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A EVOLUÇÃO DA INTERNET
2.1– Definição
Hahn (1995) definem a Internet como nome de um grupo de recursos de
informação global. Cerca de dez anos depois, seguindo respectivas datas de
publicação, a definição por Kurose (2005) diz não poder defini-la em uma única
frase, pois a internet é muito complexa e está sempre mudando, tanto no que
se refere a seus componentes de hardware e software, quanto aos serviços
que oferece.
O que amistosamente se sabe com uma visão ampla, é que a Internet é
uma rede de comunicação que interliga computadores ao redor do mundo
inteiro. E que é uma grande rede onde redes como de universidades, bancos,
órgãos governamentais, redes pessoais se conectam para fins diversos.
A finalidade de uma rede é a troca de informações e o compartilhamento
de recursos físicos. A Internet cumpre como nenhuma outra essas tarefas, pois
a troca de informações ocorre entre os usuários do mundo inteiro e o
compartilhamento de recursos é infinito.
O que diferencia a Internet das demais redes é o volume de
informações, a informalidade com que elas são divulgadas e a expansão física,
abrangência de seus pontos de acesso.
4
2.2– Histórico
A humanidade evoluiu muito lentamente até o início da criação dos
meios de comunicação, como a fala principalmente, os manuscritos, a
televisão, o rádio e o telefone. Quando esses meios começaram a ficar
acessíveis, a humanidade pôde trocar informações e compartilhar recursos,
que é uma característica típica de evolução e uma função específica de
integração, ou seja, uma rede de informações.
Em meados da década de 1960 já se sentia a necessidade de uma
forma a mais de se comunicar. Em Agosto de 1962, segundo o site AISA1,
Licklider, físico, matemático e psicólogo americano, discutiu e compartilhou seu
conceito sobre uma “Rede Galáctica”, e em outubro do mesmo ano foi
nomeado gerente do projeto central da ARPA (Advanced Research Projects
Agency) onde seu maior desafio seria encontrar outros usos para os
computadores que não fosse o cálculo numérico. Depois de várias pesquisas,
foi estabelecida a maior importância para a comunicação, redes
computadorizadas.
Na sua gestão, criou uma base de tecnologias que mais tarde seriam
usadas por Robert Taylor, seu sucessor no cargo, na concepção da primeira
rede computadorizada notável. Encontra-se no site “História do computador e
da Internet”2, que este fato ocorreu em 1966 e neste ano foi estabelecido o
nome da rede, ARPAnet.
5
1 - Disponível em www.aisa.com.br acessado em 15/03/2009.
2 - Disponível em www.cultura.ufpa.br/dicas acessado em 13/03/2009
2.2.1- A ARPAnet
Sobre o contexto de uma guerra sem confronto armado, a Guerra Fria,
se formou a idéia que o vencedor desta seria o que conseguisse ter sobre seu
controle a maior quantidade e qualidade de tecnologias para mostrar seu
poderio perante seu adversário, o que possibilitou a intensa evolução da
computação, principalmente e diretamente da Internet.
Uma citação do site “História do computador e da Internet” conta que a
ARPAnet nasceu dentro do pentágono, mas inicialmente os apoios provinham
de investidores que utilizavam o serviço prestado pela rede.
Fala ainda que em 1969 o exército norte-americano com o
consentimento do Departamento de Defesa dos E.U.A. investiu na ARPAnet
para descentralizar informações e podendo assim evitar a perca de dados com
bombardeios de bases como a do pentágono. Assim, a rede não teria mais um
computador central, cada ponto de conexão ou nó, estaria ligado a vários
outros, entrelaçando-se para trilhar vários caminhos, e se um ponto fosse
destruído, outro caminho poderia ser utilizado com facilidade. No final deste
ano, quatro servidores estavam ligados e formavam a ARPAnet inicial. A
construção do que seria a Internet tinha começado.
