. Testes de auditoria.  Amostragemestatística em  auditoria.  Eventos ou transações subseqüentes.  Revisão analítica.  Entrevista. 

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Conferência  de cálculo. Confirmação.  Interpretação das informações.  Observação.Procedimentos de auditoria em áreas específicas das Demonstrações Contábeis. 

É de se notar que o Tribunal foi mais conservador ao definir o conteúdo de Auditoria,mantendo a tendência  até então de cobrar apenas as normas brasileiras de auditoria interna,normas de auditoria do  setor público federal (IN SFC  01/01)  e procedimentos  de auditoriacontábil. 

Eis as questões, que passamos a comentar. À luz  da  Resolução n.º 986, de  2003, e do Código de Ética do  Contabilista, ambos do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), julgue os itens subseqüentes. 78 Denominam-se evidências as informações que respaldam  os  resultados  da auditoriainterna. Para que  dêem  robustez às conclusões e  recomendações do  trabalho daauditoria, tais informações devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis. 79 A verificação do cumprimento, pelos empregados, das normas da administraçãosuperior da empresa  constitui um  teste  substantivo;  já a verificação  da pertinência doprovisionamento de uma contingência passiva constitui um teste de observância. 80 O auditor  interno  deverá  mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e  repute  emcondições de exercer efeito sobre peças contábeis que sejam objeto de seu trabalho, não

obstante a exigência de guardar sigilo feita por autoridades competentes. Gabarito oficial: Certo  – Errado - Certo 78. Evidências  são as informações  ou as provas que a auditoria precisa obter   (um conjunto  defatos comprovados por intermédio dos trabalhos) e que constituem a essência dos achados deauditoria e servirão para a sustentação das conclusões e recomendações do auditor. A questão refere-se às evidências coletadas pela auditoria interna e apenas reproduz comandonormativo contido na NBC-T-12 – Normas de Auditoria  Interna, aprovadas pela Resolução nº 986, de 24 de outubro de 2003, do Conselho Federal de Contabilidade. De acordo com a norma em referência, a evidência de um trabalho de auditoria deve ser: 

ƒ  suficiente  – é aquela que é  factual e convincente, de tal forma que uma pessoaprudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor  interno; 

ƒ  adequada ou fidedigna – é aquela que, sendo confiável, propicia a   melhor evidência  alcançável,  por meio  do uso apropriado das técnicas de auditoriainterna; 

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CURSO ON-LINE - AUDITORIA  – PROVAS COMENTADAS – REGULARPROFESSOR: MARCELO ARAGÃO 

ƒ  relevante - é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna; e 

ƒ  útil -  é a que auxilia a entidade a atingir  suas metas. 79. Usualmente, os testes de auditoria são classificados em   duas categorias:  a)  testes  deaderência, também denominados de testes de  observância,  testes de  conformidade ou testesde procedimentos; e b) testes substantivos, também denominados de testes de comprovação. O objetivo do  teste de aderência é proporcionar ao auditor razoável segurança quanto à  efetivautilização dos  procedimentos previstos como controles internos.  Fornece, assim, evidênciasquanto ao atingimento dos objetivos de  controle previamente especificados pela altaadministração. Testes  substantivos são procedimentos de auditoria que objetivam obter evidências  que corroborem a validade e a propriedade dos atos e fatos administrativos,

assegurando  razoável grau  de certeza quanto à inexistência  de erros, falhas e irregularidadesmateriais. Portanto, a  verificação  do cumprimento, pelos empregados,  das  normas da administraçãosuperior da  empresa constitui um  teste de observância e  não substantivo. Já a verificação dapertinência  do  provisionamento  de uma contingência passiva constitui um  teste substantivo.Item errado. 80. O item apresentou enunciado um pouco confuso, diferente do disposto no Código de ÉticaProfissional do Contabilista. Segundo  o  código,  o contador quando perito, assistente técnico,

auditor   ou árbitro, deverá mencionar   obrigatoriamente fatos que conheça e  repute  emcondições de exercer efeito  sobre peças contábeis objeto de seu trabalho, respeitado o dever de guardar  sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito. O código estabelece que deve ser  guardado o sigilo,  ressalvados os casos previstos em lei ouquando  solicitado por autoridades competentes,  entre estas os Conselhos  Regionais deContabilidade. Portanto, existem casos em que autoridades competentes podem solicitar  que oauditor revele informações obtidas. O item afirma o contrário, que a exigência de guardar sigiloé feita por autoridades competentes. A banca  apontou o item como certo possivelmenteconsiderando que a revelação  de fatos que possam ter efeito sobre demonstrações  contábeis

não contraria o dever de guardar sigilo. 

Considerando os  termos da  Instrução Normativa n.º 1/2001, da Secretaria Federal de Controle Interno (SFCI), julgue os itens que se seguem. 81 No âmbito do Sistema  de Controle Interno, a  manifestação sobre as  tomadas eprestações de contas é expressa por meio  de diferentes documentos: o relatório  éassinado por servidor habilitado perante  o  Conselho  Regional de Contabilidade;  o 

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parecer é de responsabilidade de quem executou o trabalho de auditoria; e o certificado éa manifestação do dirigente do órgão de controle interno. 82 Não sendo possível ao órgão ou unidade de controle interno a obtenção de elementoscomprobatórios que  permitam ao  órgão ou  unidade formar opinião sobre a regularidadeda gestão, será emitido certificado com abstenção de opinião. Gabarito oficial: Errado - Errado 81. Conforme dispõe a  Instrução Normativa nº 01, de 2001, da Secretaria Federal de ControleInterno – IN SFC 01/01, em auditorias de avaliação de gestão, que  têm o objetivo de certificar  aregularidade dos  processos de tomadas  e prestações de contas anuais,  são emitidos  pelosórgãos de controle interno as  seguintes peças: a) relatório de auditoria; b) certificado  de

auditoria; e c) parecer do dirigente de controle interno. O  relatório  de auditoria  é  assinado pelo servidor da carreira de controle interno  responsávelpela realização da  auditoria,  que não precisa ser   contador habilitado perante o ConselhoRegional de Contabilidade. O certificado é responsabilidade do Coordenador-Geral ou Chefe deUnidade  Regional  da Controladoria-Geral da União - CGU  e  o  parecer é a  manifestação dodirigente de controle interno que, no caso das unidades jurisdicionadas à CGU, é  o Secretárioou Diretor da Secretaria Federal de Controle Interno – SFC/CGU. Portanto, a questão apresentatrês erros  ao apontar de  forma errada os responsáveis pela assinatura do  relatório, docertificado e do parecer. Além da auditoria de avaliação de gestão, a  IN SFC 01/01 prevê ainda os seguintes  tipos deauditoria praticados pelos órgãos de controle interno no âmbito do Poder Executivo Federal: 

ƒ  Auditoria  de acompanhamento de gestão:  é a  auditoria  realizada ao longo dosprocessos de gestão, com o objetivo de se atuar em tempo real sobre os atos efetivos eos efeitos potenciais  positivos  e negativos  de uma  unidade ou entidade  federal,  quecontém  evidências e relatos sobre  melhorias e economias existentes no  processo ouoportunidades de prevenção de gargalos ao desempenho da missão institucional. 

