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2018 UNESP APOSTILA DE AULAS PRÁTICAS FISIOLOGIA

Aulas Meio interno e Neurofisiologia · 9. Quando realizar determinado teste, se a observação não foi possível ou lhe apresentou estranha, deve repeti-lo, procurando descobrir

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2018

UNESP

APOSTILA DE AULAS PRÁTICAS

FISIOLOGIA

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INSTRUÇÕES GERAIS

Realização das práticas: na medida do possível, os experimentos devem ser realizados pelos estudantes. Para isto, a turma é dividida em grupos e cada aluno fica incumbido de realizá-los de acordo com o programado. No caso, em que haja deficiência de materiais, ou de animais, o experimento passa a ser demonstrativo. Nesta situação, o docente e o técnico de laboratório o executam, enquanto que os estudantes fazem as observações. Tanto numa situação, como na outra, para o real aproveitamento do curso prático, devem ser obedecidas as seguintes recomendações:

1. Para participar das aulas práticas o aluno deverá estar usando jaleco sobre a roupa (importante: calça comprida e sapatos fechados). Luvas serão necessárias quando a aula for realizada com animais.

2. Leia atentamente todo o trabalho a ser realizado, a começar do título e objetivos. Esta leitura deve ser feita com antecedência suficiente para que o grupo de trabalho providencie todo o material necessário que por obrigação lhe caiba.

3. Esteja imbuído, antes de dar início ao experimento, do que pretende investigar ou analisar, a técnica a ser empregada e as observações a serem feitas. Esteja consciente que a execução da atividade prática não é somente realizar trabalho de laboratório, mas entender o porquê está sendo realizado. Não torne a sua pesquisa um simples exercício de destreza manual ou de descomprometido espectador.

4. Comece o experimento somente quando estiver consciente do que pretende realizar e dispondo de todos os materiais e soluções necessários para realizá-lo.

5. Lembre-se que o fato de obter resultados diferentes aos esperados deve-se, comumente, a procedimento experimental diferente do planejado.

6. Use os equipamentos corretamente e, em caso de dúvida, consulte o docente ou o técnico de laboratório.

7. Quando usar animais observe, preliminarmente, o seu estado geral e use de todos os cuidados necessários para evitar traumatizações que possam comprometer os resultados.

8. Não confie em sua memória. Anote as observações à medida que são feitas, num caderno próprio, de modo claro e preciso.

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9. Quando realizar determinado teste, se a observação não foi possível ou lhe

apresentou estranha, deve repeti-lo, procurando descobrir ou eliminar as possíveis causas de tal suposta anormalidade.

10. Realizado o experimento e feitas às observações, os elementos do grupo deve se reunir para a discussão dos resultados, não deixando de responder às perguntas do manual de práticas.

11. Procure com paciência e persistência resolver as dúvidas por si mesmo. Não conseguindo, consulte livros, revistas ou apontamentos e troque idéias com os elementos do grupo.

12. Anote as explicações para poder revê-las. Em caso de persistir dúvidas, apesar de todo o esforço em saná-las, anote-as de modo claro e as formule, por ocasião da discussão geral, a fim de que haja uma participação de todos sob a coordenação do docente.

13. Após a realização das aulas práticas pertinentes a cada Unidade, os grupos deverão entregar relatório seguindo estas normas:

- a apresentação do relatório deve ser nos moldes de artigo científico, ou seja, constando de: introdução, material e método, resultados, discussão, conclusões e referências bibliográficas

- A capa do relatório deverá conter, além do título e data da aula (dia/mês), o nome de cada aluno que esteve presente nas aulas práticas e participou de sua realização;

- Os resultados deverão ser apresentados em forma de tabelas e/ou gráficos, utilizando programas gráficos.

14. Avaliação:

Avaliação Peso

Provas: Unidades (N1) 8

Provinhas (N2) 1

Relatórios (N3) 1

Média:

Md = (N1x8) + (N2x1) + (N3x1) 10

Obs: Os alunos com média inferior a 7,0 (Md < 7,0) realizarão o Provão. A média obtida (Md) terá peso 7 e o provão, peso 3.

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Média Final: (Md x 7) + (Provão x 3)/10 Exemplo de nota de um aluno: Exemplo 1: Média (Md): 5,9 x 7 = 41,3 ÷ 10 = 4,13 Provão: 4,2 x 3 = 12,6 ÷ 10 = 1,26

Média Final: ........................... 5,39 (Aprovado) Exemplo 2: Média (Md): 5,9 x 7 = 41,3 ÷ 10 = 4,13 Provão: 1,2 x 3 = 3,6 ÷ 10 = 0,36

Média Final: ........................... 4,49 (fará o exame final)

Após a divulgação da média final, o aluno que tiver nota inferior a 5,0 fará o exame final, constando de toda a matéria lecionada no ano. O resultado final será a média aritmética de Md final + Exame/2. Nota igual ou superior a 5.0: aprovado.

Exame final (conteúdo anual)

Resultado = Média final + Exame final

2

Resultado= ≥ 5.0 APROVADO

Resultado= < 5.0 REPROVADO

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ÉTICA: PRINCÍPIOS ÉTICOS NA EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL COBEA – Colégio Brasileiro de Experimentação Animal

O progresso dos conhecimentos humanos, notadamente os referentes a biologia, à medicina humana e dos animais, é necessário. O homem precisa utilizar animais na busca do conhecimento, para se nutrir, se vestir e trabalhar. Assim, ele deve respeitar o animal, seu auxiliar, como um ser vivente como ele. Postula-se Artigo I – Todas as pessoas que pratiquem a experimentação biológica devem tomar consciência de que o animal é dotado de sensibilidade, de memória e que sofre sem poder escapar à dor; Artigo II – O experimentador é, moralmente, responsável por sua escolha e por seus atos na experimentação animal; Artigo III – Procedimentos que envolvam animais devem prever e se desenvolver considerando a sua relevância para a saúde humana ou animal, a aquisição de conhecimento ou o bem da sociedade; Artigo IV – Os animais selecionados para um experimento devem ser de espécie e qualidade apropriadas e apresentar boas condições de saúde, utilizando-se o número mínimo necessário para se obter resultados válidos. Ter em mente a utilização de métodos alternativos tais como modelo matemático, simulação por computadores e sistemas biológicos in vitro; Artigo V – É imperativo que se utilizem animais de maneira adequada, incluindo aí evitar o desconforto, a angústia e a dor. Os investigadores devem considerar que os processos determinantes de dor e angústia em seres humanos causam o mesmo em outras espécies a não ser que o contrário tenha sido demonstrado; Artigo VI – Todos os procedimentos com animais que possam causar dor e angústia, precisam se desenvolver com sedação, analgesia e anestesias adequadas. Atos cirúrgicos ou outros atos dolorosos não podem se implementar em animais não anestesiados e que estejam apenas paralisados por agentes químicos ou físicos; Artigo VII – Os animais que sofram dor ou angústia intensa ou crônica, que não possam se aliviar e os que serão utilizados devem ser sacrificados por método indolor e que não cause estresse; Artigo VIII – O uso de animais em procedimentos didáticos e experimentais pressupõe a disponibilidade de alojamento que proporcione condições de vida adequada às espécies, contribuindo para sua saúde e conforto. O transporte, a acomodação, a alimentação e os cuidados com os animais criados ou usados para fins biomédicos devem ser dispensados por técnicos qualificados;

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Artigo IX – Os investigadores e funcionários devem ter qualificação e experiência adequadas para exercer procedimentos em animais vivos. Deve-se criar condições para seu treinamento no trabalho, incluindo aspectos de trato e uso humanitário de animais de laboratório.

USO DE ANIMAIS EM EXPERIMENTOS

OBJETIVOS:

1. Mostrar a importância da forma de tratamento dos animais de laboratórios, levando em consideração que estes dão a vida para que possamos conhecer as funções do organismo.

2. Verificar que o tratamento inadequado de organismo vivo, ocasiona alterações importantes nos resultados das manobras experimentais. ANIMAIS:

Rã e rato são os animais que serão utilizados na realização dos trabalhos

de laboratório relacionados neste texto. MANUSEIO DE ANIMAIS:

Rã: Estes animais são comumente utilizados nos estudos do sistema circulatório, reflexos medulares e atividades de músculo esquelético. Para estes estudos e, para que o animal adquira postura que possibilite as manobras experimentais, inicialmente deve proceder-se à destruição do Sistema Nervoso Central (SNC). Nos casos de estudos de parâmetros circulatórios e músculo esquelético, a destruição deve ser de todo o SNC. Já, nos casos de análise de reflexos, deverá ser preservada a medula espinhal. Para a destruição do sistema nervoso, segure o animal com a mão esquerda, apoiando o polegar sobre o dorso do animal e com o indicador pressione a cabeça para baixo, de modo a localizar uma pequena depressão formada na articulação atlo-occipital. Neste ponto, introduza a ponta de um estilete e ao julgar ter atingido o neuroeixo, execute movimentos laterais a fim de seccionar a medula. Dirigindo a ponta do estilete no sentido caudal, procure introduzir no canal medular e com movimentos giratórios do estilete, destrua a medula espinhal. Retirando o estilete, introduza a sua extremidade no sentido oposto para destruir o encéfalo. Havendo destruição do SNC, o animal não apresentará reflexos.

