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1
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ
FACULDADE CEARENSE
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
BRUNO MATEUS DE SOUSA
A GESTÃO DE ESTOQUE COMO VANTAGEM COMPETITIVA
ORGANIZACIONAL – ESTUDO DE CASO MÚLTIPLO EM UMA REDE DE
SUPERMERCADOS DE PACATUBA - CE
FORTALEZA 2013
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BRUNO MATEUS DE SOUSA
A GESTÃO DE ESTOQUE COMO VANTAGEM COMPETITIVA
ORGANIZACIONAL – ESTUDO DE CASO MÚLTIPLO EM UMA REDE DE
SUPERMERCADOS DE PACATUBA - CE
Monografia apresentada ao curso de
Administração da Faculdade Cearense
como requisito parcial para obtenção do
título acadêmico bacharelado em
Administração.
Orientador: Dr. Jerry Roberto Campos
David
FORTALEZA 2013
3
BRUNO MATEUS DE SOUSA
GESTÃO DE ESTOQUE COMO VANTAGEM COMPETITIVA EM UMA REDE DE
SUPERMERCADO DE PACATUBA - CEARÁ
Monografia como pré-requisito para obtenção do
título de Bacharel em Administração, outorgado
pela Faculdade Cearense (FAC), tendo sido
aprovada pela banca examinadora composta
pelos professores:
Data da Aprovação: _____ / ______ / _____
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________
JERRY ROBERTO CAMPOS DAVID, Dr.
_________________________________________________________
LILIANA FARIAS LACERDA, Dr.
_________________________________________________________
ALINE DA ROCHA XAVIER CASSEB, Ms.
_________________________________________________________
RICARDO CESAR DE OLIVEIRA BORGES, Ms.
5
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, pela força e direcionamento durante essa jornada.
A meus pais, Francisco Jerônimo (in memoriam) e Maria Rita, pelo incentivo e apoio
que sempre me foram dados.
A minha namorada, Rafaela, pela compreensão pelos vários momentos de ausência.
Ao professor e orientador David Jerry, pelo comprometimento e empenho para
cumprir mais esta etapa de minha vida.
A meu cunhado, Juarez Junior (in memoriam), que acreditava em meu potencial, e
que sempre me ajudou direto ou indiretamente.
A todos os colegas e amigos, acadêmicos por terem feito parte dessa jornada.
6
“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não
precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se
conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória
ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece
nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as
batalhas”.
(Sun Tzu, A arte da Guerra)
7
RESUMO
O Presente estudo apresenta como é realizada a prática de gestão de estoque, em quatro empresas que atuam no mercado de varejo supermercadista. A pesquisa tem como objetivo geral verificar a importância das práticas de gestão de estoque para uma rede de supermercados situada em Pacatuba - Ceará. Buscando especificamente identificar a colaboração da gestão de estoque na obtenção da vantagem competitiva, e quais os benefícios adquiridos pelos supermercados que praticam a gestão de estoque. Por sua vez, primeiramente a monografia é embasada nos estudos e definições de renomados autores em relação à gestão de estoque e vantagem competitiva, e posteriormente é estruturada por meio de um estudo de caso, no qual os dados foram obtidos através de questionário aplicado nos supermercados. Ficando constatado que os supermercados que fazem uso de sistemas informatizados de gestão de estoque são os que apresentam maior crescimento de mercado.
Palavras chaves: gestão de estoque, vantagem competitiva, sistemas informatizados.
8
ABSTRACT
The present study how realized is the practice of managing stock in four companies operating in the retail supermarket. The research aims to verify the importance of general management practices of stock for a supermarket chain located in Pacatuba–Ceará. Searching specifically identify the collaboration of inventory management in achieving competitive advantage, and the benefits gained by practicing supermarket inventory management. In turn, the first monograph is grounded in studies and definitions of renowned authors in relation to inventory management and competitive advantage, and is subsequently structured by means of a case study, in which data were obtained through a questionnaire applied in supermarkets. Getting noticed that supermarkets who use computerized inventory management are those with greater market growth. Keywords: inventory management, competitive advantage, computer systems.
9
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 Custos ABC ............................................................................................ 28
TABELA 2 Custos de estoque .................................................................................. 32
TABELA 3 Maneiras de atingir a diferenciação ......................................................... 40
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 Ciclo da Administração de Materiais ....................................................... 19
FIGURA 2 Representação das principais atividades em Gestão de Estoque .......... 23
FIGURA 3 Estantes .................................................................................................. 33
FIGURA 4 Porta Paletes .......................................................................................... 33
FIGURA 5 Drive in ..................................................................................................... 34
FIGURA 6 Cantelever .............................................................................................. 34
FIGURA 7 A cadeia de valor Genérico ..................................................................... 36
FIGURA 8 Determinantes de Custo ......................................................................... 38
FIGURA 9 Determinantes da Exclusividade ............................................................. 42
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1 Qual o tipo de aquisição que o supermercado utiliza para obter
estoque? ................................................................................................................... 52
GRÁFICO 2 A gestão de estoque é importante para os resultados da empresa: ..... 53
GRÁFICO 3 O que o supermercado espera conseguir com o gerenciamento dos
estoques? .................................................................................................................. 54
GRÁFICO 4 Como é realizado o controle de estoque no supermercado? ................ 54
GRÁFICO 5 Existem discrepâncias no gerenciamento do estoque do supermercado?
.................................................................................................................................. 55
GRÁFICO 6 Com a eventual falta de mercadorias ocorre a perda de venda? .......... 56
GRÁFICO 7 Existe exclusividade de fornecimento de produto de algum fornecedor
do supermercado? .................................................................................................... 57
GRÁFICO 8 No que diz respeito aos estoques a empresa possui: ........................... 57
GRÁFICO 9 O supermercado faz uso do gerenciamento de estoque para reduzir os
custos de estocagem? .............................................................................................. 58
GRÁFICO 10 No que tange aos custos de estocagem a empresa: .......................... 59
GRÁFICO 11 Como se dá a formação dos preços das mercadorias ofertadas pelo
supermercado? ......................................................................................................... 60
GRÁFICO 12 Existe um gestor especifico para a área de estoque? ......................... 61
10
GRÁFICO 13 O fato de existir um estoque de mercadorias sempre disponível, é visto
pela empresa como um diferencial competitivo que agrega valor na relação
existente? .................................................................................................................. 61
GRÁFICO 14Existe no supermercado perdas ou avarias oriundas da má gestão de
estoque? ................................................................................................................... 62
GRÁFICO 15 O supermercado realiza algum tipo de inventário? ............................. 63
GRÁFICO 16 Qual a ferramenta utilizada pelo supermercado que mostra quantidade
de materiais que precisa ser comprada para repor os estoques? ............................. 63
GRÁFICO 17 Como é realizado a movimentação das mercadorias armazenadas em
estoque? ................................................................................................................... 64
GRÁFICO 18.1 O supermercado possui controle sobre as mercadorias que entram e
saem dos estoques? ................................................................................................. 65
GRÁFICO 18.2 O abastecimento dos estoques por parte dos fornecedores é rápido,
não possuindo falhas ou retornos? ........................................................................... 66
GRÁFICO 18.3 O espaço físico do estoque é ideal? ................................................ 67
GRÁFICO 18.4 O Layout do estoque é organizado, facilitando a locomoção dos
produtos é ideal? ....................................................................................................... 68
GRÁFICO 18.5 As estruturas usadas para acondicionamento dos produtos é ideal?
.................................................................................................................................. 69
GRÁFICO 18.6 Ao praticar a gestão de estoque o supermercado consegue tirar
alguma vantagem em relação aos concorrentes? ..................................................... 70
GRÁFICO 18.7 No que tange ao crescimento anual de mercado o supermercado
encontra-se: .............................................................................................................. 71
11
LISTA DE SIGLAS
MP Matéria Prima
AM Administração de Materiais
JIT Just in Time
ROI Retorno Sobre Investimentos
12
SUMÁRIO
Problematização .................................................................................................... 14
Objetivo Geral ........................................................................................................ 15
Objetivos Específicos ............................................................................................. 15
Justificativa / Relevância do estudo ....................................................................... 15
CAPITULO 2 GESTÃO DE ESTOQUE ..................................................................... 17
2.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ................................................................. 17
2.1.1 Processo de administração de materiais ................................................... 18
2.2 Gerenciamento de estoque .............................................................................. 19
2.2.1 Atividades dentro da gestão de estoque .................................................... 22
2.2.2 Formas de manuseio de materiais ............................................................. 25
2.3 Técnicas de gestão de estoque ....................................................................... 26
2.4 Estoques .......................................................................................................... 29
2.5 Tipos de estoques ............................................................................................ 30
2.6 Funções dos estoques ..................................................................................... 30
2.7 Inventários físicos ............................................................................................ 31
2.8 Custos de estoque ........................................................................................... 31
2.9 Estruturas de estocagem ................................................................................. 32
CAPITULO 3 VANTAGEM COMPETITIVA .............................................................. 35
3.1 Cadeia de valor ................................................................................................ 35
3.1.1 Análise da cadeia de valor ......................................................................... 36
3.2 Formas de obtenção de vantagem competitiva ............................................... 37
3.2.1 Vantagem de custo .................................................................................... 37
3.2.2 Diferenciação ............................................................................................. 40
3.3 Estratégias genéricas de competição .............................................................. 44
3.4 O Modelo das cinco forças da concorrência setorial ........................................ 45
3.5 Motivos que agravam a concorrência .............................................................. 46
CAPITULO 4 METODOLOGIA ................................................................................. 49
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 72
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 75
13
1 INTRODUÇÃO
O setor de alimentos é um dos maiores economicamente, no qual as
mudanças das tecnologias e a exigência dos clientes fizeram com que o segmento
de supermercados se posicionasse estrategicamente perante as tais necessidades.
Nos últimos anos este tipo de mercado sofreu uma elevação na
concorrência, onde as empresas para se manterem competitivas e ativas no
mercado, necessitam adequarem suas maneiras de gestão. De modo a garantir
preço adequado, qualidade, fidelização e eficiência no atendimento.
Diante do cenário supermercadista atual, surgem novas posturas
competitivas por parte dos supermercados. No qual, os mesmos buscaram mudar
suas praticas empresariais, principalmente no que diz respeito às praticas de gestão
de estoque, por estarem diretamente relacionadas com a satisfação dos clientes.
Pois as mesmas são responsáveis pela disponibilização dos produtos no local, hora
e condições adequadas para consumo. Funcionando assim como uma ferramenta
de diferenciação poderosa na obtenção da vantagem competitiva contra a
concorrência.
Nesse sentido a busca pelos altos padrões de qualidade e melhorias dos
processos deixou de ser apenas um elemento de diferenciação entre uma empresa
e outra, e passou a ser determinante para a sobrevivência no mercado
supermercadista. Onde as exigências de mudanças são diretamente voltadas para
as questões de gestão operacional, e diminuição dos desperdícios.
Para as organizações do segmento alimentício, os benefícios que podem
surgir com uma boa gestão de estoque, dentre eles tem-se um melhor fluxo das
informações, aumento de vendas, melhoria dos processos. Para os consumidores,
os mesmos ganham com os processos mais ágeis e com a satisfação das suas
necessidades, no tempo e condições desejadas.
A gestão de estoque já passou por muitas mudanças, e continua
passando, uma vez que os clientes estão cada vez mais exigentes, necessitando
que os serviços ofertados tenham mais qualidade. A mudança na forma de gestão
dos estoques pode garantir redução de custos logísticos, transporte e aumento de
lucros.
14
Desse modo é importante a gestão de estoque para a cadeia de
suprimentos, pois a mesma quando bem realizada, consegue garantir para as
empresas um bom posicionamento de mercado.
A busca por uma fatia de mercado aumentou no ambiente empresarial por
conta da globalização, onde diante desse cenário a informação tornou-se elemento
necessário para as organizações. No qual as mesmas ficaram de fácil acesso a
todos, facilitando assim a tomada de decisão, que por sua vez passou a ser baseada
em dados mais exatos e instantâneos. A facilidade de acesso às informações
possibilitou ainda, o aumento da concorrência, pois as informações são de livre
acesso a todos.
Com a globalização o setor de supermercados a cada dia vem
aumentando a competitividade. Isso se dar em função da mudança de
comportamento do consumidor e do surgimento de novas redes de supermercados
que se multiplicam a cada ano. Diante desse cenário os supermercados buscam
constantemente inovar nas questões ligadas ao controle dos setores considerados
de riscos, tais como: compras, estoque, armazenagem, faturamento e outros.
