10
CIÊNCIA POLÍTICA - Assuntos que podem cair para Prova O QUE É SOCIEDADE POLÍTICA? Sociedade Política é, destarte, aquela que tem em mira a realização dos fins daquelas organizações mais amplas que o homem tem necessidade de criar para enfrentar o desafio da natureza e das outras sociedades rivais. Vários pensadores partiram da tese do Contrato Social para justificarem o surgimento do Estado. Reza a teoria que os homens eram inicialmente livres e viviam num estado de natureza, onde não havia governo, não havia impostos, nem propriedade privada, nem polícia ou qualquer outro meio de controle. Nesse estado natural, cada um viveria de acordo com sua própria vontade, o seu livre arbítrio. Essa aparente tranquilidade é quebrada pelos conflitos, que levam os homens a um estado de guerra. Para controlar esses conflitos, os homens fizeram um Contrato Social, dando poderes a uma pessoa - o soberano - para governar os demais e trazer a paz (=ordem social). Hobbes afirmava que o homem era mau por natureza e por isso, o Estado deveria ser forte, com poderes absolutos nas mãos do rei, justificando então o Absolutismo. Ele defendia os interesses da monarquia, dos nobres. Por isso, não foi bem aceito na Inglaterra (que vivia um processo de ascensão da burguesia). Os ingleses se identificavam mais com Locke, que é considerado o pai do Liberalismo. Para Locke, o homem, no estado natural, não era mau, ele seria neutro e o meio em que vivia que o levaria a escolher entre o bem e o mau. Por isso, o Estado não precisava ser tão rígido, severo com os homens, sugerindo a partir daí o modelo de monarquia liberal, parlamentar. Nesse governo, surgiram as bases do Direito Positivo (o homem tem direito à vida, à liberdade, à propriedade privada). Para Locke, a intervenção do Estado na economia deveria ser mínimo. Para Rousseau, o homem é bom em seu estado de natureza, mas ele é corrompido pela sociedade. Esse homem busca aperfeiçoar-se e, na luta pela perfeição, vai se tornando desigual, daí a origem da desigualdade entre os homens. Um homem vai ter propriedade, outro não. Daí surgem os conflitos. A diferença de Rosseau para Hobbes e Locke é que, o Contrato Social é feito para resolver os conflitos, só que o Estado deverá ser democrático, baseado na volanté générale, na vontade geral. Para Rosseau, só a democracia pode garantir a igualdade. A teoria do Contrato Social serviu como base para várias teorias burguesas. Para Marx, essas teorias ocasionaram as revoluções burguesas e só trouxeram benefícios para a burguesia. E é fácil perceber a ideologia burguesa por trás dessa teoria: naquela época, os burgueses tinham o poder econômico, mas não o político. Eles não tinham direito à livre iniciativa, à propriedade privada, pagavam muitos impostos para sustentarem a nobreza. Então, vislumbrou-se essa ideologia, para tentar alterar o status quo. Foram essas idéias que embasaram as revoluções industriais, a revolução francesa, em busca de maiores direitos para o homem, mesmo que trouxesse também maior exploração do homem pelo homem.

Ciência Política Apanhados

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Certos apanhados da cadeira de ciência politica - perguntas e respostas

Citation preview

Page 1: Ciência Política Apanhados

CIÊNCIA POLÍTICA - Assuntos que podem cair para Prova

O QUE É SOCIEDADE  POLÍTICA?Sociedade Política é, destarte, aquela que tem em mira a realização dos fins daquelas organizações mais amplas que o homem tem necessidade de criar para enfrentar o desafio da natureza e das outras sociedades rivais.

Vários pensadores partiram da tese do Contrato Social para justificarem o surgimento do Estado. Reza a teoria que os homens eram inicialmente livres e viviam num estado de natureza, onde não havia governo, não havia impostos, nem propriedade privada, nem polícia ou qualquer outro meio de controle. Nesse estado natural, cada um viveria de acordo com sua própria vontade, o seu livre arbítrio. Essa aparente tranquilidade é quebrada pelos conflitos, que levam os homens a um estado de guerra. Para controlar esses conflitos, os homens fizeram um Contrato Social, dando poderes a uma pessoa - o soberano - para governar os demais e trazer a paz (=ordem social).

