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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES AVM FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU Banco do Brasil – uma organização que aprende A utilização da Universidade Corporativa como vantagem competitiva Meri Eli P Militão Profª. Orientadora: Fabiane Muniz RIO DE JANEIRO 2016

Banco do Brasil – uma organização que aprende A utilização ... · vantagem competitiva ... A utilização da Universidade Corporativa como vantagem competitiva ... bem como

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

AVM FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Banco do Brasil – uma organização que aprende

A utilização da Universidade Corporativa como

vantagem competitiva

Meri Eli P Militão

Profª. Orientadora:

Fabiane Muniz

RIO DE JANEIRO

2016

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

AVM FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Banco do Brasil – uma organização que aprende

A utilização da Universidade Corporativa como

vantagem competitiva

Meri Eli P Militão

Monografia apresentada ao Instituto A Vez

do Mestre como requisito parcial para a

obtenção do título de especialista em

Gestão Estratégica e Qualidade

Orientadora: Profª. Fabiane Muniz

RIO DE JANEIRO

2016

AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente a Deus

por mais uma batalha vencida e aos

meus familiares e amigos que nunca

me deixaram desanimar.

DEDICATÓRIA

À minha família que é o meu maior e melhor projeto.

EPÍGRAFE

"Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com retorno garantido”.

(Sir Arthur Lewis)

RESUMO

A presente monografia aborda a utilização da universidade corporativa comoinstrumento de competitividade entre as organizações, onde o grande desafiodo gestor é tornar o conhecimento produtivo. O primeiro capítulo foi dedicado auma breve explanação referente à gestão estratégica listando alguns dosconceitos utilizados para definir estratégia, bem como a criação de vantagemcompetitiva e a relação com o conhecimento que culminou com o surgimentodas Learning Organizations. Já o segundo capítulo foi dedicado a UniversidadeCorporativa abordando seu surgimento e o diferencial competitivo adquiridocom a sua utilização. Para o terceiro e último capítulo buscou-se analisar autilização da Universidade Corporativa do Banco do Brasil (UNIBB) comovantagem competitiva, identificando suas vantagens para o aprendizadocontínuo na organização. A fundamentação teórica baseou-se em bibliografias,artigos e informações disponíveis em sites da internet que pudessem serestudados os conceitos de gestão estratégica, gestão do conhecimento,vantagem competitiva, Educação Corporativa e Universidade Corporativa.

METODOLOGIA

Dentre as diferentes formas de caracterização de uma pesquisa,

este trabalho utiliza a técnica de classificação de Vergara (2003), que divide a

pesquisa de acordo com os seguintes aspectos: quantos aos fins e quanto aos

meios.

Quanto aos fins a pesquisa pode ser considerada como descritiva,

pois descreve o caso da Universidade Corporativa do Banco do Brasil com

análises sobre as informações acessadas.

Quanto aos meios, a pesquisa deve ser considerada como bibliográfica

e de estudo de caso.

A pesquisa é considerada bibliográfica, pois na base de sua

realização desta pesquisa foi utilizado um estudo bibliográfico, tanto em meio

físico como virtual, em diversas fontes como livros, sites, teses, dissertações e

monografias com temas referentes a Gestão Estratégica, vantagem

competitiva, as Learning Organizations e por fim a Universidade Corporativa. A

fundamentação teórica teve como base as bibliografias de Marisa Eboli e Peter

Senger.

O estudo de caso é visto na contemporaneidade com o

delineamento mais adequado para a investigação de um fenômeno dentro do

seu contexto, onde os limites entre o fenômeno e o contexto não são

claramente percebidos (YIN, 2001 apud GIL, 2008). Especificamente para este

estudo o contexto são as Learnig Organizations tendo como delimitação a

UNIBB – Universidade Corporativa do Banco do Brasil.

LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

ABRH Associação Brasileira de Recursos Humanos

CUT Central Única dos Trabalhadores

DESED Departamento de Seleção e Desenvolvimento do Pessoal

EC Educação Corporativa

FIA Fundação Instituto de Administração

GM General Motors

GMI General Motors Institute

GEPES Gerências Regionais de Pessoas

RSA Responsabilidade Socioambiental

RSE Responsabilidade Social Empresarial

TBC Treinamento Baseado em Computador

T&D Treinamento e Desenvolvimento

UNESCO United Nations Educational Scientifc and Cultural Organazation

UC Universidade Corporativa

UNIBB Universidade Corporativa do Banco do Brasil

USP Universidade de São Paulo

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Educação Corporativa: articulando conceitos de competências.........19

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Definições de estratégia no âmbito organizacional …....................14

Quadro 2 - Universidades Corporativas no Brasil ….........................................27

SUMÁRIO

Introdução .......................................................................................................12

Capítulo I - A Gestão Estratégica …...............................................................14

1.1 A criação de vantagem competitiva ….........................................................16

1.2 A vantagem competitiva do conhecimento...................................................18

1.3 As Learning Organizations...........................................................................20

Capítulo II - A Universidade Corporativa .............................................….......23

2.1 O surgimento das Universidades Corporativas...........................................25

2.2 A vantagem competitiva das Universidades Corporativas...........................29

Capítulo III - UNIBB - A Universidade Corporativa d o Banco do Brasil ......33

3.1 A criação da UNIBB.....................................................................................35

3.2 O incentivo ao aprendizado.........................................................................38

3.3 O reconhecimento no mercado....................................................................41

Conclusão .........................................................................................................44

Bibliografia .......................................................................................................44

Webgrafia ..........................................................................................................50

Anexo ................................................................................................................53

12

INTRODUÇÃO

A crescente competição global gera uma impulsão nas organizações

para a busca por vantagens que garantam sua perenidade, a manutenção da

sua marca, ou seja, a sua existência. A partir dessa necessidade as

organizações precisam de uma Gestão Estratégica que possibilite criar

vantagens que as destaque em relação a sua concorrência.

Na busca por vantagem competitiva cada organização realiza diversos

investimentos em inovação, em qualidade, em qualificação profissional, em

Responsabilidade Socioambiental (RSA), em Responsabilidade Social

Empresarial (RSE), etc. Nesta crescente busca surgem as Learning

Organizations ou Organizações que Aprendem que são empresas capazes de

produzir e utilizar o conhecimento como uma oportunidade de adquirir uma

vantagem que poderá ser utilizada em determinada área da organização.

Segundo Druker (1999) os resultados oriundos do conhecimento serão

os ativos mais valiosos do século XXI. Desde modo o investimento no

desenvolvimento do capital humano torna-se imprescindível. Dentre os

investimentos em qualificação profissional a criação de Universidade

Corporativa tornou-se um grande diferencial estratégico, competitivo.

O tema desta monografia será a Learning Organization, ou

organização que aprende. Em destaque será analisada a criação e

desempenho da Universidade Corporativa do Banco do Brasil (UNIBB).

Partindo desse pressuposto, a questão central deste trabalho será a

análise da vantagem competitiva obtida pelo Banco do Brasil com a utilização

da Universidade Corporativa.

Este tema é de suma importância, pois no cenário econômico atual

pode se verificar a grande competitividade entre as organizações. A crescente

busca por ideias inovadoras para manter-se no mercado fez com que as

organizações reconhecessem o conhecimento como um grande diferencial

estratégico. Ciente desse fato, algumas empresas criaram opções para

propiciar a geração do conhecimento como é o caso das Universidades

13

Corporativas.

Este trabalho analisa a Universidade Corporativa do Banco do Brasil

como um diferencial estratégico dentro de um processo de aprendizagem que

visa desenvolver competências distintas, de acordo com a necessidade da

empresa e de seus funcionários, gerando vantagem competitiva para a

organização.

Como objetivo geral esse trabalho visa analisar a utilização da

Universidade Corporativa do Banco do Brasil (UNIBB) como vantagem

competitiva. Os objetivos específicos são analisar a Gestão Estratégica que

utiliza a universidade corporativa para gerar vantagem competitiva, identificar

as vantagens que a Universidade Corporativa agrega à organização e analisar

as estratégias motivacionais que o Banco do Brasil utiliza para que os

funcionários realizem os cursos propostos pela instituição.

14

CAPÍTULO I

A GESTÃO ESTRATÉGICA

A palavra “estratégia” é de origem grega. O termo grego strategia tem

como significado “o escritório do general”. Partindo desse conceito, a

estratégia está diretamente relacionada com a arte de fazer guerra. Mas, com

o passar dos anos, o uso termo se tornou mais abrangente sendo utilizado

além das áreas militares, como por exemplo, no ramo empresarial.