Com isso os novos supermercados que surgem fazem uso das
tecnologias e da comunicação para garantir produtos e serviços de qualidade, no
intuito de atender os desejos e necessidades dos clientes. A falta de atenção dos
mesmos, no que diz respeito à gestão de estoque acaba prejudicando seus clientes,
por não disponibilizarem os produtos no tempo desejado, e nas condições
adequadas. Apesar da existência da competitividade, ainda pode ser encontrado nas
organizações desse ramo a incapacidade dos gestores logísticos, nos aspectos de
planejamento, implementação e controle dos recursos dos estoques.
Problematização
Diante do levantamento feito, o presente estudo pretende responder a
seguinte questão: Qual a interferência da gestão de estoque na obtenção da
vantagem competitiva?
15
Objetivo Geral
Verificar a importância das práticas de gestão de estoque para uma rede
de supermercados situada em Pacatuba - Ceará.
Objetivos Específicos
Identificar a colaboração da gestão de estoque na obtenção da vantagem
competitiva;
Identificar quais os benefícios adquiridos pelos supermercados que
praticam a gestão de estoque.
Justificativa / Relevância do estudo
A escolha de um supermercado como objeto de pesquisa, se dá pela
facilidade que os consumidores mudam de supermercados para fazerem suas
compras. Dentre os motivos mais comuns, tem-se: preço, promoção, variedade,
qualidade, disponibilidade. Logo, uma vez que os clientes dos supermercados estão
frequentando constantemente os mesmos, torna-se necessário um estudo a respeito
da gestão de estoque, a fim de contribuir para um melhor controle dessa ferramenta
no ambiente comercial, evitando insatisfações dos consumidores finais.
Este trabalho se estrutura em seis partes, onde na primeira é apresentada
a introdução. O capítulo um trata da definição de Gestão de estoque e suas
particularidades. Já o capitulo dois, discorre sobre o conceito de Vantagem
competitiva e as etapas de obtenção da mesma. No qual, tanto capítulo um como no
dois, são constituídos por uma revisão literária através de uma pesquisa bibliográfica
feita em livros, artigos e internet.
Em seguida é se apresenta a metodologia utilizada nesse estudo que
viabilizará o alcance dos objetivos propostos.
Na quinta seção do trabalho, é apresentado à análise dos dados obtidos
com a pesquisa nos supermercados estudados.
16
Por fim, temos as conclusões do estudo em questão, fazendo uma
comparação dos resultados obtidos entre os supermercados.
Adiante será apresentado o referencial teórico do trabalho onde
inicialmente abordará as questões que envolvem a gestão de estoque, conceitos e
particularidades.
17
2 GESTÃO DE ESTOQUE NOS SUPERMERCADOS
2.1 ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
Durante a década de setenta as organizações não tinham sua atenção
focada nas compras de matéria-prima (MP) e nem mesmo em sua administração.
Após considerados os custos de produção, ainda assim detinham baixos valores,
não tendo nesse caso, importância a devida administração dos recursos. Findando a
década de setenta e iniciando os anos oitenta, houve uma mudança no
comportamento das organizações. As mesmas deixaram de produzir em grande
escala, a fim de evitar altos estoques de mercadorias. Dessa forma, começou a
surgir lentamente o termo logística e suas particularidades, bem como sua
importância para as organizações brasileiras.
Diante das transformações, as organizações passaram a buscar
economia dos custos, de modo que as atividades de comprar e administrar os
materiais ganharam importância. Nos dias atuais, tais práticas são importantes para
a cadeia de suprimentos. No qual a administração de materiais passou a ser vista
como uma ferramenta que pode ser usada como fator produtor de vantagem
competitiva.
Segundo Viana (2002) a administração de materiais tem como objetivo
principal a determinação de quanto deve ser adquirido e de quando deve ser
realizada a aquisição dos materiais de reposição dos estoques. No qual o usuário é
responsável por realizar o acionamento do abastecimento.
Já Para Ballou (1993) o objetivo chave da administração de materiais é a
disponibilidade de materiais corretamente, nos locais e tempo solicitado pelos
clientes, e principalmente com os menores custos possíveis.
Logo, a administração de materiais funciona como um intermediador que
faz a união entre a empresa e os seus fornecedores.
No que tange as funções da administração de materiais, Pozo (2004)
afirma que estão diretamente ligadas ao controle dos estoques, por conta dos níveis
de estocagem ser um fator que interfere diretamente nos resultados das empresas.
18
2.1.1 Processo de administração de materiais
Nas organizações a quantidade e o volume de materiais é algo complexo
de ser controlado. Onde os materiais necessitam serem perfeitamente
administrados, bem como as quantidades precisam ser adequadamente planejadas
e controladas, a fim de evitar a falta de materiais. Deve existir ainda, a preocupação
quanto aos excessos de estoques, pois os mesmos quando não recebem a devida
atenção, acabam aumentando os custos das organizações consideravelmente.
Quanto a isso, Chiavenato se expressa da seguinte forma:
Administração de Materiais (AM) é o conceito mais amplo de todos. Aliás, é o conceito que engloba todos os demais. A AM envolve a totalidade dos fluxos de materiais da empresa desde a programação de materiais, compras, recepção, armazenamento no almoxarifado, movimentação de materiais, transporte interno e armazenamento no depósito de produtos acabados (1991, p. 55).
Já na concepção de Francischini e Gurgel (2004, p. 05) a administração
de materiais é a “Atividade que planeja, executa e controla nas condições mais
eficientes e econômicas o fluxo de material, partindo das especificações dos artigos
de compra, até a entrega do produto terminado ao cliente”.
Conforme a visão dos autores fica claro que a administração de materiais
envolve vários setores da organização. Dessa forma, o administrador para ser
eficiente precisa ter a agilidade de se antecipa as mutações e dificuldades que
possa interferir na produção ou fornecimento das mercadorias. Para isso é
necessário que se busque parcerias solidas e confiáveis.
A administração de materiais tem como desafio manter os estoques em
níveis adequados, ou pelo menos reduzidos, de modo que não afetem o processo
de produção ou de abastecimento. Portanto, tem como finalidade garantir que as
organizações disponham de abastecimento contínuo. Para isso, a administração de
materiais precisa obedecer a um fluxo, para que traga resultados positivos as
organizações e deixe os clientes satisfeitos. Logo, é necessário que o
19
gerenciamento dos estoques ocorra de forma planejada, organizada e executada
conforme figura abaixo:
FIGURA 1: Ciclo da Administração de Materiais Fonte: Martins e Alt (2006, p. 4)
Caso contrário, a administração de materiais poderá proporcionar prejuízo
enorme para as organizações, e consequentemente a insatisfação dos clientes,
impedindo que exista a vantagem competitiva em relação aos concorrentes. A falta
de mercadoria, por um controle mal realizado, acaba passando uma imagem
negativa da organização, fazendo com que se busque na concorrência o
atendimento das necessidades insatisfeitas.
2.2 Gerenciamento de estoque
A gestão de estoque tem como objetivo, fazer um equilíbrio entre a oferta
e a demanda, onde a gestão acaba assumindo a função de guardar, proteger e
garantir a integridade do material até o consumo. O gerenciamento dos estoques por
sua vez, é de suma importância, pois altos níveis de estoques representam para as
organizações altos custos. Daí a necessidade de buscar manter o mínimo possível
de mercadorias em estoque.
20
A rentabilidade das operações com um cliente depende da quantidade de produtos adquiridos, volume de vendas, valor agregado e atividades complementares que são essenciais para o desenvolvimento e a manutenção de uma fidelidade. Os clientes altamente lucrativos constituem um mercado preferencial de uma empresa, por isso as estratégias de estoque devem concentra-se na satisfação desses clientes. A chave para uma logística eficaz está justamente no planejamento das prioridades de estoque, objetivando apoio aos clientes preferenciais (BOWERSOX; CLOSS, 2001, p. 41).
Logo, é inquestionável a importância do controle de estoque no
gerenciamento das entradas e saídas de mercadorias.
Para Ching (2008), na medida em que as organizações investem em
controle de estoque, as mesmas acabam tendo impactos sobre sua rentabilidade.
Pois a gestão de estoque quando acontece de forma eficiente, os gestores
conseguem identificar divergências de inventário, bem como um maior controle e
confiança no saldo de mercadoria.
Por sua vez, os estoques representam para as organizações a
armazenagem de diferentes produtos, sejam eles produtos acabados, matérias-
primas, materiais de embalagem, em trânsito ou até mesmo os semi-acabados, onde
acaba exigindo das organizações o controle tanto fisicamente como
economicamente, por se tratar de dinheiro parado.
Ching (2008) entende que a gestão de estoque apesar de trazer
benefícios para as organizações, pode provocar ainda alguns gastos
desnecessários. Pois existe a incerteza quanto ao consumo das mercadorias,
gerando assim alguns custos inviáveis. Logo, os custos pertinentes aos estoques se
dão de três tipos:
Custos de pedir: são os custos tidos pelas organizações, diretamente
relacionados com o pedido de compra.
Custos de manter estoques: são os custos que as organizações possuem,
para manter os produtos em estoques, de modo a evitar que os mesmos se
desgastem. Ou seja, são responsáveis em manter as condições de uso ou
consumo das mercadorias ofertadas pelas empresas.
Custos totais: são os custos que envolvem todo o processo, desde o pedido
da mercadoria até a conservação propriamente dita.
21
Gomes e Ribeiro (2004) consideram que a administração dos estoques
tem como principal função permitir que as organizações consigam maximizar seus
lucros por meio da minimização dos custos. Onde as ações são planejadas, para
que se consigam os melhores resultados possíveis. Dentre as ações possíveis
destaca-se a compra de grandes lotes de mercadorias, onde as empresas usam
esse artifício para se livrar de preços altos ou evitar a falta da mercadoria ao
consumidor.
Já Ballou (2006) defende que apesar dos custos tidos, a armazenagem
das mercadorias acaba agregando valor aos mesmos, uma vez que a
disponibilidade imediata dos produtos pode ser vista como um diferencial
competitivo. Logo, o setor de estoque das empresas possui responsabilidade quanto
ao fluxo de mercadorias no ambiente interno e externo, dando o equilíbrio
necessário para a organização. No qual tais setores garantem o equilíbrio
necessário entre os recursos que as organizações dispõem, com as necessidades
dos consumidores.
Wanke (2009, p. 177) defende que “A definição de uma política de
estoques depende de definições claras para quatro questões: (1) quanto pedir, (2)
quando pedir, (3) quanto manter em estoque, (4) onde localizar”.
Tais fatores por sua vez são determinantes para que as empresas
detenham um bom controle do fluxo de mercadorias. As respostas para essas
questões levantadas acima dependem do valor que os produtos possuem para os
clientes.
As organizações que não conseguem garantir a presença constante de
mercadorias em seus estoques, de modo a permitir que as mesmas faltem para seus
consumidores, acabam tendo algumas consequências, tais como: diminuição das
vendas e migração dos clientes para as empresas concorrentes. O mesmo
acontece, caso as organizações deixem acumular mercadorias nos estoques, onde
nesse caso as consequências adquiridas são: possível desvalorização das
mercadorias estocadas, elevados custos de armazenamento e impossibilidade de
investimentos financeiros.
Ching (2008, p. 32) lembra que,
22
O controle de estoque exerce influência grande na rentabilidade da empresa. Os estoques absorvem capital que poderia estar sendo investido de outras maneiras, desviam fundos de outros usos potenciais e têm o mesmo custo de capital que qualquer outro projeto de investimento da empresa. Aumentar a rotatividade do estoque libera ativo e economiza o custo de manutenção do inventário.
A vantagem competitiva almejada pelas organizações estar entrelaçada a
uma serie de atividades que complementam a gestão de estoque, onde exigem das
organizações tomadas decisões de forma assertivas, para que consigam garantir um
fluxo adequado das mercadorias. As organizações precisão desenvolver suas
atividades de gestão de estoque focadas nas questões ligadas a qualidade, custo e
tempo. Dentre as atividades que fazem parte da gestão de estoque, temos: as de
compras, as de armazenamento, as de vendas e de distribuição das mercadorias.
2.2.1 Atividades dentro da gestão de estoque
No que tange as atividades que compõem a prática de gestão de
estoques, é perceptível que a mesma é composta por uma sequencia lógica, onde
para que o processo ocorra de forma eficiente, de modo a conseguir resultados
atraentes para as organizações é preciso uma sincronia entre as atividades
Primárias e de Apoio. No geral essas atividades assume uma posição de destaque
nos resultados financeiros, pois as mesmas são responsáveis em agregar valor aos
produtos, o tornando competitivo e procurado.