Hobbes afirmava que o homem era mau por natureza e por isso, o Estado deveria ser forte, com poderes absolutos nas mãos do rei, justificando então o Absolutismo. Ele defendia os interesses da monarquia, dos nobres. Por isso, não foi bem aceito na Inglaterra (que vivia um processo de ascensão da burguesia).

Os ingleses se identificavam mais com Locke, que é considerado o pai do Liberalismo. Para Locke, o homem, no estado natural, não era mau, ele seria neutro e o meio em que vivia que o levaria a escolher entre o bem e o mau. Por isso, o Estado não precisava ser tão rígido, severo com os homens, sugerindo a partir daí o modelo de monarquia liberal, parlamentar. Nesse governo, surgiram as bases do Direito Positivo (o homem tem direito à vida, à liberdade, à propriedade privada). Para Locke, a intervenção do Estado na economia deveria ser mínimo.

Para Rousseau, o homem é bom em seu estado de natureza, mas ele é corrompido pela sociedade. Esse homem busca aperfeiçoar-se e, na luta pela perfeição, vai se tornando desigual, daí a origem da desigualdade entre os homens. Um homem vai ter propriedade, outro não. Daí surgem os conflitos. A diferença de Rosseau para Hobbes e Locke é que, o Contrato Social é feito para resolver os conflitos, só que o Estado deverá ser democrático, baseado na volanté générale, na vontade geral. Para Rosseau, só a democracia pode garantir a igualdade.

A teoria do Contrato Social serviu como base para várias teorias burguesas. Para Marx, essas teorias ocasionaram as revoluções burguesas e só trouxeram benefícios para a burguesia. E é fácil perceber a ideologia burguesa por trás dessa teoria: naquela época, os burgueses tinham o poder econômico, mas não o político. Eles não tinham direito à livre iniciativa, à propriedade privada, pagavam muitos impostos para sustentarem a nobreza. Então, vislumbrou-se essa ideologia, para tentar alterar o status quo. Foram essas idéias que embasaram as revoluções industriais, a revolução francesa, em busca de maiores direitos para o homem, mesmo que trouxesse também maior exploração do homem pelo homem. Absolutismo - Na Idade Média, a autoridade do rei foi sendo reconhecida e reforçada pelas doutrinas de teóricos que justificavam o poder absolutista dos reis. “O príncipe” é uma obra absolutista, em que seu autor esboça a figura do monarca capaz de promover um Estado forte e estável. Já no início da obra, Maquiavel afirma que só existiram dois tipos de Estado (república ou principado) e mostra como eles foram instituídos (fundados por um governante, que o repassa para sua descendência, conquistados à força ou mistos), ressaltando a importância da autoridade que o governante, em ambos os casos, deve ter sobre os homens. Em toda a sua obra, o autor utiliza diversos exemplos de estadistas para ilustrar as características que o monarca deve possuir e as atitudes que deve tomar para conseguir ser um governante vitorioso.

1-) O que é trabalho? Exemplifique 2 conceitos.a-) Trabalho é a capacidade anterior do homem, de projetar, produzir e transformarB-) Trabalho é a transformação do mundo por habilidade teleológica, no sentido de produzir os bens necessários para nossa própria sobrevivencia.

2-) Se voce planeja executa e tem o resultado concreto e palpável na mão e não tem garantia de que isso é teu. Isso não pode continuar,  tem que mudar. Quem irá mudar, fulano ou ciclano? A resposta é nenhum nem outro, mas sim o ESTADO.

3-) O que é estado na concepção de Locke? É a instituição responsável para protejer o trabalho  e a propriedade resultante dos esforços efetuados.

Page 2: Ciência Política Apanhados

4-) Qual o tipo de trabalho que está embutido na análise do homem antropológico para  Locke? Locke afirma que o homem trabalha para a sobrevivência de todos, a exemplifica o homem antropológico que ao colher uma fruta, se satisfar, mas ele projeta um recipiente para acondicionar e transportar para beneficiar outros homens de sua convivencia.