O estudo da estratégia começou a ser aplicado às organizações a

partir de 1950 tendo como marco inicial a pesquisa financiada pela Fundação

Ford e a Empresa Carnegie, aplicada nas escolas de administração

(GORDON e HOWELL, 1959). De acordo com Mintzberg (1987), o grande

desenvolvimento das estratégias nas empresas ocorre a partir da década de

1980. Atualmente, pensar estrategicamente tornou-se um fator indispensável

na condução e gestão das organizações, com fins lucrativos ou não (MOORE,

2000). A estratégia trata da ligação entre o ambiente interior das empresas e

seu ambiente exterior (WILSON; JARZABKOWSKI, 2004).

Porém, existem várias definições para a estratégia. No quadro 1 são

demonstradas algumas de suas definições.

Autores Definições de estratégia

Barnard (1938)

Estratégia é o que importa para a eficácia da organização, seja do ponto de vistaexterno, em que salienta a pertinência dos objetivos face o meio envolvente, ou doponto de vista interno, no qual salienta o equilíbrio da comunicação dos membrosda organização e a vontade de contribuir para a ação e para a realização deobjetivos comuns.

Von Neumann eMorgenstern (1947)

Estratégia é uma série de ações realizadas por uma empresa conforme umasituação em particular.

Drucker (1954) Estratégia é a análise de situação atual e de mudanças se necessárias. Incorpora-se a esta análise os recursos disponíveis e os que precisam ser adquiridos.

Ansoff (1965) Estratégia é um conjunto de decisões determinadas pelo mercado do produto acomercializar, crescimento objetivado, vantagens competitivas da organização esinergia organizacional.

Mintzberg (1967) Estratégia é a soma das decisões tomadas por uma organização em todos os

15

aspectos, tanto comerciais como estruturais, sendo que a estratégia evolui deacordo com o processo de aprendizado do gestor da firma.

Cannon (1968) Estratégias são as decisões voltadas à realização de ações direcionadas, que sãorequeridas para que a empresa seja competitiva e alcance os seus objetivos.

Newman e Logan(1971)

Estratégias são planos que veem o futuro e antecipam mudanças. Oferecem açõesque levam a vantagens competitivas para aproveitar uma ou mais oportunidades, esão integradas na missão da organização.

Uyterhoeven, Ackermane Rosenblun (1973)

Estratégia é prover direção e coesão na empresa, e é composta por diversospassos: identificar os vários perfis estratégicos, realizar uma previsão estratégica,auditar os recursos disponíveis, avaliar as alternativas de possíveis estratégias,testar a consistência das estratégias potenciais, realizar a escolha da estratégia aseguir.

Ackoff (1974) Estratégia é ligada aos objetivos de longo prazo e os caminhos para conquistá-los,e que afetam toda a organização.

Mintzberg (1979) Estratégia é uma mediação de forças entre a organização e seu ambiente:estabelece padrões consistentes de decisões organizacionais conforme o ambientevivenciado.

Henderson (1991) Estratégia é a busca deliberada por um plano de ação para desenvolver e ajustar avantagem competitiva de uma empresa. As diferenças entre a organização e seuscompetidores são a base da sua vantagem competitiva.

Porter (1996) Estratégia significa desempenhar atividades diferentes das exercidas pelos rivaisou desempenhar as mesmas atividades de maneira diferente.

Mintzberg, Ahlstrand eLampel (1998)

Estratégia é força mediadora entre a organização e o seu meio envolvente,centrando-se nas decisões e ações que surgem naturalmente. A formação daestratégia não se limita aos processos intencionais, mas pode ocorrer como umpadrão de ações formalizadas ou não.

Quadro 1 – Definições de estratégia no âmbito organizacional

Baseado nas definições apresentadas no quadro 1, além das

centenas de outras definições, pode-se concluir que a definição de estratégia

depende da perspectiva do observador.

Em resumo, definir estratégia depende do ponto de vista de quem avê, pode mudar com o tempo e pode ter muitos significados, desdeos mais abrangentes aos mais detalhados. Esta multiplicidade dedefinições torna a estratégia um conceito complexo e carregado desubjetividade. (MAINARDES; FERREIRA; RAPOSO, 2011)

De acordo com Bhalla et al. (2009), a gestão estratégica nasceu como

uma disciplina híbrida, inspirado na Sociologia e na Economia. Segundo Porth

16

(2002), a gestão estratégica surge como parte do planejamento estratégico.

Mas, atualmente, o planejamento estratégico é um dos seus principais

instrumentos.

A gestão estratégica ou administração estratégica diz respeito ao

modelo de gestão que tem como objetivo proporcionar o sucesso da empresa

e a manutenção desse sucesso no futuro, garantindo mais do que a sua

sobrevivência no mercado de atuação.

Para Oliveira (1999), a gestão estratégica abrange o Planejamento

Estratégico, a Organização Estratégica, a Direção Estratégica, o Controle

Estratégico e o Desenvolvimento Estratégico.

Barney e Hesterly (2007) defendem que a administração estratégica é

um processo que começa na escolha da Missão da empresa até a aquisição

da vantagem competitiva.

1.1 - A criação de vantagem competitiva

A vantagem competitiva surge do valor que uma empresa é capaz de

criar para seus consumidores excedendo o custo para a criação desse valor,

de acordo com Porter (1985).

Para Porter (1986) a vantagem competitiva envolve uma ou várias

características como, por exemplo:

• A vantagem competitiva precisa ter valor para os clientes;

• Não pode haver outras vantagens competitivas substitutas disponíveis

prontamente aos concorrentes,

• A vantagem competitiva precisa ser sustentável.

Ao desenvolver essas características, uma empresa pode se diferir

das demais por entregar mais valor, na ótica de seus clientes, e, como

consequência, obter vantagem competitiva no mercado em que se está

inserida.

17

Na batalha pela participação no mercado, a competição ocorre não

somente em relação aos concorrentes, mas em toda a cadeia de relações da

empresa. A partir deste entendimento surge o conceito das Cinco Forças que

regem a competição em um setor. Essas forças são:

• Clientes - estes podem alterar o equilíbrio na relação com o setor

devido ao poder de barganha;

• Fornecedores - podem exercer poder de barganha sobre os

participantes de um setor, aumentando os preços ou reduzindo a

qualidade das mercadorias e serviços;

• Novos Entrantes em potencial - trazem novas capacidades e o desejo

de ganhar participação de mercado;

• Produtos Substitutos - limitam o lucro e reduzem o sucesso que um

setor pode alcançar,

• Rivalidade entre os Concorrentes - ligada ao uso de táticas como

competição de preços, lançamento de produtos e propaganda.

Desta maneira, a potência coletiva destas forças determina o lucro

máximo de um setor e com a análise das forças que afetam a competição, e

suas causas básicas, uma empresa tem a possibilidade de identificar o vigor e

as fraquezas de um ponto de vista estratégico. Assim reavaliará seu plano de

ação posicionando a empresa de maneira que as suas capacitações forneçam

a melhor defesa contra a força competitiva ou que possam influenciar no

equilíbrio de forças por meio de ações estratégicas ou até mesmo antecipar as

mudanças nos fatores básicos das forças.

Segundo Faria (2007), vantagem competitiva é “...um conjunto de

características que permite a uma empresa ser diferente por integrar mais

valor sob o ponto de vista dos clientes, diferenciando-se da concorrência e, por

isso, obtendo vantagens no mercado.” Dondoni (2004) acredita que “...uma

vantagem competitiva é gerada a partir da capacidade das pessoas ou das

organizações inovar e melhorar continuamente”. Sendo assim, para esse

autor, a vantagem competitiva tende a ser o objeto central de preocupação da

empresa, apresentando-se como diferencial em suas práticas gerenciais e

18

operacionais.

De acordo com Dondoni (2004), “A vantagem competitiva pode ser

criada em função dos recursos humanos que devem ser motivados, dinâmicos,

cooperativos e confiantes, além de eliminar etapas redundantes e processos

que não agregam valor de sucesso.”

1.2 - A vantagem competitiva do conhecimento

Angeloni e Fernandes (2000) admite que para perdurar a Era do

Conhecimento, as organizações necessitam transformar-se por meio de uma

remodelagem de seus processos e estruturas, passando a apresentar novas

características para aumentar sua capacidade de criar, transmitir, armazenar e

utilizar efetivamente o conhecimento, sendo estes considerados fatores

importantes para manter o desempenho organizacional.

A informação pode ser considerada fator estratégico no ambiente

organizacional, desde que seja desenvolvida a gestão da informação voltada

para buscar vantagem competitiva. Valentim reforça esta afirmação quando diz

que

A informação e o conhecimento têm papel fundamental nosambientes corporativos, porque todas as atividades desenvolvidas,desde o planejamento até a execução das ações planejadas, assimcomo o processo decisório, são apoiadas por dados, informação econhecimento (VALENTIM, 2006, p. 9).