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Ratos: São animais frequentemente empregados nos trabalhos de laboratórios; são geralmente fáceis de manipular, mas deve ser tomado bastante cuidado, pois, mordem quando são tratados de forma inadequada. Para imobilizá-los, inicialmente devem ser tomados pelo extremo da cauda com os dedos indicador e polegar, colocando-o sobre a mesa, de forma a apoiar as suas extremidades anteriores. Com os dedos polegar, indicador e médio da mão livre, dispostos em forma de pinça e com movimento rápido, deve prender o animal pelo pescoço, não permitindo que o mesmo movimente a cabeça. Persistindo alguma dúvida ou receio na imobilização do animal, pode ser empregada uma toalha, o que permitirá maior segurança na manobra. Para os casos de injeções intraperitoniais, o operador deve também prender a parte torácica e lombar com a mesma mão com a qual está segurando a cabeça do animal (figura 1).

TIPOS DE INJEÇÕES Todos os alunos deverão ler atentamente e entender corretamente as técnicas de aplicação de injeção, que serão empregadas nas diversas práticas programadas pela Disciplina de Fisiologia. A introdução de medicamentos no organismo pelas injeções, denominadas também de via parenteral, se processa através da passagem de fármacos dos interstícios das células à circulação pela via capilar, executando-se a injeção endovenosa, que como seu próprio nome indica, a substância é depositada diretamente na corrente circulatória. Na prática de introdução de medicamentos pela via parenteral, o operador deve enquadrar-se a uma série de cuidados e princípios, de forma a não causar acidentes, que algumas vezes podem adquirir caracteres seríssimos. Estas observações são: seringa e agulha novas e descartáveis adequadas para cada tipo de injeção (observando-se diâmetro, comprimento, bisel, etc); esterilização do material a ser empregado; limpeza e desinfecção da região onde se processará a injeção; nas injeções intramusculares, injetar a substância só depois de verificar por aspiração de que a ponta da agulha não ficou dentro de um vaso sangüíneo. Este cuidado deve ser estritamente observado, principalmente, quando vai se injetar solução oleosa, a qual nunca deve ser depositada na corrente circulatória. Antes da introdução da agulha em qualquer tecido, deve-se retirar todo o ar existente dentro da seringa. Após a observação dos ítens acima, proceda da seguinte maneira: Injeção Subcutânea: É a deposição de uma solução no tecido subcutâneo. O líquido é aplicado lentamente, produzindo um leve aumento volumétrico no local, o que será distribuído através de massagens feitas com algodão e álcool. A agulha deve ser introduzida com movimento rápido e seguindo uma direção

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inclinada com relação à pele. A pele da região onde será feita a injeção, deve ser presa com os dedos polegar, indicador e médio.

Injeção Intramuscular: Com uma das mãos prenda um segmento do músculo da região na qual será feita a injeção. Com movimento rápido e único, introduza a agulha, em uma posição oblíqua com relação à pele, no sentido súpero-inferior. Conseguindo isto, puxe o êmbolo e após verificar que a agulha não está dentro de um vaso sangüíneo, proceda a injeção. Cuidado especial deve ter para que a agulha não lese o ciático ou o radial (Figura 2).

Figura 1. Técnica da injeção intraperitoneal no rato.

Injeção Intraperitoneal: Contido o animal experimental, exponha o seu ventre e injete a solução na cavidade abdominal. Para isto, introduza a agulha no peritônio, atravessando os músculos abdominais (Figura 2). Este tipo de injeção freqüentemente é usado na aplicação de anestésico, aproveitando a rica vascularização da região, o que possibilita a rápida e eficaz absorção da solução. A agulha a ser utilizada deve ser 10x5, para pequenos animais.

Cuidado: respeitar a região ocupada pelo fígado (parte superior direita

da cavidade abdominal).

Figura 2. Locais de injeção intramuscular no homem. A) na região glútea, no quadrante superior externo; B) no músculo deltóide.

Injeção Intravenosa: Esta forma de administração de medicamentos proporciona uma ação imediata, por isso, os cuidados devem ser maiores,

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pois, a reação orgânica também é imediata. Para facilitar a introdução da agulha na veia escolhida deve-se utilizar um torniquete ou compressão de forma a provocar uma estagnação sangüínea e um aumento volumétrico da veia. A agulha deve estar em linha oblíqua em relação à pele e a sua introdução deve ser lenta, de forma a não ultrapassar o vaso (figura 3). A chegada da ponta da agulha no interior da veia é fácil de ser constatada, pois, imediatamente, há um refluxo de sangue para dentro da seringa. Após esta observação deve-se retirar o torniquete ou aliviar a compressão e proceder à injeção.

Figura 3. Técnica de injeção intravenosa. Colocação do torniquete no braço e introdução da agulha na veia cefálica medial.

Cuidado: Não injetar solução oleosa ou ar na corrente circulatória.

UNIDADES DE MEDIÇÕES

Sempre que se deseje quantificar uma determinada grandeza, torna-se necessário medi-la, ou seja, compará-la com uma unidade escolhida previamente. A seguir, apresentamos várias unidades para medição de acordo com o tipo de grandeza em estudo. I. Medidas de comprimento: Medida Símbolo Valor Quilômetro km 103m Metro m Unidade-Padrão Centímetro cm 10-2m Milímetro mm 10-3m Micrômetro µm 10-6m (Ou 10-3mm) Nanômetro nm 10-9m (Ou 10-6mm) Angstrom A 10-10m (10-7mm)

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II. Medidas de massa: Quilograma kg unidade-padrão Grama g 10-3kg Decigrama dg 10-1g Miligrama mg 10-3g Micrograma µg 10-6g Nanograma ng 10-9g Micromicrograma Ou µµg Picograma pg 10-12g III. Medidas de volume: metro cúbico m3 103l Litro l unidade-padrão mililitro ml 10-3l microlitro ou µl ou milímetro cúbico mm3 10-6l IV. Medidas de tempo: Hora h 3,600 s Minuto Min 60 s Segundo s Unidade-padrão milissegundo Ms 10-3s V. Medidas de ângulos: Grau o 1/360 da circunferência minuto ‘ 1/60 do grau Segundo “ 1/60 do minuto VI. Medidas de força:

Newton n unidade-padrão Quilograma-força Kgf unidade-padrão(1 kgf = 9,806 N)

Grama-força Gf 10-3kgf Dina D 10-5N

CONCENTRAÇÕES DAS SOLUÇÕES É entendida como relação entre a quantidade de soluto e a quantidade de solvente ou de solução. Há várias maneiras de expressar as concentrações das soluções, contudo, devemos exprimir as concentrações de uma maneira coerente com os fenômenos que pretendemos observar ou estudar. Assim, por

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nº de móis do soluto

exemplo, se estamos analisando reações entre íons, é conveniente expressarmos as concentrações em Normalidade ou Equivalente - grama por litro, uma vez que as reações se verificam equivalente-grama por equivalente-grama. Concentração comum ou concentração - relação entre a massa de soluto e o volume da solução.

Concentração=

volume da solução

Esta pode ser expressa em: g/L, mg/mL, µg/mL, etc.

Título - é comumente expresso em porcentagem (%), representado a % em peso (p/p) ou volume do soluto na solução (v/v). Assim, por exemplo, solução de glicose a 5%, tem-se 5 g de glicose dissolvidas em 100 g de solução. Outro exemplo: 78% de nitrogênio no ar, tem-se 78 l deste gás em 100 l do ar.

Molaridade (M) - relação entre o número de móis do soluto e o volume da solução.

M = volume da solução em litros Em soluções fisiológicas, comumente, são expressas as concentrações

dos solutos em milimolar (mM) que representa M/1000. Normalidade (N) - é o quociente entre o número de equivalente-grama do soluto e volume da solução. N = volume da solução em litros Quando se diz que uma solução é xN, isto significa que nesta solução há x

eq. por litro de solução, daí ser comum expressar a concentração em equivalente-grama por litro (eq/L). Os componentes iônicos do líquido extracelular, geralmente, são expressos em miliequivalente/litro (meq/L).

l mEq = eq/1000

massa

nº de equivalente-grama do soluto

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Osmolaridade - é o quociente entre o número de osmóis e o volume da solução.