No ano seguinte, 1970, como diz o engenheiro eletrônico Diniz3, foi
concluído o primeiro protocolo da rede que permitia o contato entre os
servidores, o NCP (Network Control Protocol), fazendo com que todos os
usuários pudessem desenvolver programas que poderiam funcionar na
ARPAnet.
Paralelamente, outros computadores se ligavam aos quatro servidores
iniciais. Nesse inicio de década, as instituições de ensino que desenvolviam
projetos envolvendo defesa também tiveram permissão para se conectar a
rede.
6
3 - Disponível em www.timaster.com.br/revista/artigos/main_artigo.asp?codigo=700&pag=3
acessado em 08/04/2009.
Com os programadores obtendo sucesso em seus aplicativos na rede, surgiu
um programa interessante, o SNDMSG, nome citado no site “História do
computador e da Internet” que enviava e recebia informações, e como cita o
site da Faculdade de Informática PUCRS4, foi desenvolvida por Ray Tomlinson
em 1971 e teve sua melhoria no ano seguinte, em 1972, com o primeiro
programa de gerenciamento de correio eletrônico (Electronic Mail), que já
usufruía de vários recursos usados atualmente. Sua popularização foi rápida e
tornou-se uma das aplicações mais utilizadas em redes de computadores.
Fica claro no site “História do computador e da Internet” que a ARPAnet
começou a se internacionalizar no ano de 1973 onde foram estabelecidas
conexões com universidades da Noruega. E que ainda neste ano os esforços
estavam centralizados em construir um novo protocolo que dava suporte a uma
rede com arquitetura aberta, pois vários outros pontos se ligariam a rede num
futuro próximo.
Robert Kahn e Vinton Cerf segundo Kurose (2005) apresentaram suas
idéias no inicio dos anos 70, criando um protocolo seguido de regras básicas
de transferências, o TCP (Transmission Control Protocol). Esse protocolo
suportaria uma variedade de serviços de transporte e daria base para a rede
ampliar suas conexões. Em 1974 eles publicaram um artigo definindo e
finalizando de vez o protocolo.
Murhammer(2000) destaca que nesse período subiu consideravelmente
o número de computadores ligados à ARPAnet, e ainda que a troca de
mensagens e arquivos finalmente virava uma realidade. Com certos avanços,
foi uma questão de tempo para que surgisse o protocolo FTP (File Transfer
Protocol), que permitia transferir arquivos entre computadores remotos, abrindo
mais portas para que informações de diversas partes da rede pudessem ser
publicadas.
7
4 - Disponível em http://www.inf.pucrs.br/~fldotti/redes/ acessado em 08/04/2009.
A direção da ARPAnet, antes da empresa ARPA, passou a ser da
Agência de Defesa da Comunicação no ano de 1975, como cita o site “História
do computador e da Internet”, e nesse mesmo ano iniciaram os testes de
ligações intercontinentais da rede através de satélites. Com isso, em 1976, até
a Rainha Isabel II da Inglaterra pode enviar seu primeiro Email.
No final da década de 70 os responsáveis pela rede perceberam que a
ARPAnet tinha crescido mais do que o protocolo antigo NCP (Network Control
Protocol) poderia suportar, então este se tornou inadequado. Segundo
Kurose(2005), em 1983 a rede oficialmente passou a usar um novo protocolo, o
TCP/IP (Transfer Control Protocol / Internet Protocol), que evitaria a perca de
pacotes e tornaria a rede mais segura para transferência de dados.
Os números do fim da década de 70 e do começo da década de 80,
ainda baseado em Kurose(2005), eram assustadores e crescentes, e com mais
de 200 hosts, a rede ainda privada, ligava universidades, órgãos militares e
órgãos do governo.
Foi nesse período que um consultor de software do CERN (Centro
Europeu de Investigação Nuclear), Timothy John Berners-Lee, propôs um
conceito de hipertexto para facilitar o compartilhamento de informações entre
os desenvolvedores e cientistas, mas além de pesquisas e tentativas pouco
convincentes, o resultado foi apenas um programa para o uso particular, o
“Enquire”, que funcionou por aproximadamente uma década segundo site “The
History of Computing Project”5.
