Aula113 - Legislacao Tributaria - Aula 02

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    LEGISLAO TRIBUTRIA AFRFB 2012 Pacote Teoria e ExercciosProfessor: MURILLO LO VISCO

    Prof. Murillo Lo Visco www.pontodosconcursos.com.br 1

    AULA 02 IMPOSTO DE RENDA DA PESSOA FSICA

    Ol, prezado concursando!

    Com esta aula iniciamos o estudo do Imposto de Renda da Pessoa Fsica(IRPF), analisando, basicamente, quem deve pagar e por que deve pagar oimposto. Ou seja, o tema da aula de hoje abrange aspectos relativos sujeiopassiva e ao fato gerador do IRPF.

    Concluiremos o estudo da incidncia do IRPF na prxima aula (Aula 03)abordando como se deve apurar e pagar o imposto, quando entoestudaremos os regimes de tributao previstos na legislao.

    Em resumo, na aula de hoje ficaremos no QUEM e no POR QU. Na prximaaula veremos o COMO. Com isso, so as seguintes as palavras-chave da aulade hoje:

    Imposto de Renda das Pessoas Fsicas. Incidncia. Rendimentos.Rendimentos tributveis. Rendimentos isentos ou no tributveis.Contribuintes. Responsveis. Domiclio Fiscal.

    Para que voc possa acompanhar o desenvolvimento do nosso estudo sobre oIRPF em relao ao edital da ESAF, segue abaixo uma tabela com a vinculaoentre temas e aulas:

    LEGISLAO TRIBUTRIA1.2. Tributao das pessoas fsicas.

    AULA

    02

    1.2.7. Contribuintes.1.2.8. Responsveis.1.2.9. Domiclio Fiscal.1.2.1. Incidncia.1.2.2. Rendimento.1.2.3. Rendimento Tributvel.1.2.4. Rendimentos isentos ou no tributveis.

    AULA

    03

    1.2.14. Sistema de bases correntes.1.2.15. Perodo de apurao.1.2.12. Lanamento.1.2.10. Base de clculo.1.2.6. Dedues.1.2.11. Alquotas.1.2.13. Clculo do tributo.1.2.16. Recolhimento mensal obrigatrio (carn-leo).1.2.17. Recolhimento Complementar.1.2.18. Tributao Definitiva.1.2.5. Tributao exclusiva.

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    Voc deve ter notado que eu alterei a ordem dos assuntos em relao quelaque consta do edital. Com isso, mais do que simplesmente tratar dos temas deforma isolada apenas para cumprir tabela, pretendo realizar uma abordagemcontextualizada desses mesmos temas, numa sequncia lgica e encadeadapor meio da qual fique claro o papel de cada um deles na tributao dosrendimentos da pessoa fsica. Fao isso porque acredito que a compreenso dotodo ajuda a entender os detalhes (que sero cobrados na prova!).

    No plano inicial, aquele divulgado na aula demonstrativa e no site do Ponto, eupretendia j nesta aula introduzir os temas da Aula 03. Decidi no fazer isso,porque vejo que no necessrio. Na prxima aula haver espao para tratarde temas como sistema de bases correntes e lanamento. Alm disso, J hcontedo suficiente para a aula de hoje.

    Antes de propriamente iniciar com os temas da aula, vou dedicar algumaslinhas a uma descrio geral da legislao que regula a incidncia sobre arenda das pessoas fsicas. Com isso, pretendo atender aos vrios pedidos deindicao dos dispositivos legais que devem ser estudados.

    Vamos desenvolver nossa aula a partir da seguinte estrutura:

    1. A LEGISLAO DO IMPOSTO DE RENDA DAS PESSOAS FSICAS ....... 41.1. O Imposto de Renda da Pessoa Fsica no RIR/99 ................... 41.2. Leis e atos administrativos que dispem sobre o IRPF ........... 5

    2. CONTRIBUINTES DO IMPOSTO DE RENDA DAS PESSOAS FSICAS ... 62.1. Pessoas fsicas domiciliadas ou residentes no Brasil .............. 62.2. Pessoas fsicas domiciliadas ou residentes no exterior .......... 72.3. Situaes especiais ................................................................ 7

    2.3.1. Menores e outros civilmente incapazes ................................... 7

    2.3.2. Sociedade conjugal .............................................................. 8

    2.3.3. Esplio ............................................................................... 112.3.4. Bens em condomnio ........................................................... 122.3.5. Transferncia de residncia entre o Brasil e o exterior ............. 122.3.6. Servidores de representaes estrangeiras e de organismosinternacionais .............................................................................. 15

    3. RESPONSVEIS PELO IMPOSTO DE RENDA DAS PESSOAS FSICAS 173.1. Responsabilidade dos sucessores ......................................... 173.2. Responsabilidade de terceiros .............................................. 18

    3.3. Responsabilidade de menores .............................................. 183.4. Responsabilidade da fonte pagadora .................................... 19

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    4. DOMICLIO FISCAL DA PESSOA FSICA .......................................... 204.1. Contribuinte ausente do domiclio ........................................ 214.2. Transferncia de domiclio ................................................... 21

    4.3. Domiclio de procurador ou representante de pessoa fsicaresidente ou domiciliada no exterior ............................................ 21

    5. FATO GERADOR DO IMPOSTO DE RENDA DAS PESSOAS FSICAS ... 225.1. Conceito de rendimento ....................................................... 225.2. Rendimentos tributveis ...................................................... 23

    5.2.1. Rendimentos do trabalho assalariado e assemelhados ............. 245.2.2. Rendimentos do trabalho no assalariado e assemelhados ....... 255.2.3. Rendimentos de aluguel ....................................................... 255.2.4. Rendimentos de royalties .................................................. 265.2.5. Rendimentos de penso judicial ............................................ 265.2.6. Rendimentos recebidos acumuladamente ............................... 275.2.7. Rendimentos da Atividade Rural ............................................ 295.2.8. Outros rendimentos tributveis ............................................. 29

    6. RENDIMENTOS ISENTOS OU NO TRIBUTVEIS ............................ 316.1. Dirias e ajuda de custo ....................................................... 316.2. Alimentao, transporte, uniformes e servios mdicos ....... 316.3. Contribuies previdencirias e peclios .............................. 31

    6.4. Penses e proventos ............................................................ 326.5. Indenizaes ........................................................................ 336.6. Resciso de contrato de trabalho ......................................... 336.7. Lucros e dividendos .............................................................. 346.8. Ganhos de capital ................................................................. 346.9. Outros rendimentos isentos ou no tributveis .................... 35

    7. PRINCIPAIS PONTOS DA AULA ....................................................... 37

    8. QUESTES PROPOSTAS .................................................................. 41

    9. COMENTRIOS S QUESTES PROPOSTAS ..................................... 4710. GABARITO DAS QUESTES PROPOSTAS ....................................... 56

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    1.A LEGISLAO DO IMPOSTO DE RENDA DAS PESSOAS FSICAS

    A primeira disposio legal sobre o imposto de renda no Brasil remonta ao anode 1843. Naquela oportunidade, foi institudo um imposto progressivo sobre osvencimentos pagos pelos cofres pblicos, que vigorou por dois anos.

    Mas, de fato, o imposto de renda somente foi institudo no Brasil em 1922.Diversas alteraes foram introduzidas at chegarmos ao regramento atual, emuitos diplomas legais editados antes da CF/88 continuam vigentes.

    Diante da grande quantidade de disposies legais esparsas, o Regulamento doImposto de Renda (RIR) sempre teve um papel fundamental. Infelizmente, altima atualizao ocorreu em 1999. De l para c vrias leis e medidasprovisrias dispuseram sobre o IR, criando disposies novas ou alterando as

    j existentes. Isso no seria um problema se houvesse a preocupao demanter o Regulamento atualizado. Mas, como isso no aconteceu, criou-seuma enorme dificuldade para o dia a dia de quem opera com o imposto. Para oconcursando, ento, nem se fala!

    Em nossas aulas eu indicarei a base legal pertinente medida que os temasforem demandando. Neste momento, vou apenas comentar a estrutura doRIR/99 e listar alguns diplomas legais e atos infralegais, importantes emmatria de IRPF.

    1.1. OIMPOSTO DE RENDA DA PESSOA FSICA NO RIR/99

    O Livro I do RIR/99 dedicado tributao das pessoas fsicas. Ele se divideem 10 ttulos, sendo que:

    os trs primeiros ttulos (arts. 2 a 36) so dedicados s disposiesrelativas a quem obrigado a pagar o imposto;

    o Ttulo IV procura classificar os rendimentos em tributveis (arts. 43a 72), e em isentos ou no tributveis (arts. 39 a 42), de forma quese refere ao por que algum obrigado (ou no) a pagar o imposto;

    os ttulos V a IX (arts. 73 a 116) dizem respeito apurao doimposto em relao aos rendimentos sujeitos ao regime de tributaoanual, de modo que tratam do como pagar o imposto; e

    o Ttulo X (arts. 117 a 145) dispe sobre o regime de tributaodefinitiva, envolvendo, basicamente, ganhos de capital e ganhoslquidos em operaes financeiras nos mercados de renda varivel.

    Nesta aula analisaremos a matria tratada nos ttulos I, II e IV. O objeto doTtulo III no consta do edital da ESAF.

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    Certamente, essa a parte menos instvel da disciplina legal do IRPF, razopela qual podemos percorr-la no Regulamento sem grandes percalos. Omesmo no ocorrer com os temas da prxima aula.