Osmolaridade = volume de solução em litros O nº de osmóis obtém-se: m.i. M

Assim, quando dizemos que a solução tem concentração 0,5 osmolar, isto significa que num litro de solução há 0,5 osmol do soluto. Termo parecido, mas não correspondente é osmolaridade que significa nº de osmóis/kg de solução. Em se tratando de soluções diluídas, osmolaridade e osmolalidade praticamente se equivalem.

Onde m = massa de soluto em gramas

i = fator de Van't Hoff

nº de osmóis do soluto

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UUUUNIDADE INIDADE INIDADE INIDADE I

MEIO INTERNO

1 – Mecanismos Homeostáticos no Homem

As diversas funções do corpo humano são decorrentes de processos físicos e químicos

que continuamente ocorrem em aproximadamente 75 trilhões de células.

A ação de quantidade grande de sistemas de controle locais e sistêmicos permite o

estabelecimento de equilíbrio entre as diversas funções corporais, pela ativação ou inibição de

mecanismos que alteram a atividade de células, órgãos e sistemas.

Os diversos sistemas de controle das funções corporais têm objetivo comum: a

manutenção das condições estáticas, ou constantes, do meio interno, entendendo-se como

meio interno o meio que envolve as células, ou seja, o líquido intersticial nos tecidos e o

plasma no sangue.

As condições referidas acima representam o que em Fisiologia denomina-se

homeostasia e que indicam funcionamento orgânico em condições normais.

Dentre os sistemas de controle das funções corporais, o mecanismo de

retroalimentação (feedback) constitui um dos principais meios de manutenção das condições

necessárias para o funcionamento orgânico normal. O mecanismo de retroalimentação pode

ser positivo ou negativo.

O mecanismo de retroalimentação negativo é o mais importante para a manutenção da

homeostasia. Esse mecanismo atua por resposta contrária do sistema de controle à condição

inicial do estímulo. Ex. o aumento de CO2 no sangue ativa o mecanismo de retroalimentação

negativa que promove a diminuição do CO2 ; a queda da pressão arterial ativa o mecanismo

de retroalimentação negativa, que eleva a pressão arterial.

Devido à ação do mecanismo de retroalimentação negativa, as funções corporais

oscilam dentro de faixas de normalidade (valores mínimos e máximos), pois a tendência de

aumento ou diminuição das funções de células, órgãos e sistemas, continuamente sofrem

correções, permanecendo desta forma, dentro dos limites considerados fisiológicos.

O mecanismo de retroalimentação positivo é conhecido como ciclo vicioso, pois o

mecanismo induz à instabilidade e ao desequilíbrio das funções do organismo. A ação de

retroalimentação positiva pode promover a morte porque a resposta do sistema de controle ao

estímulo original é de potencialização. Ex.: infarto do miocárdio, hemorragia grave.

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As células se beneficiam das condições fisiológicas adequadas para executar as suas

atividades metabólicas e ao mesmo tempo contribuem para a permanência dessas condições

funcionais. Desta forma, quando um ou mais sistemas de controle perdem a sua capacidade

de participar no processo de manutenção das condições normais do meio interno, as células

sofrem podendo até morrer.

A disfunção dos sistemas de controle altera o meio interno promovendo o estado

conhecido como doença: A disfunção generalizada ou de órgãos vitais, pode provocar a

morte.

� Objetivos:

1. Demonstrar a presença de mecanismos de regulação das funções orgânicas.

2. Analisar a interação dos mecanismos de regulação das funções corporais.

Obs: cada grupo deverá ter como voluntário, preferencialmente: V1 (Voluntário 1): 1 atleta ou praticante de atividade física regular; V2: sedentário (= sexo do V1); V3: masculino ou feminino (diferente do V2); V4: fumante; Obs: para este experimento, deverão ser escolhidos alunos que não tenham nenhum

impedimento para a realização de esforço físico.

� Material e Métodos: Termômetro clínico, fita indicadora de pH, escala colorimétrica de pH e cronômetro relógio. Técnica para determinação do(a): Pulso radial: Colocar os dedos indicador, médio e anelar, ou somente o dedo polegar sobre a

artéria radial, entre o osso rádio e o tendão, na altura do punho. Posicionar os dedos do

mesmo lado do dedo polegar do voluntário. Com a polpa dos dedos, sentir a pulsação da

artéria, dando atenção à frequência, à intensidade e ao ritmo.

Temperatura Corporal: Verificar se a coluna de mercúrio do termômetro está no nível zero.

Constatado isso, colocar o bulbo do termômetro na boca do voluntário, embaixo da língua,

deixando-o nessa posição por 3 min. Pedir ao voluntário para que permaneça com a boca

fechada, sem mexer no termômetro. Após esse período, retirar o termômetro e fazer a leitura

da temperatura corporal do voluntário, tomando o cuidado de não tocar no bulbo.

Frequência respiratória: A determinação da frequência respiratória pode ser feita

simplesmente colocando a mão estendida com o dorso voltado para cima, inclinado em

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direção às narinas e boca, apoiando a mão sobre a extremidade do maxilar inferior. Você irá

sentir o ar que expirado. Para obter a frequência respiratória basta contar as expirações

realizadas durante 1 minuto.

pH bucal: Segurar uma das pontas da fita indicadora de pH e introduzir, aproximadamente,

1/3 da fita na boca do voluntário, mantendo-a dentro até o completo umedecimento com a

saliva, colocar a ponta da fita sob a língua a fim de favorecer o contato com o líquido bucal.

Após 10 segundos retirar a fita e fazer a leitura, comparando a reação de cor ocorrida com a

escala colorimétrica fornecida na caixa de fitas.

� Sequência Experimental:

1. Determinar o pulso radial (PR), a frequência respiratória (FR), a temperatura corporal (TC) e o pH bucal dos alunos voluntário. Realizar essas determinações com os alunos em

repouso (Repouso i). Anotar os dados obtidos. 2. Solicitar aos dois voluntários , de preferência com características físicas semelhantes, a realização de exercício físico (pular/ pedalar e/ou correr) por período de 5 minutos . 3. Imediatamente após a realização do exercício físico determinar o pulso radial, a frequência respiratória, a temperatura corporal e o pH bucal. Anotar os dados.

4. Colocar os dois alunos em repouso (Repouso F) por 15 minutos. Após esse período, proceder novamente à determinação dos parâmetros em estudo. 5. Colocar no quadro os dados obtidos, calcular as médias e representar graficamente os resultados obtidos (excel ou prisma ou sigma plot).

PR FR TC PH

V1 V2 V3 V4 V1 V2 V3 V4 V1 V2 V3 V4 V1 V2 V3 V4

Ri

AE

RF

Ri= Repouso inicial; AE= Após exercício; RF= Repouso Final

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� Estudo Orientado: ♦ Quais são as alterações detectadas com o exercício? O repouso restaurou as condições? ♦ Qual a relação funcional entre os parâmetros estudados? ♦ Por que ocorrem estas alterações provocadas pelas manobras experimentais? ♦ O exercício físico provoca diminuição do pH e aumento da temperatura, resultando em um aumento da frequência respiratória (FR), além de sudorose? Como a FR está agindo na regulação das condições do meio interno? ♦ Quais as consequências orgânicas da acidose e da alcalose metabólica? ♦ Descreva as influências das variáveis (atividade física; cigarro; genere) sobre os parâmetros analisados.

2- TRANSPORTE FÍSICO DE MATERIAIS

2.1- Filtração:

� Objetivos: 1- Comparar materiais filtráveis com materiais não filtráveis; 2- Demonstrar a importância da pressão induzida pelo peso do fluido da coluna.

� Materiais: Funil, papel filtro, proveta, carvão vegetal, sulfato de cobre, amido (fervido 0,5 – água), pipeta de 2 mL, 1 tubo de ensaio, solução de Lugol.

� Sequência Experimental:

1- Dobrar o papel filtro em 4 partes, abrir e colocar no funil. Adicione algumas gotas de água para fixar o papel filtro na posição correta.

2- Coloque o funil sobre o proveta; 3- Faça a seguinte mistura: Porções iguais de carvão vegetal (preto) e sulfato

de cobre (azul) e 15 mL de amido (branco): Complete o volume de 25 mL com água. Coloque no funil até a borda superior do papel.

4- Para observar a diferença na taxa de filtração com a altura da solução na diminuição do funil, conte o número de gotas formadas nos primeiros 10 segundos. N.º de gotas nos primeiros 10 segundos: _________________

5- Quando o nível do fluído é reduzido para baixo de 1/3, contar o número de

gotas por segundo (durante 10 segundos) Nº de gotas (durante o segundo 10 segundos):_______________

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6- Repetir o procedimento quando o nível do fluído estiver reduzido para 2/3, contar o número de gotas por segundo (durante 10 segundos). Nº de gotas (durante o terceiro 10 segundos):_______________

7- Observe quais substâncias passaram através do papel filtro por sua cor.

