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Relatório Escola Secundária Rainha Dona Amélia LISBOA AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS Área Territorial de Inspeção do Sul 2015 2016

AVALIAÇÃO EXTERNA DAS SCOLAS - IGEC · revisão de matérias, por exemplo) e a disciplina de oferta complementar de preparação para a prova final, no 9.º ano, lecionada em coadjuvância,

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Relatório

Escola Secundária

Rainha Dona Amélia

LISBOA

AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS

Área Territorial de Inspeção

do Sul

2015 2016

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Escola Secundária Rainha Dona Amélia – LISBOA

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1 – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação

pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a

avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos

jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de

avaliação em junho de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi

incumbida de dar continuidade ao programa de

avaliação externa das escolas, na sequência da

proposta de modelo para um novo ciclo de

avaliação externa, apresentada pelo Grupo de

Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de

março). Assim, apoiando-se no modelo construído

e na experimentação realizada em doze escolas e

agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da

Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver

esta atividade consignada como sua competência

no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de

janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da

avaliação externa da Escola Secundária Rainha

Dona Amélia – Lisboa, realizada pela equipa de

avaliação, na sequência da visita efetuada entre

11 e 13 de abril de 2016. As conclusões decorrem

da análise dos documentos fundamentais da

Escola, em especial da sua autoavaliação, dos

indicadores de sucesso académico dos alunos, das

respostas aos questionários de satisfação da

comunidade e da realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa

fomente e consolide a autoavaliação e resulte

numa oportunidade de melhoria para a Escola,

constituindo este documento um instrumento de

reflexão e de debate. De facto, ao identificar

pontos fortes e áreas de melhoria, este relatório

oferece elementos para a construção ou o

aperfeiçoamento de planos de ação para a

melhoria e de desenvolvimento de cada escola,

em articulação com a administração educativa e

com a comunidade em que se insere.

A equipa regista a atitude de empenhamento e

de mobilização da Escola, bem como a

colaboração demonstrada pelas pessoas com

quem interagiu na preparação e no decurso da

avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios

EXCELENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria

das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos

respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam

na totalidade dos campos em análise, em resultado de

práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e

eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em

campos relevantes.

MUITO BOM – A ação da escola tem produzido um impacto

consistente e acima dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

percursos escolares. Os pontos fortes predominam na

totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais generalizadas e eficazes.

BOM – A ação da escola tem produzido um impacto em linha

com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e

dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes

nos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais eficazes.

SUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens

e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos

escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco

consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas

da escola.

INSUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto

muito aquém dos valores esperados na melhoria das

aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos

percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos

pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A

escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

O relatório da Escola apresentado no âmbito da

Avaliação Externa das Escolas 2015-2016 está disponível na página da IGEC.

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Escola Secundária Rainha Dona Amélia – LISBOA

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2 – CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

A Escola Secundária Rainha Dona Amélia situa-se no concelho de Lisboa, na freguesia de Alcântara.

Resulta da fusão, em setembro de 2002, das escolas secundárias Rainha Dona Amélia e Ferreira Borges.

Foi intervencionada no ano letivo de 2009-2010, no âmbito do Programa de Modernização das Escolas do

Ensino Secundário, apresentando instalações ampliadas e melhoradas. Ao integrar o Pólo de Educação e

Formação D. João de Castro, partilha, com a Escola Secundária Fonseca Benevides e o Centro de

Formação Profissional da Indústria Eletrónica, Energia, Telecomunicações e Tecnologias da Informação

(CINEL), ambos contíguos, espaços comuns, como sejam a portaria, a papelaria, o refeitório e o pavilhão

desportivo. Foi avaliada em 2011, no âmbito do primeiro ciclo de avaliação externa das escolas.

Frequentam a Escola 461 alunos no 3.º ciclo do ensino básico (16 turmas) e 525 nos cursos científico-

humanísticos do ensino secundário (20 turmas), num total de 986 alunos. Destes, 99% possuem

computador e internet em casa. No que respeita à ação social escolar, 83% não beneficiam de auxílios

económicos e, no que concerne à sua nacionalidade, 5% são estrangeiros, oriundos de 17 países.

Os dados relativos às habilitações académicas dos pais e das mães dos alunos revelam que 50% têm

formação de nível superior e 27% possuem o ensino secundário. Quanto à sua ocupação profissional,

55% exercem funções de nível superior e intermédio.

