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RIO DE JANEIRO Pablo Vergara/Brasil de Fato Pablo Vergara/Brasil de Fato Pablo Vergara/Brasil de Fato Divulgação Ano 3 | edição 117 1 a 2 de setembro de 2015 distribuição gratuita Bilionários lucram com crise Ocupação cultural no Glauce Rocha Curta nossa página no Facebook Campeonato entre favelas na tela do cinema Mundo | pág.6 Esporte | pág. 15 Cultura | pág. 11 Número de bilionários dobrou após a crise de 2008 “Grandes Minorias” apresenta peças engajadas O Brasil de Fato RJ foi a Maricá para saber o impacto da decisão da Justiça que proibiu a Prefeitura de oferecer ônibus de graça. Desde o último dia 21, os altos preços e a má qualidade do serviço privado voltaram a fazer parte da rotina dos moradores. A tarifa de R$ 3,60 é mais cara que a do Rio. A Prefeitura promete novo itinerário para retomar os “vermelhinhos” a partir do dia 7 de setembro. Especial | págs. 8 e 9 Documentário “Campo de Jogo” é dirigido pelo cineasta Eryk Rocha Gilvan Souza / Flamengo Jogador deve acompanhar seleção do Peru para cumprir contrato Guerrero interrompe tratamento no joelho Esporte | pág. 16 AXÉ Cida Baiana veio de Salvador aos 19 anos e conquistou o Rio pela barriga. Ao menos daqueles que já provaram suas deliciosas comidas no Largo da Carioca, centro do Rio. Maricá quer volta do ônibus vermelhinho Cidades | pág. 5

Brasil de Fato - 117

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Ano 3 | edição 117

1 a 2 de setembro de 2015 distribuição gratuita

Bilionários lucram com crise

Ocupação cultural no Glauce Rocha

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Campeonato entre favelas na tela do cinema

Mundo | pág.6

Esporte | pág. 15

Cultura | pág. 11

Número de bilionários dobrou

após a crise de 2008

“Grandes Minorias” apresenta peças engajadas

O Brasil de Fato RJ foi a Maricá para saber o impacto da decisão da Justiça que proibiu a Prefeitura de oferecer ônibus de graça. Desde o último dia 21, os altos preços e a má qualidade do serviço privado voltaram a fazer parte da rotina dos moradores. A tarifa de R$ 3,60 é mais cara que a do Rio. A Prefeitura promete novo itinerário para retomar os “vermelhinhos” a partir do dia 7 de setembro. Especial | págs. 8 e 9

Documentário “Campo de Jogo” é dirigido pelo cineasta Eryk Rocha

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Jogador deve acompanhar seleção do Peru para cumprir contrato

Guerrero interrompe tratamento no joelho

Esporte | pág. 16

AXÉ Cida Baiana veio de Salvador aos 19 anos e conquistou o Rio pela barriga. Ao menos daqueles que já provaram suas deliciosas comidas no Largo da Carioca, centro do Rio.

Maricá quer volta do ônibus vermelhinho

Cidades | pág. 5

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O arrastão e a PM de Pezão O termo “arrastão” se

popularizou no Rio a par-tir dos anos 90, quando começaram a acontecer nas praias cariocas, com alguma frequência, roubos a banhistas, gerando cor-rerias e pânico. As imagens dessa violência correram o mundo, explicitando uma das consequências dos pro-blemas sociais brasileiros não resolvidos.

No domingo (22) a pala-vra arrastão permeou os noticiários por conta de um caso emblemático. A polí-cia militar resolveu inovar em suas já questionadas abordagens e deteve mais de 160 adolescentes que iam, em ônibus do subúr-bio, em direção às praias da zona sul. Simplesmente por suspeitarem que esses jovens poderiam organizar um arrastão e outros deli-tos na praia.

Ora, essa atitude vergo-nhosa em uma socieda-de que se diz democrá-tica deve ser duramente combatida. Ela revela que agentes do Estado, que de-veriam ser os primeiros a agir sob as letras da lei, violam todos os princípios que regem uma sociedade civilizada. A começar por suspeitar e deter alguém ou um grupo por sua cor ou origem social, negando-lhes o direito de ir e vir.

Infelizmente esse é mais um dos inúmeros casos protagonizados por uma polícia mal preparada, sucateada e mal remunerada

preparada, sucateada, mal remunerada, sem comando e que cada vez mais é con-taminada por uma parte podre que tem na prática do crime seu ganha-pão.

POLÍTICA FALIDAEsse modelo de polícia e a política de segurança pública estão falidos. En-quanto não houver um go-verno que tenha coragem de enfrentar esse proble-ma desde a sua raiz, quem continuará pagando esse preço é a população pobre de nossa cidade.

EDITORIAL

Terça-feira, 1 de setembro, Rio de Janeiro, Brasil

º C | F29Parcialmente Nublado

PREVISÃO DO TEMPO

EXPEDIENTE

Desde 1º de maio de 2013

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O Brasil de Fato RJ circula todas as segundas e quintas-feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e em nosso estado.

CONSELHO EDITORIAL:Alexania Rossato,Antonio Neiva (in memoriam), Joaquín Piñero, Kleybson Andra-de, Mario Augusto Jakobskind, Nicolle Berti, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti (in memoriam) EDITORA: Vivian Virissimo (MTb 13.344) REPÓRTERES:André Vieira, Bruno Porpetta, Fania Rodrigues e Pedro Rafael VilelaREVISÃO: Sheila JacobCOLUNA SINDICAL: Claudia Santiago FOTÓGRAFO: Pablo Vergara ADMINISTRAÇÃO: Carla Guindani DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade DIAGRAMAÇÃO: Juliana BragaStefano Figalo TIRAGEM MENSAL: 200 mil exemplares

(21) 4062 [email protected]

sem já teriam construído um muro físico dividindo a cidade do Rio de Janeiro e privatizado as nossas be-las praias e parques. Agora, ouvir do governador Pe-zão declarações de apoio à atitude lamentável de sua polícia é no mínimo desco-nhecer as funções que ele deveria exercer e para as quais foi eleito.

Esse caso precisa ser in-vestigado e os responsáveis punidos. Infelizmente esse é mais um dos inúmeros acontecimentos protagoni-zados por uma polícia mal

PEZÃO APOIA PMSSão notórias as atitudes e o posicionamento de uma elite branca, que se pudes-

2 | Opinião Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015

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Betina Carcuchinski / Fotos Públicas

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FRASE DA SEMANA

Geral | 3Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015

O plenário do Senadoaprovou na última semanaa recondução do procura-dor-geral da República,Rodrigo Janot, ao cargo,

por 59 votos a favor, 12contrários e uma abs-tenção. A indicaçãode Janot para con-tinuar comandan-do a Procuradoria-Geral da República

foi feita pela presidentaDilma Rousseff.