Para conquistar o sucesso na convergência entre o desenvolvimento

de talentos e as estratégias do negócio, o projeto de Educação Corporativa

deve identificar, formar e mobilizar as competências críticas (ver figura 1), no

sentido de agregar valor ao negócio e assim aumentar a competitividade

(EBOLI, 2004).

19

Figura 1- Educação Corporativa: articulando conceitos de competências. Fonte: Adaptado de Eboli (2004).

Com o passar dos anos ocorreram várias mudanças nas concepções

de treinamento, até mesmo a passagem da nomenclatura de Treinamento e

Desenvolvimento (T&D) para Educação Corporativa. Segundo Milloni (apud

RICARDO, 2007, p.6) o T&D é focado em treinar uma ação sistematizada de

educação para capacitação, aperfeiçoamento e desenvolvimento. Este modelo

vem sendo substituído pela Educação Corporativa (EC), cujo principal objetivo

é promover vantagem competitiva para a empresa pela educação do

trabalhador proporcionando-lhes mais conhecimento.

A partir do exposto pode-se dizer que o aprendizado é a maior

vantagem competitividade uma organização. Os novos administradores

buscam valorizar a capacitação de seus colaboradores, até mesmo com o

aprendizado que ocorre no dia a dia da organização.

Com a valorização dos colaboradores as lideranças começaram a

aparecer. Os colaboradores devem ter espaço para pensar e participar do

plano estratégico da organização. Segundo Peter Senge: “quando os membros

de uma organização concentram-se apenas em sua função, eles não se

sentem responsáveis pelos resultados”(1999, p. 17).

20

1.3 - As Learning Organizations

Senge (1990) define as learning organizations como organizações

onde:

“(...) as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criaros resultados que realmente desejam, onde surgem novos eelevados padrões de raciocínio, onde a aspiração coletiva é liberadae onde as pessoas aprendem continuamente a aprender em grupo.”(Senge, 1990, p. 11).

Ainda de acordo com Senge (1990), para transformar qualquer

organização em uma organização que aprende torna-se necessário colocar

em prática as cinco disciplinas:

I - Domínio pessoal :

• Aprender a expandir as capacidades pessoais para criar os resultados

desejados.

• Criar um ambiente empresarial que estimule a todos os participantes

alcançando assim as metas escolhidas.

• Estimular os trabalhadores a buscarem e alcançarem seus objetivos.

II - Modelos mentais:

• Consiste em refletir, esclarecer continuamente.

• Melhorar a imagem que cada um tem do mundo.

• Verificar como moldar atos e decisões.

• Rever nossos modelos mentais e ajustá-los a realidade.

III - Visão compartilhada:

• Estimular o engajamento do grupo em relação ao futuro.

• Elaborar princípios e diretrizes que permitirão alcançar esse futuro.

IV - Aprendizado em equipe:

• Desenvolver o pensamento e a comunicação coletiva a fim de superar a

soma dos talentos individuais.

21

V - Pensamento sistêmico:

• Analisar e compreender a organização como um sistema integrado.

• Criar uma forma de analisar e uma linguagem para descrever e

compreender as forças e inter-relações que modelam o comportamento

dos sistemas.

Para Senge (1990), o aprendizado individual não garante o

aprendizado da organização, mas sem o aprendizado individual não ocorre o

aprendizado organizacional.

Outros autores discordam dos conceitos apresentados por Senge, a

exemplo de Alliprandini apud Morais (1998) que faz a seguinte consideração:

“Organização de aprendizagem é por si só um conceito, muito mais

próximo da filosofia que das técnicas, não podendo ser tratada como

uma abordagem para melhorar as empresas. É um conceito que vem

sendo desenvolvido há mais de 50 anos e requer a conscientização

de que não existe fim, pois a ação e a reação advindas das

mudanças externas ou internas, ocorridas no ambiente ou no

indivíduo, fazem parte do processo de aprendizagem”.

Aparentemente, a discussão conceitual de uma learning organization

é meramente filosófica e longe das reais necessidades das

empresas (ALLIPRANDINI APUD MORAS 1998).

Para Junior e Vasconcelos (2005) para uma empresa se tornar uma

organização que aprende, os funcionários devem ser respeitados em sua

individualidade e autonomia para desenvolver um trabalho de excelência. Isso

irá motivá-los para obter mais conhecimentos e aprender continuamente, já

que terão liberdade de resolver problemas.

Segundo Schein (1997), uma dificuldade na obtenção de uma

organização que aprende é que muitas pessoas apresentam uma resistência

normal à mudança.

Para se desenvolver uma organização que aprende é necessário o

desenvolvimento de uma cultura na qual as pessoas troquem informações e

22

experiências que antes constituíam sua principal fonte de poder. Também é

preciso fazer com que as pessoas aceitem a responsabilidade por questões

das quais têm um controle limitado (Bartlett & Ghoshal, 1998).

23

CAPÍTULO II

A UNIVERSIDADE CORPORATIVA

A Universidade Corporativa é considerada a nova denominação dos

Centros de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) de Recursos Humanos de

grandes empresas. A criação deste termo é atribuída a Jeanne Meister,

presidente da Corporate University Xchage, empresa americana de consultoria

em Educação Corporativa. Para Meister (1999), a Universidade Corporativa

pode ser definida como um guarda-chuva estratégico para desenvolver e

educar funcionários, clientes, fornecedores e comunidade, a fim de cumprir as

estratégias empresariais da organização.

De acordo com Meister (1999), o conhecimento e as qualificações das

pessoas “são adequadas durante um período, que pode variar de 12 a 18

meses, depois do qual precisamos reabastecê-las para competir na economia

global do conhecimento” (p.8). Sendo assim, o conhecimento precisa ser

atualizado sempre, a educação deve ser um processo continuado.

As forças que impulsionam o avanço das Universidades Corporativas,

para Meister (1999), são cinco:

a) A emergência da organização não-hierárquica, enxuta e flexível;

b) O advento e a consolidação da economia do conhecimento;

c) A redução do prazo da validade do conhecimento;

d) O novo na capacidade de empregabilidade ocupacional para a vida toda

em lugar do emprego para toda a vida,

e) Uma mudança fundamental no mercado da educação global.

Para Eboli (1999) a Universidade Corporativa tem como missão formar

e desenvolver os talentos humanos na gerência dos negócios, tendo como

objetivo o desenvolvimento e a inserção das competências profissionais,

técnicas e gerenciais necessárias ao sucesso da organização.

Segundo Alperstedt (2003), na expressão “Universidade Corporativa”,

24

o uso do termo “corporativo” significa que a universidade está vinculada a uma

corporação e seus serviços educacionais não constituem seu principal

objetivo. Para o termo “universidade”, este não deve ser entendido dentro do

contexto do sistema de ensino superior, pois a “universidade corporativa”

oferece instrução específica, sempre relacionada à área de negócio da própria

organização.

De acordo com Eboli (2004), o conceito de Universidade Corporativa

corresponde à implementação dos seguintes objetivos:

• Objetivo principal: desenvolver as competências críticas do negócio em

vez de habilidades individuais.

• Foco do aprendizado: privilegiar o aprendizado organizacional

fortalecendo a cultura corporativa e o conhecimento coletivo, e não

apenas o conhecimento individual.

• Escopo: concentrar-se nas necessidades dos negócios, tornando o

escopo estratégico, e não focado exclusivamente nas necessidades

individuais.

• Ênfase dos programas: conceber e desenhar ações e programas

educacionais a partir das estratégias de negócios, ou seja, da

identificação das competências críticas empresariais.

• Público-alvo: adotar o conceito de educação inclusiva, desenvolvendo

competências críticas nos públicos internos e externos (familiares,

clientes, fornecedores, distribuidores, parceiros comerciais e

comunidade), e não somente nos funcionários.

• Local: contemplar a possibilidade de ser um projeto virtual e não

necessariamente um local físico.

• Resultado: aumentar a competitividade empresarial e não apenas as

habilidades individuais.

Para teóricos como Meister (1999), Stuart (1998) e Senge (1996), a

Universidade Acadêmica não é capaz de proporcionar a formação exigida pelo

mercado de trabalho e a Universidade Corporativa é a grande opção para as

25

deficiências educacionais da atualidade.

2.1 - O surgimento das Universidades Corporativas

Para Deluiz (2001), na atual fase do capitalismo flexível, pode se

observar uma progressiva transferência do conceito de qualificação

profissional para a noção de competências profissionais. O conceito tradicional

de qualificação estava relacionado aos componentes organizados e definidos

da qualificação do trabalhador: educação escolar, formação técnica e

experiência profissional. Relacionava-se à escolarização e aos seus diplomas

correspondentes.