Dos 87 professores que trabalham na Escola, 89% pertencem ao quadro e 90% lecionam há 10 ou mais

anos, o que revela um corpo docente estável e bastante experiente, cuja idade mais representativa se

situa entre os 50 e os 60 anos. É também esta a faixa etária com mais expressão no pessoal não docente,

que totaliza 27 elementos, sendo 18 assistentes operacionais, oito assistentes técnicos e uma técnica

superior (psicóloga).

De acordo com os dados de referência disponibilizados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e

Ciência, relativos ao ano letivo de 2013-2014, a Escola, quando comparada com as outras escolas

públicas, apresenta valores das variáveis de contexto que a colocam entre as mais favorecidas,

nomeadamente a percentagem de alunos sem auxílios económicos, no âmbito da ação social escolar, a

média do número de anos das habilitações das mães e dos pais e a percentagem de docentes do quadro.

3 – AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e

tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação

formula as seguintes apreciações:

3.1 – RESULTADOS

RESULTADOS ACADÉMICOS

Ponderados os indicadores calculados para comparação dos resultados académicos em escolas com

valores análogos nas variáveis de contexto, no ano letivo de 2013-2014, verifica-se que, no 12.º ano de

escolaridade, a taxa de conclusão e a média obtida no exame nacional de matemática A situaram-se

acima dos valores esperados, em linha na disciplina de história A e muito acima daquele valor na de

português. No 9.º ano, a percentagem de classificações positivas na prova final de matemática

posicionou-se, também, acima do esperado, e em linha na de português, o mesmo acontecendo

relativamente à taxa de conclusão.

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Analisado o sucesso no quadriénio 2010-2011 a 2013-2014, observa-se uma melhoria da ação da Escola,

em particular no ensino secundário, refletida no aumento da taxa de conclusão e no bom desempenho

dos alunos nos exames nacionais de português e de matemática, do 12.º ano. Nas provas finais do 9.º

ano, registaram-se progressos nos resultados, no último ano letivo, mais significativos em matemática.

De referir, também, que as médias nos exames igualaram ou aproximaram-se, no geral, das

classificações internas de frequência. Em 2014-2015, verifica-se que as taxas de transição ou de

conclusão aumentaram no 8.º, no 9.º e no 12.º ano.

Atendendo às variáveis de contexto bastante favoráveis, e apesar dos resultados observados, em 2013-

2014, se situarem, globalmente, acima dos valores esperados, existe ainda uma margem de evolução,

designadamente no ensino básico.

Os órgãos e as estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica fazem uma análise

sistematizada do sucesso nas várias disciplinas, identificando causas e definindo estratégias de

melhoria. As aulas de reforço e de apoio, abarcando diferentes finalidades (esclarecimento de dúvidas,

revisão de matérias, por exemplo) e a disciplina de oferta complementar de preparação para a prova

final, no 9.º ano, lecionada em coadjuvância, representam algumas das medidas desenvolvidas.

Não obstante a aposta na implementação de práticas de trabalho colaborativo, que permitem aferir

metodologias e adotar critérios de atuação comuns, revela-se pertinente continuar a aprofundar a

identificação dos fatores de sucesso e de insucesso inerentes ao processo de ensino e de aprendizagem,

consubstanciada na monitorização sistemática da eficácia das estratégias em curso.

A taxa de abandono escolar manteve-se nula em 2014-2015, no ensino básico, e apenas dois alunos

anularam a matrícula no ensino secundário.

RESULTADOS SOCIAIS

Educar para a cidadania constitui uma das vertentes de intervenção do projeto educativo, sendo

concretizadas diversas ações que estimulam a autonomia, a solidariedade, o civismo e o exercício do

voluntariado, propósitos estes subjacentes à missão da Escola. Nesta linha de atuação são de relevar,

entre outros, os projetos Justiça para Todos e Sede Solidária, este último aglutinador de diferentes

medidas e campanhas de apoio a instituições de solidariedade social nacionais, e da freguesia de

Alcântara, em particular. A preservação do ambiente e a educação para a saúde são outras das áreas em

que a Escola investe claramente.

Também o elevado envolvimento dos alunos nas eleições para a associação de estudantes, embora de

forma mais notória no presente ano letivo, constitui um exemplo da sua capacidade de mobilização para

a intervenção cívica. A associação tem vindo a desenvolver iniciativas nos planos social e educativo,

assumindo diversas responsabilidades, como por exemplo, a reativação da rádio escolar e a realização de

torneios inter-turmas.

