Auditoria AFRFB 2013 - Aula 07

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    AULA 07: Utilizao de trabalhos da auditoria interna.Uso de trabalhos tcnicos de especialistas. Eventos

    Subsequentes. Continuidade Operacional. Auditoria deestimativas Contbeis. Contingncias.

    SUMRIO PGINAIntroduo 011. Utilizao do trabalho de outros profissionais 022. Continuidade Operacional 133. Contingncias 154. Auditoria de Estimativas Contbeis 19

    5. Eventos Subsequentes 21Questes comentadas 26Referncias bibliogrficas 61

    Ol Pessoal!

    Sejam bem-vindos a nossa aula 07.

    No encontro de hoje vamos falar de alguns assuntos pontuais, mas que

    tm sido explorados em provas das reas fiscais. Dentre eles, inclumosdois (continuidade operacional e contingncias) que no estavamexplcitos no edital 2012 da RFB, mas que podem ser cobrados, poisfazem parte das normas de auditoria independente.

    Em relao aos assuntos abordados nesta aula, as bancas tmgeralmente explorado de forma semelhante os principais pontos, comoveremos na resoluo dos exerccios. Portanto, a dica fazer muitasquestes sobre esses temas, pois a ESAF no ter como fugir muito dotipo de abordagem que vem sendo utilizada para aferio do

    conhecimento nesses itens.Continuamos disposio nos [email protected] [email protected]. Bons estudos e vamos aula!

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    1. Uso do trabalho de outros profissionais

    Na realizao dos trabalhos de auditoria independente, o auditor poderutilizar trabalhos anteriores de outros profissionais, de acordo com certasregras a serem seguidas, sempre com vista do objetivo principal doauditor independente, que o de emitir uma opinio sobre asdemonstraes contbeis da empresa auditada.

    Os trabalhos que podem ser utilizados e que so cobrados em prova soos de outros auditores independentes, os da auditoria interna, e o deespecialistas. Vamos estudar essa utilizao nos tpicos a seguir.

    1.1 - Trabalho de outro auditor independente

    O auditor deve fazer meno em seu relatrio, caso utilize o trabalho deoutro auditor. De acordo com Almeida (2010), esse fato ocorre comfrequncia quando sociedades investidas, cujos investimentos soavaliados pelo mtodo de equivalncia patrimonial (MEP), so auditadaspor outros auditores.

    Nesse sentido, o auditor principal deve efetuar procedimentos para obterevidncia de auditoria suficiente de que o trabalho efetuado pelo outroauditor est adequado para as finalidades do auditor principal.

    A NBC TA 600 Consideraes Especiais Auditorias de DemonstraesContbeis de Grupos, Incluindo o Trabalho dos Auditores dosComponentes traz consideraes especiais aplicveis s auditorias degrupos, em particular aquelas que envolvem auditores de componente.

    Componente, segundo a norma, uma entidade ou atividade denegcios para a qual a administrao do grupo ou dos componenteselabora informaes contbeis que devem ser includas nasdemonstraes contbeis do grupo.

    A NBC TA 600 pode ser til ao auditor independente quando este envolveroutros auditores na auditoria de demonstraes contbeis que no sodemonstraes contbeis de grupos. Por exemplo, o auditor podeenvolver outro auditor para observar a contagem de estoques ou fazer ainspeo fsica de ativos fixos em local remoto.

    De qualquer forma, esse envolvimento no modifica aresponsabilidade do auditor em relao aos trabalhos desenvolvidos.

    Com relao a essa responsabilidade, segundo a norma, o scio

    encarregado do trabalho do grupo responsvel pela direo,

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    superviso, execuo e desempenho do trabalho de auditoria dogrupo, em conformidade com as normas tcnicas e profissionais, assimcomo exigncias legais e regulamentares aplicveis, e se o relatrio deauditoria emitido ou no apropriado nas circunstncias.

    Como resultado, o relatrio de auditoria sobre as demonstraescontbeis do grupo no deve se referir ao auditor do componente.Se tal referncia for requerida por lei ou regulamento, o relatrio doauditor deve indicar que a referncia no diminui a responsabilidadedo scio encarregado ou da firma encarregada do trabalho do grupo epela opinio de auditoria do grupo.

    1.2 - Trabalho do Auditor Interno

    A norma referente ao assunto a NBC TA 610, aprovada pela Resoluo

    CFC n. 1.229/09, que trata da responsabilidade do auditor externo(independente) em relao ao trabalho dos auditores internos, quando oauditor independente observar que existe a probabilidade de que afuno de auditoria interna seja relevante para a auditoriaindependente.

    Isso ocorre quando a natureza das responsabilidades e atividades dafuno de auditoria interna estiver relacionada com os relatrioscontbeis da entidade e se o auditor independente espera utilizar otrabalho dos auditores internos para modificar a natureza, poca ou

    reduzir a extenso dos procedimentos de auditoria a serem executados.

    A utilizao do trabalho dos auditores internos pode levar o auditorindependente a rever a sua avaliao dos riscos de distororelevante.

    Ateno: a Norma no trata dos casos em que auditores internos atuamna assistncia direta do auditor independente na aplicao deprocedimentos de auditoria.

    A relao entre a funo de auditoria interna e o auditor independentepossui as seguintes caractersticas:

    - os objetivos da funo de auditoria interna so determinados pelaadministrao e, quando aplicvel, pelos responsveis pela governana.Embora os objetivos da funo de auditoria interna e o do auditorindependente sejam diferentes, os meios utilizados pela auditoriainterna e pelo o auditor independente para alcanar seus respectivosobjetivos podem ser semelhantes.

    - Independentemente do grau de autonomia e de objetividade da funode auditoria interna, tal funo no independente da entidade,

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    como exigido do auditor independente quando ele expressa uma opiniosobre as demonstraes contbeis. O auditor independente assumeintegral responsabilidade pela opinio de auditoria expressa e essaresponsabilidade do auditor independente no reduzida pela utilizaodo trabalho feito pelos auditores internos.

    O auditor independente assume integral responsabilidade pelaopinio de auditoria expressa e essa responsabilidade do auditorindependente no reduzida pela utilizao do trabalho feito pelosauditores internos.

    Vamos relembrar que as funes de auditoria interna variamamplamente e dependem do tamanho e da estrutura da entidade e dosrequerimentos da administrao. As atividades da funo de auditoriainterna podem incluir um ou mais dos itens a seguir:

    Monitoramento do controle interno. Exame das informaes contbeis e operacionais. Reviso das atividades operacionais. Reviso da conformidade com leis e regulamentos. Gesto de risco. Governana.

    Os objetivos do auditor independente, quando a entidade tiver afuno de auditoria interna que o auditor independente determinou comotendo a probabilidade de ser relevante para a auditoria, so:

    (a) determinar se e em que extenso utilizar um trabalhoespecfico dos auditores internos; e(b) caso utilize um trabalho especfico da auditoria interna,determinarse o trabalho adequado para os fins da auditoria.

    Antes da utilizao do trabalho dos auditores internos, o auditorindependente deve determinar o efeito planejado do trabalho dosauditores internos na natureza, poca ou extenso dos procedimentosdo auditor independente.

    Para determinar se provvel que o trabalho dos auditores internosseja adequado para os fins da auditoria, o auditor independente deveavaliar os seguintes fatores:

    a) Objetividade

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    a situao da funo de auditoria interna na entidade e acapacidade dos auditores internos de serem objetivos;

    se a funo de auditoria interna apresenta relatrios para osresponsveis pela governana;

    se esto livres de qualquer responsabilidade conflitante; se os responsveis pela governana supervisionam a

    contratao de pessoas relacionadas com a funo de auditoriainterna;

    se existem limitaes ou restries para a funo de auditoriainterna pela administrao;

    se e em que extenso a administrao age de acordo com asrecomendaes da auditoria;

    b) Competncia tcnica

    se os auditores internos so membros de rgos profissionais; se tm competncia e treinamento tcnico adequados; se existem polticas estabelecidas para a contratao e o

    treinamento;

    c) Zelo profissional

    se as atividades da auditoria interna so planejadas,supervisionadas, revisadas e documentadas adequadamente;

    a existncia e a adequao de manuais de auditoria, deprogramas de trabalho e da documentao de auditoria interna.d) Comunicao

    as reunies so realizadas em intervalos apropriados durantetodo o perodo;

    o auditor independente informado sobre relatrios de auditoriainterna; e

    o auditor independente informa os auditores internos sobreassuntos significativos que possam afetar a auditoria interna.

    Para que o auditor independente possa utilizar um trabalho especfico dosauditores internos, deve avaliar e executar os procedimentos de auditorianesse trabalho, para determinar a sua adequao.

    A natureza, poca e extenso desses procedimentos dependem daavaliao dos riscos de distoro relevante, da avaliao da auditoriainterna e da avaliao do trabalho especfico dos auditores internos.Esses procedimentos de auditoria podem incluir:

    - exame dos itens j examinados pelos auditores internos;

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    - exame de outros itens semelhantes; e- observao dos procedimentos executados pelos auditoresinternos.

    Para determinar a adequao de trabalhos especficos executados

    pelos auditores internos para os seus objetivos como auditorindependente, este deve avaliar se:

    (a) o trabalho foi executado por auditores internos quetenham competncia e treinamento tcnicos adequados;(b) o trabalho foi adequadamente supervisionado, revisado edocumentado;(c) foi obtida evidncia de auditoria apropriada para permitirque os auditores internos atinjam concluses razoveis;(d) as concluses so apropriadas nas circunstncias; e

    (e) quaisquer excees ou assuntos no usuais divulgados pelosauditores internos esto resolvidos adequadamente.