As redes privadas foram aparecendo com velocidade elevada e logo se
percebeu que a compatibilidade entre elas também seria não só interessante,
mas necessária.
A importância que o protocolo TCP/IP exerceu na concepção da Internet
foi muito grande. Fez com que a maioria das redes privadas e a própria
ARPAnet visualizassem os benefícios da padronização. Essa padronização
teve como resultado o desenvolvimento de hardwares específicos para redes, e
em pouco tempo, ocorreram mudanças perceptíveis, a primeira delas e a mais
notável foi o aumento da eficiência, a segunda foi o barateamento dos
equipamentos devido à fabricação em grande escala.
8
5 - Disponível em http://www.thocp.net/biographies/berners_lee.html acessado em 25/04/2009.
Um grande avanço para a popularização da ARPAnet também foi o
desenvolvimento do acesso DNS (Domain Name Server), que como mostram
Kurose(2005), nada mais é do que uma tradução do código de acesso IP para
uma linguagem mais amigável. Apesar dessa idéia estabelecida por Paul
Mockapetris em 1984 parecer simples, a expectativa para o crescimento da
rede foi superada. A ARPAnet já podia contar com mais de mil hosts, e o
primeiro domínio comercial foi registrado, “Symbolics.com”.
O acesso DNS foi um marco transitório da rede, e embora tenha
contradições, o que é certo é que todas as fontes de pesquisa contam que em
1986 a ARPAnet já era chamada por outro nome sem nenhuma dificuldade. A
facilidade, informalidade, a interatividade e a busca de tecnologias que aos
poucos tomou conta da rede foram os fatores contundentes para a
concretização do maior meio de comunicação mundial, a Internet.
Mas antes do conceito de Internet, é importante saber as informações
que Ercilia (2000) nos trás: o acesso dial-up (linha telefônica) em 1990 facilitou
muito a conexão, e em 1992, Bill Clinton, até então candidato a presidente dos
Estados Unidos, citou a idéia de uma América conectada por uma rede de
educação e informações. Como a rede já era ligada às universidades e centros
de pesquisa, as informações que transitavam na rede já eram um bom material
educacional, com isso, equipamentos de busca começaram a ser
programados. Mas mesmo com tantos esforços, a conexão e o acesso eram
complicados e cansativos, tendo que usar a memorização. Necessitava-se de
certo nível em informática e um felling a mais nas pesquisas ainda
rudimentares. Cientistas e pesquisadores se conectavam, mas a rede ainda
seria inacessível para o público comum. Era complicada e árida demais
[ERCILIA, p.18, 2000].
Timothy John Berners-Lee, em 1989, estabeleceu o HTTP (Protocolo de
Transferência de Hipertexto) com o intuito de facilitar o acesso às diversas
informações espalhadas no CERN, órgão em que ele trabalhava. Porém,
devido ao seu último projeto não ter o resultado esperado, e por já ter
demonstrado e proposto uma idéia baseada em hipertexto, sua credibilidade
não estava tão boa fora do CERN. Daquela vez (como já foi citado), os seus
estudos e esforços tinham resultado apenas no “Enquire”, entretanto com a
idéia madura, seus projetos desta vez trouxeram o que se necessitava para a
9
melhor navegação na Internet, de acordo com Eager(1995) e complementado
pelo site “History of Computing Project”.
Este fato somente comprova que seus projetos anteriores só não tinham
a estrutura de uma rede preparada para sua ânsia de acesso público, mas
apesar da concretização do protocolo, os seus ideais de integração pareciam
estar indo para o mesmo caminho. A Internet ficou mais simples, porém sem
permissão para uso comercial.
A ARPAnet deixou de existir oficialmente em 1990.