De acordo com Tadeu (2010), o processo de gestão de estoque envolve
atividades consideradas primarias e de suporte. Segundo o mesmo, essas
atividades estão voltadas para o controle dos materiais, podendo até mesmo uma
atividade controlar a outra.
23
FIGURA 2: Representação das principais atividades envolvidas na gestão de
estoques
Fonte: Pozo (2008)
Organização: Bruno Mateus de Sousa
2.2.1.1 Atividades Primárias
As atividades primárias de acordo com Pozo (2008) se dividem em
Compras, Manutenção de estoques, Processamento de pedido, Distribuição e
Transporte. Cujo as mesmas acabam exercendo influências na gestão dos produtos
ofertados pelas empresas.
Compras
Representa a posse de uma mercadoria, através da troca de valores entre
vendedor e comprador, onde uma das partes paga por aquilo que deseja ter,
enquanto a outra recebe valores monetários por atender os desejos e necessidades
de seus clientes.
Para Tadeu (2010, p. 20) as atividades de compras:
[...] são primordiais no sentido de garantir a disponibilidade dos materiais necessários no momento, quantidade, local e condições corretas para sua utilização com um planejamento de desembolso de caixa sustentável e ponderado pela estratégia de estoque desenvolvida pela organização.
No que tange as compras corporativas, as mesmas são aquelas
realizadas pelas empresas para o funcionamento de seus negócios, faz parte de um
processo de reposição de estoque, permitindo que os materiais estejam disponíveis
24
sempre com qualidade, em quantidade e local certo, e nas condições necessárias
para uso.
Manutenção de estoque
Segundo Tadeu (2010, p. 21), essa atividade é tida como:
É a atividade finalista do gerenciamento de materiais que se ocupa da busca do nível de atendimento de demanda (ou serviço) a partir da disponibilidade de produtos a um custo mínimo para a organização. Sabe-se que grande quantidade de recursos é gasta no financiamento da necessidade de capital de giro das empresas em decorrência, principalmente, aos volumes de estoques, sendo indispensável prestar-se a devida atenção a essas atividades para a redução dos custos de operação.
Assim, pode ser entendida como uma atividade que garante o
atendimento da demanda, buscando permitir que os estoques de mercadorias
ofertadas estejam sempre disponíveis, com os menores custos possíveis. Surgindo
assim, a necessidade de acompanhamento por parte dos gestores de estoque
quanto ao volume de estoque existente.
Processamento de pedidos
Trata-se de um processo que tem como propósito suprir as necessidades
das filiais, centros de distribuição e clientes em geral. Logo, é por meio das
requisições de compras existentes nos sistemas, que os profissionais responsáveis
desenvolvem uma serie de atividades, tais como: registro do pedido, verificação de
disponibilidade das mercadorias solicitadas, rastreamento dos pedidos até o ponto
de entrega aos clientes, entre outras.
Distribuição e Transporte
Para Christopher (2007, p. 156) “a chave para o controle bem sucedido
dos tempos de reposição é o gerenciamento bem feito do canal.” Percebe-se que
para garantir um bom controle é necessário identificar com prioridade o canal de
distribuição adequado, almejando melhorar o processo de distribuição das
mercadorias. Os processos de distribuição e transporte envolvem atividades de
decisão do modal a ser usado, bem como as análises de viabilidade de rotas e
trajetos, a fim de garantir os menores custos logísticos.
25
2.2.1.2 Atividades de suporte
Conforme Tadeu (2010) existe três tipos de atividades de suporte a
gestão de estoque, tais como: Planejamento de estoques, Armazenamento e
Manuseio de materiais e Gerenciamento de informação.
Planejamento de estoque
As atividades de planejamento de estoques buscam garantir mais
eficiência e eficácia no atingimento das necessidades dos clientes e fornecedores.
Armazenamento e manuseio de materiais
Segundo Tadeu (2010) essas atividades envolvem os processos de
estocagem temporária dos materiais que futuramente serão vendidos. O
armazenamento em si, exige que sejam realizadas movimentações das mercadorias,
no qual a mesma pode acontecer tanto vertical, como horizontalmente.
No que tange aos materiais utilizados para a realização da movimentação
das mercadorias temos: patinhas, empilhadeiras, carrinhos e outros. De modo que
tudo aconteça na maior segurança possível, pois os estoques conhecido como um
ativo imobilizado representa para as organizações dinheiro parado, exigindo os
maiores cuidados. Consequentemente os investimentos nos aspectos pertinentes a
movimentação de materiais acabam sendo necessários, para garantir a segurança
das mercadorias.
Gerenciamento de informações
Para Fleury (2009) esse controle garante que as informações sejam
trocadas entre a cadeia de suprimento das organizações, garantindo uma maior
visibilidade e melhorias nas tomadas decisões.
2.2.2 Formas de manuseio de materiais
As operações logísticas quando bem gerenciadas conseguem garantir para
as organizações vantagem competitiva. Essas operações envolvem atividades
diversas que vão desde a movimentação, armazenamento, controle de qualidade,
tempo de ressuprimento, transporte e distribuição entre outras.
26
Logo, o processo de movimentação dos materiais estocados, necessita que
os mesmos estejam bem alocados. De modo que a forma de estocagem seja a mais
viável para o negocio.
No que tange as formas de armazenamento, abaixo será apresentado
algumas das existentes, entre elas temos as seguintes: Embalagem, Paletização,
Conteinerização, Mariner, Big-Bag, onde algumas dessas não se aplicam ao objeto
de estudo.
Embalagem
Para Moura (1997) a embalagem apresenta-se de duas formas, onde
pode ser primária de consumo, protegendo o produto até chegar ao consumidor
final, ou pode ser ainda secundária de transporte tendo como função a proteção das
embalagens primárias.
Unitização
Tadeu (2010) entende que é a junção de uma grande quantidade de
mercadoria de mesma espécie, buscando facilitar a armazenagem e movimentação.
Paletização
A paletização faz uso de plataformas de armazenamento de mercadorias,
funcionando como suporte de carga. Tal sistema garante a estocagem de grande
volume de mercadorias, no qual a movimentação acontece de forma mecanizada,
principalmente através de empilhadeiras.
Conteinerização
Tadeu (2010) entende a conteinerização como o armazenamento de
materiais em uma caixa construída de material resistente. Tal processo é usado para
realizar o transporte das mercadorias de forma segura, no qual a locomoção desse
equipamento pode se dá por diferentes modais.
2.3 Técnicas de gestão de estoque
27
Logo, para que se consiga um bom controle de estoque, as organizações
podem recorrer a algumas ferramentas bastante usadas: Fichário de estoque, Curva
ABC, Kanban, Just in time.
Kanban
Conforme Martins e Alt (2006, p. 69) Kanban se define como “Tecnologia
de controle de fábrica pelo qual as necessidades de entregas determinam os níveis
de estoque no decorrer do processo. O Kanban não empurra a produção – ele a
puxa”.
Ou seja, mostra o que e quanto será retirado dos estoques dos
fornecedores, onde na medida em que acaba um determinado material o fornecedor
recebe um cartão relacionado à retirada necessária, para que seja feito a devida
reposição.
Just in Time (JIT)
Segundo Martins e Alt (2006, p. 67):
Sistema em que os fornecedores devem mandar os suprimentos à medida que eles vão sendo necessários na produção. O JIT busca a eliminação de tudo o que não agrega valor ao produto ou serviço, utilizando-se de baixos inventários desde o fornecedor até o produto acabado posto no cliente. Para isso pode-se trabalhar com entregas parceladas e diretas à linha de produção, [...]. Contempla a redução do inventario, melhora contínua da qualidade da qualidade, redução de custo do produto e agilização do prazo de entrega.
Contudo, trata-se de uma técnica que parte do pressuposto de que a
venda deve ocorrer primeiro, para só então iniciar o processo de compra, transporte
e produção.
Ching (2007) entende que a técnica JIT tem como propósito puxar o
estoque para trás, de modo que essa puxada seja realizada pelo cliente, e não como
de costume é feito, onde a puxada é realizada para frente, empurrada para os
estoques, no qual, primeiro acontece à produção, para só depois iniciar a venda.
Fichário de estoque
28
Trata-se de documentos e informações que as organizações usam para
fazer analises e controles dos seus estoques de materiais. Onde o uso dessa
ferramenta, pode se dá de forma manual através de fichas, ou por meio de banco de
dados, onde ocorre a intermediação do computador.
Curva ABC
Trata-se de uma ferramenta usada para controlar os custos, onde ordena
os produtos de acordo com o grau de importância. Tal técnica por sua vez, acaba
identificando os produtos de maior concorrência e rentabilidade do mercado. De
modo que ao utilizar essa ferramenta, as organizações conseguem realizar análises
da situação dos estoques de mercadorias, buscando com isso a vantagem
competitiva no segmento de atuação.
Costa (2002, p. 136) fala que a classificação ABC é:
Normalmente utilizada para identificar os itens mais importantes em estoques, seu principio também pode ser utilizado para classificar fornecedores, clientes, vendedores e quaisquer outras aplicações que necessitem do estabelecimento de prioridade em relação aos valores movimentados.
Como pode ser visto na tabela abaixo, a análise ABC permite uma visão
clara dos produtos mais procurados pelos consumidores, bem como fornece indícios
sobre o que deve ser observado para que se consiga rapidez e precisão no
atendimento das necessidades.
CLASSE % ITENS VALOR ACUMULADO IMPORTANCIA
A 10 a 20 70 a 80 % Grande
B 30 a 40 15 a 30% Intermediaria
C 50 a 70 5 a 15 % Pequena
TABELA 1: Custos ABC Fonte: Costa (2002 p. 136)
Logo é através da análise ABC que se identifica o valor econômico dos
produtos. A classificação das mercadorias em ABC demonstra as características dos
29
produtos através de classes, onde os de classe A são os mais importantes para a
organização, pois são aqueles que giram mais. Já os de classe B, são os
intermediários. E os de classe C são os demais produtos cujo volume de saída não é
tão grande. Servindo assim, como ferramenta eficiente para o controle de estoque.
2.4 Estoques
Estoque pode ser definido como sendo a junção de bens físicos de uma
organização, onde são adquiridos por meio de investimentos realizados pelas
mesmas, a fim de garantir o atendimento das necessidades de seus clientes. Tais
mercadorias advindas desses investimentos são detentoras de valor, cujo
necessitam de conservação durante certo período de tempo. No que tange as
razões de se possuir estoques, Ching (2008, p. 32) considera que:
A visão tradicional é de que os produtos devem ser mantidos em estoques por diversas razões. Seja para acomodar variação nas demandas, seja para produzir lotes econômicos em volumes substancialmente superiores ao necessário, seja para não perder vendas.
Os estoques podem ser formados por produtos acabados, semi-
acabados, matéria prima entre outros. Os mesmos têm como finalidade garantir a
satisfação dos clientes, agindo como regulador da oferta e demanda, no qual o
atingimento dessa satisfação depende do comportamento dos clientes. Assim, varias
são as razões existentes que levam as organizações a manterem estoques nas
empresas. Em geral, as incertezas de mercado são tidas como principais fatores,
fazendo com que as mesmas optem por adquirir e manter tais estoques.
Por sua vez, os estoques das organizações é algo que tende a sofrer
flutuações constantes, sendo nesse caso difíceis de serem controlados, mas o fato
dos mesmos representarem capital parado acaba exigindo bastante atenção das
organizações.
Pozo (2008) defende que as organizações que realizam o planejamento e
controle dos seus estoques, demonstram maior preocupação com o surgimento de
possíveis problemas quantitativos e financeiros dos materiais.
30
Então, o planejamento dos estoques acaba permitindo que as empresas
visualizem com maior clareza os impactos dos estoques sobre os resultados da
mesma, dando-as condições de traçarem ações que minimizem ao máximo os
custos dos estoques, tais como, de manutenção e de armazenagem. Sobrando
assim recursos financeiros, que podem ser usados em outras atividades.
2.5 Tipos de estoques
Ballou (2004) divide os estoques em cinco categorias, tais como:
Estoque em trânsito: É um estoque onde é composto por produtos ou
matéria-prima que ainda não estão disponíveis, mas que se encontra em
processo de transição, sendo transportado para o consumidor ou para a
empresa dá continuidade ao processo produtivo.
Estoque antecipado: É o tipo de estoque gerado de forma estratégica, onde
a gerência faz uma programação de compra durante um determinado
período. Visando custos menores ou antecipa-se para uma possível falta do
produto no mercado.
Estoque para demanda: trata-se de um tipo de estoque que exige bastante
atenção das organizações, por conta da falta de regularidade dos pedidos, e
da dependência do tamanho dos lotes de fabricação, onde ao se buscar
atender a média da demanda, acaba gerando risco para as organizações.