    Se o auditor independente usa um trabalho especfico dos auditoresinternos, deve incluir na documentao de auditoria as conclusesatingidas relacionadas com a avaliao da adequao do trabalhodos auditores internos.

    1.3 - Trabalho de especialista de outra rea

    A Resoluo CFC N. 1.230/09 aprovou a NBC TA 620, que trata daresponsabilidade do auditor em relao ao trabalho de pessoa ouorganizao em rea de especializao que no contabilidade ouauditoria, quando esse trabalho utilizado para ajudar o auditor aobter evidncia de auditoria suficiente e apropriada.

    Ateno: especialista, neste caso, no inclui aquele que trabalho comcontabilidade ou auditoria. A NBC TA 620 no trata de situaes em que aequipe de trabalho inclui um membro, ou consulta uma pessoa ouorganizao, com especializao em uma rea especfica de contabilidade

    ou auditoria. Esse caso tradado pela NBC TA 220 Controle deQualidade.

    A NBC TA 620 tambm no trata da utilizao, pelo auditor, dotrabalho de pessoa ou organizao usado pela entidade para ajud-lana elaborao das demonstraes contbeis (especialista daadministrao) tratada pela NBC TA 500 Evidncia de Auditoria.

    O auditor o nico responsvel por expressar opinio de auditoria e essaresponsabilidade no reduzida pela utilizao do trabalho deespecialista contratado pelo auditor (doravante especialista do auditor ouespecialista).

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    O auditor o nico responsvel por expressar opinio deauditoria e essa responsabilidade no reduzida pela utilizao dotrabalho de especialista contratado pelo auditor.

    No entanto, se o auditor concluir que o trabalho desse especialista adequado para fins da auditoria, o auditor pode aceitar que asconstataes ou concluses desse especialista em sua rea deespecializao constituem evidncia de auditoria apropriada.

    Ou seja: se o auditor considerar o trabalho adequado, poder utilizarseus resultados como evidncia de auditoria, para o embasamento dasconcluses apresentadas no relatrio.

    Objetivos do auditor, em relao ao uso do trabalho de especialistas:

    (a) determinar a necessidade de utilizar o trabalho deespecialista; e(b) no caso de utilizao, determinar se o trabalho adequadopara fins da auditoria.

    Especialista do auditor, segundo a NBC TA 620, uma pessoa ouorganizao com especializao em rea que no contabilidade ouauditoria, contratado pelo auditor, cujo trabalho nessa rea utilizado pelo auditor para ajud-lo a obter evidncia de auditoriasuficiente e apropriada.

    Essa especializao pode incluir especializao relacionada a:

    avaliao de instrumentos financeiros complexos, terrenos eedifcios, instalaes fabris e mquinas, jias, peas de arte, eativos que possivelmente apresentem problemas de perdas novalor recupervel;

    clculo atuarial referente a contratos de seguro ou planos debenefcios a empregados;

    estimativa de reservas de petrleo e gs; avaliao de responsabilidade ambiental, e custos de limpeza de

    locais; interpretao de contratos, leis e regulamentos; anlise de assuntos complexos ou no usais de natureza fiscal.

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    Em muitos casos, a diferenciao entre especializao em contabilidadeou auditoria e especializao em outra rea ser direta.

    Em outros casos, entretanto, especialmente os que envolvemconhecimentos especializados em rea contbil ou de auditoria

    emergente, a diferenciao entre reas especializadas decontabilidade ou auditoria e especializao em outra rea ser questo dejulgamento profissional.

    O especialista do auditor pode ser interno (um scio, ou equivalente nosetor pblico, ou uma pessoa que faz parte da equipe), ou externo.

    J o Especialista da administrao uma pessoa ou organizaocom especializao em rea que no contabilidade ou auditoria,contratado pela administrao, em que o trabalho nessa rea

    usado pela entidade para ajud-la na elaborao das demonstraescontbeis.

    Um exemplo bastante comum no Brasil a utilizao de aturio pelaadministrao de uma seguradora ou de um fundo de penso paraestimar certas provises.

    Se a especializao necessria para obter evidncia de auditoriaapropriada e suficiente, o especialista pode ser necessrio para ajudar oauditor em um ou mais dos assuntos a seguir:

    entendimento da entidade e de seu ambiente, incluindo seuscontroles internos;

    identificao e avaliao dos riscos de distoro relevante; determinao e implementao de respostas gerais aos riscos

    avaliados no nvel de demonstraes contbeis; definio e execuo de procedimentos adicionais de auditoria

    para responder aos riscos avaliados no nvel de afirmao, quecompreendem testes de controle ou procedimentossubstantivos;

    avaliao da suficincia e adequao da evidncia de auditoriaobtida na formao de opinio sobre as demonstraescontbeis.

    Contudo, o auditor pode ser capaz de executar a auditoria sem umespecialista. Esse entendimento pode ser obtido, por exemplo, por meiode:

    - experincia em auditar entidades que exigem a especializao naelaborao das demonstraes contbeis;- educao ou desenvolvimento profissional na rea especfica;- discusso com auditores que executaram trabalhos similares.

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    Nesses casos, podemos dizer que o auditor no entendeu como essenciala utilizao do especialista, tendo em vista sua experincia edesenvolvimento profissional.

    Em outros casos, entretanto, o auditor pode determinar que necessrio utilizar especialista do auditor para ajudar a obter evidnciade auditoria suficiente e apropriada.

    As consideraes para decidir sobre utilizar o trabalho de especialistado auditor podem incluir:

    se a administrao j usou um especialista daadministrao na elaborao das demonstraes;

    a natureza e importncia do assunto, incluindo suacomplexidade;

    os riscos de distororelevante decorrente desse assunto; a natureza dos procedimentos que se espera sejam

    executados para responder aos riscos identificados.

    A natureza, poca e extenso dos procedimentos do auditor podemvariar dependendo das circunstncias. Ao determin-los, o auditor deveconsiderar determinados assuntos:

    (a) a natureza do assunto a que se refere o trabalho desseespecialista;(b) os riscos de distoro relevante no assunto a que se refere

    o trabalho desse especialista;(c) a importncia do trabalho do especialista no contexto daauditoria;(d) o conhecimento e a experincia do auditor em relao atrabalho anterior executado por esse especialista; e(e) se esse especialista est sujeito s polticas e procedimentosde controle de qualidade da firma de auditoria.

    O auditor deve estabelecer acordo, por escrito, com o especialista porele contratado, sobre os seguintes assuntos:

    - a natureza, o alcance e os objetivos do trabalho desseespecialista;- as respectivas atribuies e responsabilidade do auditor edesse especialista;- a natureza, a poca e a extenso da comunicao entre oauditor e esse especialista, incluindo o formato dos relatrios; e- a necessidade de o especialista observar requisitos deconfidencialidade.

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    Acordo, por escrito, com o especialista, sobre:

    - a natureza, o alcance e os objetivos do trabalho;- as respectivas atribuies e responsabilidade;- comunicao entre o auditor e esse especialista; e- necessidade de confidencialidade.

    O auditor deve avaliar a adequao do trabalho do especialista doauditor para fins da auditoria, incluindo

    (a) a relevncia e razoabilidade das constataes ou conclusesdesse especialista, e sua consistncia com outras evidncias;

    (b) se o trabalho do especialista envolve o uso de premissas e

    mtodos significativos; e(c) se o trabalho do especialista envolve o uso de dados-fonte

    significativos para o seu trabalho.

    Se o auditor determina que o trabalho do especialista do auditor no adequado para fins da auditoria, deve:

    - estabelecer acordo com esse especialista sobre a natureza e aextenso do trabalho adicional a ser executado pelo especialista;ou- executar procedimentos adicionais de auditoria.

    O auditor no deve fazer referncia ao trabalho do especialista doauditor em seu relatrio que contenha opinio no modificada.

    Se o auditor fizer referncia ao trabalho de especialista do auditor emseu relatrio porque essa referncia relevante para o entendimento deressalva ou outra modificao na sua opinio, o auditor deve indicarno relatrio que essa referncia no reduz a sua responsabilidade poressa opinio.

    O auditor no deve fazer referncia ao trabalho do especialista doauditor em seu relatrio que contenha opinio no modificada.Se o auditor fizer referncia ao trabalho de especialista do auditor emseu relatrio porque essa referncia relevante para o entendimento deressalva ou outra modificao na sua opinio, o auditor deveindicar no relatrio que essa referncia no reduz a sua

    responsabilidade por essa opinio.

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    Outra norma que trata do assunto a Resoluo CFC n 1.023/05, queaprovou a NBC P 1.8 Utilizao de Trabalhos de Especialistas ,estabelecendo as condies e procedimentos para utilizao dessesprofissionais, pelo auditor independente, como parte da evidncia de seus

    trabalhos de auditoria das demonstraes contbeis.

    Segundo a norma, ao utilizar-se de trabalhos executados por outrosespecialistas legalmente habilitados, o auditor independente deve obterevidncia suficiente de que tais trabalhos so adequados para fins desua auditoria.

    A expresso especialista significa um indivduo ou empresa quedetenha habilidades, conhecimento e experincia em reas especficasno relacionadas contabilidade ou auditoria.

    Um especialista pode ser:

    a) contratado pela entidade auditada;b) contratado pelo auditor independente;c) empregado pela entidade auditada; oud) empregado pelo auditor independente.