ƒ Auditorias 

contábeis   – é a

 auditoria

 de

 natureza contábil, que contém

 a opinião

 doauditor   se  os  registros  contábeis  foram efetuados de acordo com os princípios

fundamentais de  contabilidade e se as  demonstrações deles originárias refletem,adequadamente, em seus aspectos mais relevantes, a situação econômico-financeira dopatrimônio, os  resultados do período administrativo examinado e as  demais situaçõesnelas demonstradas. Tem por objeto,  também, verificar a efetividade e a aplicação derecursos   externos,  oriundos  de  agentes financeiros e organismos internacionais, por unidades  ou entidades  públicas  executoras de projetos  celebrados com aquelesorganismos com vistas  a emitir opinião  sobre  a  adequação e fidedignidade  das 

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demonstrações financeiras. (ATENÇÃO: Auditoria contábil = Auditoria de Recursos Externos). 

ƒ Auditorias  operacionais    – resultado  de auditoria operacional, onde o auditor governamental apresenta a sua avaliação acerca da economia, eficiência e eficácia dosórgãos  e  entidades auditados,  programas de governo,  projetos, atividades, ousegmentos destes, procurando auxiliar a administração  na gerência  e nos resultados,por meio de recomendações, que visem  aprimorar os procedimentos, melhorar oscontroles e aumentar a responsabilidade gerencial. 

ƒ Auditorias  especiais – É  o  trabalho de auditoria governamental relativo ao exame defatos ou  situações  consideradas relevantes,  de natureza  incomum ou  extraordinária,para atender  determinação expressa de autoridade competente. Classifica-se nesse tipo

os demais trabalhos auditoriais não inseridos em outras classes de atividades. ƒ  Auditorias de  recursos externos  -  Nas auditorias  de recursos externos, tanto de projetos

custeados pelo Banco Mundial (BIRD), Banco Interamericano (BID) ou de  CooperaçãoTécnica (PNUD,  UNESCO, etc), são  emitidos relatórios de auditoria que  contêmrequisitos específicos conforme  as regras  do Organismo  Internacional,  como pareceresespecíficos e demais documentos. 

82. Nas auditorias de avaliação de  gestão, em processos  de tomada e prestação de contas, oórgão de controle interno emite, além do Relatório de Auditoria, o Certificado de Auditoria, que

representa  a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e   regularidade, ou não,da gestão  e a  adequacidade, ou  não, das peças examinadas, devendo ser assinado  peloCoordenador-Geral ou  Gerente Regional  de Controle Interno, ou ainda, autoridades de nívelhierárquico  equivalente  nos órgãos e unidades  setoriais do  Sistema de Controle  Interno  doPoder Executivo Federal. Os Tipos de Certificado são os seguintes: 

ƒ  Certificado de Regularidade - será emitido quando o Órgão ou Unidade deControle Interno  formar  a opinião de que na gestão dos recursos públicos foram

adequadamente observados os princípios 

da 

legalidade, legitimidade 

eeconomicidade. ƒ  Certificado de Regularidade com Ressalvas - será emitido quando o Órgão ou

Unidade de Controle  Interno  constatar falhas, omissões  ou impropriedades denatureza  formal no cumprimento das normas e diretrizes governamentais, quantoà legalidade, legitimidade e economicidade e que, pela sua irrelevância ouimaterialidade, não caracterizem  irregularidade de atuação  dos agentesresponsáveis. 

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ƒ Certificado  de  Irregularidade -  será emitido quando  o  Órgão ou  Unidade deControle Interno verificar a não observância  da aplicação dos princípios delegalidade,  legitimidade e economicidade, constatando a existência de desfalque,

alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de  que resulte prejuízoquantificável para a Fazenda  Nacional e/ou comprometam, substancialmente, asdemonstrações financeiras e a respectiva gestão dos  agentes responsáveis, noperíodo ou exercício examinado. 

Não existe a hipótese de negativa de opinião nesses  trabalhos, podendo, no entanto, a opiniãoficar sobrestada pelo prazo necessário ao cumprimento de uma diligência. A única hipótese denegativa de  opinião prevista na  IN SFC n° 01/01 é em auditorias de recursos  externos (tipocontábil), na hipótese do órgão de controle não poder  opinar, conclusivamente, sobre o estadodas contas, em virtude de o órgão ou a entidade examinada não ter apresentado ou não possuir 

registros contábeis e  demonstrações financeiras compatíveis, bem como  em razão  daocorrência de outros fatores determinantes. Item errado. A respeito da utilização das técnicas e procedimentos mais apropriados nos trabalhos de auditoria, julgue os itens seguintes. 84 Documentos elaborados por pessoas alheias à empresa auditada são evidências maisdignas de confiança  quando enviados diretamente  ao auditor ou  mesmo enquantomantidos em poder  de terceiros. De forma  semelhante, um documento  elaboradointernamente  tem sua credibilidade aumentada quando circula  fora da empresa auditada,

devido à aceitação externa. 85 Uma das formas  mais comuns  de aplicação da técnica da observação, durante umaauditoria, é  o acompanhamento  da realização do inventário  físico,  ocasião em  que oauditor  pode verificar  se os procedimentos  que ele determinou estão sendorigorosamente seguidos pelos responsáveis pela execução do referido levantamento. Gabarito oficial: Certo - Errado 84. A informação obtida de fontes externas oferece ao auditor  maior  grau de confiança do que a

verificação efetuada na própria organização, pelo simples fato da  informação ou documento ter sido elaborado por fonte independente da organização. Portanto, quando o auditor necessita deuma confirmação  externa,  ele utiliza a  técnica denominada de circularização,  que consiste emfazer  com que o cliente expeça cartas dirigidas a pessoas com as quais a organização mantémnegócio, cuja  resposta será enviada diretamente ao auditor. Esse procedimento assegura maior confiabilidade e relevância à evidência obtida. 

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Na mesma alinha de raciocínio, um  documento elaborado  internamente  que circulaexternamente, passando  por terceiros,  oferece  também ao auditor maior grau  de  confiançaquanto à prova ou informação contida no documento. Item certo. 85.  Quando relevante  e  material, o auditor   deve acompanhar o inventário físico não só paraassegurar-se de que a contagem está sendo feita corretamente e que estão sendo abrangidostodos os  itens que devem ser   inventariados, mas também para  incluir apenas os  itensexistentes e nenhum outro.  O erro está na afirmação de que a técnica utilizada no  caso é aobservação, sendo que o auditor adota a  técnica de contagem ou  inspeção  física dos bens emestoque, verificando  a  sua existência  e  propriedade. A  observação  é o acompanhamento deuma operação ou processo, geralmente para testar o funcionamento dos controles. Todavia, em nosso entendimento, existe outro erro na  questão, quando afirma que  o  auditor 

verifica se os procedimentos  que  ele determinou estão sendo  rigorosamente seguidos.Segundo Franco e Marra, no livro Auditoria Contábil, da   Editora Atlas,  o auditor   deve verificar antecipadamente se os procedimentos definidos para desenvolvimento  do inventário  físico sãosatisfatórios e para poder  sugerir  procedimentos que  julgar necessários. Julgue o item a seguir, com base nas finalidades dos papéis de trabalho. 86 Os papéis de trabalho, apesar de  indispensáveis à realização da auditoria, não podemser utilizados para fins  legais, não  constituindo, assim, meio de  prova paraconsubstanciar as conclusões do relatório do auditor. Gabarito oficial: Errado 86. Segundo  Franco  e Marra, em  Auditoria  Contábil, Editora Atlas, a finalidade principal dospapéis  de trabalho do auditor é a de servir como base e sustentação da opinião do auditor.Porém, eventualmente, no  caso do  auditor ser   acusado, por vias legais ou  administrativas, denão ter empregado toda a diligência no seu trabalho, os papéis  de  trabalho servirão de prova etestemunho de defesa,  podendo demonstrar todo o alcance da  auditoria, procedimentosefetuados, normas obedecidas e toda a gama de informações. Item errado. 