Estoque de segurança: é o estoque que a organização adquire, a fim de
evitar a possível falta de um determinado produto no mercado. Como
também, os motivos de aquisição dessas quantidades extras se dão pela
imprevisibilidade de reposição por parte dos fornecedores.
Estoques obsoletos ou mortos: são aqueles estoques que as organizações
possuem, oriundo de danificações, perdas, avarias, prazos de validade, moda
e etc.
2.6 Funções dos estoques
31
Os estoques têm como função regular o fluxo das operações existentes. É
através da gestão de estoque que as organizações buscam a otimização dos
investimentos realizados nos estoques, visando aumentar a eficiência do uso dos
recursos e consequentemente, a diminuição dos custos.
Martins e Alt (2003) consideram que a administração de forma eficiente
dos estoques, acaba facilitando o relacionamento com os clientes, de modo a
permitir o atendimento dos desejos e necessidades dos mesmos, no momento e nas
condições esperadas. Gerando assim, uma vantagem competitiva em relação aos
demais.
2.7 Inventários físicos
Trata-se da contagem dos itens que compõem o estoque, visando
comparar o que existe fisicamente, com o que estar registrado. Quando encontrado
divergências é necessário que haja os possíveis ajustes.
Os inventários se dão de dois tipos: periódicos e o rotativo. Segundo
Martins e Alt (2003) inventário periódico é aquele onde ocorre uma contagem do
estoque físico pelo menos duas vezes no ano, ou até mesmo no fim do exercício
fiscal. Já o inventário rotativo representa a contagem que ocorre permanentemente,
ou seja, uma vez dentro do período fiscal.
2.8 Custos de estoque
No que tange aos custos de estoques, os mesmos são tidos como sendo
um dos mais preocupantes para os administradores atuais. Que buscam reduzir ao
máximo tais custos, de modo a controlá-los rigorosamente.
Para Ballou (2010, pp. 212-213) os custos de estoques se dividem da
seguinte forma:
32
TABELA 2: Custos de estoque Fonte: Ballou (2010, pp. 212-213)
Contudo, as empresas precisam trabalhar a minimização dos custos com
os estoques, para que tenha a maximização dos lucros. Pois a manutenção dos
estoques de forma efetiva exige que as empresas possuam controle dos custos
gerados em todo o ciclo interno, indo desde a compra até a chegada ao cliente.
2.9 Estruturas de estocagem
As estruturas de estocagem ajudam a manter os locais de forma
adequada, pois acaba dando suporte na organização dos itens estocados,
mantendo-os conservados e seguros.
Para Costa (2002) as estruturas se dividem em duas formas:
De localização fixa: que geralmente são usadas em almoxarifados, no qual
existe um local específico para os insumos. De modo que mesmo havendo
renovação de estoque as mercadorias sempre ficam nos mesmos locais.
CUSTOS DESCRIÇÃO
COMPRA São custos ligados ao processo de compra de materiais para
repor os estoques
MANUTENÇÃ
O DE
ESTOQUE
São custos que as organizações possuem, para manter as
mercadorias armazenadas por um determinado período de tempo.
De modo a garantir a qualidade dos mesmos.
CUSTOS DO
PEDIDO
São os custos ligados ao processo de cotação de preços, seleção
de fornecedores, mão de obra, telefone e outros.
FALTA Custos tidos pelas organizações por possuírem a demanda
superior aos estoques de mercadorias.
33
De localização móvel: geralmente usadas em depósitos / armazéns, no qual
a busca por otimização do espaço físico faz com que os produtos durante a
renovação de estoque mudem de locais sempre, obedecendo desse modo às
questões ligadas a conservação de materiais.
Costa (2002) considera a seguinte divisão dos sistemas de estocagem:
Estantes
Comumente utilizadas, por serem eficientes no armazenamento de vários
tipos de materiais. Onde a única questão negativa dessa estrutura é que as mesmas
acabam ocupando muito espaço.
FIGURA 3 – Estantes
Fonte: Officevel
Porta - paletes
É um sistema desenvolvido para organizações que possuem alto giro de
estoque, onde os materiais tenham peso, formato e carga variada. Tal sistema faz
uso do espaço de forma vertical, onde a movimentação se dá através de
empilhadeiras pelo fato do armazenamento dos produtos serem realizados em
paletes.
FIGURA 4 – Porta - Paletes
Fonte:MARINGA OLX
34
Drive-in / Drive - Thru
Geralmente usado quando há uma grande quantidade de produtos de
uma mesma espécie. Tal sistema também necessita de empilhadeira.
FIGURA 5 – Drive in / Drive thru
Fonte: Conhecimento da Armazenagem
Cantilever
Trata-se de um sistema usado no armazenamento de calhas, varas,
tubos. Especialmente para materiais que possuam medidas variadas.
FIGURA 6 – Cantilever
Fonte: Logismarket
Em seguida será apresentada a segunda parte do referencial teórico, no
qual o mesmo abordará as questões que envolvem a Vantagem Competitiva
adquirida pelas organizações de um modo geral.
35
3 VANTAGEM COMPETITIVA NOS SUPERMERCADOS
Antigamente as empresas possuidoras de vantagem competitiva eram
aquelas cujos investimentos eram centrados nos equipamentos tecnológicos de
ponta. Hoje em dia houve uma mudança na forma de pensar, pois os clientes estão
cada vez mais exigentes e a concorrência mais acirrada. Onde para obter a
vantagem competitiva é indispensável que as organizações possuam algo novo,
capaz de criar valor sobre os produtos ou serviços ofertados. Ou seja, precisam ter
algo que seus concorrentes desejam possuir mais não conseguem.
Para Dessler (2003) vantagem competitiva se dá quando as organizações
conseguem engrandecer sua participação no mercado por meio de fatores que
diferenciam seus produtos com os de seus concorrentes.
Milkovich e Boudreau (2000) entendem que quando se faz uso de
estratégias de valor, de difícil imitação por parte da concorrência, as mesmas
conseguem adquirir a vantagem competitiva sustentável.
Logo, a vantagem competitiva para ser adquirida é necessário que as
organizações agreguem valor em seus produtos, e façam com que os clientes
percebam o mesmo.
3.1 Cadeia de valor
Para Porter (1990) quando uma organização consegue entender quais as
fontes e o comportamento dos custos, bem como o potencial interno de
diferenciação, acabam conseguindo com mais facilidade a vantagem competitiva.
Bastando que haja a execução dessas atividades com os custos abaixo da
concorrência.
Dessa forma, agregar valor a um produto ou serviço se dá quando as
realizações das atividades primárias e de apoio ocorrem com custos reduzidos,
inferiores aos tidos pela concorrência, ao realizar as mesmas atividades.
36
FIGURA 7: A cadeia de valor genérica Fonte: Porter (1990, p. 35)
Logo, as atividades primárias são aquelas que acontecem em prol da
criação e venda dos produtos. Já as de apoio, são responsáveis por darem suporte
às atividades primárias. No que tange a margem, a mesma se dá quando é tirado
todos os custos de execução das atividades do valor total dos produtos.
Independente da atividade seja ela primária ou de apoio, qualquer uma
pode ser crucial para a obtenção da vantagem competitiva. Desse modo, as
atividades de valor são os elementos que constroem a vantagem competitiva, onde
necessita que haja uma interdependência entre ambas as atividades.
3.1.1 Análise da cadeia de valor
Porter (1985) apud Graham, John e Nigel (2005, p. 159 -160) apresenta
cinco atividades geradoras de valor para os produtos entregues ao mercado.
1. A logística de recebimento (inbound) envolve o gerenciamento do fluxo de produtos para dentro da empresa. 2. Por muito tempo as operações têm sido consideradas como principal atividade da empresa. Elas compreendem os processos pelos quais os itens que entram na empresa são agregados sob alguma forma, embalados e testados quanto à sua adequação para a venda. 3. A logística de entrega (outbound) leva o produto do ponto de fabricação até o comprador.
37
4. As atividades de marketing e vendas comunicam aos compradores os produtos e serviços, e lhes dão motivo para comprá-los. 5. Os serviços incluem todas as atividades necessárias para manter o produto ou serviço operando com eficácia junto ao comprador, após ter sido vendido e entregue.
Tais atividades, quando bem realizadas acabam diferenciando os
produtos em relação à concorrência.
Segundo Graham, John e Nigel (2005) ao analisar a cadeia de valor é
possível ter uma maior visibilidade em relação à concorrência onde:
A cadeia de valor pode identificar as vantagens de custos da concorrência por
conta da produção eficiente, ou até mesmo devido à logística de entrega ou
recebimento. Pode-se revelar ainda os motivos que fazem com que uma
empresa que produz produtos similares aos ofertados no mercado, ainda
assim consegue possuir valor agregado elevado em função das operações.
As empresas ao considerarem a operação como fonte primária geradora de
valor agregado, acabam gerando uma oportunidade para os seus
concorrentes.
A eficiência em relação ao custeio do valor agregado pode proporcionar as
organizações a encontrarem formas mais econômicas de agregação de valor
para o cliente. Entre as possíveis formas temos: Gestão de fornecedores; Just
in Time.
Assim, ao analisar de forma eficiente a cadeia de valor a organização
passa a ter uma maior visão dos custos tidos tanto internamente como também da
concorrência.
3.2 Formas de obtenção de vantagem competitiva
As organizações podem optar em buscar conseguir dois tipos de
vantagem competitivas, tais como: Vantagem de custos e Vantagem de
diferenciação. Ideal é que as mesmas consigam obter ambos os tipos.
3.2.1 Vantagem de custo
38
Para Porter (1989) os custos é uma forma de vantagem competitiva
possível de ser adquirida pelas empresas. De modo que sempre que os custos totais
de execução das atividades são inferiores aos tidos pela concorrência, as mesmas
acabam tendo vantagem em relação aos demais.
Ainda segundo Porter (1989) para controlar e analisar os custos,
primeiramente se deve fazer uma definição da cadeia de valor, e em seguida
apontar os devidos custos operacionais e os ativos. No qual o comportamento dos
custos é dado por diversos fatores estruturais, também chamados por condutores ou
determinantes de custos, tais como: aprendizagem, economia de escala, elos, inter-
relações, políticas discricionárias, localização e outros.
3.2.1.1 Caminhos genéricos para vantagem de custo
Conforme Porter (1985) apud Graham, John e Nigel (2005) a vantagem
competitiva pode ser gerada através de dois caminhos, onde um deles é através da
liderança em custo e diferenciação, onde, as mesmas acontecem da seguinte forma:
FIGURA 8: Determinante de custo Fonte: Graham; John & Nigel (2005, p. 279)
Economia de escala: é um determinante de custo bastante eficaz para diversos
setores. Onde a ideia central estar focada na realização eficiente das coisas, ou
seja, indo até o limite que a organização pode suportar. Pois o volume pode
beneficiar as organizações em relação à alavancagem de compras, conseguindo
39
diminuir os valores referentes à matéria-prima, como também os custos ligados
à qualidade pelo fato de se evitar o desperdiço.
Efeitos das curvas de experiência e de aprendizado: Tais efeitos provocam
muitas vezes, a redução de custos adicionais. Pois o aprendizado obtido pelos
funcionários ao realizarem as atividades repetidamente os torna mais eficientes.
Utilização da capacidade instalada: Possui grande influência nos custos
unitários das mercadorias. Pois na medida em que ocorre as interrupções ou a
mudança de capacidade, pode vir a surgir novos custos. Logo é de suma
importância o planejamento da produção, e o estabelecimento dos níveis de
estoques desejados.
Relações entre áreas internas e relações com outras empresas: As relações
internas são outras determinantes de custos, no qual as mesmas estão
relacionadas a atividades diversas que possuem forte influência sobre os custos,
podendo reduzi-los significativamente. Como também é o caso do controle de
qualidade, relações externas e o Just in time.
Relações entre UENs: Tal relacionamento pode ser proveitoso para as
organizações, pois acaba ocorrendo o compartilhamento de experiências, bem
como, um ganho de economia de escala nas atividades funcionais.
Grau de integração: As decisões relacionadas à integração, também podem
agitar os custos. Onde a extensão da integração, seja ela para frente ou para
trás em um determinado mercado, a mesma deve ser bastante analisada ao se
avaliar a atratividade do mercado alvo.
Agir no momento oportunidade: Pois o primeiro a entrar em um determinado
setor garante algumas vantagens exclusivas, tais como a melhor localização,
matérias-primas de qualidade e com valores mais em conta, como até mesmo a
liderança tecnológica.