5-) Na concepção de Lucke o Contrato Social : O Contrato Social foi estabelecido em função do trabalho pela propriedade.Por aquilo que nós entendemos como nosso. O contrato social foi instituido para protejer a propriedade.

6-) Na concepção de Hobbes o Contrato Social :  Hobbes o Contrato Social é para controlar a maldade humana.

7-) O fato de uma pessoa comprar algo não garante a ela o direito da propriedade.Existem vários elementos que comprovam a forma de aquisição ou posse do bem, e procedimentos jurídicos, mas para que ocorra os procedimentos jurídicos de forma total precisaríamos de uma garantia, e a unica instituição que poederia nos garantir é o ESTADO.   " Então garante o direito da propriedade é o Estado."

8-) O Conceito Sociedade tomou três colorações ao longo da História assim como Conceito de Estado, descreva-os a seguir: 

a) Na Sociedade temos três acepções: " Filósofos".a.a - Jurídica: Rosseau.a.b - Econômica: Marx, Saint Simon.a.c - Sociológica: Conte.

b) Estado três acepções: "Conceitos".b.a - Jurídica: Institucionalização do Poderb.b - Filosófica: Relação Família, Sociedade e Estado.b.c - Sociológica: DENOMINAÇÃO; Fortes em relação aos Fracos.

9-) Definição de 2 conceitos de Sociedade no contexto político.a - A Sociedade supõe a ação conjunta entre os indivíduos, mediante convenções, acordos e interesses comuns.b - Sociedade Política é, destarte, aquela que tem em mira a realização dos fins daquelas organizações mais amplas que o homem teve necessidade de criar para enfrentar o desafio da natureza e das outras sociedades rivais.

10-) Defina Comunidade no contexto político.A Comunidade dotada de caráter irracional interligada por elementos psíquicos, onde impera a solidariedade.

11-) Com advento da Burguesia o  Estado ganha um novo status, qual a nova face do Estado?Estado passa a ser admitido como ordem juridica, corpo normativo, máquina do poder.

12-) Na criação do dualismo, Sociedade - Estado Em primeiro lugar: há nesse sentido no julgamento de valor : O Indivíduo.Em segundo lugar:  A Sociedade como elemento de ligação na relação: Indivíduo - Estado.E por fim: o Estado exprimindo: A Vontade Geral

13-) Rosseau foi o que melhor exprimiu o conceito Sociedade -O Estado disse ele é:Sociedade é composta por aqueles Grupos Fragmentários e Sociedade Parciais onde, do conflito de interesses só pode reinar A Vontade Geral!    ""_Algo que exprime A Vontade Geral, vindo da relação Estado - Indivíduo .""

14-)  NORBERTO BÓBBIO (Filósofo e Historiador Político) disse algumas coisas interessantes sobre a Sociedade:" A Sociedade tanto pode aparecer em oposição ao Estado, quanto debaixo de sua Égide..."

15-)  Conceito de Sociedade segundo Norberto Bóbbio." Ela é um conjunto de relações humanas inter-subjetivas , anteriores e exteriores, contraria ao Estado ou sujeita a ele. "

Page 3: Ciência Política Apanhados

Agora iremos conceituar  segundo Darcy de Azambuja

Seguindo essa linha de raciocínio vamos explicar melhor o Elemento Humano , dentro do conceito Elemento Material que engloba População, Povo e Nação .

População: Elemento demográfico estatístico quantitativo ( lembremos do IBGE )Povo = Cidadania e Nacionalidade onde há três conceituações:a - Política: Todo poder emana do povob - Jurídica: Ligação Jurídica com o Estadoc - Sociológica: Sem definição explícita

Conclusão: Povo: Corpo Eleitoral ou ainda povo aquela parte da população capaz de participar, através de eleições do processo democrático dentro de um sitema variável de limitações que depende de país e de época.

