Comentario Bíblico Matthew Henry - Filemom

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  • 8/6/2019 Comentario Bblico Matthew Henry - Filemom

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    epistola a Filemom foi posta por ultimo entre as epistolas que sao creditadas a Paulo, talvezfato de ser a mais curta e com urn argumento peculiar e diferente de todas as outras. MEspirito de Deus, que a compos, viu que ela seria instrutiva e util nas igrejas. 0 motivo dcarta e 0seguinte: Filemom, alguem com certa reputacao e provavelmente ministro na igreColossos, uma cidade da Frigia, tinha urn servo (escravo) chamado Oneeimo, que, tendo rodo parte dos seus bens, fugiu da sua casa, e veio aRoma, onde Paulo era entao prisioneirevangelho. Ali, providencialmente, Onesimo ouviu a pregacao do apostolo e se converteu,

    encao de Deus. Depois disso, serviu ao ap6stolo em cadeias, e pode, mais adiante, ter sido util a ele. Mas, sabue era escravo de Dutro homern, Paulo nao ficaria com ele, sern 0 consentimento de Filemom, enviando-o dem essa carta de recomendacao, em que seriamente pede perdao por Onesimo e uma recep~ao bondosa paraAntes de entrarmos na exposicao propriamente dita, as coisas gerais que se seguem podem ser observadae do que se relaciona com ela:A bondade e misericordia de Deus a urn pobre e errante pecador, conduzindo-o pela sua providencia gra

    .. para debaixo dos recursos e tornando-os eficazes na sua conversao, Assim diz 0 Senhor pela boca do probuscado pelos que ntio perguntavam por mim; fui achado por aqueles que me nao buscavam" (Is 65.1).A grande e terna afeicao entre urn verdadeiro convertido e aquele que Deus usou para ser agente da suaversao. Paulo considera esse pobre fugitivo agora seu filho na fe, que ele havia gerado; e Onesimo prontam

    0 serve na prisao e alegremente continuaria a faze-lo, se isso fosse possivel, Mas, sendo servo de outro, elee submeter-se ao seu senhor e ficar it sua disposicao.o espirito meigo e justo desse bendito apostolo Paulo. Ele se interessa profundamente por esse pobrcravo. Estando agora, por meio da sua prega~ao, reconciliado com Deus, ele trabalha pela reconciliacaore ele e sen senhor. Ele entao escreve uma carta tocante em seu favor. Ele busca todos os argumentos poss

    serem usados nesse caso. E todos sao tao convincentes que, se estivesse pedindo 0maior favor para si meeria usado as mesmos argumentos.A impressionante providencia de Deus em preservar uma carta tao breve como essa, que poderia terentendida como de pouca importancia para a igreja, pois nao foi apenas uma carta a uma pessoa especocorreu com as cartas a Tim6teo, Tito, Gaio e a senhora eleita), mas acerca de uma questao pessoal e intim

    0 recebimento de urn pobre e fugitivo escravo de volta aos cuidados da familia do seu senhor injuriado. 0ssa carta tern a nos acrescentar acerca da salvacao de urn modo geral? Mesmo assim houve urn cuidado divinocom ela. Ela foi " divinamente inspirada" (como tambem ocorreu com os outros livros biblicos), e de alg

    se tornou " proveitosa para ensinar, para redarqiiir; para corrigir, para instruir em jusiica" (.16). Deus apresenta uma prova e exemplo da sua rica e livre graca para 0 encorajamento e conforto do pecais humilde e perverso, oferecendo a ele sua misericordia e perdao, 1880 tambem serve de instrucao para os mros e cristaos em geral no sentido de nao desprezar ninguem, muito menos julga-los em relacao ao seu destinomo se fossem completos reprobos, Eles devem, sim, buscar a sua conversao, esperando que sejam salvos, ale

    como devemos comportar-nos em relacao a eles. Deve haver alegria na terra, como ha no ceu, quandoecador se arrepende. Esses pecadores arrependidos devem agora ser amados, ajudados e confirmados no bera s necessidades materiais, seu conforto e bem-estar devem ser observados e promovidos tanto quanto pD O outro lado, os pecadores arrependidos devem ser humildes, agradecendo a Deus e aos seus agentes 0prontificando-se

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    vv . 1-7 FILEMOMopera uma mudanca em n6s, e entao intercede par nos ao Pai, para que possamos ser recebidos em seu favoua familia novamente, e as ofens as passadas possam ser perdoadas. Estamos certos de que 0Pai 0 ouve semao ha motivos para duvidar de que Paulo convenceu Filemom a perdoar e receber Onesimo. Temos ainda maipara estarmos confiantes de que a intercessao de Cristo ao Pai e suficiente para a aceitaeao de todD aqueleausa Ele toma nas maos e recomenda ao Pai. A partir dessas observacoes gerais nos voltamos a epistola.