Ele foi o responsável poroferecer as denúncias daOperação Laja Jato à justiça.“O que tem sido chamadode espetacularização da LavaJato nada mais é do que aaplicação do princípio fun-damental de uma República:todos são iguais perante alei”, disse Janot. (ABr)

1 a 2 de setembro de 2015 Geral | 3

Metalúrgicos doABC em greve

Os trabalhadores daMercedes-Benz em SãoBernardo do Campo, noABC paulista, entraram emgreve por tempo indeter-minado no dia 24 de agos-to. O motivo da paralisaçãosão as demissões anun-ciadas pela empresa, quenão informou quantos se-rão demitidos, mas quedois mil trabalhadores es-tão sobrando na unidadede São Bernardo. A em-presa insiste em diminui-ção da jornada e dos sa-lários, redução de reajustejá previsto e congelamen-to de promoções.

Governo recebegrevistas

Após cercarem o prédiodo Ministério do Planeja-mento, em Brasília, o Fó-rum das Entidades Nacio-nais dos Servidores Públi-cos Federais foi recebidona última quinta-feira (27)por um representante doMinistério. Os manifestan-tes exigem que o governofederal dialogue e aban-done sua posição inflexívelnas mesas de negociação.

MUJICA O ex-presidente doUruguai, Pepe Muji-ca, lotou a conchaacústica da UeRJna última quinta-feira (27) em umbate-papo com ajuventude sobredemocracia e lega-lização das drogas.

Yasmin Botelho

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O governador do estado,Luiz Fernando Pezão,mandou mal ao apoiara ação policial queapreendeu, sem motivo,seis menores que saíamda zona norte em dire-ção à praia na zona sul.

Wilson Dias/Agência Brasil

Manifestação pede

fim da austeridade

na Espanha

Eduardo Cunha

quer contrarreforma

do sistema político

5 a 11 de fevereiro de 2015 • distribuição gratuita

esporte | pág. 16 1 | mundoentrevista | pág. 5

especial | págs. 8 e 9

“Hoje se dá muita importância aos carnavalescos”

Ano 2 | edição 84

Brasil | pág. 7

Mar

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O Brasil de Fato conversou o

historiador Luiz Antonio Simas

Gilv

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ouza

Fla volta com goleada ao MaracaRubronegro fez 4 a 0

no frágil Barra Mansa

Divulgação

mundo | pág. 6

Partido de esquerda

“Podemos” propõe uma

nova agenda política

Jovens ávidos por discutir e opinar sobre a política nacional. Estudantes

que lutam e querem construir um país melhor. Esse é o clima na 9ª Bienal

da União Nacional dos Estudantes, que acontece esta semana, entre os

dias 1 e 6 de fevereiro, na Fundição Progresso, na Lapa.

A Bienal da UNE é considerada o maior festival estudantil da América Latina

e nessa edição conta com uma série de atividades culturais, mostras artís

ticas e debates. Muitos debates.

Entre os temas estão: a atual situação política do país, a necessidade de

uma educação pública de qualidade para todos e, claro, a reforma política

por meio de uma Constituinte Exclusiva.

Presidente da Câmara

quer manter atual sitema

para defender interesses

dos grandes empresários

Juventude brasileiraexige mudanças para o país

Mídia Ninja

Você tem uma sugestão de pauta?Envie para: [email protected]

Manifestação pedefim da austeridade na Espanha

Eduardo Cunha quer contrarreformado sistema político

5 a 11 de fevereiro de 2015 • distribuição gratuita

esporte | pág. 16

1 | mundo

entrevista | pág. 5

especial | págs. 8 e 9

“Hoje se dá muita importância aos carnavalescos”

Ano 2 | edição 84

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O Brasil de Fato conversou o

historiador Luiz Antonio Simas

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Fla volta com goleada ao MaracaRubronegro fez 4 a 0 no frágil Barra Mansa

Divulgação

mundo | pág. 6

Partido de esquerda“Podemos” propõe umanova agenda política

Jovens ávidos por discutir e opinar sobre a política nacional. Estudantes

que lutam e querem construir um país melhor. Esse é o clima na 9ª Bienal

da União Nacional dos Estudantes, que acontece esta semana, entre os

dias 1 e 6 de fevereiro, na Fundição Progresso, na Lapa.

A Bienal da UNE é considerada o maior festival estudantil da América Latina

e nessa edição conta com uma série de atividades culturais, mostras artís

ticas e debates. Muitos debates.

Entre os temas estão: a atual situação política do país, a necessidade de

uma educação pública de qualidade para todos e, claro, a reforma política

por meio de uma Constituinte Exclusiva.

Presidente da Câmara quer manter atual sitema

para defender interessesdos grandes empresários

Juventude brasileiraexige mudanças para o país

Mídia Ninja

sIndICALClaudia santiago

Divulgação/Brasil Atual

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Divulgação

A cartunista Laerte man-dou bem ao respondero jornalista ReinaldoAzevedo sobre seus co-mentários preconcei-tuosos em relação à ar-tista transexual.

“Os conselhos de medicina da América Latina, de maneira geral, nos fazem pensar que são mercenários da saúde”,disse a médica Aleida Guevara, filha de Che Guevara, ao criticar a forma como os conselhos médicos recebem os profissionais de saúdecubanos, em programas como o “Mais Médicos.”

Procuradoria-Geral da Repúblicaseguirá com Rodrigo Janot

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4 | Cidades Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 20151 a 2 de setembro de 20154 | Cidades

Duas cidades. Uma da Ro-doviária Novo Rio para a zonanorte e outra do terminal parao centro. Segundo os camelôs,a região central do Rio estápassando por uma higieniza-ção social através da intensi-ficação da repressão da guardamunicipal aos ambulantes ea cassação de licenças. Con-forme noticiou o Brasil deFato, foram quase 300 auto-rizações canceladas somenteem junho deste ano.

“O prefeito do Rio de Ja-neiro junto ao secretário deordem pública querem fazeruma limpeza social na cida-de. É um verdadeiro Apart-heid que está acontecendono Rio de Janeiro”, denunciao vendedor de tapioca JoséMauro, de 35 anos.

ATONa última quinta-feira (27)cerca de 200 trabalhadoresinformais percorreram o cen-tro do Rio em ato reivindi-cando uma reunião com oprefeito Eduardo Paes. A ati-vidade serviu ainda para di-vulgar uma consulta públicaque os ambulantes estão fa-zendo. “Estamos perguntan-do se a população concordacom o nosso trabalho. Amaioria nos dá apoio falandoque temos que ocupar simas ruas para trabalhar, aindamais diante de tanto desem-prego”, critica Maria dos Ca-

melôs, do Movimento Uni-ficado dos Camelôs (MUC).

Segundo a Secretaria deOrdem Pública (SEOP) nãoexiste diferenciação para otratamento dado às diferen-tes regiões da cidade.

Camelôs denunciamdivisão da cidade

EBC Memória

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Eles reclamam da perseguição ecobram explicaçõessobre mercadoriasapreendidas

Camelôs fizeram passeata na Avenida Rio Branco

OCUPAÇÃOO Movimento osTrabalhadores SemTeto (MTST) continuana luta por moradia. Naquinta-feira (27) elesocuparam a Câmarados Vereadores deNiterói para exigir dosparlamentares uma audiência pública sobreo direito à habitação de qualidade.