Escolhas das políticas: Regras gerais são: reduzir custos nos fatores que não
afetarão significativamente a exclusividade valorizada; evitar os atributos
adicionais, caso eles não sirvam para aumentar a diferenciação; e investir em
tecnologia para obter uma automoção de processos a baixo custo e um design
de produtos de baixo custo.
Localização e Fatores institucionais: Diz respeito à localização geográfica,
onde uma boa localidade faz com que se aproveitem alguns custos, tais como:
40
energia, MP, distribuição; Já os fatores institucionais estão ligados às
regulamentações de modo geral.
Logo, o interesse das empresas em obter essa vantagem é diminuir os
custos que não agregam valor para os produtos, que no geral acaba sendo bastante
proveitoso para os clientes, uma vez que os mesmos terão produtos com valores
mais em conta.
3.2.2 Vantagem de Diferenciação
Trata-se de outra forma de vantagem competitiva, onde a empresa
necessita possuir algo valioso e singular em relação ao que seus concorrentes
possuem.
Para Porter (1989) na medida em que acontece a diferenciação, as
organizações conseguem o preço prêmio, vendendo as mercadorias com valores
atrativos para os clientes, bem como garantem a fidelização dos mesmos.
No mesmo pensamento Hirã (2009, p. 12) define o termo diferenciação como:
A diferenciação é, portanto a busca dos elementos que farão de sua empresa a melhor opção do ponto de vista dos clientes e ao mesmo tempo dos fatores intrínsecos e metodológicos para a obtenção desta vantagem competitiva.
Para Kotler (2003, p. 50) a diferenciação pode ser adquirida das seguintes
maneiras:
PRODUTO Características, Desempenho, Conformidade, Durabilidade,
Confiabilidade, Estilo, Design.
SERVIÇOS Entrega, Instalação, Treinamento dos clientes,
Confiabilidade, Consultoria, Reparos.
PESSOAL Competência, Cortesia, Credibilidade, Confiabilidade,
Responsabilidade, Comunicação.
IMAGEM Símbolos, Mídia escrita e Audiovisual, Atmosfera, Eventos
FIGURA 3: Maneiras de atingir a diferenciação Fonte: Kotler (2003, p. 50)
41
Logo, para que as atividades de valores adquiram singularidade as
mesmas precisam que ocorram as interações dos condutores básicos e análogos
com os de custos. No que tange aos condutores de singularidade, Porter (1989) fala
que os mais importantes são: escolhas políticas, elos entre cadeias, oportunidades,
localização, inter-relações, aprendizagem e vazamento, integração, escala e fatores
institucionais.
A vantagem competitiva para o mercado empresarial tornou-se algo
extremamente complexo, onde as organizações para se manterem vivas ou com
sucesso precisam acima de tudo se posicionar de forma correta perante ao
mercado, de modo que suas ações tragam maiores retornos financeiros e melhor
participação de mercado.
Conforme Churchill e Peter (2000, p. 48) “A vantagem competitiva é a
capacidade de ter um desempenho melhor que o dos concorrentes na oferta de algo
que o mercado valoriza”.
Já Kotler (1998), considera que a vantagem competitiva é adquirida pelas
empresas por conta do planejamento das ofertas. Onde é preciso que as mesmas
atendam melhor as necessidades dos clientes do que concorrência.
Nessa mesma linha de pensamento Porter (1989) ressalta que a
vantagem competitiva se dá em função do valor percebido pelos clientes, no qual
essa percepção se dá quando se oferta produtos ou serviços a preços menores do
quer a concorrência ou quando há a existência de fatores que singularize o que é
ofertado pela empresa.
Logo, a vantagem competitiva depende da eficácia operacional e das
estratégias competitivas. Portanto, é necessário que se encontre as atividades que
fazem parte da cadeia produtiva, responsáveis por aumentar o valor do produto ou
serviço. Por sua vez, o valor pode ser elevado seja por meio da diminuição dos
custos produtivos ou através de melhorias do sistema como um todo. Como também
há necessidade que ocorra um posicionamento por meio das estratégicas.
A eficácia operacional se dá quando se faz uma analise minuciosa nos
processos de produção das organizações, fazendo uso do conceito de Cadeia de
Valor (Porter, 1989). Ainda segundo Porter (1989), quando se faz uso da cadeia de
42
valor como ferramenta de análise, acaba havendo uma separação das atividades
essenciais da mesma, buscando com isso entender as fontes de diferenciação e o
comportamento dos custos. Permitindo assim, o uso de forma melhor das atividades
estratégicas.
A fonte da diferenciação, estar no modo como ocorre a interferência na
cadeia de valor da empresa, e na cadeia de valor do comprador (clientes). Onde o
valor criado pelas organizações para seus produtos ou serviços, só é percebido
pelos clientes caso haja uma apresentação para os mesmos.
3.2.2.1 Construindo a diferenciação
Alguns dos fatores usados na obtenção da vantagem de custos podem
ser vastamente utilizados como determinantes de exclusividade, contribuindo assim,
para a diferenciação do produto ou serviço ofertado.
Segundo Graham, John e Nigel (2005, p. 282) a diferenciação pode se dá
da seguinte forma:
FIGURA 9: Determinante de Exclusividade Fonte: Graham; John & Nigel (2005, p.282)
Logo, pode ser visto que a obtenção da exclusividade se dá mediante a
ações praticadas pelas empresas que diferencia a oferta em diferentes aspectos,
tais como: produto, preço, promoção, distribuição e marca. No qual os autores
conceituam esses tipos de diferenciação como sendo:
Diferenciação do produto
43
Ocorre quando se busca aumentar o valor do produto ou serviço a ser
ofertado para os clientes, de modo a apresentar algo que desperte o interesse de
consumo dos consumidores, seja por meio da embalagem, qualidade, marca ou
serviços. Assim, qualquer elemento pertencente a um determinado produto pode ser
visto como um fator de diferenciação em relação à concorrência.
Diferenciação da distribuição
Nesse tipo de diferenciação, a mesma estar relacionada ao uso de
diversas formas de atendimento de mercado, por meio do uso de vários pontos de
vendas e de distribuição. De modo a estar sempre buscando meios que agreguem
valor para seus clientes.
Diferenciação dos preços
O uso desse tipo de diferenciação é adequado quando a organização já
possui uma vantagem de custo, ou quando há a existência de barreiras que evite a
entrada de concorrentes possuidores de custos mais baixos. Desse modo, a
definição do preço prêmio se dá em função do grau de diferenciação do produto, na
qual quanto maior for essa diferenciação mais fácil será a obtenção do mesmo.
Diferenciação da promoção
É um tipo de diferenciação que estar ligado as formas de promoção
usadas pelas organizações. No qual se busca despertar o interesse dos clientes de
modo a induzi-los a realizar a compra.
Diferenciação da marca
44
É uma diferenciação onde ocorre um posicionamento em relação a uma
determinada marca, no qual quando a marca ocupa uma posição sólida na mente
dos consumidores, acaba fazendo com que os mesmos optem por uma determinada
marca independente do preço.
3.3 Estratégias genéricas de competição
Para Porter (1989) a empresa pode ter dois tipos diferentes de vantagem
competitiva, a diferenciação ou baixo custo. De modo que ao combinar o tipo de
vantagem competitiva com a estrutura de atividades que uma organização pretende
possuir, acaba surgindo às chamadas estratégias genéricas:
Liderança em custos: ocorre quando a organização opta por praticar uma
produção com custos reduzidos, seja para produtos ou serviços. Os meios
usados para conseguir a redução dos custos incluem: economia de escala,
uso de tecnologias patenteadas, preferência de matéria-prima.
Diferenciação: ocorre quando a organização busca apresentar valor para os
seus clientes. Seja a empresa através do posicionamento de forma singular,
de um ou mais fatores que despertam interesse aos clientes a um preço
prêmio.
Enfoque: è um tipo de estratégias onde se escolhe um setor competitivo
reduzido, cuja empresa é apta a atender suas necessidades. Tal estratégia se
divide em duas variáveis: enfoque na diferenciação e enfoque em custos,
onde a primeira se busca diferenciar os produtos ou serviços no mercado de
atuação; Enquanto a segunda busca adquirir a vantagem de custo.
A vantagem competitiva origina-se em diferentes atividades
desenvolvidas pelas empresas, seja no projeto, na produção, entrega ou no pós
venda. Pois ambas as atividades estão diretamente envolvidas com os custos de
uma organização. Servindo ainda como uma variável de diferenciação.
Para Kotler (1994) a satisfação é originada por meio da comparação entre
os resultados tidos dos produtos ou serviços com as expectativas criadas pelos
clientes.
45
Logo, a satisfação do cliente estar diretamente relacionada a qualidade
dos produtos ou serviços que são ofertados. Onde se os mesmos atenderem as
expectativas acaba gerando a fidelização, caso contrario a rejeição faz com que
futuramente os clientes optem pela concorrência. Por conta da experiência passada.
3.4 O Modelo das cinco forças da concorrência setorial
Porter (1989) ressalta que a competição não se dá exclusivamente por
conta dos concorrentes, mais sim por toda uma cadeia de relações. Onde segundo o
mesmo essa competição dos setores é controlada por cinco forças competitivas:
1 Cliente: Estar relacionado à força de compra dos clientes, onde a mesma
pode modificar o equilíbrio da relação do mesmo com o setor.
2 Fornecedores: No qual os mesmos podem possuir poder sobre os membros
do setor, podendo assim acontecer elevação dos preços ou até mesmo a
redução de qualidade dos produtos oferecidos.
3 Novos entrantes em potencial: Pois junto aos novos entrantes podem surgir
novas capacidades, bem como o desejo de ganhar mercado acirrando assim
a concorrência.
4 Produtos substitutos: Esses acabam diminuindo os lucros e a duração de
estabilidade do mercado.
5 Rivalidade entre concorrentes: Está relacionado ao uso de diferentes
estratégias usadas pela concorrência, na busca pela conquista de mercado.
Entre as estratégias usadas temos: Preço, Propaganda ou Lançamento de
algo inovador.
Tais forças por sua vez, são cruciais para que as empresas obtenham
rentabilidade, por estarem diretamente relacionadas ao retorno sobre investimentos
(ROI). Mas para isso se faz necessário que as organizações ao avaliarem as forças
que influenciam a competição, bem como suas possíveis causas, precisam
desenvolver ações capazes de minimizar ou neutralizar a ação das mesmas sobre a
empresa. Pois na medida em que as organizações possuem o conhecimento e as
habilidades necessárias para lidar com as cinco forças de forma melhor que seus
concorrentes, as mesmas acabam obtendo vantagem competitiva, seja em relação
aos custos ou diferenciação.
46
3.5 Motivos que agravam a concorrência
No que tange aos motivos que levam ao aumento da concorrência, tendo
como base as cinco forças setoriais responsáveis pelas transformações de mercado,
Porter (1985) apud Graham, John e Nigel (2005) considera os seguintes:
Rivalidade entre empresas existentes: Onde a intensidade da rivalidade
dependerá da prevalência das seguintes condições:
Quando os concorrentes que operam no setor estão mais ou menos
equilibrados. Em questões ligadas a participação de mercado, nesse caso a
disputa por um ponto percentual é acirrada, chegando a provocar
investimentos em propaganda, concorrência por preço e inovação.
Durante períodos de baixo crescimento do mercado: no qual o
crescimento se dá em função dos concorrentes, acaba elevando a rivalidade.
Quando as barreiras de saída são altas: acaba fazendo com que as
empresas concorram com mais intensidade em busca do sucesso.
Quando a diferenciação entre produtos é baixa: nessas condições o fato
de haver pouca diferença dos produtos ofertados entre os concorrentes, pode
fazer com que os consumidores optem por qualquer um, aumentando assim a
concorrência.
Quando os custos fixos são relativamente altos: na medida em que os
custos fixos são superiores aos custos variáveis, as organizações precisam
aumentar o volume de venda, a fim de cobrir os mesmos, aumentando
consequentemente a briga por clientes.
Ameaça de novos entrantes: As empresas além de se atentarem para os
concorrentes existentes precisam ficar ligadas ao surgimento de novos
concorrentes. Diante disso, a entrada desses novos participantes pode
alavancar a concorrência por conta das seguintes condições:
Os custos de entradas são pequenos;
Os canais de distribuição existentes ou novos estão disponíveis;
É prevista pouca retaliação por parte dos concorrentes estabelecidos;
A diferenciação entre a oferta dos ativos participantes é mínima, em relação
às dos novos entrantes;
47
Há lacunas no mercado, por não atenderem adequadamente os desejos e
necessidades do mercado.