    Quando o auditor independente faz uso de especialistas que sejam seusempregados, estes devem ser considerados como tal e no como

    auxiliares do processo de auditoria, com a consequente necessidade desuperviso. Assim, nessas circunstncias, o auditor independente nonecessita avaliar sua competncia profissional a cada trabalho ondeestes se envolvam.

    Isso no precisa decorar, basta entender o motivo. Ora, se o auditor jest acostumado a trabalhar com o especialista por ser seu empregado, no faria sentido, a cada trabalho, avaliar a competncia do seuempregado.

    De acordo com a NBC P 1.8, so exemplos de evidncias quenecessitam da interveno de especialistas:

    - avaliaes de certos tipos de ativos, como por exemplo, terrenose edificaes, mquinas e equipamentos, obras de arte e pedraspreciosas;- determinao de quantidades ou condies fsicas de ativos,como por exemplo, minerais estocados, jazidas e reservas depetrleo, vida til remanescente de mquinas;- determinao de montantes que requeiram tcnicas ou mtodosespecializados, como por exemplo, avaliaes atuariais;

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    - medio do estgio de trabalhos completados ou a completarem contratos em andamento;- interpretaes de leis, de contratos, de estatutos ou de outrosregulamentos.

    Como vimos, o auditor deve, antes de tudo, determinar a necessidade deutilizar-se do trabalho de especialistas, devendo considerar:

    - a relevncia do item da demonstrao contbil que est sendoanalisada;- o risco de distoro ou erro (no trabalho do especialista);- conhecimento da equipe de trabalho e a experincia prvia dosaspectos considerados; e- quantidade e qualidade de outras evidncias de auditoriadisponveis.

    O auditor deve avaliar a competncia profissional e a objetividade doespecialista. Caso tenha dvidas da existncia desses atributos, devediscutir suas opinies com a administrao da entidade auditada econsiderar a necessidade de aplicar procedimentos adicionais de auditoriaou buscar evidncias junto a outros especialistas de sua confiana.

    O auditor independente deve avaliar a qualidade e suficincia do trabalhodo especialista como parte da evidncia de auditoria relacionada ao itemda demonstrao contbil sob anlise.

    Isso envolve uma avaliao sobre se as concluses do especialistaforam adequadamente refletidas nas demonstraes contbeis oufornecem suporte adequado para as mesmas.

    Se os resultados do trabalho do especialista no forneceremsuficiente evidncia de auditoria ou se no forem consistentes comoutras evidncias j levantadas, o auditor deve tomar devidasprovidncias, que podem incluir discusso com a administrao daentidade auditada e com o especialista; aplicao de procedimentosde auditoria adicionais; contratao de um outro especialista; ou

    modificao de seu parecer.A responsabilidade do auditor fica restrita a sua competncia profissional.

    Segundo a norma, em se tratando de um parecer sem ressalva (opiniono modificada), o auditor independente no pode fazer referncia dotrabalho de especialista no seu parecer (relatrio).

    Em situaes onde especialista legalmente habilitado for contratadopela entidade auditada, sem vnculo empregatcio, para executar

    servios que tenham efeitos relevantes nas demonstraes contbeis,

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    este fato deve ser divulgado nas demonstraes e o auditor, ao emitir suaopinio de forma modificada, pode fazer referncia ao trabalho doespecialista.

    2. Continuidade Operacional

    O estudo da continuidade normal dos negcios da entidade deve serbaseado, atualmente, na NBC TA 570 continuidade operacional , tendoem vista a revogao da norma antiga NBC T 11.10.

    A NBC TA 570 trata da responsabilidade do auditor independente, naauditoria de demonstraes contbeis, em relao ao uso do pressupostode continuidade operacional, pela administrao, na elaborao dasdemonstraes contbeis.

    De acordo com esse pressuposto, a entidade vista como emoperao em futuro previsvel. As demonstraes contbeis, para finsgerais, so elaboradas com base na continuidade operacional, amenos que a administrao pretenda liquidar a entidade ou interromperas operaes, ou no tenha nenhuma alternativa realista alm dessas.

    Dessa forma, ativos e passivos so registrados considerando que aentidade ser capaz de realizar seus ativos e liquidar seus passivos nocurso normal dos negcios.

    Esse conceito tambm relevante para entidade do setor pblico. Podemsurgir riscos continuidade operacional, em situaes onde uma entidadedo setor pblico opera com fins lucrativos e o suporte do governo podeser reduzido ou retirado. Outro exemplo: privatizao.

    A avaliao, pela administrao, da capacidade de continuidadeoperacional, envolve exercer um julgamento, em determinadomomento, sobre resultados futuros incertos de eventos ou condies,observados os seguintes fatores:

    o grau de incerteza aumenta significativamente quanto maisdistante no futuro ocorrer o evento ou condio, ou ocorrespondente resultado;

    o tamanho e a complexidade da entidade, a natureza e acondio de seu negcio e o grau em que ela afetada porfatores externos afetam o julgamento;

    qualquer julgamento sobre o futuro baseado em informaesdisponveis na poca em que o julgamento feito.

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    A responsabilidade do auditor obter evidncia de auditoriasuficiente sobre a adequao do uso, pela administrao, dopressuposto de continuidade operacional na elaborao eapresentao das demonstraes contbeis e expressar uma conclusosobre se existe incerteza significativa sobre a capacidade de continuidade

    operacional.Entretanto, a ausncia de qualquer referncia incerteza decontinuidade operacional, no relatrio do auditor independente, nosignifica garantia da capacidade de continuidade operacional.

    Os objetivos do auditor, sobre o tema, so:

    (a) obter evidncia da adequao do uso, pela administrao,do pressuposto de continuidade operacional na elaboraodas demonstraes contbeis;

    (b) concluir sobre a existncia de incerteza significativa emrelao a eventos ou condies que podem levantar dvidaquanto continuidade; e

    (c) determinar as implicaes para o relatrio.

    O auditor deve revisar a avaliao da administrao sobre acapacidade de continuidade operacional, cobrindo o mesmo perodoutilizado pela administrao.

    Ao revisar a avaliao da administrao, o auditor deve verificar se essa

    avaliao inclui todas as informaes relevantes que o auditor tomouconhecimento como resultado da auditoria.

    Se forem identificados eventos ou condies que possam levantar dvidasignificativa quanto capacidade de continuidade operacional, oauditor deve aplicar procedimentos adicionais de auditoria.

    Com base na evidncia de auditoria obtida, o auditor deve expressar umaconcluso se, no seu julgamento, existe incerteza significativa sobre acapacidade de continuidade operacional relacionada a eventos ou

    condies que possam levantar dvida significativa sobre essa capacidadede continuidade operacional.

    Se as demonstraes contbeis foram elaboradas com base nacontinuidade operacional, mas no julgamento do auditor, o uso dopressuposto de continuidade utilizado pela administrao inapropriado, o auditor deve expressar uma opinio adversa,independentemente das demonstraes contbeis inclurem ou no adivulgao dessa inadequao.

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    Quando o auditor independente conclui que o uso do pressuposto decontinuidade operacional apropriado, porm existe incertezasignificativa, ele deve determinar se as demonstraes contbeis:

    (a) descrevem adequadamente os principais eventos ou

    condies que possam levantar dvida significativa quanto capacidade de continuidade operacional; e

    (b) divulgar que existe incerteza significativa relacionada capacidade de continuidade operacional e, portanto, que podeno ser capaz de realizar seus ativos e saldar seus passivos nocurso normal do negcio.

    Se for feita divulgao adequada nas demonstraes contbeis, oauditor deve expressar uma opinio sem ressalvas e incluir umpargrafo de nfase.

    Se no for feita divulgao adequada nas demonstraes contbeis, oauditor deve expressar uma opinio com ressalva ou adversa,conforme apropriado, devendo declarar, no seu relatrio, que h umaincerteza significativa que pode levantar dvida quanto capacidade decontinuidade operacional da entidade.

    Pressuposto inapropriado: opinio adversa.Pressuposto apropriado, mas com incerteza sobre continuidade:

    - divulgado adequadamente: opinio sem ressalva epargrafo de nfase;- no divulgado adequadamente: opinio com ressalva ouadversa.

    3. Contingncias

    Este tema, embora no conste explicitamente no edital 2012 da RFB, temsido cobrado em diversas provas fiscais e, conforme explicado naintroduo desta aula, pode tambm aparecer na prxima prova.

    A NBC TG 25, norma que trata do assunto, traz algumas definiesimportantes acerca do tema. Muitas vezes conseguimos resolver asquestes apenas com esses conceitos que sero apresentados a seguir.

    Proviso um passivo de prazo ou de valor incertos.

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    Passivo uma obrigao presente da entidade, derivada de eventos jocorridos, cuja liquidao se espera que resulte em sada de recursos daentidade capazes de gerar benefcios econmicos.

    Evento que cria obrigao um evento que cria uma obrigao legal ouno formalizada que faa com que a entidade no tenha nenhumaalternativa realista seno liquidar essa obrigao.

    Obrigao legal uma obrigao que deriva de:

    (a) contrato (por meio de termos explcitos ou implcitos);(b) legislao; ou(c) outra ao da lei.Passivo contingente :

    (a) uma obrigao possvel que resulta de eventos passados e cujaexistncia ser confirmada apenas pela ocorrncia ou no de um ou maiseventos futuros incertos no totalmente sob controle da entidade; ou

    (b) uma obrigao presente que resulta de eventos passados, mas queno reconhecida porque:

    (i) no provvel que uma sada de recursos que incorporam

    benefcios econmicos seja exigida para liquidar a obrigao; ou

    (ii) o valor da obrigao no pode ser mensurado com suficienteconfiabilidade.

