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2008/2009Hidráulica Urbana1
HIDRÁULICA URBANA
Engenharia Civil
Isabel BentesProf. Associada
2008/2009Hidráulica Urbana2
Regras de AvaliaçãoAvaliação Contínua:
– 2 testes (nota mínima de 7.5 valores)– Para serem admitidos à avaliação contínua o nº máximo de faltas às aulas
teóricas e às aulas práticas não pode exceder ¼ das aulas previstas.– Só têm direito a realizar 1 chamada de exame.
Avaliação por exame:– Para que os alunos sejam admitidos a exame o número máximo de faltas
nas aulas práticas não pode exceder ¼ das aulas previstas.– Só têm direito a realizar 1 chamada de exame
Notas entre 8,5 e 10 valores ou superiores a 16 têm que se submeter a um exame oral.
Datas dos exames– 1ª chamada –27/01/2009– 2ª chamada –03/02/2009– Época especial – 21/07/2009
2008/2009Hidráulica Urbana3
Datas dos testes:1º teste: 26/11/20082º teste: 14/01/2009
Horário de atendimento:– 3ª feira das 16:00 às 18:00 horas
2008/2009Hidráulica Urbana4
Bibliografia:– José Alfeu Almeida de Sá Marques e Joaquim José de Oliveira
Sousa, Hidráulica Urbana – Sistemas de Abastecimento de Água, Coimbra, Imprensa da Universidade, 2006
– Bentes, I., Fernandes, L., Almeida, S., Hidráulica Aplicada –Exercícios, Série Didáctica da UTAD, Vila Real, 2002.
– Decreto Regulamentar nº23/95, Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e de Drenagem de Águas Residuais e Prediais de Distribuição de Água, Agosto 1995.
– Manual de Saneamento Básico, Ministério do Ambiente e dos Recursos Naturais, Direcção Geral dos Recursos Naturais, 1º e 2º Volumes, Lisboa, Portugal, 1991, ISBN 972-9412-04-9 e 972-9412-05-7.
– McGhee, T., Water Supply and Sewerage, McGraw-Hill International, 6th Edition, 1991, ISBN 0-07-060938-1.
2008/2009Hidráulica Urbana5
Programa
1. Projecto e construção de sistemas de abastecimento de água
1. Ciclo hidrológico e de utilização da água2. Bases de concepção e dimensionamento3. Captações4. Estações elevatórias5. Adução6. Reservatórios7. Redes de distribuição
Projecto e construção de sistemas de drenagem urbana
1. Redes de drenagem de águas residuais2. Redes de drenagem de águas pluviais
2008/2009Hidráulica Urbana6
1.1 Generalidades
O desenvolvimento implica disponibilidade de recursos hídricos
Água como bem escasso– 97% água salgada– 3% água doce
75% estado sólido25% no estado líquido
– Distribuição irregular no espaço e no tempo– Condicionalismos administrativos e/ou políticos– Características de potabilidade
2008/2009Hidráulica Urbana7
Água residual– Auto-depuração do meio receptor– Tratamento
Poluição– Contaminação– Poluição
Hidráulica Sanitária– Proporciona os meios técnicos indispensáveis ao
aproveitamento da água disponível nas reservas naturais para a satisfação das necessidades humanas e posterior rejeição sem que o equilíbrio do meio ambiente venha a ser afectado
2008/2009Hidráulica Urbana8
1.2 Ciclo Hidrológico
2008/2009Hidráulica Urbana9
Ciclo de Utilização da Água
Água MatériaPrima
Água nasReservasNaturais
ÁguasResiduais
Utilização
Trata-mento
Trata-mento
Reutilização
2008/2009Hidráulica Urbana10
1.3. Análise e Gestão de Recursos Hídricos
A análise e gestão dos recursos hídricos visa uma adequada integração dos ciclos de utilização da água , no ciclo hidrológico e a quantificação dos recursos faz-se em termos de equações de balanço hidrológico que englobam:– Caracterização das entradas
– Precipitações– Caudais provenientes de outras bacias
– Caracterização das saídas– Evaporação e evapotranspiração– Caudais que saem a jusante da bacia
2008/2009Hidráulica Urbana11
– Caracterização dos ciclos de utilizaçãoCaptaçãoTratamentoArmazenamentoDistribuiçãoUtilizaçãoRecolhaNovo tratamentoDevolução ao meio receptor
CAUDAIS AFLUENTES maiores ou iguais que CAUDAIS A CAPTAR
OU CAUDAIS AFLUENTES TEMPORARIAMENTE menores que CAUDAIS A CAPTAR
2008/2009Hidráulica Urbana12
1.4. Poluição das ÁguasPoluição é uma alteração da qualidade da água que a torna perigosa ou imprópria para ser utilizada.O conceito de contaminação liga-se à presença de microorganismos.Natureza da poluição:
– Orgânica –Esgotos urbanos ou industriais de características idênticas às dos esgotos urbanos
– Química – Efluentes industriais, adubos, pesticidas e substâncias químicas transportadas pela atmosfera
– Física – Presença de detritos– Microbiana – Devido à presença de microrganismos patogénicos– Térmica – Efluentes industriais lançados no meio a elevadas
temperaturas– Radioactiva – Resíduos radioactivos
2008/2009Hidráulica Urbana13
1.5. Condução da Água no seu Ciclo de Utilização
Abastecimento de Água– Constituído por todos os órgãos a montante da
utilizaçãoSistema de Esgotos– Constituído por todos os órgãos a jusante da
utilização
2008/2009Hidráulica Urbana14
Sistemas de Abastecimento de Água
Origem– Superficial– Subterrânea
Aquíferos freáticosAquíferos artesianos
Tratamento – Conjunto de processos físicos, químicos e bacteriológicos que transformam a água em matéria
primaTransporte ou Adução
– Gravítica – Sob pressão
Armazenamento– Regularização de caudais– Reserva de combate a incêndios– Reserva em caso de avaria– Homogeneização da água distribuída
Distribuição e Utilização– Quantidade suficiente– Pressão adequada– Qualidade desejável
2008/2009Hidráulica Urbana15
2008/2009Hidráulica Urbana16
Sistemas de Drenagem e Tratamento de Águas Residuais
Rede– Constituição– Tipos de Sistemas
UnitáriosSeparativos
– Funcionamento em regime de superfície livre
Emissários ou Interceptores
Tratamento
Exutor
2008/2009Hidráulica Urbana17
2. Concepção e Dimensionamento de SAA2.1 Generalidades
Necessidade de água:– Usos (doméstico, industrial, agrícola, etc.)– Clima– Hábitos de higiene– Condições socio-económicas– Circunstâncias locais (disponibilidade de água)– Características da água
2008/2009Hidráulica Urbana18
Período de projecção – período para o qual a obra é projectada para funcionar em boas condições
Horizonte de Projecto – último ano do período de projecção
2008/2009Hidráulica Urbana19
Período de Projecção (horizonte do projecto):– Vida útil dos materiais, obras e equipamentos– Dificuldade de ampliação– Evolução das quantidades de água disponíveis– Condições de funcionamento dos sistemas nos
primeiros anos de exploração– Poder económico das populações a servir– Condições de crédito, amortização e exploração
2008/2009Hidráulica Urbana20
30-403030-40Reservatórios e condutas das redes de distribuição
4030-4050-70Condutas principais
10-202020-30Equipamento electromecânico (bombas e equipamento de tratamento)
20-403040-60Edifícios (Estações elevatórias e outros)
4040-6060-80Grandes adutoras realizadas com materiais criteriosamente escolhidos
20-403040-60Captações (furos, poços, tomadas de água em rios)
5050-6080-100Grandes obras (barragens, túneis, reservatórios, torres de pressão)
Período Projecção
Período Amortização
Vida útil
Tipo de instalação
2008/2009Hidráulica Urbana21
Na fixação do período de projecção deve:– Contabilizar-se o tempo entre a execução do
projecto e da obra– Reduzir o período de projecção em zonas de
grande expansão urbanísticaA E212 do LNEC preconiza períodos de projecção de:– 20 anos para equipamento electromecânico– 40 anos para condutas, reservatórios etc.