Poder de barganha dos fornecedores: Na medida em que o poder de
barganha dos fornecedores exerce superioridade em relação à empresa, acaba
despertando a concorrência pela busca de fornecedores. Logo o poder de
barganha dos fornecedores, pode aumentar por conta das seguintes situações:
Custos envolvidos na troca de fornecedores são altos: onde se dá
quando os mesmos ofertam uma exclusividade de fornecimento, aumentando
assim seu poder sobre os clientes.
As ofertas dos fornecedores são muito diferenciadas: quando o que esta
sendo oferecido é diferente do oferecido pela concorrência. Apresentando
diferenças tangíveis e intangíveis.
Poder de barganha dos compradores: O grau de concorrência também pode
ser influenciado pelo poder de barganha exercido pelo cliente em relação aos
fornecedores. Onde os poderes dos clientes são maiores quando:
Eles são mais concentrados do que os vendedores: quando o cliente
absorve grande parte do que é ofertado no mercado.
Há fortes alternativas de fornecimento prontamente disponíveis: na
medida em que existe vários fornecedores de um mesmo produto ou serviço
em uma região, isso faz com que os clientes tenham um maior poder sobre o
fornecedor.
Os custos para o comprador devido a mudança de fornecedores são
baixos: o cliente tem a opção de buscar no mercado melhores condições de
fornecimento para os produtos ou serviços desejados.
Ameaças de substitutos: É uma força competitiva, onde existe a possibilidade
dos novos entrantes fazerem uso de novas tecnologias, buscando inovar ou
melhorar o que já existe. Tais ações podem elevar a competição por diversos
fatores, tais como:
Tornando obsoletas as tecnologias existentes: Conforme as mudanças
vão ocorrendo, a concorrência tende a aumentar em busca da liderança de
mercado.
48
Logo, a intensificação da concorrência depende da situação a qual a
mesma se depara. Ou seja, pode a mesma ser influenciada tanto por fatores
internos como por fatores externos.
Apartir da exposição dos renomados autores com abordagens teóricas a
respeito de gerenciamento de estoques, com ênfase na vantagem competitiva, será
retratado no próximo capitulo a metodologia utilizada para a construção do trabalho
acadêmico.
49
4 METODOLOGIA
4.1 MÉTODO DO ESTUDO
Nessa parte do artigo é apresentada a metodologia usada para a
realização do estudo, ou seja, aborda a questão levantada quanto à gestão de
estoques. Para isso a pesquisa foi estruturada da seguinte forma: problema, tipo de
pesquisa, universo e amostra, coleta de dados, tratamento dos dados.
Segundo Marconi e Lakatos (2008, p. 83) a metodologia está relacionada
à união de varias atividades de forma sistêmica, que mostra o que deve ser feito,
permitindo ainda a identificação de erros e ajudando nas tomadas de decisões.
4.1.1 Tipo de pesquisa
Para realizar o trabalho foi feito uma pesquisa de caráter exploratório
descritivo, tendo como método para sua realização a pesquisa quantitativa. No qual
a mesma destinou-se a quatro supermercados da cidade de Pacatuba, buscando
informações que pudessem ser quantificadas, de modo a gerar informações
pertinentes à prática de gestão de estoque realizada nos mesmos. Ou seja optou-se
por um estudo de caso múltiplo.
De acordo com Oliveira (2007) a pesquisa busca encontrar respostas
para os problemas, indagações ou questões existentes nos ramos do conhecimento
humano.
Segundo Gil (2002) a pesquisa exploratória garante a descrição de forma
precisa de uma situação, estudada, pois o pesquisador se aproxima do problema.
No que tange a pesquisa descritiva, Vergara (2009) entende que a
mesma busca detalhar as características do objeto que estar sendo estudado.
Para Malhotra (2001, p. 155) “a pesquisa quantitativa se utiliza de análise
estatísticas dos dados coletados, objetivando a quantificação dos mesmos, para que
possam futuramente serem generalizados os resultados obtidos para a população
alvo”. Já na concepção de Diehl (2004) o tipo de pesquisa quantitativa pode enfocar
50
o estudo de correlações de variáveis, o estudo comparativos causais e o estudo
experimental.
4.1.2 Universo e Amostra
O universo da pesquisa é formado por uma rede de supermercados de
Pacatuba / Ceará, composta por quatro supermercados e dos seus respectivos
responsáveis pela área de estoque.
4.1.3 Coleta de dados
É a parte da pesquisa que busca adquirir os dados sobre o objeto de
estudo, a fim de classificá-los de acordo com suas peculiaridades. Nesta pesquisa, o
levantamento dos dados foi feito diretamente no campo, onde se fez uso de
questionário estruturado com questões fechadas, cuja aplicação foi realizada pelo
desenvolvedor desse trabalho. Tal questionário por sua vez, pode ser encontrado no
anexo desta obra.
No que tange aos procedimentos adotados anteriormente a realização da
aplicação do questionário, temos os seguintes: criação do questionário, formatação
do questionário, negociação para realizar a aplicação nos supermercados, e por fim
a aplicação propriamente dita.
4.1.4 Tratamento dos dados
Após análise dos dados coletados, os mesmos passaram por um
processo de tabulação. Para isso se fez uso do Microsoft Excell®, no qual as
informações adquiridas pela pesquisa foram analisadas através desse software. De
modo a permitir que a visualização dos resultados seja apresentada através de
gráficos do tipo pizza, contendo o percentual das respostas obtidas com o
questionário.
51
4.1.5 Objeto de estudo
O objeto de estudo da pesquisa, é um grupo de quatro supermercados
localizados no município de Pacatuba-Ceará, cerca de 21 Km de Fortaleza. No qual
os mesmos são empresas de médio porte que desenvolvem atividades econômicas
de fornecimento de alimentos perecíveis e não perecíveis. Entre o mix de produtos
ofertados temos de: alimentação, limpeza, higiene pessoal e outros.
Os supermercados em estudo concederam a permissão para que fosse
realizada a pesquisa, mas com a condição de que não houvesse a divulgação dos
nomes dos mesmos.
Contudo, percebe-se que as organizações para permanecerem no
mercado contemporâneo, precisam se estruturar continuamente seus sistemas
processos e métodos, no que diz respeito à administração de estoques. Portanto,
para alicerçar a pesquisa será realizado um estudo de caso múltiplo em quatro
supermercados da cidade de Pacatuba – Ceará, permitindo confrontar as indicações
dos teóricos através do instrumento de pesquisa. No qual resultará em uma
constituição de análise de resultados, que será apresentado logo em seguida.
52
5 ANÁLISE DOS DADOS
O Presente estudo reflete os pensamentos dos renomados autores, que
conduziram a pesquisa buscando alcançar o objetivo geral da monografia - Verificar
a importância das práticas de gestão de estoque para uma rede de supermercados
situada em Pacatuba – Ceará.
Segue abaixo a analise da pesquisa realizada nos mesmos.
Como características dos respondentes da pesquisa, temos que 75% dos
gestores que responderam são do sexo masculino e 25% do sexo feminino. Quanto
ao tempo de empresa, 100% dos entrevistados estão na empresa de 1 a 5 anos.
Entre os mesmos 50% possuem ensino superior, e 50% apenas o ensino médio.
Gráfico 01 Qual o tipo de aquisição que o supermercado utiliza para obter estoque?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
No gráfico acima pode ser visto que 75% dos supermercados
entrevistados preferem repor seus estoques por meio de compras a prazo. E 25%
realizam a reposição através de compras a vista.
75%
25%
CONTRATO DE FORNECIMENTO COMPRAS A PRAZO
COMPRAS A VISTA OUTRAS
53
Gráfico 02 A gestão de estoque é importante para os resultados da empresa?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
No que tange a importância da gestão de estoque na obtenção dos
resultados, pôde ser verificado que entre os supermercados estudados de Pacatuba,
cerca de 75% deles concordam de forma total que o uso eficiente da gestão de
estoque trás benefícios reais para os resultados dos supermercados. Confirmando
dessa forma, com o referencial teórico apresentado, que aborda os benefícios de
uma boa gestão de estoque. No geral podemos ver que 100% dos entrevistados,
concordam com a importância de tais praticas de gestão, mostrando assim que o
assunto é conhecido por todos os entrevistados.
O restante dos entrevistados, no qual representam 25% da pesquisa
mostraram que concordam parcialmente, com a importância dessas praticas de
gestão de estoque para o atingimento dos resultados. Comprovando assim que
partes dos entrevistados ainda apresentam duvidas a respeito da eficiência da
mesma, necessitando dessa forma maior estudo dessas questões.
Contudo, os supermercados que conseguem enxergar a importâncias das
práticas de gestão de estoque, mostram-se que estão sempre competitivos, de
modo a buscar sempre novos meios ou ferramentas para se diferenciar dos
concorrentes.
25%
75%
CONCORDO PARCIALMENTE
CONCORDO TOTALMENTE
DISCORDO TOTALMENTE
DISCORDO PARCIALMENTE
NÃO SABE
54
Gráfico 03 O que o supermercado espera conseguir com o gerenciamento dos
estoques?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
Em relação ao que os supermercados esperam conseguir, ao praticar o
gerenciamento dos estoques, as informações obtidas foram que ambos almejam
obter controle absoluto sobre o que entra e sai do supermercado.
Gráfico 04 Como é realizado o controle de estoques no supermercado?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
100%
OBTER CONTROLEABSOLUTO
REDUZIR CUSTOS
MELHORAR A EFICIENCIANOS PROCESSOS
VANTAGEM COMPETITIVA ESATISFAÇÃO DO CLIENTE
OUTROS
25%
25%
50%
DE FORMA VISUAL
ATRAVÉS DE PLANILHASELETRONICAS
SISTEMA INFORMATIZADO
NÃO EXISTE CONTROLE DEESTOQUE
DE FORMA MANUAL
OUTROS
55
Ao se questionar a respeito dos meios utilizados para controlar os
estoques dos supermercados em estudo. Pôde ser visto que 50% dos
supermercados entrevistados fazem uso de sistemas informatizados para controlar
as entradas e saídas.
Apenas 25% dos supermercados entrevistados controlam seus estoques
de forma manual. Os 25% restantes, fazem uso de planilhas eletrônicas, no qual são
atualizadas constantemente.
Diagnosticando a citação de Chopra e Meindl (2006) defendem que a
existência de um sistema integrado as várias áreas das organizações é bastante
viável, por permitir uma melhor visualização das transações em tempo real. Nesta
questão, os supermercados estudados apresentam divergência entre as respostas,
onde tal percepção se deve ao fato de alguns dos supermercados ainda não terem
se dado de conta da real capacidade dos sistemas. Principalmente nas questões
ligadas aos custos.
Gráfico 05 Existem discrepâncias no gerenciamento do estoque do supermercado?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
Ao se abordar a respeito das divergências nos estoques, o que pode ser
percebido é que 50% dos supermercados em estudo possuem discrepâncias em
seus estoques, mesmo fazendo uso de alguma forma de controle.
50% 50%
SIM
NÃO
56
Já os outros 50% da amostra em estudo afirmaram não possuir nenhuma
discrepância na gestão de seus estoques. O interessante é que esses são
justamente os supermercados que possuem um sistema de gestão capaz de
controlar as entradas e saídas, bem como os prazos de validade e outros aspectos.
Com isso fica claro que o uso de sistemas capazes de controlar os
estoques acaba permitindo um maior controle.
Gráfico 06 Com a eventual falta de mercadoria ocorre a perda de venda?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
No gráfico acima, pode ser visto que 100% dos entrevistados concordam
completamente que a falta de mercadorias, provoca a perda de vendas.
Logo, pode ser visto que a maioria da amostra em estudo entende que
uma má administração dos estoques, é fator preponderante na perca de vendas.
Isso não significa dizer que estão completamente perdidas, podendo os
consumidores ainda assim voltar ao supermercado.
25%
75%
CONCORDO PARCIALMENTE
CONCORDO TOTALMENTE
DISCORDO TOTALMENTE
DISCORDO PARCIALMENTE
NÃO SABE
57
Gráfico 07 Existe exclusividade de fornecimento de produto de algum fornecedor do
supermercado?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
Quanto ao fornecimento de mercadorias, os resultados obtidos quando
perguntados aos supermercados se existia algum fornecimento exclusivo. Os
resultados obtidos foi que 75% dos supermercados entrevistados, possuem
fornecedores que disponibilizam mercadorias para serem vendidas com
exclusividade pelos supermercados. O que permite aos mesmos diferenciar-se entre
os concorrentes.
Gráfico 08 No que diz respeito aos estoques, a empresa possui:
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
25%
75%
SIM
NÃO
50%
25%
25%
UM ESPAÇO PRÓPRIO PARA ARMAZENAMENTO. MAIS NÃOSUPORTA O NÍVEL DE ESTOCAGEM NECESSÁRIA.