    1.2. LEIS E ATOS ADMINISTRATIVOS QUE DISPEM SOBRE O IRPF

    H inmeras leis que, de forma mais ou menos intensa, dispem sobre o IRPF.Entre elas podemos identificar como mais importantes as seguintes:

    a Lei n 4.506, de 1964, uma lei importante que contm quasenoventa artigos tratando sobre o imposto de renda em geral. Porsorte, ela no objeto de muitas alteraes, e se encontraconsolidada no RIR/99;

    a Lei n 7.713, de 1988, foi editada logo aps a promulgao daCF/88. Trata de uma srie de assuntos, mas nosso maior interesserecai sobre a definio genrica da base de clculo do IRPF(rendimento bruto), e sobre a enumerao de vrios rendimentosisentos, entre outros temas;

    a Lei n 9.250, de 1995, contm os vrios elementos necessrios apurao do IRPF no regime de tributao anual. Esta lei tem sofridovrias alteraes que a mantm atualizada. Por isso mesmo, a elaque iremos recorrer, com frequncia, na Aula 03;

    Entre as dezenas de instrues normativas que regulam a tributao da rendadas pessoas fsicas, encontram-se as seguintes:

    IN SRF n 15, de 2001 uma grande consolidao das normas deincidncia do IRPF. Est um pouco desatualizada, mas ainda til;

    IN SRF n 208, 2002 dispe sobre a tributao:o dos rendimentos recebidos de fontes situadas no exterior;o dos ganhos de capital apurados na alienao de bens e

    direitos situados no exterior, por pessoa fsica residente noBrasil; e

    o dos rendimentos recebidos e dos ganhos de capital apurados noPas por pessoa fsica no-residente no Brasil.

    IN RFB n 1.131, de 2011 dispe sobre dedues do imposto anualdevido (dedues de incentivo e contribuio patronal do empregadodomstico);

    IN RFB n 1.246, de 2012 dispe sobre a Declarao do Impostosobre a Renda referente ao ano-calendrio de 2011.

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    2.CONTRIBUINTES DO IMPOSTO DE RENDA DAS PESSOAS FSICAS

    O RIR/99 trata dos contribuintes do IRPF em seus arts. 2 a 22. Vamosprimeiro enxergar o assunto da forma mais ampla possvel, para s depoisapresentar o detalhamento.

    Em linhas gerais, podemos dizer que so contribuintes do imposto de rendabrasileiro:

    as pessoas fsicas residentes no pas que recebam rendimentos oupercebam ganhos de capital, oriundos de fontes situadas no Pas ouno exterior; e

    as pessoas fsicas no residentes, em relao renda e aos proventosde qualquer natureza provenientes de fontes situadas no Pas.

    2.1. PESSOAS FSICAS DOMICILIADAS OU RESIDENTES NO BRASIL

    Em observncia ao critrio da generalidade, a legislao tributria estabeleceque a condio de contribuinte do IRPF independe da nacionalidade, sexo,idade, estado civil ou profisso da pessoa fsica domiciliada ou residente noBrasil.

    So tambm contribuintes as pessoas fsicas que perceberem rendimentos debens de que tenham a posse como se lhes pertencessem, de acordo com alegislao em vigor. Sobre esse ponto, vimos na aula passada o exemplo doherdeiro na sucesso provisria, e sua condio de contribuinte em relao aosrendimentos produzidos por bens de que tem apenas a posse.

    Os rendimentos de pessoas fsicas residentes no Brasil so tributados,em regra, segundo o regime anual. Veremos o funcionamento do regimeanual, com muito mais detalhes, na Aula 03. Por ora, em poucas palavras,podemos dizer que nesse regime o imposto devido somente apurado aps o

    encerramento do ano. No entanto, so exigidas antecipaes medida que osrendimentos so recebidos, gerando a necessidade de ser realizado umencontro de contas (um ajuste) aps o encerramento do ano.

    H tambm alguns rendimentos de residentes no Pas que so tributadosexclusivamente na fonte, e outros que so tributados de forma definitiva (semserem levados ao ajuste anual). Mas so situaes muito especficas, conformeveremos no momento certo.

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    2.2. PESSOAS FSICAS DOMICILIADAS OU RESIDENTES NO EXTERIOR

    A renda e os proventos de qualquer natureza, percebidos no Pas porresidentes ou domiciliados no exterior ou a eles equiparados, esto sujeitos

    incidncia do IRPF brasileiro.

    Diferentemente do que vimos no item anterior, no caso de rendimentosauferidos no Brasil por no residentes, a falta de uma relao depermanncia com o Brasil impede (ou, no mnimo, dificulta) a aplicao doregime anual. Por isso, a renda e os proventos de qualquer natureza,percebidos no Pas por residentes ou domiciliados no exterior, so tributadosapenas de forma definitiva ou exclusivamente na fonte, a depender danatureza do rendimento ou ganho de capital.

    2.3. SITUAES ESPECIAIS

    A seguir, vamos estudar algumas disposies especiais previstas pelalegislao tributria em relao a certos contribuintes do imposto. Sosituaes que envolvem alguma peculiaridade, em relao s quais o legisladorentendeu ser necessrio regul-las mais de perto.

    Vamos analisar o caso dos menores e outros civilmente incapazes, dasociedade conjugal, do esplio e dos bens em condomnio. Analisaremos,tambm, os casos de transferncia de residncia entre o exterior e o Brasil, e asituao dos servidores de representaes estrangeiras e de organismosinternacionais. Adotaremos, basicamente, a sequncia encontrada noRegulamento entre os arts. 4 a 22.

    Para voc no se assustar, e nem se perder diante de tantas regrinhas,tenha em mente sempre o seguinte: o montante total dos rendimentos deveser declarado uma nica vez; o mesmo vale em relao ao valor dos bens oudireitos. Para evitar duplicidades, essa diretriz prevalece mesmo nos casos dedeclarao em conjunto, e tambm no caso de existirem bens comuns.

    2.3.1.Menores e outros civilmente incapazes

    A essa altura, apenas com o que estabelece o art. 126 do CTN1, voc no podeter qualquer dvida de que os menores e outros civilmente incapazes socontribuintes do IRPF em relao a seus prprios rendimentos.

    Vamos analisar dois casos: declarao em separado, e declarao emconjunto.

    1 CTN, art. 126. A capacidade tributria passiva independe: I - da capacidade civil das pessoasnaturais; [...].

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    a.Declarao em separado

    Como regra, os rendimentos e ganhos de capital de que sejam titularesmenores e outros incapazes so tributados em seus respectivos nomes, com onmero de inscrio prprio no Cadastro de Pessoas Fsicas CPF. Nesse caso,o recolhimento do tributo e a apresentao da respectiva declarao derendimentos, em nome do contribuinte incapaz, so de responsabilidade dequalquer um dos pais, do tutor, do curador ou do responsvel por sua guarda.

    b.Declarao em conjunto

    Por opo, a apurao do imposto e a entrega da declarao podem ser feitasem conjunto com a dos pais, do tutor, do curador ou do responsvel por sua

    guarda. Nesse caso, menores e outros incapazes so consideradosdependentes, e seus rendimentos, ainda que em valores inferiores ao limitede iseno (da tabela progressiva), devem ser includos na declarao do pai,do tutor, do curador ou do responsvel por sua guarda, conforme o caso.

    A declarao em conjunto supre a obrigatoriedade da apresentao dadeclarao a que porventura estiver sujeito o menor ou o civilmente incapaz.

    No caso de menores ou de filhos incapazes que estejam sob aresponsabilidade de apenas um dos pais, em virtude de sentena judicial,a opo de declarao em conjunto somente poder ser exercida por aqueleque detiver a guarda.

    O mesmo se aplica em relao a alimentos e penses recebidas emcumprimento de acordo homologado judicialmente ou de deciso judicial: atributao se d, em regra, em nome do menor ou do civilmente incapaz,individualmente (declarao em separado) ou, por opo, em conjunto com otutor, o curador ou o responsvel por sua guarda (declarao em conjunto).

    2.3.2.Sociedade conjugal

    Novamente, vamos analisar dois casos: declarao em separado, e declaraoem conjunto.

    a.Declarao em separado

    Como regra, na constncia da sociedade conjugal, cada cnjuge tributadoindividualmente em:

    100%, relativamente aos rendimentos prprios; e 50%, relativamente aos rendimentos produzidos pelos bens comuns.

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    Ainda tratando de declarao em separado, os rendimentos produzidospelosbens comuns podem ser tributados, em sua totalidade, em nome deum dos cnjuges.

    At aqui vimos a regra geral em relao aos rendimentos. Quanto aos benscomuns, na declarao de bens ou direitos eles:

    somente podem ser relacionados por um dos cnjuges, ainda queambos estejam obrigados apresentao da declarao,independente do nome de qual cnjuge consta na documentao dosreferidos bens ou direitos, tais como imveis, conta-corrente,veculos, aes, etc.; ou

    devem, obrigatoriamente, ser relacionados pelo cnjuge que estiverapresentando a declarao, quando o outro estiver desobrigado deapresent-la.

    Na sociedade conjugal, ainda que a declarao seja em separado, note que ovalor dos bens comuns no pode ser dividido entre os declarantes,diferentemente do que ocorre com os rendimentos provenientes dessesmesmos bens comuns, que em regra so divididos na proporo de 50% paracada cnjuge.

    Cuidado para no confundir BENS (imvel, por exemplo) com RENDIMENTOSDE BENS (aluguel do imvel). No caso de declarao em separado, os BENScomuns podem ser declarados integralmente por um dos cnjuges.

    Ainda quanto declarao em separado, os RENDIMENTOS DE BENS, emregra, so declarados na proporo de 50% para cada cnjuge.

    b.Declarao em conjunto

    Por opo, a apurao do imposto e a entrega da declarao podem ser feitasem conjunto pelos cnjuges. Isso se aplica inclusive em relao aosrendimentos provenientes de bens gravados com clusula deincomunicabilidade ou inalienabilidade, da atividade rural e das penses de quetiverem gozo privativo. Nesse caso, o declarante pode relacionar o outrocnjuge como dependente, e os bens, inclusive os gravados com clusula deincomunicabilidade ou inalienabilidade, devem ser relacionados na declaraode bens do cnjuge declarante.

    Tudo que vimos at aqui em relao sociedade conjugal, aplica-se separao de fato e, no que couber, unio estvel. No caso da unioestvel, pode haver contrato escrito (previsto no art. 1.725 do Cdigo Civil)estipulando, por exemplo, propores na participao de bens comunsdiferentes de 50%, que devero ser observadas no momento de oferecer

    tributao os rendimentos produzidos por esses bens.