Os alunos são encorajados a participar de forma ativa nas dinâmicas escolares, desempenhando os seus

representantes, no conselho geral e na equipa de autoavaliação, um papel importante, ainda que não

constitua prática habitual a presença dos delegados nos conselhos de turma intercalares. Por forma a

potenciar e a melhorar a comunicação com a direção, foi criado um conselho de representantes,

constituído por cinco elementos, eleitos em assembleia de delegados de turma, abrangendo os dois níveis

de ensino. A corresponsabilização e a autonomia dos estudantes são ainda incrementadas através do seu

envolvimento na organização de atividades, como é o caso do jornal Fósforo, inteiramente da sua autoria

e responsabilidade editorial.

O comportamento dos alunos é, de um modo geral, positivo, em resultado de uma ação concertada entre

os trabalhadores docentes e não docentes, ao intervirem atempadamente sobre os desvios às normas

instituídas, num processo articulado com os encarregados de educação. Face a um diagnóstico de

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proliferação de alguns casos de pequena indisciplina (agitação e turbulência), quer nas salas de aula,

quer nas áreas comuns e de circulação, traduzido também no aumento da aplicação de medidas

disciplinares sancionatórias, no último ano letivo, designadamente no 7.º ano de escolaridade (13,8%),

foi criada, em 2015-2016, a Turma 3 D. Neste espaço os alunos que recebem ordem de saída da sala de

aula são acompanhados por docentes com perfil adequado. A recente opção pedagógica da coordenadora

deste projeto pela implementação de tardes de estudo, supervisionadas, para cumprimento de medidas

disciplinares corretivas, assentes em atividades de integração na escola, indicia tratar-se de uma ação

muito positiva.

Dos alunos que apresentaram candidatura de acesso ao ensino superior em 2015, 74% foram colocados

na primeira fase e 53% entraram no curso que escolheram como primeira opção. Embora não exista um

mecanismo formal que permita obter o real impacto da escolaridade no respetivo percurso, são

frequentes as informações de retorno sobre os seus sucessos académicos e profissionais, tanto mais que

a Escola é muito procurada por parte de antigos alunos, nomeadamente enquanto encarregados de

educação, pela qualidade do serviço educativo prestado.

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

A comunidade educativa, auscultada através de questionários aplicados no âmbito da presente

avaliação externa, revela-se, de um modo geral, satisfeita com o serviço prestado. Sublinha-se o agrado

dos alunos no que respeita ao conhecimento das regras de comportamento e dos critérios de avaliação. O

uso do computador em sala de aula e a participação em clubes e projetos são, pelo contrário, itens

relativamente aos quais aqueles revelam maior discordância. As instalações, a segurança e o ensino ser

bom surgem com uma apreciação positiva por parte dos pais e encarregados de educação, sendo o

serviço de refeitório o aspeto que merece menor concordância.

Os trabalhadores não docentes valorizam a adequação dos espaços de desporto e de recreio bem como o

funcionamento dos serviços administrativos. Os menores índices de satisfação prendem-se com a

circulação da informação e com o respeito dos alunos pelo pessoal não docente. Sobressai, de entre os

trabalhadores docentes, a disponibilidade por parte da direção, a abertura da Escola ao exterior, bem

como a exigência no ensino. Como aspetos menos positivos, são apontados o comportamento dos alunos e

o respeito dos mesmos pelos professores.

A valorização dos melhores desempenhos concretiza-se, trimestralmente, através dos quadros de mérito

e de excelência, publicitados em lugar de estilo. No final do ano letivo, o envio de uma carta

personalizada, pela diretora, congratulando cada um dos alunos integrados nestes quadros, é uma boa

prática, merecedora de destaque. A receção aos novos alunos do 7.º ano de escolaridade e respetivos pais

e encarregados de educação constitui o momento privilegiado pela mesma para a entrega dos diplomas

aos finalistas e no qual conta com a participação e testemunho do/a aluno/a agraciado/a com o prémio

Carreira.

É, no entanto, com os Smashing Awards que, anualmente, e desde há 18 anos, culmina o

reconhecimento público dos sucessos alcançados pelos estudantes e se reforça a identidade e o sentido de

pertença. Neste emblemático espetáculo de final de ano letivo premeia-se o mérito nas diversas áreas de

conhecimento, enaltecendo-se também a expressão de outras competências, bem como a qualidade do

envolvimento em projetos. Aos prémios Carreira Promissora e Carreira, que distinguem,

respetivamente, o melhor aluno do 7.º ano e o do 12.º ano, juntam-se outros que abarcam diferentes

categorias como Escritor Júnior Mais Promissor, Digitalíssimo ou Desportista Júnior. Os troféus são

concebidos, de forma imaginativa, e executados, pela turma do curso de Artes Visuais, facto que importa

sublinhar.

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O estímulo à participação em iniciativas que incentivam a melhoria de desempenhos (Olimpíadas da

Matemática, Canguru Matemático, PANGEA, ALEA e Concurso Nacional de Leitura, como exemplos)

revela também a importância conferida à valorização das potencialidades dos jovens.