    Saudacoes Apost6licas. Gratidao peloInteresse de Filemomvv. 1-7

    se dirige a ela tambem. Ela tambem foi prejudicadajuriada por Onesimo, e, portanto, adequadamente monada numa carta em que se husea a reconciliaeaoperdao. Justica e prudencia dirigiram Paulo a mena-la especificamente. Ela poderia .ser util para alcborn exito na sua escrita. Ela e colocada antes de Arqcomo alguem mais preocupado, com urn interessenessa questao. Deve haver uma uniao afavel em quedomesticas entre marido e mulher, cujos interessesurn e cujas afeieoes e aeoes devem estar em harmEsses sa o os dois destinatarios mais irnportantes. Onos irnportantes sao: "...Arquipo [...] e a igreja queem tu a ca sa ". Arquipo era ministro na igreja de Coloamigo de Filemom, e, provavelmente, co-pastor com,;E possivel que Paulo achasse que Filemom poderaconselhar com ele e que Arquipo poderia realizaborn trabalho de apaziguamento e perdao; portantoachou por bern inclui-lo no prefaeio da carta, chamande comp a n h e iro . Ele tinha chamado Filemom de crador. Os ministros precisam considerar-se cooperes e companheiros de luta; por isso, devem esforcarestar dispostos a suportar privacoes, Eles precisamar e cuidar bern do seu posto. Eles precisam consiurn ao outro cooperador e companheiro, que estao jufortalecendo-se mutuamente em qualquer trabalhsua santa funcao e charnado. Eles precisam estar ados com as armas espirituais e ter a devida habilpara usa-las. Como trabalhadores devem ministrarlavra, os sacramentos, a disciplina e zelar pelas a" ... como aqu eZ es que kilo de dar con ta delas" (vej13.17); e, como soldados, ou eompanheiros de luta, dlutar as batalhas do Senhor, e nao se embaracar cog6cios desta vida, mas buscar agradar aquele que otou para a guerra (2 Tm 2.4). Paulo, entao, acresc"...e it igreja que esta em tua casa", incluindo toda smilia, onde a adoracao aDeus era mantida, a ponto dder ter a igreja em sua propria casa. Observe: (1) Amilias que geralmente sao as mais piedosas e ordeiradem ter urn ou outro incredulo e de r n a indole no melas. Era isso 0que agravava 0pecado de Onesimo. E,deria e deveria ter aprendido melhor. E possivel qunha se conduzido mal em segredo, ate que a fuga 0IOU. Os coracoes podem ser ocultos de todos, menDeus, ate que atos manifestos os descobrem. (2)

    Nessa epistola, temos: 1.0prefacio (vv.1-7). II. 0conteudo dela (vv. 8-21) e a conclusao (vv. 22-25).

    Nos primeiros dois versiculos do prefacio lemosacerca das pessoas de quem e para quem foi escrita,om algumas notas ou titulos anexados, contendo umaarte do argumento do prop6sito da carta.1. Os remetentes: Paulo, 0 principal, que se chamade Jesus Cristo". Ser urn simples prisio-

    eiro nao e nenhum consolo ou honra; mas urn prisionei-como Paulo era, p or c au sa da.fe e pregaQao do evange-se tornava uma verdadeira gloria, 0 que era ade-

    uado para comover Filemom com urn pedido feito porrn prisioneiro tao ilustre. Um pedido feito por urn 80-redor de Cristo e do seu evangelho seria certamenteonsiderado de maneira muito especial por urn crente einistro de Cristo, especialmente quando reforcado pe-0 pedido de urn obreiro eminente da igreja, como Timo-o. Este ultimo era, as vezes, chamado por Paulo de seu

    na fe, mas agora, muito provavelmente, mais ma-e chamado de seu irmiio. 0 que poderia ser nega-a dois peticionarios como esses? Paulo nao e negli-ente em servir a urn pobre convertido. Ele procurada a ajuda adicional possfvel nessa situacao,