Pablo Vergara/ Brasil de Fato

Divulgação/Mandato Vereador Reimont

Cedae reduz captação do Rio Paraíba do Sul

Desde a última quinta-feira (27) a captação de águado Rio Paraíba do Sul parao sistema Guandu, queabastece a cidade do Rio deJaneiro, caiu de 80 metroscúbicos por segundo (m³/s)para 75 m³/s. A medida foiautorizada em março pelaAgência Nacional de Águas(ANA) e está sendo implan-tada gradativamente peloGrupo de Acompanha-mento da Operação Hi-dráulica do Paraíba do Sul,que conta com represen-tantes da agência, do Ope-

rador Nacional do SistemaElétrico (ONS), dos comitêsde bacia e de usuários.

Com isso, a vazão emSanta Cecília, onde é feitaa transposição do Paraíbado Sul para o sistema Guan-du, chegou ao limite míni-mo autorizado, de 110m³/s.Os 35m³/s restantes se-guem para a foz do rio, emSão João da Barra. As re-duções na vazão estão sen-do implantadas desde maiode 2014, quando o limitemínimo passou de 190 para173m³/s. (ABr)

Rio é uma das principais fontes de água do estado

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Segundo os camelôs, a regiãocentral do Rioestá passandopor uma higie-nização social______________

Page 5: Brasil de Fato - 117

Mais que um prato para matar a fome, o acarajé carrega a resistência do povo negro

Pablo Vergara / Brasil de Fato

O Rio de Janeiro é um en-contro de diversas regiões do Brasil e nacionalidades dife-rentes. Não é difícil encontrar alguém que não tenha nasci-do aqui, mas que já adotou a cidade como seu lugar de trabalho e casa. No Largo da

Carioca, um sotaque é fácil de encontrar: o nordestino. E foi justamente nessa região do país que nasceu uma das personagens mais marcan-tes do centro do Rio. Vinda de Salvador aos 19 anos, Cida

Nascida em Salvador, há 40 anos ela vem conquistando o Rio com seu acarajé

André Vieirado Rio de Janeiro (RJ)

Todo o axé de Cida Baiana

Baiana conquistou a cidade pela barriga. Ao menos da-queles que já provaram suas deliciosas comidas.

De segunda a sexta, quem passa pelo Largo sente de longe o cheiro do azeite de

dendê que frita majestosa-mente uma iguaria feita de feijão-fradinho, cebola e sal: o acarajé. De origem africa-na, a comida é um prato para Iansã, deusa dos ventos e das tempestades nas religiões

Antes de começar a ven-der seus quitutes, Cida frita seis pequenos acarajés e oferece a Iansã. Esse é um ritual de agradecimento e respeito ao orixá. Para fazer os pratos, a tradição deve ser respeitada. “Às

Barraca da Cida BaianaO que tem? Acarajé, cocada, pé de moleque, cuscuz, bolinho de aipim, doce de leite e outras comidas deliciosas.Onde fica? Largo da Carioca, esquina com a Almirante Barroso, no Centro.Quando? De segunda a sexta-feira, das 10h às 17h.

A tradição deve ser mantidaDiferenças entre religiões devem ser respeitadas

do Rio de Janeiro (RJ)

vezes alguém me pergunta se pode fritar o acarajé em outro tipo de óleo. Se eu fri-tar o acarajé em outro óleo ele passa a ser um bolinho de feijão qualquer. Moque-ca de peixe sem dendê é um ensopado de peixe. A comida baiana não pode ser modifi-cada”, destaca Cida.

Perguntada sobre quantos acarajés são vendidos por dia, ela é direta: “não reve-lo isso pra ninguém. É meu segredo”, desconversa com

toda a sua simpatia. Cida ga-rante que ela é a prova viva de que é impossível enjoar do prato. “Como acarajé todos os dias”, assegura a baiana.

INTOLERÂNCIAInfelizmente, ainda existem aqueles que querem impor suas religiões e costumes a outras pessoas. Para a baiana, o respeito entre as religiões é fundamental. “Nosso Deus é um só. Nenhuma religião é maior que a outra. Deus ama a

todos igualmente”, finaliza. A intolerância religiosa

é um conjunto de atitudes desrespeitosas a crenças e práticas religiosas ou àquelas pessoas que não se identificam com uma religião. Essa ação é con-siderada crime de ódio e tem punição. Publicada em 1997, a Lei 9.459 prevê pri-são de um a três anos para o acusado. Para não cometer esse crime, uma coisa é fun-damental: respeito. (AV)

afro-brasileiras. “Eu tra-balhava numa loja e decidi chamar uma amiga para fa-zer acarajé. Começamos na antiga Feira de São Cristó-vão. Foi muito difícil no iní-cio, mas foi com essa comida

que criei meus dois fi-lhos. Hoje eles são pro-fissionais de sucesso, graças a Deus”, conta a baiana ao relembrar seu início de carreira há 40 anos.

PATRIMÔNIOMais que um prato para matar a fome, o acarajé carrega a resis-tência do povo negro, sequestrado do conti-nente africano e trazi-do para o Brasil escra-vizado. Luta que fez o Instituto do Patrimô-nio Histórico e Artísti-co Nacional (IPHAN) reconhecer em 2004 o ofício das baianas de acarajé como “Pa-trimônio Cultural de Natureza Imaterial” e toda a “importância cultural dos saberes e fazeres tradicionais

aplicados na produção e co-mercialização das chamadas comidas de baiana”. “Hoje eu sou tombada e trabalho com todas as garantias”, comen-ta com um grande sorriso a baiana do Largo da Carioca.

Desde 2004, as Baianas de Acarajé são consideradas patrimônio imaterial pelo IPHAN

Cidades | 5Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015

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Cessar-fogo na Síria

Um novo cessar-fogo de 48 horas entrou em vigor nesta quinta-feira (27) em três cidades da Síria, após negociações entre as forças do regime e os rebeldes. Esse fato foi informado por um me-diador e a organização não governamental Ob-servatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede no Reino Unido.

A organização divul-gou que os combates e o lançamento de fogue-tes estão suspensos em Zabadani, último reduto rebelde na fronteira sí-rio-libanesa, e em Fuaa e Kafraya, na província de Idlib, no Noroeste, controladas pelas forças do regime. (ABr)

EM FOCO

Divulgação / Operamundi

Reprodução

Forças de Segurança da Macedônia / Fotos Públicas

Milhares de refugiados, a maioria sírios, que fogem da guerra civil, estão tentando atravessar a fronteira entre Macedônia e Sérvia rumo à União Europeia. Segundo a ONU, até três mil sírios devem chegar à Macedônia por dia.

Relatório divulgado pela Oxfam – organização não governamental que desen-volve campanhas e progra-mas de combate à pobreza em todo o mundo – informa que, desde o início da crise financeira internacional, em outubro de 2008, do-brou o número de bilioná-rios no mundo. Ao mesmo tempo, aumentou também a desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres.

“Crises como essa afetam, em geral, o lado mais frágil

Crise financeira dobrou o número de bilionários no mundo

Aumento da desigualdade é registrado após início da crise internacional

da corda”, disse Simon Ti-cehurst, diretor da Oxfam no Brasil. E o aumento da desigualdade,_acrescenta ele, pode levar a um retro-cesso de décadas na luta contra a pobreza.