A exposição de trabalhos é promovida, de forma criteriosa e intencional, em momentos específicos do

ano letivo (Semana das Artes, Semana da Geografia, a título exemplificativo), sendo reforçada pela

exibição de reportagens sobre os mesmos, no circuito interno de televisão.

A cultura de proximidade com a comunidade envolvente é reforçada através da partilha de recursos,

designadamente de equipamentos desportivos, de iniciativas diversas e da divulgação do trabalho

concretizado. Ressalta a relação de reciprocidade da Escola com os poderes locais e com diversas

entidades, numa linha de interação bastante positiva que importa salientar. A presença assídua de

antigos alunos, em diversos eventos, e a sua integração no conselho geral, como membro cooptado ou

como encarregado de educação, patenteia também o reconhecimento do trabalho desenvolvido.

Em síntese, a ação da Escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na

melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos

fortes predominam na totalidade dos campos de análise, em resultado de práticas organizacionais

generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no

domínio Resultados.

3.2 – PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

Foram dados passos significativos ao nível do planeamento da atividade educativa ao longo dos últimos

anos. Registam-se evidências de dinâmicas positivas no trabalho em equipa, designadamente na

uniformização de procedimentos, na construção e na partilha de materiais e na avaliação dos alunos.

Embora esta ação, em moldes colaborativos, tenha sido reforçada nas várias estruturas de coordenação

educativa e supervisão pedagógica, é mais expressiva entre os professores que lecionam o mesmo ano de

escolaridade e ou disciplina.

Tendo sido assinalado como ponto fraco na anterior avaliação externa, a “fraca articulação curricular,

com enfoque no desenvolvimento de competências, no sentido de assegurar a sequencialidade das

aprendizagens entre o 3.º ciclo e o ensino secundário e ao longo dos mesmos”, sublinham-se exemplos,

válidos, de gestão dos conteúdos comuns dos programas/currículo, do mesmo ano de escolaridade,

inscrevendo-se, porém, em regra, no plano da informalidade.

É ao nível das visitas de estudo e de projetos que a interdisciplinaridade assume maior expressão, pese

embora a visibilidade que lhe é conferida no plano anual de atividades esteja menos conseguida. Releva-

se, no entanto, a adequação de diversas iniciativas às especificidades do contexto, enriquecedoras das

experiências educativas dos alunos.

A concretização de uma efetiva articulação curricular, sustentada num planeamento intencional e

estruturante, com vista a sistematizar práticas pedagógicas que assegurem a consistência e a

sequencialidade das aprendizagens e rentabilizem os saberes comuns/afins às várias disciplinas,

constitui, por conseguinte, uma área de intervenção a reforçar.

Embora os planos de trabalho de turma disponibilizados elenquem as iniciativas a desenvolver pelas

diferentes disciplinas, designadamente no documento plano anual de atividades da turma, afigura-se

pertinente apostar na gestão integrada dos saberes das várias áreas e de estratégias, em ordem a uma

efetiva articulação curricular horizontal e a aumentar a eficácia da ação educativa. Enquanto

instrumentos de planeamento, não explicitam as dificuldades diagnosticadas e as medidas a concretizar

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em sala de aula para cada aluno, com vista à sua superação. Ainda que essa informação conste nos

registos das atas das reuniões do conselho de professores, perde-se a perspetiva global da consistência do

trabalho efetuado nesse âmbito. Há, pois, margem para enriquecer aquele documento que se configura

como um guia orientador da atividade pedagógica.

PRÁTICAS DE ENSINO

As respostas aos alunos com necessidades educativas especiais revelam-se adequadas, com taxas de

sucesso entre os 92% e os 100%, no último ano letivo, evidenciando-se a boa articulação entre a

professora de educação especial, a psicóloga, os diretores de turma e os encarregados de educação. O

trabalho em rede é fomentado através de parcerias que mobilizam técnicos especializados para

acompanhar as situações que justificam a sua intervenção.

As coadjuvações, em algumas disciplinas, têm sido direcionadas para o apoio individualizado aos alunos

com mais dificuldades. Destacam-se algumas experiências relevantes de diferenciação pedagógica, que

importa incrementar, como por exemplo, a aplicação de guiões de leitura para estudo autónomo, o

trabalho a pares, o apoio individualizado e a organização das atividades em grupos de homogeneidade

relativa, como acontece no ensino do inglês, nas turmas do 7.º e do 8.º ano de escolaridade. No 9.º ano,

para possibilitar um ensino mais personalizado e centrado na oralidade, a Escola disponibiliza um

reforço da carga horária desta disciplina.