2008/2009Hidráulica Urbana22
2.2. População a Servir
A evolução da população depende:– Natalidade– Mortalidade– Emigração– Imigração
2008/2009Hidráulica Urbana23
Dados disponíveis:População Permanente (população que reside)
– Estudos de planeamento urbanístico (pólos de desenvolvimento, ocupação do solo, …)
– Censos– Recenseamentos eleitorais– Inquéritos locais
População Flutuante (praias, termas, etc.)– Registo de ocupação turística– Número de camas disponíveis– Elementos ligados ao abastecimento de géneros
alimentares
2008/2009Hidráulica Urbana24
Recenseamentos gerais da população (censos), registos da população por distrito, concelho, freguesia e por vezes por lugar
1864, 1878, 1890, 1900, 1911, 1920, 1930, 1940, 1950, 1960, 1970, 1981, 1991, 2001
1911/20 – Gripe pneumónica, 1ª Guerra mundial1960 – Emigração1974 – Regresso dos portugueses do ultramar
Todos os censos se referem ao dia 15 de Dezembro àexcepção do de 1981 que se refere ao dia 16 de Março
2008/2009Hidráulica Urbana25
2.2.2. Métodos de Projecção Demográfica
Analisar o crescimento experimentado por outros aglomerados de características semelhantes mas de maior dimensão
Ter dados sobre a populaçãoAdoptar um modelo matemático para a evolução populacionalVerificar o ajuste dos dados populacionais ao modeloDeterminar os respectivos parâmetrosAplicar o modelo para projecção futura
2008/2009Hidráulica Urbana26
Modelos de Projecção Demográfica
Deve representar-se graficamente o crescimento verificado pois podem visualizar-se comportamentos irregulares e ter uma ideia do crescimento a adoptar
Método da Regressão LinearMétodo da Regressão ExponencialMétodo LogísticoMétodo das Componentes DemográficasOutros Métodos
2008/2009Hidráulica Urbana27
Método da Regressão LinearO Método da Regressão Linear admite crescimento da população segundo uma progressão aritmética:
A variação da população com o tempo é constante e igual a cEvoluções deste tipo ocorrem quando existem saldos migratórios anuais constantes, com um volume tal que os saldos fisiológicos são, perante esse volume, praticamente desprezáveis
dP cdt
=
2008/2009Hidráulica Urbana28
Lei de evolução demográfica:
P0 – População num dado anoP – População t anos depoisc– taxa de crescimento linear ou aritmética
0 (1 )P P ct= +
2008/2009Hidráulica Urbana29
197019401930 19601950
POPU
LAÇ
ÕES
2000
4000
6000
P
202019901981 20102000 t2030
ANOS
2008/2009Hidráulica Urbana30
Dados: Incógnitas:Método de determinação de c: Método dos mínimos quadrados
– Equação da recta de regressão
Em que:
P e c
1 1
12
2 1
1
n n
i ini i
ii
n
ini
ii
P tP
nAt
tn
= =
=
=
=
−=
⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠−
∑ ∑∑
∑∑
,i iP t
P At B= +
2008/2009Hidráulica Urbana31
Método da Regressão LinearB - População na origem dos tempos
C - Taxa média de crescimento entre0
0 0
0
0
(1 )P P ctP P P ctP B AtP BP c A
AA Bc cB
= += += +==
= ⇒ =
1 1
n n
i ii i
P tB A
n n= == −∑ ∑
1 nt et
2008/2009Hidráulica Urbana32
Para avaliar do ajuste da recta de regressão aos dados recorre-se ao coeficiente de determinação
Coeficiente de determinação r 2 (r 2≥0.75)
2
1 1 122 2
2 2
1 1 1 1
1
1 1
n n n
i i i ii i i
n n n n
i i i ii i i i
Pt P tn
r
P P t tn n
= = =
= = = =
⎡ ⎤⎛ ⎞−⎢ ⎥⎜ ⎟
⎝ ⎠⎣ ⎦=⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎛ ⎞ ⎛ ⎞
− −⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎣ ⎦ ⎣ ⎦
∑ ∑ ∑
∑ ∑ ∑ ∑
2008/2009Hidráulica Urbana33
A extrapolação dos dados depois de determinados A e B pode ser feita:– Utilizando a lei de regressão obtida– Utilizando a taxa de crescimento c obtida
aplicada:Ao último censoA outro valor que represente melhor a tendência de expansão do aglomerado
Arredondando a taxa média de crescimento obtida de forma a adaptá-la ás condições de crescimento
2008/2009Hidráulica Urbana34
A extrapolação pode ser feita por via:
– Gráfica – Analítica
2008/2009Hidráulica Urbana35
Método da Regressão ExponencialAdmite o crescimento da população segundo uma progressão geométrica ou seja, a variação populacional ao longo do tempo é proporcional ao valor da população
Evoluções deste tipo ocorrem quando os saldos migratórios são praticamente desprezáveis em face dos saldos fisiológicos e se mantêm constantes as taxas de mortalidade e de natalidade
dP cPdt
=
2008/2009Hidráulica Urbana36
A Lei exponencial é uma lei de evolução demográfica traduzida pela Fórmula dos Juros Compostos ou “Lei de Malthus”
Em que:P0 – População num dado anoP – População t anos depoisC – Taxa de crescimento geométrico
0 (1 ) tP P c= +
2008/2009Hidráulica Urbana37
Considerando:
Tem-se que:
Aplicando logaritmos podemos transformá-la numa relação linear de tratamento igual à regressão linear (escala semi-logarítmica):
0 atP P e=
1ac e= −
0
0
0
ln ln( )
ln ln ln
ln ln
at
at
P P e
P P e
P P at
=
= +
= +
2008/2009Hidráulica Urbana38
197019401930 19601950
POPU
LAÇ
ÕES
750
1500
2250
P
202019901981 20102000 t2030
ANOS
3000
2008/2009Hidráulica Urbana39
197019401930 19601950
POPU
LAÇ
ÕES
100
1000
10000ln P
202019901981 20102000 t2030
ANOS
2008/2009Hidráulica Urbana40
Em que:
População na origem dos tempos P0
( ) ( )1 1
12
2 1
1
ln( ln )
n n
in ii i
i ii
n
ini
ii
P tt P
nat
tn
= =
=
=
=
−=
⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠−
∑ ∑∑
∑∑
1 1
ln
0
n n
i ii i
P ta
n n
P e
= =
⎛ ⎞⎜ ⎟⎜ ⎟
−⎜ ⎟⎜ ⎟⎜ ⎟⎜ ⎟⎝ ⎠
∑ ∑
=
2008/2009Hidráulica Urbana41
Para avaliar do ajuste da lei aos dados recorre-se ao coeficiente de determinação:
( )
( )
2n n
i i1 i=1 i=12
2 22 2
1 1 1 1
1ln lnP t
1 1ln ln
n
i ii
n n n n
i i i ii i i i
t Pn
r
P P t tn n
=
= = = =
⎡ ⎤⎛ ⎞⎛ ⎞−⎢ ⎥⎜ ⎟⎜ ⎟⎝ ⎠⎝ ⎠⎣ ⎦=
⎡ ⎤ ⎡ ⎤⎛ ⎞ ⎛ ⎞− −⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎣ ⎦ ⎣ ⎦
∑ ∑ ∑
∑ ∑ ∑ ∑
2 0.75r >
2008/2009Hidráulica Urbana42
Comentários:
– Método mais utilizado– Quando a taxa de crescimento é negativa deve
considerar-se constância da população do último censo ou uma pequena taxa de crescimento a partir do ultimo censo
2008/2009Hidráulica Urbana43
Método Logístico
O Método Logístico considera um crescimento limitado da população (até à população de saturação)A população varia entre dois valores assintóticos P0 e PS
A partir do ponto de inflexão PS/2, a taxa de crescimento decresce por resistência do meioA curva é construída a partir do conhecimento de três valores censitários consecutivos (P0,0); (P1,t); (P2,2t)
2008/2009Hidráulica Urbana44
Curva logística
Ps – População de saturaçãoP – População t anos depoism e α - constantes
St
PP=1+meα
Máximo
Ponto de inflexão
0
Popu
laçã
o
Ps
Ps/2
P
Taxa de crescimentodemográfico
tTempo
Curva logística
2008/2009Hidráulica Urbana45
Deve verificar-se a relação
0
0
SP PmP−
=
0 1
1 0
( )1 ln( )
S
S
P P Pt P P P
α +=
+2
0 2 1P P <P×
20 1 2 1 0 2
20 2 1
2 - ( )S
P PP P P PPP P P
+=
−
2008/2009Hidráulica Urbana46
Método das Componentes Demográficas
Baseia-se na obtenção da evolução da população a partir do balanço entre o número de nascimentos e imigrações e o número de óbitos e emigrações.Utiliza períodos de cinco anos, efectivos demográficos por sexos e grupos etáriosTaxas de sobrevivência:
– Esperança de vida– Grau de desenvolvimento da região
Completar o estudo com:– Taxas de natalidade– Previsão da evolução da população ao longo do tempo
2008/2009Hidráulica Urbana47
Método muito trabalhosoDesproporcionado em relação ao rigor exigidoÉ usado sobretudo em estudos de planeamentoÈ usado no domínio da hidráulica quando os saldos migratórios e fisiológicos não são desprezáveis uns em face dos outros e não se notam dificuldades espaciais ou económicas
2008/2009Hidráulica Urbana48
Método da Razão e CorrelaçãoAdmite que a taxa de crescimento de uma região se encontra relacionada com a de outra mais vasta
Determinam-se os quocientes:
– Determinam-se Ki para vários censos– Adopta-se Kr que melhor representa os Ki (média
aritmética, valor mais frequente...)