Em cada um dos itens subseqüentes, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 87 Um auditor  independente,  realizando  seu  primeiro trabalho em uma entidade,constatou que mudanças substanciais na legislação tributária do setor, ocorridas após oencerramento do exercício anterior, poderiam causar  profundo impacto nos resultadosfuturos. Nessa situação, seguindo orientações do CFC, o auditor deveria discutir oassunto  imediatamente  com a  administração da entidade  e, se as demonstrações 

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contábeis daquele exercício tivessem sido examinadas por outro auditor, discuti-las comele. 88 Uma  entidade  de  prestação de serviços  públicos sujeita  a normas governamentaisespecíficas apresenta demonstrações contábeis elaboradas sem observância dospadrões dos princípios fundamentais de  contabilidade e das  normas brasileiras decontabilidade.  Nessa situação, os desvios  das normas e princípios, originados nalegislação ou em disposições regulamentares específicas,  implicam emissão, por parteda auditoria independente, de parecer que contenha ressalva ou opinião adversa, sempreque relevante. 89 Determinada empresa comercial apresenta, na conta Fornecedores, obrigações que  jáforam  quitadas e ainda não  foram baixadas. Nessa  situação, a  existência do  “passivo

fictício” autoriza presumir  que  os recursos correspondentes aos pagamentos efetuadosforam gerados  internamente por meio de  operações cujo registro foi omitido,  o queestaria impedindo a baixa contábil das obrigações. Gabarito oficial: Certo – Certo – Certo 87. À época do concurso estava em vigência a NBC-T-11 – IT  7 – Planejamento de Auditoria,aprovada  pela Resolução  CFC nº 936/02, que estabelecia  o seguinte:  “Quando o auditor 

independente estiver realizando uma primeira   auditoria numa entidade   e   constatar   situações 

que caracterizem como relevantes eventos   subseqüentes ao   exercício anterior, deve,

imediatamente, discuti-las com   a administração da entidade e, quando   as Demonstrações Contábeis   daquele exercício tenham sido   examinadas por outros auditores independentes,

discuti-las com esses,  inteirando-se, se for  o caso, dos   fatos que sejam  de seu conhecimento 

com respeito  aos eventos subseqüentes.”. Atualmente, a NBC-T-11.4.9.1, aprovada pela  Resolução CFC nº  1.035/05, reproduz o  mesmocomendo normativo.  Mudanças substanciais na legislação tributária do setor ocorridas após oencerramento do exercício anterior, que possam causar profundo impacto nos resultadosfuturos, são um exemplo de um  evento subseqüente ao exercício anterior que deve ser considerado pelo auditor. Portanto, item certo. A NBC-T-19.12, aprovada pela Resolução CFC nº  1.088/07, para exemplificar, relaciona algunstipos de eventos subseqüentes à data do balanço que não originam ajustes, os quaisnormalmente  resultam  em divulgação, dentre  os  quais mudanças na legislação  tributária,  asaber: 

a) reorganizações societárias, aquisição e venda de entidades; b) anúncio  de  um plano para  descontinuar uma operação, vender ativos ou liquidar passivos atribuídos a  operações  em  descontinuidade ou à participação  em acordosvinculantes para vender tais ativos ou liquidar  tais passivos; 

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c) compra  e venda de ativos  importantes ou desapropriações de ativos de  vulto pelogoverno; d) destruição  por incêndio,  ou  por qualquer   outro acontecimento  natural de uma

instalação de produção importante, e o valor, da cobertura do seguro existente; e) anúncio ou início de uma reestruturação importante; f)  transações importantes, efetivas e  potenciais,  envolvendo ações ordinárias  oupreferenciais; g) mudanças anormais  (grandes e  incomuns)  nos preços  dos  ativos  ou nas taxas decâmbio; h)  mudanças  nas alíquotas de impostos  ou na legislação tributária,  promulgadas ou anunciadas, que tenham efeito significativo sobre os ativos e passivos fiscais correntes e diferidos; (grifo nosso) i) assunção de compromissos ou de contingência passiva significativa, por exemplo, por 

meio da concessão de garantias significativas; e  j)  início de litígio significativo, proveniente exclusivamente de eventos que aconteceramapós a data do balanço. 

88.  Item  certo. Transcrevemos a  seguir trechos do livro  de Sergio  Jund, Auditoria, Editora Campus, que elucida essa questão, como segue: 

“Há inúmeros setores de atividade que   têm legislação, normas   ou regulamentos 

específicos, ditados por órgãos governamentais,  que abrangem,  também, critérios   contábeis. (...) 

A responsabilidade do auditor está voltada aos   usuários em geral,  atendidos pelas 

demonstrações contábeis divulgadas, devendo   emitir   sua opinião   com   base nos Princípios Fundamentais de Contabilidade. Em   face da   especificidade das operações dessas entidades,

as normas   e regulamentos emanados  dos  órgãos reguladores, cujo   teor ainda não conste das 

Normas Brasileiras   de Contabilidade, e   que não conflitem   com   os Princípios Fundamentais   de 

Contabilidade, podem ser admitidos  pelo auditor  na  fundamentação de seu  parecer. O   modelo   de parecer   também  é aplicável a   essas  entidades regulamentadas. Assim, os 

desvios  dos Princípios Fundamentais  de Contabilidade originados na legislação ou nas normas 

regulamentares específicas devem   ser tratados de   maneira idêntica à observada   nas demais 

entidades, contendo ressalva ou opinião adversa, sempre que  relevante.”  

89. 