    Ativo contingente um ativo possvel que resulta de eventos passados ecuja existncia ser confirmada apenas pela ocorrncia ou no de um oumais eventos futuros incertos no totalmente sob controle da entidade.

    Esses eventos ou condies so questes de direto conhecimento e,

    frequentemente, objeto de controle da administrao da entidade e,portanto, seus administradores constituem-se em fonte primria deinformao sobre esses eventos ou condies.

    Assim, o Auditor deve pedir administrao do cliente para prepararcarta de solicitao de confirmao de dados (circularizao) aosconsultores jurdicos encarregados dos processos e litgios emandamento, para que o auditor a encaminhe a esses como forma de obtere evidenciar o julgamento desses profissionais acerca do grau daprobabilidade de um resultado favorvel ou desfavorvel e do montanteenvolvido.

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    Caso considere necessrio, o Auditor, baseado nas informaes obtidasdos consultores jurdicos, tendo em vista eventuais incertezas erelevncia do assunto, deve solicitar administrao a opinio de outroconsultor jurdico independente.

    De acordo com orientao IBRACON (Instituto dos AuditoresIndependentes do Brasil), a circularizao dos advogados uma forma deo auditor obter confirmao independente das informaes fornecidaspela administrao, referentes a situaes relacionadas a litgios, pedidosde indenizao ou questes tributrias.

    As respostas servem de evidncia para que o auditor avalie se aadministrao adotou os procedimentos adequados para a contabilizaoe/ou divulgao dos passivos no registrados e/ou das contingncias(ativas ou passivas).

    A extenso da seleo dos advogados a serem circularizados depende dojulgamento profissional do auditor, que deve levar em considerao:

    - a estrutura de controles internos da empresa;- a natureza e a relevncia dos assuntos envolvidos.

    Ao final o auditor deve avaliar todas as circunstncias e as evidnciasobtidas durante a aplicao de seus procedimentos de auditoria parapassivos no registrados e contingncias para formar o seu julgamentoquanto adequao s prticas contbeis adotadas na elaborao e na

    apresentao das DC.

    Em relao ao reconhecimento e divulgao (geralmente o mais cobradoem prova), temos o seguinte:

    Passivo contingente

    A entidade no deve reconhecer um passivo contingente.

    O passivo contingente divulgado, a menos que seja remota a

    possibilidade de uma sada de recursos que incorporam benefcioseconmicos.

    Quando a entidade for conjunta e solidariamente responsvel porobrigao, a parte da obrigao que se espera que as outras partesliquidem tratada como passivo contingente. A entidade reconhece aproviso para a parte da obrigao para a qual provvel umasada de recursos que incorporam benefcios econmicos, exceto emcircunstncias extremamente raras em que nenhuma estimativasuficientemente confivel possa ser feita.

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    Ativo contingente

    A entidade no deve reconhecer um ativo contingente.

    Os ativos contingentes no so reconhecidos nas demonstraescontbeis, uma vez que pode tratar-se de resultado que nunca venha aser realizado. Porm, quando a realizao do ganho praticamentecerta, ento o ativo relacionado no um ativo contingentee o seureconhecimento adequado.

    O ativo contingente divulgado quando for provvel a entrada debenefcios econmicos.

    Para ilustrar melhor essa questo de reconhecimento e divulgao,apresentamos o quadro-resumo abaixo:

    Ativo Contingente

    Tipo

    Entrada debenefcios

    econmicos praticamente

    certa

    Entrada debenefcios

    econmicos provvel,mas no

    praticamentecerta

    Entrada debenefcios

    econmicos possvel (no

    provvel)

    Ao

    O ativo no contingente.

    Deve serreconhecido

    Apenas divulgaNem

    reconhece nemdivulga

    Passivo Contingente

    TipoObrigaopresentecom sada

    provvel derecursos

    Obrigao

    presentecom sada

    possvel (noprovvel) de

    recursos

    Obrigao

    comprobabilidade

    remota desada derecursos.

    AoReconhece aproviso e

    divulga

    Apenasdivulga

    Nem reconhecenem divulga

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    4. Estimativas contbeis

    A NBC TA 540 trata da responsabilidade do auditor independente em

    relao a estimativas contbeis, incluindo estimativas contbeis do valorjusto e respectivas divulgaes em auditoria de demonstraes contbeis.

    Mas o que estimativa contbil?

    Alguns itens das demonstraes contbeis no podem sermensurados com preciso pela administrao, mas podem ser apenasestimados. Para o CFC, essa forma de mensurao desses itens dasdemonstraes contbeis denominada estimativa contbil.

    A natureza e a confiabilidade das informaes disponveis para aadministrao para suportar a elaborao de estimativa contbil variamsignificativamente, afetando o grau de incerteza associada s estimativascontbeis, o que, por sua vez, afeta os riscos de distoro relevante deestimativas.

    O objetivo da mensurao de estimativas contbeis pode variardependendo da estrutura de relatrio financeiro aplicvel e do itemfinanceiro que est sendo relatado. Em alguns casos, prever odesfecho de uma ou mais transaes, eventos ou condies que doorigem necessidade de estimativas contbeis.

    Para outras estimativas contbeis, o objetivo da mensurao diferente,e expresso em termos do valor da transao corrente ou um item dasdemonstraes baseado nas condies vigentes na data da mensurao,como preo de mercado estimado para um tipo de ativo ou passivoespecfico.

    Mas ateno: uma diferena entre o desfecho da estimativa contbile o valor originalmente divulgado nas demonstraes contbeis norepresenta necessariamente uma distoro nas demonstraes.

    Este especialmente o caso para estimativas contbeis ao valor justo,pois qualquer desfecho observado invariavelmente afetado por eventosou condies posteriores data em que a mensurao estimada parafins das demonstraes contbeis.

    O objetivo do auditor obter evidncia de auditoria apropriada esuficiente sobre:

    (a) se as estimativas contbeis registradas ou divulgadas nasdemonstraes contbeis so razoveis; e

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    (b) se as respectivas divulgaes so adequadas, no contexto daestrutura de relatrio financeiro aplicvel - RFA.

    Para a NBC TA 540, Estimativa contbil a aproximao de um valormonetrio na ausncia de um meio de mensurao preciso. Este termo

    usado para um valor mensurado do valor justo quando existe incerteza deestimativa, bem como para outros valores que requerem estimativas.

    J a Estimativa pontual ou intervalo o valor, ou intervalo de valores,respectivamente, derivado de evidncias de auditoria para uso naavaliao da estimativa pontual da administrao.

    A norma apresenta, ainda, as seguintes definies:

    Incerteza de estimativa a suscetibilidade da estimativa contbil e das

    respectivas divulgaes falta de preciso inerente em sua mensurao.

    Tendenciosidade da administrao a falta de neutralidade daadministrao na elaborao e apresentao de informaes.

    Estimativa pontual da administrao o valor selecionado pelaadministrao para registro ou divulgao nas demonstraes contbeiscomo estimativa contbil.

    Desfecho de estimativa contbil o valor monetrio real resultante da

    resoluo da transao, evento ou condio de que trata a estimativacontbil.

    Se, no julgamento do auditor, a administrao no tratou adequadamenteos efeitos da incerteza de estimativa das estimativas contbeis que geramriscos significativos, o auditor deve, se necessrio, desenvolver umintervalo para avaliar a razoabilidade da estimativa contbil.

    O auditor deve avaliar, com base nas evidncias de auditoria, se asestimativas contbeis nas demonstraes so razoveis no contexto da

    estrutura de RFA ou se apresentam distoro.Deve, ainda, obter evidncia se as divulgaes nas demonstraes,relacionadas com estimativas contbeis, esto de acordo com asexigncias da estrutura de relatrio financeiro aplicvel.

    Uma diferena entre o desfecho da estimativa contbil e o valor

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    originalmente divulgado nas demonstraes contbeis no representanecessariamente uma distoro nas demonstraes, j que estamostratando de estimativas.

    5. Eventos Subsequentes

    A Resoluo CFC N. 1.225/09 aprovou a NBC TA 560 EventosSubsequentes , que da trata da responsabilidade do auditorindependente em relao a eventos subsequentes na auditoria dedemonstraes contbeis.

    De acordo com a norma, as demonstraes contbeis podem ser afetadaspor certos eventos que ocorrem aps a data das demonstraescontbeis.

    No Brasil, a NBC TG 24 (antiga NBC T-19.12) Evento Subsequente analisa o tratamento nas demonstraes contbeis de eventos, favorveisou no, ocorridos entre a data das demonstraes contbeis(mencionada como "data do balano" nesse pronunciamento) e a data naqual autorizada a concluso da elaborao das demonstraescontbeis.

    Essas estruturas costumam identificar dois tipos de eventos:(a) os que fornecem evidncia de condies existentes na data

    das demonstraes contbeis; e(b) os que fornecem evidncia de condies que surgiram

    aps a data das demonstraes contbeis.

    Uma informao importante que a NBC TA 700 Formao da Opinio eEmisso do Relatrio , explica que a data do Relatrio do AuditorIndependente informa ao leitor que o auditor considerou o efeito doseventos e transaes dos quais o auditor se tornou ciente e queocorreram at aquela data.

    A data do Relatrio do Auditor Independente informa ao leitor que oauditor considerou o efeito dos eventos e transaes dos quais oauditor se tornou ciente e que ocorreram at aquela data.