Os alunos são orientados para trabalhos de pesquisa, de projeto e de resolução de problemas, e

incentivados a efetuarem apresentações orais, numa linha de dinâmicas de aprendizagem indutoras de

um maior envolvimento na construção do próprio saber, o que é de relevar. Ainda assim, importa

fortalecer o recurso às metodologias ativas, dentro e fora da sala de aula e as práticas de diferenciação

pedagógica, tal como já havia sido assinalado na anterior avaliação externa.

A vertente experimental assume maior expressão no ensino secundário, sendo de destacar as atividades

Oficina de Ciências e a Semana das Ciências Experimentais, entre outras, que promovem o

conhecimento científico no âmbito da física e química e da biologia e geologia e que envolvem diferentes

faixas etárias. Há, no entanto, a este nível, margem para incrementar as práticas e otimizar as

instalações e os equipamentos disponíveis. É ainda de realçar o envolvimento em projetos, como o My

Europe, que tem permitindo aos jovens o contacto com a diversidade cultural europeia, bem como o Delf

Scolaire que proporciona a obtenção de um diploma em língua francesa, reconhecido

internacionalmente.

A forte aposta na formação integral dos alunos, nomeadamente nos domínios cultural e artístico,

consubstancia-se em várias dinâmicas que contemplam a dança, a poesia, as artes visuais e a

valorização do património histórico. Como importante polo aglutinador de diferentes saberes,

trabalhando em articulação com os departamentos curriculares, a biblioteca escolar desempenha um

papel fundamental na promoção de diversas atividades.

O recurso às tecnologias de informação e comunicação tem vindo a fazer parte do quotidiano escolar, em

especial o uso do computador, do videoprojetor, do correio eletrónico e da plataforma moodle. Neste caso,

destaca-se, em algumas disciplinas, como por exemplo, em matemática, a utilização, de forma

consistente, desta ferramenta, facilitando aos alunos o estudo autónomo.

As experiências de observação de aulas, envolvendo professores da mesma disciplina ou de disciplinas

diferentes, concretizadas no âmbito de uma das ações de melhoria em curso, constituem uma prática a

consolidar, no sentido de favorecer o questionamento e a reflexão sobre o processo de ensino e de

aprendizagem. Importa, pois, reforçar a supervisão da atividade letiva em contexto de sala de aula,

enquanto estratégia formativa consubstanciada num referencial de metodologias eficazes, orientadas

para a rendibilização dos saberes profissionais e para o sucesso educativo.

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MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

Os procedimentos relativos à avaliação preveem diferentes modalidades e instrumentos, em função dos

objetivos de aprendizagem e das competências a desenvolver, ajustando-se às especificidades das

disciplinas. Contudo, não se encontram explicitados, nas planificações, a longo e a médio prazo,

facultadas, pelo que este é um aspeto menos conseguido e a merecer atenção por parte dos docentes.

Os critérios avaliativos estão definidos em documento próprio, sendo dado conhecimento dos mesmos

aos alunos e encarregados de educação, numa linha de transparência do processo. Nesta perspetiva,

também foi feito um notório investimento na modalidade formativa, cuja generalização e

sistematicidade importa, no entanto, consolidar, em ordem a constituir-se como uma estratégia para

reflexão e reajustamento do processo de ensino e de aprendizagem, permitindo identificar os aspetos que

necessitam ser melhorados.

O caminho já percorrido ao nível do trabalho colaborativo nas diversas estruturas de coordenação

educativa e supervisão pedagógica, nomeadamente no que respeita a procedimentos de avaliação,

consubstanciados na uniformização de critérios, na elaboração conjunta de matrizes, na realização de

testes comuns por período letivo e a nível de escola, concorre para a uniformização do grau de exigência

em cada área curricular e para o aumento da confiança na avaliação interna. A correção partilhada

evidencia-se em casos pontuais, podendo ser mais explorada. A intensificação e a generalização destas

ações constituem, assim, uma vertente a fortalecer, sem descurar a monitorização da aplicação dos

critérios definidos, como garante do rigor e da equidade da avaliação.

São organizadas medidas de promoção do sucesso escolar como complemento das estratégias

concretizadas em sala de aula e o desempenho dos alunos abrangidos pelas mesmas é objeto de análise,

designadamente nos conselhos de professores. As correspondentes taxas de sucesso (entre 78% e 97%, no

último triénio), no ensino básico, indiciam uma articulação efetiva, e em moldes eficazes, com os

processos de ensino e de aprendizagem em contexto de sala de aula, o que se releva. No ensino

secundário, importa investir na definição de indicadores precisos e de mecanismos de monitorização da

eficácia das aulas de preparação para os exames nacionais, bem como das aulas de apoio abertas à

frequência de qualquer aluno interessado, em algumas disciplinas, de modo a consolidar o sucesso que

se tem vindo a registar desde o ano letivo de 2013-2014.