Geralmente os livros de auditoria, a exemplo de Franco e Marra, 

Auditoria Contábil,apontam  como  uma  preocupação dos  auditores a existência de passivos omitidos, que  sãoobrigações não registradas no balanço ou que, embora tivessem por   fulcro o exercício anterior,não constavam contabilizados naquele exercício. A questão,  no entanto, trata  de  passivos  fictícios, cujas  obrigações foram registradas,  masquando do  pagamento,  não foram  baixadas. O enunciado afirma  que,  neste  caso,  pode-sepresumir que os recursos correspondentes aos pagamentos efetuados foram geradosinternamente por meio de operações cujo registro foi omitido, o  que estaria  impedindo a baixacontábil das obrigações. De fato, uma conclusão possível é a de que o ativo correspondente à 

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quitação do passivo, cuja operação não foi registrada,  foi gerado sem registro, provavelmentepor  “caixa dois”, o que impede a baixa contábil da obrigação. A nosso ver, o item é certo. Com relação à abordagem, pelo sistema de controle interno, do método da amostragem aplicado à auditoria, julgue o item que se segue. 90 De acordo com a  Instrução Normativa n.º 1, de 2001, da SFCI, existem casos em quenão se recomenda a  utilização de amostragem, tais como: quando a  população é  muitogrande e  a sua amostra fica relativamente  pequena;  quando as  características  dapopulação são  de difícil mensuração, mesmo  que a população não seja  pequena;  equando não há necessidade de  alta precisão, sendo mais recomendável a realização  deum censo. Gabarito oficial: Errado 

90. De acordo com a IN

 SFC

 nº 01, de

 2001,

 existem várias razões

 que justificam a

 utilizaçãode amostragem  em levantamentos de grandes populações,  tais  como a  economicidade dos

meios, a  tempestividade  dos exames  parciais, em vez do  censo, e a confiabilidade maior dosdados devido ao número reduzido  de elementos a serem examinados, podendo-se dar maisatenção  aos casos individuais, evitando erros  nas respostas. Além disso,  a  operacionalidadeem pequena escala torna mais fácil o controle do processo como um todo. Porém, segundo a  IN, existem casos onde não se recomenda a utilização de amostragem, taiscomo: a) quando a população é considerada muito pequena e a sua amostra  fica relativamentegrande; b) quando as  características  da  população são  de  fácil mensuração, mesmo que  apopulação não seja pequena; e c) quando há necessidade  de alta precisão, o que  recomendafazer censo, que nada mais é do que o exame da totalidade da população. Portanto, existem  vários erros nas  hipóteses listadas na questão, quais sejam: “... quando apopulação é muito grande”, “quando as características da população são de difícil mensuração”e “ quando não há necessidade de alta precisão...”. Item errado. 

ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO (TCU – 2006)  – ESAF 

Nesse concurso, a banca passou a ser a

 ESAF,

 porém, houve estabilidade nos

 critériosde definição do conteúdo e do peso da matéria auditoria no concurso daquele ano. 

Assim, o programa de auditoria permaneceu o mesmo do concurso de 2004. A exemplodo concurso anterior,  a auditoria  também  foi cobrada junto com a contabilidade comercial epública,  que no total foram  18 (dezoito) questões.  A  novidade foi o tópico de  análise das 

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demonstrações contábeis. A ESAF elaborou 6 (seis) questões de   auditoria, que  passamos acomentar. 27- O  auditor do  Tribunal de Contas  da União,  ao analisar  uma área de licitações de contratos, com relação a se os controles internos, desta área, garantem o controle a um

custo mínimo, estará efetuando

 uma avaliação de

 a) quantificaçãob) economicidadec) controle d) eficiência de gestãoe) eficácia Gabarito oficial: b No setor   público, costumamos avaliar a gestão dos administradores  públicos  sob  vários

aspectos e critérios, 

sendo os 

principais a 

economicidade, a eficiência, a 

eficácia e 

aefetividade. Esses critérios constituem  também as principais dimensões de análise em auditoriaoperacional. O diagrama de insumo-produto ilustra os conceitos-chave empregados em auditoria operacionale suas inter-relações: 

EFETIVIDADE ECONOMICIDADE 

Compromisso →  Insumo →  Ação/produção →  Produto  →  Resultados (objetivos  (recursos  (ações  (bens e  (objetivos definidos)  alocados)  desenvolvidas)  serviços providos)  atingidos) 

EFICÁCIA  EFICIÊNCIA Fonte: Adaptado de ISSAI 3000/1.4. 

A economicidade é a minimização dos custos dos  recursos utilizados na consecução de umaatividade, sem comprometimento  dos padrões  de qualidade.  Refere-se à capacidade  de umainstituição gerir  adequadamente os recursos financeiros colocados à sua disposição. O exame da economicidade  em auditorias operacionais  poderá abranger a  verificação  depráticas gerenciais, sistemas de gerenciamento,  benchmarking  de processos de compra eoutros procedimentos  afetos à auditoria de desempenho, enquanto  o exame  estrito  da 

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legalidade de procedimentos de licitação, fidedignidade de documentos, eficiência dos controlesinternos e outros deverão ser objeto de auditoria de conformidade. A  eficiência é definida como  a relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por umaatividade e os custos dos insumos empregados para produzi-los em um determinado períodode tempo,  mantidos os padrões de qualidade. Essa dimensão, portanto,  relaciona-se com oconceito de economicidade e mede o  esforço do processo de transformação de insumos emprodutos. Pode ser examinada sob duas perspectivas: minimização do custo total ou dos meiosnecessários para  obter a mesma  quantidade e qualidade de  produto;  ou  otimização  dacombinação  de insumos para maximizar o produto quando  o gasto total está  previamentefixado. Portanto, o conceito de eficiência está relacionado ao de economicidade. A eficácia é definida como o grau de alcance das metas programadas (de produtos e serviços)

em um determinado período de  tempo, independentemente dos custos  implicados.  O conceitode eficácia  diz respeito à capacidade da gestão de cumprir   objetivos imediatos  traduzidos emmetas de produção ou de atendimento, ou  seja, a capacidade de prover   bens ou serviços deacordo com o estabelecido no planejamento das ações. A  efetividade diz respeito  ao alcance dos  resultados  pretendidos, a médio  e  longo  prazo.Refere-se à  relação entre os resultados de uma  intervenção ou programa, em  termos de efeitossobre a população-alvo (impactos observados),  e  os objetivos  pretendidos (impactosesperados). Trata-se  de verificar  a ocorrência de mudanças na população-alvo que se poderiarazoavelmente atribuir  às ações do programa avaliado. A questão aborda essas dimensões  em um processo de avaliação dos controles internos  naárea  de licitações  e contratos.  Quando avaliamos o funcionamento dos controles internostambém estamos aferindo o seu desempenho  ou a sua adequação em  termos de economia,eficiência e eficácia. Nesse sentido, se o controle assegura o alcance dos objetivos da operação ou da área, que nocaso das  licitações são de cumprimento de  leis e normas e de  eficácia e eficiência nasaquisições,  pode  ser considerado eficaz ou  efetivo.  Se o controle é realizado a  um customínimo estamos diante de uma avaliação que considera exclusivamente a economicidade. E seo  controle  assegura os  resultados esperados ao menor custo possível,  ou  seja,  avalia-se arelação custo x benefício do controle, estamos diante de uma avaliação de eficiência. Cabe observar   que  a  relação custo/benefício  do  controle é uma limitação inerente  aoscontroles, pois  muitas organizações são obrigadas a abrir   mão dos controles quando os  seusbenefícios são inferiores aos custos de sua manutenção,  o que é freqüente em  organizaçõespequenas. 