Verifique o papel filtro para determinar se alguma partícula colorida não foi filtrada.

8- para determinar quanto passou através do papel filtro, coloque aproximadamente 2 ml do filtrado no tubo teste, adicione algumas gotas de Lugol. A coloração azul escuro indica que o amido esta presente.

3- EFEITOS OSMÓTICOS DAS SOLUÇÕES SOBRE AS HEMÁCIAS

RECORDE QUE:

� Solução de 1 osmol/L é aquela capaz de exercer a 0ºC uma pressão osmótica de 22,4 atmosfera?

� Osmolaridade significa número de osmóis/l de solução, enquanto que, osmolalidade significa número de osmóis/kg de solução?

� Soluções isosmóticas são aquelas que apresentam a mesma osmolaridade e solução isotônica é aquela que em contato com as células, não lhes causa alteração de volume?

� Reveja as noções de osmose e pressão osmótica.

� Objetivos: 1. Analisar os efeitos de soluções, com diferentes concentrações, sobre o volume

das hemácias. 2. Constatar a importância de ser mantido o meio interno isotônico com o interior

da célula. 3. Ser capaz de calcular a osmolaridade de uma solução.

� Materiais e Soluções:

Materiais: 7 pipetas de 5 ml, 7 tubos de centrífuga, centrífuga, 1 porta-tubos, 1 porta-pipetas e fita adesiva. Soluções: NaCl 5%, 0,9% e 0,4%, glicose a 5,1%, uréia a 1,7%, solução heparina 50 U.I./ mL de solução salina isotônica (solução anticoagulante) e água destilada, 20 mL de sangue com 2 mL de solução de heparina. Animal: cavalo.

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� Sequência Experimental:

1. Dispondo dos 7 tubos iguais de centrífuga, coloque 5 ml separadamente em cada tubo: solução de salina 0,9%, 5%, 0,4%, água destilada, solução de glicose 5,1% e solução de uréia 1,7%. Anote, na parede dos tubos o conteúdo correspondente.

2. Antes de qualquer colheita de amostra, agite suavemente o sangue. Adicione em cada tubo 2 mL de sangue e agite suavemente o tubo. No tubo nº 7 coloque somente 2 mL de sangue.

3. Centrifugue todos os tubos por 10 minutos a 5000 rotações por minuto.

� Estudo Orientado:

♦ Descreva as características do conteúdo dos tubos (cor do sobrenadante,

cor e volume do depósito) após a centrifugação, confrontando-as com as do

tubo tendo apenas sangue.

♦ Calcule a osmolaridade de todas as soluções, tendo os pesos moleculares:

glicose= 180; uréia=60; cloreto de sódio= 58,5, sendo que o fator de Van´t

Hoff(i) corrigido devido à interação iônica de Na+ e Cl- é de 1,84 para as

soluções de cloreto de sódio.

♦ As osmolaridades corrigidas do líquido intersticial é de 0,281 osmóis/l e do

plasma é 0,282 osmóis/l. Por que há esta pequena diferença entre elas? O que

é osmolaridade?

♦ Qual a razão das diferenças (cor do sobrenadante e volume do depósito)

entre o tubo com apenas sangue e os demais tubos?

♦ Classifique as soluções estudadas em relação ao conteúdo das hemácias

quanto à tonicidade (hipertônica, isotônica ou hipotônica) e osmolaridade Hiper,

iso ou hiposmótica).

Obs: Cada mesa de trabalho deve deixar os materiais em ordem como foram

encontrados, sem necessidade de lavá-los.

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UNIDADE IIUNIDADE IIUNIDADE IIUNIDADE II

NEUROFISIOLOGIA

O Sistema Nervoso Central (SNC) recebe, analisa e integra

informações. É o local onde ocorre a tomada de decisões e o envio de ordens. O

Sistema Nervoso Periférico (SNP) carrega informações dos órgãos sensoriais

para o sistema nervoso central e do sistema nervoso central para os órgãos

efetores (músculos e glândulas).

SISTEMA SENSORIAL A maioria dos comportamentos é iniciada pela experiência sensorial que

emana dos receptores sensoriais, quer sejam visuais, auditivos, táteis,

nociceptivos, proprioceptivos. O sistema sensorial transmite as informações

sensoriais dos receptores espalhados por todas as partes do corpo ao SNC por via

dos nervos periféricos. No SNC a informação sensorial é distribuída pelos tratos

nervosos para diferentes áreas sensoriais na medula espinhal, na substância

reticular da ponte, bulbo e do mesencéfalo, no cerebelo, no tálamo e no córtex

cerebral. Os neurônios do córtex sensorial enviam as informações sensoriais para

outras regiões do cérebro, incluindo aquelas áreas que iniciam movimentos da

musculatura esquelética (córtex motor) ou visceral (para o tronco cerebral), ou

áreas importantes para a aquisição e consolidação de memórias (por exemplo, o

hipocampo). Assim, a experiência sensorial pode causar uma reação imediata, ou

sua memória pode ser armazenada no cérebro por minutos, semanas ou anos,

vindo posteriormente auxiliar na emissão de respostas comportamentais ou

viscerais adequadas à apresentação dos mesmos estímulos que a geraram ou a

estímulos semelhantes.

O objetivo destas atividades práticas é estudar as experiências

sensoriais iniciadas pela estimulação de diferentes tipos de receptores sensoriais e

algumas de suas consequências.

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1- SENTIDO SOMÁTICO

A sensação tátil é aquela que detecta o toque, a pressão e a vibração.

Possui o menor limiar de discriminação de intensidade, de discriminação de

localização e discriminação de dois pontos. É a mais desenvolvida das sensações

cutâneas sendo estudado junto com as outras sensações cutâneas, isto é dor,

temperatura e pressão.

� Objetivos:

� Demonstrar a variação do limiar de discriminação táctil de dois pontos

(limiar de dois pontos) em diferentes áreas da superfície corporal

� Determinar a localização do estímulo táctil em diferentes regiões da

superfície corporal no homem.

� Evocar e experimentar várias sensações somestésicas para

compreender os mecanismos sensoriais de detecção, sensação e percepção.

Instruções para organização do grupo:

Cada grupo deverá indicar 2 voluntários (1♀; 1♂) que irão relatar as

experiências sensoriais e o restante do grupo deverá coletar as informações

necessárias e anotar para o relatório.

� Materiais: � alfinete, compasso, 1 régua, lápis (ponta rombuda) e texto em Braille.

� Procedimentos Experimentais: 1.1- Topognosia (Discriminação entre dois pontos)

Ajuste os braços do compasso para que as pontas fiquem com distância de

2 mm; inicie as estimulações cutâneas, aplicando as duas pontas do compasso

simultaneamente nas regiões indicadas na tabela abaixo. O voluntário não pode

estar vendo as estimulações. A cada estimulação consulte o voluntário: “-

Quantos pontos você discrimina?” Anote as respostas na tabela abaixo:

Distância entre dois pontos Local da estimulação 2 mm 5 mm 10 mm 50 mm

Dedo indicador Dedo médio

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Dedo polegar Palma da mão Antebraço Braço Costas Lábios Língua

1.2 - A seguir, analise texto em Braille. Toque com a ponta dos dedos o texto e detecte os pontos. Em seguida, com auxilio de régua, verifique a distância entre dois pontos. Anote. A partir dos dados obtidos que conclusões o grupo chegou?

2-Tato leve O voluntário deverá estar com os olhos fechados. Com um pincel de

cerdas delicadas ou a ponta de um chumaço de algodão toque, alternadamente, as regiões cutâneas que correspondem à inervação distal dos nervos mediano, radial e ulnar de ambas as mãos. Verifique se o voluntário confirma a estimulação sobre a pele e se de forma simétrica em ambos os lados, marcando com sinais de + ou - . Nervo mediano Nervo Ulnar Nervo Radial

Esquerda

Direita

Direita

Esquerda

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Teste a superfície da cabeça, verificando a integridade funcional das três divisões do nervo trigêmeo (V1-oftálmica, V2-maxilar e V3- mandibular).

3) Grafestesia

O voluntário deverá estar com os olhos fechados. Com lápis de ponta rombuda, “escreva” números ou letras (orientadas para o voluntário) sobre a palma da mão do voluntário. Faça à pesquisa em ambas as mãos e em outras regiões do corpo. Como você faria o teste em voluntário analfabeto? 4) Sensibilidade álgica

O voluntário deverá estar com os olhos fechados. Com alfinete, toque a superfície cutânea da mão, alternadamente com a extremidade pontiaguda e rombuda; avise o voluntário quando ele está sendo tocado com uma ou outra ponta para que possa reconhecer a sensação. Em seguida, alterne a estimulação em várias regiões da mão (dedos, palma e dorso da mão), perguntando se está sendo estimulado com a parte romba ou pontiaguda. Anote com sinal de + ou – conforme a resposta.