As ações concretizadas no âmbito da prevenção e da resolução das situações de abandono e de

desistência escolares, por parte dos diretores de turma junto dos pais e encarregados de educação, bem

como o acompanhamento realizado aos alunos pelos serviços técnico-pedagógicos, em articulação com

entidades externas, como sejam os agentes da Polícia de Segurança Pública – Escola Segura e a

Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Lisboa, têm-se revelado, na generalidade, eficazes. Os

focos que persistem no ensino secundário são residuais.

Em suma, a ação da Escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na

melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos

fortes predominam na totalidade dos campos de análise, em resultado de práticas organizacionais

generalizadas e eficazes, o que justifica a atribuição da classificação de MUITO BOM no domínio

Prestação do Serviço Educativo.

3.3 – LIDERANÇA E GESTÃO

LIDERANÇA

A liderança pró-ativa e carismática da diretora que, com visão estratégica e impulsionando,

democraticamente, novos desafios, mobiliza os profissionais para o sucesso escolar de todos os alunos e

para a consolidação do sentido de pertença, é um aspeto que se sublinha. Valoriza as lideranças

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intermédias, conferindo-lhes margem de intervenção nas respetivas áreas, e incentiva a sua

participação em processos de decisão, numa linha de assunção de compromissos em questões-chave.

O conselho geral, dentro da esfera de competências que lhe estão cometidas e ciente do papel efetivo de

cada parceiro, das respetivas áreas de intervenção e do trabalho a realizar, revela-se disponível e

empenhado. Desenvolve a sua atuação em sintonia com os restantes órgãos e estruturas, de forma

muito positiva, numa lógica de indução de melhoria organizacional.

Os pais e encarregados de educação têm também sido incentivados a participar nos diferentes órgãos e

estruturas em que têm assento, assumindo um lugar representativo nos diversos patamares de decisão,

à semelhança dos alunos. Registam-se dinâmicas impulsionadoras do diálogo e do envolvimento das

famílias (receção no início do ano letivo; sessões de sensibilização; palestras nas turmas, sobre as suas

profissões), num trabalho que também tem sido construído com a colaboração ativa da associação de

pais e encarregados de educação.

Salientam-se o empenho e a dedicação de docentes e não docentes no exercício das respetivas funções,

desenvolvidas num bom ambiente de interação humana e profissional. É patente a adesão dos

responsáveis a atividades e a projetos inovadores promotores da qualidade do ensino e que contribuem

para a formação integral dos alunos, nomeadamente na vertente da cidadania responsável, sendo de

destacar, ainda, o incentivo à utilização das tecnologias de informação e comunicação.

Realça-se o clima de diálogo com os representantes do poder local. O estabelecimento de uma rede ativa

de parcerias, algumas das quais consolidadas em áreas estratégicas de intervenção, tem contribuído,

também, para a diversificação de oportunidades educativas, evidenciando positivamente a abertura e a

ligação à comunidade.

O projeto educativo estabelece as premissas orientadoras da ação da Escola, tendo resultado de um

trabalho plural e participado. Configurando-se um instrumento de gestão, não estabelece, contudo,

metas avaliáveis e priorizadas, nem formas de operacionalização calendarizadas, assentes em

indicadores de eficiência organizacional, claros e fiáveis, dificultando a monitorização e o conhecimento

sustentado do respetivo grau de consecução. Mantém-se, assim, neste campo, o ponto fraco identificado

na anterior avaliação externa.

Elaborado a partir das propostas das diferentes estruturas, o plano anual agrega um leque diversificado

de atividades pertinentes, sem, no entanto, dar plena visibilidade a ações conjuntas e transversais. Não

estabelece uma correlação inequívoca entre a intencionalidade subjacente a cada uma das iniciativas

nele propostas e os princípios e objetivos definidos no projeto educativo, pelo que pode limitar a

operacionalização deste. Há, assim, margem para aperfeiçoar a articulação entre os dois documentos,

perspetivando a eficácia das opções pedagógicas tomadas e o reforço do seu valor instrumental na gestão

organizacional e na melhoria da qualidade do serviço prestado.