UM ESPAÇO PRÓPRIO PARA ARMAZENAMENTO. SUFICIENTE PARAARMAZENAR AS MERCADORIAS.
UM ESPAÇO ÚNICO ONDE SÃO ARMAZENADOS AS MERCADORIASDE TODOS OS SUPERMERCADOS DA REDE
58
O gráfico acima mostra que 50% das empresas entrevistadas possuem
um espaço próprio para armazenamento, suficiente para alocar as mercadorias que
são vendidas para os consumidores. Já 25% dos mesmos alegaram possuir um
espaço único onde são armazenadas as mercadorias de todos os supermercados
pertencentes a um mesmo grupo.
O restante da amostra correspondente a os outros 25%, informaram não
possuir estoque. Apenas as mercadorias que se encontram nas prateleiras.
Gráfico 09 O supermercado faz uso do gerenciamento de estoque para reduzir os
custos de estocagem?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
No gráfico acima é possível visualizar a busca das empresas pela
redução dos custos, por meio do uso eficiente da gestão de estoque. No geral, dos
supermercados que participaram da pesquisa 50% concordaram totalmente que
buscam reduzir seus custos. O restante dos supermercados correspondente a 25%
concordam parcialmente e outros 25% discordam parcialmente.
75%
25%
CONCORDO PARCIALMENTE
CONCORDO TOTALMENTE
DISCORDO TOTALMENTE
DISCORDO PARCIALMENTE
NÃO SABE
59
Logo pode ser visto que existe de fato uma preocupação das empresas
em relação aos aspectos ligados a gestão de estoque. O que por sua vez acaba
sendo condizente com a literatura revista, no qual segundo Ching (2007) as
estruturas de custos necessitam de atenção constante pelo fato das mesmas
representarem cerca de 95% dos investimentos feitos pelas organizações. Onde a
gestão de custo passa a ter forte influência sobre a competitividade.
Gráfico 10 No que tange aos custos de estocagem a empresa:
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
Em relação aos custos de estoque tidos pelos supermercados, quando
comparado com os concorrentes à pesquisa revelou que 50% dos entrevistados
possuem baixos custos, o que demonstra que metade dos supermercados
analisados possui um bom gerenciamento de seus estoques.
Os outros 50% revelaram possuir um equilíbrio, onde os custos tidos
estão dentro dos níveis normais, semelhante aos dos demais concorrentes. Onde
tais supermercados preferem manter os estoques não totalmente lotados, mais com
os produtos sempre disponível a fim de evitar a falta de mercadorias.
50% 50% POSSUI ALTOS CUSTOS
POSSUI BAIXOS CUSTOS
POSSUI UM EQUILIBRIO
NÃO SABE
60
Gráfico 11 Como se dá a formação dos preços das mercadorias ofertadas pelo
supermercado?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
No gráfico acima pode ser visualizado que parte dos supermercados que
se submeteram a pesquisa 50% destes, formam o preço de venda das mercadorias
através de decisões tomadas pelo próprio dono, ou seja, a precificação é dada em
caráter interno depois de realizado pesquisa na concorrência.
Apenas 25% das empresas pesquisadas mostraram-se que estabelecem
seus preços conforme os custos. Essas por sua vez acabam possuindo um maior
controle sobre seus gastos, podendo as mesmas decidir a margem de lucro.
25%
25%
50%
Preço tabelado, estabelecido pela rede a qual pertence
Conforme os custos
Decisão do dono do supemercado
Outras formas
61
Gráfico 12 Existe um gestor específico para a área de estoque?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
Ao serem perguntados se os supermercados possuíam um gestor
especifico para controlar a área de estoque, ficou constatado que 75% dos mesmos
possuem. E apenas 25% não possuem de modo que tal função é assumida pelos
próprios funcionários.
Gráfico 13 O fato de existir um estoque de mercadorias sempre disponível, é visto
pela empresa como um diferencial competitivo que agrega valor na relação
existente?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
75%
25%
SIM
NÃO
25%
75%
CONCORDO PARCIALMENTE
CONCORDO TOTALMENTE
DISCORDO TOTALMENTE
DISCORDO PARCIALMENTE
NÃO SABE
62
Os dados apresentados no gráfico acima demonstra que 75% dos
entrevistados concordam totalmente que a disponibilidade das mercadorias sempre
que forem procuradas pelos clientes, é um fator de diferenciação de mercado. O que
de fato confirma que a gestão de estoque quando bem realizada garante além de
uma redução dos custos a satisfação dos clientes, uma vez que as mercadorias
estão sempre disponíveis. Os outros 25% concordam parcialmente.
Gráfico 14 Existe no supermercado perdas/avarias oriundas da má armazenagem?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
A respeito das avarias e perdas de mercadorias por conta da má gestão
dos estoques, todos os supermercados pesquisados alegaram possuir algum tipo de
perda. O que demonstra que apesar de alguns destes desenvolverem a prática de
gestão de estoque ainda assim possuem perdas.
Dando indícios de que as mesmas precisam cada vez mais investir
nessas questões. Na concepção de Costa (2002) no processo de armazenamento é
necessário atentar-se para a alocação dos materiais, de modo a possibilitar a
integridade dos produtos.
100%
SIM
NÃO
63
Gráfico 15 O supermercado realiza algum tipo de inventario?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
No que tange ao inventário, ao se perguntar se os supermercados
realizam algum tipo, ficou constatado que 75% dos mesmos praticam o tipo
inventário rotativo, onde a verificação das mercadorias ocorrem permanentemente.
Gráfico 16 Qual a ferramenta utilizada pelo supermercado que mostra a quantidade
de materiais que precisa ser comprada para repor os estoques?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
75%
25% SIM, ROTATIVO
SIM, GERAL
SIM, PERMANENTE
NÃO REALIZAMOSNENHUM IVENTÁRIO
25%
75%
A empresa repõem seus estoques periodicamente(mensalmente, quinzenalmente ou semanalmente).
A empresa usa um software que fornece essa informação
A empresa faz uso da experiência de mercado
64
No que tange as ferramentas utilizadas para realizar a reposição dos
estoques, foi observado que 75% dos supermercados entrevistados compram as
mercadorias conforme vão acabando as mesmas. Que no geral, significa dizer que
esses preferem manter o estoque mínimo, onde buscam manter somente o
necessário para fazer girar o processo de venda. Fato esse que acaba gerando
economia para os supermercados. Para Bowersox e Closs (2009) quando as
mercadorias encontram-se paradas nos estoques, acabam representando custos
elevados para as organizações.
Os outros 25% trabalham com as compras planejadas, podendo as
mesmas serem realizadas em intervalos de tempo diversos, tais como:
semanalmente, periodicamente, mensalmente.
Gráfico 17 Como é realizado a movimentação das mercadorias armazenadas em
estoque?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
Nas questões ligadas a movimentação de materiais, a pesquisa revelou
que entre os supermercados participantes da pesquisa, cerca de 75% realizam a
movimentação interna dos produtos de forma manual. O que reafirma a preferência
75%
25%
ATRAVÉS DE PATINHAS
ATRAVÉS DEEMPILHADEIRAS
ATRAVÉS DE CARRINHOS
MANUALMENTE
OUTROS MEIOS
65
dos mesmos em utilizar o estoque mínimo, onde o fluxo de movimentação não exige
equipamentos com maior eficiência. Os outros 25% dos supermercados
responderam que fazem uso de carrinhos para realizar tal atividade. Esses por sua
vez possuem um estoque com um fluxo um pouco elevado, exigindo tais meios a fim
de agilizar o processo.
Gráfico 18.1 O supermercado possui controle sobre as mercadorias que entram e
saem dos estoques?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
O gráfico acima demonstra que 100% dos supermercados em estudo,
fazem de alguma forma um controle das mercadorias que entram e saem dos
supermercados. Por sua vez, tal resultado acaba esclarecendo que os mesmos de
fato possuem uma certa atenção sobre esse assunto.
100%
CONCORDO PARCIALMENTE
CONCORDO TOTALMENTE
DISCORDO TOTALMENTE
DISCORDO PARCIALMENTE
NÃO SABE
66
Gráfico 18.2 O abastecimento dos estoques por parte dos fornecedores é rápido,
não possuindo falhas ou retornos?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
Em relação à eficiência dos fornecedores, 50% dos supermercados
entrevistados concordam totalmente e os outros 50% concordaram parcialmente que
seus fornecedores atendem as necessidades nos aspectos ligados a prazo e
qualidade.
Por sua vez Slack, Chambers e Johnston (2008) compreendem que a
comunicação quando ocorre de forma eficiente entre empresa e o mercado de
suprimento acaba fazendo surgir alguns benefícios.
50% 50% CONCORDO PARCIALMENTE
CONCORDO TOTALMENTE
DISCORDO TOTALMENTE
DISCORDO PARCIALMENTE
NÃO SABE
67
Gráfico 18.3 O espaço físico do estoque é ideal?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
Acima pode ser visto que entre os quatros supermercados pesquisados
apenas três concordaram com a afirmativa de que o local onde se localiza o estoque
é ideal. Onde 50% concordaram totalmente e 25% concordaram parcialmente.
Logo é evidente que esse supermercado que concorda parcialmente
possui um espaço adequado, mas que existem algumas limitações que não torna o
ambiente completo.
Os outros 25% discordaram totalmente, ou seja, o espaço tido por esse
acaba não sendo adequado para as atividades desenvolvidas nele. Sendo esse um
dos principais responsáveis pelos problemas ligados as questões de
armazenamento e avarias / perdas.
25%
50%
25% CONCORDO PARCIALMENTE
CONCORDO TOTALMENTE
DISCORDO TOTALMENTE
DISCORDO PARCIALMENTE
NÃO SABE
68
Gráfico 18.4 O layout do estoque é organizado, facilitando a locomoção dos
produtos?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
Em relação ao espaço físico dos supermercados, os mesmos
responderam que o layout do estoque é organizado, de modo a permitir uma boa
movimentação interna. No qual os resultados obtidos informa que 50% concordaram
de forma total que seus ambientes se enquadram no perfil, seguido por 25% que
também disseram concordar de forma parcial, ou seja, demonstrando que ainda
precisa realizar algumas adequações.
Os 25% restantes discordaram totalmente, onde apesar de praticarem a
gestão de estoque o mesmo não possui ainda um local bem estruturado e
organizado para armazenar as mercadorias. O que dessa forma acaba tornando a
locomoção interna um pouco dificultosa. Costa (2002, p. 77) ressalta que “o espaço
e o layout de uma área de armazenamento devem ser estruturados de forma que
seja possível desfrutar ao máximo de sua área total”.
25%
50%
25% CONCORDO PARCIALMENTE
CONCORDO TOTALMENTE
DISCORDO TOTALMENTE
DISCORDO PARCIALMENTE
NÃO SABE
69
Gráfico 18.5 As estruturas usadas para o acondicionamento dos produtos é ideal?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
O gráfico acima relacionado as estruturas usadas para fazer o
armazenamento dos produtos, mostra que entre os supermercados houve uma
divisão bem expressiva. Onde 50% dos respondentes afirmaram concordar
totalmente que possuem estruturas adequadas para realizar o acondicionamento
dos produtos. Os demais supermercados, referente aos outros 50% concordaram
parcialmente.
No geral, é visível que alguns precisam investir um pouco mais nessas
estruturas. Pois um mau armazenamento de mercadorias pode ocasionar a perda,
avaria, entre outros problemas.
50% 50%
CONCORDO PARCIALMENTE
CONCORDO TOTALMENTE
DISCORDO TOTALMENTE
DISCORDO PARCIALMENTE
NÃO SABE
70
Gráfico 18.6 Ao praticar a gestão de estoque o supermercado consegue tirar
alguma vantagem em relação os concorrentes?
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
Neste item da pesquisa ficou esclarecido que 75% dos supermercados
afirmaram concordar totalmente que tiram vantagem em relação à concorrência ao
desenvolverem as práticas de gestão de estoque. Os outros 25% da amostra
afirmou concordar de forma parcial com tal afirmativa.
No geral pode ser visto que todos concordam com a vantagem
conseguida com o uso das ferramentas de gestão de estoque.
25%
75%
CONCORDO PARCIALMENTE
CONCORDO TOTALMENTE
DISCORDO TOTALMENTE
DISCORDO PARCIALMENTE
NÃO SABE
71
Gráfico 18.7 No que tange ao crescimento anual de mercado o supermercado
encontra-se:
Fonte: Pesquisa realizada pelo autor
No gráfico acima pode ser percebido que apenas 50% dos
supermercados participante da pesquisa, equivalente a dois supermercados
apresentam um crescimento entre 4% a 6% anuais. Enquanto os outros 50% variam
com um crescimento anual de 1% a 3%.