Ercilia (2000) destaca que um ano depois, em 1991, um fato passou
despercebido, era o nascimento da base de integração mundial, a criação da
“World Wide Web”.
2.2.2– A criação da World Wide Web
Muitas pessoas confundem a World Wide Web, comumente chamada
Web, com a Internet propriamente dita, na verdade são coisas distintas, a
WWW é uma de muitas aplicações que existem dentro da Internet.
A apresentação da proposta de Tim Berners-Lee sobre hipertextos,
baseada no programa Enquire não foi vista com olhos de surpresa muito
menos com o valor que ela merecia, mas foi aceita e então pode dar início ao
desenvolvimento das ferramentas principais: um servidor, um navegador e uma
página web.
O servidor foi configurado em um computador NEXTcube, fabricado pela
NEXT Inc., empresa da Califórnia e ficou operante na rede durante cerca de 3
anos que é o tempo médio de vida de um servidor.
O navegador, primitivo mais com diversas funções que conhecemos até
hoje foi desenvolvido e levou o nome de WorldWideWeb. Foi distribuído entre
seus colegas de trabalho e foi aprovado devido à facilidade observada perante
a dificuldade que era o acesso à Internet na época. Mais tarde viriam as
evoluções e outros navegadores.
10
E finalmente uma página web que foi desenvolvida com a linguagem HTML
com o conteúdo de seu próprio projeto e que ainda se encontra no site do seu
criador com o mesmo conteúdo e com as mesmas formatações iniciais; Como
pode ser verificado na Figura 2.1.
Figura 2.1 – Primeiro Site
[http://www.w3.org/History/19921103-hypertext/hypertext/WWW/News/9201.html]
Em 1991 Tim Berners-Lee aprimorou seu projeto até aproximadamente
em julho, e em agosto, no dia 6, mostrou suas verdadeiras intenções de
expansão da “Teia”, segundo site “Encyclopidia”6 ele anunciou seu projeto num
fórum conhecido por pesquisadores na Internet, foi o inicio do serviço prestado,
a WWW, o nascimento da Web e com ela nascia sua primeira geração de
desenvolvimento, mais ainda com muitas barreiras a serem quebradas.
2.2.3– Primeira Geração de Desenvolvimento WEB
11
6 - Disponível em http://www.encyclopedia.com/topic/tim_berners-lee.aspx acessado em 11/04/2009.
Para se entender o contexto dessa geração é necessário que tenhamos
conhecimento de um sistema que existiu em 1990 que guardava informações
acessadas, no blog danillonunes7 consta que o Gopher foi popular até
começarem as cobranças por seus serviços, depois disso passou a ser
somente uma ferramenta pouco utilizada e esquecida.
A Web estava se disseminando e se alastrando entre os órgãos de
pesquisa, mais ainda muito lentamente. Muitos fatores foram responsáveis pela
explosão da teia, mais com certeza dois deles foram cruciais para a
popularização da rede mundial.
A primeira foi em Abril de 1993, de acordo com o blog danillonunes,
quando o CERN divulgou o código fonte de seu navegador, o que permitiria
que qualquer pessoa no mundo desenvolvesse navegadores e pudesse
acessar os hipertextos.
A segunda, no mesmo ano, foi a criação de um navegador com a fusão
do Gopher e do navegador WorldWideWeb, o Mosaic, que como conta o blog
danillonunes, foi desenvolvido no National Center for Supercomputing
Application - NCSA (National Center for Supercomputing Applications) pelo
estudante Marc Andreessen inicialmente rodando em plataforma UNIX.
Começou a ser amplamente utilizado devido a simplicidade de
comandos e a inserção de gráficos, uma novidade que permitiu a inclusão de
figuras aos até então documentos estritamente textuais.
De acordo com Parreira (2008) os sites criados nesse período de
inicialização da Web, assim como antes da WWW, eram mais preocupados
com o conteúdo da página, documentos para estudos e pesquisas, e todo
desenvolvimento e esforço nessa área eram apontados para a informação
propriamente dita, e mesmo com o uso do Mosaic (ainda na plataforma UNIX),
os gráficos não ganharam tanta importância e ainda assim continuou o
desenvolvimento de documentos ricos em textos.