População da comunidadeK=População da região
2008/2009Hidráulica Urbana49
Método da Previsão de Emprego
A evolução populacional baseia-se na previsão da oferta e da procura de emprego
Projecção a curto prazo
2008/2009Hidráulica Urbana50
Método da Ocupação do SoloAplica-se a novos loteamentos
Tem em consideração:– Nº de fogos– Tipologia– Produto dá a estimativa
da população global
5 a 6Moradias4 a 5T44 a 5T33 a 4T22 a 3T11 a 2T0
Nº médio de
hab/fogo
Tipo de habitação
2008/2009Hidráulica Urbana51
50-150Densidade média global
25-75Zonas industriais
50-150Zonas comerciais
150-900Prédios de apartamentos
75-200Casas geminadas
50-100Casas isoladas com lotes médios e pequenos
25-75Áreas periféricas com casas isoladas e lotes grandes
Densidade (hab/ha)Tipo de ocupação
2008/2009Hidráulica Urbana52
2.3. Consumos Domésticos2.3.1. Previsão dos Consumos
Entende-se por consumo doméstico a água utilizada em:
– Habitações– Escritórios– Estabelecimentos comerciais– Indústrias para fins de higiene dos funcionários e lavagem
dos pavimentos Para além dos consumos domésticos há a considerar:
– Consumos comerciais– Consumos industriais– Consumos públicos (lavagem ruas, rega de jardins,..)– Perdas na adução, nos reservatórios e nas redes– Combate a incêndios
2008/2009Hidráulica Urbana53
Previsão do consumo doméstico baseia-se:– Previsão da População– Previsão da Capitação
Capitação– Consumo médio diário anual por habitante e por dia
(l/hab/dia)– É constante num dado ano – Pode variar de ano para ano
Capitação doméstica– Quociente entre a totalidade dos consumos domésticos e o
número de habitantesCapitação Global
– Quociente entre a totalidade da água consumida e o número de habitantes
2008/2009Hidráulica Urbana54
O valor da capitação varia com:– Dimensão e características do aglomerado
populacional;– Nível de vida da população;– Hábitos de higiene;– Condições climáticas locais;– Existência de contadores
Capitações têm tendência a aumentar com o tempo
2008/2009Hidráulica Urbana55
Portugal as capitações globais variam entre 100 e 400 l/hab/diaNova Iorque - 600 l/hab/diaChicago - 1000 l/hab/dia
Estimativa grosseira da capitação:
– Sanitas 40 litros– Cozinha, bebida, lavagens 25– Chuveiro 50– Total 115– 25% comércio, industria, públicos 29– 10% perdas 12– Total 156 l/hab/dia
2008/2009Hidráulica Urbana56
Estimativa média do consumo pelos diversos usos– Sanitas 41%– Higiene diária incluindo banhos 37%– Cozinha e bebida 11%– Lavagens de roupa 4%– Limpeza geral casas 3%– Rega jardins 3%– Lavagem automóveis 1%
2008/2009Hidráulica Urbana57
2.3.2. Quantificação das CapitaçõesRGAA (1943) preconizava os seguintes valores da capitação global em l/hab/dia:– Distribuições por fontanários 40– Distribuição domiciliária em povoações
Até 10 000 habitantes 100De 10 000 a 20 000 habitantes 150De 20 000 a 50 000 habitantes 150Acima de 50 000 250
Não propunha qualquer lei de variação ao longo do tempo depreendendo-se que estes valores se referiam ao horizonte do projecto
2008/2009Hidráulica Urbana58
2.3. Consumos DomésticosCritérios para Fixação das Capitações
E212 LNEC (1968) sugere os seguintes valores para a capitação no início de exploração da obra e para população de 1000 a 100000 habitantes:
Para População Permanente
População Flutuante
0 80 / /C l hab dia=
0 030 0.250 -1000C P= +
2008/2009Hidráulica Urbana59
2.3. Consumos DomésticosCritérios para Fixação das Capitações
Ao fim de 20 anos de exploração da obra:
População Permanente
População Flutuante
20 100 / /C l hab dia=
20 2045 0.375 -1000C P= +
2008/2009Hidráulica Urbana60
2.3. Consumos DomésticosCritérios para Fixação das Capitações
Ao fim de 40 anos de exploração da obra:
População Permanente
População Flutuante
40 120 / /C l hab dia=
40 4060 0.500 1000C P= + −
2008/2009Hidráulica Urbana61
2.3. Consumos DomésticosCritérios para Fixação das Capitações
Para populações inferiores a 1000 habitantes calcular como se a população fosse igual a 1000
Para populações superiores a 100 000habitantes procurar elementos estatísticos que nos ajudem a fixar os valores
2008/2009Hidráulica Urbana62
2.3. Consumos DomésticosCritérios para Fixação das Capitações
RGSPDARPDA (DR nº23/95) (1995)– Capitações na distribuição exclusivamente domiciliária não
devem ser, qualquer que seja o horizonte de projecto, inferiores a:
Até 1 000 habitantes 80 (l/hab/dia)De 1 000 a 10 000 habitantes 100De 10 000 a 20 000 habitantes 125De 20 000 a 50 000 habitantes 150Acima de 50 000 175
Valores mínimos para início de exploração da obraDeve considerar-se ao longo do período de projecção um acréscimo entre 0.5 e 2 l/hab/dia
2008/2009Hidráulica Urbana63
17518125060 000
15015220035 000
12511915015 000
100921005 000
8060100500
DR nº23/95E212RGAAPopulação
2008/2009Hidráulica Urbana64
Os consumos comerciais e de serviços devem ser englobados nos valores da capitação global. Se a zona comercial for relevante considerar 50l/hab/dia ou consumos localizados
Os consumos industriais devem ser analisados caso a caso e somados aos anteriores
Os consumos públicos tais como fontanários, bebedouros, lavagem de arruamentos, rega de zonas verdes e limpeza dos colectores podem englobar-se na capitação global variando entre 5 e 20 l/hab/dia. Os consumos de serviços públicos devem ser avaliados de acordo com as suas características
As fugas e perdas não devem ser inferiores a 10% do volume de água entrado no sistema
2008/2009Hidráulica Urbana65
2.4 Consumos industriais
Os consumos industriais dependem:– Tipo de indústria e processo de fabrico– Utilização ou não de origens de água privativas– Existência de sistemas de recirculação de água
Impossível sistematizar os procedimentos a adoptar
Utiliza-se geralmente o inquérito caso a caso
2008/2009Hidráulica Urbana66
2.4 Consumos industriaisComposição do inquérito:
– Nome da firma e localização– Matérias primas utilizadas e quantidades de produtos– Períodos de laboração e períodos de férias– Consumos verificados em anos anteriores e respectiva
proveniência– Existência de reservatórios, períodos de enchimento e
possibilidade de recirculação de água– Variações dos consumos– Previsão da evolução futura dos consumos
2008/2009Hidráulica Urbana67
2.4 Consumos industriaisQuando não se conhecem as unidades industriais a instalar, caso de novos loteamentos industriais énormal prever-se um consumo por unidade de área.
Podem considerar-se os seguintes consumos:– Ano 0 20 a 50 m3/ha/dia– Ano 20 40 a 70 m3/ha/dia– Ano 40 60 a 90 m3/ha/dia
Factor de ponta instantâneo = 2,4
2008/2009Hidráulica Urbana68
Consumo diário em hotéis, pensões e hospedarias:
Hotel 500 l/hóspedePensão 350Hospedaria 25 l/m2 de dormitório
Consumo diário em restaurantes:Área (m2) Consumo DiárioAté 40 200 l41-100 50 l/m2mais de 100 40 l/m2
2008/2009Hidráulica Urbana69
Consumo em bares, cafés e similaresÁrea (m2) Consumo DiárioAté 30 1500 l31-60 60 l/m261-100 50 l/m2mais de 100 40 l/m2
Consumo em estações de serviço e oficinasTipo Consumo Diário
Lavagem automática 12 000 l/unidade de lavagemLavagem não automática 8 000 l/unidade de lavagemBombas de gasolina 300 l/bombaGaragens e estacionamentos cobertos 2 l/m2 de área
2008/2009Hidráulica Urbana70
Outros Serviços Comerciais e Industriais– Lavandarias (/100Kg roupa/dia) 1000 a 2000– Confeitarias (/dia) 300 a 500– Talhos (/dia) 500 a 800
2008/2009Hidráulica Urbana71
Consumos PúblicosConsumos públicos englobam os consumos para lavagem das ruas, bebedouros, rega de jardins entre outros e também os consumos em estabelecimentos públicos com elevado número de utilizadoresO DR nº 23/95preconiza para o 1ª caso um acréscimo àcapitação entre 5 e 20 l/hab/diaRelativamente aos estabelecimentos públicos devem ser considerados em separado e de acordo com as suas características
– Escola (/aluno/dia) 2– Hospitais (/hab aglomerado/dia) 5 a 10– Quartéis (/homem/dia) 50– Matadouros (/animal/dia) 200 a 400– Mercados (/m2/dia) 5
2008/2009Hidráulica Urbana72
Combate a incêndiosA necessidade de água para combate a incêndios são função do grau de risco da sua ocorrência e da sua propagação
Grau 1- zona de risco mínimo de incêndio, devido àfraca implantação de edifícios predominantemente do tipo familiar
…Grau 5 – zona de elevado risco, com construções antigas de ocupação essencialmente comercial e de actividade industrial que armazene , utilize ou produza materiais explosivos ou altamente inflamáveis
2008/2009Hidráulica Urbana73
Os caudais instantâneos a garantir para combate a incêndios são função do grau de risco e deverão ser:
Grau 1 15 l/hab/diaGrau 2 22.5 l/hab/diaGrau 1 30 l/hab/diaGrau 1 45 l/hab/diaGrau 1 a definir em cada caso
Nas zonas onde não seja técnica ou económicamentepossível assegurar estes caudais através da rede pública,…, deve providenciar-se para que haja reservas de água em locais adequados que assegurem aqueles caudais conjuntamente com a rede pública
2008/2009Hidráulica Urbana74
Fugas e PerdasÁgua que se perde ao longo do sistema através de juntas deficientes, roturas de condutas, extravasamento de reservatórios, ligações clandestinas, entre outros.Em sistemas novos as fugas e perdas não assumem grande relevânciaSistemas mais antigos pode atingir 50%da água facturadaO regulamento impõe no mínimo um acréscimo de 10%do volume de água entrado no sistema.
2008/2009Hidráulica Urbana75
Previsão dos consumosA previsão dos consumos deve ter em conta:
– A evolução passada dos consumos, ou a evolução num aglomerado semelhante
– Estimativa da população– Extrapolação para o período de projecção
Se existirem registos pode utilizar-se uma extrapolação para o período de projecção de acordo com:
– E212– Lei de crescimento exponencial– Lei de crescimento linear com taxas de crescimento anual entre 1
l/hab/dia para pequenas povoações e 5 a 6 l/hab/dia nas cidades– Lei de crescimento linear com taxas de crescimento maiores no 2º
e 3º decéniosDeve ter-se em consideração que quando se projectam novas instalações pressupõe-se que as anteriores já não são insuficientes
2008/2009Hidráulica Urbana76
População Capitação Consumo médio diário anual× =
2008/2009Hidráulica Urbana77
Variação dos consumos:– Variação média ao longo do tempo– Variações mensais (> no verão)– Variações semanais– Variações diárias– Variações horárias– Variações instantâneas
Aos valores máximos dos consumos dá-se o nome de períodos de ponta
2008/2009Hidráulica Urbana78
Variações diárias– Consumos são praticamente nulos durante a noite e
atingem dois máximos durante o dia, entre as 7 e as 9 da manhã e outro entre as 18 e as 20 horas. Durante as pontas o consumo horário atinge valores bastante superiores ao médio.