Com a acrescente concorrência as empresas passam a exigir, cada

vez mais de seus funcionários, uma postura voltada para o

autodesenvolvimento e aprendizagem contínua. Porém a educação formal

fornece apenas o conhecimento técnico e instrumental ficando a cargo da

empresa desenvolver demais habilidades em seus profissionais. A partir dessa

necessidade, em desenvolver atitudes, posturas e outras habilidades, surge a

Universidade Corporativa (UC) com a função de alinhar os talentos humanos

às estratégias empresariais.

As Universidades Corporativas surgiram nos Estados Unidos

destinadas a desenvolverem uma educação continuada, promovida pelas

organizações, como complemento estratégico do gerenciamento do

aprendizado e um serviço educacional voltado aos seus funcionários.

Emergidas dos departamentos de treinamento e desenvolvimento,

desenvolveram-se com a ascensão do modelo econômico baseado na

informação e no conhecimento surgido na metade do século XX, exigindo dos

funcionários o aprendizado rápido e com regularidade, de modo a acompanhar

os avanços tecnológicos e a competição globalizada (Alperstedt, 2003;

Meister, 1999).

A primeira Universidade Corporativa que se tem conhecimento foi

fundada em 1955 pela General Eletric, Porém, de acordo com Ricardo (2007),

26

a origem da Universidade Corporativa é ainda mais antiga, [...] remota a 1920

quando a General Motors (GM) incorporou uma escola noturna para a indústria

automobilística. O General Motors Institute (GMI) durante 56 anos ajudou a

transformar a GM na maior montadora do planeta. Em 1982 o GMI se

transformou em uma escola independente e, em 1997, passou a ser conhecida

como Kettering University.

No Brasil, o conceito de Universidade Corporativa aparece na década

de 1990, devido à necessidade no investimento em qualificação profissional

para o desenvolvimento do diferencial competitivo. Uma das primeiras

Universidades Corporativas foi fundada em 1992, para o Grupo Accor, pelo

consultor Hugo Nisebaum, proprietário da empresa HN Educação e

Performance.

Segundo Freitas (2003), as primeiras UCs brasileiras buscavam

modelos virtuais que as tornassem capazes de levar o conhecimento a toda a

sua clientela espalhada pelo país.

Os principais problemas e desafios das UCs no Brasil, conforme Eboli

(2006) são:

• Criar uma conexão entre Educação Corporativa e Gestão do

Conhecimento;

• Estender as ações educacionais aos demais públicos (cadeia produtiva

e comunidade);

• Mensurar adequadamente os resultados obtidos;

• Promover o envolvimento da média / alta gerência;

• Promover o envolvimento dos stakeholders.

No Brasil, a EC está presente em várias de organizações, nacionais e

multinacionais, públicas e privadas e em diversos setores industriais e de

serviços. Abaixo segue um quadro com algumas Universidades Corporativas

presentes no país:

28

ensino superior, entre outros.

De acordo com Costa (2001) educar corporativamente é fazer as

pessoas pensarem criticamente, envolverem-se, autogerenciarem e

emocionarem-se [...] Educar corporativamente é humanizar o ser, a empresa,

a sociedade, o meio ambiente. Acrescenta, ainda, que a Educação Corporativa

não é apenas virtual, mas sim, relacional, de modo que os seres humanos

criam vínculos e, através desses, constroem valores e a partir daí,

estabelecem uma cultura.

Allen (2002) sugere que, quanto ao seu escopo, são quatro os níveis

de uma UC:

• Somente treinamento: deste aspecto há as universidades que são

simplesmente departamentos de treinamento (T&D). Existem para

oferecer treinamento para os seus empregados.

• Treinamento mais desenvolvimento gerencial: prevê cursos de

desenvolvimento para gerentes e executivos. Enquanto treinamento

foca as habilidades que são necessárias para uma tarefa específica,

desenvolvimento refere-se à educação que visa modificar aspectos no

comportamento dos executivos.

• Oferta de cursos com crédito acadêmico: as universidades corporativas

oferecem cursos que poderiam, por meio de parcerias acadêmicas,

solicitar equivalência em disciplinas universitárias formais. Apenas as

universidades formais podem conceder créditos.

• Oferta de cursos que levam efetivamente ao grau acadêmico: as

universidades corporativas oferecem programas que levam ao nível de

Bacharelado ou Mestrado. Para atuar neste nível a Universidade

Corporativa deve receber credenciamento dos órgãos públicos

competentes (no Brasil, a CAPES do Ministério da Educação). Na

verdade, poucas são as universidades corporativas que se encontram

neste último nível, no mundo (ALLEN, 2002).

A Universidade Corporativa configura-se como um espaço

educacional, virtual ou não, gerenciado pela empresa, com o propósito de

29

institucionalizar uma cultura de aprendizagem contínua, que vise proporcionar

a aquisição de novas competências vinculadas às estratégias empresariais,

com o objetivo de proporcionar vantagens competitivas permanentes às

empresas.

2.2– A vantagem competitiva das Universidades Corp orativas

Segundo Eboli (2007), o principal motivo para o desenvolvimento de

uma UC é a intenção da empresa direcionar a área de seus profissionais para

as estratégias de negócios. Não se trata, porém, de substituir o papel das

universidades tradicionais. Não é papel das escolas de Administração

capacitar seus alunos para determinada atividade ou negócio da empresa. A

formação acadêmica recebida de uma universidade tradicional esta pautada

no domínio das bases científicas, filosóficas, humanísticas, éticas, do

desenvolvimento da pesquisa, etc. nem sempre realizado pelas organizações.

O desenvolvimento de competências e habilidades cognitivas não são

oferecidas nas instituições de ensino convencional, mas são necessárias para

a empregabilidade do trabalhador.

Para manter a sua empregabilidade o trabalhador precisa atualizar-se

constantemente não somente com a leitura de livros e jornais, mas também

com a realização de vários cursos de capacitação, idiomas, reciclagem, etc.

Esta é uma exigência do mercado. A fase atual do Capitalismo sugere que o

desemprego nem sempre está associado à falta de oportunidade, pode

também estar relacionado à falta de qualificação necessária ao cargo.

O termo competência é muito utilizado no mundo empresarial.

Segundo Mundim (apud Ricardo 2007), competência se refere ao “conjunto de

qualificações que a pessoa tem para executar um trabalho com um nível

superior de desempenho”. A partir desse conceito, pode-se entender as

competências que são bases da capacidade de empregabilidade do individuo.

Segundo Meister (1999) são elas:

1. Aprender a aprender

30

2. Comunicação e colaboração

3. Raciocínio criativo e resolução de problemas

4. Conhecimento tecnológico

5. Conhecimento de negócios globais

6. Desenvolvimento de liderança

7. Autogerenciamento da carreira

A necessidade em desenvolver essas competências é uma justificativa

para a criação de programas educacionais que atinjam toda a organização,

desde o chão da fábrica até o mais alto nível hierárquico. As Universidades

Corporativas permitem realizar a combinação dessas ações de

desenvolvimento aumentando a possibilidade da empresa em atender as

demandas do mercado. Tobim (apud EBOLI, 2004) enumera algumas razões

para uma empresa criar uma UC, são elas:

1. Valores: conhecimento, habilidades e competências formam a base da

vantagem competitiva que estimula o investimento na abertura de UC’s

como meio de intensificar o desenvolvimento dos empregados nessas

áreas.

2. Imagem externa: abertura de uma UC também cria a valorização da

marca, pois demonstra a preocupação da empresa em desenvolver

seus talentos como forma de melhorar as relações com seus

stakeholders.

3. Imagem interna: a criação de uma UC provém de treinamentos

existentes na organização e reforça a valorização dos funcionários

envolvidos na Educação Corporativa.

Segundo Eboli (2004) a UC tem como missão formar e desenvolver

talentos na gestão de negócios, promovendo a gestão do conhecimento

organizacional (geração, assimilação, difusão e aplicação) por meio de um

processo de aprendizagem ativa e continua com o objetivo no

desenvolvimento e na instalação das competências empresariais e humanas

consideradas críticas para a viabilização das estratégias de negócios.

31

Para Meister (1999) a UC deve ser vista como um verdadeiro

laboratório de aprendizagem, onde deverá haver investimento maciço nas

várias metodologias de aprendizagem, como aulas presenciais e

semipresenciais, com o aproveitamento dos meios tecnológicos, como

aplicação de cursos à distância (sejam por TV Educativa, teleconferências,

sala de aula virtual e outras tecnologias). A Universidade Corporativa deverá

possuir múltiplas escolhas em cursos e em programas para funcionários e

colaboradores, como por exemplo: workshops, programas de imersão,

palestras, cursos em várias modalidades, projetos sociais, etc.