Com a popularidade do navegador, o seu grupo de criação comandado
por Marc Andreessen redesenhou o Mosaic para várias plataformas e inclusive
12
7 - Disponível em http://danillonunes.net/curriculo-dos-padroes-web/a-historia-da-internet-e-da-web-e-a-evolucao-dos-padroes-web/#a-criacao-da-www acessado em 11/04/2009.
para o sistema operacional Microsoft Windows, que pelos dados do site
Wikipedia8 era usada na época por mais de 80% dos computadores do mundo
e tal versão do Mosaic foi o grande responsável pela explosão da Web
comercial e popular.
Foi também nesse período que começaram a aparecer uma quantidade
gigantesca de navegadores web e alguns foram se adequando ao que o
público realmente necessitava e foram se consolidando no mercado, outros
desapareceram com o passar do tempo.
A entrada do meio comercial na web fez com que os modelos de
desenvolvimento dos documentos de hipertextos mudassem pela primeira vez
sua aparência e estilo, dando inicio a uma fase nova na teia, a segunda
geração, uma fase popular e extremamente comercial.
2.2.4- Segunda Geração de Desenvolvimento WEB
Quando o Mosaic começou a se disseminar e ficar conhecido, Marc
Andreessen apostou na sua consolidação comercial e investiu em um
navegador web como software principal de marketing de uma empresa.
Apoiado por Jim Clarck segundo site DEEI, em 1994, Marc saiu do
NCSA para abrir e apresantar a Netscape Communications Corporation
paralelamente seu navegador, o “Mosaic Netscape” que mudou de nome
devido a uma ação judicial do NCSA e passou a se chamar apenas “Netscape
Navigator”.
Em conformidade com os dados do site Wikipedia, isto aconteceu ao
mesmo tempo a Microsoft recebeu da SpyClass, vinculada com a NCSA, a
licença para desenvolver seu navegador baseando-se no Mosaic, e meio a
incertezas sobre a tarifa que seria cobrada pelo uso, o Internet Explorer nasceu
em 1995 e ficou conhecido como IE.
Esses dois fatores foram juntos o estopim para uma concorrência
doentia onde cada navegador tentava abranger cada vez mais recursos e
13
8 - Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Mosaic#Hist.C3.B3rico_do_Mosaic acessado em 29/03/2009.
tecnologias para atrair mais desenvolvedores e foi criado o termo “Guerra dos
Navegadores”.
2.2.4.1 – A Guerra dos Navegadores
Essa parte do crescimento na rede, pelo resumo da minha pesquisa em
modo geral, sem sombra de dúvidas foi o mais acentuado e o mais
desordenado, o que causaria futuramente muitos prejuízos tanto
comercialmente quanto na credibilidade da Web. Sites e mais sites comerciais
entravam dia após dia na web.
Com esse avanço comercial, segundo Parreira (2008), os sites perderam
a identidade inicial de informação acadêmica e integridade textual, além de
informar o usuário, os sites eram cheios de figuras mal distribuídas, eram mais
como outdoors e banners concorrentes na própria página do que documentos
organizados.
O que parecia era uma disputa de atenções que ora passavam para um
site, ora pra outro, e quem perdia era o usuário que encontrava muita
dificuldade para visualizar as informações e os links.
Apesar do aparente resultado negativo do crescimento, a desordem foi
importante para o desenvolvimento da linguagem e da estrutura utilizada pelos
programadores. E também foi importante para que esse exagero de formas
fosse questionado e então começou a se pensar em padrões para desenvolver
na web.
Mas os maiores inimigos de padrões são os navegadores e sua disputa
pelo mercado, focando mais na tentativa de derrubar comercialmente o outro
navegador, usando mesmas ferramentas porém incompatíveis, do que fazer
uma padronização dos recursos.