Pontiaguda Romba Dedo polegar Dedo indicador Palma da mão Dorso da mão

5) Estereognosia

O voluntário deverá estar com os olhos fechados. Selecione objeto conforme o sexo do voluntário e mostre-o aos demais membros do grupo (que devem reconhecê-lo em silêncio). Anote o nome do objeto na coluna da direita e, em seguida, coloque a peça sobre a palma da mão do voluntário e peça-lhe

V1 V1

V2

V3 V3

V2

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que diga o nome do objeto sem manipular o objeto. Caso não reconheça o objeto, solicite que o voluntário manipule. Anote as respectivas respostas: Voluntário ( ) feminino ( ) masculino

item Nome do item Sem manipulação Com manipulação 1 2 3 4 5 Por que a manipulação do objeto torna-se possível reconhece-lo?

2 - QUIMIORRECEPÇÃO SENSAÇÕES GUSTATIVA E OLFATIVA

� Objetivos: � Constatar e analisar as condições e os locais de percepções gustativas e

olfativas. � Sentir as interações das sensações gustativas e destas com as olfativas. � Materiais e Soluções:

Papel de filtro ou pano limpo, cristais de NaCl (sal grosso), soluções de sacarose a 10%, ácido cítrico 2%, NaCl 10%, frutas, frasco com cânfora ou álcool, frasco com tintura de iodo.

1. Sensações Gustativas

1.1- Necessidade de Solução: - Secar bem a língua com papel de filtro e colocar a ponta da língua num

cristal de NaCl. A seguir molhe o cristal com a saliva. ♦ Há diferença na percepção? Explicar

1.2 - Importância do contato:

- Colocar uma solução de sacarose por meio de um bastão de vidro num ponto da língua. Sentir-se-á o gosto doce. Recolher a língua para o interior da boca e fazer os movimentos de degustação, isso aumentará a intensidade da sensação.

♦ Qual a explicação para tal fenômeno?

1.3 - Localização da percepção gustativa:

- Preparar três soluções (sacarose 10%, ácido cítrico 2%, NaCl 10%) e aplicá-las sucessivamente sobre a língua seca por meio de um bastão de vidro.

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Sentir-se-ão os sabores fundamentais: doce, ácido ou azedo e salgado, respectivamente. Sondando a língua com o bastão, observar as áreas mais sensíveis a cada classe de substâncias que determinam as diferentes sensações gustativas: ponta da língua para o doce, bordas anteriores e salgado, bordas posteriores para o ácido e região posterior para o amargo.

♦ O que estes resultados estão indicando em relação aos receptores gustativos?

1.4 - Recepção associada de dois estímulos gustativos:

- Saborear a solução de sacarose 10%, lave a boca e saboreie o NaCl 10%. Em seguida fazer uma mistura de ambas, em tubo de ensaio, e provar a mistura com um bastão de vidro.

♦ Relatar as sensações obtidas para cada caso.

1.5 - Recepção associada de estímulos gustativos e olfativos:

- Tapar os olhos de um voluntário com um pano e fechar as narinas com os dedos ou uma pinça suave. Introduzir na boca, com cuidado, pedacinhos de algum alimento. Pergunte o que tem sobre a língua. Após a resposta, ainda com os olhos vendados desobstrua suas narinas e confira a resposta.

♦ Por que quando estamos resfriados ocorrem alterações no paladar dos

alimentos?

2 - Sensações Olfativas: 2.1 - Necessidade da Inspiração:

- Fazer um companheiro respirar profundamente várias vezes e em seguida fazer uma apnéia inspiratória. Aproximar do nariz um frasco de boca larga com álcool ou cânfora.

♦ Por que não se percebe o cheiro enquanto não se inspira?

2.2 - Adaptação seletiva e Olfação:

- Cheirar um frasco contendo tintura de iodo. Depois de algum tempo o cheiro do iodo deixará de ser sentido. Descansar 1 minuto e em seguida verificar se a capacidade olfativa foi restabelecida. Repetir o experimento com outras substâncias odoríferas disponíveis.

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3 – NOCICEPÇÃO DOR E SENSAÇÕES TÉRMICAS

1.1 - Sensação referida

As gradações térmicas que os seres humanos podem perceber são discriminadas por três tipos diferentes de receptores sensoriais: receptores de frio, receptores de calor e dois subtipos receptores de dor: os receptores de dor por frio e os receptores de dor por calor. Esses dois tipos de receptores de dor são estimulados por graus extremos de frio e de calor, sendo responsáveis, junto com os receptores de frio e de calor, pelas sensações de frio congelante e de quente fervente. Os receptores de frio e de calor estão localizados imediatamente abaixo da pele, em pontos distintos, bem separados, cada um tendo diâmetro estimulante de cerca de 1 mm.

Misturar água e gelo triturado com um pouco de água líquida em um recipiente e aí introduzir o cúbito. Aproximadamente 1 minuto depois, sentir-se-á cócegas nos dedos anelar e mínimo.

1.2 - Somação Espacial de Sensações Térmicas Em uma cuba contendo água a 50 º C introduzir primeiro o dedo e depois a

mão e em seguida, inversamente, primeiro a mão e depois o dedo. A sensação de calor será tanto maior quanto maior a superfície estimulada, pois, mais pontos de calor serão atingidos. O mesmo se passará com a sensação de frio, usando-se água a 10 º C. 1.3 - Adaptação a Estímulos Térmicos

Introduzir a mão direita em uma cuba com água a 10 º C, a mão esquerda em outra com água a 50º C, e depois de certo tempo, ambas em água a 35º C.

♦ Qual é a sensação recebida? Explicar:

1.4 - Persistência da Sensação de Frio Aplicar sobre a fronte um tubo de ensaio com gelo picado durante certo

período de tempo. Com a sua remoção persistirá a sensação de frio e desaparecerá gradualmente.

♦ Por que a sensação não desaparece imediatamente com a retirada do

tubo?

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Teste de Retirada da Cauda

De acordo com a International Association of Study of Pain (IASP), dor pode ser definida como: “experiência sensorial e emocional desagradável associada com o atual ou potencial dano tecidual ou descrita em termos deste dano”. O fenômeno da dor é claramente experiência sensorial-emocional que está fortemente ligada a sensações somáticas, com algo de qualidade única. Assim, a quantificação da dor e consequentemente da analgesia sofrem influências de vários fatores incluindo o estado emocional. Uma forma alternativa para se medir a analgesia é o uso de modelos animais. Alguns autores sugerem que certos testes algesimétricos podem revelar diferentes sistemas produzindo antinocicepção ou diferentes características em um único sistema antinociceptivo (Dennis & Melzack, 1979).

OBJETIVO

Verificar se o efeito da administração de agonista opióide sobre o limiar nociceptivo em ratos, utilizando-se para isto o teste de retirada de cauda. Ao final da aula, o objetivo da abordagem experimental utilizada é discutir os mecanismos de modulação da dor.

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

Os animais serão colocados em aparato para contenção e terão a porção

distal (3 a 4 cm) de sua cauda colocada sobre resistência, que é aquecida por

corrente elétrica. Cronometra-se o tempo em segundos (latência) que o animal

leva para emitir o reflexo, ou seja, retirar a cauda. Caso o animal não remova a

cauda da fonte de calor dentro de 6 s, o dispositivo será afastado para prevenir

possíveis danos teciduais. Antes de efetuar qualquer tratamento deve-se

determinar a latência da resposta em segundos para cada animal, por três vezes

consecutivas em intervalos aleatórios de 1 a 3 minutos. A média da latência das

três respostas deverá ser considerada como valor basal, ou linha de base.

Após a determinação da linha de base os animais serão divididos em dois grupos experimentais:

Grupo 1 (CONTROLE): Administrar i.p. solução salina, usada como controle. Efetuar medida das latências nos intervalos de 0, 5, 10, 15 e 20 min após a administração da salina.

Grupo 2 (MORFINA): Administrar i.p. agonista opióide, na dose de 0,2 mL/Rato. Efetuar medida das latências nos intervalos de 0, 5, 10, 15 e 20 min após a administração da droga.

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Comparar os resultados das latências médias de ambos os grupos antes e após o tratamento. Fazer gráficos e discutir os resultados obtidos.