2008/2009Hidráulica Urbana79
Variação ao longo do dia dos caudais médios horários
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
250
300
350
400
450
500
550
600
HORAS
CA
UD
AIS
MÉD
IOS
HO
RÁ
RIO
S (l/
s)
CAUDAL MÉDIO DIÁRIO 459 l/s
2008/2009Hidráulica Urbana80
Variações anuais– Consumos superiores nos meses mais quentes (Julho e
Agosto)
Variação do consumo mensal numa cidade com 850000 habitantes
106 m
3
5
Jane
iro
Dez
embr
o
Nov
embr
o
Out
ubro
4
6
7
Junh
o
Mar
ço
Feve
reiro
Avr
il
Mai
o
Sete
mbr
o
Ago
sto
Julh
o
2008/2009Hidráulica Urbana81
0.700.851.151.251.301.301.251.100.900.800.700.70
DNOSAJJMAMFJ
Relação entre CmdmCmda
2008/2009Hidráulica Urbana82
Se se realizar a razão para vários aglomerados verifica-
se que a oscilação mensal é pequena mesmo que existam apreciáveis diferenças na dimensão dos aglomeradosPara estudos de planeamento de sistemas de abastecimento de água tem maior interesse o consumo médio diário do mês de maior consumo (Cmdmmc)
1,3 – Factor de Ponta Mensal ou seja é o maior valor obtido pelo quociente entre o consumo médio diário mensal e o consumo médio diário anual
1,3 ( )Cmdmmc Cmda Consumo médio diário anual= ×
CmdmCmda
2008/2009Hidráulica Urbana83
Variação dos consumos diários ao longo do ano
Factor de Ponta Diário=1,5
Consumo do dia de maior consumoFactor de Ponta DiárioConsumo médio diário anual
=
1.5Cdmc Cmda= ×
2008/2009Hidráulica Urbana84
Designa-se por caudal o consumo respeitante a períodos iguais ou inferiores a uma hora
Caudal de ponta horárioFactor de Ponta HorárioCaudal médio horário anual
=
C tan tan tan tan
audal de ponta ins eoFactor de Ponta Ins eoCaudal médio anual
=
2008/2009Hidráulica Urbana85
Valores para os factores de ponta instantâneos:
– A E212 LNEC preconiza:Aglomerados rurais com P<2000 4,0Pequenos núcleos urbanos com P<10 000 3,0Médios núcleos urbanos 10 000<P<100 000 2,4Grandes núcleos urbanos com P>100 000 2,0
2008/2009Hidráulica Urbana86
Têm sido propostas várias expressões para a fixação do caudal de ponta instantâneo sendo, geralmente, função da população ou do consumo médio diário anual
Decreto Lei nº23/95 - Art.19
1) “ Na falta de elementos que permitam estabelecer os factores de ponta instantâneos, devem usar-se,… ”
702 fpiP
= +
2008/2009Hidráulica Urbana87
2.3.3. Consumos DomésticosConsumos relativos à PP
Comparação entre o factor de ponta horário preconizado pelo LNEC e o factor de ponta instantâneo preconizado pelo DR 23/95
3.03.05 0002.32.450 000
5.14.0500
2.12.0500 000
4.24.01000
9.04.0100DR23/95E212 LNECPopulação
2008/2009Hidráulica Urbana88
2.5 Consumos Totais
Consumos Totais = C. domésticos (Pop. permanente e Pop. Flutuante) + C. comerciais+ C. industriais+C. Públicos + Fugas e Perdas
Exercício:– Determinação caudais de cálculo para diferentes
componentes dos sistemas de abastecimento de água
2008/2009Hidráulica Urbana89
3. Tubos e Acessórios3.1. Generalidades
A escolha do material resulta da análise de factores de ordem técnica, sanitária e económica, nomeadamente:– Durabilidade– Resistência às pressões internas e externas– Resistência à corrosão interior e exterior– Rugosidade– Disponibilidade no mercado– Experiência na sua aplicação– Facilidade de transporte, manuseamento e
montagem
2008/2009Hidráulica Urbana90
3. Tubos e Acessórios3.1. Generalidades
Classificação dos tubos de acordo com os materiais:– Fibrocimento– PVC– Polietileno– Poliéster reforçado com fibra de vidro– Betão armado e pré-esforçado– Ferro fundido– Aço
2008/2009Hidráulica Urbana91
3. Tubos e Acessórios3.2. Tubos de Fibrocimento
Composição– Cimento Portland+ Fibras de amianto+água
Processo de Fabrico– Enrolamento e compressão de camadas de pasta sobre
mandril metálico sendo imersos em água após fabrico para que a presa e o endurecimento se processem em boas condições
Diâmetros Nominais =Diâmetros interiores-NP52150; 60; 80; 100; 125; 150; 200; 250; 300; 400; 450; 500; 600; 700; 800; 900; 1000 (mm)Comprimento : 5m
2008/2009Hidráulica Urbana92
3. Tubos e Acessórios3.2. Tubos de Fibrocimento
Pressões de serviço– 3, 6, 9, 12 e 15 Kgf/cm2
Classes de pressão correspondentes– 6, 12, 18, 24, 30
Coeficiente de segurança: 2
2008/2009Hidráulica Urbana93
3. Tubos e Acessórios3.2. Tubos de Fibrocimento
Propriedades físicas e mecânicas:– Massa volúmica 1900 a 2200Kg/m3– Módulo de elasticidade
Compressão axial 230 Kg/cm22Flexão longitudinal 205 a 240 kg/cm2Esmagamento 255 Kg/cm2Pressão interior 330 Kg/cm22
– Módulo de Poisson 5 a 6– Tensão de rotura por tracção devida à pressão interior 200
Kg/cm2– Tensão de rotura por tracção devida à compressão diametral
(esmagamento) 450 Kg/cm2– Tensão de rotura por tracção devida à flexão longitudinal 250
Kg/cm2
2008/2009Hidráulica Urbana94
3. Tubos e Acessórios3.2. Tubos de Fibrocimento
Tipos de juntas– Ferro fundido – Tipo Gibaut– Fibrocimento – Tipo Comet
Acessórios– Ferro fundido
Juntas cegas; tês; curvas; cruzetas; forquilhas; reduções; etc.
2008/2009Hidráulica Urbana95
2008/2009Hidráulica Urbana96
2008/2009Hidráulica Urbana97
3. Tubos e Acessórios3.3. Tubos de PVC
Composição– Policloreto de vinilo + aditivos lubrificantes +
estabilizadores + pigmentos - plastificantesProcesso de Fabrico– Extrusão da mistura
Diâmetros Nominais =Diâmetros exteriores-NP25350; 63; 75; 90; 110; 125; 140; 160; 200; 250; 315; 400; 500; 630; 710; 800 (mm)Comprimento : 6m
2008/2009Hidráulica Urbana98
3. Tubos e Acessórios3.3. Tubos de PVC
Pressões de serviço/ pressões nominais– 1, 2.5, 4, 6, 10 e 16 Kgf/cm2
Classes de pressão correspondentes– 2, 5, 8, 12, 20, 32 Kgf/cm2
Coeficiente de segurança: 2Propriedades físicas e mecânicas:
– Massa volúmica 1400Kg/m3– Módulo de elasticidade à tracção 30 000 Kg/cm2– Resistência à tracção 200 Kg/cm2– Resistência à compressão 800 Kg/cm2– Resistência à flexão 150 Kg/cm2
2008/2009Hidráulica Urbana99
3. Tubos e Acessórios3.3. Tubos de PVC
Tipos de juntas– Juntas do tipo integral– Flanges
Acessórios:– Acessórios de PVC– Acessórios de PVC envolvidos exteriormente por poliéster
e fibra de vidro– Acessórios de ferro fundido mas dotados de juntas de
transição adequadas à ligação a tubos de PVC
2008/2009Hidráulica Urbana100
Junta autoblocante
2008/2009Hidráulica Urbana101
2008/2009Hidráulica Urbana102
Ligação Flangeada
2008/2009Hidráulica Urbana103
3. Tubos e Acessórios3.4. Tubos de Polietileno
Composição– Resina termoplástica
Processo de Fabrico– Extrusão da resina
Diâmetros Nominais =Diâmetros exteriores-NP25325; 32; 40; 50; 63; 75; 90; 110; 125; 140; 160; 200; 250; 315; 400; 500; 630; 710; 800; 900; 1000; 1200 (mm)
2008/2009Hidráulica Urbana104
3. Tubos e Acessórios3.4. Tubos de Polietileno
Comprimento : – Rolos de 50 ou 100 m até um diâmetro de 90 mm– Rolos de 50 m até um diâmetro de 110 mm– Varas de 12 m a partir do diâmetro de 63 mm
Pressões de serviço/ pressões nominais– 3.2, 4, 6, 8, 10, 12.5, 16, 20, 25 Kgf/cm2
Propriedades físicas e mecânicas:– Massa volúmica 955 Kg/m3– Resistência à tracção 220 Kg/cm2– Resistência à rotura 320 Kg/cm2– Módulo de deformação 8000 Kg/cm2– Alongamento por tracção 15%– Alongamento de rotura >800%
2008/2009Hidráulica Urbana105
3. Tubos e Acessórios3.4. Tubos de Polietileno
Tipos de juntas– União soldada topo a topo– Ligações electrosoldadas– Ferro fundido – Tipo Gibaut– Flanges metálicas
Acessórios– Ferro fundido
Juntas cegas; tês; curvas; cruzetas; forquilhas; reduções; etc.– Polietileno
2008/2009Hidráulica Urbana106
2008/2009Hidráulica Urbana107
Junta electrosoldada
2008/2009Hidráulica Urbana108
3. Tubos e Acessórios3.5. Tubos de Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro
Composição– Fios de vidro + Poliéster
Processo de Fabrico– Enrolamento em espiral dos fios de vidro saturados em
poliéster sobre um mandril. Os tubos são retirados do mandril depois de se ter dado uma reacção de polimerização.
– A camada interior é rica em resina tornando-a estanque, de pequena rugosidade e resistente quimicamente.
– A camada intermédia é constituída predominantemente por fios de vidro enrolados para conferir resistência ao tubo
– 3ª camada é de protecção exterior
2008/2009Hidráulica Urbana109
3. Tubos e Acessórios3.5. Tubos de Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro
Diâmetros Nominais80; 100; 150; 200; 250; 300; 350; 400; 500; 600; 700; 800; 900; 1000; 1200; 1300; 1400; 1500; 1600; 1700 e superiores (mm)Comprimento : Varas 4, 6, 9 e 12 mPressões de serviço/ pressões nominais
– 6, 9, 12, 18 e 24 Kgf/cm2Propriedades físicas e mecânicas:
– Massa volúmica 1800 Kg/m3– Resistência à tracção 1000 Kg/cm2– Resistência à flexão 1500 a 10000
Kg/cm2– Resistência à compressão 1400 a 4000
Kg/cm2– Módulo de elasticidade 68000 a 250000 Kg/cm2
2008/2009Hidráulica Urbana110
3. Tubos e Acessórios3.5. Tubos de Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro
Tipos de juntas– Soldaduras exteriores tipo soldadura topo a topo co
envolvimento exterior por fibras de vidro e resinas tirando partido das reacções de polimerização
– Soldadura com encaixe– Junta abocardada– Ferro fundido – Tipo Gibaut– Flanges
Acessórios– Poliéster reforçado com fibra de vidro ou ferro fundido
(para pequenos diâmetros)– Aço (maiores diâmetros)
2008/2009Hidráulica Urbana111
3. Tubos e Acessórios3.6. Tubos de Betão
Composição– Betão pré-esforçado longitudinalmente cintado
com arame de aço de alta resistência– Estanquicidade é garantida pela compacidade da
paredeDiâmetros Nominais300; 400; 500; 600; 750; 800; 1000; 1250; 1600; 1700 (mm)
2008/2009Hidráulica Urbana112
3. Tubos e Acessórios3.6. Tubos de Betão
Comprimento : – Varas de 5 m
Pressões de serviço/ pressões nominais– Variam com o diâmetro dos tubos podendo ser de 10, 11,
12, 14, 18 e 20 Kgf/cm2Propriedades físicas e mecânicas:
– Resistência à compressão simplesLongitudinal 350 Kg/cm2Transversal 450 Kg/cm2Aos 28 dias 500 Kg/cm2
– Esforço transverso simples 30000 Kg/cm2
2008/2009Hidráulica Urbana113
3. Tubos e Acessórios3.6. Tubos de Betão
Tipos de juntas– Juntas de boca tipo macho- fêmea com interposição de
borracha– Juntas metálicas Viking-Johnson – Tipo Gibaut– Flanges
Acessórios– Betão pré-esforçado– Aço
Protecção catódica– Em terrenos muito agressivos devem ter protecção
catódica com uma cobertura de amianto exterior por exemplo
2008/2009Hidráulica Urbana114
2008/2009Hidráulica Urbana115
2008/2009Hidráulica Urbana116
3. Tubos e Acessórios3.7. Tubos de Ferro Fundido Dúctil
Composição– Ferro fundido revestido interiormente com um produto
betuminoso ou com argamassa de cimento.– O metal em fusão é submetido a uma elevada velocidade de
rotação e, devido à força centrífuga, é lançado contra as paredes de um molde para formar o tubo desejado. Éposteriormente submetido a tratamento térmica para tornar o metal homogéneo e resistente ao corte e ao choque.