E o TERRITÓRIO ? Este é a base geográfica do PODER. É no território que o estado exercita sua base de império e soberania. Partes do Território.a - Mar Territorial:b - Plataforma Continental:c - Terra Firme:d - Sub-Solo:e - Espaço Aéreo:

O Poder do EstadoFaculdade de tomar decisões em nome da coletividade.Com esse poder se entrelaçam a :a - Força:b - Competência: " Legitimidade oriunda do Consentimento "

Caractísticas do Poder do Estado.a - Imperatividade :  Obrigatoriedade de participação de seus membrosb - Auto Organização:  Autonomia financeira, policial e militarc - Unidade e indivisibilidade do Poder:  Titular de Poder - igual - Estado como Pessoa Jurídica Porém ATENÇÃO: Num Estado Democrático a titularidade desse poder é do povod - Legalidade: Observância das Leis, das Regras Constitucinais

Como a terceira caracteristica do Poder do Estatal e mais complexa pontuaremos de forma especial:A Unidade e Indivisibilidade do Poder do Estado.

Se Povo é: Vontade Estatal  +  Estado (único titular do Poder)

Presume-se que num estado Democrático a TITULARIDADE do Poder pertence ao Povo...Logo...Unidade e Indivisibilidade do Poder   X  Separação dos Poderes ( Judiciário-Legislativo-Executivo)Não seria uma contradição?

Calma, abranda o seu coração!

Lógico que não...

Pois o Poder do Estado na pessoa do seu Titular realmente é INDIVISÍVEL...O que se divide é somente o EXERCÍCIO  do PODER para que não se concentre em uma só pessoa.Não se Delega, Perpétua, Irrevogável,Indivisível, Suprema, SuperiorIsto é a :

Page 4: Ciência Política Apanhados

SOBERANIA DE UM ESTADO!

1-) A Sociedade e o Estado -

2-) Sobre a Sociedade; existem duas formulações sobre os fundamentos da sociedade, quais são?A "MECANICISTA" e a "ORGANICISTA" 

3-) Quem foi o defensor do fundamento Mecanicista? E qual foi a lógica usada para essa fundamentação?Frederick Winslow Taylor (Filadélfia, 20 de Março de 1856 — Filadélfia, 21 de Março de 1915) mais conhecido por F. W. Taylor, foi um engenheiro mecânico estadunidense, inicialmente técnico em mecânica e operário, formou-se engenheiro mecânico estudando à noite. É considerado o "Pai da Administração Científica" por propor a utilização de métodos científicos cartesianos na administração de empresas.[carece de fontes] Seu foco era a eficiência e eficácia operacional na administração industrial.

4-) Defina Mecanicismo. O mecanicismo é uma teoria filosófica determinista segundo a qual todos os fenômenos se explicam pela causalidade mecânica ou em analogia à causalidade mecânica (causalidade linear ou, instrumentalmente, como meio para uma causa final).

5-) Quem foi o defensor do fundamento Organicista? E qual foi a lógica usada para essa fundamentação?Aristóteles e se fundamentou em que, para viver fora da sociedade precisaria o homem ser um Deus ou um Bruto. O homem é um ser naturalmente Político.

6-)  Exemplifique as bases fundamentais usada pelos mecanicistas?Já os mecanicistas se baseiam e três exemplos, para argumentar que a sociedade não é algo natural, são eles: O Suicídio,  A Mobilidade Social, As Migrações  ou seja para os mecanicistas a sociedade é algo criado por homem e não inata. 

7-) Segundo os mecanicistas qual a base, da constituição, do início da sociedade? A sociedade é constituida devido a interesses comuns que o homem isolado não conseguiria atingir.

Ciência Política Conceito

A Ciência Politica estuda o Mundo como ele é..., ao contrario da Filosofia que estuda o mundo como deveria ser...

A Ciência Política, interpreta o mundo a partir da realidade, em interpretações pragmáticas, contudo a Ciência Política não pode prescindir da Teoria Filosófica, consolidada através dos tempos, porque Ciências Politicas e Filosofia aliadas constroem as soluções necessárias aos conflitos sociais e políticos.Mas é MUITO IMPORTANTE não confundir Ciência Política com Filosofia Política.