GESTÃO

A diretora, com o apoio de uma equipa coesa e dinâmica, denota boa capacidade de gestão e pauta a sua

atuação por uma política de proximidade com os trabalhadores. Numa lógica de eficácia, a distribuição

de serviço é feita de modo consentâneo com as competências profissionais, aliando também o perfil e a

experiência, em ordem a favorecer a adequação às funções. A cuidada ponderação que antecede a

constituição das equipas pedagógicas nos anos iniciais de ciclo (7.º e 10.º) é disso sinal manifesto. A

distribuição do serviço docente, em que se inclui a direção de turma é, sempre que possível, norteada

pela continuidade pedagógica.

No que respeita ao pessoal não docente evidencia-se, num quadro de gestão partilhada com a direção, a

autonomia no exercício das funções de coordenação dos assistentes técnicos e dos operacionais. A

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conciliação das suas aptidões com a resposta requerida nos diversos setores é, em regra, prosseguida,

sendo que a rotatividade de tarefas não se assume como uma prática usual. A dedicação e o espírito de

entreajuda concorrem para assegurar o bom funcionamento das várias áreas. Nos serviços

administrativos, ressalta, igualmente, esse espírito, o que proporciona capacidade de resposta às

diferentes solicitações dos utentes. A monitorização da qualidade do serviço prestado não se encontra

instituída, sendo um aspeto a investir.

Os recursos físicos e materiais são geridos criteriosamente, numa lógica de sustentabilidade e de

otimização. A elaboração dos horários dos alunos tem como princípio a rentabilização do tempo, o que

lhes permite a frequência de atividades educativas, fora da sala de aula, e o estudo autónomo. De

sublinhar, pela positiva, a afetação de apoios educativos, desde o início do ano letivo, a novos alunos

(sobretudo, do 7.º e do 10.º ano) que apresentam, no ano de escolaridade antecedente, disciplinas com

níveis negativos.

Releva-se o trabalho desenvolvido desde a anterior avaliação externa para agilizar os circuitos de

comunicação. As informações pertinentes são transmitidas a todos os docentes através dos recursos

informáticos, tendo-se procedido a uma maior sistematização das mesmas. A P@gina web, os blogues e a

plataforma moodle constituíram-se como suportes digitais de eleição. Esta última, embora tenha vindo a

assumir um papel crescente como ferramenta pedagógica, ainda não é plenamente otimizada por todos

os profissionais. Configura, assim, uma oportunidade para o aprofundamento do trabalho em rede e

para a consolidação da partilha de boas práticas por parte das estruturas de coordenação educativa e

supervisão pedagógica. O circuito interno de televisão, instalado junto aos serviços administrativos,

complementa o fluxo de informação relevante, veiculando iniciativas desenvolvidas. Através da

publicação Rainha em Folha, pela biblioteca, e do Anuário Rainha consolida-se a imagem de qualidade

da Escola junto da comunidade.

Foi formalizado um plano de formação, ressaltando um processo ainda em construção, porquanto o

mesmo não espelha o diagnóstico, sistemático e estruturado, das necessidades dos trabalhadores

docentes e não docentes, apesar da formação contínua dos mesmos ser incentivada. Embora congregue

as propostas do centro de formação a que a Escola está adstrita e as ações selecionadas pelos diferentes

profissionais, há margem para o seu aperfeiçoamento, de modo a ser dada visibilidade aos momentos

formativos que são efetivamente dinamizados ao nível interno, e à disseminação de boas práticas entre

pares, bem como à rentabilização das competências do capital humano nas diversas áreas de

especialização. Deste modo, o ponto fraco identificado em 2011 encontra-se parcialmente superado.

AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

Na sequência da anterior avaliação externa que identificou fragilidades no domínio da autoavaliação,

em particular a inexistência de planos de ação de melhoria, foi implementado um projeto nos anos

letivos de 2011-2012 e 2012-2013, direcionado para a uniformização de procedimentos avaliativos

(instrumentos e critérios, por exemplo), que obteve um impacto positivo, designadamente ao nível do

planeamento.

Em 2013-2014, a Escola implementou, com a colaboração de uma consultora externa, um processo de

autoavaliação baseado no modelo Common Assessment Framework (CAF), que possibilitou a

identificação de pontos fortes e de áreas de melhoria. Este diagnóstico organizacional conduziu à

definição de um plano de ação focalizado na melhoria contínua dos resultados, na intensificação do

trabalho colaborativo e no reforço de estratégias promotoras da disciplina dentro da sala de aula. O

enquadramento estratégico destas medidas alicerçou-se na carta de missão da diretora e no relatório da

anterior avaliação externa, o que se sublinha.