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    Neste ponto, fazemos uma pausa para enfatizar o seguinte:

    1. em regra, cnjuges apresentam declarao em separado;

    2. ainda que a declarao seja em separado, rendimentos de bens comunspodem ser includos na declarao de um dos cnjuges;

    3. opcionalmente, cnjuges podem apresentar declarao em conjunto,hiptese em que o declarante deve incluir os rendimentos prprios do outrocnjuge, que pode ser relacionado como dependente (independentemente domontante de seus rendimentos).

    Tudo que vimos at aqui diz respeito ao perodo em que o casamento estiver

    vigente. Vamos agora analisar as consequncias tributrias da dissoluo docasamento.

    c.Dissoluo da sociedade conjugal

    No caso de dissoluo da sociedade conjugal por morte de um dos cnjuges,sero tributadas, em nome do sobrevivente:

    as importncias que este perceber de seu trabalho prprio; as penses de que tiver gozo privativo; os rendimentos de quaisquer bens que no se incluam entre aqueles a

    partilhar; e

    50% dos rendimentos produzidos pelos bens comuns (com o esplio).Opcionalmente, os rendimentos produzidos pelos bens comuns podero sertributados, em sua totalidade, em nome do esplio (item 2.3.3).

    No caso de dissoluo da sociedade conjugal em vida, a declarao derendimentos passar a ser apresentada em nome de cada um doscontribuintes.

    Essa nova condio somente se aplica a partir do ano-base em que estejamnessa situao no dia 31 de dezembro. Ou seja, se o divrcio ocorre em 23 de

    janeiro de 2012, em relao ao ano-calendrio de 2011 devem ainda observaras regras relativas sociedade conjugal. Somente em 2013, quando daentrega da declarao relativa ao ano de 2012, que iro reportar essa nova

    condio de divorciados.

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    2.3.3.Esplio

    Esplio o conjunto de bens, direitos e obrigaes da pessoa falecida. Embora

    no tenha personalidade jurdica, contribuinte distinto do cnjugesobrevivente, e de herdeiros ou legatrios.

    Ao esplio aplicam-se as normas a que esto sujeitas as pessoas fsicas, sendoele representado pelo inventariante a partir da data de abertura da sucesso(data da morte).

    Pelo inventariante, em nome do esplio, devem ser apresentadas:

    as declaraes de rendimentos, a partir do ano-calendrio dofalecimento, e at a data em que for homologada a partilha ou feita aadjudicao dos bens (so declaraes do esplio);

    as declaraes obrigatrias no entregues em vida pelo falecido.So tributados na declarao do esplio:

    os rendimentos prprios do falecido; 50% dos rendimentos produzidos pelos bens comuns (ao cnjuge

    sobrevivente) no curso do inventrio.

    Opcionalmente, os rendimentos produzidos pelos bens comuns podero sertributados, em sua totalidade, em nome do esplio.

    Estranhamente, a legislao no prev o contrrio, a hiptese de osrendimentos produzidos pelos bens comuns serem ser tributados, em suatotalidade, em nome do cnjuge sobrevivente!

    Homologada a partilha ou feita a adjudicao dos bens, deve ser apresentada

    a Declarao Final de Esplio, pelo inventariante, dentro de 30 dias contadosda data em que transitar em julgado a sentena respectiva, contendo osrendimentos correspondentes ao perodo de 1 de janeiro at a data dahomologao ou adjudicao.

    Se a homologao ou adjudicao ocorrer antes do prazo anualmente fixadopara a entrega das declaraes dos rendimentos (ltimo dia til do ms deabril), juntamente com a Declarao Final de Esplio deve ser entregue,normalmente, a declarao dos rendimentos correspondentes ao ano-calendrio anterior em nome do esplio.

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    Vamos fazer mais uma pausa estratgica. Respire! No desanime! Note quetodas as regras vistas acima servem para determinar quem deve declarar osrendimentos e o valor dos bens, nessas hipteses em que:

    1. o contribuinte encontra-se impedido de faz-lo, por ser incapaz, ou por noter personalidade (esplio); ou

    2. a vida (patrimonial) de um contribuinte , de alguma forma, compartilhadacom outro.

    Em todos esses casos, note que o montante total dos rendimentos deve serdeclarado uma nica vez. Pode ser dividido em partes (50% para cadadeclarante, ou outra proporo no caso da unio estvel), ou todo ele includo

    numa s declarao, mas sempre o montante total dos rendimentos declarado uma nica vez.

    2.3.4.Bens em condomnio

    Suponha que dois amigos decidam juntos comprar um terreno de frente para omar. Sobre ele constroem uma casa, e a pe para alugar na alta temporada.

    Nesse caso, o aluguel do imvel possudo em condomnio deve ser tributado

    proporcionalmente parcela que cada condmino detiver. E na declarao debens de cada um dos condminos, a casa deve ser mencionada relativamente parte que couber a cada um.

    Note que, diferentemente do que ocorre na sociedade conjugal, o valor dos bens emcondomnio DEVE ser dividido entre os declarantes proporcionalmente parcela quecada um detiver.

    2.3.5.Transferncia de residncia entre o Brasil e o exterior

    Com este tpico vamos iniciar a anlise dos casos que envolvem transfernciade residncia entre o Brasil e o exterior.

    Vamos iniciar com os casos em que as pessoas fsicas deixam a condio deresidentes no Brasil. Depois, vamos analisar os casos em que as pessoasprovenientes do exterior adquirem a condio de residente no Pas, pelo menospara os efeitos da tributao.

    Aproveito para lembr-lo o que vimos nos itens 2.1 e 2.2: os rendimentos de

    residentes no Brasil so tributados, em regra, segundo o regime anual e,eventualmente, de forma definitiva ou exclusivamente na fonte; por outro

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    lado, a renda e os proventos de qualquer natureza, percebidos no Pas porresidentes ou domiciliados no exterior, so tributados apenas de formadefinitiva ou exclusivamente na fonte, a depender da natureza do rendimentoou ganho de capital. Alm disso, lembre que os rendimentos de residentes noBrasil so tributados ainda que a fonte esteja no exterior.

    a.Sada do Pas em carter definitivo

    Nos casos em que a pessoa fsica deixa o Pas em carter definitivo, duas soas possveis formas de tributao, a depender do fato de ela ter apresentado,ou no, a Declarao de Sada Definitiva do Pas e a Comunicao de SadaDefinitiva do Pas, previstas, respectivamente, nos arts. 9 e 11-A da InstruoNormativa SRF n 208, de 2002.

    Em poucas palavras, se a pessoa apresentar a Comunicao de SadaDefinitiva do Pas e a Declarao de Sada Definitiva do Pas, ela passa condio de residente no exterior to logo deixe o Brasil.

    Por outro lado, ainda que deixe o Pas em carter definitivo, se no apresentara Comunicao de Sada Definitiva do Pas, e nem a Declarao de SadaDefinitiva do Pas, durante os primeiros 12 meses (contados a partir da data dasada) seus rendimentos so tributados como se ainda fosse residente noBrasil. Nesse caso, a grande consequncia a seguinte: durante esses 12meses em que mantm a condio de residente no Pas, devido ao Brasil,inclusive, o imposto incidente sobre os rendimentos recebidos de fontessituadas no exterior (IN SRF n 208, de 2002, art. 10, 2).

    Ausentes no Exterior a Servio do Pas

    Nada disso se aplica pessoa fsica que se ausente para prestar servios comoassalariada a autarquias ou reparties do Governo brasileiro situadas no exterior.

    Nesse caso, permanece o vnculo de residncia no Brasil porque o empregador oprprio governo brasileiro.

    b.Portadores de visto permanente

    Trata-se do caso das pessoas que transferem residncia para o Brasil. Nessahiptese, ficam sujeitas ao imposto brasileiro, como residentes ou domiciliadasno Pas, em relao aos fatos geradores ocorridos a partir da data de suachegada.

    Transferncia e Retorno no Mesmo Ano-calendrio

    Se a pessoas que ingressa no Pas com visto permanente, num mesmo ano-calendrio deixa o territrio nacional, em carter definitivo, estar sujeita ao

    regime de sada definitiva aplicado aos residentes no Brasil (subitem a deste item2.3.5).

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    c.Portadores de visto temporrio

    No caso das pessoas portadoras de visto temporrio e que, portanto, notransferem residncia para o Brasil, duas possveis situaes sorelevantes para a tributao: o ingresso no Pas ter se dado em razo detrabalho com vnculo empregatcio; ou o ingresso no Pas ter se dado porqualquer outro motivo que no o trabalho com vnculo empregatcio.

    Trabalho com vnculo empregatcio

    Sujeita-se tributao pelo imposto de renda, como residente, em relao aosfatos geradores ocorridos a partir da data de sua chegada, a pessoa fsicaproveniente do exterior que ingressar no Brasil com visto temporrio paratrabalhar com vnculo empregatcio.

    Sem trabalho com vnculo empregatcio

    Quanto s pessoas que ingressam no Pas com visto temporrio, e semtrabalho com vnculo empregatcio, haver um momento de virada, em quepassam a ser consideradas residentes no Pas para os efeitos da tributao. ocaso das pessoas que vo ficando.

    Se permanecerem no Pas por mais de 183 dias, consecutivos ou no,

    contados dentro de um intervalo de 12 meses, passam a ser tributadas comose residentes fossem. A esse perodo (os 183 dias, consecutivos ou no,contados num intervalo de 12 meses), a legislao se refere como perodo depermanncia no Brasil.

    Essas pessoas tambm passam a ser tributadas como residentes no Brasil apartir da data em que o visto temporrio for transformado em permanente.

    Portanto, a pessoa fsica proveniente do exterior que, com visto temporrio,ingressar no Brasil por qualquer outro motivo que no o trabalho com vnculo

    empregatcio:

    tributada como residente no exterior durante o perodo anteriorquele em que se completar o perodo de permanncia no Brasil, ouat a data em que o visto temporrio for transformado empermanente, o que ocorrer primeiro;

    tributada como residente no Pas em relao aos fatos geradoresocorridos a partir do dia subsequente ao fim do prazo depermanncia, ou da obteno do visto permanente, tambm nesse

    caso, o que ocorrer primeiro.