A Ciência Politica :  é a realidadeO que fizeram os cientistas políticos e o que fazem os cientistas politicos

A Filosofia é um Idealismo : um ideal de um pensadorO que faz o filósofo político e ou o que fizeram os filósofos politicos ao lonfo da história. Eles idealizaram os modelos de democracia, de autocracia, todas essas palavras de origem gregas que nós conhecemos, aristocracia e etc.

CURIOSIDADES DE GRANDES HOMENS 

John Locke foi um filósofo inglês e ideólogo do liberalismo, sendo considerado o principal representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contrato social. Nascimento: 29 de agosto de 1.632, Wrington, Reino UnidoFalecimento: 28 de outubro de 1.704, Essex, Reino UnidoFiliação: Agnes Keene, JohnIrmão: Thomas Locke

Page 5: Ciência Política Apanhados

Thomas Hobbes foi um matemático, teórico político, e filósofo inglês, autor de Leviatã e Do cidadão. Na obra Leviatã, explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de governos e sociedades. WikipédiaNascimento: 5 de abril de 1.588Falecimento: 4 de dezembro de 1.679, Derbyshire, Reino UnidoFiliação: Thomas Hobbes Sr.Obras: Leviatã, Do Cidadão, Do corpo: pate I : cálculo ou lógica, MaisIrmão: Edmund Hobbes

Montesquieu = Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu, conhecido como Montesquieu, foi um político, filósofo e escritor francês. WikipédiaNascimento: 18 de janeiro de 1689, Brède, FrançaFalecimento: 10 de fevereiro de 1755, Paris, FrançaCônjuge: Jane de Lartigue (desde 1715)Obras: O Espírito das Leis, Cartas Persas, História verdadeira, MaisFiliação: Marie Françoise de Pesnel, Jacques de Secondat

Frederick Winslow Taylor (Filadélfia, 20 de Março de 1856 — Filadélfia, 21 de Março de 1915) mais conhecido por F. W. Taylor, foi um engenheiro mecânico estadunidense, inicialmente técnico em mecânica e operário, formou-se engenheiro mecânico estudando à noite. É considerado o "Pai da Administração Científica" por propor a utilização de métodos científicos cartesianos na administração de empresas.   Seu foco era a eficiência e eficácia operacional na administração industrial.Elaborou os primeiros estudos essenciais:    Em relação ao desenvolvimento de pessoal e seus resultados, acreditava que oferecendo instruções sistemáticas e adequadas aos trabalhadores, ou seja, treinando-os, haveria possibilidade de fazê-los produzir mais e com melhor qualidade.    Em relação ao planejamento a atuação dos processos, achava que todo e qualquer trabalho necessita, preliminarmente, de um estudo para que seja determinada uma metodologia própria visando sempre o seu máximo desenvolvimento.    Em relação à produtividade e à participação dos recursos humanos, estabelecida a co-participação entre o capital e o trabalho, cujo resultado refletirá em menores custos, salários mais elevados e, principalmente, em aumentos de níveis de produtividade(...)    Em relação ao autocontrole das atividades desenvolvidas e às normas procedimentais, introduziu o controle com o objetivo de que o trabalho seja executado de acordo com uma seqüência e um tempo pré-programados, de modo a não haver desperdício operacional.    Inseriu, também, a supervisão funcional, estabelecendo que todas as fases de um trabalho devem ser acompanhadas de modo a verificar se as operações estão sendo desenvolvidas em conformidades com as instruções programadas. Finalmente, apontou que estas instruções programadas devem, sistematicamente, ser transmitidas a todos os empregados.    Incluiu um sistema de pagamento por quantidade (ou por peça) produzida. Isso fazia com que os rendimentos dos funcionários aumentassem de acordo com seu esforço. Assim, Taylor conseguiu maximizar significativamente a eficiência da organização.