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    Os objetivos do auditor em relao aos eventos subsequentes so:

    (a) obter evidncia sobre se os eventos ocorridos entre a data dasdemonstraes contbeis e a data do relatrio do auditor independenteque precisam ser ajustados ou divulgados nas demonstraes contbeis,

    esto adequadamente refletidos; e(b) responder adequadamente aos fatos que chegaram aoconhecimento do auditor independente aps a data de seu relatrio, que,se fossem do seu conhecimento naquela data (do relatrio), poderiam terlevado o auditor a alter-lo.

    Para fins das normas de auditoria, eventos subsequentes so eventosocorridos entre a data das demonstraes contbeis e a data dorelatrio do auditor independente e fatos que chegaram aoconhecimento do auditor independente aps a data do seu relatrio.

    Devem ser considerados trs momentos de eventos subsequentes:

    5.1 Eventos ocorridos entre a data das demonstraes contbeise a data do relatrio do auditor independente;5.2 Eventos que chegaram ao conhecimento do auditorindependente aps a data do seu relatrio, mas antes da data dedivulgao das demonstraes contbeis; e5.3 Eventos que chegaram ao conhecimento do auditorindependente aps a divulgao das demonstraes contbeis.

    5.1 Eventos ocorridos entre a data das demonstraes contbeis ea data do relatrio do auditor independente

    O auditor independente deve executar procedimentos de auditoriadesenhados para obter evidncia de auditoria apropriada e suficientede que todos os eventos ocorridos entre a data das demonstraescontbeis e a data do relatrio do auditor independente que precisam

    ser ajustados ou divulgados nas demonstraes foramidentificados.

    entre data das

    DC e data do

    relatrio

    Aps relatrio

    e antes da

    divulgao das

    DC

    Aps a

    divulgao das

    DC

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    Esses procedimentos devem cobrir o perodo entre a data dasdemonstraes e a data do seu relatrio, ou o mais prximo possveldessa data.

    Se, em decorrncia desses procedimentos, o auditor identificar eventosque requerem ajuste ou divulgao nas demonstraes, o auditorindependente deve determinar se cada um desses eventos est refletidode maneira apropriada nas demonstraes, de acordo com a estruturaconceitual aplicvel.

    Dependendo da avaliao de risco do auditor independente, osprocedimentos de auditoria requeridos podem incluir procedimentosnecessrios para obter evidncia que envolva a reviso ou o teste deregistros contbeis ou transaes ocorridos entre a data das

    demonstraes contbeis e a data do relatrio do auditor independente.

    Alm dos procedimentos de auditoria requeridos, o auditorindependente pode considerar necessrio e apropriado:

    ler os ltimos oramentos disponveis, previses de fluxos decaixa e outros relatrios da administrao relacionados deperodos posteriores data das demonstraes contbeis;

    indagar, ou estender as indagaes anteriores verbais ou porescrito, aos consultores jurdicos sobre litgios e reclamaes; ou

    considerar a necessidade de representaes formais que cubramdeterminados eventos subsequentes para corroborar outraevidncia de auditoria e assim obter evidncia de auditoriaapropriada e suficiente.

    5.2 Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independenteaps a data do seu relatrio, mas antes da data de divulgao dasdemonstraes contbeis

    O auditor independente no tem obrigao de executar nenhum

    procedimento de auditoria em relao s demonstraes contbeis apsa data do seu relatrio.

    Entretanto, se, aps a data do seu relatrio, mas antes da data dedivulgao das demonstraes contbeis, o auditor tomarconhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data dorelatrio, poderia ter levado o auditor a alter-lo, ele deve:

    (a) discutir o assunto com a administrao;(b) determinar se as demonstraes contbeis precisam ser

    alteradas e, caso afirmativo;(c) indagar como a administrao pretende tratar o assunto nas

    demonstraes contbeis.

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    Em geral, pode ser que no haja exigncia da legislao ouregulamentao para que a administrao reapresente demonstraescontbeis. Esse frequentemente o caso quando a emisso dasdemonstraes contbeis para o perodo seguinte iminente, desde que

    sejam feitas as divulgaes apropriadas nessas demonstraes.

    Caso a administrao altere as demonstraes contbeis, o auditorindependente deve:

    1 - aplicar os procedimentos de auditoria necessrios nascircunstncias da alterao;2 - estender os procedimentos de auditoria mencionados at adata do novo relatrio do auditor independente; e3 - fornecer novo relatrio de auditoria sobre as demonstraes

    contbeis alteradas. O novo relatrio do auditor independente nodeve ter data anterior data de aprovao das demonstraesalteradas.

    Caso a administrao altere as demonstraes, o auditor deve:1 - aplicar os procedimentos necessrios;2 - estender os procedimentosat a data do novo relatrio; e3 - fornecer novo relatrio.O novo relatrio do auditor independente no deve ter data anterior data de aprovao das demonstraes alteradas.

    Se a administrao puder restringir a alterao das demonstraescontbeis aos efeitos do evento ou eventos subsequentes, o auditorpode limitar os procedimentos de auditoria aos eventossubsequentes.

    Nesses casos, o auditor deve alterar o relatrio para incluir dataadicional restrita a essa alterao que indique que os procedimentos doauditor independente sobre os eventos subsequentes esto restritosunicamente s alteraes descritas na nota explicativa.

    Quando, nessas circunstncias, o auditor alterar seu relatrio paraincluir data adicional, a data do relatrio anterior alteraosubsequente feita pela administrao permanece inalterada, pois essa

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    data informa ao leitor quando o trabalho de auditoria para essasdemonstraes contbeis foi concludo.

    Entretanto, includa data adicional no relatrio do auditorindependente para informar os usurios que os procedimentos

    posteriores quela data restringiram-se alterao subsequente dasdemonstraes contbeis.

    Segue exemplo desse tipo de data adicional:

    (Data do relatrio do auditor independente), exceto para a Nota Y, que de (data daconcluso dos procedimentos de auditoria restritos alterao descrita na Nota Y)

    5.3 Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independenteaps a divulgao das demonstraes contbeis

    Aps a divulgao das demonstraes, o auditor independente no temobrigao de executar nenhum procedimento de auditoria em relaos demonstraes.

    Entretanto, se, aps a divulgao das demonstraes contbeis, o auditorindependente tomar conhecimento de fato que, se fosse do seuconhecimento na data do relatrio, poderia t-lo levado a alterar seurelatrio, o auditor independente deve:

    (a) discutir o assunto com a administrao e, quandoapropriado, com os responsveis pela governana;(b) determinar se as demonstraes contbeis precisam ser

    alteradas e, caso afirmativo;(c) indagar como a administrao pretende tratar do assunto

    nas demonstraes contbeis.

    Caso o relatrio seja alterado, o auditor deve incluir no seu relatrio,novo ou reemitido, Pargrafo de nfase com referncia notaexplicativa que esclarece mais detalhadamente a razo da alterao dasdemonstraes contbeis emitidas anteriormente e do relatrio anteriorfornecido pelo auditor independente.

    Caso a administrao no tome as providncias necessrias para garantirque todos os que receberam as demonstraes emitidas anteriormentesejam informados da situao e no altere as demonstraes nascircunstncias em que o auditor considere necessrio, o auditorindependente deve tomar as medidas apropriadas para tentar evitar o usopor terceiros daquele relatrio de auditoria.

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    EXERCCIOS COMENTADOS

    1 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - A empresa Grandes

    Negcios S.A. adquiriu a principal concorrente, aps oencerramento do balano e a emisso do parecer pelos auditores.No entanto, a empresa ainda no havia publicado suasdemonstraes com o parecer. Nessa situao, a firma deauditoria deve:a) manter o parecer com data anterior ao evento, dando encerramentoaos trabalhos.b) obrigatoriamente, rever o parecer considerando o fato relevante.c) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante nas notasexplicativas.d) refazer o parecer considerando as novas informaes, determinandonova data para publicao das demonstraes contbeis.e) decidir se as demonstraes devem ser ajustadas, discutir o assuntocom a administrao e tomar as medidas apropriadas s circunstncias.

    Comentrios:Segundo o item 11.16.3.2 da NBC T 11.16, que tratava de

    transaes e eventos subsequentes, quando, aps a data do Parecerdo auditor, mas antes da divulgao das Demonstraes Contbeiso auditor tomar conhecimento de fato que possa afetar de maneirarelevante as Demonstraes Contbeis, ele deve decidir se elas devem

    ser ajustadas, discutir o assunto com a administrao e tomar asmedidas apropriadas s circunstncias. (grifos nossos)Portanto, aletra e foi retirada de maneira literal da norma supra, sendo a respostada questo.

    Ressalta-se que, atualmente, a norma vigente para que trata deeventos subsequentes a NBC TA 560, que define esse tipo de eventocomo sendo aqueles ocorridos entre a data das demonstraes contbeise a data do relatrio do auditor independente e fatos que chegaram aoconhecimento do auditor independente aps a data do seu relatrio.