Os conhecimentos e as qualificações adquiridas com a capacidade de

colocá-las em prática, é que garantirão a empregabilidade. Sendo assim,

segundo Meister (1999), há um “contrato psicológico” entre empregado e

empregador, no qual o empregador oferece oportunidades de desenvolvimento

e de qualificação em troca de maior produtividade e comprometimento com o a

missão da empresa, e quanto mais produtivo, mais o empregado garantirá sua

empregabilidade.

O filósofo Cortella (2007, p. 38), percebe que “a questão da Educação

Corporativa tem um papel importante na retenção de bons profissionais”.

Eu fico no local onde percebo que estão investindo em mim. Isso é

uma forma de reconhecimento. Alguém que faz comigo, empregado,

uma parceria, dizendo que paga metade do meu curso de idioma

estrangeiro ou que facilita o meu horário de trabalho, de modo que

eu vá fazer uma pós-graduação ou até uma graduação que ainda

não fiz ou não completei, está investindo em mim (CORTELLA, 2007,

p. 38).

Inclui, ainda, que

[...] a educação é um valor intrínseco na sociedade e no mundo do

trabalho, é um valor inclusive de empregabilidade. Se eu percebo

que a empresa investe em mim, aumenta o meu nível de

gratificação, de um lado, e de gratidão, do outro. Não significa que eu

tenha lealdade absoluta, porque não se sente isso nas organizações

em geral. Mas, pelo menos, eu tenho um nível de fidelidade maior. E

a educação significa que ela quer me preparar, se não

exclusivamente para ela, ao menos me preparar como profissional, e

32

isso me dá um grau de tranquilidade maior, portanto, de adesão

(CORTELLA, 2007, p. 39).

Porém, essa repentina valorização do capital humano e do

desenvolvimento de suas competências, através da educação continuada, traz

consigo um interesse da sociedade capitalista atual em conformar sujeitos que

aprenderão a valorizar o mérito individual, a mudança da flexibilidade, a

insatisfação ‘saudável’ com nível de aperfeiçoamento conseguido, a

participação, a busca constante do novo, a competição. Fornecedores do

aumento da produtividade das empresas e, provavelmente, da intensificação

do trabalho e sua exploração. (LOMBARDI; SAVIANI e SANFELICE, 2002,

p.112)

Mas, atender somente às exigências do mercado não deve ser o

principal objetivo da educação. De acordo com as proposições da Central

Única dos Trabalhadores (CUT) na década de 1990, é necessário que

[...] a educação não se ajuste simplesmente aos interesses

empresariais; vincule o desenvolvimento da cidadania a um tipo de

educação de natureza crítica; advoga que a integração entre

educação geral e específica tenha como objetivo a formação não

apenas do trabalhador competente, mas também do sujeito político,

tendo em vista a transformação social. (LOMBARDI; SAVIANI e

SANFELICE, 2002, p.108)

33

CAPÍTULO III

UNIBB - A UNIVERSIDADE CORPORATIVA DO BANCO

DO BRASIL

O sistema de Educação Corporativa do Banco do Brasil existe desde

1965 com o desenvolvimento de treinamentos internos, presenciais e a

distância. Para isso foi criado o DESED (Departamento de Seleção e

Desenvolvimento do Pessoal). Para a época, o DESED surge com propostas

ousadas como parcerias com importantes instituições de ensino, escolas de

inglês e oferta de bolsas de estudo no exterior.

Conforme informações disponíveis no site da UNIBB, o Banco do

Brasil, ao longo desse tempo, vem oferecendo oportunidades de

desenvolvimento pessoal e profissional a todos os funcionários. Seus

programas e ações de aprendizagem fundamentam-se em princípios

filosóficos e organizacionais e orientam-se pelos seguintes propósitos:

• Desenvolver a excelência humana e profissional dos funcionários,

contribuindo com sua empregabilidade e capacitando-os para

processos de ascensão profissional;

• Dar suporte ao desempenho profissional;

• Aperfeiçoar a performance organizacional, tornando a empresa

competitiva,

• Formar sucessores para quadros técnicos e gerenciais do Banco do

Brasil.

A produção e o acesso ao conhecimento são ancorados na estratégia

da empresa e nas várias possibilidades de carreira. Os meios usados são:

• Treinamentos presenciais;

• Aprendizagem por meio de diversas tecnologias educacionais,

presenciais e a distância, a exemplo de mídia impressa, vídeo, TV

Corporativa, TBC (Treinamento Baseado em Computador), web;

34

• Programas em parceria com as melhores instituições de ensino do País;

• Consultas às bibliotecas do Banco, com acesso a livros, periódicos

especializados, banco de vídeos, bancos de teses, dissertações e

monografias;

• Portal virtual que permite acessar publicações digitalizadas, biblioteca

virtual, trilhas de desenvolvimento profissional, treinamentos online.

A Universidade Corporativa Banco do Brasil propõe-se a desenvolver

as quatro aprendizagens consideradas essenciais para os profissionais do

século XXI, segundo a UNESCO:

• Aprender a Conhecer - conciliar uma cultura geral, ampla o suficiente,

com a necessidade de aprofundamento em uma área específica de

atuação, construindo as bases para se aprender ao longo de toda a

vida;

• Aprender a Fazer - desenvolver a capacidade de enfrentar situações

inusitadas que requerem, na maioria das vezes, o trabalho coletivo em

pequenas equipes ou em unidades organizacionais maiores; assumir

iniciativa e responsabilidade em face das situações profissionais;

• Aprender a Conviver - perceber a crescente interdependência dos seres

humanos, buscando conhecer o outro, sua história, tradição e cultura e

aceitando a diversidade humana. A realização de projetos comuns, a

gestão inteligente e pacífica dos conflitos envolvem a análise

compartilhada de riscos e a ação conjunta em face dos desafios do

futuro;

• Aprender a Ser - desenvolver a autonomia e a capacidade de julgar,

bem como fortalecer a responsabilidade pelo autodesenvolvimento

pessoal, profissional e social.

35

3.1– A criação da UNIBB

Segundo Franco (1973) o Banco do Brasil, primeiro banco oficial

brasileiro, foi fundado em 12 de outubro de 1808, pelo Príncipe Regente Dom

João, com o objetivo de suprir a escassez de moeda corrente e proporcionar

fundos para manutenção da corte portuguesa no Brasil.

Historicamente as competências pedagógicas dos funcionários do

Banco do Brasil têm sido convertidas em práticas educativas para a produção

de saberes institucional.

A Universidade Corporativa do Banco do Brasil (UNIBB) foi crida em

11 de julho de 2002, dando continuidade à evolução da Educação Corporativa

no Banco do Brasil. Com o papel de desenvolver competências profissionais,

por meio da sistematização de ações educacionais, que contribuem para a

melhoria do desempenho organizacional e para o fortalecimento da imagem do

Banco, a UNIBB, além de utilizar o ambiente virtual, possui também 30

Gerências Regionais de Pessoas (GEPES) e 4 plataformas, distribuídas no

País. Essas unidades oferecem ambientes para aprendizagem e contam com

profissionais experientes para apoiar o desenvolvimento pessoal e profissional

dos funcionários da Empresa, além de conduzir, de acordo com sua atuação,

os processos operacionais da Vice-Presidência de Gestão de Pessoas e

Desenvolvimento Sustentável.

A visão de futuro da UNIBB é ser uma universidade corporativa

reconhecida internacionalmente por utilizar estratégias educacionais e

tecnologias inovadoras no desenvolvimento da excelência pessoal, profissional

e organizacional. Seu slogan é “Criando Significado e Valor pela Educação”.

A UNIBB alinha-se à Estratégia Corporativa e contribui para

concretizar a visão de futuro do Banco, atingir seus objetivos e desenvolver

suas crenças e valores, consolidando o compromisso com os acionistas, os

clientes, os funcionários e a sociedade.

As ações da Universidade são orientadas pela Proposta Político-

Pedagógica para Atuação em Gestão de Pessoas. Essas ações são

36

direcionadas à profissionalização, ao desenvolvimento da cidadania, da

qualidade de vida e da cultura e podem ser desenvolvidas internamente ou

contratadas no mercado.

Com relação à natureza da ação de desenvolvimento, as ações de

Educação Corporativa da UNIBB classificam-se em:

• Qualificação - voltadas para o desenvolvimento de habilidades

necessárias para o exercício de um cargo ou função.

• Aperfeiçoamento - voltadas para a melhoria de habilidades

profissionais.

• Atualização - voltadas para a atualização de repertórios técnicos ou

gerenciais.

O público-alvo da UNIBB é composto por todos os funcionários do BB.

Mas a comunidade de aprendizagem do BB é ampliada pela incorporação de

clientes, fornecedores, parceiros, familiares dos funcionários, funcionários das

controladas, coligadas e entidades associativas vinculadas ao Banco. Os

públicos atendidos são selecionados ponderando-se o interesse estratégico do

Banco, o compartilhamento de custos e a reciprocidade negocial.