De acordo com ele, entre as causas da desigualdade está o “fundamentalismo do mercado”, que promo-ve um crescimento econô-mico que beneficia apenas uma elite pequena, deixan-do em situação ainda mais difícil os pobres. (ABr)

Divulgação

_A_Polícia_da_Virgínia confirmou a morte do suspei-to de atirar na repórter Alison Parker e no cinegrafista Adam Ward,_ambos_da_emissora WDBJ. A morte foi causada pelos tiros que disparou em si, informaram as autoridades.

O suspeito se chamava Vester Lee Flanagan e foi âncora da emissora onde Parker e Ward trabalha-vam. Ele aparecia no vídeo

com o pseudônimo Bryce Williams e foi demitido há dois anos da emissora. Inves-tigações apontam que ele foi mandado embora após ter proferido ofensas racistas.

A repórter e o cinegrafis-ta morreram baleados na quarta-feira (26) enquanto faziam uma entrada ao vivo em um canal afiliado à rede CBS, em um telejornal ma-tinal. (Opera Mundi)

Repórter e cinegrafista foram baleados em entrada ao vivo em telejornal

Morre acusado de balear repórter e cinegrafista nos EUA

6 | Mundo Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015

Page 7: Brasil de Fato - 117

Touca ninja é autorizada para PM do Rio

Tânia Rêgo / Agência Brasil

Divulgação / Visao nacional

Bope usará touca ninja também no controle de protestos

As tropas especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) receberam autorização do secretá-rio estadual de Seguran-ça Pública, José Mariano Beltrame, para utilizar a balaclava, um gorro espe-cial parecido com a touca ninja, em operações es-pecíficas como resgate de reféns e em eventos como manifestações populares.

A resolução, publicada nesta sexta-feira (28), au-toriza o uso da balaclava como equipamento de proteção individual aos batalhões de Operações

Policiais Especiais (Bope), de Polícia de Choque, de Ações com Cães e ao Gru-pamento Aeromóvel.

O Bope poderá usar a ba-laclava em alternativas tá-ticas que envolvam resgate de reféns ou em ocorrências de interesse similar. Para a tropa de choque, o equipa-mento será permitido em ações de “controle de distúr-bios civis”, como atos, pro-testos ou grandes eventos. A medida recebeu críticas de defensores dos direitos hu-manos, por impedir a iden-tificação de policiais em ca-sos de violação de direitos.

Os 22 anos da chaci-na de Vigário Geral foram lembrados na noite deste sábado (29) com missa na Matriz Santa Rosa de Lima, no bairro Jardim América, zona norte do Rio. Foram convidados parentes de to-das os mortos na chacina, ocorrida na madrugada de 29 de agosto de 1993.

Naquele dia, cerca de 50 homens encapuzados, ar-mados com metralhadoras, escopetas, pistolas e grana-das, invadiram a favela de Vigário Geral, arrombaram casas e atiraram de forma indiscriminada nos mora-dores. Vinte e uma pessoas foram executadas. Todas ti-nham endereço fixo, profis-são definida e não possuíam antecedentes criminais.

A matança foi motivada por vingança. No dia ante-rior, quatro soldados do 9º Batalhão da Polícia Militar (PM) tinham sido assassi-

Missa lembra os 22 anos da chacina de Vigário Geral

Tânia Rêgo / Agência Brasil

Dos 52 policiais acusados, apenas sete foram condenados

nados na Praça Catolé do Rocha, vizinha à favela, em um crime atribuído a traficantes de drogas que atuavam em Vigário Geral. Os autores da chacina eram policiais militares de um grupo conhecido como Ca-valos Corredores, por causa de sua maneira de agir.

Dos 52 policiais militares acusados formalmente da matança em Vigário Geral,

Chacina de Vigário Geral completou 22 anos

Política pública completou três anos no último sábado (29)

Criada com o objetivo de ampliar o acesso da popu-lação negra, indígena e a de baixa renda ao ensino supe-rior, a Lei de Cotas completou três anos no sábado (29). A lei garantiu mais de 111 mil va-gas para estudantes negros em cursos superiores de uni-versidades e institutos fede-

Lei de cotas garantiu mais de 111 mil vagas para negros

rais. Até o fim de 2015, o nú-mero deve chegar a 150 mil.

A lei reserva no mínimo 50% das vagas das institui-ções federais de ensino supe-rior e técnico para estudantes de escolas públicas, devendo ser preenchidas por candi-datos autodeclarados pretos, pardos e indígenas, levando

em consideração a proporção desses grupos na população total do estado onde fica a instituição. A legislação tam-bém garante que, das vagas reservadas a escolas públi-cas, metade será destinada a estudantes de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo.

apenas sete foram condena-dos e só um continua preso, o ex-PM Sirlei Alves Teixei-ra. Três foram absolvidos no segundo julgamento, um morreu e dois foram benefi-ciados com a liberdade con-dicional. Cinco acusados morreram antes do julga-mento e dois estão foragi-dos. Os demais foram absol-vidos ou nem chegaram a ser responsabilizados.

Paulo Virgílioda Agência Brasil

Cidades | 7Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015

Page 8: Brasil de Fato - 117

A Justiça do Rio de Janei-ro proibiu o funcionamento dos ônibus gratuitos da Pre-feitura de Maricá e a popula-ção sofre com os altos preços da passagem e a má qualida-de do serviço privado.

A decisão da proibição foi tomada pelo desem-bargador Pedro Raguenet, com a justificativa de que as empresas privadas es-tavam sendo prejudicadas com a gratuidade dos ôni-bus da Empresa Pública de Transportes (EPT), da Prefeitura de Maricá.

Sem circular desde o dia 21 de agosto, os “vermelhi-nhos”, como são conheci-dos os ônibus públicos, fa-zem falta para a maioria da população. A dona de casa Diene Lene agora leva o fi-lho para a escola a pé, pois os “vermelhinhos” eram a única forma de transporte coletivo do seu bairro, Ara-çatiba. “A Justiça está aban-donando as pessoas caren-tes. Os empresários também precisam botar a mão na consciência”, afirma.

A cozinheira Ivonete Pe-reira, moradora do Fla-mengo, em Maricá, usava os “vermelhinhos” todos os dias. “Agora está muito difícil. Essa semana gastei R$100 em transporte. Tenho que ir para o trabalho, levar as crianças na escola e ao médico. Fim de semana a gente não sai mais de casa, para não gastar”. A mãe de

População de Maricá sofre com falta de transporteMoradores se queixam dos altos preços, da má qualidade do serviço e da insuficiência de ônibus

Fania Rodriguesde Maricá (RJ)

A decisão de proibir os vermelhinhos é injusta com o povo de Maricá

Washington Quaquá, prefeito de Maricá

População de Maricá sofre com proibição judicial e reivindica que o transporte volte ser gratuito e de qualidade

Dona de Casa Diene Lene

Estudante e trabalhadora Evellem Cristina

8 | Especial Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015

Page 9: Brasil de Fato - 117

População de Maricá sofre com falta de transporte

Vermelhinhos voltam em setembro

família ganha R$ 800,00, tem duas crianças pequenas e está grávida da terceira. Se os ônibus gratuitos não vol-tarem, ela estima que meta-de do seu salário será gasto em transporte.

MÁ QUALIDADEÔnibus velhos, superlotação e preços abusivos. Essas são as principais queixas dos usuários de transporte de Maricá. A tarifa de R$ 3,60 é mais cara que a do Rio, e apenas duas empresas ope-ram na cidade: Amparo e Costa Leste.