Paralelamente, têm sido desenvolvidas outras práticas de autoavaliação, que concorrem, igualmente, de

forma pertinente, para a regulação da ação da Escola. De entre elas, são de mencionar a recolha e

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organização de dados relativos aos resultados académicos, a avaliação do plano anual de atividades e a

da biblioteca escolar, que têm tido também o seu impacto no aperfeiçoamento dos processos e na

melhoria dos desempenhos.

A inclusão de representantes de toda a comunidade educativa na equipa de autoavaliação e o

investimento na sua formação, neste âmbito, permitiram o desenvolvimento de um processo

autoavaliativo mais sustentado. Não obstante o empenho na congregação de esforços para a definição e

a concretização de propostas de melhoria, há trabalho a fazer no que respeita aos indicadores de

eficiência organizacional que devem suportar os objetivos delineados e as metas a estabelecer. Nesse

sentido, importa implementar mecanismos estruturados de monitorização sistemática dos processos,

que possibilitarão sinalizar os possíveis desvios e avaliar a eficácia das medidas implementadas sobre

as práticas de ensino e as dinâmicas organizacionais. Trata-se de desafios que os responsáveis devem

abraçar, em ordem a alicerçar, de modo coerente, todas as opções estratégicas, garantindo o seu

progresso sustentado e reforçando os efeitos no planeamento, na gestão das atividades e no desempenho

profissional.

Em síntese, a ação da Escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na

melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos

fortes predominam na totalidade dos campos de análise, em resultado de práticas organizacionais

generalizadas e eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de MUITO BOM no

domínio Liderança e Gestão.

4 – PONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA

A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho da Escola:

O envolvimento, consistente, dos alunos em projetos de referência que concorrem para o

desenvolvimento de competências pessoais e sociais e reforçam a sua participação ativa na

Escola e na comunidade;

As diversas iniciativas destinadas a valorizar os sucessos e as potencialidades dos estudantes,

com reflexos na criação de um ambiente educativo propício às aprendizagens;

As respostas pedagógicas desenvolvidas com os alunos que apresentam necessidades educativas

especiais, repercutindo-se positivamente no seu sucesso;

O trabalho colaborativo dinamizado nas diversas estruturas de coordenação educativa e

supervisão pedagógica, nomeadamente no que respeita a procedimentos de avaliação dos

alunos;

A liderança pró-ativa e carismática da diretora que, com visão estratégica e impulsionando,

democraticamente, novos desafios, mobiliza os profissionais para o sucesso escolar de todos os

alunos e para a consolidação do sentido de pertença;

A rede ativa de parcerias, em áreas estratégicas de intervenção, que têm contribuído para a

diversificação de oportunidades educativas e para a qualidade do serviço prestado.

A equipa de avaliação entende que as áreas onde a Escola deve incidir prioritariamente os seus esforços

para a melhoria são as seguintes:

A sustentação da gestão articulada do currículo num planeamento intencional e estruturante,

com vista a sistematizar práticas pedagógicas que assegurem a consistência e a

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sequencialidade das aprendizagens e rentabilizem os saberes comuns/afins às várias

disciplinas;

O reforço da supervisão da atividade letiva em contexto de sala de aula, enquanto estratégia

formativa consubstanciada num referencial de práticas eficazes, orientadas para a

rendibilização dos saberes profissionais e para o sucesso educativo;

A articulação entre os documentos orientadores, perspetivando a eficácia das opções

pedagógicas tomadas, de modo a reforçar o seu valor instrumental na gestão organizacional e

na melhoria da qualidade do serviço educativo prestado;

O estabelecimento de metas avaliáveis no projeto educativo, com definição de prioridades e de

formas de operacionalização calendarizadas, sem descurar indicadores de eficiência no sentido

de permitir a sua monitorização e o conhecimento sustentado do respetivo grau de consecução;

A explicitação de mecanismos estruturados de monitorização sistemática dos processos, em

ordem a possibilitar a sinalização de possíveis desvios e a avaliar a eficácia das medidas

implementadas, bem como o seu impacto nas práticas de ensino e nas dinâmicas

organizacionais.

16-06-2016

A Equipa de Avaliação Externa: Isabel Fialho, Maria de Lurdes Campos e Maria João Pereira

Concordo.

À consideração do Senhor Inspetor-Geral da Educação e Ciência, para homologação.

A Chefe de Equipa Multidisciplinar da Área Territorial de Inspeção do Sul

Filomena Nunes Aldeias

2016-08-04

Homologo.

O Inspetor-Geral da Educação e Ciência

Por delegação de competências do Senhor Ministro da Educação

nos termos do Despacho n.º 5477/2016, publicado no D.R. n.º 79,

Série II, de 22 de abril de 2016