O Corpo Docente é constituído por funcionários do Banco (educadores

internos), professores contratados e professores de entidades educacionais

parceiras.

Acessado pela Internet no endereço www.unibb.com.br ou pelo

aplicativo UNIBB Mobile, o Portal da Universidade Corporativa, denominado

Portal UNIBB BOMPRATODOS, é um ambiente virtual no qual são oferecidos

programas, cursos, materiais, informações e conteúdos de natureza

pedagógica que compõem as ações de desenvolvimento pessoal e profissional

disponíveis aos usuários e onde são realizados treinamentos na modalidade a

distância.

Para atender os funcionários contratados nos 25 países em que o BB

atua, as versões em inglês e em espanhol do Portal UNIBB contam com

estratégias educacionais centradas na oferta de soluções de capacitação e

interação no âmbito de Educação Corporativa.

37

Esse ambiente de aprendizagem proporciona aos funcionários da

Rede Interna a oportunidade de desenvolver e aprimorar conhecimentos ao

permitir a realização de cursos e videoaulas nos idiomas inglês e espanhol.

Conforme informações disponíveis no Relatório 2015 Gestão de

Pessoas Educação a UNIBB oferece mais de 590 soluções de capacitação,

em diferentes modalidades - presencial, a distância, misto ou em serviço - e

em diversas mídias, como animações em flash, videoaulas, infográficos,games

educacionais, e-books e mídia impressa. As soluções educacionais estão

organizadas em Trilhas de Aprendizagem voltadas para o desenvolvimento de

competências específicas.

A UNIBB dispõe de um acervo com 300 mil livros para empréstimos e

uma biblioteca virtual com mais de 2,5 mil títulos, na íntegra, em 40 áreas de

conhecimento. O acervo pode ser acessado por computadores ou tablets.

O Banco do Brasil disponibiliza, ainda, aos familiares de seus

funcionários o Portal UNIBB Família com mais de 4 mil conteúdos oferecidos

sob a forma de cursos, vídeos, podcasts, textos e jogos educativos,

proporcionando a aprendizagem contínua sobre temas escolares, vestibular,

carreira, educação dos filhos, saúde, jardinagem, culinária, artesanato,

viagem, entre outros.

Os conteúdos são divididos em canais conforme abaixo:

• Canal Infantil: voltado para crianças de 2 a 5 anos, em processo de

alfabetização. Neste canal elas podem aprender de forma divertida e

interativa sobre formação de palavras, números, arte e natureza.

• Canais Fundamental 1 e Fundamental 2: destinado a crianças e

adolescentes de 6 a 14 anos. Aqui eles têm a chance de aprender sobre

todas as matérias escolares por meio de estudos interativos, vídeos e

experimentos científicos.

• Canais Ensino Médio e Vestibular e Enem: voltado para os

adolescentes a partir de 15 anos, o canal oferece apoio para

complementar os estudos, tirar dúvidas, fazer simulados e adquirir mais

informações a respeito das profissões.

38

• Canal Carreira: oferece uma série de palestras, cursos e artigos sobre

liderança, inovação, lucratividade, gestão de pessoas e do

conhecimento, e outros temas estratégicos, para impulsionar carreiras.

• Canal Pais & Mães: o canal trata dos desafios do cotidiano, tais como

orçamentos, gastos, alimentação, saúde e educação dos filhos, poderão

ser tratado de maneira mais fácil e criativa.

• Canal Terceira Idade: apresenta novas formas de viver com bem-estar,

saúde e qualidade de vida. O canal traz informações importantes sobre

artesanato, jardinagem, turismo, culinária, saúde e beleza.

A UNIBB também possui um portal de conteúdo e cursos on-line

voltado para gestores municipais do setor público é o Portal UNIBB Setor

Público. Mais de 900 prefeituras terão acesso a 41 cursos de formação

profissional e temas específicos à gestão municipal. Os programas do Portal

UNIBB Setor Público foram produzidos em parceria com instituições como o

Tribunal de Contas da União, o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão.

Voltado para o público externo a Universidade Corporativa Banco do

Brasil disponibiliza algumas opções de aprendizagem socializando desta forma

o conhecimento produzido pela Empresa.

Atualmente, os cursos abertos à comunidade estão são:

• Educação Corporativa: Panorama e Melhores Práticas – com o objetivo

de Identificar como a Educação Corporativa contribui para a estratégia

das organizações e para o dia a dia dos funcionários.

• Gestão Empreendedora e Inovação - Identifica a importância de

questões relativas ao empreendedorismo, ao perfil do consumidor, à

relevância da estratégia e do plano de negócios para uma gestão

empreendedora eficaz.

• Psicologia da Meta - Identifica o valor das metas pessoais, da empresa

e da equipe na formação profissional, na qualidade do desempenho e

na eficácia da gestão

39

• Ação Voluntária - Identifica os conceitos e as características, temas de

planejamento organizacional, gestão de recursos humanos e

comunicação e marketing relacionados às organizações de Terceiro

Setor.

• Texto.Com.Texto - Identifica os componentes internos de harmonia,

objetividade, coerência, coesão e clareza na desconstrução de textos.

A UNIBB é estratégica para o eficaz posicionamento do Banco do

Brasil no mercado financeiro e para o fortalecimento de sua imagem

institucional, por meio de ações direcionadas à expansão de oportunidades

educacionais ligadas à profissionalização, ao desenvolvimento da cidadania,

da qualidade de vida e da cultura.

Encontra-se disponível, em anexo, o quadro cronológico do sistema

de EC do Banco do Brasil com os principais acontecimentos desde seu

surgimento até o ano de 2015.

3.2– O incentivo ao aprendizado

O Banco do Brasil é uma instituição financeira de economia mista

onde o Governo Federal possui 68,7% de suas ações. A forma de ingresso no

quadro funcional ocorre através da realização de concurso público com regime

do contrato de trabalho celetista. O principal cargo inicial de carreira

administrativa é o de escriturário.

Após o ingresso, para a ascensão profissional, o Banco considera

ações de desenvolvimento que permitam ao funcionário adquirir ou aprimorar

competências necessárias para melhorar seu desempenho profissional e que

possibilitem a ocupação de novos cargos. Essas ações consideram cursos

tradicionais de formação superior, pós-graduação, mestrado, doutorado,

certificações legais e etc, como os cursos oferecidos na UNIBB.

Os cursos realizados pelo funcionário recebe uma pontuação que

pode variar para mais ou para menos de acordo com as competências

40

exigidas em cada cargo da organização. Essa pontuação compara as

competências e experiências do candidato com as necessidades da empresa.

Sendo assim, quanto mais cursos o funcionário possuir maior serão as suas

chances de ascender no Banco.

O Banco ainda estabelece a meta anual de um mínimo de 34 horas de

capacitação por funcionário. Em 2014, 98,1% dos funcionários realizaram no

mínimo 34 horas e a média foi de 83,7 horas de treinamento por funcionário,

totalizando 9.374.400 horas dedicadas a atividades de capacitação. No

mesmo ano, 54.424 funcionários realizaram cursos presenciais na UNIBB. Ao

todo, foram 1.359 funcionários educadores que ministraram cursos presenciais

nas 30 unidades regionais da UNIBB, distribuídas em todo Brasil.

A UNIBB recebe uma média de 20.000 acessos diários. Em 2014,

cada funcionário realizou, em média, 17 cursos no Portal UNIBB ou no UNIBB

Mobile. Em 2015, os recursos alocados em Educação Corporativa

possibilitaram, no primeiro semestre, a realização de 4.565.839 horas de

capacitação, proporcionando uma média de 40 horas de treinamento por

funcionário.

O investimento do BB em capacitação profissional no ano de 2014

chegou a cerca de R$ 137 milhões. Esse investimento contempla várias ações

e programas educacionais na área de negócios e apoio a negócios, voltados

para melhoria do desempenho profissional e para a educação continuada.

Dentre eles se destacam: cursos em diferentes modalidades; bolsas de estudo

de idiomas estrangeiros; certificações de conhecimentos, bolsas para cursos

de graduação, especialização, mestrado e doutorado.

No ano de 2015, foram investidos R$ 133,7 milhões em EC, o que

equivale a R$ 1,2 mil por funcionário, por intermédio da UNIBB, conforme

informação disponível no Relatório Anual 2015 do Banco do Brasil.

De acordo com o Relatório 2015 Gestão de Pessoas Educação

Corporativa foram oferecidas 1.200 bolsas no programa de graduação, 1.695

bolsas para pós-graduação Lato Sensu, 89 bolsas para pós-graduação Stricto

Sensu, 560 bolsas para MBA e 1.119 bolsas para idiomas estrangeiros.