“Depois que os ônibus da prefeitura pararam de circular, as empresas pri-vadas cortaram linhas e o serviço piorou muito”, garante o balconista Dou-

População de Maricá sofre com proibição judicial e reivindica que o transporte volte ser gratuito e de qualidade

Proibidos desde 21 de agosto, “vermelhinhos” voltam em setembro

Enquanto em Maricá a prefeitura luta para am-pliar as linhas de ônibus e implementar a tarifa zero, no Rio de Janeiro o prefeito Eduardo Paes quer dimi-nuir a frota de ônibus, um serviço que já é precário.

Desde junho desse ano o Movimento Passe Livre (MPL) vinha denuncian-do o corte de linhas nas zonas norte e oeste da ci-

A Prefeitura de Maricá garante: no dia 7 de se-tembro os “vermelhinhos” darão seu grito de inde-pendência e vão voltar a circular. Como a proibição da Justiça foi em relação à rota que os ônibus faziam, que em alguns trechos coincidia com o trajeto

dos ônibus privados, agora a Empresa Pública de Trans-portes (EPT) está preparan-do um novo itinerário.

Para o prefeito Washington Quaquá, o retorno à operação com a Tarifa Zero reafirma o compromisso com o direi-to à mobilidade. “A decisão de proibir os vermelhinhos

é injusta com o povo de Maricá. Continuaremos o transporte público gratuito abrindo novas linhas que não descumpram as deci-sões judiciais, até que cas-semos todas as concessões das empresas que prestam um péssimo serviço ao povo”, afirma o prefeito.glas Galhardo, morador de

Ponta Grossa. “As empre-sas agora não têm concor-rência, fazem o que que-rem”, diz o trabalhador.

Já Evellem Cristina estuda, trabalha, faz curso profissio-nalizante e vive na correria. “Com menos ônibus circu-lando, agora, tenho que sair mais cedo do curso para conseguir volta pra casa. Sou obrigada a assinar um termo de responsabilidade para ser liberada dez minutos antes do meu horário”, con-ta a estudante que mora em Inoã. Além disso, os gastos aumentaram. Ela desem-bolsa R$ 43, por semana, com passagem. “No final do mês faz uma enorme dife-rença, ainda mais em tem-pos de crise”, destaca.

dade. O integrante do MPL, José Antonio Abrão, infor-mou que até o final do ano mais 90 linhas podem sair de circulação.

Mas esse número pode ser ainda maior. Segundo informações da Prefeitura do Rio, publicada no Diário Oficial do dia 24 de agosto, o objetivo é eliminar 78 li-nhas de ônibus, em toda a cidade, até 2016. Só na zona

sul 28 linhas serão ex-cluídas e outras 21 terão o trajeto reduzido, até o final desse ano.

A Prefeitura informou que as mudanças come-çam no dia 3 de outubro. Porém, José Antonio Ab-rão afirma que, na zona norte, esses cortes já vi-nham sendo feitos pelas empresas de ônibus, des-de o começo do ano.

Empresas do Rio cortam dezenas de linhas de ônibus

Cozinheira Ivonete Pereira

Balconista Diogo GalhardoDona de Casa Diene Lene

Fotos Pablo Vergara/Brasil de Fato RJ

Estudante e trabalhadora Evellem Cristina

Especial | 9Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015

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Encurtada e com mudanças na sinopse, no-vela pode ser considerada um fracasso

Muitos estão dizendo: já vai tarde! Sim, a novela Babilônia, que exibiu seu último capítulo na sexta-feira (28),_não agradou a gregos e troianos. Pelo con-trário: desagradou a torci-da do Flamengo, do Corin-thians, do Galo e amargou uma média baixíssima de_audiência._Encurta-da em dois meses e com mudanças na sinopse ori-ginal, a novela pode ser considerada um fracasso.

Mas eu quero trazer ago-ra uma perspectiva dife-rente. Quero apontar dois importantes acertos do folhetim. Não em termos de atuação ou de enredo. Falo de alguns temas e histórias que valeram a pena assistir.

SEXUALIDADEO casamento feliz de Te-reza (Fernanda Monte-negro) e Estela (Nathalia Timberg) é um “cala a boca” para muitos que pensam que homosse-

SEMPRE VI NOVELA | Joaquim Vela

Acertos de Babilônia

xuais são incapazes de amarem e construírem relações duradouras. Na mesma linha, o final de Ivan (Marcello Melo Jr.) e Sérgio (Cláudio Lins) é um “tapa na cara” da-queles que pensam que a sexualidade é definitiva, que basta se casar para superar o desejo sexual.

CORRUPÇÃOA história do prefeito cor-rupto e corruptor da cida-de fictícia de Jatobá, Ader-bal (Marcos Palmeira), sua corja de parceiros e seus conluios, não deveria ter causado náuseas no pú-blico. O texto dos perso-nagens, suas peripécias de desvios e superfaturamen-tos deve ser idêntico ao que nossos políticos corruptos falam e fazem no dia a dia sombrio dos mensalões e afins. Não devia ter cau-sado náuseas num mo-mento em que as pessoas vão às ruas reclamar da corrupção no país. É um choque de realidade que as pessoas deveriam pas-sar para, inclusive, saber porque estão protestando.

Enfim, espero que esses dois pontos não sejam es-quecidos! E que possam inspirar a outros autores de novela. E você, o que acha? Conta pra mim no [email protected]

Divulgação/TV Globo

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História de prefeito corrupto causou náuseas no público

O quê: Por meio de entrevistas com os editores, o documentário conta a trajetória do jornal “Meia Hora”.Onde: Cine Joia – Av. Nossa Senhora de Copacabana 680, subsolo H, Copacabana.Quando: Segundas-feiras, às 13h50.Quanto: R$ 20 (inteira)

O quê: Formado por ex-estudantes da Universidade Federal Rural, o Grupo Caramuela comanda toda semana o forró no Bola Preta.Onde: Centro Cultural Cordão do Bola Preta.Quando: Toda quarta-feira, às 20h.Quanto: 0800 até 21h, após o horário o preço fica em R$ 10

O quê: Na instalação “Ultramarino”, Vicente de Mello recria o outro lado do mar. As quatro paredes da sala serão cobertas por uma imagem repetida, como um lambe-lambe.Onde: Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Primeiro de Março, 66, Centro.Quando: De quarta à segun-da, de 9h às 21h, até 29/9.Quanto: 0800

O quê: Exposição conta a história da extinta Rádio Fluminense FM e resgata o cenário do rock nacional dos anos 80.Onde: Imperator – Centro Cultural João Nogueira. Rua Dias da Cruz, 170, Méier.Quando: Sábados e domingos, das 10h ao meio-dia. De segunda à sexta, das 13h às 22h. Quanto: 0800

O quê: Exposição fotográfica leva para o público diferentes olhares sobre as transformações do Rio de Janeiro.Onde: Centro Cultural Justiça Federal – Avenida Rio Branco, 241, Centro.Quando: Diariamente, de meio-dia às 19h. Até 4 de outubro.Quanto: 0800