Resultados

Grupo 1: CONTROLE

CONTROLE

1°°°° 2°°°° 3°°°° md

0

min

5

min

10 min

15 min

20 min

R1 R2 R3 R4 R5

MÉDIAS

Grupo 2: MORFINA

CONTROLE

1°°°° 2°°°° 3°°°° md

0

min

5

min

10 min

15 min

20 min

R1 R2 R3 R4 R5

MÉDIAS

SISTEMA MOTOR

Enquanto o sistema nervoso sensorial nos proporciona representação do mundo exterior e do estado interno do corpo, o processamento motor começa com uma “imagem” de um movimento desejado e, finalmente, sua expressão na forma de comportamento. A mentalização do mundo exterior e do nosso próprio corpo tem como principal função guiar a expressão motora na forma de várias posturas e combinações de movimentos do corpo e partes do corpo. Ao contrário do sistema sensorial que transforma os sinais físicos e químicos do ambiente em sinais neurais, o sistema motor faz o inverso: processa os sinais neurais em comandos ordenados que irão determinar no músculo a força contrátil que deverá utilizada para realizar determinado movimento. Assim como a nossa capacidade perceptual reside em detectar, analisar e estimar o

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significado dos estímulos ambientais, a nossa habilidade e performance motora refletem a capacidade do sistema motor planejar, coordenar e executar os movimentos. Nessa linha de produção as fibras musculares são os elementos finais que traduzem os códigos neurais em força contrátil do movimento pretendido. Tanto o sistema sensorial como o motor está sujeito ao aperfeiçoamento pela aprendizagem: reconhecemos os mais variados estímulos do ambiente como produto da experiência e incorporamos e aprimoramos as mais variadas tarefas motoras. A motricidade somática nos garante a manutenção da postura e locomoção do nosso corpo, da movimentação de suas partes específicas para realizar tarefas manipulativas como a construção e uso de ferramentas e, finalmente, a de expressar nossos pensamentos e os sentimentos.

O sistema motor requer unidades de trabalho que operem em harmonia para a expressão do comportamento. Essas unidades podem ser resumidas em:

Unidade de planejamento e comando: idealização do movimento (córtex motor)

Unidades de controle: detectam os erros entre o movimento programado e o que está sendo executado (cerebelo e núcleos da base)

Unidade de ordenação: enviam aos músculos comandos finais (motoneurônios da medula e do tronco encefálico)

Unidade de execução: realização do movimento (músculos)

Durante a execução das tarefas motoras, seja de qualquer natureza, o sistema motor atua basicamente controlando os músculos fásicos de contração rápida (que realizam contrações discretas e transitórias e nos permitem a realização de movimento) e os músculos tônicos de contração mais lenta porem bastante resistentes à fadiga (que atuam estabilizando as articulações e garantindo a postura). A diminuição do ângulo articular é realizada pelos músculos flexores e o aumento, pelos músculos extensores. Cada movimento é o resultado do balanço entre a atividade de músculos antagônicos: dos agonistas que movem as articulações e de antagonistas que as estabilizam.

Além de controlar esses grupos isolados de músculos, o sistema motor leva em conta outras tarefas importantes:

- Elabora comandos precisos no tempo e no espaço para recrutar não apenas um, mas vários grupos de músculos envolvidos num determinado movimento.

- Distribui a força muscular para ajustar movimentos particulares. Quando nos colocamos em pé, primeiro os músculos extensores das pernas devem

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estabilizar as articulações antes dos que irão ajustar a posição do tronco e da cabeça.

- Leva em consideração as propriedades mecânicas do sistema que está executando o movimento (músculos, ossos e ligamentos).

- Monitora e analisa o fluxo contínuo de informações sobre os eventos do meio ambiente externo, da posição do corpo e da orientação dos membros no espaço e o grau de contração dos músculos.

Essas informações servem para realizar ajustes necessários antes e durante a execução do movimento encefálico e córtex cerebral; cada um possui circuitos neuronais distintos paralelamente organizados que influenciam uma via final comum: os motoneurônios. Cada nível da hierarquia motora recebe aferências sensoriais que lhes são relevantes para executar a tarefa, mas há uma organização de tal maneira que os circuitos corticais dominam os do tronco encefálico e este, os da medula. Estruturas subcorticais como núcleos da base e cerebelo constituem partes essenciais da motricidade, principalmente voluntária. Quando desejamos realizar um ato voluntário, os córtices associativos criam a imagem do movimento desejado e envia essa intenção para o sistema motor. O sistema motor então planeja, elabora táticas e executa o movimento desejado. Todo o nível da organização motora necessita de informações sensoriais, como por exemplo, o efeito que a gravidade está exercendo sobre os músculos e o sobre o corpo, como o corpo se encontra no momento, as eventuais discrepâncias entre o movimento pretendido e o que realmente está acontecendo, a variação da tensão mecânica durante a contração, etc.

A expressão motora somática é constituída não só de expressões voluntárias como também de atividades involuntárias (reflexas). Que padrões de movimentos do nosso corpo podemos reconhecer?

4-REFLEXOS REFLEXOS MEDIADOS PELA MEDULA

� Objetivos:

1. Demonstrar a função do arco reflexo na atividade muscular. 2. Verificar a importância de reflexos simples e de complexidade crescente nos

movimentos. 3. Observar as reações do animal quando submetido a estímulos mecânicos e

químicos.

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� Materiais e Soluções:

Materiais: suporte para animal, gancho de alfinete, pedaços de linha, estilete, recipientes de vidro, papel de filtro, conta-gotas, algodão, material cirúrgico, béquer de 50 ml.

Soluções: ácido acético glacial, cloreto de sódio isotônico e água destilada.

Animal: Rã

� Técnica:

1- Observe os movimentos do animal em situação normal e quando colocado em decúbito dorsal. Com o estilete destrua o encéfalo do animal segundo descrição em "Manuseio de animais"; tomando-se o cuidado de não lesar a medula espinal. Dessa forma a medula espinal estará desconectada do encéfalo e íntegra.

2- O animal, imediatamente à destruição do encéfalo adquire uma postura chamada "choque espinal", caracterizada pela ausência total dos reflexos. Esse fato é constatado estimulando-se com uma pinça a pata do mesmo. Após alguns minutos os músculos apresentam um ligeiro tônus, embora desprovido de movimentos voluntários (fica móvel).

3- Suspenda o animal no suporte por meio de um gancho na mandíbula. � Sequência Experimental:

1. Provoque o pinçamento em uma das patas do animal e anote as reações observadas.

♦ Conceitue "choque espinhal".

♦ Desenhe um arco reflexo simples. 2. Adicione 2 gotas de ácido acético no béquer acrescido de 25 mL de água.

Coloque uma pata do animal no recipiente. Se não obtiver resposta, adicione mais ácido até o seu aparecimento. Anote essa resposta e lave a pata do animal.

♦ Quantas gotas foram necessárias para obter a resposta?

♦ Além do estímulo químico que outros estímulos podem despolarizar os

receptores em geral? Pince a pata, por exemplo.

3. Aumente a concentração de ácido acético, adicionando mais 5 gotas de ácido. Submergir novamente a pata do animal e observe a resposta.

♦ Como se explica a movimentação dos outros membros do animal?

♦ Faça um desenho das vias implicadas nessa resposta.

♦ A que se deve o lapso de tempo entre a aplicação do estímulo e a resposta

muscular?

4. Coloque o papel de filtro embebido em ácido, no dorso do animal. ♦ Descreva a movimentação do animal.

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♦ Qual o critério formado sobre a função medular, depois de observar a

resposta do animal ao estímulo nocivo?

5. Retirar uma porção da pele de uma das pernas da rã e expor o tecido muscular. Aplicar o papel embebido em ácido sobre a região.

♦ Onde estão localizados os nociceptores?

6. Destrua a medula espinhal com o estilete. Coloque a pata do animal no líquido com ácido e observe se aparece algum reflexo.

♦ Explique o fenômeno.

REFLEXOS TENDINOSOS PROFUNDOS OU MIOTÁTICOS (Humano)

A percussão do martelo (estímulo mecânico) sobre o tendão de determinado

músculo causa a sua contração reflexa. As contrações nem sempre são visíveis e torna-se necessário senti-las por apalpação. Vamos realizar dois reflexos miotáticos.

� Objetivos:

1. Analisar as vias do reflexo patelar no homem. 2. Demonstrar a atuação de níveis nervosos superiores sobre esse reflexo. � Material: martelo neurológico.

Reflexo patelar: O voluntário deverá estar sentado com as pernas pendentes (sem apoio) sobre uma mesa. Golpeie o tendão patelar (Fig.1 ).

1- Analise e descreva o circuito neuronal do reflexo patelar (Fig. 2):

2-Motoneurônio α

Figura 1 - Reflexo patelar

Figura 2 - Circuito neuronal do reflexo patelar. 1. via aferente; 2. motoneurônio alfa.