41

O incentivo educacional oferecido pelo Banco do Brasil representa um

fator favorável ao endomarketing da empresa, pois promove valores, motiva os

funcionários e auxilia no alinhamento das estratégias corporativas. Porém as

atividades da UNIBB, apesar de estarem alinhadas as estratégias da empresa,

não estão incluídas nas atividades do endomarketing.

No Banco do Brasil as demandas do endomarketing estão voltadas

para realização de concursos culturais, eventos em datas comemorativas,

distribuição de ingressos para eventos culturais e esportivos, torneio de vôlei

para os funcionários e ações de qualidade de vida.

3.3 – O reconhecimento no mercado

O desempenho e as características dos cursos desenvolvidos pela

UNIBB possibilitou ao Banco do Brasil o reconhecimento nacional e

internacional do aprendizado oferecido na organização.

Conforme informação disponível no Relatório da Administração do

Banco do Brasil relativo ao ano de 2013, entre várias premiações recebidas no

ano em questão, o BB aparece no ranking “As Melhores Empresas Para Você

Trabalhar” publicado pelo Guia Você S/A. Essa é uma conquista inédita e

significa que o Banco foi reconhecido entre aquelas organizações que adotam

as melhores práticas no relacionamento com seus funcionários, assim

percebidas a partir da pesquisa realizada com os profissionais que atuam no

BB e da avaliação técnica feita pelos organizadores.

O prêmio resulta de uma pesquisa conduzida pela Fundação Instituto

de Administração (FIA), da Universidade de São Paulo (USP), com inúmeras

empresas do País, dos mais variados setores e segmentos de mercado. Em

cada edição do prêmio, são analisadas cerca de 500 empresas e ouvidos 150

mil funcionários. O resultado obtido está em linha com a nota máxima

recentemente recebida pelo Banco do Brasil no fator “Desenvolvimento do

Capital Humano” dentro do índice Dow Jones Sustainability.

42

Em cada empresa concorrente ao prêmio são apuradas as iniciativas

em gestão de pessoas, comunicação, liderança, cidadania empresarial e

políticas e práticas (remuneração, carreira, saúde e desenvolvimento). Todo

esse volume de informações se junta ao levantamento feito por pesquisa

quantitativa com os funcionários de cada empresa. Capta-se, então, como os

empregados percebem e avaliam a organização em que trabalham em suas

práticas de gestão de pessoas.

No Relatório Anual do Banco do Brasil 2014 a premiação relavante

para a Universidade Corporativa Banco do Brasil foi o prêmio EduCorp na

categoria “melhor programa de Educação Corporativa do Brasil”.

O EduCorp 2014 avaliou a importância dos programas de Educação

Corporativa de diversas empresas para o desenvolvimento profissional de

seus funcionários e o seu alinhamento à Estratégia Corporativa. Por dois anos

consecutivos a UNIBB recebe este prêmio consolidando-se como referência

em Educação Corporativa no mercado, superando grandes empresas, como

Vale, Serpro e Grupo RBS, que também concorriam ao prêmio.

Em seu Relatório 2015 Gestão de Pessoas Educação Corporativa são

apresentadas outras premiações da Universidade Corporativa Banco do Brasil

(UNIBB) como o prêmio Learning & Performance Brasil recebido em agosto de

2015, pelo segundo ano consecutivo, em reconhecimento pelo seu Programa

de Desenvolvimento Gerencial.

Este prêmio, que é promovido pela Associação Brasileira de Recursos

Humanos (ABRH), MicroPower e Fundação Nacional da Qualidade, reconhece

os principais projetos nacionais de gestão de performance e desenvolvimento

profissional. Ao parabenizar as empresas reconhecidas, Jorge Gerdau

Johannpeter, patrono da premiação e Presidente do Conselho do Grupo

Gerdau, comentou sobre "a importância do efeito multiplicador das boas

práticas de gestão", destacando que "hoje uma empresa de sucesso se define

pela sua capacidade de se desenvolver continuamente e gerenciar seus

talentos”.

Outro prêmio informado no relatório foi o reconhecimento do BB como

43

Top of Mind de RH na categoria “Empresas com Práticas Reconhecidas de

Educação Corporativa e E-Learning”, no dia 14/10/2015, em cerimônia

realizada em São Paulo.

A premiação, organizada há 18 anos pelo Grupo Editorial Fênix e o

Estadão, tem como propósito identificar e reconhecer as empresas mais

lembradas pela comunidade de recursos humanos.

Está é a primeira vez que o BB recebe esse reconhecimento. O BB foi

a única empresa do setor público a ter suas práticas reconhecidas este ano,

tendo concorrido com grandes empresas do setor privado, como PepsiCo,

McDonalds e Procter & Gamble.

No mesmo relatório ainda é destacado o reconhecimento internacional

da UNIBB. Este reconhecimento ocorreu em 06 de maio de 2015, em Paris,

onde a Universidade Corporativa do Banco do Brasil recebeu o prêmio

internacional Global CCU Awards 2015 de melhor universidade corporativa do

mundo. A premiação foi promovida pelo instituto europeu Global Council of

Corporate Universities, que reconhece as melhores práticas e programas de

Educação Corporativa nos cinco continentes.

44

CONCLUSÃO

Para manter-se no mercado as organizações buscam alternativas para

diblar a crescente concorrência. Gerar vantagem competitiva é extremamente

crucial para garantir a sobrevivência de uma empresa.

A necessidade em gerar vantagem competitiva fez o aprimoramento

do conhecimento tornar-se, neste século, a maior vantagem que uma empresa

pode possuir. Com isso, o capital humano passa a ser um bem valioso para a

organização. A sua qualificação, a melhoria de suas competências, a sua

formação para a liderança são cada vez mais valorizados. Assim surgem as

organizações que aprendem. Inicialmente voltadas para o treinamento e

desenvolvimento em um segundo momento voltadas para a formação ampla

de seus funcionário culminando na criação de Universidades Corporativas.

O investimento no processo educacional das UCs e as suas ações

devem estar alinhadas ao planejamento estratégico da organização. Sendo

assim a Universidade Corporativa deve contribuir para a ampliação dos

negócios e geração de lucro.

O Banco do Brasil deu um grande passo neste sentido com a criação

de seu do sistema de Educação Corporativa que posteriormente originou a

UNIBB.

A Universidade Corporativa Banco do Brasil (UNIBB), atualmente, é

referência mundial no assunto. Reconhecida pela inovação, pela atratividade

e pela eficácia em soluções educacionais, disponibilizando treinamentos nas

modalidades presencial, em serviço e a distância.

Com a UNIBB o Banco do Brasil incentiva a busca do conhecimento

em seu quadro funcional, voltado às áreas de interesse da organização,

formando o capital intelectual com o objetivo de garantir o sucesso da

empresa.

45

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ANEXO

Anexo 1 - Cronologia do sistema de Educação Corpora tiva do Banco do Brasil.

1965 O Banco do Brasil passa a desenvolver treinamentos internos, presenciais e a distância.

1975 Ampliação do quadro de instrutores, com a primeira seleção nacional.

1977

São implantadas tecnologias avançadas de ensino profissional em sala de aula -disposição de carteiras em forma de "U", mesas modulares, jogos e dinâmicas degrupo, entre outros - que valorizam a figura do treinando como sujeito daaprendizagem.

O curso Caiex lança movimento de formação massificada para os CaixasExecutivos.

1988 É criado um setor de produção de vídeos para treinamento, fornecendo materialdidático para os cursos presenciais do Banco e um serviço de empréstimo de fitaspara os usuários.

1989

Surge o Programa de Informatização no Treinamento, com a participação do BB nocurso Como Planejar o Treinamento em Informática, que abordava, entre outrosassuntos, fundamentos de TBC (Treinamento Baseado em Computador).

1993

É lançado o Programa BB MBA - Treinamento de Altos Executivos, destinado àformação de Conselheiros, Diretores, Executivos da Direção Geral e ÓrgãosRegionais, Gerentes de Agências no Exterior e de Agências Estratégicas no País. OPrograma disponibiliza, em parceria com as mais renomadas instituições de ensino,cursos de pós-graduação lato sensu em diversas áreas, como finanças, marketing,controladoria, agronegócios e gestão de pessoas.

1996

É lançado o Profi (Programa Profissionalização), que procura estimular a discussãode conceitos como empregabilidade, planejamento de carreira eautodesenvolvimento profissional.

Surge o primeiro TBC (Treinamento Baseado em Computador), o cursoFundamentos da Atividade Bancária.

Criação e oferta do Programa Novos Gestores, destinado à seleção e formação dosfuturos gerentes da organização.

É aprovado o Pfans (Programa de Formação e Aperfeiçoamento em Nível Superior)que contempla a oferta de oportunidades para cinco modalidades de cursos:Graduação, Pós-graduação latu sensu, Mestrado, Doutorado e TreinamentoInternacional.