    ~2. Os destinatarios: Filemom e Afia, e com eles Ar-uipo e a igreja na casa de Filemom. Este, 0 senhor denesimo, era 0principal, a quem a carta e dirigida, 0 ca-eca da familia, em quem estavam a autoridade e 0 po-er de incluir ou excluir, e que era 0 dono de Onesimo,o amado Filemom, nosso cooperador. Ele era urn borne provavelmente urn m inis tro, e, por esses doisotivos, amado por Paulo, Ser amiqo do bem e urn aspec-importante de urn born ministro (Tt 1.8). Eles devemer amigos de uma forma especial daqueles que traba-am com eles na obra do evangelho e que sao fieis nisso.chamado geral como cristaos une aqueles que sao cris-mas, se alem de cristae ele tambem e ministro, essesera ainda maior. Paulo, no grau mais elevado do

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    FILEMOMimpias sao viveiros do inferno, enquanto famflias jus-

    as sao viveiros do ceu, (3) Os senhores e outros membrosa familia nao devem achar que basta ser born, isolada oumas eles tambem devem ser bons social-como nesse caso, em que a casa de Filemom erama igreja. Paulo, considerando a preocupacao que todoster em relaeao a Onesimo, dirige-se a todos,ara que 0 rece bam de forma afetiva, inclusive Filemom,assim possam promover a reconciliaeao nessa casa, de-ejada e buscada, e nao impedi-la, 0 ideal e que todos ema familia busquem 0bem-estar uns dos outros, promo-por urn lado, a sua propria prosperidade, e, por ou-0bem-estar e 0beneficio de todos. Paulo pode ter en-sua carta de forma tao geral para que todos es-vessem mais bem-preparados em reconhecer e receberpobre convertido e mostrar afeicao a ele.A saudacao do ap6stolo as pessoas mencionadas (v.3): " ...qraco. a v6s e paz, da pane de Deus, .nossoe da do Senhor Jesus Cristo". Essa e a marca regis-rada do apostolo em cada epistola, Ele deseja 0bern a to-os seus amigos do fundo do seu coraeao; nao ouro,prata, nem qualquer bern terreno, em primeiro lu-r, mas graca e paz de Deus e m Cristo. 0 ap6stolo naodar essas coisas, mas ora para que aquele que podear todas as coisas as conceda a eles. Graca, 0 livre favorboa vontade de Deus, a origem e fonte de todas as ben-paz, todo bern, como fruto e efeito dessa graca, A

    isto e, que essas coisas sejam concedidas a voces eontinuem com voces, e que experimentem esse senti-ento confortavel em voces. De Deus, nosso Pai, e da doJesus Cristo. 0 Espirito Santo tambem esta in-luido, mesmo nao tendo sido mencionado diretamente;orque todos os atos realizados a s criaturas sao realiza-pela Trindade: do Pai, que e nosso Pai em Cristo, 0

    rimeiro na ordem de acao e sustentacao: e de Cristo, seuavor e boa vontade como Deus, e os frutos disso por meio_ ,le como Mediador, Deus-homem. E no amado que so-aceitos, e por meio dele temos paz e todas as coisasque esta com 0Pai e 0Espirito, para ser contempla-o, bendito e louvado par tudo, e para ser reconhecido,ao somente como Jesus e Cristo, mas como Senhor tam-rn. Em 2 Corintios 13.13, a bencao e completa: "AqracaS en h or Jesus Cristo, e 0amor de Deus, e a comunhiioEspir i to Santo sejam co m v6s todos. Ameml" Obser-Devemos em primeiro Iugar buscar as bencaos espiri-para nos e para os outros. 0favor de Deus (incluin-o sua paz com Ele) e 0melhor emais desejado beneficio,a causa de todas as outras coisas. Esse favor divino

    0que coloca docura em cada misericordia e pode trazerelicidade mesmo na ausencia de todas as coisas terrenas.que a figueira n/io floresca. nem haja fruto na0 produto da Oliveira minta,e os campos nao pro-

    Depois da saudacao do apostolo a Fileaos seus amigos e a familia, buscandorar 0 caminho para 0 seu pedido, ele expressa a aespecial que tinha por ele, por rneio de acocs de groracao a Deus em seu favor, e da sua grande alegrlas muitas coisas boas que sabia e tinha ouvido fala(vv. 4-7). As acoes de gracas e a oracao do ap6stolFilemom sao aqui apresentadas pelo objetivo, citancia e motivo delas, com a forma por meio da quato do conhecimento da bondade de Filemom chegoouvidos dele.1. 0 objetivo dos louvores e oracoes de Paulo pomom: "Graces dou ao meu Deus, lembrando-me sde ti nas minhas orw_;oes" (v. 4). Observe: (1) Deustor de toda bondade que existe nas pessoas, ou quepor elas. "...de mim e achado 0 teu fruto" (Os 14.8tanto, todo louvor e devido a Ele. 1 Cronicas 29"Porque quem sou eu, e quem e 0meu povo, que timos poder para ta o voluntariamente dar semelhcoisas? Porque tudo vem de ti...", tanto os recursoso desejo e a disposicao para faze-ln. Por isso (diz elDeus nosso, qracas te damos e louvamos 0nome