O quê: Feito por alunos da Escola de Teatro Martins Pena, “Sangre” é um espetáculo inspirado no cinema espanhol de Pedro Almodóvar.Onde: Teatro Armando Costa – Rua Vinte de Abril, 14 – Centro.Quando: Sábados às 21h e domingos às 20h. Até 27 de setembro.Quanto: 0800

Sangre

Meia Hora e as manchetes que viram manchete

Maldita 3.0

Contemporâneo Ultramarino

Linhas de Fuga

Forró do Caramuela

AGENDA DA SEMANA

10 | Cultura Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015

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‘Ocupação Grandes Minorias’ reúne obras que propõem reflexão sobre diversas questões sociais

Xandra Stefanelda Rede Brasil Atual

Divulgação/ Rodrigo Mangolin

Divulgação / Luciana Avellar

Divulgação

Condição da mulher, realidade nas prisões, pre-conceitos raciais e sociais, segurança pública, diver-sidade, o futuro sonhado pelos jovens. A Ocupação Grandes Minorias ocupa o Teatro Glauce Rocha, no centro do Rio, com peças que abordam temas ligados a questões sociais brasilei-ras. O evento fica em cartaz até setembro.

Idealizada pela dramatur-ga e diretora Marcia Zanelat-

Teatro Glauce Rocha recebe ciclo de peças engajadas até setembro

to, a ocupação pretende apre-sentar ao público um “novo teatro emocionalmente en-gajado”. “Tem um movimen-to novo, um posicionamento do teatro e uma contribuição mais clara neste sentido de refletir sobre o Brasil. Quan-do eu pensei no projeto, no ano passado, imaginei como eu poderia contribuir com esta cidade, com este país, com este pensamento”, afirma Zanelatto.

ELES NÃO USAM TÊNIS NAIQUEAté o dia 6 de setembro, estará em cartaz o texto de Marcia Zanelatto, “Eles não usam tênis Naique”, da Cia. Marginal, dirigida por Isabel Penoni e sediada no Complexo da Maré. A peça conta a história de uma fa-mília que mora em uma co-

Teatro Glauce Rocha fica na Avenida Rio Branco, Centro

Marcia idealizou o projeto

“Eles não usam tênis Naique” conta a história de uma família devastada pelo tráfico

Ocupação Grandes MinoriasQuando: até 27/9Onde: Teatro Glauce Rocha - Avenida Rio Branco, 176, Centro, Rio de Janeiro (RJ)Quanto: peças infantis são gratuitas. Os ingressos para as demais custam R$ 20 e R$ 10 (meia)Programação completa e classificação em facebook.com/parapensarobrasil

Tem um movimento novo, um posicionamento do teatro e uma contribuição mais clara neste sentido de refletir sobre o Brasil

Marcia Zanelatto,

diretora

coletiva sobre a utopia e o mundo que os jovens pedi-ram nas ruas, em junho de 2013. “Aumentando a faixa etária, colocamos uma peça inédita com um grupo de jovens atores que vão tra-balhar com o tema ‘Qual é o mundo que vocês que-rem? O que vocês têm como utopia?’ Eles vão apresentar uma resposta cênica sobre a sociedade que eles têm em mente. É uma peça sobre jovens, feita por jovens para os jovens”, detalha a ideali-zadora do projeto. Esse es-petáculo estará em cartaz de 10 a 27 de setembro, de quarta a sábado, às 19h, e domingo, às 17h. (RBA)

munidade devastada pelo tráfico de drogas. As apre-sentações_acontecem_de quarta a sábado, às 19h, e domingo, às 17h.

O público infantil também assistiu a espetáculos engaja-dos. O musical Fuzuêzinho, da Cia. de Aruanda, formada por brincantes da Serrinha, em Madureira, explorou a cultura popular de matriz africana. E Sherazade, que será encenada em setembro, promoverá o encontro entre as culturas árabe e judaica. Sempre aos sábados, de 4 a 25 de setembro, às 16h.

“As crianças estão apren-dendo a ver o mundo. Se a gente disser para elas que judeu odeia árabe e árabe odeia judeu, elas vão apren-der e sempre vão achar que a Faixa de Gaza é uma coi-sa normal. A criança que vê um jongo dançado, vê um brincante cantando uma música de matriz africana, não vai aceitar jogar uma pedra na cabeça da menina que é do candomblé”, opina Marcia Zanelatto.

O último espetáculo da Ocupação Grandes Mino-rias, “Suave – Notícias Fu-turas”, traz uma criação

Cultura | 11Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015

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Acabou a greve dos professores na UFRJ, mas os problemas não só con-tinuam como tendem a crescer. Informações ofi-ciais da reitoria dizem que o dinheiro vai aca-bar em setembro. Nos últimos anos, apesar do aumento no número de cursos e de vagas para estudantes, as verbas re-passadas para as univer-sidades vêm diminuindo.

Aumentar a quantida-de de estudantes signifi-ca que é preciso de mais prédios e salas de aula, mais concursos para téc-nicos e professores, mais alojamento, bandejão e outros itens da assistên-cia estudantil. Queremos a expansão, porém isso requer responsabilidade com o financiamento das atividades. Para agravar a situação, o ajuste fiscal promoveu um corte de mais de R$10 bilhões na educação pública, afetan-do todos os níveis do siste-ma educacional, desde as creches até a pós-gradua-ção das universidades.

GREVE NA UFRJComo forma de enfren-tar este quadro de pre-carização, estudantes e técnicos da UFRJ entra-ram em greve no final de maio. Os professores se juntaram ao movimento no dia 23 de junho. A gre-ve é uma maneira de di-zer que do jeito que está não é possível continuar. Ela é o nosso grito! São hoje quase 50 universi-dades em greve pelo Bra-sil afora, mas o governo

Opinião | Tattiana Bretas

Mário Augusto Jakobskind

Não é de hoje que suces-sivos governos dos Estados Unidos tentam aumentar a presença militar na Améri-ca do Sul. Para tanto, além da Colômbia, onde a potên-cia tem à disposição sete ba-ses militares, o Pentágono procura de todas as formas ganhar espaço no Paraguai.

AQUÍFEROOs Estados Unidos conse-guiram, meio na calada da noite, montar um Centro de Pesquisa para Situações de Emergência contra De-sastres Naturais, localizado próximo à Tríplice Fron-teira (Brasil, Argentina e Paraguai) e tendo abaixo o Aquífero Guarani. Este ma-nancial de água subterrânea ganha a cada dia maior im-portância com o aumento da carência de água em função da falta de chuvas nos mais diversos rincões do Brasil.

Por sinal, o país passa por uma crise hídrica que se re-flete agora em grande inten-sidade na região Sudeste, além do Nordeste e, segun-do especialistas, poderá se

ser objeto de maior preocu-pação_e_aprofundamento investigativo. Há políticos paraguaios que defendem ostensivamente a presença militar norte-americana.

COINCIDÊNCIA?A história tem demonstrado ao longo do tempo que apa-rentes coincidências não são verdadeiramente coin-cidências, ou melhor, suas motivações ficam mais cla-ras com o passar dos anos.

É preciso, portanto, fi-car atento à presença mi-litar norte-americana no país vizinho, até porque o Departamento de Estado norte-americano e o Pen-tágono, seja onde for, não pregam prego sem estopa, como diz o ditado popular.