 MaquiavelDurante a Baixa Idade Média, a Europa passou pelo processo de formação dos seus Estados Nacionais. Portugal, Espanha, França e Inglaterra fortaleciam seus territórios e centralizavam o poder através da figura do monarca. Cada um desses países teve o seu processo de construção do Estado com características próprias e em tempo diferenciado, mas a seu modo, saíram fortalecidos. No entanto, a Itália e a Alemanha passavam por grande período de instabilidade política: estavam fragmentados, não possuíam ainda fronteiras definidas e governos próprios. Além disso, a Itália ainda sofria a tensão de ser invadida pela França (na região da Lombardia), pela Espanha (ao norte) e pelo domínio do Papa (ao sul), sem falar da rivalidade entre as famílias que disputavam o poder interno. Foi nesse contexto que viveu o pensador político Nicolau Maquiavel (Florença, 1469-1527), autor de “O Príncipe” - sua mais famosa obra -, que revolucionou a história das teorias políticas. Contemporâneo do Renascimento, Maquiavel buscava encontrar um líder que pudesse unificar o seu país, fortalecer o poder local e protegê-lo contra os ataques externos.Em “O Príncipe”, o autor reflete seus conhecimentos da arte política dos antigos, bem como dos estadistas de seu tempo, e expressa claramente a mentalidade da época. Formulando uma série de conselhos ao príncipe, Maquiavel expôs uma norma de ação autoritária, no interesse

Page 6: Ciência Política Apanhados

do Estado, com superação da fragmentação do poder, que caracteriza a idade média.As obras de Maquiavel foram, a princípio, bem recebidas, mas durante o período agitado que se seguiu à reforma, acabaram incluídas no Índex (lista de livros proibidos pela Igreja Católica), em 1559. A partir de então, passou a ser sinônimo da expressão do cinismo político, derivando daí o sentido pejorativo do termo “maquiavélico”.Absolutismo - Na Idade Média, a autoridade do rei foi sendo reconhecida e reforçada pelas doutrinas de teóricos que justificavam o poder absolutista dos reis. “O príncipe” é uma obra absolutista, em que seu autor esboça a figura do monarca capaz de promover um Estado forte e estável. Já no início da obra, Maquiavel afirma que só existiram dois tipos de Estado (república ou principado) e mostra como eles foram instituídos (fundados por um governante, que o repassa para sua descendência, conquistados à força ou mistos), ressaltando a importância da autoridade que o governante, em ambos os casos, deve ter sobre os homens. Em toda a sua obra, o autor utiliza diversos exemplos de estadistas para ilustrar as características que o monarca deve possuir e as atitudes que deve tomar para conseguir ser um governante vitorioso.

Política: sempre existiu? As teorias acerca da sociabilidade humana giram em torno de duas versões antitéticas: a naturalista, segundo a qual os homens são naturalmente sociáveis, inerente à política e ao Estado (Aristóteles); e a outra, artificialista, que afirma ser a sociedade um fenômeno criado voluntariamente, bem como o Estado.Para esta, os homens viviam num estado natural, livres, isolados e abriram mão dessa situação de forma voluntária, criando as regras e as convenções. É o que Hobbes e outros autores chamam de teoria do contrato social. Nesse estado natural, os indivíduos vivem sem relação uns com os outros, não há propriedade, governo, imposto, lei etc. Cada um viveria como quisesse e como conseguisse.... Consequentemente, segundo Hobbes, chegaram a um estado de guerra, onde todos estava contra todos ("O homem é o lobo do homem"). Para chegar a paz, que seria o objetivo de todos os homens, criaram o Estado.

Democracia -A democracia surge em vários momentos históricos, e também desaparece com igual freqüência. A polis ateniense é o melhor exemplo, por ser uma das primeiras que surgiram. Atenas surgiu com o desenvolvimento do comércio e o grande êxodo rural (por falta de alimento, excesso de servos, entre outros fatores), e seu auge foi no século IV aC, conhecido como século de ouro.Durante um longo período, Atenas viveu num estado constante de plebiscito, com os famosos debates na Ágora. Só que essa democracia não compreendia toda a população. Só homens, livres, de posse, que tinham o poder de decisão, o que compreendia apenas 10% dos habitantes daquela cidade-Estado.