Diâmetros Nominais60, 80, 100, 125, 150, 200, ..., 450, 500, 600, ...,1200, 1400, 1500, 1600 (mm)
2008/2009Hidráulica Urbana117
3. Tubos e Acessórios3.7. Tubos de Ferro Fundido
Comprimento : – Varas de 6 m até 600mm– Varas de 7 ou 8,25m para diâmetros superiores
Pressões de serviço/ pressões nominais– Variam com o diâmetro dos tubos entre 6.5 a 2.5 Kgf/cm2
Tipos de juntas– Juntas elásticas– Juntas de flanges– Juntas Gibaut– Juntas mecânicas
Acessórios– Ferro fundido dúctil
2008/2009Hidráulica Urbana118
2008/2009Hidráulica Urbana119
3. Tubos e Acessórios3.8. Tubos de Aço
Composição– Aço– Os tubos são fabricados por laminagem a quente
sem soldadura ou por enrolamento e soldadura de chapas de aço
Diâmetros Nominais60, ..., 100, 125, ..., 350, 400, 500, 600, ..., 1800, 2000 (mm)
2008/2009Hidráulica Urbana120
3. Tubos e Acessórios3.8. Tubos de Aço
Comprimento : Para tubos fabricados por laminagem:
– Varas de 7 m para tubos de 60mm– Varas de 10 m para diâmetros entre 70 e 100 mm– Varas de 12 m para diâmetros entre 125 e 300 mm– Varas de 9 m para os restantes diâmetros
Para tubos realizados em chapa de aço soldada:– Comprimentos múltiplos de 3 m
Pressões de serviço/ pressões nominais– Variam com a espessura e com o processo de fabrico entre
5 e 52 Kgf/cm2
2008/2009Hidráulica Urbana121
3. Tubos e Acessórios3.8. Tubos de Aço
Tipos de juntas– Juntas rebitadas– Juntas roscadas (pequenos diâmetros)– Juntas soldadas (mais usadas)– Juntas flangeadas (muito usadas)
Acessórios– Aço
Protecção exterior– Em terrenos muito agressivos devem ter protecção
catódica e contra a corrosão que pode ser feita por imersão em asfalto quente até ao envolvimento em telas e pinturas apropriadas.
2008/2009Hidráulica Urbana122
3. Tubos e Acessórios3.9. Assentamento dos Tubos
Assentamento:– Estruturas apropriadas– Enterradas
ProfundidadesLarguras mínimasEnvolvimento do tubo Resistência à acção de cargas rolantes e de terras sobrejacentes
Ver artigos 24 a 29 do Regulamento
2008/2009Hidráulica Urbana123
2008/2009Hidráulica Urbana124
2008/2009Hidráulica Urbana125
2008/2009Hidráulica Urbana126
3. Tubos e Acessórios3.10. Vantagens e Inconvenientes de cada
Tipo de Tubo
Critérios de selecção dos tubos1 - Pressões– Grandes pressões de serviço (15-20 Kg/cm2)
utilizam-se tubagens de aço ou de ferro fundido dúctil.
– Para pressões inferiores, se não forem grandes diâmetros, não se utilizam estes materiais por critérios económicos.
2008/2009Hidráulica Urbana127
3. Tubos e Acessórios3.10. Vantagens e Inconvenientes de cada
Tipo de Tubo
2 – Diâmetros– Diâmetros > 500mm utiliza-se o aço, o ferro fundido dúctil,
o betão pré-esforçado e, eventualmente o poliéster reforçado com fibra de vidro e o polietileno de alta densidade.
– Diâmetros <= 500mm PVC rígido, polietileno de alta densidade e fibrocimento.
3 – Acção corrosiva do meio– Protecção catódica para condutas de aço, condutas de
betão pré esforçado e de ferro fundido– Protecção anti-corrosiva para condutas de aço, condutas
de betão pré esforçado, ferro fundido e fibrocimento
2008/2009Hidráulica Urbana128
3. Tubos e Acessórios3.10. Vantagens e Inconvenientes de cada
Tipo de Tubo
4 - Garantia da qualidade de fabrico– Homologação dos materiais
5 - Custos – Consultas de preços de tubos e acessórios
Conclusão: Artigos 30 e 31 do regulamento
2008/2009Hidráulica Urbana129
4. CaptaçõesTipos de Águas para Captações
PluviaisSuperficiais– Rios– Lagos– Albufeiras
Subterrâneas (resistividade eléctrica dá-nos indicação dos locais mais favoráveis, profundidades a atingir e o tipo de captação mais adequado)– Fontes naturais– Lençóis subterrâneos– Fissuras dos terrenos
2008/2009Hidráulica Urbana130
4. CaptaçõesVantagens das captações superficiais – Possibilidade de captar maiores caudais– Garantia da caudais mais constantes– Maior facilidade de captação
Vantagens das captações subterrâneas– Temperatura mais constante ao longo do ano– Composição química mais constante– Menor contaminação ⇒Menor custo de
tratamento– Água filtrada pelo terreno e de sabor mais
agradável
2008/2009Hidráulica Urbana131
Finalidade das albufeiras:– Abastecimento de água– Hidroagrícola– Hidroeléctrica– Piscícola– Regularização de caudais
Problemas de eutrofização (existência de nutrientes)
2008/2009Hidráulica Urbana132
As captações de águas subterrâneas dependem do processo de circulação da água subterrânea:– Meios porosos– Rochas compactas fracturadas
2008/2009Hidráulica Urbana133
Estratificação da água em albufeiras ou lagoas
Numa massa de água armazenada existe um gradiente vertical de temperatura responsável pela estratificação da água.No verão, a temperatura da água da água àsuperfície é bastante elevada, mantendo-se praticamente constante nos primeiros metros abaixo da superfície (epilímnio) caindo acentuadamente na camada adjacente à 1ª(metalímnio) abaixo da qual a variação volta a ser muito menos acentuada (hipolímnio)
2008/2009Hidráulica Urbana134
Estratificação da água em albufeiras ou lagoas
2008/2009Hidráulica Urbana135
Epilímnio é caracterizado por água de boa e uniforme qualidade dado:– Rearejamento– Estabilização da matéria orgânica– Sedimentação das partículas em suspensão– Pouca cor– Pouca carga bacteriana devido à presença de luz– Existência de algas e protozoários na camada
superior
2008/2009Hidráulica Urbana136
Metalímnio é caracterizado por acentuado gradiente térmico que provoca redução da velocidade de sedimentação das partículas logo, mais bactérias e matéria orgânicaHipolímnio não tem condições de rearejar e a decomposição da matéria orgânica suspensa e bentalconsomem todo o oxigénio disponívelEm resumo, a parte inferior da camada superior, onde a proliferação de algas não se faz sentir e que éiluminada e oxigenada, com temperaturas mais constantes e portanto mais transparente é a mais indicada para abastecimento.
2008/2009Hidráulica Urbana137
No Inverno, a água superficial pode ser bastante fria podendo ocorrer em toda a massa líquida uma temperatura uniforme O Outono e a Primavera são as estações do ano mais críticas onde os equilíbrios existentes podem ser alterados sobrevindo a desestratificação capaz de libertar nutrientes depositados no fundo, nomeadamente azoto e fósforo podendo ocorrer a proliferação de algas
2008/2009Hidráulica Urbana138
Captação de Águas Superficiais
2008/2009Hidráulica Urbana139
4. Captações
Tipos de Captações de Águas Superficiais
1. Por torre2. Por poço3. Flutuante4. Adossada ao corpo da barragem5. Através do corpo da barragem6. Em canal lateral7. Tipos simplificados
2008/2009Hidráulica Urbana140
1. Captação por Torre
2008/2009Hidráulica Urbana141
2. Captação por Poço
2008/2009Hidráulica Urbana142
2. Captação por Poço
2008/2009Hidráulica Urbana143
3. Flutuante
Plataforma flutuante em que os grupos elevatórios assentam ou ficam suspensos da plataforma que é amarrada à margem. Tem a vantagem de acompanhar as flutuações de nível da água.
2008/2009Hidráulica Urbana144
4. Adossada ao corpo da barragem
2008/2009Hidráulica Urbana145
5. Através do corpo da barragem
2008/2009Hidráulica Urbana146
6. Em canal lateral
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7. Tipos simplificados
2008/2009Hidráulica Urbana148
4. Captações
Tipos de Captações de Águas Subterrâneas
1. Câmaras de toma de água2. Galerias de mina ou furos horizontais3. Drenos4. Poços em terrenos permeáveis por poros5. Poços em terrenos permeáveis por fracturas6. Furos
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1. Câmaras de toma de água
São pequenas caixas de alvenaria ou betão destinadas a isolar determinada nascente e das quais parte a adutora. Pode recorrer-se a este tipo de captação desde que o caudal de estiagem justifique o seu aproveitamento.