É importante ressaltar que os dois supermercados que demonstram maior
crescimento anual, são justamente os únicos que possuem sistemas informatizados
de controle de estoque. Por sua vez, tal situação reafirma o que foi dito no
referencial teórico, em que as empresas que consegue fazer uma melhor gestão de
seus recursos acabam se destacando no mercado.
Finalizando o presente estudo, adiante será apresentada as
considerações finais, no qual mostra se os objetivos propostos foram atingidos ou
não.
50%
CRESCIMENTO ANUAL DE1% A 3%
CRESCIMENTO ANUAL DE4% A 6%
CRESCIMENTO ANUAL DE7% A 10%
72
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As organizações para conseguirem poder e sustentabilidade no mercado
em que atuam, precisam estar atentas as transformações do mercado. Buscando
melhorias que contribuam para seu crescimento no mercado, de modo a manter os
clientes existentes e captar novos se possível. Logo, as organizações que
conseguem se diferenciar através da otimização dos custos e dos serviços
oferecidos aos clientes, acabam tendo maior possibilidade de sucesso. Por sua vez,
tal situação é mais provável de acontecer nas organizações que planejam, inovam,
implementam e controlam os processos ligados as suas atividades fins, que
envolvem desde os fornecedores (origem) até os clientes (destino).
Diante do cenário mercadológico atual, em que os consumidores estão
cada vez mais exigentes, e as informações e tecnologias estão inovando a todo o
momento, bem como a grande similaridade de produtos ofertados. É de suma
importância que as organizações possuam uma boa estruturação da gestão de
estoque, pois a mesma quando trabalhada de forma correta, permite equilibrar
atividades fundamentais para a sobrevivência das empresas, tais como: compras,
vendas e produção, de modo a permitir que os mesmos venham a reduzir os custos
e melhorar a qualidade dos processos, sempre garantindo um bom relacionamento
entre empresa e cliente. Sendo assim podemos perceber no mercado atual, que os
supermercados que não estiverem sempre acompanhando as transformações de
mercado a probabilidade de sucesso é bem reduzida.
O presente trabalho científico teve como objetivo central verificar a
importância das práticas de gestão de estoque para uma rede de supermercados
situada em Pacatuba - Ceará. A fim de mostrar que a gestão de estoque é fator
determinante para que se exista um funcionamento eficiente dos supermercados,
proporcionando aos mesmos maior competitividade, diminuição dos custos e
clientes sempre satisfeitos.
Para garantir o alcance dos objetivos do trabalho se fez necessário a
aplicação de um questionário nos quatros supermercados escolhidos para estudo,
no qual as informações obtidas mostraram que os supermercados que fazem uso
eficiente da gestão de estoque são justamente os que se destacam no mercado de
73
atuação. Ou seja, possuem uma maior parcela de clientes e uma maior rentabilidade
em relação aos demais.
Dentre as afirmações encontradas no trabalho, merece destaque as
questões da aquisição, armazenamento, meios de controle, fornecedores,
movimentação.
Onde no que diz respeito à aquisição, a pesquisa mostrou que os
supermercados possuem uma política de compra positiva, no qual a aquisição das
mercadorias é realizada a prazo ou a vista, cujo estar representado no gráfico 01.
Em relação aos estoques, para a maioria dos supermercados em estudo consegue
atender as necessidades da empresa, informação essa que pode ser identificada no
gráficos 08, 18.3 e 18.4. Já no que tange as condições de armazenamento estar
representada pelo gráfico 18.5, no qual os mesmos mostram possuir condições de
armazenamento eficaz, de modo a garantir a qualidade das mercadorias e evitar
perdas oriundas da má armazenagem.
Os meios de controle usados pelos supermercados são representado no
gráfico 04 e reforçado no gráfico 16, mostrando o uso de sistema informatizado
como sendo o mais usado pelos supermercados em estudo. Em relação ao
fornecimento, os supermercados mostraram-se de fato possuir fornecedores
comprometidos com os prazos e qualidade dos produtos, o que garante a
disponibilidade das mercadorias sempre que procurados pelos clientes, informações
essas que estão apresentadas no gráfico 18.2.
Os aspectos ligados a movimentação interna de material podem ser
observados no gráfico 17. No qual, mostraram que o espaço e o fluxo de
mercadorias não é tão grande ao ponto de necessitar de equipamentos mais
específicos para fazer tais movimentações.
No geral, o que se pode ressaltar e que apesar dos supermercados
fazerem uso de alguma forma de controle dos seus estoques, no estudo pôde ser
percebido que aqueles que utilizam de sistemas para controlar seus estoques,
acabam se sobressaindo no setor, com qualidade de controle bem superior aos dos
concorrentes. Tal situação se dá em função da integração proporcionada pelos
sistemas informatizados, que garante informações mais confiáveis.
74
O interessante é que entre os quatros supermercados pesquisados dois
se destacam em crescimento de mercado, onde ao analisar as informações ficou
constatado que tais supermercados fazem uso de sistemas informatizados para
realizar o controle de estoque. Tal fato é condizente com a literatura revista para
elaboração do trabalho, que afirma que as empresas ao praticarem a gestão de
estoque acabam obtendo um crescimento constante.
Logo, a pesquisa obteve resultados semelhantes aos apontamentos dos
autores citados no trabalho. No qual, as práticas de gestão de estoque são
necessárias para agregar valor aos seus consumidores, sendo esse tipo de gestão
tida como uma importante estratégia de vantagem competitiva para os
supermercados atuais, que precisam se manter no mercado. Garantindo para os
mesmos melhores ganhos reais, queda dos custos de estoque e uma diferenciação
comercial em relação à concorrência.
No geral pode ser dito que o objetivo do trabalho foi atendido, uma vez
que se buscava mostrar o grau de importância da gestão de estoque. No qual ficou
comprovado tanto no referencial teórico como com aplicação do questionário a
importância de tais práticas.
Baseado nos dados obtidos com a pesquisa sugere-se aos
supermercados que ainda não possuem um sistema informatizado de controle de
estoque, estar adquirindo um. Como também reestruturar o espaço físico dos
estoques de modo que suporte todas as mercadorias.
É importante ressaltar que o tema de pesquisa usado nesse trabalho
poderá ser utilizado futuramente como objeto de pesquisa que busquem aprofundar
ou adaptar o mesmo.
75
REFERÊNCIAS
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empresarial. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.
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80
QUESTIONÁRIO
Pesquisa de Campo para a composição do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso)
Graduando: Bruno Mateus de Sousa
Orientador: Professor Jerry Roberto Campos David, Ms.
Este questionário, instrumento de pesquisa acadêmica, tem como finalidade levantar
informações para subsidiar a elaboração de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do
curso de Administração da Faculdade Cearense. Por este instrumento estamos objetivando
obter informações sobre a gestão de estoque como vantagem competitiva em uma rede de
supermercados de Pacatuba.
1. Qual o tipo de aquisição que o supermercado utiliza para obter estoque?
( ) Contrato de Fornecimento
( ) Compras a prazo
( ) Compras a vista
( ) Outras
2. A gestão de estoque é importante para os resultados da empresa:
( ) concordo totalmente
( ) concordo parcialmente
( ) discordo totalmente
( ) discordo parcialmente
( ) não sei
3. O que o supermercado espera conseguir com o gerenciamento dos estoques?
( ) reduzir custos
( ) melhorar a eficiência nos processos
( ) obter controle absoluto sobre o estoque
( ) vantagem competitiva e satisfação do cliente
( ) outros
4. Como é realizado o controle de estoques no supermercado?
( ) de forma visual
( ) através de planilhas eletrônicas
Tempo de trabalho na empresa:
1 a 5 anos 5 a 10 anos Entre 10 e 20 anos Mais de 20 anos
Grau de Instrução
Fundamental Médio Superior Especialização Mestrado Doutorado
Identificação
Função na empresa
Presidente Diretor Gerente Supervisor Outra função
Sexo
F M
Data ____/_____/_____
81
77
( ) sistema informatizado
( ) não existe controle de estoque
( ) de forma manual
( ) outros _____________________
5. Existem discrepâncias no gerenciamento do estoque do supermercado?
( ) sim
( ) não
6. Com a eventual falta de mercadoria ocorre a perda de venda?
( ) concordo totalmente
( ) concordo parcialmente
( ) discordo totalmente
( ) discordo parcialmente
( ) não sei
7. Existe exclusividade de fornecimento de produto de algum fornecedor do supermercado?
( ) sim
( ) não
8. No que diz respeito aos estoques, a empresa possui:
( ) Um espaço próprio para armazenamento. Mais não
suporta o nível de estocagem necessária.
( )Um espaço próprio para armazenamento. Suficiente
para armazenar as mercadorias.
( ) Um espaço único onde são armazenados as
mercadorias de todos os supermercados da rede.
( ) Não existe estoque
9. O supermercado faz uso do gerenciamento de estoque para reduzir os custos de estocagem?
( ) concordo totalmente
( ) concordo parcialmente
( ) discordo totalmente
( ) discordo parcialmente
( ) não sei
10. No que tange aos custos de estocagem a empresa:
( ) possui altos custos
( ) possui baixos custos
( ) possui um equilíbrio
( ) não sabe
11. Como se dá a formação dos preços das mercadorias ofertadas pelo supermercado?
( ) preço tabelado, estabelecido pela rede de
supermercado
( ) conforme os custos
( ) decisão do dono do supermercado
( ) outras formas __________________________
12. Existe um gestor específico para a área de estoque?
( ) sim
( ) não
13. O fato de existir um estoque de mercadorias sempre disponível, é visto pela empresa como um diferencial competitivo que agrega valor na relação existente?
( ) concordo totalmente
( ) concordo parcialmente
( ) discordo totalmente
( ) discordo parcialmente
( ) não sei
82
76
14. Existe no supermercado perdas/avarias oriundas da má gestão do estoque?
( ) Sim
( ) Não
( ) não sabe
15. O supermercado realiza algum tipo de inventário? ( ) Sim, rotativo
( ) Sim, geral
( ) Sim, permanente
( ) Não realizamos nenhum inventário.
16. Qual a ferramenta utilizada pelo supermercado que mostra a quantidade de materiais que precisa ser comprada para repor os estoques?
( ) A empresa repõem seus estoques periodicamente
(mensalmente, quinzenalmente ou
semanalmente).
( ) A empresa usa um software que fornece essa
informação
( ) A empresa faz uso da experiência de mercado
( ) A empresa compra conforme vai acabando as
mercadorias
( ) Outros. Quais? ______________________
17. Como é realizada a movimentação das mercadorias armazenadas em estoque?
( ) Através de patinhas
( ) Através de empilhadeiras
( ) Através de carrinhos
( ) Manualmente
( ) outros meio
83
77
18. Responda conforme a legenda:
1 Concordo totalmente
2 Discordo totalmente
3 Concordo parcialmente
4 Discordo parcialmente
5 Não sabe
18.7 No que tange ao crescimento anual de mercado o supermercado encontra-se: ( ) Com crescimento de 1% a 3% ao ano
( ) Com crescimento de 4% a 6% ao ano
( ) Com crescimento de 7% a 10% ao ano
18.1 O supermercado possui controle sobre as mercadorias que entram e saem dos estoques? 1 2 3 4 5
18.2 O abastecimento dos estoques por parte dos fornecedores é rápido, não possuindo falhas
ou retornos? 1 2 3 4 5
18.3 O espaço fisico do estoque é ideal? 1 2 3 4 5
18.4 O layout do estoque é organizado, facilitando a locomoção dos produtos? 1 2 3 4 5
18.5 As estruturas usadas para o acondicionamento dos produtos é ideal? 1 2 3 4 5
18.6 Ao praticar a gestão de estoqueo supermercado consegue tirar alguma vantagem em
relação os concorrentes? 1 2 3 4 5
84
78
Bibliotecário Marksuel Mariz de Lima CRB-3/1274
S725g Sousa, Bruno Mateus de
A gestão de estoque como vantagem competitiva
organizacional: Estudo de caso múltiplo em uma rede de
supermercados de Pacatuba - CE / Bruno Mateus de Sousa. –
2013.
84f.
Orientador: Profº. Dr. Jerry Roberto Campos David.
Trabalho de Conclusão de curso (graduação) – Faculdade
Cearense, Curso de Administração de Empresa, 2013.
1. Gestão de estoque. 2. Vantagem competitiva. 3. Sistemas
informatizados. I David, Jerry Roberto Campos. II. Título
CDU 658.7