    Em relao ao disposto na questo, atualmente a norma vigente

    determina que auditor deve:(a) discutir o assunto com a administrao e, quando apropriado,

    com os responsveis pela governana;(b) determinar se as demonstraes contbeis precisam ser

    alteradas e, caso afirmativo;(c) indagar como a administrao pretende tratar o assunto nas

    demonstraes contbeis.Resposta: E

    2 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - O auditor da empresa

    Encerramento S.A. obteve evidncias da incapacidade de

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    continuidade da entidade, nos prximos 6 meses. Dessa forma,deve o auditor:a) informar, em pargrafo de nfase no parecer, os efeitos da situao nacontinuidade operacional da empresa de forma que os usurios tenhamadequada informao sobre a situao.

    b) emitir parecer com ressalva, limitando o escopo dos trabalhos pelasrestries financeiras apresentadas pela atividade.c) emitir parecer com absteno de opinio por no conseguir determinara posio econmica e financeira da empresa.d) emitir parecer sem ressalva, mas estabelecendo que a empresaapresente as demonstraes contbeis, de forma a divulgar os valoresdos ativos e passivos por valor de realizao.e) relatar em parecer adverso os efeitos no patrimnio que o processo dedescontinuidade ocasiona, trazendo os valores dos ativos e passivos, avalor de realizao.

    Comentrios:A NBC T 11.10, que tratava de continuidade normal das atividades

    da entidade poca da prova, estabelecia, em seu item 11.10.1.3, que aevidncia de normalidade pelo prazo de um ano aps a data dasDemonstraes Contbeis suficiente para a caracterizao dessacontinuidade.

    Alm disso, a norma prev que, caso o auditor constate que hevidncias de riscos na continuidade normal das atividades da entidade,ele dever, em seu parecer, mencionar, em pargrafo de nfase, os

    efeitos que tal situao pode determinar na continuidade operacional daentidade, de modo que os usurios tenham adequada informao sobre amesma. Portanto, a letra a a resposta correta.

    Ressalta-se que, atualmente, a norma que trata de continuidadeoperacional de uma empresa a NBC TA 570. Segundo essa norma,quando o auditor independente conclui que o uso do pressuposto decontinuidade operacional apropriado nas circunstncias, porm existeincerteza significativa, ele deve determinar se as demonstraescontbeis:

    (a) descrevem adequadamente os principais eventos oucondies que possam levantar dvida significativa quanto capacidade de continuidade operacional e os planos daadministrao para tratar desses eventos ou condies; e

    (b) divulgar claramente que existe incerteza significativarelacionada a eventos ou condies que podem levantardvida significativa quanto capacidade de continuidadeoperacional e, portanto, que pode no ser capaz de realizarseus ativos e saldar seus passivos no curso normal donegcio.

    Se for feita divulgao adequada nas demonstraes contbeis, oauditor deve expressar uma opinio sem ressalvas e incluir umpargrafo de nfase em seu relatrio para:

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    (a) destacar a existncia de incerteza significativarelacionada ao evento ou condio que pode levantardvida significativa quanto capacidade decontinuidade operacional; e

    (b) chamar a ateno para a nota explicativa sdemonstraes contbeis que divulga os assuntosreferentes continuidade operacional da empresa.

    Se no for feita divulgao adequada nas demonstraescontbeis, o auditor deve expressar uma opinio com ressalva ouadversa, conforme apropriado.

    Resposta: A

    3 - (ESAF / SEFAZ/SP - APOFP / 2009) - Ao avaliar o pressupostode continuidade operacional da entidade auditada, o auditor develanar mo de indicaes que, isoladamente ou no, possam

    sugerir dificuldades na continuao normal dos negcios. Entretais indicaes, no se inclui:a) incapacidade financeira de a entidade pagar seus credores nosvencimentos.b) alterao na poltica econmica governamental que afete a todos ossegmentos produtivos.c) existncia de passivo a descoberto (Patrimnio Lquido negativo).d) posio negativa do Capital Circulante (deficincia de CapitalCirculante).e) falta de capacidade financeira dos devedores em saldar seus

    compromissos com a entidade.

    Comentrios:Questo bastante intuitiva. J que a poltica governamental afeta

    todos os segmentos produtivos, as consequncias sero sentidas portodos e no apenas pela empresa. Todos os outros itens so especficosda entidade auditada. Dessa forma, a nica alternativa que nocorresponde a indicaes de uma possvel descontinuidade operacional a letra b.

    Resposta: B

    4 - (ESAF / SEFAZ-SP / 2009) - As seguintes opes constituemexemplos de transaes e eventos subsequentes, exceto:A) perda em contas a receber decorrente de falncia do devedor.B) alterao do controle societrio.C) aporte de recursos, inclusive como aumento de capital.D) destruio de estoques em decorrncia de sinistro.E) variao sazonal dos custos com insumos.

    Comentrios:De acordo com a NBC TA 560, as demonstraes contbeis podem

    ser afetadas por certos eventos que ocorrem aps a data das

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    demonstraes contbeis, e antes da emisso do relatrio do auditorindependente. De modo geral, so eventos favorveis ou no administrao, mas imprevisveis.

    Nesse sentido, a alternativa E apresenta um fato que poderia tersido previsto, por ser constante variao sazonal dos custos.

    As demais alternativas apresentam fatos que atendem definio.Resposta: E

    5 - (ESAF / SEFAZ/SP - APOFP / 2009) - Em relao ao temacontingncias, podemos afirmar que o trabalho do auditor visaidentificar as seguintes ocorrncias, exceto:a) Passivos no-registrados.b) Contingncias passivas relacionadas a litgios.c) Contingncias ativas relacionadas a pedidos de indenizao.d) Contingncias passivas relacionadas a questes tributrias.

    e) Ativos no-registrados.

    Comentrios:Segundo a NBC T 11.15, norma vigente poca que tratava de

    contingncias, o Auditor Independente deve considerar na realizao deum exame, de acordo com as normas de auditoria para identificarpassivos no registrados e contingncias ativas ou passivasrelacionados a litgios, pedidos de indenizao ou questestributrias, e assegurar-se de sua adequada contabilizao e/oudivulgao nas Demonstraes Contbeis examinadas.(grifos nossos)

    Dessa forma, a nica ocorrncia que no deve ser objetivo deidentificao por parte do auditor so os ativos no-registrados (letrae). Dado o princpio da prudncia, o ativo contingente no deve serreconhecido se a entrada dos benefcios econmicos for apenas possvelou provvel. Caso essa entrada de recursos seja praticamente certa, jno se trata mais de ativo contingente.

    Resposta: E

    6 - (ESAF / SUSEP / 2010) - As estimativas contbeisreconhecidas nas demonstraes contbeis da empresa so de

    responsabilidade:a) dos auditores externos.b) dos advogados.c) da auditoria interna.d) do conselho de administrao.e) da administrao da empresa.

    Comentrios:Estimativa contbil, segundo a NBC TA 540, que trata do tema, a

    aproximao de um valor monetrio na ausncia de um meio demensurao preciso. Essas estimativas so de responsabilidade daadministrao da entidade e se baseiam em fatores objetivos e

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    subjetivos, requerendo o seu julgamento na determinao do valoradequado a ser registrado nas demonstraes contbeis. Portanto,questo bastante direta, cuja resposta a letra e.

    Resposta: E

    7 - (ESAF / PMRJ / 2010) - A respeito do uso de especialista deoutra rea em auditoria, correto afirmar, exceto:a) na avaliao do trabalho do especialista, no cabe ao auditor revisar outestar a fonte de dados utilizada.b) na emisso de parecer sem ressalva, o auditor no pode fazerreferncia ao trabalho de especialista no seu parecer.c) a certificao profissional, licena ou registro em rgo de classe umdos elementos de verificao da competncia do especialista.d) a responsabilidade, quanto qualidade e propriedade das premissas emtodos utilizados, do especialista e no do auditor.

    e) atribuio do auditor obter evidncia adequada de que o alcance dotrabalho do especialista suficiente para os fins da auditoria.

    Comentrios:Segundo a NBC TA 620, que trata da utilizao do Trabalho de

    Especialistas, em muitos casos, o auditor pode testar os dados-fonte.Entretanto, em outros casos, quando a natureza dos dados-fonte usadospelo especialista do auditor altamente tcnica em relao rea doespecialista, esse especialista pode testar os dados-fonte. Se oespecialista do auditor testou os dados-fonte, uma maneira apropriada

    para o auditor avaliar a importncia, integridade e preciso desses dadospode ser a indagao a esse especialista, ou a superviso ou reviso dostestes aplicados por ele. Portanto, a letra A est errada, sendo o gabaritoda questo.

    Todas as outras afirmativas esto corretas, segundo as normasvigentes atualmente.

    Resposta: A

    8 - (ESAF / CGU / 2006) - Consideram-se exemplos de transaese eventos subsequentes, havidos entre a data de trmino do

    exerccio social e at aps a data da divulgao dasdemonstraes contbeis, exceto:a) as operaes rotineiras de compra e venda.b) a compra de nova subsidiria ou de participao adicional relevante eminvestimento anterior.c) a destruio de estoques ou estabelecimento em decorrncia desinistro.d) a alterao do controle societrio.e) o aporte de novos recursos, inclusive como aumento de capital.

    Comentrios:

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    Para responder questes desse tipo, temos que identificar qual dasoperaes so relevantes e especficas apenas daquela empresa auditada.

    Dessa forma, verificamos que a letra A apresenta uma situaotpica, rotineira, no sendo, portanto, caracterizada como eventosubsequente. Todas as outras afirmativas exibem eventos relevantes e /

    ou atpicos que aconteceram na empresa auditada.Resposta: A

    9 - (ESAF / CGU / 2006)- Uma possvel obrigao presente cujaexistncia ser confirmada somente pela ocorrncia ou no de umou mais eventos futuros, que no estejam totalmente sob ocontrole da entidade, deve ser classificada como:a) contingncia ativa.b) proviso.c) contingncia passiva.

    d) obrigao no formalizada.e) fato gerador.