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Pelo exposto, vê-se que o auditor  do TCU, ao analisar uma área de licitações de contratos, comrelação a  se  os  controles internos, desta área, garantem o  controle a um  custo  mínimo, estaráefetuando uma avaliação de economicidade. A assertiva “b” é a correta. 28- O auditor, ao determinar a amostra a ser selecionada, deve considerar: a) obrigatoriamente, métodos de amostragem estatísticos e não estatísticos de forma agarantir a avaliação de todos os itens da amostra. b)  um número mínimo de  elementos  a  serem testados,  independente do volume daamostra. c) que a amostra deva ter uma relação direta com o volume de transações realizadas pelaentidade na área ou transação objeto do exame. d) que a amostra seja selecionada conforme critérios determinados pela área auditada eo auditor. e) somente elementos selecionados  por  métodos estatísticos, sendo  necessárioevidenciar suficientemente os fatos que comprovem os itens selecionados. Gabarito oficial: c A questão refere-se à amostragem em  auditoria, cujas referências são  as  Normas Internacionais de Auditoria (NIA),  publicadas  pela  Internacional Federation of   Accountants  (IFAC) e as Normas  Brasileiras  de Contabilidade (NBC-T-11.11) do Conselho Federal deContabilidade. Em amostragem, preferimos o livro de Auditoria, de   Sérgio Jund,  da EditoraCampos, cujo capítulo 8 apresenta uma  abordagem  teórica muito  consistente sobre

amostragem aplicada às auditorias. A assertiva “a” está errada, pois o auditor  pode usar tanto métodos de amostragem estatísticaquanto não-estatística, para projetar  e selecionar uma amostra de auditoria. A assertiva “b”  está errada, uma vez que  o número de elementos a serem testados dependerádo volume  da  amostra, que será definida em função  das  características  da população a ser testada,  grau de confiança nos controles internos  e risco  de amostragem que o  auditor estádisposto a aceitar  dos resultados da amostra. 

A assertiva “c” é a correta, pois a amostra selecionada pelo auditor  deve ter  uma relação diretacom o volume de transações realizadas pela entidade na área ou transação objeto de exame,como também com os efeitos na posição patrimonial e  financeira da entidade e o resultado por ela obtido. A assertiva  “d” está incorreta. Os critérios devem ser determinados pelo  auditor com base emvários elementos que são avaliados e considerados,  tais como: volume de transações, grau deconfiança nos controles internos, risco de  auditoria, risco  de amostragem, erro  tolerável eesperado, etc. 

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A assertiva “e” está também incorreta, pois os elementos podem ser selecionados também por métodos não-estatísticos, em função do  julgamento e da experiência do auditor. 29- O auditor  interno ao realizar o processo de avaliação das rotinas a seguir, constata que I.  uma nota fiscal  de compras  de  material de  escritório, que  o analista contábil haviaguardado em sua gaveta para posterior registro, não foi lançada; II. em virtude de problemas no setor de faturamento da empresa, o   gerente de logística,que  tinha urgência em  realizar a entrega da  mercadoria a um  cliente  especial,  utilizouuma nota fiscal de um outro  cliente que  já havia recebido a  mercadoria com a mesmaespecificação e quantidade para atender essa urgência; III. o gerente de tecnologia da informação, por solicitação do departamento de

contabilidade, ajustou o sistema de estoques para que, todas as vezes em que o saldo demercadorias no sistema estiver  abaixo da  quantidade vendida,  sejam baixados somenteos itens existentes no sistema. Com base nas considerações anteriores e de acordo com as definições convencionadasde fraude e erro, podemos afirmar que houve, respectivamente a) I. Fraude; II. Fraude; III. Fraudeb) I. Erro; II. Erro; III. Fraude c) I. Erro; II. Erro; III. Erro d) I. Fraude; II. Fraude; III. Erroe) I. Erro; II. Fraude; III. Fraude Gabarito oficial: e O  raciocínio quanto à qualificação  de uma conduta como fraude ou erro, de acordo com   asnormas do  Conselho  Federal de  Contabilidade,  é bem simples  e  objetivo. Basicamente, vaidepender do ato ter  sido praticado de forma intencional ou não. De  acordo com a  NBC  T 11 –  IT –  03  –  Fraude e Erro, aprovada pela Resolução CFC n.º 836/99,  o termo fraude refere-se  a ato intencional  de omissão ou manipulação  de  transações,adulteração de documentos, registros e  demonstrações  contábeis. A fraude pode ser 

caracterizada por: a)  manipulação, falsificação  ou  alteração de registros ou documentos,  de  modo a

modificar  os registros de ativos, passivos e resultados; b)  apropriação indébita de ativos; c)  supressão ou omissão de transações nos registros contábeis; 

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d)  registro de transações sem comprovação; e e)  aplicação de práticas contábeis indevidas. 

O termo  erro refere-se a  ato  não-intencional na elaboração de registros e  demonstraçõescontábeis, que resulte em incorreções deles, consistente em: 

a)  erros aritméticos na escrituração contábil ou nas demonstrações contábeis; b)  aplicação incorreta das normas contábeis; e c)  interpretação errada das variações patrimoniais. 

Assim, no item I o analista contábil agiu com negligência ao deixar a nota na gaveta, porém,não teve a intenção de fraudar ou manipular  registros e resultados. Considera-se um erro. Nos  exemplos II e  III, há a intenção de praticar uma conduta ilícita, que interfere nastransações, razão pela qual, são condutas caracterizadoras de fraudes. Portanto, a assertiva “e”é a correta. 30- Em relação à auditoria interna pode-se afirmar que, a) com  relação às pessoas  jurídicas de direito público  não  é sua atribuição  avaliar  aeconomicidade dos  processos, visto que o objetivo do governo é de controle,

independente do valor. b) é sua atribuição aperfeiçoar, implantar e  fazer cumprir as normas por ela criadas emsua plenitude. c) deve relatar as não-conformidades sem emitir  opinião ou sugestões para que sejamfeitas as correções ou melhorias necessárias. d) é seu  objetivo prevenir  fraudes ou  roubos, sendo  que sempre que  tiver  quaisquerindícios ou constatações deverá  informar  a administração, de forma reservada e porescrito. e) sua função é exclusivamente de validar os processos e transações realizadas, sem tercomo objetivo assistir à administração da entidade no cumprimento de suas atribuições. Gabarito oficial: d A questão  refere-se ao papel  do auditor interno, com  base na NBC-T-12 e nas NormasBrasileiras  para o Exercício Profissional da  auditoria interna aprovadas pelo Instituto dosAuditores Internos do Brasil – AUDIBRA. A assertiva “a” está incorreta, posto  que, obviamente,  os auditores internos das pessoas jurídicas de direito público avaliam também a economicidade dos processos. 

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A assertiva “b” está incorreta, pois não é da competência  da auditoria interna criar   e implantar normas. Essa é  uma responsabilidade da Administração, cabendo ao auditor interno avaliar o

seu cumprimento  e propor alterações  ou  novas normas, caso necessário.  Caso  a auditoriainterna criasse e implantasse normas, ela assumiria uma função de linha, de co-gestão, e a suaindependência e objetividade poderia ficar  afetada por  isso. A assertiva “c” está incorreta, pois conforme disposto na NBC-T-12, a  atividade da AuditoriaInterna está estruturada em procedimentos, com enfoque técnico, objetivo,   sistemático edisciplinado, e tem por   finalidade  agregar   valor ao resultado da organização,  apresentandosubsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por meioda recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios. 