1998 É criada a TVBB (TV Corporativa Banco do Brasil), inaugurando a experiência do BB em teletreinamento.

2000 Concebido o catálogo de cursos a distância. Na capa do mostruário o título“Educação a distância perto de você” indica o investimento da área de educação na

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modalidade a distância pelo seu poder de democratizar as oportunidades decapacitação.

2001

Com base nos Referenciais de Gestão, em pesquisa de documentos de Gestão dePessoas e entrevistas com os principais executivos, é estruturada a Sistematizaçãodo Treinamento Gerencial, oferecendo trilha referencial para todos os extratosgerenciais da organização. Nessa sistematização são revistos alguns cursos edesenvolvidas novas opções - Gestão de Equipes para Resultados, DesenvolvendoEquipes, Farol Gerencial, Em Sintonia, Excelência Executiva (E²).

Novembro - Terceiro Fórum de Gestão de Pessoas, com o objetivo de compartilhara construção de soluções inovadoras. Deste evento participam 110 funcionários.Ainda, é aprovado o projeto de criação da UniBB.

Julho - Criado o Portal do Desenvolvimento Profissional do Banco, semente para aimplantação da comunidade virtual de aprendizagem no Banco do Brasil,possibilitando o acesso a toda a informação sobre educação corporativa emambiente web (intra e internet).

2002 Em 11 de julho, é inaugurada a UniBB - Universidade Corporativa Banco do Brasil,que dá continuidade à evolução da educação corporativa no Banco do Brasil.

2003

É criado o Programa de Co-gestão do Orçamento de Treinamento com osfuncionários. O Programa Extraordinário de Desenvolvimento Profissional reserva1/3 do orçamento de treinamento para ser utilizado por escriturários, caixas ecomissionados do grupamento técnico-operacional. A gestão dos recursos é feitapor Comitês eleitos pelos funcionários e que contam com a participação derepresentantes sindicais.

Realização do Quarto Fórum de Gestão de Pessoas, com a participação defuncionários em etapas locais, estaduais, regionais e nacional. O resultado levou àconstrução de soluções para democratizar o acesso a oportunidades dequalificação internas e externas, gerando projetos, dentre eles a UniversidadeAberta do Brasil, a ampliação da oferta de educação a distância, e orientação paraa carreira funcional.

Reavaliação técnica dos cursos do BB MBA, o que permite o estabelecimento daeducação a distância.

2004

Em abril, foram lançadas as bases do Programa de Gestão de Desempenho porCompetências no BB. O Projeto, experimental no ano de 2004, visou mapear ascompetências profissionais em toda a empresa e orientar o sistema de avaliação edesenvolvimento de competências no BB.

Realizado em maio na Sede e por iniciativa da UNIBB o Primeiro Encontro deBancos Públicos para o desenvolvimento de competências profissionais. O eventomarcou nova forma de atuação da UNIBB, no sentido de formar parcerias fortesdentro da própria indústria bancária para o desenvolvimento profissional.

No mês de junho, foi assinado convênio entre o BB/Universidade Corporativa e oMinistério da Educação - INEP para desenvolvimento do Projeto de Certificação deCompetências Ocupacionais no BB. Tratou-se de um projeto inovador, quepretendia estabelecer as bases de um sistema de certificação de conhecimentos e

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habilidades dentro do setor bancário.

2005 Aprovado Programa de Certificação Interna de Conhecimentos.Ampliação da Rede Gepes, de 12 para 20 Unidades Regionais.

2006

O Programa de Ascensão Profissional vem favorecer a profissionalização e oencarreiramento dos funcionários por meio das trajetórias possíveis paraatendimento dos interesses profissionais dos funcionários.

2007

Inclusão das Certificações em Conhecimento como requisito para o Programa Ascensão Profissional e Remuneração por Fator.

Lançamento do Livro: “Itinerários da Educação no Banco do Brasil”.

2008

Julho - Aprovação da Proposta Político Pedagógica para atuação em Gestão dePessoas.

Agosto - A UniBB lança o primeiro treinamento em ambiente Wiki, inaugurando oSinapse: Sistema Integrado de Aprendizagem em Produtos e Serviços, que em2010, ficou acrescido do termo "processos". Esta foi a primeira iniciativa do BB emconstrução colaborativa do conhecimento, cujo primeiro conteúdo foi o SINAPSEConsórcio de Imóveis, que registrou mais de 2,6 mil eventos até 4 de maio de 2010.Até aquela data, o Sistema, como um todo, registrou mais de 80 mil eventos decapacitação.

2009

Lançado o programa CEO Lessons, iniciativa de oferta de conteúdos específicospara o segmento executivo do BB, que atinge perto de seiscentos profissionais. Éum marco na educação eletrônica mediada, que oferta em 2010 a modalidademobile.

2010 A Rede Gepes passa a contar com 30 unidades regionais.

2011 Lançamento do Programa de Formação de Líderes.

2012

Maio - Learning & Performance: Referência Nacional.

A UniBB recebeu o prêmio de Referência Nacional Learning & Performance Brasil2012. O prêmio reconhece projetos inovadores que visam incentivar asorganizações a implantarem a prática de gestão de performance e dedesenvolvimento de talentos e a UniBB concorreu com o Sinapse - SistemaIntegrado de Aprendizagem de Produtos, Processos e Serviços.

UniBB comemora 10 anos.

Sinapse atinge a marca de 1.000.000 de ações de capacitação.

2013

Julho - EduCorp: Melhor Programa de Educação Corporativa do Brasil

O Prêmio EduCorp 2013 avaliou a importância do Portal UniBB para o envolvimentoe engajamento dos funcionários, desenvolvimento dos negócios, alinhamento àEstratégia Corporativa, contribuição para os resultados e consolidação da culturaorganizacional.

Março - Cubic Awards América Latina: Melhor Programa de Educação Corporativa

O evento promovido pela International Quality & Productivity Center - IQPCreconhece as melhoras práticas e programas de educação corporativa. A UniBB foia única reconhecida nas três categorias de premiação: Melhor Programa deEducação Corporativa, Melhor E-learning e Melhor Universidade Corporativa, nasquais foi reconhecida, respectivamente, em primeiro e segundos lugares.

Lançamento do Novo Portal UniBB.

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2014

Agosto - EduCorp: Melhor Programa de Educação Corporativa do Brasil

Pelo segundo ano consecutivo, a UniBB recebeu este prêmio e consolidou-se comoreferência em educação corporativa no mercado.

Agosto - Learning & Performance: Melhor Universidade Corporativa Ampliada

A premiação, promovida pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH)e a MicroPower, reconhece as melhores práticas e programas de educaçãocorporativa existentes no mercado. O case da UniBB foi considerado o melhor nacategoria "Universidade Corporativa Ampliada", por uma banca de avaliadorescomposta por renomados profissionais e professores da área de gestão depessoas.

Maio - Lançamento do Portal UniBB para deficientes visuais.

Fevereiro - Lançamento do Portal UniBB em espanhol.

Fevereiro - UniBB lança o Aplicativo UniBB Mobile. O App marca a inovação naEducação Corporativa do BB.

Janeiro - Lançamento do Portal UniBB em inglês.

2015

Outubro - Top of Mind de RH: Empresas com Práticas Reconhecidas de EducaçãoCorporativa e E-Learning

Pela primeira vez, o BB foi reconhecido como Top of Mind de RH, tendo sido aempresa mais lembrada pela excelência de suas práticas de educação corporativa.Foi a única empresa do setor público a ser reconhecida em 2015. O colégio eleitoralfoi composto por mais de 3.000 dirigentes de RH de todo o Brasil.

Agosto - Learning & Performance: Melhor Programa de Desenvolvimento Gerencialdo Brasil

Pelo segundo ano consecutivo, a UniBB recebeu o prêmio Learning & PerformanceBrasil, em reconhecimento pelo seu Programa de Desenvolvimento Gerencial. Oprêmio, promovido pela MicroPower em parceria com a ABRH, reconhece osprincipais projetos nacionais de gestão de performance e desenvolvimentoprofissional.

Maio - Global CCU: Best Overall

Em Paris (França), a UniBB recebeu o prêmio internacional Global CCU Awards2015 de melhor universidade corporativa do mundo. A premiação, promovida peloinstituto europeu Global Council of Corporate Universities, reconhece as melhorespráticas e programas de educação corporativa existentes nos cinco continentes.

Maio - Comemoração de 50 anos da Educação Corporativa no BB no evento"Desenvolvendo Potencial Humano", com a presença de personalidades da históriada educação no BB, convidados da área acadêmica e palestrantes de diversossetores, falando sobre o tema Educação.

Disponível no portal unibb.com.br