    Comentrios:Segundo o Pronunciamento Tcnico CPC 25, Contingncia Passiva

    uma obrigao possvel que resulta de eventos passados e cujaexistncia ser confirmada apenas pela ocorrncia ou no de um ou maiseventos futuros incertos no totalmente sob controle da entidade; ou umaobrigao presente que resulta de eventos passados, mas que no reconhecida porque:

    no provvel que uma sada de recursos que incorporambenefcios econmicos seja exigida para liquidar a obrigao; ou o valor da obrigao no pode ser mensurado comsuficiente confiabilidade.

    Para conhecimento, a mesma norma define Contingncias ativas comopossveis ativos presentes, decorrentes de eventos passados, cujaexistncia ser confirmada somente pela ocorrncia ou no ocorrncia deum ou mais eventos futuros, que no estejam totalmente sob o controleda entidade.

    Resposta: C

    10 - (ESAF / SEFAZ-CE / 2006) - Quando da utilizao de serviosde especialista, no h responsabilidade do auditor:a) em confirmar se o especialista habilitado.b) em questionar a capacidade do especialista, desde que habilitado.c) quando o especialista for funcionrio da empresa auditada.d) se o especialista for independente e no possuir vnculo com aempresa.e) em divulgar o fato em parecer sem ressalva.

    Comentrios:

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    Como vimos em questo anterior, a nica alternativa que noapresenta uma responsabilidade do auditor a de letra E, pois, segundo aNBC TA 620, o auditor no deve fazer referncia ao trabalho doespecialista do auditor em seu relatrio que contenha opinio nomodificada.

    Em relao ao tema, importante deixar claro o que diz o item 3 dasupracitada norma (grifamos): O auditor o nico responsvel porexpressar opinio de auditoria e essa responsabilidade no reduzida pela utilizao do trabalho de especialista contratadopelo auditor. No entanto, se o auditor, tendo utilizado o trabalho desseespecialista e seguido esta Norma, concluir que o trabalho desseespecialista adequado para fins da auditoria, o auditor pode aceitar queas constataes ou concluses desse especialista em sua rea deespecializao constituem evidncia de auditoria apropriada.

    Resposta: E

    11 - (ESAF / SEFAZ-RN / 2005) - Quando o auditor externoconstata eventos ocorridos, entre as datas do balano e a do seuparecer e a entidade no realiza os ajustes recomendadosadequadamente, deve o auditor:a) expedir parecer adverso ou mencionar os fatos em pargrafo denfase.b) elaborar parecer de auditoria com absteno de opinio ou semressalva.c) emitir parecer com ressalva ou mencionar os fatos em pargrafo de

    nfase.d) somente exigir a meno em notas explicativas evidenciando osrespectivos clculos.e) recomendar meno em nota explicativa e emitir parecer sem ressalva.

    Comentrios:Segundo a NBC T 11, vigente poca, 11.16.1.2, o auditor deve

    considerar em seu parecer os efeitos decorrentes de transaes e eventossubsequentes relevantes ao exame das Demonstraes Contbeis,mencionando-os como ressalva ou em pargrafo de nfase, quando no-

    ajustadas ou reveladas adequadamente. Portanto, letra C.Atualmente, segundo a NBC TA 560, se o auditor identificar eventosque requerem ajuste ou divulgao nas demonstraes contbeis, oauditor independente deve determinar se cada um desses eventos estrefletido de maneira apropriada nas referidas demonstraes contbeis deacordo com a estrutura conceitual aplicvel.

    Alm disso, o auditor independente deve solicitar administrao e,quando apropriado, aos responsveis pela governana, umarepresentao formal de que todos os eventos subsequentes data dasdemonstraes contbeis e que, segundo a estrutura de relatriofinanceiro aplicvel, requerem ajuste ou divulgao, foram ajustados oudivulgados.

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    Resposta: C

    12 - (ESAF / SEFAZ-RN / 2005)- Na constatao de evidncias deriscos na continuidade normal das atividades da entidade, oauditor independente dever emitir parecer:

    a) com absteno de opinio.b) sem ressalva e sem pargrafo de nfase.c) com ressalva e com pargrafo de nfase.d) sem ressalva e com pargrafo de nfase.e) adverso e com pargrafo de nfase.

    Comentrios:Questo bastante batida e que no podemos errar. Se for feita

    divulgao adequada nas demonstraes contbeis, o auditor deveexpressar uma opinio sem ressalvas e incluir um pargrafo de nfase em

    seu relatrio para:(a) destacar a existncia de incerteza significativa relacionada aoevento ou condio que pode levantar dvida significativaquanto capacidade de continuidade operacional; e

    (b) chamar a ateno para a nota explicativa s demonstraescontbeis que divulga os assuntos especificados referentes continuidade operacional.

    Prestem ateno, pois a questo ir tentar induzir o candidato aoerro. Ele s ir emitir uma opinio com ressalva ou adversa se no forfeita a divulgao adequada por parte da empresa. Se a questo no falar

    nada (como esta) presume-se que essa divulgao foi realizada.Resposta: D

    13 - (ESAF / SEFAZ-RN / 2005)- Para dimensionar se a empresater continuidade de suas atividades, o auditor deve avaliar sehaver normalidade nas operaes da empresa pelo perodo de:a) seis meses aps a data das demonstraes contbeis.b) dois anos aps a data das demonstraes contbeis.c) um ano aps a publicao das demonstraes contbeis.d) seis meses aps a publicao das demonstraes contbeis.

    e) um ano aps a data das demonstraes contbeis.Comentrios:

    Outra questo bastante recorrente. Segundo a norma atual (NBC TA570), alm de indagaes administrao, o auditor no tem aresponsabilidade de aplicar nenhum outro procedimento de auditoria paraidentificar eventos ou condies que possam levantar dvida significativaquanto capacidade de continuidade operacional alm do perodoavaliado pela administrao, que seria de pelo menos doze meses apartir da data das demonstraes contbeis.

    Resposta: E

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    14 - (ESAF / CGU / 2006)- Com relao s estimativas contbeispraticadas pela empresa objeto da auditoria, podemos afirmarque:a) so de responsabilidade do auditor da entidade e se baseiam emfatores objetivos e subjetivos requerendo o seu julgamento.

    b) o auditor no tem responsabilidade de certificar-se dos procedimentose mtodos utilizados pela entidade para determinao das estimativas.c) o auditor no deve basear-se em posies de perodos anteriores daempresa para no se influenciar por efeitos passados.d) o auditor pode basear-se em conhecimentos bsicos e incompletos doscontroles internos e procedimentos da entidade.e) o auditor deve assegurar-se da razoabilidade das estimativas,individualmente consideradas, quando estas forem relevantes.

    Comentrios:

    Vamos aos erros.As estimativas contbeis so de responsabilidade da empresa e nodo auditor. Entretanto, este deve sim certificar-se dos procedimentos emtodos utilizados pela entidade para determinao das estimativas.Portanto, as letras A e B esto incorretas.

    Alm disso, o auditor deve revisar o desfecho das estimativascontbeis includas nas demonstraes contbeis do perodo anterior ou,quando aplicvel, seus reclculos posteriores para o perodo corrente.Dessa forma, a alternativa C tambm est errada.

    O auditor pode se basear em conhecimentos completos e no

    incompletos do controle interno da entidade auditada, sendo a letra Dtambm incorreta.Por fim, a letra E est correta, sendo o gabarito da questo.Resposta: E

    15 - (ESAF / CGU / 2006) - So consideradas situaes de eventossubsequentes para a auditoria, exceto fatos ocorridos:a) aps a publicao do balano e do parecer de auditoria.b) durante o exerccio contbil objeto da auditoria.c) da data de fechamento do balano at a data de emisso do parecer.

    d) durante a publicao do balano e do parecer de auditoria.e) depois do trmino dos trabalhos de campo e emisso do parecer eantes da data de publicao.

    Comentrios:Conforme j vimos, segundo a NBC TA 560, Eventos Subsequentes

    so eventos ocorridos entre a data das demonstraes contbeis e a datado relatrio do auditor independente e fatos que chegaram aoconhecimento do auditor independente aps a data do seu relatrio.

    Dessa forma, a nica opo que no se enquadra nessa definio a letra B, j que fatos ocorridos durante o exerccio contbil objeto da

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    auditoria no podem ser considerados subsequentes pois esto dentro doescopo da auditoria.

    Para relembrar, seguem algumas definies importantes trazidaspela norma supracitada:

    Data das demonstraes contbeis a data de encerramento do

    ltimo perodo coberto pelas demonstraes contbeis.Data de aprovao das demonstraes contbeis a data em que

    todos os quadros que compem as demonstraes contbeis foramelaborados e que aqueles com autoridade reconhecida afirmam queassumem a responsabilidade por essas demonstraes contbeis.

    Data do relatrio do auditor independente a data do relatrio doauditor independente sobre as demonstraes contbeis de acordo com aNBC TA 700.

    Data de divulgao das demonstraes contbeis a data em que orelatrio do auditor independente e as demonstraes contbeis auditadas

    so disponibilizados para terceiros.Resposta: B

    16 - (ESAF / RFB / 2003) - O auditor externo, ao utilizar otrabalho de terceiros para complementar seus trabalhos, no terresponsabilidade quando executado por:a) contador na funo de auditor interno da empresa auditada para a qualrealizou trabalhos.b) perito contratado pelo cliente para elaborao de laudo de reavaliaode ativos.

    c) consultores tributrios ou advogados para complemento dos trabalhosda auditoria.d) especialistas da rea de informtica para reviso dos sistemas daempresa auditada.e) especialistas legalmente habilitados para suporte aos trabalhos daauditoria externa.