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    Assim, suponha que no incio de janeiro de 2012 uma pessoa, residente noexterior, tenha entrado no Pas com visto temporrio e sem trabalho. Depoisde passar 90 dias por aqui, deixou o Pas para conhecer o Chile e a Argentina.Retornou ao Brasil 30 dias depois e, apaixonada pelo nosso clima e pelo nossopovo, decide que no vai embora.

    Nesse caso, no incio de agosto de 2012, quando se completarem 183 dias depermanncia no Brasil (90 dias da primeira entrada, mais 93 a partir dasegunda entrada depois de retornar da viagem Argentina), essa pessoapassa a ser considerada residente no Pas para os efeitos da tributao. Ouseja, em regra, at mesmo os rendimentos decorrentes do aluguel de umimvel de sua propriedade, localizado no seu Pas de origem, passam a sujeitar tributao pelo IRPF brasileiro.

    2.3.6.Servidores de representaes estrangeiras e de organismosinternacionais

    Temos aqui um caso de iseno subjetiva, concedida com fundamento nasrelaes internacionais. Nesse sentido, so isentos do imposto os rendimentosdo trabalho percebidos no Brasil por:

    servidores diplomticos de governos estrangeiros;Trata-se de repercusso da Conveno de Viena sobre Relaes

    Diplomticas.Esta iseno no se aplica aos servidores estrangeiros que tenhamtransferido residncia permanente para o Brasil.

    servidores de organismos internacionais (OI);Nesse caso, alm de o Brasil fazer parte da OI, como essas pessoas no soabrangidas pela Conveno de Viena, preciso haver tratado ou convniofirmado pelo Brasil.

    servidor no brasileiro de embaixada, consulado e reparties oficiaisde outros pases no Brasil, desde que no pas de sua nacionalidadeseja assegurado igual tratamento a brasileiros que ali exeramidnticas funes.

    Aqui temos as pessoas que no integram o corpo diplomtico, emboratrabalhem para embaixadas, consulados ou reparties oficiais de outrospases no Brasil. Nesse caso h a necessidade de reciprocidade detratamento.

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    Portanto, isentos so os rendimentos do trabalho dessas pessoas. Por outrolado, essas pessoas so contribuintes, como residentes no exterior, em relaoa outros rendimentos e ganhos de capital produzidos no Pas.

    -------------------------------------------------------------------------------------

    Ufa, terminamos essa primeira parte da aula! Sei que no foi fcil. Tentei transformaras disposies legais para uma linguagem mais amigvel, mas, mesmo assim,imagino que no est sendo fcil.

    Se no for o seu caso, desconsidere. Mas, se voc est desesperado, pensando emdesistir, lembre que essa matria novidade para todos os candidatos. Ou seja, estdifcil para todo mundo, e aqui que voc pode se diferenciar na multido!

    Portanto, esvazie sua mente, respire fundo, lembre de seu objetivo e releia esse

    material quantas vezes forem necessrias. Temos, ainda, o frum de dvidas casoseja necessrio um esclarecimento adicional.

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    3.RESPONSVEIS PELO IMPOSTO DE RENDA DAS PESSOAS FSICAS

    Acredito que esta parte da aula no apresente grandes dificuldades. Ela est

    compreendida entre os arts. 23 a 27 do RIR/99, e em grande parterepresentam o reflexo de disposies do CTN.

    3.1. RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES

    Nos termos do art. 23 do RIR/99, so pessoalmente responsveis:

    o esplio, pelo tributo devido pelo de cujus at a data da abertura dasucesso;

    o sucessor a qualquer ttulo e o cnjuge meeiro, pelo tributo devidopelo de cujus at a data da partilha ou adjudicao, limitada estaresponsabilidade ao montante do quinho, do legado, da herana ouda meao.

    Note que, com a morte da pessoa fsica, surge o esplio. E com a partilha,extingue-se o esplio.

    O inventariante representa o esplio (que no tem personalidade). Nessesentido, ele (o inventariante) o responsvel pela administrao dosinteresses do esplio e, por consequncia, pela apurao dos tributos devidospelo ente despersonalizado, e pela apresentao das respectivas declaraes.

    O inventariante somente ser responsvel pelo pagamento dos tributosdevidos pelo esplio em relao aos atos em que intervier ou quanto somisses de que for responsvel (item 3.2). Ainda assim, somente no caso deimpossibilidade de exigncia do cumprimento da obrigao pelo esplio.

    Em resumo, quanto ao IMPOSTO incidente sobre fatos ocorridos:

    ANTES da data de abertura da sucesso, contribuinte o de cujus eresponsvel o esplio; se o esplio no saldar eventual dvidarelativa ao IR devido em vida pelo falecido (porque somente foiapurada pela fiscalizao depois da partilha, por exemplo), osherdeiros respondem at o limite do quinho recebido;

    APS a data abertura da sucesso e AT a data da partilha, o esplio ocontribuinte, e responsveis so o sucessor a qualquer ttulo e o cnjugemeeiro.

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    3.2. RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS

    Nos casos de impossibilidade de exigncia do cumprimento da obrigao

    principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos emque intervierem ou pelas omisses de que forem responsveis:

    os pais, pelo tributo devido por seus filhos menores; os tutores, curadores e responsveis, pelo tributo devido por seus

    tutelados, curatelados ou menores dos quais detenham a guardajudicial;

    os administradores de bens de terceiros, pelo tributo devido porestes;

    o inventariante, pelo tributo devido pelo esplio.Em matria de penalidades, dessas pessoas somente podem ser exigidas as decarter moratrio. Por outro lado, so pessoalmente responsveis peloscrditos correspondentes a obrigaes tributrias resultantes de atospraticados com excesso de poderes ou infrao de lei.

    Ainda em relao responsabilidade de terceiros, temos no art. 26 do RIR

    uma hiptese especfica para o IRPF, prevista em 1943, raramente aplicada naprtica. Mas, em se tratando de ESAF, bom conhecer:

    As firmas ou sociedades nacionais e as filiais, sucursais ou agncias, noPas, de firmas ou sociedades com sede no exterior, so responsveispelos dbitos do imposto correspondentes aos rendimentos quehouverem pago a seus diretores, gerentes e empregados e de que notenham dado informao repartio, quando estes se ausentarem doPas sem os terem solvido.

    3.3. RESPONSABILIDADE DE MENORES

    Temos no art. 27 do RIR, outra hiptese especfica para o IRPF:

    Os rendimentos e os bens de menores s respondero pela parcela doimposto proporcional relao entre seus rendimentos tributveis e ototal da base de clculo do imposto, quando declaradosconjuntamente com o de seus pais.

    Trata-se, em verdade, de uma forma de proteger os rendimentos e os bens do

    menor em relao ao imposto e s penalidades decorrentes de infraes paraas quais no tenha concorrido.

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    3.4. RESPONSABILIDADE DA FONTE PAGADORA

    Neste momento, no podemos deixar de mencionar a hiptese, amplamenteutilizada, de atribuio de responsabilidade fonte pagadora, com amparo nopargrafo nico do art. 45 do CTN.

    Essa responsabilidade abrange o dever de reter e recolher o tributo retido nafonte, em relao aos pagamentos, em geral, efetuados a pessoas fsicas.Nesse caso, contribuinte o beneficirio do pagamento, mas responsvel pelopagamento do imposto retido a fonte pagadora. Essa hiptese seramplamente trabalhada na prxima aula.

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    4.DOMICLIO FISCAL DA PESSOA FSICA

    Entre os arts. 28 a 32 o RIR se ocupa do domiclio tributrio da pessoa fsica,quanto s obrigaes relativas ao IRPF. Em geral, so regras previstas em1943, pouco adequadas aos dias de hoje. Peo desculpas por ter que tomar oseu tempo com essas disposies. Mas, tratando-se de ESAF, precisamosconhec-las...

    Na prtica, vale a regra geral prevista no art. 127 do CTN: o domiclio deeleio. O prprio 5 do art. 28 do RIR no deixa dvidas a esse respeito aoestabelecer que a autoridade administrativa pode recusar o domiclio eleito,quando impossibilite ou dificulte a arrecadao ou a fiscalizao do imposto.

    Portanto, em caso de omisso do contribuinte, o RIR contm as seguintes

    previses: considera-se como domiclio fiscal da pessoa fsica a sua residncia

    habitual, assim entendido o lugar em que ela tiver uma habitao emcondies que permitam presumir inteno de mant-la;

    no caso de exerccio de profisso ou funo particular ou pblica, odomiclio fiscal o lugar onde a profisso ou funo estiver sendodesempenhada;

    quando se verificar pluralidade de residncia no Pas, o domiclio fiscalser eleito perante a autoridade competente, considerando-se feita aeleio no caso da apresentao continuada das declaraes derendimentos num mesmo lugar.

    Nesse caso, se no houver a apresentao continuada da declarao, aautoridade fiscal fixar, de ofcio, o domiclio fiscal no lugar da residnciahabitual ou, sendo esta incerta ou desconhecida, no centro habitual deatividade do contribuinte (note que so os outros dois critrios).

    Se no forem conhecidos o lugar da residncia habitual e nem o centrohabitual de atividade do contribuinte, considera-se como domiclio docontribuinte o lugar onde se encontrem seus bens principais, ou ondeocorreram os atos e fatos que deram origem obrigao tributria.

    A autoridade administrativa pode recusar o domiclio eleito, quandoimpossibilite ou dificulte a arrecadao ou a fiscalizao do imposto. Nessecaso, considera-se como domiclio do contribuinte:

    o lugar da residncia habitual; o centro habitual de atividade do contribuinte; o lugar onde se encontrem seus bens principais; ou onde ocorreram os atos e fatos que deram origem obrigao

    tributria.

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    4.1. CONTRIBUINTE AUSENTE DO DOMICLIO

    O contribuinte ausente de seu domiclio fiscal, durante o prazo de entrega dadeclarao de rendimentos ou de interposio de impugnao ou recurso, devecumprir suas obrigaes perante a autoridade fiscal da jurisdio em queestiver, dando-lhe conhecimento do domiclio do qual se encontra ausente.