Temendo uma desordem da web, Tim Berners-Lee criou em 1994, a
W3C (World Wide Web Consortium).
14
2.2.4.2 – A W3C
A W3C (World Wide Web Consortium) é um consórcio entre empresas
de tecnologias que busca estabelecer padrões para o desenvolvimento e
interpretação das linguagens da web, para maximizar seu potencial. [W3C,
2009].
A W3C não impõe regras, simplesmente recomenda certos padrões para
a não comprometer a legibilidade dos recursos da web. Se um site ou
navegador não segue suas recomendações ele não estará pronto para ser
usado por qualquer usuário ou acessado de qualquer ponto ou aparelho.
Baseando-se nas informações do site danillonunes, observa-se que as
recomendações da W3C foram aparecendo desagradas de um plano ou ordem
até 1998 quando foi criado o projeto WaSP (Web Standards Project) que em
inglês significa vespa e fazem referência a organização das comunidades de
abelhas e suas regras. Essas recomendações receberam o nome de padrão
para dar maior importância e tentar fazer com que os navegadores fizessem
uso delas.
O WaSP foi divulgado pela Internet e “cercou” os desenvolvedores com
seus ideais, reforçando a idéia de padronização da web. Também diagnosticou
várias falhas em códigos de navegadores e páginas da teia.
Mesmo com os navegadores principais, Netscape e Internet Explorer não
aderindo ao WaSP, os desenvolvedores e usuários da web consolidaram um
censo crítico com relação a padrões e legibilidade. Os sites já não eram
excessivamente carregados com imagens e links confusos, o desenvolvimento
estava voltando a se preocupar com o conteúdo.
Com a experiência na criação de paginas, as empresas e os
desenvolvedores mesclaram o bom visual com a integridade das informações,
fazendo a segunda grande mudança gradativa no desenvolvimento web.
15
2.2.5- Terceira Geração de Desenvolvimento WEB
A população mundial observava na Internet um meio de comunicação
crescendo muito rapidamente.
O acesso doméstico já era muito grande e cada vez mais se passou a
investir em recursos da web.
Os desenvolvedores de páginas já tinham uma boa bagagem
experiências e os recursos se renovavam constantemente, permitindo o
contínuo desenvolvimento da WEB.
As duas grandes novidades foram: primeiro o modo com que os sites
estavam sendo apresentados e segundo, a linguagem do lado do servidor que
começou a ser mais utilizada.
Com essa nova característica, o usuário poderia interagir com sites, bem
mais simples e com aparência mais limpa, escrevendo e enviando informações
para as páginas, informações estas como seu conceito sobre um arquivo, texto
ou foto.
A interação com o usuário fez surgir pela primeira vez a visualização de
uma web semântica. Intitulada pelo criador da teia, Tim Berners-lee, com os
seguintes dizeres, de acordo com a “Revista WebDesigner” (2009):
Sonho com uma Internet na qual os computadores sejam capazes de analisar toda a informação online, os conteúdos, os links e transações entre indivíduos e computadores. Uma Internet semântica, que tornaria isto possível ainda está por vir e quando isso acontecer, o mecanismo quotidiano de troca, burocracias e as nossas vidas diárias serão suportadas por máquinas em conversação com máquinas.
Foi o primeiro registro de uma visão futurística da WEB sobre o conceito
de interação e informação pela WWW.
Na realidade a interatividade estava apenas começando e as trocas de
informações estavam crescendo cada vez mais na rede.
16
Não se sabe ao certo quando terminou essa parte inconstante da web,
mas o certo é que ela deu lugar a uma nova forma de encarar a documentação
da Internet e uma nova forma de desenvolver, mais preocupada com o que o
usuário iria encontrar, mais dinâmica e interativa. Essas transições todas que
foram apresentadas em gerações passaram a ser esquecidas e os recursos
novos deram a oportunidade para que novas aplicações surgissem dentro da
web.
17