    Comentrios:Em relao aos especialistas, o auditor o nico responsvel por

    expressar opinio de auditoria e essa responsabilidade no reduzida

    pela utilizao do trabalho de especialista contratado. Ou seja, asalternativas D e E esto incorretas.Em relao aos trabalhos do auditor interno, da mesma forma, a

    responsabilidade do auditor integral, conforme se verifica na NBC TA610, o que torna a alternativa A incorreta.

    A alternativa C est incorreta, por considerarmos os consultorestributrios e advogados especialistas, recaindo na mesma explicao dasalternativas D e E.

    A alternativa B est correta, pois o perito contratado pelo cliente um especialista da administrao. Nesse caso, o trabalho usado pelaentidade para ajud-la na elaborao das demonstraes contbeis, o que

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    exclui a responsabilidade do auditor nesse sentido (a reavaliao deativos).

    Resposta: B

    17 - (ESAF / RFB / 2003)- Na hiptese de o auditor constatar e

    evidenciar na anlise da empresa que haja risco de continuidade,o auditor deve:a) guardar sigilo dos fatos contbeis, no divulgando ao pblico ou emnota explicativa.b) avaliar os efeitos nas demonstraes contbeis quanto realizao dosativos.c) limitar os procedimentos e testes para realizao do trabalho naempresa.d) evidenciar a normalidade das operaes pelo prazo mnimo de seismeses.

    e) omitir do parecer de auditoria o fato para no dificultar a situao daempresa.

    Comentrios:Conforme visto anteriormente, em questes sobre continuidade,

    primeiramente o auditor deve verificar se a empresa evidenciou os riscosde continuidade operacional e seus efeitos nas demonstraes contbeis,da forma como est discriminado na letra B.

    As letras A e E esto incorretas, pois o auditor independente nopode omitir essa informao nem guardar sigilo desse assunto, j que ele

    emitir uma opinio sobre a conformidade das demonstraes contbeis.A alternativa C tambm est errada porque no deve haver, porparte do auditor, limitao de procedimentos e testes por causa dacontinuidade operacional da empresa auditada.

    Por fim, como vimos em questo anterior, o auditor no tem aresponsabilidade de aplicar nenhum outro procedimento de auditoria paraidentificar eventos ou condies que possam levantar dvida significativaquanto capacidade de continuidade operacional alm do perodoavaliado pela administrao, que seria de pelo menos doze meses apartir da data das demonstraes contbeis.

    Resposta: B18 - (ESAF / RFB / 2003) - So diversos os pressupostos mnimosa serem avaliados pelo auditor na anlise da continuidade daempresa, conforme determina a NBC-T 11. Dos indicadoresabaixo, indique qual no representa um indicador financeiro.a) ndices financeiros adversos de forma contnua.b) Dificuldades de acertos com credores.c) Posio negativa de capital circulante lquido.d) Perda de mercado, franquia ou licena.e) Prejuzos operacionais substanciais de forma contnua.

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    Comentrios:Esta questo foi elaborada ainda na vigncia da NBC T 11. Os

    exemplos daquela norma foram modificados pela NBC TA 570, vigenteatualmente. Abaixo seguem os exemplos de indicadores financeiros danorma atual (grifamos):

    patrimnio lquido negativo (passivo a descoberto); emprstimos com prazo fixo, prximos do vencimento, sem

    previses realistas de renovao ou liquidao; ou utilizaoexcessiva de emprstimos de curto prazo para financiar ativosde longo prazo;

    indicaes de retirada de suporte financeiro por credores; fluxos de caixa operacionais negativos indicados por

    demonstraes contbeis histricas ou prospectivas; principais ndices financeiros adversos; prejuzos operacionais significativos ou deteriorao

    significativa do valor dos ativos usados para gerar fluxos decaixa; atraso ou suspenso de dividendos; incapacidade de pagar credores nas datas de vencimento; incapacidade de cumprir com os termos contratuais de

    emprstimo; mudana nas condies de pagamento a fornecedores, de

    compras a prazo para pagamento vista; incapacidade de obter financiamento para o desenvolvimento de

    novos produtos essenciais ou outros investimentos essenciais.

    A letra D, apesar de ser um indicador que deve ser levado em contaem relao continuidade operacional da empresa, trata de um indicadoroperacional e no financeiros. Portanto, a alternativa a ser marcada.Ateno para no cair na pegadinha da letra E, imaginando que, porcausa da palavra operacionais se tratasse de indicador operacional. Comovimos acima, prejuzos operacionais significativos um indicadorfinanceiro.

    Resposta: D

    19 - (ESAF / RFB / 2003) - O auditor externo, ao realizar

    procedimentos para constatao de eventos subsequentes econstatar a existncia de evento que altera substancialmente asituao patrimonial da empresa, deve:a) sempre ressalvar o parecer e exigir o ajuste das contas.b) no se pronunciar por no fazer parte do perodo das demonstraescontbeis.c) sempre emitir parecer adverso e solicitar a incluso de notasexplicativas.d) elaborar notas explicativas e sempre ressalvar o parecer.e) exigir o ajuste das contas ou a incluso de notas explicativas.

    Comentrios:

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    Ao identificar eventos subsequentes, o auditor deve considerar osque gerem ajustes nas demonstraes contbeis e os que soevidenciados em notas explicativas. No caso da questo, o auditor deveexigir o ajuste das contas ou a incluso do assunto em notas explicativas.

    Resposta: E

    20 - (ESAF / SUSEP / 2002) - O auditor ao identificar eventossubsequentes deve considerar:a) somente eventos que gerem ajustes nas demonstraes contbeis.b) eventos que demandem de ajustes nas demonstraes contbeis e noparecer de auditoria.c) eventos que demandem de ajustes nas demonstraes contbeis ou adivulgao de informaes nas notas explicativas.d) fato no objeto da auditoria por ocorrer aps o fechamento dostrabalhos de auditoria.

    e) exclusivamente, ajustes que modifiquem o parecer de auditoria.

    Comentrios:Ao identificar eventos subsequentes, o auditor deve considerar os

    que gerem ajustes nas demonstraes contbeis e os que soevidenciados em notas explicativas, o que torna a alternativa Aincorreta.

    As alternativas B e E esto incorretas, pois os eventos subsequentesno demandam ajustes no relatrio do auditor independente.

    A letra C a alternativa correta, como vimos no comentrio da letra

    A. Por fim, a alternativa D est incorreta, pois o fechamento dostrabalhos no parmetro para a definio de eventos subsequentes, esim a data das demonstraes contbeis.

    Resposta: C

    21 - (ESAF / SUSEP / 2002)- O auditor independente constatou,durante seus trabalhos de campo, que uma contingncia ativa,provvel e estimada, no constava nos registros contbeis daentidade auditada. Nesse caso, o auditor deve emitir um parecer:

    a) sem ressalva.b) com ressalva.c) adverso.d) com negativa de opinio.e) com absteno de opinio.

    Comentrios:Em relao ao tema Contingncias, em caso de dvida, voltem no

    esquema que fizemos no item 3 desta aula.Na questo em tela, a atitude da empresa foi correta, seguindo o

    princpio da prudncia, devendo o auditor emitir um relatrio semmodificao de opinio ( poca da questo, parecer sem ressalva).

  • 7/29/2019 Auditoria AFRFB 2013 - Aula 07

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    Auditoria p/ Receita Federal - 2013

    Teoria e exerccios comentados

    Prof. Claudenir Brito e Prof. Rodrigo Fontenelle Aula 07

    Prof. Claudenir Brito Prof. Rodrigo Fontenelle

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    Resposta: A

    22 - (ESAF / SUSEP / 2002) - Aps a data de fechamento, masantes da emisso de seu parecer, o auditor independenteconstatou que a matriz da empresa que ele audita requereu

    concordata. Esse fato pode afetar a continuidade operacional deseu cliente que dependente financeiramente da matriz. Aadministrao da empresa apresentou adequada interpretaonas demonstraes contbeis; diante dessa situao, o auditordeve emitir um parecer:a) com ressalva e pargrafo de nfase.b) com absteno de opinio.c) adverso com pargrafo de descontinuidade.d) sem ressalva com pargrafo de nfase.e) de incerteza com pargrafo de descontinuidade.

    Comentrios:Essa no d pra errar mais. Se a empresa apresentou adequada

    interpretao nas demonstraes contbeis acerca do assunto tratado naquesto, no tem porque o auditor ressalvar seu parecer. Ele deve,entretanto, incluir um pargrafo de nfase para chamar ateno dousurio da informao acerca daquele risco de continuidade operacional.

    Resposta: D

    23 - (ESAF / SUSEP / 2002)- Quando o auditor interno coopera,

    em tempo integral, com o trabalho do auditor independente,conforme acordo pr-estabelecido com a administrao daentidade, a responsabilidade do parecer :a) compartilhada entre o auditor interno e o independente.b) nica e exclusiva do auditor interno.c) nica e exclusiva do auditor independente.d) nica e exclusiva da administrao da empresa.e) compartilhada entre a administrao e o auditor interno.

    Comentrios:

    Segundo a NBC TA 610, o auditor independente assume integralresponsabilidade pela opinio de auditoria expressa e essaresponsabilidade do auditor independente no reduzida pela utilizaodo trabalho feito pelos auditores internos.

    Resposta: C