    4.2. TRANSFERNCIA DE DOMICLIO

    O contribuinte que transferir sua residncia de um municpio para outro ou deum para outro ponto do mesmo municpio fica obrigado a comunicar essamudana s reparties competentes dentro do prazo de 30 dias.

    A comunicao ser feita nas unidades da Secretaria da Receita Federal,podendo ser tambm efetuada quando da entrega da declarao derendimentos das pessoas fsicas.

    Note que, na prtica, essa previso transforma em letra morta a obrigao decomunicar a mudana de endereo em 30 dias!

    A pessoa fsica que se retirar do territrio nacional temporariamente devernomear pessoa habilitada no Pas a cumprir, em seu nome, as obrigaes

    relativas ao IRPF, e represent-la perante as autoridades fiscais.

    4.3. DOMICLIO DE PROCURADOR OU REPRESENTANTE DE PESSOA FSICA RESIDENTEOU DOMICILIADA NO EXTERIOR

    O domiclio fiscal do procurador ou representante de residentes ou domiciliadosno exterior o lugar onde se achar sua residncia habitual ou a sede darepresentao no Pas, aplicando-se, no que couber, as regras previstas parafixao do domiclio fiscal das demais pessoas fsicas.

    Se o residente no exterior permanecer no territrio nacional e no tiverprocurador, representante ou empresrio no Pas, o domiclio fiscal o lugaronde estiver exercendo sua atividade.

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    5.FATO GERADOR DO IMPOSTO DE RENDA DAS PESSOAS FSICAS

    Sabemos que o fato gerador do imposto, previsto de forma geral do CTN, aaquisio de disponibilidade econmica ou jurdica de renda ou de proventos

    de qualquer natureza.

    Por sua vez, a legislao tributria define de forma implcita o fato gerador doIRPF quando estabelece que os rendimentos e ganhos de capital so tributadospelo imposto de renda (Lei n 7.713, de 1988, art. 1); e tambm quandodispe que o imposto de renda devido, mensalmente, medida em que osrendimentos e ganhos de capital forem percebidos (Lei n 7.713, de1988, art. 2).

    Nesse sentido, muito importante a previso do pargrafo nico do art. 38 doRIR:

    Os rendimentos sero tributados no ms em que forem recebidos,considerado como tal o da entrega de recursos pela fonte pagadora,mesmo mediante depsito em instituio financeira em favor dobeneficirio.

    Note que esse dispositivo utilizou o termo recebidos, e no percebidos. Porisso, ele tem sido apontado como fundamento para a adoo do regime decaixa, como regra geral para a tributao das pessoas fsicas.

    Sabemos tambm que a tributao independe da denominao dos

    rendimentos, ttulos ou direitos, da localizao, condio jurdica ounacionalidade da fonte, da origem dos bens produtores da renda e da forma depercepo das rendas ou proventos, bastando, para a incidncia do imposto, obenefcio do contribuinte por qualquer forma e a qualquer ttulo (Lei n 7.713,de 1988, art. 3, 4).

    Como se nota, no possvel falar em incidncia do IRPF sem mencionar edefinir rendimentos.

    5.1. CONCEITO DE RENDIMENTO

    A legislao do IRPF, em geral, utiliza o termo rendimentos respeitando osignificado tcnico do termo, com o sentido de frutos peridicos produzidospor bens, direitos ou pelo capital, sem esgotar a fonte. Nessa acepo,rendimento no se confunde com ganho de capital. Este ltimo, em geral,representa a mais valia percebida em decorrncia da alienao do bem oudireito.

    Portanto, se eu tenho um imvel que se encontra alugado a terceiros, osaluguis recebidos constituem rendimentos. Mas se eu vendo esse imvel porR$ 200 mil, sendo que seu custo de aquisio de R$ 120 mil, eu percebo um

    ganho de capital de R$ 80 mil. Em ambos os casos meu patrimnio aumenta,mas de maneiras diferentes.

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    Respeitando essa diferena, com frequncia a legislao tributria se refere a

    rendimentos e ganhos de capital. Confira s um exemplo:

    O imposto de renda das pessoas fsicas ser devido, mensalmente, medida em que os rendimentos e ganhos de capital forem percebidos(Lei n 7.713, de 1988, art. 2).

    Talvez para no ficar repetindo rendimentos e ganhos de capital, o legisladorsimplificou, atribuindo a esse conjunto a denominao rendimento bruto:

    O imposto incide sobre o rendimento bruto, permitidas algumas poucasdedues (Lei n 7.713, de 1988, art. 3).

    Constituem rendimento bruto todo o produto do capital, do trabalho ouda combinao de ambos, os alimentos e penses percebidos emdinheiro, e ainda os proventos de qualquer natureza, assim tambmentendidos os acrscimos patrimoniais no correspondentes aosrendimentos declarados (Lei n 7.713, de 1988, art. 3, 1).

    Integrar o rendimento bruto, como ganho de capital, o resultado dasoma dos ganhos auferidos no ms, decorrentes de alienao de bensou direitos de qualquer natureza, considerando-se como ganho adiferena positiva entre o valor de transmisso do bem ou direito e o

    respectivo custo de aquisio (Lei n 7.713, de 1988, art. 3, 2).

    O grande problema, talvez, seja o fato de que nem sempre os rendimentosconstituem renda (acrscimo patrimonial). Por isso, necessrio classific-losem tributveis, no tributveis ou isentos.

    5.2. RENDIMENTOS TRIBUTVEIS

    Sabemos que a tributao independe da denominao dos rendimentos, ttulos

    ou direitos, da localizao, condio jurdica ou nacionalidade da fonte, daorigem dos bens produtores da renda, e da forma de percepo das rendas ouproventos, bastando, para a incidncia do imposto, o benefcio do contribuintepor qualquer forma e a qualquer ttulo (Lei n 7.713, de 1988, art. 3, 4).

    Em decorrncia dessa previso, concretizadora do critrio da universalidade, adefinio de rendimento ampla, no se restringindo apenas s hipteses deseu recebimento em dinheiro ou depsito em conta bancria.

    Por exemplo, se uma pessoa fsica tem suas dvidas perdoadas em troca de

    servios prestados, est auferindo rendimento que pode ser quantificado pelovalor da referida dvida (RIR/99, art. 55, I). Ou ainda, se o empregador paga o

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    aluguel da residncia do empregado, para este ltimo o valor do alugueltambm se caracteriza como rendimento recebido (RIR/99, art. 43, VI).No caso de rendimentos recebidos em bens ou direitos, estes so avaliados emdinheiro pelo valor de mercado que tiverem na data do recebimento (RIR/99,art. 55, IV).

    Em alguns casos, a legislao presume que a existncia de rendimentos, comonas seguintes hipteses:

    sinais exteriores de riqueza incompatveis com a renda declarada(RIR/99, art. 846);

    depsitos bancrios sem comprovao de origem (RIR/99, art. 849).Na Aula 03, vamos estudar o momento e a forma de tributao dosrendimentos. Agora, sem listar as inmeras hipteses de rendimentostributveis previstas no RIR entre os arts. 43 a 72, vamos apenas evidenciar asistematizao utilizada, e fazer algumas poucas observaes.

    5.2.1.Rendimentos do trabalho assalariado e assemelhados

    Os rendimentos tributveis decorrentes do trabalho assalariado esto listados,de forma exemplificativa, no art. 43 do RIR. Se possvel leia esse artigo e tenteidentificar a ocorrncia de acrscimo patrimonial.

    Nesse artigo do RIR, merece destaque o inciso II, que trata do valor recebido attulo de frias, inclusive as pagas em dobro, transformadas em pecnia ouindenizadas, acrescidas dos respectivos abonos. Nesse ponto, lembremos dasseguintes smulas do STJ:

    Smula STJ 386 - So isentas de imposto de renda as indenizaesde frias proporcionais e o respectivo adicional.

    Smula STJ 125 - O pagamento de frias no gozadas pornecessidade do servio no est sujeito incidncia do imposto derenda.

    Quanto ao inciso III, licena especial ou licena-prmio, inclusive quandoconvertida em pecnia, cabe recordar a seguinte smula:

    Smula STJ 136 - O pagamento de licena-prmio no gozada pornecessidade do servio no esta sujeito ao imposto de renda.

    No confunda a previso do inciso IX do art. 43 (rendimento tributvel),prmio de seguro individual de vida do empregado pago pelo empregador,

    quando o empregado o beneficirio do seguro, ou indica o beneficiriodeste; com a iseno prevista no art. 39, XLIII: o capital das aplices deseguro ou peclio pago por morte do segurado.

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    Quanto ao inciso X do art. 43, verbas, dotaes ou auxlios, pararepresentaes ou custeio de despesas necessrias para o exerccio de cargo,funo ou emprego, vale destacar que o STJ certa vez decidiu no sentido deinadmitir a incidncia do IRPF em relao a verbas destinadas a ressarcirdespesas do gabinete de parlamentar (REsp 842.931).

    Ainda em relao aos rendimentos tributveis, o art. 44 contm umainteressante previso dirigida s pessoas fsicas ausentes no exterior a serviodo Pas (sim, voc j viu alguma coisa sobre essas pessoas nesta mesma aula,na observao ao final do item 2.3.5.a). Nesse caso, seu rendimento tributvel constitudo de 25% do valor total recebido a ttulo de rendimento do trabalhoassalariado. Cuidado, 25% no a alquota! Esse percentual define a prpriabase de clculo, sobre a qual incidir a alquota definida pela tabelaprogressiva (RIR, art. 627).

    5.2.2.Rendimentos do trabalho no assalariado e assemelhados

    Os rendimentos tributveis decorrentes do trabalho no assalariado estolistados, tambm de forma exemplificativa, entre os arts. 45 a 48 do RIR.

    Perceba, nos arts. 47 e 48, as hipteses de bases de clculo diferenciadas.