A assertiva  “d”  foi apontada como correta pela banca, porém, não corresponde ao disposto nasnormas de  auditoria. A  prevenção  e a detecção de erros  e fraudes compete à Administração,mediante a adoção de  um  adequado sistema  de controles  internos.  Ao  auditor interno cabeauxiliar   a Administração  na prevenção e  detecção de fraudes. A Banca considerou o  itemcorreto, com o raciocínio de que  se o auditor interno auxilia  a organização na prevenção eleestá prevenindo, o que não guarda respaldo nas normas e  também na doutrina. Porém, esse éo pensamento da banca. A assertiva “e” está  incorreta, pois a  Auditoria Interna compreende os exames, análises,avaliações,  levantamentos e comprovações, metodologicamente  estruturados para a avaliação

da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemasde informações e de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de  riscos,

com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. 31- O auditor do Tribunal de Contas da União, somente com base na verificação de que a entidade auditada possui objetivos claros,  orçamento adequado  aos seus objetivos e  anão-existência  de possibilidade de comprometimento de  suas atividades,  pode afirmarque a) na avaliação  de risco, a  empresa não  possui  fatores que  possam comprometer oalcance de seus objetivos. b) na avaliação das atividades de

 controle, a empresa possui fatores que possamcomprometer o alcance de seus objetivos. 

c) garante  a informação e comunicação interna, permitindo captar e manipular  asinformações de forma adequada. d) não oferece  risco de controle  do pessoal, nem de fraude  ou erro nas operações daorganização. e) todos os componentes do controle  interno estão adequados e com o funcionamentocompatível com as necessidades da empresa. 

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Gabarito oficial: a A questão refere-se à estrutura de controles internos do Coso, que prevê a necessária adoçãode cinco componentes, para assegurar a eficácia dos controles, quais sejam: 

AMBIENTE DE CONTROLE: 

O ambiente dá 

o tom 

de uma organização, influenciando aconsciência de controle das pessoas que nela  trabalham.  Representa o alicerce dos demaiscomponentes, disciplinando-os e estruturando-os.  O ambiente de controle  é a base de  todo osistema de controle interno. Ele  fornece o conjunto de regras e a  estrutura, além  de criar umclima que influi na qualidade do controle interno em seu conjunto. Os elementos do ambiente de controle são: a integridade pessoal e  profissional  e os valoreséticos da direção e do quadro de pessoal; o comprometimento com a competência; o perfil dossuperiores (ou  seja, a filosofia da direção e o  estilo gerencial); a  estrutura organizacional daentidade que fornece o arcabouço  para planejamento, execução, controle e monitoração dasatividades de uma entidade; a atribuição de autoridade e responsabilidade que  representa umaextensão do desenvolvimento de uma estrutura organizacional e envolve aspectos específicosde como  e a quem autoridade e responsabilidade por   todas as atividades da entidade serãoatribuídas e as políticas e práticas  de recursos humanos, cujas normas tratam de admissão,orientação, treinamento,  avaliação, aconselhamento,  promoção, compensação e medidascorretivas,  conduzindo os  níveis previstos de integridade, de comportamento ético e  decompetência. AVALIAÇÃO DE RISCO: A avaliação de risco é o processo de identificação e análise dos riscosrelevantes  para o  alcance  dos  objetivos  da entidade e para determinar   uma respostaapropriada. Avaliar riscos significa  identificar   eventos que possam impactar os  objetivos da

entidade, mensurar a probabilidade e o impacto  de sua ocorrência e o  tratamento ou respostaadequada a esses riscos. ATIVIDADES DE CONTROLE: Atividades ou procedimentos de controle  são  as políticas  eprocedimentos  que  ajudam a assegurar que  as  diretrizes da administração estejam  sendoseguidas. Ajudam a assegurar a adoção de medidas dirigidas contra o risco de que os objetivosda entidade não sejam atingidos. Atividades de controle têm vários objetivos e são aplicadasem vários níveis organizacionais e funcionais. As atividades de controle incluem:  Procedimentos de autorização  e  aprovação;  Revisões  da

Alta Direção;  Administração Funcional Direta ou de Atividade;  Processamento da  Informação;Controles Físicos  sobre equipamentos, estoques,  títulos, dinheiro e  outros bens, Indicadores  deDesempenho; e Segregação de funções (autorização, execução, registro, controle). INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO: A informação e  a comunicação  são essenciais  para aconcretização  de  todos os objetivos do controle  interno. A  identificação,  captura e troca  de 

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informações sob  forma  e  em época tais que  permitam que  as pessoas  cumpram suasresponsabilidades. MONITORAÇÃO: Monitoração é  um processo que  avalia a  qualidade do desempenho doscontroles internos ao logo do  tempo. Envolve  avaliação do desenho  e da tempestividade de

operação dos controles

 e a

 tomada

 de

 ações corretivas.

 Os

 sistemas

 de controle interno devemser monitorados para avaliar a qualidade de sua atuação ao longo do tempo. O monitoramento

é obtido através de atividades  rotineiras, avaliações específicas ou a combinação de ambas. Aauditoria interna participa do componente de monitoração, avaliando diferentes partes doscontroles internos  de uma  entidade e relatam  fraquezas à  administração, com recomendaçõespara introdução de melhorias. A assertiva “a” está  correta, pois a definição clara dos objetivos e a  identificação de  fatores (eventos) que possam  impactar o  alcance desses objetivos correspondem ao componente deavaliação de riscos.  No  caso, as  circunstâncias  permitem  ao auditor do TCU  avaliar   comopositivo o processo de avaliação de riscos. Concordamos com o gabarito. A assertiva “b” apresenta duas incorreções. Primeiro que os exemplos dados no enunciado nãose  referem a atividades ou procedimentos de controle. Segundo que, com base no enunciado,não há como afirmar que a empresa possui  fatores que possam comprometer o alcance deseus objetivos. A assertiva  “c”  está  incorreta, pois o  enunciado não se refere ao processo  (componente decontrole interno) de comunicação e informação da empresa. A  assertiva “d” está incorreta,  pois o  enunciado não se  refere  à estrutura e  às  normas  de

recursos  humanos, que corresponde  ao  componente  de ambiente de controle. Não  háelementos no enunciado que  possam caracterizar ou não o  risco de controle do pessoal, nemde fraude ou erro nas operações da organização. A assertiva  “e”  está  incorreta,  pois como visto, a estrutura de controles  internos do Cosocompreende  cinco componentes e  o  enunciado da questão  só  se refere ao componente deavaliação de riscos.  Não se  pode, portanto,  afirmar   que  todos os componentes  de controlesinternos estão adequados e funcionando. 32-  No processo de auditoria  operacional  do Tribunal  de Contas da  União,  uma  das metodologias utilizadas para apresentação dos dados coletados, são modelos analíticos.Assim, o modelo de Marco Lógico a) determina a existência de controles do ambiente e estatísticos. b) pressupõe a existência de um completo sistema de gestão de informações gerenciais. c)é definido pela  análise dos fatores  ambientais  externos e internos  que influenciam nonegócio da empresa. 