À medida que os gregos conquistavam novos povos, iam divulgando sua cultura (helenismo). Com o passar do tempo, os gregos vão perdendo sua hegemonia, até acabar sob o domínio do Império Romano. E os romanos, por sua vez, à medida que iam conquistando novas terras, tinham que cultivá-las, e estas vão formando as bases do futuro sistema econômico (feudalismo). O comércio, antes desenvolvido, vai reduzindo. A vida urbana vai cedendo espaço para a vida rural.

O ano zero teve um grande papel nessa transformação social. A Igreja Católica (Apostólica ROMANA), vai se firmando, a monarquia se fortalece. Surgem as três classes sociais (estamentos - não há mobilidade social): Clero, Nobreza e Servos.

E o feudalismo segue até o século XV, quando começam as grandes transformações que viriam a mudar o mundo que se conhecia até então: desenvolvimento da engenharia naval, viagens à Índia, reativação do comércio, aglomerado nos burgos, surgimento da burguesia e, enfim, a decadência do próprio feudalismo. Legitimidade e legalidade

As decisões muitas vezes são baseadas primeiramente na legalidade e não se preocupam com a sua legitimidade (o que é visto como justo!). Essa distinção é importantíssima e fundamental para o direito, pois vamos usá-la tanto para enquadrar o poder político quanto para visualizar a eficácia sócio-jurídica da própria norma. Para ser norma válida, tem que ser ser legítima.

Norma jurídica X Legitimidade = Efetividade

2. A legitimidade é, portanto, um aspecto anterior à legalidade. Isto é, aquela categoria que traduz o sentido valorativo de fundamentação. A legalidade não está alicerçada num valor, num princípio, e sim, num aspecto de força ou de

Page 7: Ciência Política Apanhados

caráter institucional. A legalidade é um aspecto meramente formal.

3. O normal é que a legalidade tem que estar lastreada na legitimidade. A norma, ao ser legal, deveria - por exemplo - ser legítima. O poder político está, dessa forma, também articulado a alguma forma de legitimidade. Mas pode ter uma legalidade que funcione sem legitimidade. Ex. nos processos de regimes autoritários.

Coube à ciência política estabelecer os critérios de legitimidade e mapeá-los.

4. O autor que trouxe uma sistematização ao problema da legitimidade foi Max Weber. Esse pensador alemão formulou três tipos ideais de legitimidade, sendo que nenhuma dessas formas existe de maneira isolada. A Inglaterra, ao mesmo tempo traduz uma legitimidade tradicional e burocrática. O Brasil, durante o governo FHC até os dias de hoje, com o presidente Lula, ao mesmo tempo tradicional, legal e carismático.Assim estão caracterizados os tipos ideais weberianos:- tradicional - através da fundamentação do poder por um costume (ex. Inglaterra, com seu sistema monárquico)

a- carismático - através da mobilização social.

b- burocrático - racional ou racional legal, que nos traz três consequência, a saber: * previsibilidade legal;* caráter genérico (atinge a todos) - traz segurança jurídica;* outros aspectos qualificativos: tolerância (Locke), percebe-se que a sociedade tem diversidade. É o direito à diferença sexual, cultural e étnica.

5. Legitimidade é, hoje, racional-legal (Weber), democrática e ética. Caminha-se aceleradamente para acrescer outro aspecto. Nesse sentido, a Justiça significa legalidade. É justo que uma regra seja aplicada em todos os casos em que, de acordo com seu conteúdo, esta regra deve ser aplicada. É injusto que ela seja usada em um caso e não em outro, similar ao primeiro, sem levar em conta o valor da regra geral em si, sendo a aplicação desta o ponto em questão.A Justiça no sentido de legalidade é uma qualidade que se relaciona não com o conteúdo de uma ordem jurídica, mas com sua aplicação.A declaração de uma conduta específica é legal ou ilegal independente das vontades ou dos sentimentos do sujeito que julga; ela pode ser verificada de modo objetivo. "Apenas com o estudo da legalidade é que a justiça pode fazer parte de uma ciência do Direito" (Hans Kelsen).