    Art. 47 so tributveis, no mnimo:o 40% do rendimento total decorrente do transporte de carga em

    veculo prprio ou locado, inclusive mediante arrendamentomercantil, ou adquirido com reserva de domnio ou alienaofiduciria;

    o 40% do rendimento total decorrente da prestao de servioscom trator, mquina de terraplenagem, colheitadeira eassemelhados;

    o 60% do rendimento total decorrente do transporte depassageiros em veculo prprio ou locado, inclusive mediante

    arrendamento mercantil, ou adquirido com reserva de domnioou alienao fiduciria.

    Art. 48 so tributveis, no mnimo, 10% do rendimento brutopercebido por garimpeiros na venda, a empresas legalmentehabilitadas, de metais preciosos, pedras preciosas e semipreciosas poreles extrados.

    5.2.3.Rendimentos de aluguel

    Tambm de forma exemplificativa, o art. 49 lista os rendimentos recebidos attulo de aluguis ou arrendamento.

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    Destaque para as parcelas que no integram a base de clculo referente aovalor do aluguel de bens imveis (RIR/99, art. 50):

    o valor dos impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bemque produzir o rendimento;

    o aluguel pago pela locao de imvel sublocado; as despesas pagas para cobrana ou recebimento do rendimento; e as despesas de condomnio.

    5.2.4.Rendimentos de royalties

    Nos arts. 52 e 53 esto listados os rendimentos decorrentes de uso, fruio ouexplorao de direitos.

    Chamo sua ateno para o inciso IV do art. 52: so tributveis na declaraoos rendimentos decorrentes da explorao de direitos autorais, salvo quandopercebidos pelo autor ou criador do bem ou da obra. Com essa ressalva, nose pretendeu isentar o autor ou criador, e sim no tributar duas vezes omesmo rendimento, pois eles foram listados no inciso VII do art. 45 comorendimentos do trabalho no assalariado.

    Tambm merece destaque o inciso V do art. 53, que tem como base o art. 23da Lei n 4.506, de 1964:

    Art. 53. Sero tambm consideradas como aluguis ou royalties todasas espcies de rendimentos percebidos pela ocupao, uso, fruio ouexplorao dos bens e direitos, alm dos referidos nos arts. 49 e 52,tais como:

    [...]

    V - a indenizao pela resciso ou trmino antecipado do contrato.O 3 do art. 12 da IN SRF n 15, de 2001, nos ajuda a compreender essapreviso: trata-se, por exemplo, do caso de indenizao por rescisoantecipada ou trmino do contrato de locao de bem imvel.

    5.2.5.Rendimentos de penso judicial

    O art. 54 do RIR se limita a afirmar que so tributveis os valores percebidos,em dinheiro, a ttulo de alimentos ou penses, em cumprimento de deciso

    judicial ou acordo homologado judicialmente, inclusive a prestao dealimentos provisionais.

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    Alimentos provisionais se referem prestao destinada ao sustentoda parte, enquanto durar o processo judicial. Como o sustento dapessoa necessidade inadivel, o objetivo socorrer o necessitado

    durante a pendncia do processo.

    Importa ressaltar que os alimentos so tributveis na pessoa do alimentando,razo pela qual so dedutveis da base de clculo do alimentante, conformeveremos na prxima aula.

    5.2.6.Rendimentos recebidos acumuladamente

    O art. 56 do RIR se refere aos rendimentos recebidos acumuladamente,dispondo que o imposto incide no ms do recebimento, sobre o total dosrendimentos, inclusive juros e atualizao monetria. Nesse caso, permitidaa deduo do valor das despesas com ao judicial necessrias ao recebimentodos rendimentos, inclusive com advogados, se tiverem sido pagas pelocontribuinte, sem indenizao.

    Chamo a ateno para o art. 12-A, recentemente introduzido na Lei n 7.713,de 1988, cuidando de hiptese especfica de rendimentos recebidosacumuladamente:

    Art. 12-A. Os rendimentos do trabalho e os provenientes deaposentadoria, penso, transferncia para a reserva remunerada oureforma, pagos pela Previdncia Social da Unio, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municpios, quando correspondentes a anos-calendrios anteriores ao do recebimento, sero tributadosexclusivamente na fonte, no ms do recebimento ou crdito, emseparado dos demais rendimentos recebidos no ms.

    1 O imposto ser retido pela pessoa fsica ou jurdica obrigada aopagamento ou pela instituio financeira depositria do crdito ecalculado sobre o montante dos rendimentos pagos, mediante a

    utilizao de tabela progressiva resultante da multiplicao daquantidade de meses a que se refiram os rendimentos pelos valoresconstantes da tabela progressiva mensal correspondente ao ms dorecebimento ou crdito.

    2 Podero ser excludas as despesas, relativas ao montante dosrendimentos tributveis, com ao judicial necessrias ao seurecebimento, inclusive de advogados, se tiverem sido pagas pelocontribuinte, sem indenizao.

    [...]

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    Esse art. 12-A o resultado de reiteradas derrotas da Fazenda Nacional emjuzo, na tentativa de cobrar o imposto de renda sobre valores recebidosacumuladamente, principalmente, em virtude de decises favorveis em aesmovidas em face do INSS.

    Em poucas palavras, a Unio pleiteava o imposto calculado mediante autilizao da tabela progressiva de uma nica vez, conforme determina o art.12 da Lei n 7.713, de 1988, reproduzido no art. 56 do RIR/99. Com isso,mesmo os menores rendimentos (normalmente enquadrados na faixa deiseno da tabela progressiva), quando recebidos acumuladamente (emreferncia aos diversos meses que as pessoas tinham ficado sem receber aaposentadoria) e inseridos de uma vez na tabela progressiva, eram tributadosquase sempre segundo a maior das faixas de rendimento.

    Com esse novo art. 12-A, pretende-se restabelecer a possibilidade de osmenores rendimentos continuarem isentos ou tributados pelas alquotasmenores, ainda que recebidos acumuladamente. Isso se obtm com a

    utilizao da tabela progressiva resultante da multiplicao da quantidade demeses a que se refiram os rendimentos pelos valores constantes da tabelaprogressiva mensal correspondente ao ms do recebimento ou crdito.

    Para compreender bem essa questo, suponha que algum tenha reconhecidopela justia o direito de receber a aposentadoria, inicialmente denegada peloINSS. Quanto a perodos anteriores, suponha que o reconhecimento desse

    direito represente, a valores de hoje, R$ 1 mil por ms durante 50 meses,totalizando o recebimento de R$ 50 mil, de uma s vez. Descontado o valordas despesas com ao judicial, digamos, R$ 5 mil, seguindo o mandamentodo art. 12 da Lei n 7.713, de 1988, para calcular o imposto devidodeveramos levar R$ 45 mil, de uma s vez, para a tabela progressiva mensal(reproduzida a seguir):

    Tabela Progressiva para o clculo mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Fsica para o exerccio de2013, ano-calendrio de 2012.

    Base de clculo mensal emR$

    Alquota%

    Parcela a deduzir do imposto emR$

    At 1.637,11 - -De 1.637,12 at 2.453,50 7,5 122,78

    De 2.453,51 at 3.271,38 15,0 306,80

    De 3.271,39 at 4.087,65 22,5 552,15

    Acima de 4.087,65 27,5 756,53

    Utilizando a tabela atualmente em vigor, chegaramos ao imposto devido de R$11.618,47 (R$ 45 mil x 27,5% R$ 756,53). Para o bolso do autor da ao,portanto, iriam apenas R$ 33.381,53 (R$ 45 mil R$ 11.618,47).

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    Mas se ele tivesse recebido mensalmente os R$ 1 mil (equivalentes emdinheiro de hoje), ficaria na faixa de iseno. Por isso, na Lei n 7.713, de1988, foi inserido o art. 12-A, de modo que, no momento do recebimento, sejaaplicada a tabela mensal multiplicada pelo nmero de meses a que se refere odireito reconhecido na justia.

    No nosso exemplo, a tabela relativa aos meses de 2012 deveria sermultiplicada por 50, de modo que o limite de iseno, para esse casoespecfico, de R$ 1.637,11 passaria para R$ 81.855,50, e nenhum tributohaveria de ser recolhido!

    5.2.7.Rendimentos da Atividade Rural

    Considera-se resultado da atividade rural a diferena entre o valor da receitabruta recebida e o das despesas pagas no ano-calendrio, correspondente atodos os imveis rurais da pessoa fsica (RIR/99, art. 63).

    O resultado da atividade rural, quando positivo, integra a base de clculo doimposto, na declarao de rendimentos e, quando negativo, constitui prejuzocompensvel (RIR/99, art. 68).

    opo do contribuinte, o resultado da atividade rural limita-se a 20% dareceita bruta do ano-calendrio (RIR/99, art. 71).

    5.2.8.Outros rendimentos tributveis

    Por fim, o art. 55 relaciona outros rendimentos tributveis. So vrios osdestaques a serem feitos. Segundo esse dispositivo, so tambm tributveis:

    as importncias com que for beneficiado o devedor, nos casos deperdo ou cancelamento de dvida em troca de servios prestados;

    os rendimentos recebidos na forma de bens ou direitos, avaliados emdinheiro, pelo valor que tiverem na data da percepo;

    os rendimentos recebidos de governo estrangeiro e de organismosinternacionais, quando correspondam atividade exercida noterritrio nacional, respeitadas s hipteses de iseno previstas noitem 2.3.6 desta aula;

    as importncias recebidas a ttulo de juros e indenizaes por lucroscessantes;

    as importncias relativas a multas ou vantagens recebidas de pessoafsica no caso de resciso de contrato, ressalvadas as hiptesesabrangidas por resciso de contrato de trabalho;

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    a multa ou qualquer outra vantagem recebida de pessoa jurdica,ainda que a ttulo de indenizao, em virtude de resciso decontrato, ressalvadas as hipteses abrangidas por resciso decontrato de trabalho;

    os rendimentos derivados de atividades ou transaes ilcitas oupercebidos com infrao lei, independentemente das sanes quecouberem;

    as quantias correspondentes ao acrscimo patrimonial da pessoafsica, apurado mensalmente, quando esse acrscimo no for

    justificado pelos rendimentos tributveis, no tributveis, tributadosexclusivamente na fonte ou objeto de tributao definitiva;

    os juros compensatrios ou moratrios de qualquer natureza,inclusive os que resultarem de sentena, e quaisquer outrasindenizaes por atraso de pagamento, exceto aquelescorrespondentes a rendimentos isentos ou no tributveis.