2008/2009Hidráulica Urbana150
2008/2009Hidráulica Urbana151
2. Galerias de mina ou furos horizontais
Visam a captação de água em terrenos rochosos fracturados. São cortes horizontais no terreno destinados a intersectar a cota baixa diferentes fracturas da rocha onde circula água.Designam-se por galerias se têm larguras entre 0,90 a 1,20m e altura entre 1,80 a 2,0m.Os furos têm geralmente entre 100 e 200mm de diâmetro.
2008/2009Hidráulica Urbana152
3. Drenos
Têm lugar em terrenos pouco coerentes de permeabilidade por poros localizando-se em terrenos planos abaixo do nível freático.É um órgão horizontal destinado a receber a água do terreno e conduzi-la para a adução. A conduta de drenagem é constituída por tubos simplesmente emboquilhados ou furados para entrada da água.A conduta é envolta em camada de brita ou seixo para reter a entrada dos finos
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4. Poços em terrenos permeáveis por poros
Para profundidades superiores às dos drenos utilizam-se poços.
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5. Poços em terrenos permeáveis por fracturas
Objectivo de intersectar as fendas das rochas onde hácirculação de água. Podem ser complementados por furos horizontais
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6. Furos
Substituem os poços para profundidades superiores a 20 ou 30m.
2008/2009Hidráulica Urbana157
5. Adução
A adução pode ser feita:– Superfície livre
CanaisAquedutos
– PressãoCondutas
– Adutoras gravíticas– Adutoras elevatórias
2008/2009Hidráulica Urbana158
A utilização de canais apresenta os seguintes problemas:
– Utilização fortemente condicionada pela topografia– Exigência de tratamento após transporte– Evaporação da água transportada– Possibilidade de crescimento de vegetação– Dificuldade em travessia de vias de comunicação, linhas de
água, etc.– Possibilidade de assentamento dos terrenos
A utilização de aquedutos beneficia de melhor protecção, especialmente se forem enterrados, podendo haver contaminação por águas exteriores
2008/2009Hidráulica Urbana159
5. Adução
Os principais problemas a considerar no projecto das condutas adutoras são:– Traçado em planta e em perfil– Fixação dos caudais de cálculo– Materiais a considerar– Dimensionamento hidráulico– Protecção das condutas– Órgãos acessórios de manobra e segurança– Instalação e ensaio
2008/2009Hidráulica Urbana160
5. Adução
Traçado em planta:
– Comprimento mínimo– Localização ao longo de vias de comunicação o que evita
pagamento de indemnizações aos proprietários dos terrenos particulares, facilita a execução, observação, manutenção e o atravessamento de acidentes topográficos
– Desviar de zonas pantanosas, rochosas, terrenos agressivos, áreas com árvores de raiz fasciculada
– Utilização de longos troços rectos ligados por curvas de grandes raios para evitar acessórios
– Reduzir o choque hidráulico– Condicionalismos do traçado em perfil
2008/2009Hidráulica Urbana161
5. Adução
Traçado em perfil:
– Evitar pressões elevadas que implicam materiais mais resistentes
– Evitar grandes inclinações efectuando-se amarração da tubagem a maciços desde que a inclinação seja superior a 20%
– Evitar traçados em que a piezométrica tenha valores inferiores a 10mca em condições normais e 5mca em condições excepcionais
2008/2009Hidráulica Urbana162
5. Adução
Caudais de cálculo
O dimensionamento de uma conduta assenta em duas questões fundamentais:– Fixação do caudal de cálculo– Determinação da secção mais económica
2008/2009Hidráulica Urbana163
A fixação do caudal de cálculo exige uma análise conjunta das características da adução e das correspondentes necessidades de armazenamento com vista à obtenção da solução de menor custo global
– Segundo a NP 837, O volume diário a transportar deve ser tal que, conjuntamente com a água armazenada faça face ao consumo máximo no horizonte do projecto
– Existe uma grande liberdade na definição do caudal que vai desde o caudal de ponta ao caudal médio diário anual
– Normalmente considera-se o consumo médio do dia de maior consumo (1.5*cmda) ou o consumo médio diário do mês de maior consumo(1.3*cmda) com os seguintes períodos:
24 horas se a adução é gravítica 16 horas se a adução é por bombagem
– Considerar + 10% para perdas na adução
2008/2009Hidráulica Urbana164
5. AduçãoDimensionamento Hidráulico
Consiste na determinação da secção mais económicaSe a adutora é gravítica a secção mais económica corresponde ao diâmetro mínimo que satisfaz as condições de velocidade máxima e mínima e de pressões.Se a adutora é elevatória esta análise não é linear pois a adopção de diâmetros mais reduzidos implica para o mesmo caudal maiores perdas de carga e consequentemente bombas de maior potência que implica maior investimento inicial e maior consumo energético assim, é necessário contabilizar:
– Custo da conduta e do equipamento de elevação (custos do investimento)
– Despesas de funcionamento e manutenção desse equipamento (custos de exploração)
O diâmetro a considerar deverá ser o que torna mínimo a soma dos custos de investimento e de exploração (diâmetro económico)
2008/2009Hidráulica Urbana165
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Fórmula de Bresse
Dá valores afastados da realidade. Considera que o custo da conduta é proporcional ao diâmetro e o custo do equipamento proporcional à potência, não entra com despesas de energia e utiliza fórmulas de resistência simplificadasFórmula de Dacach
Em Portugal o coeficiente 0.9 deve ser substituído por 1 ou 1.1Fórmula de Lencastre
1.5D Q=
0.45 3( ) 0.9 ( / )D m Q m s=
0.43 3( ) 0.95 ( / )D m Q m s=
2008/2009Hidráulica Urbana167
Quantificação das perdas de carga (Fórmula de Colebrook-White ou suas especificações)
Limites para as velocidades mínimas e máximas (0.3 e 1.5 m/s)
É obrigatório, nas elevatórias, o estudo do choque hidráulico e a definição, eventual, de dispositivos de protecção
2008/2009Hidráulica Urbana168
Tubagem a utilizar
Para pressões até 30kgf/cm2
– Pequenos diâmetros (D<400mm): PVC rígido, PAD, fibrocimento
– Diâmetros médios (400≤D <800mm): ferro fundido dúctil, poliéster reforçado com fibras de vidro
– Grandes diâmetros (D≥800mm):betão pré-esforçado, ferro fundido dúctil
Pressões muito elevadas: ferro fundido dúctil ou aço
2008/2009Hidráulica Urbana169
Protecção das condutas
Corrosão (química e electroquímica)Baixas temperaturasSolicitações em singularidadesDeformaçõesEfeitos resultantes da ocorrência de choque hidráulico
2008/2009Hidráulica Urbana170
5. AduçãoÓrgãos Acessórios das Condutas
Válvulas de seccionamentoDescargas de fundoVentosasVálvulas de retençãoDispositivos redutores de pressão
2008/2009Hidráulica Urbana171
Prova e desinfecção das condutasTodas as canalizações antes de entrarem em serviço têm que ser sujeitas a provas para verificação da realização do trabalho de assentamentoConsistem em encher a conduta e elevar a pressão a 1,5 a 2 vezesa pressão de serviço.Considera-se satisfatório quando o manómetro não acuse em ½hora uma descida superior a (p/5)1/2
As condutas devem ser purgadas de todo o ar Devem ser verificadas as pressões depois de aterradas as valasDeve decorrer pelo menos 24 horas entre o enchimento e o início dos ensaios para saturação dos tubosDepois do ensaio deve lavar-se a conduta e desinfectar-se com cloro que deve permanecer na conduta durante um período mínimo de 24 horas com uma concentração não inferior a 10ppm.Seguidamente a conduta é de novo cheia com água limpa e comprovada a sua qualidade com análises laboratoriais durante um período da ordem dos 2 dias
2008/2009Hidráulica Urbana172
6. ArmazenamentoReservatórios
A necessidade de armazenamento nos sistemas de abastecimento de água resulta de:
– Ser economicamente inviável as adutoras serem projectadas para garantirem o abastecimento nas situações mais desfavoráveis (regularização dos caudais)
– Haver necessidade salvaguardar situações de avarias na adução e situações de incêndio
Constituição dos reservatórios:– Células– Câmara de manobras
2008/2009Hidráulica Urbana173
ReservatóriosClassificação
Função– Distribuição– Regularização
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2008/2009Hidráulica Urbana175
Disposição altimétrica no terreno (topografia, garantia de pressões)
– Enterrados, Semi-enterrados, Apoiados, Elevados
2008/2009Hidráulica Urbana176
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Localização dos reservatórios:
– Distribuição escalonada por andares
– OrigemNa povoaçãoSobre a captação intermédio
– Extremidade
2008/2009Hidráulica Urbana180
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ReservatóriosClassificação (cont.)
Forma (razões estruturais e arquitectónicas)– Circular- elíptico– Quadrado- rectangular
Número de célulasCapacidade– Pequenos<500m3– Médios entre 500 e 5000 m3– Grandes>5000m3
Materiais construtivos utilizados– Inferiores a 75 m3: Alvenaria de pedra ou tijolo– Superiores a 75m3: Betão armado,Betão pré-
esforçado
2008/2009Hidráulica Urbana183
ReservatóriosCapacidade de Armazenamento
Reservatórios de regularização– Capacidade=capacidade de regularização entre os caudais
afluentes e cedidos
Reservatórios de distribuição– Capacidade=capacidade de regularização entre os caudais
afluentes e cedidos + capacidade de reserva (avaria ou incêndio)
2008/2009Hidráulica Urbana184
Capacidade de Regularização em Reservatórios de Regularização de Transporte
O reservatório deve regularizar um volume de água correspondente à maior diferença entre o volume aduzido, a montante, e o volume cedido, a jusante, no mesmo período.