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d) estabelece procedimentos de levantamento de processos e dados para divulgação aos gestores. e) exemplifica como a  empresa  desenvolve  suas atividades, detalhando  todos os

processos existentes. Gabarito oficial: b O Manual de Auditoria de Natureza Operacional do TCU, em sua última versão do ano de 2000,cujas  normas estão  sendo atualizadas, prevê  a  adoção  de modelos  analíticos para análisepreliminar do objeto da auditoria, que são: 

ƒ Modelo  Marco  Lógico: Esse  modelo analítico  foi criado  pelo Banco Interamericano deDesenvolvimento – BID para orientar a formulação, execução, acompanhamento  e

avaliação de programas  ou projetos governamentais submetidos a sua apreciação.  OModelo de Marco Lógico propicia a análise detalhada do programa ou do projeto objetoda  auditoria e visa retratar como estão logicamente  estruturadas as  atividadesdesenvolvidas por programas ou projetos governamentais, identificando-se as suasprincipais atividades, produtos (bens e serviços), objetivos e finalidades. 

ƒ Modelo  Insumo-Produto:  Esse modelo procura exprimir como o objeto da auditoriadesenvolve as suas atividades, identificando: a) as informações e os recursos humanos,físicos e financeiros exigidos (insumos); b) os processos de  transformação dos insumosem produtos;  c) os bens e  serviços  ofertados (produtos); d) os benefícios

proporcionados (impacto);  e) os possíveis indicadores de  desempenho;  f) a demandaexistente para os produtos gerados; e  g) os benefícios desejados (escala depreferências). O Modelo de Insumo-Produto  facilita  os trabalhos de análise acerca  dosaspectos  da economicidade, eficiência, eficácia  e, também,  da efetividade do  objeto daauditoria. Ademais, a  identificação dos principais processos permite que a equipe apureo controle que os gestores têm sobre esses processos. 

ƒ Modelo de Condições Ambientes: Esse modelo identifica os fatores internos e externos (clientes, fornecedores, competidores,  sindicatos,  associações profissionais, autoridadesdiversas, etc.) que influenciam as atividades desenvolvidas pelo objeto da auditoria.   O

modelo deve exibir as interações e inter-relações existentes entre os vários grupos deinteressados, indicando se são ou não estáveis, complexas ou concorrentes. 

O Marco Lógico propicia a análise detalhada  do programa  ou do projeto objeto da  auditoria. Aequipe deve avaliar, contudo, a conveniência do emprego desta técnica, pois, por  ser complexa,requer considerável disponibilidade de tempo,  além da existência de sofisticado  sistema de informações gerenciais. 

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Portanto, a assertiva “b” é a correta. As demais assertivas ou não se referem a nenhum modeloanalítico (assertiva  “a”)  ou correspondem aos demais modelos – análise insumo/produto (assertivas “d” e “e”) e análise de condições ambientes (assertiva “c”). 

Para  concluir   essa nossa primeira aula, falta  comentarmos a  questão discursiva doconcurso de Auditor do Tribunal de Contas  da União.  Essa questão foi uma das maisinteressantes elaboradas pelo CESPE e nos permite uma boa   revisão de conceitos e normasdo TCU. 

Eis a questão e os nossos comentários com proposta de solução. DISSERTAÇÃO  – TIPOS DE AUDITORIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS 

(PROVA AUDITOR TCU – 2007) A partir da Constituição Federal  de 1988,  as atribuições dos tribunais  de  contas foramsignificativamente ampliadas. Atualmente, esses tribunais  realizam auditorias com vistasa efetuar  o  controle da administração pública não  apenas quanto  à  legalidade,  mastambém quanto à legitimidade, eficiência, eficácia,  economicidade e efetividade dosprogramas de governo. Redija um texto dissertativo acerca  do tema acima apresentado,  abordando,necessariamente, os seguintes aspectos: 

a)  conceitos de legalidade,  legitimidade, eficiência, eficácia, economicidade e

efetividade; b)  tipos de  auditoria de que dispõem  os  tribunais de contas com o objetivo de

realizarem, na prática, cada uma dessas espécies de controle; c)  modalidades de deliberação adotadas como resultado de cada um desses tipos de

auditoria e sua respectiva cogência para os jurisdicionados. COMENTÁRIOS: Geralmente, o CESPE  tem adotado o seguinte critério para correção das questões subjetivas: 10% dos pontos para estrutura  textual e 90% dos pontos divididos entre os aspectos a serem

abordados pelos candidatos, solicitados pela Banca. Assim, o mais importante é que os candidatos discorram sobre os itens, de   forma completa,porém coerente, concisa e objetiva, de acordo com o quantitativo mínimo e/ou máximo de linhaspara a redação. O enunciado refere-se às várias  dimensões que são avaliadas nas auditorias  do TCU. O primeiro aspecto solicitado pela Banca foi justamente o conceito de cada critério. 

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Legalidade: Refere-se ao cumprimento das leis, normas e regulamentos. Legitimidade: Trata da verificação do  interesse público  do ato administrativo e  a moralidade

administrativa do ato do administrador. Economicidade:  Minimização dos  custos dos recursos (insumos) utilizados  na consecução deuma atividade, sem  comprometimento dos padrões de qualidade. Refere-se à  capacidade deuma instituição  gerir   adequadamente os recursos financeiros  colocados à sua disposição.Geralmente, essa dimensão é mais detidamente examinada em auditorias de conformidade, naverificação da regularidade de procedimentos de compras. Exemplo: Suprimentos hospitalares adquiridos ao menor  preço, na qualidade especificada. Outradefinição de economicidade: Trata da minimização dos custos dos insumos utilizados no

processo para obtenção do produto público. Efetividade: Relação entre os resultados de  uma  intervenção ou programa,  em termos deefeitos  sobre  a população-alvo (efeitos e  impactos observados),  e os objetivos  pretendidos (efeitos e impactos esperados). Trata-se, portanto, de verificar a ocorrência de mudanças napopulação-alvo que se poderia razoavelmente atribuir  às ações do programa avaliado. Exemplo:  O programa  de saneamento  básico  reduziu o  número de  óbitos por doenças  deveiculação hídrica. 

Outra definição:  Relação entre os resultados  alcançados e  os objetivos  que  motivaram  aatuação institucional  entre o impacto previsto e o  impacto real de  uma  atividade.  A efetividadetem  foco  no resultado final obtido e vai além dos produtos produzidos, pois busca o objetivofinal almejado por  meio da produção do produto. Eficácia:  Grau em que se atingem os objetivos  de uma ação (quanto a bens e  serviçosdisponibilizados),  em um determinado  período de  tempo  independentemente dos custosimplicados. Exemplo: O número de crianças vacinadas na última campanha nacional de vacinação atingiu a

meta programada de

 95% de cobertura

 vacinal.

 Eficiência: Relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade e os custosdos insumos empregados  em  um  determinado  período de tempo.  Essa dimensão, portanto,mede o esforço do processo de transformação de insumos em produtos. Exemplo:  Redução dos prazos de atendimento  em  serviços  ambulatoriais, sem aumento decustos e sem redução  de qualidade do atendimento, com conseqüente diminuição dos custosmédios de atendimento por procedimento ambulatorial. 