    Quanto a essa ltima hiptese, por diversas vezes o STJ inadmitiu aincidncia do imposto de renda sobre juros compensatrios oumoratrios, quando acrescidos a verbas indenizatrias. Confira umexemplo:

    Os juros de mora e compensatrios recebidos como indenizao em

    ao expropriatria no se submetem incidncia do Imposto deRenda. (REsp 674959)

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    6.RENDIMENTOS ISENTOS OU NO TRIBUTVEIS

    O RIR/99, em seu art. 39, define os rendimentos que no entram no cmputodo rendimento bruto para fins de apurao do IRPF.

    Percebe-se que o Regulamento no quis enfrentar a questo relativa natureza de acrscimo patrimonial desses rendimentos. Simplesmente osagrupou num captulo denominado Rendimentos Isentos ou No Tributveis, eestabeleceu que eles no entram no cmputo do rendimento bruto.

    A seguir, eu os agrupo numa tentativa de ajud-lo com a tarefa inglria de terque decorar essas hipteses. Vamos a elas.

    6.1. DIRIAS E AJUDA DE CUSTO

    Dirias: quando destinadas exclusivamente ao pagamento dedespesas de alimentao e pousada, por servio eventual realizadoem municpio diferente da sede do trabalho ou no exterior.

    Ajuda de custo: quando destinada a atender s despesas comtransporte, frete e locomoo do beneficiado e seus familiares, emcaso de remoo de um municpio para outro, sujeita comprovaopelo contribuinte.

    6.2. ALIMENTAO, TRANSPORTE, UNIFORMES E SERVIOS MDICOS

    No entram no cmputo do rendimento bruto:

    a alimentao, o transporte, o vale-transporte e o uniforme fornecidosgratuitamente pelo empregador a seus empregados, ou a diferenaentre o preo cobrado e o valor de mercado;

    os servios mdicos, hospitalares e dentrios mantidos ou pagos peloempregador em benefcio de seu empregados; o auxlio alimentao e a indenizao de transporte pagos a servidor

    pblico federal (sim, isso mesmo que consta no RIR!).

    6.3. CONTRIBUIES PREVIDENCIRIAS E PECLIOS

    So isentos do IR:

    as contribuies pagas pelos empregadores, relativas a programa deprevidncia complementar, em favor dos empregados e dirigentes;

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    o peclio recebido em prestao nica de entidades de previdncia

    privada, quando em decorrncia de morte ou invalidez permanente doparticipante.

    6.4. PENSES E PROVENTOS

    Portador de molstia grave ou profissional e acidentado em servio

    So isentos do IR:

    os proventos de aposentadoria ou reforma, desde que motivada poracidente em servio, e os percebidos pelos portadores de molstiagrave ou profissional, mesmo que a doena tenha sido contrada apsa aposentadoria ou reforma.

    as penses recebidas por portador de molstia grave, exceto asdecorrentes de molstia profissional.

    A iseno aplica-se aos rendimentos de aposentadoria, reforma oupenso inclusive os recebidos acumuladamente relativos a perodoanterior data em que foi contrada a molstia grave, desde quepercebidos a partir:

    - do ms da concesso da penso, aposentadoria ou reforma, se adoena for preexistente ou a aposentadoria ou reforma for por elamotivada;

    - do ms da emisso do laudo pericial que reconhecer a doena,contrada aps a aposentadoria, reforma ou concesso da penso;

    - da data em que a doena for contrada, quando identificada no laudopericial emitido posteriormente concesso da penso, aposentadoriaou reforma.

    A comprovao deve ser feita mediante laudo pericial emitido por

    servio mdico oficial da Unio, dos Estados, do Distrito Federal oudos Municpios.

    So isentos do IR os rendimentos recebidos acumuladamente por portador demolstia grave, atestada por laudo mdico oficial, desde que correspondam aproventos de aposentadoria ou reforma ou penso, ainda que se refiram aperodo anterior data em que foi contrada a molstia grave.

    Tambm isenta do imposto de renda a complementao da aposentadoria,

    reforma ou penso, recebida de entidade de previdncia privada, Fundo deAposentadoria Programada Individual (Fapi) ou Programa Gerador de BenefcioLivre (PGBL), exceto a penso decorrente de doena profissional.

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    Contribuinte com 65 anos ou mais;

    So isentas do IR as aposentadorias, penses, rendimentos da transfernciapara a reserva remunerada ou reforma, at o valor de R$ 1.637,11 por ms noano-calendrio de 2012 (Lei n 9.205, de 1995, art. 4).

    O benefcio aplicvel a partir do ms em que o contribuintecompletar 65 anos de idade e somente admissvel quando pago:

    - pela previdncia social da Unio, dos Estados, do Distrito Federal edos Municpios (previdncia oficial);

    - por qualquer pessoa jurdica de direito pblico interno;

    - por entidade de previdncia privada domiciliada no Pas.

    A parcela isenta na declarao esta limitada a at R$ 1.637,11 porms (no ano-calendrio de 2012), independente de o valor recebidose referir a uma ou mais aposentadorias, penses e/ou reforma. Ovalor excedente deve ser informado como rendimento tributvel.

    6.5. INDENIZAES

    No entram no cmputo do rendimento bruto as seguintes indenizaes: reparatria por danos fsicos, invalidez ou morte, ou por bem material

    danificado ou destrudo, em decorrncia de acidente, at o limitefixado em condenao judicial, exceto no caso de pagamento deprestaes continuadas;

    por acidente de trabalho; recebida por desapropriao de terra nua para fins de reforma

    agrria;

    por liquidao de sinistro, furto ou roubo, relativo a objeto segurado.

    6.6. RESCISO DE CONTRATO DE TRABALHO

    No entram no cmputo do rendimento bruto:

    a indenizao e o aviso prvio no trabalhado pagos por despedida ouresciso de contrato de trabalho, at o limite garantido pela lei

    trabalhista ou por dissdio coletivo e contravenes trabalhistashomologados pela Justia do Trabalho;

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    o montante recebido nos termos da legislao do FGTS; os rendimentos pagos por pessoas jurdicas, a ttulo de incentivo adeso a programas de desligamento voluntrio (PDV).

    6.7. LUCROS E DIVIDENDOS

    So isento do IR:

    lucros e dividendos, correspondentes a resultados apurados a partirde 1 de janeiro de 1996, atribudos a scios, acionistas ou titular de

    empresa individual;

    valores pagos ao titular ou scio de microempresa ou empresa depequeno porte, que optarem pelo Simples, salvo os que correspondemapro labore, aluguis ou servios prestados.

    6.8. GANHOS DE CAPITAL

    isento do IR o ganho de capital:

    auferido na alienao do nico imvel que o titular possua, cujo valorda alienao seja at R$ 440 mil, desde de que no tenha sidorealizada qualquer outra alienao nos ltimos 5 anos

    quando o produto da venda de imvel residencial que for aplicado nacompra de outro imvel residencial em at 180 dias da celebrao docontrato.

    O contribuinte somente poder usufruir desse benefcio uma vez a

    cada 5 anos (Lei n 11.196, de 2005, art. 39, 5).

    auferido na alienao de bens e direitos de pequeno valor cujo preounitrio de alienao, no ms em que esta se realizar, seja igual ouinferior a:

    o R$ 20 mil, no caso de alienao de aes negociadas nomercado de balco;

    o R$ 35 mil, nos demais casos.

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    Os limites so considerados em relao:

    - ao bem ou ao valor do conjunto dos bens ou direitos da mesmanatureza, alienados em um mesmo ms;

    - parte de cada condmino ou co-proprietrio, no caso de benspossudos em condomnio, inclusive na unio estvel;

    - a cada um dos bens ou direitos possudos em comunho e aovalor do conjunto dos bens ou direitos da mesma natureza,alienados em um mesmo ms, no caso de sociedade conjugal.

    Consideram-se bens ou direitos da mesma natureza aqueles queguardam as mesmas caractersticas entre si, tais comoautomveis e motocicletas; imvel urbano e terra nua; quadros eesculturas.

    6.9. OUTROS RENDIMENTOS ISENTOS OU NO TRIBUTVEIS

    bolsas recebidas exclusivamente, para fins de estudo e pesquisa,caracterizadas como doao sem representar vantagens para odoador ou contraprestao de servios prestados pelo beneficirio dorendimento;

    rendimentos de cadernetas de poupana; valor locativo do imvel ocupado pelo seu proprietrio ou cedido

    gratuitamente para uso de cnjuge ou parentes de primeiro grau (paise filhos);

    valor dos bens e direitos adquiridos por doao ou por sucesso, noscasos de herana, legado ou doao em adiantamento da legtima;

    crditos correspondentes ao PIS/Pasep; salrio famlia; seguro desemprego e auxlios (natalidade, doena, funeral, acidente)

    pagos pela Providncia Oficial ou por entidades de previdnciaprivada;

    capital das aplices de seguro ou peclio pago por companhiaseguradora em virtude de morte do segurado, bem assim os prmiosde seguro restitudos em qualquer caso, inclusive renncia de

    contrato;

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    75% dos rendimentos do trabalho assalariado recebidos em moedaestrangeira por servidores de autarquias ou reparties do GovernoBrasileiro situadas no exterior;

    restituio do Imposto de Renda.

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    7.PRINCIPAIS PONTOS DA AULA

    So contribuintes do imposto de renda brasileiro:o as pessoas fsicas residentes no pas que recebam rendimentos

    ou percebam ganhos de capital, oriundos de fontes situadas noPas ou no exterior; e

    o as pessoas fsicas no residentes, em relao renda e aosproventos de qualquer natureza provenientes de fontes situadasno Pas.

    Os rendimentos de pessoas fsicas residentes no Brasil so tributados:o em regra, segundo o regime anual;o exclusivamente na fonte, ou de forma definitiva (sem serem

    levados ao ajuste anual), em situaes muito especficas.