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Reflexo tricipital : Golpeie o tendão do tríceps acima da inserção do processo do oleocrânio ulnar conforme mostra a figura .3.

2-Para que um membro possa fletir ou se estender, que outro reflexo deverá estar ocorrendo simultaneamente (Fig. 4)? Por quê? Descreva como seria esse reflexo.

ESQUERDO

ESTENDER O ANTEBRAÇO

Reflexo de retirada (a)

Reflexo de inibição recíproca (b)

Reflexo extensor cruzado (c)

DIREITO

FLETIR O ANTEBRAÇO

a

c b

Figura 3 - Reflexo Tricipital

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Figura 4 - Circuitos neuronais de excitadores (+) e inibidores (-) envolvidos no reflexo de retirada; inibição recíproca e extensão cruzada. O esquema ilustra a via aferente, a integração medular de impulsos e as respostas motoras.

FUNÇÕES CEREBELARES

O cerebelo é o principal órgão envolvido com a coordenação da motricidade somática e os padrões de marcha revelam se sua função está íntegra. A realização de movimentos aprendidos, precisos, dirigidos para um alvo requer a atividade simultânea de vários músculos atuando em várias articulações. A programação de força e da velocidade depende da integridade funcional do cerebelo e a sua disfunção produz decomposição do movimento e a falta ou excesso de força (dismetria). Esses dois problemas causam a ataxia.

Como avaliar a integridade funcional do cerebelo?

LEMBRETES:

Vestibulocerebelo (arquicerebelo, lobo flóculo-nodulo). Recebe aferências do sistema vestibular. Sua disfunção causa nistagmo, instabilidade troncular e ataxia.

Espinocerebelo (paliocerebelo, vermis e paravermis): recebe amplas informações cutâneas e proprioceptivas que chegam da medula. Os processamentos das informações proprioceptivas são importantes para fazer ajustes posturais e a disfunção causa ataxia troncular. Cerebrocerebelo (Neocerebelo, hemisférios cerebelares): recebe conexões do córtex cerebral (predominantemente motor) e envia os sinais neurais de volta via tálamo, participando do planejamento motor do córtex. As disfunções resultam na incoordenação da fala, e ataxia das extremidades e as lesões cerebelares se manifestam homolateralmente e apresentam sinais como hipotonia, decomposição do movimento, dismetria e dificuldade de realizar movimentos rápidos e alternados.

1 - Equilíbrio estático:

1.1 - Peça ao voluntário para se levantar, caminhar (ir e voltar). Depois peça que caminhe pé-ante-pé. 1.2) Peça a um voluntário ficar em pé com os pés juntos durante 30s com e sem os olhos abertos. Outro participante do grupo deverá ficar responsável pelo cronômetro e deverá avisar o tempo em que ocorreu a primeira oscilação. Compare o grau de oscilação do corpo.

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Olhos abertos Olhos fechados Os dois pés juntos Um pé à frente do Um pé

2) Teste Dedo-Nariz Com dedo indicador tocar o seu próprio nariz e em seguida, o dedo do

colega, de forma mais rápida e suave. Depois de várias tentativas, repetir o exercício com os olhos fechados.

O mal funcionamento do cerebelo dificultaria a realização precisa e coordenada desse movimento: todas as vezes que se tentasse tocar o nariz ou o dedo ocorreria a ultrapassagem do ponto e os tremores .

3) Diadococinesia

A capacidade de realizar movimentos rápidos e alternantes. Teste a sua capacidade de realizar movimentos alternantes com os dedos das mãos.

REFLEXOS MEDIADOS PELO TRONCO ENCEFÁLICO (Nervos cranianos)

Reflexo Mandibular ou mentual

Peça ao voluntário que fique com a boca levemente entreaberta. Percuta o mento de cima (Fig. 1). A resposta reflexa deverá ser o fechamento da boca pela ação dos músculos mastigadores. Discuta sobre os resultados obtidos.

Figura 1: Reflexo Mandibular ou mentual

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DETERMINAÇÃO DA EFICIÊNCIA OU ÍNDICE MASTIGATÓRIO

O método mais comumente utilizado para se determinar a eficiência

mastigatória de uma pessoa, consiste em instruí-la a mastigar uma quantidade de alimento, geralmente de consistência razoável, durante um determinado número de ciclos mastigatórios, ou até que ela considere que o alimento está pronto para ser deglutido. O alimento mastigado é então expelido da cavidade oral e passado através de uma série de tamises, cada uma com diferentes diâmetros de malha. Portanto, a eficiência constitui na medida do tamanho das partículas em que o alimento foi dividido, determinado pela ausência de partículas grandes e pelo predomínio de partículas pequenas. Os resultados desse estudo têm demonstrado que uma boa dentição é necessária para se obter mastigação efetiva. Sem dúvida, a eficiência mastigatória não pode ser estimada somente a partir do número de dentes presente, pois ela varia muito entre os indivíduos com o mesmo número de dentes. O que parece ser realmente de grande importância é a área ou superfície de contato dos dentes. � Objetivo: Determinar a eficiência mastigatória. � Material:

Tamises com malhas de 5, 4, 3, 2, e 1 mm; 20 gramas de coco em fruta ou cenoura crua de tamanho médio; 1 béquer, centrífuga; 5 tubos graduados; álcool, espátula ou colher pequena. � Procedimento: Examinar as dentárias de um aluno voluntário, anotando as ausências de dentes, presença de cáries e qualquer outra anomalia, como por exemplo – mordida aberta, mordida aberta com arremesso lingual, mordida cruzada, etc...

Tamises Superpostas

PIA

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Figura 1 - Tamises superpostas e deitados mostrando as malhas.

� Sequência Experimental: 1. Fazer o voluntário mastigar 20 g de 1 cenoura de tamanho médio dividida em 4 pedaços equivalentes, realizando para cada pedaço 50 movimentos mastigatórios, tendo o cuidado de não deglutir as partículas, recolhendo-as a um béquer. 2. Verter todas as partículas mastigadas sobre os tamises, que devem estar superpostos em ordem crescente, isto é, o tamis de malha 5 mm sobre o de 4 mm, este sobre o 3 mm e assim por diante (figura 1). Todas as partículas são colocadas inicialmente sobre o tamis de 5 mm. 3. Tamisar sob pressão d’água. 4. Recolher as partículas mastigadas obedecendo ao seguinte critério: as partículas mastigadas do tamis de: 1 mm: tubo A 2 mm: tubo B 3 mm: tubo C 4 mm: tubo D 5 mm: tubo E 5. Adicionar álcool a cada tubo até 2 centímetros da borda. 6. Centrifugar durante 5 minutos numa velocidade de 2.000 rotações por minuto. 7. Fazer a leitura (em mL das partículas dos alimentos) de cada tubo e aplicar a

seguinte fórmula; substituindo as letras pelos valores respectivos obtidos.

8. Confrontar o índice calculado com os índices mastigatórios fornecidos na tabela que se segue:

Valores médios dos índices mastigatórios encontrados na literatura:

Índice mastigatório

superior a 10 ótimo 5 a 9,9 bom 2,0 a 4,9 regular 1,0 a 1,9 mau inferior a 1,0 péssimo

� Estudo Orientado: ♦ Qual o índice obtido? ♦ A que qualidade ou defeitos você atribui ao grau de eficiência mastigatória

obtida?

4.A + 2.B + C Índice mastigatório= D + E

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♦ Em uma pessoa que come depressa, como se comportaria o índice?

5-MOTRICIDADE

PROPRIEDADES DO MÚSCULO ESQUELÉTICO A característica principal do músculo esquelético é a sua capacidade

de contrair-se, e desta maneira, produzir tensão e realizar trabalho. A ação muscular é dotada de propriedades, que podem ser identificadas tanto no músculo isolado, quanto em funcionamento no corpo.

Em circunstâncias fisiológicas, porém, o músculo é ativado pelos neurônios que o inervam, situados na medula. Cada motoneurônio inerva número finito de fibras musculares, constituindo a unidade motora. Estimulando-se eletricamente os axônios de um nervo motor, pode-se estudar as propriedades do sistema formado pelo nervo, junção mioneural e fibras musculares.

Células musculares, assim como neurônios, podem ser excitadas por estímulos químicos (ACh), elétricos e mecânicos, que produzem potencial de ação que é transmitido por sua membrana celular. De modo diferente dos neurônios, as células musculares possuem mecanismo contrátil que é ativado pelo potencial de ação resultando em aumento da atividade de Ca++ intracelular, deslizamento das proteínas contráteis, actina e miosina, encurtando os sarcomêros após o potencial de ação.