O tema, portanto, mere-ce ser aprofundado e sem perder de vista que há pre-visões de que a água seja a principal causa de even-tuais próximas guerras.

Mário Augusto Jakobskind é do Conselho

Editorial do Brasil de Fato RJ

São hoje quase 50 universidades em greve pelo Brasil afora, mas o governo se recusa a reconhecer a precarização existente

A presença norte-americana, por coincidência ou não, numa área estratégica, deveria ser objeto de maior preocupação e aprofundamento investigativo

EUA cobiçam reserva na região da Tríplice Fronteira UFRJ: do jeito que está

não é possível continuarse recusa a reconhecer a precarização_existente. Apesar das inúmeras so-licitações, o Ministro da Educação, Renato Janine, insiste em não receber os professores e não dialo-gar com o movimento. Em uma votação aperta-da, a maioria dos docen-tes da UFRJ decidiu virar as costas para esta mobi-lização coletiva em um momento decisivo para o avanço das negociações.

LUTA CONTINUANa última semana, para aumentar a pressão por uma efetiva negociação, houve em Brasília uma marcha_dos_servidores públicos federais e uma manifestação dos docen-tes federais em greve. Es-tivemos presentes nestas mobilizações mostrando que a derrota na assem-bleia não nos impedirá de seguir defendendo a universidade_pública, gratuita e de qualidade. Acabou a greve dos pro-fessores na UFRJ. Mas a luta continua!

Tattiana Bretas é da coordenação nacional da

Consulta Popular

agravar nos próximos anos se persistir a estiagem atual.

E nesse sentido, o Aquí-fero Guarani, que por si só é importante, ganha ainda maior relevância por se tra-tar de uma reserva estraté-gica a ser utilizada.

A presença militar nor-te-americana no Paraguai, mesmo com a denominação pomposa como a do Centro mencionado, tem passado despercebida pela mídia de um modo geral. A presen-ça norte-americana, por coincidência ou não, numa área estratégica, deveria

12 | Opinião Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015

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Creme de batata-baroa

BOA E BARATA

Ingredientes

3 batatas-baroa (grandes)400g de linguiça (a sua escolha, eu usei uma artesanal)1 abobrinha grande1/2 colher de sopa de gengibre1/3 de xícara de vinho brancoAlhoCebolaSal a gostoPimenta do reino a gosto

Tempo de preparo30min

Modo de preparo

Cozinhe a batata. Pré-aqueça uma frigideira grande, jogue a linguiça picada em rodelas fi-nas (sem óleo).

Refogue a abobrinha picada sem deixar que ela cozinhe. No fim adicione 1/3 de xícara de vinho branco e meia colher de sopa de gengibre ralado. Depois de cozida, bata a batata no liqui-dificador com a água da panela.

Refogue alho e cebola no azeite e adicione o creme de ba-tata. Quando ferver acrescente meia caixinha de creme de lei-te. Tempere com sal a gosto e pimenta do reino.

Rendimento6 porções

Divulgação

Olá, bom dia Amiga da saúde! Até quanto tempo a cor dos olhos das crianças pode mudar?

Virgínia Maria, 37 anos, engenheira civil.

AMIGA DA SAÚDE

rar até três anos para atingir a quantidade definitiva. Se um bebê nasce com os olhos escuros, provavel-mente mudará pouco. Mas se nasce com olhos claros, até um ano já se aproxima-rá da cor definitiva, porém ainda_podem_escurecer mais até os três anos.

Dúvidas sobre saúde? Encaminhe e-mail para [email protected]

Divulgação

Bom dia, Virgínia! A cor dos olhos é dada pela cor da íris, estrutura que filtra a entrada de luz nos olhos. As diferenças de cor entre as pessoas devem-se à quanti-dade de melanina presente na íris. Esse pigmento tende a aumentar após o nasci-mento, podendo demo-

Variedades | 13Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015

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14 | Variedades

Nova 13/9

LUA DA SEMANACHEIACrescente

21/9Minguante 27/9

Cheia Até 5/9

FASES DA LUA

Pode acumular muitas responsabilidades, terá de dividir seu tempo .

Áries terá um mês em que terá de pro-curar o equilíbrio para se sentir melhor.

É tempo de deixar para trás situações que já não podiam evoluir.

Virgem terá de mostrar que sabe como usar as suas capacidades.

Organize-se e programe-se com alguma antecedência para ter a sua vida facilitada.

Câncer terá o período estável, com pro-gressos lentos, mas favoráveis.

Estabeleça as metas e objetivos que quer ver concluídos no final desta fase.

Dê atenção às opiniões e conselhos de pessoas mais experientes.

Leão terá um período positivo, trate os seus assuntos com mais atenção.

Terá um período rico em oportunidades, vai poder fazer mudanças.

Estará cheio de energia, mas é necessário fazer um bom uso da mesma.

O período é favorável, mas exigente. Poderá resolver muitos assuntos.

Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015

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Eryk Rocha carrega o ci-nema em seu DNA. Filho do lendário Glauber Rocha, fil-mou o campeonato entre fa-velas na região do Sampaio, zona norte do Rio, ao mes-mo tempo em que os olhos do mundo inteiro estavam voltados para o Maracanã, na final da Copa do Mundo.

Traçando esse paralelo, entre o futebol enquanto ex-pressão cultural brasileira e o espetáculo midiático eli-tista que transformou nos-sos estádios em arenas, Eryk fala ao Brasil de Fato RJ.

Brasil de Fato - Você filmou, em Campo de Jogo, um campeonato entre favelas, em contraponto ao grande evento da FIFA que acon-tecia a poucos quilômetros dali. O futebol ainda é um traço cultural nosso?Eryk Rocha - O  desejo era deslocar  o  olhar para  o  fu-tebol popular, de várzea, de pelada. Então durante a pes-quisa descobrimos o Campo do Sampaio, situado na zona norte do Rio de Janeiro.

Percebi que esse campo era uma síntese de muitos campos espalhados pelo Brasil, e deci-di concentrar o filme lá. Sa-bemos que, no Brasil, o fute-bol não  é só um esporte ou um jogo. É uma linguagem potente de expressão da nos-sa cultura, faz parte da for-mação do nosso povo.

Vivemos  uma crise aguda e profunda dentro e fora das quatro linhas. O futebol, que

“Nas peladas surgiram os nossos maiores craques”Cineasta Eryk Rocha, diretor de Campo de Jogo, concedeu entrevista ao Brasil de Fato RJ

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

é nosso patrimônio cultural e popular, está se elitizando, foi devorado pelo mercado e pela pu-blicidade. Por outro lado acho que nós nos distanciamos das nossas  matri-zes e da nossa força originária. Impor-tamos  o  que há de pior do futebol eu-ropeu, e paradoxal-mente os europeus absorveram o que há de melhor do nosso futebol. Um exemplo vivo disso são as duas últimas campeãs do mundo: Espanha e Alemanha.

Brasil de Fato - Ao longo da história, os nossos maiores craques saíram dos cam-pos de pelada. A crise do fu-tebol brasileiro passa pelo fim desses espaços?