2008/2009Hidráulica Urbana185
Capacidade de Regularização em Reservatórios de Distribuição
Segundo a NP-839 o dimensionamento deve ser feito para maior consumo mensal anual ou diário anual É necessário conhecer a lei mensal ou diária de consumos do mês ou do dia de maior consumoQuando não se conhece essa lei pode considerar-se:
– O volume diário máximo distribuído uniformemente num período ao longo do dia ou parte do dia
– Distribuição por curvas idealizadas que se aproximam dos consumos reais
2008/2009Hidráulica Urbana186
Capacidade de Regularização em Reservatórios de Distribuição
Face à discrepância encontrada entre a capacidade estimada com base numa curva de caudais distribuídos de forma constante e a distribuição real leva a considerar-se curvas idealizadas que se aproximam mais da realidade.Essas curvas podem resultar do conhecimento dos caudais cronológicos diários em zonas de características semelhantes, dependo de:
– Dimensão da população servida pelo reservatório– Características urbanas dos aglomerados– Hábitos da população– Tipo e número de indústrias
2008/2009Hidráulica Urbana187
Capacidade de Regularização em Reservatórios de Distribuição
Normalmente consideram-se diagramas cronológicos do consumo diferentes de acordo com o factor de ponta instantâneo considerado tendo sido admitido em todos os seguintes condicionalismos:– Existência de um período nocturno de caudal
constante e mínimo– Existência de pontas – Relação constante entre o factor de ponta e o
caudal máximo
2008/2009Hidráulica Urbana188
2008/2009Hidráulica Urbana189
2008/2009Hidráulica Urbana190
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2008/2009Hidráulica Urbana192
2008/2009Hidráulica Urbana193
Cálculo das CapacidadesConclusões
Considerando os diagramas as capacidades de regularização são menores do que considerando o consumo constanteOs diagramas teóricos dão capacidades majoradas relativamente à realidade pois as pontas no caso real são praticamente pontuaisSe o diagrama de adução se adaptar ao consumo a capacidade do reservatório vem reduzida
2008/2009Hidráulica Urbana194
Capacidade de ReservaCapacidade de reserva (maior dos 2 valores)
– Avarias – Incêndios
Reserva para avarias depende:– Caudal transportado– Diâmetro da conduta disponibilidade de pessoal e
equipamento– Acessos à zona da avaria– Duplicação ou não da adutora
Capacidade para avarias=Caudal de adução x tempo de reparação (art 70)
2008/2009Hidráulica Urbana195
Capacidade de ReservaReserva para incêndios Duração do incêndio– Meios de combate– Possibilidade de existência de mais do que um
incêndio– Grau de risco da zona
Capacidade para incêndios=Volume de água necessário para garantir num incêndio de média duração o bom funcionamento das bombas utilizadas na sua extinção (Art 70 e 18)
2008/2009Hidráulica Urbana196
Disposições ConstrutivasUtilização de materiais estanques e duradourosRevestimentos interiores não devem provocar na água gostos, maus cheiros ou contaminaçõesDeve ser dividido em 2 ou mais célulasÁgua deve ser protegida da luz para evitar variações de temperatura (enterrado ou coberto de betão leve proliferação de algas Ventilado por pelo menos 2 aberturasPequena altura de água para que não permaneça muito tempo parada (2<h<4), evitar grandes variações de pressão na redeAssentes sobre brita evitar infiltrações pela soleira e impulsões hidrostáticas.Soleira inclinada para a descarga de fundoTomada de água deve ser colocada acima da soleira para evitar a entrada de lamas na redeEntrada de água realizada superiormente
2008/2009Hidráulica Urbana197
AcessóriosVálvula de flutuador na aduçãoRalo na tubagem de distribuiçãoVálvulas de retenção na entrada/saída dos reservatórios de extremidadeDescargas de fundo e de superfícieVálvulas de seccionamentoContadores totalizadores à saída do reservatórioIndicadores do nível da água no reservatório
Sobre reservatórios ver Secção III-Artigos 67 a 72 do Regulamento
2008/2009Hidráulica Urbana198
2008/2009Hidráulica Urbana199
7. Redes de DistribuiçãoLocalização– Ao longo dos arruamentos marginados por
construções– Sob os passeios– Acompanhando o terreno, a uma profundidade
mínima de 0.80me acima dos colectores de esgoto, uma distância mínima de 1 m destes, de 0.5m das condutas de gás e 0,20m dos cabos eléctricos
– Deve ser duplicada quando a largura do arruamento for grande, a distância >ou = a 0.8 m dos limites das propriedades
2008/2009Hidráulica Urbana200
7. Redes de DistribuiçãoTipos de redes
– Ramificadas– Emalhadas– Mista
Vantagens e Inconvenientes das redes:– Ramificadas
Economia relativamente ao investimento inicialCaso de avaria toda a rede a jusante fica fora de serviçoAparecimento de zonas de água praticamente estagnada
2008/2009Hidráulica Urbana201
DimensionamentoCaudais
Caudal de cálculo – caudal de ponta instantâneo + caudais de fugas e perdasDistribuição deste caudal ao longo da rede édefinida mediante o recurso a um modelo de cálculo em que os tubos têm distribuição de percursoCaudal unitário de percurso nos diferentes trechos da rede está relacionado com os tipos de urbanização da zona a servir
2008/2009Hidráulica Urbana202
DimensionamentoCaudais
Se o tipo de urbanização for uniforme
Se não for uniforme são considerados caudais unitários de percurso diferentes de zona para zona relacionados com a densidade populacional e relacionados entre si
∑=
ii
p
LQ
q
q5=5q0q4=4q0q3=3q0q2=2q0q1=q0Caudais uni. percurso
>300150-30050-15015-50 <15Densidades ocupação (hab/ha)
2008/2009Hidráulica Urbana203
DimensionamentoCaudais
Sendo L1,..., L5 os comprimentos totais da rede com funções distribuidoras correspondentes aos c. u. p. q1,..., q5, o valor de referência qo é dado por:
Caudais > 1l/s devem ser considerados localizados e portanto excluídos dos c.u.p.
543210 5432 LLLLL
Qq p
++++=
2008/2009Hidráulica Urbana204
DimensionamentoPressões
Pressão máxima = 600KPa medido a nível do soloA pressão mínima = 100+40n KPa medida a nível do solo ⇒ qualquer dispositivo de utilização tem uma pressão mínima de 100 KPa(n – nº de pisos acima do solo)As flutuações de pressão em cada nó ao longo do dia não devem ser superiores a 300 KPa
2008/2009Hidráulica Urbana205
DimensionamentoVelocidades e Diâmetros
Velocidade máxima para caudal de ponta no horizonte de projecto V=0.127 D 0.4
Velocidade mínima para caudal de ponta no início de exploração do sistema = 0.3 m/sDiâmetros mínimos:– Se P<20 000 hab então o Dmin=60mm– Se P>20 000 hab então o Dmin=80mm
2008/2009Hidráulica Urbana206
DimensionamentoCálculo Hidráulico
O cálculo hidráulico tem por finalidade demonstrar que os caudais de dimensionamento estão distribuídos pela rede com pressões adequadas, se assim não for tem que se proceder à alteração dos diâmetros, e baseia-se nos seguintes princípios:
– Em qualquer nó, a soma algébrica dos caudais que a ele chegam é igual à soma dos caudais que dele saem
– Em qualquer nó as cotas das linhas de energia nas extremidades dos diferentes troços aí concorrentes é a mesma
– Ao longo de um percurso orientado e fechado (malha), a soma algébrica das perdas de carga é nula
Método de Hardy-Cross conduz de uma forma convergente à solução pretendida
2008/2009Hidráulica Urbana207
Acessórios da RedeVálvulas de seccionamentoVálvulas de retençãoRedutores de pressão
– Válvulas redutoras de pressão– Câmaras de perda de carga
VentosasDescargas de fundoMedidores de caudalBocas de rega e de lavagemHidrantes
2008/2009Hidráulica Urbana208
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisIntrodução
Águas residuais compreendem as a. r. – Domésticas– Industriais– Pluviais
Finalidade das redes de drenagem de a. r.– Recolha– Transporte– Devolução ao meio receptor em condições
adequadas
2008/2009Hidráulica Urbana209
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisIntrodução
Tipos de Redes:– Unitário– Separativo– Misto
Vantagens do Sistema Separativo:– Melhor funcionamento hidráulico das redes– Redução das dimensões das estações de
tratamento– Possibilidade subdividir a rede pluvial o que
implica uma redução do diâmetro
2008/2009Hidráulica Urbana210
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisIntrodução
– Utilização de sarjetas não sifonadas– Redução da capacidade das elevatórias– Resistência à corrosão das tubagens– Inexistência de descargas poluentes de caudais
em excesso– Menor risco de deposição de materiais sólidos e
maior risco de libertação de gás sulfídrico
2008/2009Hidráulica Urbana211
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisTraçado das Redes
O traçado das redes de a.r. depende fundamentalmente das condições topográficas
– Regime de superfície livre– Colectores descendentes no sentido do escoamento
Estudo do traçado:– Planta à escala 1/2000 ou 1/1000– Pendentes dos arruamentos– Vertentes– Bacias de drenagem– Locais de desembaraçamento das águas residuais
drenadasReconhecimento local para esclarecimento de dúvidas e omissões das plantas
2008/2009Hidráulica Urbana212
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisConstituição
Ramais de ligação– Câmara de ramal de ligação– Tubagem com diâmetro mínimo de 125mm– Declive mínimo de 1% (valores aconselháveis entre 2% e
4%)Colectores
– Câmaras de visita– Tubagem com diâmetro mínimo de 200mm– Declive mínimo de 0.3%– Declive máximo de 15%– Não podem sofrer diminuição de diâmetro à medida que se
caminha para jusante
2008/2009Hidráulica Urbana213
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisConstituição
– Recobrimento mínimo de 1 metro– Materiais
PVCGrés Cerâmico
Emissário é um colector com funções exclusivas de transporte resultante do entroncamento em árvore dos vários colectores de montanteIntersector é um emissário periférico
2008/2009Hidráulica Urbana214
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisÓrgãos acessórios das redes
Câmaras de visita com as seguintes funções:– Ventilação– Operações de desobstrução e limpeza– Confluência de vários colectores, mudança de
diâmetro, de direcção e de inclinação do colector– Variação brusca de cotas dos colectores
Câmaras de corrente de varrer com a função de limpeza dos colectores
2008/2009Hidráulica Urbana215
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisÓrgãos acessórios das redes
Tubos de ventilação para:– Reduzir o risco de septicidade do esgoto– Garantir o regime de superfície livre
Devem ser ligados a prédios altos e colocados nas junções das elevatórias com os colectores e em zonas de apreciável libertação de gases
2008/2009Hidráulica Urbana216
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisDimensionamento
Caudais de ProjectoA previsão dos caudais utiliza os mesmos critérios dos sistemas de abastecimento tendo por base a evolução demográfica, das capitações e a adopção de factores de ponta adequados.Coeficiente de afluência = (caudal colectado) / (caudal distribuído)
2008/2009Hidráulica Urbana217
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisDimensionamento
Caudais de infiltração (art 126) dependem:– Características geológicas e topográficas– Posição do nível freático– Qualidade da rede, idade, licenciamento e
fiscalizaçãoCaudal de projecto = Caudal doméstico + Caudal industrial + Caudal de infiltraçãoConsiderar no projecto o caudal unitário de percurso
2008/2009Hidráulica Urbana218
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisDimensionamento
Se o tipo de urbanização for sensivelmente uniforme considera-se uma distribuição uniforme do caudal
Se o tipo de urbanização não é uniforme relaciona-se os caudais com a densidade populacional estimada e a relacionam-se ainda os caudais unitários entre si
2008/2009Hidráulica Urbana219
Valor de referência q0
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisDimensionamento
q5=5q0q4=4q0q3=3q0q2=2q0q1=q0q
Superior a 300
150 a 30050 a 15015 a 50 <15Densidade (hab/ha)
2008/2009Hidráulica Urbana220
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisDimensionamento
Caudais localizados ou concentrados correspondem aos grandes consumidores com consumos superiores a 1l/s e são excluídos dos caudais unitários de percursoCaudais críticos– Caudais máximos– Caudais mínimos
2008/2009Hidráulica Urbana221
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisDimensionamento
Caudais máximos são os caudais de ponta instantâneos e servem de base ao dimensionamento dos colectores a nível de diâmetros sendo referidos à secção de jusante e admitindo o escoamento uniforme em todo o colectorCaudais mínimos podem ser muito reduzidos ou nulos especialmente nos colectores de cabeceira e estão relacionados com a deposição de detritos.
