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O café e o crescimento da indústria durante a Primeira República (1889-1930) Belo Horizonte, 08/abr/2010 - Raízes da desigualdade regional

Aula 03 questão_regional

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O café e o crescimento da indústria durante a Primeira República (1889-1930)

Belo Horizonte, 08/abr/2010

- Raízes da desigualdade regional

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A questão regional

• Resumo da economia brasileira no ciclo do café.

Surgimento do complexo cafeeiro e da industrialização

Introdução de mão-de-obra assalariada, sistema capitalista

Aparecimento de classes políticas urbanas

Raízes das desigualdades regionais

• Economias regionais na Primeira República

Complexo nordestino

Economia do extremo sul

O café no Vale do Paraíba

O complexo cafeeiro capitalista de São Paulo: diferentemente dos demais cria as condições necessárias para a concentração da indústria.

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A questão regional

• Complexo nordestino

Período colonial: apropriação da maior parcela possível do excedente pela metrópole colonizadora.

Período pós-colonial: depressão secular dos preços do açúcar e algodão.

Lento redirecionamento para o mercado interno.

Açúcar: herança colonial/escravista, latifúndios auto-suficientes.

Algodão: induz atividades industriais de beneficiamento.

Cotonicultura paulista avança no séc. XX e domina o mercado interno a partir de 1930.

• Extremo Sul

Região pioneira no abastecimento do mercado interno: séc. XVIII, fornecedora da zona de mineração.

Surgimento de complexo cafeeiro: mercado e concorrentes.

Transferência do excedente para os centros atacadistas: transferência inclusive de centros administrativos.

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A questão regional

• Café do Vale do Paraíba

Limitação de terras para expansão e rendimento econômico: clima, qualidade do solo, topografia.

Erosão e exaustão diminuem ainda mais a oferta de terras e aceleram o deslocamento para o oeste paulista.

Problema de terras: elevado custo de inversão

Encarecimento da mão-de-obra escrava: pressão inglesa; proibição do tráfico (1850).

Custos crescentes: especialização na plantação de café e importação de alimentos.

Falta de estímulo a diversificação agrícola: enfrentamento dos mesmos problemas de custos crescentes.

Custos crescentes: especialização na plantação de café e importação de alimentos.

Falta de estímulo a diversificação agrícola: enfrentamento dos mesmos problemas de custos crescentes.

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A questão regional

Tradicionais técnicas de produção: mão-de-obra escrava e penúria financeira dos fazendeiros.

Introdução das ferrovias quando as plantações já estavam maturadas: não exercendo o papel de desbravadora de terras; rendimentos decrescentes.

Transferência de renda do excedente agrícola para os comerciantes urbanos: elevação no preço de escravos e alimentos.

Beneficiamento das atividades urbanas do Rio, mas ausência de um mercado regional para a indústria.

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A questão regional

• Complexo cafeeiro capitalista de São Paulo

Oeste paulista, livre conduto para a expansão cafeeira: disponibilidade quantitativa e qualitativa de terras.

Inserção de técnicas agrícolas e máquinas de beneficiamento.

Alta produtividade dos cafezais.

Maiores margens de lucro.

Estímulo a novas inversões e ocupação de novas terras.

Investimentos em ferrovias: redução nos custos de transporte, desbravamento de novas terras.

Alto poder de acumulação explicita a inviabilidade da mão-de-obra escrava: restrição de oferta e preço.

Transição para o sistema de colonato com imigrante europeu.

Redução das imobilizações financeiras e despesas com juros.

Formação de um mercado consumidor e de mão-de-obra para a indústria.