    Rendimentos auferidos no Brasil por no residentes, so tributadosapenas de forma definitiva ou exclusivamente na fonte, a depender danatureza do rendimento ou ganho de capital.

    Menores e outros incapazes:o Como regra, os rendimentos e ganhos de capital de que sejam

    titulares menores e outros incapazes so tributados em seusrespectivos nomes.

    o Por opo, a apurao do imposto e a entrega da declaraopodem ser feitas em conjunto com a dos pais, do tutor, docurador ou do responsvel por sua guarda. Nesse caso, menorese outros incapazes so considerados dependentes, e seusrendimentos, ainda que em valores inferiores ao limite deiseno (da tabela progressiva), devem ser includos nadeclarao do pai, do tutor, do curador ou do responsvel porsua guarda, conforme o caso

    Sociedade conjugal:o Em regra, cnjuges apresentam declarao em separado.o Ainda que a declarao seja em separado, rendimentos de bens

    comuns podem ser includos na declarao de um dos cnjuges.

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    o Opcionalmente, cnjuges podem apresentar declarao emconjunto, hiptese em que o declarante deve incluir osrendimentos prprios do outro cnjuge, que pode serrelacionado como dependente (independentemente do montantede seus rendimentos).

    Pelo inventariante, em nome do esplio, devem ser apresentadas:o As declaraes de rendimentos, a partir do ano-calendrio do

    falecimento, e at a data em que for homologada a partilha oufeita a adjudicao dos bens (so declaraes do esplio);

    o As declaraes obrigatrias no entregues em vida pelo falecido. So tributados na declarao do esplio:

    o Os rendimentos prprios do falecido;o 50% dos rendimentos produzidos pelos bens comuns no curso

    do inventrio.

    Sada do Pas em carter definitivoo Se a pessoa apresentar a Comunicao de Sada Definitiva do

    Pas e a Declarao de Sada Definitiva do Pas, ela passa condio de residente no exterior to logo deixe o Brasil.

    o Por outro lado, ainda que deixe o Pas em carter definitivo, seno apresentar a Comunicao de Sada Definitiva do Pas, enem a Declarao de Sada Definitiva do Pas, durante osprimeiros 12 meses (contados a partir da data da sada) seusrendimentos so tributados como se ainda fosse residente noBrasil.

    Visto temporrio - Trabalho com vnculo empregatcioo Sujeita-se tributao pelo imposto de renda, como residente,

    em relao aos fatos geradores ocorridos a partir da data de suachegada, a pessoa fsica proveniente do exterior que ingressarno Brasil com visto temporrio para trabalhar com vnculoempregatcio.

    Visto temporrio - Sem trabalho com vnculo empregatcioo A pessoa fsica proveniente do exterior que, com visto

    temporrio, ingressar no Brasil por qualquer outro motivo queno o trabalho com vnculo empregatcio:

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    tributada como residente no exterior durante o perodoanterior quele em que se completar o perodo depermanncia no Brasil, ou at a data em que o vistotemporrio for transformado em permanente, o que ocorrerprimeiro;

    tributada como residente no Pas em relao aos fatosgeradores ocorridos a partir do dia subsequente ao fim doprazo de permanncia, ou da obteno do visto permanente,tambm nesse caso, o que ocorrer primeiro.

    So isentos so os rendimentos do trabalho de servidoresdiplomticos de governos estrangeiros, de servidores de organismosinternacionais, e de servidor no brasileiro de embaixada, consulado ereparties oficiais de outros pases no Brasil. Por outro lado, essaspessoas so contribuintes, como residentes no exterior, em relao aoutros rendimentos e ganhos de capital produzidos no Pas.

    Os rendimentos sero tributados no ms em que forem recebidos,considerado como tal o da entrega de recursos pela fonte pagadora,mesmo mediante depsito em instituio financeira em favor dobeneficirio.

    Rendimentos so frutos peridicos produzidos por bens, direitos oupelo capital, sem esgotar a fonte. Nessa acepo, rendimento no seconfunde com ganho de capital. Este ltimo, em geral, representa amais valia percebida em decorrncia da alienao do bem ou direito.

    Talvez para no ficar repetindo rendimentos e ganhos de capital, olegislador simplificou, atribuindo a esse conjunto a denominao

    rendimento bruto.

    A definio de rendimento ampla, no se restringindo apenas shipteses de seu recebimento em dinheiro ou depsito em conta

    bancria. Embora o RIR estabelea que tributvel o valor recebido a ttulo de

    frias, inclusive as pagas em dobro, transformadas em pecnia ouindenizadas, acrescidas dos respectivos abonos, temos que lembrardas seguintes smulas do STJ:

    o Smula STJ 386 - So isentas de imposto de renda asindenizaes de frias proporcionais e o respectivo adicional.

    o Smula STJ 125 - O pagamento de frias no gozadas pornecessidade do servio no est sujeito incidncia do impostode renda.

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    Quanto previso do RIR de incidncia do imposto sobre licena

    especial ou licena-prmio, inclusive quando convertida em pecnia,cabe recordar a seguinte smula:

    o Smula STJ 136 - O pagamento de licena-prmio no gozadapor necessidade do servio no esta sujeito ao imposto derenda.

    O rendimento tributvel de pessoas fsicas ausentes no exterior aservio do Pas constitudo de 25% do valor total recebido a ttulo derendimento do trabalho assalariado.

    tributvel o valor da indenizao por resciso antecipada ou trminodo contrato de locao de bem imvel.

    Importa ressaltar que os alimentos so tributveis na pessoa doalimentando, razo pela qual so dedutveis da base de clculo doalimentante.

    O resultado da atividade rural, quando positivo, integra a base declculo do imposto, na declarao de rendimentos e, quando negativo,constitui prejuzo compensvel.

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    8.QUESTES PROPOSTAS

    (ESAF/ Auditor-Fiscal da Receita Federal - 29/09/2002)

    1. Relativamente ao imposto de renda, assinale a afirmao correta.

    a) A Constituio determina que o imposto de renda seja informado pelocritrio de que aquele que ganhe mais dever pagar de imposto umaproporo maior do que aquele que ganhe menos.

    b) A renda e os proventos de qualquer natureza percebidos no Pas porresidentes ou domiciliados no exterior ou a eles equiparados no esto sujeitosao imposto em razo do princpio da extraterritorialidade.

    c) No caso de rendimentos percebidos em dinheiro a ttulo de alimentos ou

    penses em cumprimento de acordo homologado judicialmente ou decisojudicial, inclusive alimentos provisionais ou provisrios, verificando-se aincapacidade civil do alimentado, no h incidncia do imposto.

    d) Em razo do princpio da universalidade da tributao, a ajuda de custodestinada a atender s despesas com transporte, frete e locomoo dobeneficiado e seus familiares, em caso de remoo de um municpio paraoutro, est sujeita ao imposto.

    e) A tributao dos rendimentos recebidos por residentes ou domiciliados noBrasil que prestem servios a embaixadas, reparties consulares, missesdiplomticas ou tcnicas no est sujeita legislao brasileira, por fora daConveno de Viena sobre Relaes Diplomticas.

    (ESAF/ Tcnico da Receita Federal - 2000)

    2. Os salrios recebidos pelo trabalhador so, em regra, __________.Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados contbeisapurados a partir do ms de janeiro de 1996, recebidos de pessoasjurdicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado__________.

    a) tributados apenas acima de certo valor s entram no cmputo dorendimento bruto quando acima de certo valor

    b) integrantes no cmputo do rendimento bruto tambm integram orendimento bruto

    c) isentos em sua totalidade, pois salrio no renda so parte do rendimentobruto, pois os rendimentos do capital tambm se sujeitam tributao

    d) tributados em sua totalidade tributveis, pois os rendimentos do capitaltambm se sujeitam tributao

    e) tributveis no entram no cmputo do rendimento bruto

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    (ESAF - Tcnico da Receita Federal 2002.1)

    3. A ajuda de custo destinada a atender as despesas com transporte,frete e locomoo do beneficiado e seus familiares, em caso de

    remoo de um municpio para outro,a) no integrar o cmputo do rendimento lquido, caracterizando-se comouma iseno condicionada comprovao posterior.

    b) integrar o cmputo do rendimento bruto, caracterizando-se como umadeduo condicionada comprovao posterior.

    c) no integrar o cmputo do rendimento lquido, caracterizando-se como umabatimento condicionado comprovao posterior.

    d) integrar o cmputo do rendimento bruto, caracterizando-se como uma

    no-incidncia condicionada comprovao posterior.e) no integrar o cmputo do rendimento bruto, caracterizando-se como umaiseno condicionada comprovao posterior.

    (ESAF - Tcnico da Receita Federal 2002.1)

    4. Assinale a opo correta.

    a) Esto isentos do imposto sobre a renda os rendimentos de trabalhoassalariado percebidos, no Brasil, por servidores diplomticos de governo

    estrangeiro, desde que assegurada reciprocidade de tratamento aos brasileirosque, naqueles pases, exeram idnticas funes.

    b) No esto isentos do imposto sobre a renda os rendimentos de trabalhoassalariado percebidos, no Brasil, por servidores diplomticos de governoestrangeiro, desde que assegurada reciprocidade de tratamento aos brasileirosque, naqueles pases, exeram idnticas funes.

    c) Esto isentos do imposto sobre a renda os rendimentos de ganhos de capitalpercebidos, no Brasil, por servidores diplomticos de governo estrangeiro,desde que assegurada reciprocidade de tratamento aos brasileiros que,

    naqueles pases, exeram idnticas funes.d) Esto isentos do imposto sobre a renda os rendimentos de trabalhoassalariado percebidos, no Brasil, por servidores diplomticos de governoestrangeiro, independentemente de reciprocidade de tratamento aosbrasileiros que, naqueles pases, exeram idnticas funes.

    e) Esto isentos do imposto sobre a renda os ganhos de capital percebidos, noBrasil, por servidores diplomticos de governo estrangeiro, independentementede reciprocidade de tratamento aos brasileiros que, naqueles pases, exeramidnticas funes.

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