– Novais Barbosa considera o caudal mínimo igual ao caudal diário médio previsivel e no caso das zonas de
2008/2009Hidráulica Urbana222
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisDimensionamento
montante da rede que seja multiplicado por um factor de ponta
– O nosso regulamento considera para a verificação das condições hidráulico-sanitárias o caudal de ponta no início de exploração do sistema
Dimensionamento hidráulicoOs condicionamentos gerais a respeitar no dimensionamento prendem-se com:
– Dimensões mínimas– Alturas máximas da lâmina líquida – Velocidades mínimas e máximas– Declives mínimos e máximos
2008/2009Hidráulica Urbana223
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisDimensionamento
Dimensionamento da secçãoFaz-se para caudal máximo e atribuindo-se sempre que possível um declive igual ao do arruamentoCaracterísticas geométricas das secções
circulares em função de X (em radianos)Largura superficial do escoamento– b=D sen X
Altura de água na secção– Y=(D/2)(1-cosX)
2008/2009Hidráulica Urbana224
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisDimensionamento
Área da secção de escoamento– S=(D2/8)(2X-sen(2X))
Perímetro molhado– χ=DX
Raio hidráulico– R=D(2X-sen(2X))/(8X)
Fórmula de resistência de Manning-Strickler– Q=K S R 2/3 senθ– Q – Caudal; K – Coef. De Strickler; θ Ângulo de declive do
colector com a horizontal– i=tg θ
2008/2009Hidráulica Urbana225
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisDimensionamento
Sequência de cálculoPara caudal máximoTroço – Comprimento – Q de montante – Q de percurso – Q afluente – Q jusante – Declive do colector – Diâmetro secção meia cheia – Ângulo X –Altura da lâmina líquida – Raio hidráulico –VelocidadeFazer igual para caudal mínimo para verificação da velocidade de auto-limpeza
2008/2009Hidráulica Urbana226
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisDimensionamento
Quando os declives são muito reduzidos podem obter-se diâmetros exagerados revelando-se mais económico um acréscimo de inclinação.A adopção de declives diferentes dos dos arruamentos envolve considerações de optimizaçãoDeclives dos colectores inferiores aos do terreno implicam regra geral a utilização de câmaras de queda
2008/2009Hidráulica Urbana227
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisDimensionamento
Verificação das condições de auto-limpezaCritério da força tractivaCritério da velocidade mínimaCritério da produção de gás sulfídrico
Critério da força tractivaFt=γ R senθFt min=2 N/m2
2008/2009Hidráulica Urbana228
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisDimensionamento
Critério da velocidade mínima-Velocidade ≥ 0.3 m/s-y ≥(1/5)D
Critério da produção de gás sulfídricoZ= (CBOe x χ)/(i ½ x Qmin 1/3 x b)Se: Z>10 000 - Há condições para a produção de gás
sulfídricoZ>10 000 –Não há condições para a produção de gás
sulfídrico
2008/2009Hidráulica Urbana229
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisDimensionamento
Comparando os 3 critérios verifica-se que o critério da força tractiva é o mais severo, seguido do da produção de gás sulfídrico
Referência ao Regulamento relativamente àauto limpeza dos colectores
2008/2009Hidráulica Urbana230
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisDimensionamento
Implicações da ocorrência de regimes não uniformes, medidas a tomar:– Limitar a altura da lâmina líquida– Nenhum colector desembocar noutro de menor
diâmetro– Adopção de pequenos desníveis nas câmaras de
visita para a criação de regolfos de abaixamento
2008/2009Hidráulica Urbana231
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisApresentação do Projecto
Peças escritas– Condições técnicas especiais– Memória descritiva e justificativa– Cálculo da rede incluindo quadro de resultados indicando
caudais de projecto, diâmetros dos colectores alturas normais, velocidades de escoamento, verificação das condições de auto-limpezae outros elementos que se mostrem convenientes
– Cálculo de volumes de terra movimentado– Medições– Orçamento
2008/2009Hidráulica Urbana232
Redes de Drenagem de Águas ResiduaisApresentação do Projecto
Peças desenhadas:– Traçado em planta à escala 1/1000 ou 1/2000 e implantação
do sistema de tratamento– Perfis longitudinais da rede com as cotas do terreno, da
soleira e de trabalho, nº das caixas, distâncias entre caixas, entre perfis e à origem, inclinações e diâmetros
– Outros elementos convenientes à boa definição do projectoPeças desenhadas tipo, exemplos
– Câmara de junção– Câmara de visita com queda
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Redes de Drenagem de Águas PluviaisPrincipais Componentes dos Sistemas
Redes de colectores que é o conjunto das canalizações que assegura o transporte dos caudais pluviais afluentes, geralmente de betão e de secção circular.Órgãos acessórios– Dispositivos de entrada (sarjetas e sumidouros)– Câmaras ou caixas de visita (afastamento
máximo de 100m)
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Finalidade: Determinação dos diâmetros e declives dos colectores por forma a assegurar o transporte dos caudais de calculo previstos, de acordo com critérios hidráulicos pré-estabelecidos.Na transformação da precipitação em escoamento é geralmente utilizada a fórmula racional Q=CIA
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No dimensionamento devem considerar-se 3 etapas fundamentais:Definição dos elementos de baseCálculo dos caudais de projectoCritérios de projecto e procedimentos de dimensionamento
Definição dos elementos de base– Limites da bacia hidrográfica e das sub-bacias afectas a
cada troço– Definição do período de retorno que corresponde ao
intervalo de tempo associado à ocorrência de
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precipitação de intensidade média superior a um determinado valor, regra geral entre 2 e 10 anos
– Conhecimento do regime pluviométrico local (curvas I-D-F)
– Definição dos coeficientes de escoamento afectos a cada bacia. Coeficiente de escoamento é a razão entre o volume de água que contribui para o escoamento e o volume de água efectivamente precipitado sobre a área em estudo.
– Definição dos tempos de concentração iniciais (tempos despendidos no percurso da água precipitada, desde o ponto hidraulicamente mais afastado da bacia até àsecção em estudo)
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Cálculo dos caudais de projecto– Q=CIA (para bacias com áreas inferiores a 1300 ha)
Q – Caudal de ponta (l/s)C – Coeficiente do método racional (adimensional)I – Intensidade de precipitação (l/(s.ha))A – Área da bacia de drenagem (ha)
– Existe uma relação linear entre o caudal de ponta e a precipitação útil (C.I)
– O caudal de ponta ocorre com o instante em que a totalidade da bacia está a contribuir para o escoamento ou seja, um intervalo de tempo igual ao tempo de concentração
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– O valor da intensidade de precipitação é o valor da intensidade média máxima para uma duração igual ao tempo de concentração
– A este valor está sempre associado uma frequência de ocorrência (ou período de retorno T)
– C é o parâmetro representativo da transformação da precipitação em escoamento
Tempo de concentração = tempo de entrada + tempo de percurso
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Em bacias urbanas em que as áreas de drenagem dos colectores de cabeceira são bastante impermeáveis recomenda-se, para Portugal, valores do tempo de entrada de:5 min i>8%7.5 a 10 min 1.5%<i<8%10 a 15 min i<1.5%O tempo de percurso na rede é calculado a partir da expressão de Manning-Strickler, por exemplo.A situação simplificada, mas usual, de cálculo corresponde a admitir o regime permanente e uniforme e considerar as velocidades de escoamento a secção cheia
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Critérios de projecto e procedimentos de dimensionamento• Idênticos às águas residuais domésticas excepto:
• Velocidade máxima 5 m/s porque se considera que a ocorrência do caudal máximo é muito pequena
• Altura máxima do escoamento corresponde à secção cheia• Poder de transporte mínimo entre 3 a 4 N/m2, para secção
cheia• Velocidade mínima 0.9 m/s\\\
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Procedimentos de dimensionamento:Análise da área de projecto e traçado da rede em plantaFixação do período de retorno TEscolha da curva I-D-F para a zona em estudo e para o tempo de retorno T escolhidoDefinição das áreas drenantes em cada secção de cálculoDeterminação do coeficiente de escoamento médio, C, ponderado para a área drenante total
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Redes de Drenagem de Águas PluviaisDimensionamento Hidráulico dos Colectores
Determinação do tempo de concentração, tcDeterminação da intensidade média do escoamento a partir das curvas I-D-FCálculo do caudal de projecto pelo Método RacionalFixação do diâmetro e inclinação dos colectoresDeterminação do tempo de percurso, tpAdição de tp a tcRepetição do processo sucessivamente para cada troço