Eryk Rocha - Foram nes-ses campos espalhados por esse Brasil das  favelas, das periferias, onde sur-giram muitos dos nossos maiores craques. A figura do “olheiro” era muito im-portante, ajudava muito na descoberta desses talentos e, pelo que percebi, se re-

duziu muito a presença deles. Nesse caldeirão, nessas matrizes corporais onde dança e luta se mis-turam, estão a substância principal, original e   sin-gular do futebol brasileiro. Esses campos são talvez um dos últimos espaços democráticos de resistên-cia do povo. Lamentavel-mente muitos desses cam-pos estão sendo extintos ou ameaçados, entre outros motivos, pela especulação imobiliária. Querem fazer com esses campos de terra a mesma coisa que fizeram com o Futebol midiático Oficial. A  privatização do imaginário e do gesto.

Brasil de Fato - O que mais te chamou a atenção no período que você acompa-nhou este campeonato en-tre favelas?

Eryk Rocha - A importância vital do Campo na vida das comunidades da redonde-za. Essa região do Sampaio tem muitas igrejas, tráfico, mas sem outras perspec-tivas: não tem bibliotecas, salas de cinema, de  teatro, de concertos, etc... Inclusive o próprio baile Funk foi  re-primido pela polícia do es-tado.  Então, esse “Campo” é um espaço potente e fértil. É área de lazer, de respiro.

Brasil de Fato - É possível retomar o futebol enquanto paixão popular, contra a eli-tização das novas arenas?Eryk Rocha - A crise e a fal-ta de imaginação do futebol brasileiro dentro e fora das quatro linhas refletem a fal-ta de imaginação e de pro-jetos de país. Mas acredito que esses momento de crise podem despertar algumas perguntas urgentes. Como o Brasil pode se desenvol-ver sem deixar de ser Brasil? Como o Brasil pode  absor-ver e dialogar com outras experiências do mundo sem esquecer a força originária do seu povo e da sua cultu-ra? Quem somos nós?

Eryk: “Lamentavelmente muitos desses campos estão sendo extintos”

Cenas do filme Campo

de Jogo filmado na zona norte

do Rio

Sabemos que, no Brasil, o futebol não é só um esporte ou um jogo, faz parte da formação do nosso povo

Pablo Vergara/Brasil de Fato RJ

Fotos Divulgação

Esportes | 15Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015

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16 | Esportes

Bota sempre sai atrás com Gomes

Por contratos, Guerrero viaja com seleção

CBF mudará horário de jogos às quartas

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, anun-ciou possíveis mudanças no horário de jogos das quartas-feiras para 2016. Os jogos das 22h seriam antecipados em vinte minutos, passando a ser iniciados às 21h40.

As mudanças estão pre-viamente sendo negociadas com a emissora que detém os direitos de transmissão do Brasileirão e da Copa do Brasil, pois o horário ante-rior respondia à necessidade de exibição das suas novelas.

A emissora, além da CBF,

ouviu queixas de diri-gentes de clubes da Sé-rie B, onde os horários já foram alterados. Além disso, a detentora dos direitos foi sensibilizada pela queda de audiência para o futebol no horá-rio das 22h. (BP)

Atacante não tem condições de jogar os amistosos, mas peruanos exigem sua presença

Mesmo lesionado, o ata-cante Paolo Guerrero teve que viajar junto com a seleção peruana para os dois amisto-sos nos Estados Unidos, um no dia 4 de setembro, contra a seleção da casa, e outro no dia 8 contra a Colômbia.

A alegação da Federação Peruana de Futebol (FPF)

Bruno Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

para leva-lo é o cumpri-mento_de_contratos_pu-blicitários_envolvendo_a grande estrela da seleção do país. Com a viagem de Guerrero,_o_tratamento para a lesão no tornozelo adquirida no clássico com o Vasco será interrompido.

A decisão foi tomada após reunião entre o médico da seleção peruana e o depar-tamento médico do Fla-mengo, representado por José Luiz Runco e Márcio Tannure. Os três atestaram que Guerrero não tem con-dições de disputar nenhum dos dois amistosos nos EUA.

O diretor-executivo de fu-

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XQua. 2/9

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Brasileirão 2015

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22a RODADA

Classificação Série A

Gilvan de Souza/Fla Imagens

tebol do Flamengo, Rodrigo Caetano, lamentou a viagem do atacante peruano. Em en-trevista ao site Globoesporte.com, declarou que o clube, que paga o salário do atleta, sai prejudicado na decisão da FPF, devido à interrupção do tratamento, o que deve prolongar a recuperação.

Para o jogo contra o Avaí, nesta quarta-feira (2), na Are-na das Dunas, em Natal (RN), além de Guerrero, o Flamen-go não poderá contar com o meia Ederson, também lesio-nado, o lateral direito Pará, suspenso, e o lateral esquer-do Jorge, cedido à seleção olímpica brasileira.

Guerrero, por contratos publicitários, interrompe tratamento no Brasil

Desde que Ricardo Go-mes assumiu o Botafogo, o time vem enfrentando uma “escrita” negativa. Em todos os jogos sob o comando do treinador, a equipe sempre saiu atrás no marcador.

Em nenhum dos seis jogos o Botafogo abriu o placar. Neste período, o Botafogo empatou uma vez, em 0 a 0, com o Lu-verdense, perdeu três, contra Santa Cruz (1 a 0), Paysandu (3 a 2) e CRB (2 a 1), e venceu outras duas de virada, contra o ABC-RN (3 a 1) e o Amé-rica-MG (2 a 1).

De todos os gols sofri-dos, que abriram os pla-cares, apenas um não foi nos primeiros trinta minutos de jogo. Contra o Santa Cruz, o atacante Graf ite marcou ape-nas aos cinco minutos do segundo tempo.

Nas duas vezes em que o Botafogo conse-guiu virar o placar, o gol do time adversário saiu até os 15 minutos de jogo. Contra o ABC-RN, o atacante Edno abriu a contagem aos 12 minu-tos, e na partida contra o América-MG, Thiago Santos fez aos 15 da eta-pa inicial.

Durante o último jogo, contra o CRB, o atacan-te Neilton, no intervalo, alertou para o problema: “No primeiro tempo esta-mos sempre sofrendo gols, fica difícil recuperar”.

Nesta terça-feira (1), o Botafogo terá a oportu-nidade de se recuperar na Série B, quando en-frenta o Atlético-GO no estádio Nilton Santos, às 21h30. (BP) Zona de classificação para Libertadores

Zona de rebaixamento para Série B

P J V SG1o Corinthians 46 21 14 182o Atlético-MG 42 21 13 173o Grêmio 38 21 11 124o Palmeiras 34 21 10 145o São Paulo 34 21 10 66o Atlético-PR 33 21 10 37o Fluminense 33 21 10 28o Sport 31 21 7 89o Santos 30 21 8 510o Flamengo 29 21 9 -511o Chapecoense 28 21 8 -312o Internacional 28 21 7 -813o Ponte Preta 27 21 6 -314o Figueirense 26 21 7 -615o Avaí 23 21 6 -1016o Cruzeiro 22 21 6 -617o Goiás 22 21 5 018o Coritiba 22 21 5 -919o Joinville 19 21 5 -820o Vasco 13 21 3 -27

Rio de Janeiro, 1 a 2 de setembro de 2015