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Uma outra definição: Relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma atividade eos custos dos insumos empregados em um determinado período de  tempo; se a quantidade de

produto está predeterminada, procura-se  minimizar   o  custo total;  se o  gasto total estápreviamente fixado, procura-se otimizar a combinação de insumos para maximizar o produto;em ambos  os  casos, a qualidade  deve ser mantida; essa dimensão,  portanto,  mede o  esforçodo processo de  transformação  de insumos em produtos, ou seja,  mais eficiente  é aqueleprocesso que obtém mais valor de produtos com um mesmo ou menor  valor de  insumos ou queobtém o mesmo valor de produtos com menor valor de insumos. O  segundo aspecto solicitado foi  quanto aos tipos de auditoria  realizados pelo TCU  e a suarelação com cada critério definido anteriormente. 

Assim, o candidato deveria apontar que o TCU pratica auditorias de conformidade e denatureza operacional ou de desempenho, que são basicamente os dois grandes tipos  detrabalhos que o Tribunal  dispõe. Na auditoria de conformidade os  aspectos avaliados são alegalidade e a  legitimidade dos atos de gestão contábil, orçamentária,  financeira  e patrimonial,bem a  economia  nas  aquisições de bens e serviços. Na auditoria  operacional os aspectosavaliados são a economicidade, a eficácia, a eficiência e efetividade da gestão. Por fim, tem-se o terceiro aspecto solicitado pela banca, relativo às modalidades de deliberaçãoque são adotadas pelo Tribunal em  face dessas auditorias. Aqui os candidatos poderiamsimplesmente apontar que as auditorias de conformidade geralmente resultam em deliberações

em forma de determinação aos

   jurisdicionados e, eventualmente, em recomendações. Já

 comrelação às auditorias  operacionais, predominam as deliberações em forma  de recomendações,

pois esses  trabalhos visam a identificar oportunidades de melhoria de desempenho de órgãos,entidades, programas, projetos e atividades. Caso o  candidato entendesse  que  deveria  ser   destacado de  forma resumida cada tipo  dedeliberação contida no regimento interno do TCU, correspondente aos processos defiscalização, poderia apontar as seguintes deliberações contidas nos arts. 250/252 do RITCU: 

ƒ  determinará o arquivamento do processo,  ou  o  seu apensamento às contascorrespondentes, se útil à apreciação destas, quando  não apurada transgressão anorma legal  ou  regulamentar de natureza  contábil, financeira,  orçamentária, operacionalou patrimonial; 

ƒ  determinará a adoção de providências corretivas por parte  do responsável ou de  quemlhe haja sucedido quando verificadas tão-somente  falhas  de natureza  formal ou  outrasimpropriedades que não ensejem a aplicação de  multa aos responsáveis ou que  nãoconfigurem  indícios de débito e o arquivamento ou apensamento  do processo àsrespectivas contas, sem prejuízo do monitoramento do cumprimento das determinações; 

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ƒ  recomendará a adoção de providências quando verificadas oportunidades de melhoriade desempenho,  encaminhando os autos à unidade técnica competente, para fins demonitoramento do cumprimento das determinações; 

ƒ  determinará a audiência  do responsável para, no prazo  de quinze dias, apresentar 

razões de justificativa, quando verificada a ocorrência de

 irregularidades decorrentes

 deato ilegal, ilegítimo ou antieconômico, bem como infração a norma legal ou regulamentar 

de natureza contábil, financeira, orçamentária ou patrimonial. ƒ  Verificada a ilegalidade  de ato  ou contrato em  execução, o Tribunal assinará prazo de

até quinze  dias para  que o  responsável adote as  providências necessárias  ao  exatocumprimento da lei, com indicação expressa dos dispositivos a serem observados. 

ƒ  Se configurada a ocorrência de desfalque, desvio de bens ou outra irregularidade de queresulte dano ao erário, o Tribunal  ordenará, desde logo, a conversão do  processo emtomada de contas especial, salvo na hipótese prevista no art. 213 do RITCU. 

Assim, nossa proposta de solução seria a seguinte: SOLUÇÃO PROPOSTA 

A Constituição de 1988 ampliou significativamente o alcance  das fiscalizações dosTribunais de Contas. As auditorias  realizadas  nos órgãos  e entidades sob a jurisdição dessestribunais passaram a  verificar   além  da  legalidade de atos, contratos e  fatos administrativos,outros  critérios e dimensões de desempenho relevantes para a gestão pública, com especialênfase para a legitimidade, a economicidade, a eficiência, a eficácia e a efetividade. 

A  legalidade,  cujo  princípio  está  devidamente consignado no artigo 37 da Lei  Maior,exige a aderência da aplicação dos recursos ao disposto na Constituição, nas leis, nos decretose nas  normas. A legitimidade pressupõe, além da obediência às  leis, o  atendimento aointeresse público e à moralidade administrativa. Nenhum ato pode ser legítimo se não for   legal,porém, pode ser legal e agredir  a legitimidade. 

A economicidade refere-se a custos  mínimos incorridos  com os gastos públicos egeralmente significa a eliminação dos desperdícios de insumos; a eficiência   refere-se àotimização dos processos de transformação de insumos em produtos; a eficácia corresponde

ao grau de atingimento dos  objetivos e metas definidos; e  a  efetividade significa influenciar positivamente o impacto da gestão por  meio da geração de produtos. 

O Tribunal de Contas da União -  TCU, seguindo orientação normativa da organizaçãoque congrega as entidades fiscalizadoras superiores dos países, adota dois tipos de auditoria: aauditoria de conformidade e a auditoria de natureza operacional (de desempenho). 

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A auditoria de conformidade pode ser realizada para verificar   a exatidão dasdemonstrações financeiras, avaliar  as contas prestadas pelos administradores públicos ou paraverificar o cumprimento de leis e regulamentos.  Os aspectos  da legalidade e da  legitimidade

dos atos de gestão são examinados na auditoria de conformidade e, em determinados casos, aeconomicidade das aquisições de bens e serviços da administração pública. 

A auditoria de  natureza operacional  objetiva avaliar o  desempenho dos  órgãos eentidades jurisdicionados, assim  como dos sistemas, programas, projetos e atividadesgovernamentais, quanto aos  aspectos de  economicidade, eficiência  e eficácia  dos atospraticados. As  avaliações de programas  compreendem, além  desses  critérios,  o exame  daefetividade dos programas e projetos governamentais. 

Ao  apreciar   processo relativo às auditorias,  o TCU determina o arquivamento  do

processo ou o seu  apensamento às contas correspondentes, quando não constata  ilegalidade.Nas  auditorias de natureza operacional, a  deliberação mais adotada é a  recomendação deadoção de providências, quando verificadas oportunidades de melhoria de desempenho, semprejuízo do monitoramento do seu  cumprimento.  Por   outro  lado, nas  auditorias  deconformidade, geralmente o  tribunal determina aos  responsáveis  a adoção de medidascorretivas ou assina  prazo de quinze dias para adoção de providências necessárias ao exatocumprimento da  lei e, conforme o caso, determina a  audiência  do responsável, quandoverificada a ocorrência  de irregularidade sem débito ou  ordena a conversão do processo emtomada de contas especial, quando configurada irregularidade de que resulte dano ao erário. 

Um abraço a todos e bons

 estudos.

 Espero que tenham gostado

 dos

 comentários. Naspróximas aulas  vamos comentar   questões muito interessantes de vários concursos, algumas

polêmicas outras nem tanto. Até a próxima aula! 

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