Tipos de contração: A contração muscular envolve essencialmente o encurtamento dos seus elementos contráteis. Apesar disto, a contração pode ocorrer sem que haja redução grande do comprimento do músculo, graças aos elementos elásticos do músculo. Este tipo de contração recebe o nome de contração isométrica (“mesma medida”). Por sua vez, a contração com aproximação da origem e inserção muscular se denomina isotônica (“mesma tensão”). Na atividade prática em que realizarão a queda de braço ou braço de ferro, vocês poderão analisar os dois tipos de contração citados a cima.

� Objetivos: Evocar e experimentar algumas respostas motoras de natureza reflexa e

voluntária. Discutir os mecanismos causais dessas atividades motoras e o nível topográfico em que as associações sensoriais e motoras ocorrem.

FIZ ALTERAÇÕES (PEQUENAS) ATÉ AQUI - RCMD

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Instruções para organização do grupo: Cada grupo deverá indicar 2 voluntários de mesmo sexo para executar as atividades práticas e relatar as experiências sensoriais. O restante do grupo deverá orientar, coordenar e coletar as informações necessárias e anotar para o relatório.

1 - CONTRAÇÃO ISOTÔNICA E ISOMÉTRICA

Peça para dois colegas do mesmo tamanho disputarem braço de ferro. No decurso da disputa, ambos desprendem grande esforço, a musculatura fica rija e ambos os braços mal se movem. Mas logo, haverá um vencedor. Observem que a desistência é caracterizada pelo relaxamento muscular.

Agora discuta:

a) De que maneira a contração muscular foi progressivamente aumentada até a contração máxima?

b) Quando os braços estavam rijos e praticamente imóveis que tipo de contração (isométrica ou isotônica) estaria ocorrendo? Como os sarcomêros estariam se comportando?

c) Foi vantajosa a desistência de um deles? O que aconteceria se não desistisse?

2 - APALPAÇÃO

Com a mão apalpando o próprio bíceps experimente a sua textura (percepção somestésica) enquanto ele está em repouso (o braço em extensão). Ainda com a mão sobre o bíceps faça um movimento rápido de flexão do antebraço sobre o braço e, depois, uma flexão lenta aplicando bastante forca. Descreva os três estados da tonicidade muscular.

Braço relaxado

Contração rápida

Contração lenta

Como você acha que estariam os músculos de uma pessoa que tivesse sofrido paralisia?

Uma pergunta que é frequentemente formulada: os músculos esqueléticos contribuem na função homeostática do corpo? Para responder basta lembrar que um dos mais importantes efetores do organismo é a musculatura estriada, cuja função é provocar movimentos; nisto envolvendo alterações elétricas, químicas e térmicas. Movimentos estes que

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possibilitam a procura de alimentos, fugir de situações hostis, defender-se e outras ações que visam preservar o organismo, portanto, manter os mecanismos homeostáticos. No aspecto estrutural é conveniente lembrar que as células (fibras) musculares esqueléticas em geral, tem o mesmo comprimento do músculo, e espessura de 10 a 80 µm. Cada axônio, cujo corpo celular se encontra no sistema nervoso central (medula ou encéfalo) inerva algumas ou centenas de fibras musculares, dependendo do tipo de músculo, constituindo no conjunto uma unidade motora. A terminação do axônio se interrelaciona com as fibras musculares, formando a junção mioneural ou junção neuromuscular que é na verdade uma sinapse entre a fibra nervosa e a fibra muscular esquelética cujo mediador químico, é a acetilcolina. No aspecto funcional a fibra muscular estriada se contrai somente quando é despolarizada, entendendo por despolarização mudanças rápidas e intensas do potencial da membrana (sarcolema) necessárias para desencadear o mecanismo de contração. No organismo a célula muscular é despolarizada quando a acetilcolina é liberada na junção mioneural por ação do impulso nervoso que percorrerá a terminação do axônio. Experimentalmente, podemos provocar a despolarização da célula muscular mediante estímulos elétricos, mecânicos ou químicos. Para tal, necessitando o estímulo de uma intensidade mínima (estímulo limiar) ou acima desta (estímulo supra-limiar). Do que foi dito acima, podemos afirmar e complementar que as células musculares ao sofrerem a ação da acetilcolina, ou receberem um estímulo limiar ou supra-limiar, se despolarizam. Com a onda despolarizadora ocorre o abalo muscular que tem duração bastante variável conforme o músculo, mas sempre superior ao potencial de ação (compreendendo despolarização e repolarização); o que quer dizer que antes da fibra muscular se relaxar, a fibra nervosa já se encontra em condições de responder a um novo estímulo.

PROPRIEDADES DO MÚSCULO ESQUELÉTICO

� Objetivos:

1. Examinar algumas atividades mecânicas do músculo esquelético mediante estimulação elétrica direta do músculo.

2. Identificar e analisar diferenças entre a estimulação direta do músculo e através do nervo.

� Materiais e Soluções:

Materiais: estilete para espinhalar o animal, prancha de cortiça, suporte da prancha, miógrafo, estimulador e eletrodos, instrumental para cirurgia, luvas, linha com 2 ganchos, alfinetes.

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Solução: Ringer.

Animal: rã.

� Técnica:

1- Destrua o sistema nervoso central da rã da mesma maneira que fora exposto em "Manuseio de animais experimentais" no início deste manual.

2- Colocado o animal em decúbito ventral, seccione longitudinalmente a pele do membro posterior, em toda a sua extensão, e a seguir, mediante incisão circular na porção superior da coxa, remova a pele completamente, tracionando-a com pinça no sentido do pé do animal.

3- Identifique o músculo gastrocnêmio e isole totalmente o tendão (de Aquiles). Corte o tendão em seu extremo posterior e puxando-o levemente separe o músculo gastrocnêmio dos tecidos circunjacentes até o joelho (fig.1).

4- Isole o nervo ciático. Para tal, separe delicadamente, mediante uma pinça clínica, os músculos da região dorsal da coxa em direção às camadas mais profundas. O nervo apresenta-se, junto ao vaso sanguíneo, como um fio cordonê branco. Amarre-o com um fio o mais próximo possível da coluna vertebral e entre esta e o fio, corte-o.

5- Com uma tesoura grande e resistente, seccione os ossos e demais estruturas logo acima e abaixo do joelho, de modo a isolar a preparação joelho-músculo gastrocnêmio.

6- Fixe o joelho da preparação com alfinetes na prancha de cortiça e mediante um gancho, o tendão no miógrafo.

7- Mantenha sempre molhado músculo-nervo com solução de Ringer.

Figura 1 - Identificação do músculo gastrocnêmio (G) e do joelho (J) e a conecção deste músculo com o miógrafo para o registro de suas contrações.

� Sequência Experimental:

1. Aplique estímulos elétricos isolados (controle manual) diretamente no músculo, a começar com voltagem zero (duração de 2 ms) e aumente-a gradativamente até que o músculo responda aos estímulos, apenas no local que são tocados os eletrodos.

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♦ Qual o nome deste estímulo de intensidade mínima capaz de excitar o

músculo?

♦ E o nome de estímulos mais intensos?

♦ Servindo-se do mesmo procedimento, estimule o nervo ciático.

♦ Qual dos dois (músculo ou nervo) constitui tecido mais excitável?

2. Aplique estímulos elétricos repetitivos, no músculo, na frequência de um a cada 2 s, aumentando gradativamente a voltagem até a estabilizar a intensidade das contrações.

♦ Descreva e esquematize o registro obtido nestas condições. Explique o

ocorrido.

♦ Qual o nome dado a este fenômeno?

3. Aplique estímulos elétricos no músculo com voltagem que provoque contração máxima do músculo e sem alterá-la aumente gradativamente a frequência a partir de 1/s, até obter um registro em que as contrações não são distinguíveis uma da outra.

♦ Descreva e esquematize os registros com o aumento da frequência.

♦ Qual o nome dado para tal fenômeno e por que isto ocorre? 4. Utilizando estímulos com alta frequência (50 cps) com voltagem capaz de

provocar a contração total do músculo, (igual ao do ítem 3), estimule o nervo ciático por 1 minuto, interrompa por 3 segundos e repita a operação até o músculo gastrocnêmio responder fracamente.

Você acaba de obter o fenômeno da fadiga.

♦ O que é e quais os tipos de fadiga nervo-musculo?

5. Estimule o nervo ciático com a mesma voltagem e frequência do ítem anterior e a seguir estimule diretamente o músculo.

♦ Você poderá obter uma das 3 situações: 1) contrações iguais nos 2 casos; 2) contrações maiores ao estimular diretamente o músculo;

3) contrações maiores ao estimular o nervo.

♦ Como se apresentaram as contrações musculares ao executar este teste?

♦ Explique o ocorrido e as outras 2 possibilidades levantadas caso

ocorressem.

Obs. - Desligue o estimulador e limpe a mesa de trabalho e os materiais. O animal deve ser deixado à disposição do técnico de laboratório.