    ~gl6ria". (2)Eprivilegio de todas as pessoas justasdosas que em seus louvores e oracoes venham~como 0 seu Deus: "0 Deus nosso, qraca te damos"se Davi. Paulo disse: "Grocas dou ao meu DeusNossas oracoes e louvores deveriam ser ofereci

    Deus, nao somente por nos mesmos, mas pelostambem. Oracoes privadas nao deveriam ser inmente feitas com urn espirito privado, importando-smente com as coisas particulares, mas os outros tadevem ser lembrados nessas oracoes, Devemosalegria e gratidao pelas coisas boas neles, ou feitaeles, ou concedidas a eles, de acordo com 0nosso comento, estando dispostos a orar pelas necessidadeles. Nisso reside uma boa parte da comunhao dos sPaulo, em suas acoes de gracas e oracoes particucom frequencia lembrava dos seus amigos. "Graceao meu Deus, lembrando-me sempre de ti nas moracoes"; as vezes, mencionando 0nome, ou tendo-oticularmente em seu pensamento. Deus sabe quemem mente, mesmo quando nao mencionamos 0Essa e uma forma de exercer amor e obter 0bern poutros. "Erogo -vas [... J que combatai s comigo nas vora

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    FILEMOMevidentes e express6es desses aspectos na vida

    Filemom. [2] Tambem pela sua fe em Cristo. Amor ae f e nele, sao gracas cristas primordiais, pelasuais ha muitos motivos de louvor a Deus. Lemos em1.8: "...dou qraea ao meu Deus [...J porque em0mundo e anunciada a ioesafe"; e, em relaeao aos

    olossenses, lemos: "Graces damos a Deus [ J por-uanta ouvimos da vossa fe em Cristo Jesus " (C I,4). Essa e a graca salvadora e 0 genuino principio daida crista e de todas as boas obras. [3] Ele louva a Deusualmente pelo amor (caridade) de Filemom para comdos as santos. Esses dois aspectos (fe e amor) devemndar juntos. Porque "...todo aquele que ama ao que 0

    tambem ama ao que dele e nascido" (1 Jo 5.1).0p6stolo une esses dois aspectos em Colossenses 1.3,4:racae damos a Deus [...]porquanto ouvimos da vossaem Cristo Jesus e da caridade que tendes para comdos os santos". Eles exibem a imagem de Cristo, queamado por todos os cristaos, Sentimentos e formasiferentes em relacao ao que nao e essencial nao faraoem relacao ao sentimento para com a verdade,a diferenca na medida do amor sej a de acordo

    om a profundidade com que essa imagem e discernida.diferencas externas nao representam nada aqui,aulo compara urn pobre escravo convertido "...aomeu

    Devemos amar como Deus ama, ou seja, todoss santos. Paulo agradeceu a Deus as coisas boas nao 80-ente nas igrej as, mas nas pessoas especificas a quemscrevia, embora soubesse das coisas meramente porde urn relatorio: "...ouvindo a tua caridade e a feue tens para com 0Senhor Jesus Cristo e para com to-os os santos". Paulo queria saber algumas coisas con-

    retas a respeito dos seus amigos, como, por exemplo,cerca da verdade, do crescimento, dos frutos das suasracas, da sua fe em Cristo e do amor par E Ie e por todossantos. Se 0 amor pelos santos for sincero, entao essemor sera liberal e universal para com todos os santos.fe e 0 amor, embora sejam sentimentos escondidos no

    sao visiveis pelos seus efeitos. Portanto:(2) 0 apostolo une a oracao aos seus louvores, paraue os frutos da fe e do amor de Filemom possam ser

    ada vez mais evidentes, de tal forma que a comunica-aodeles possa constranger outros ao conhecimento dedo bern que estavam nele e na sua casa em relaeao aristo Jesus; para que "...reeplandeca a vossa luz di-nte dos homens, para que vejam as vossas boas 0-

    e possam ser encorajados a imita-las, e "...qlorifi-0 vosso Pai, que esui nos ceus" (veja Mt 5.16).

    oas obras devem ser realizadas, nao por vang16ria,serem Vistas, mas para a gloria de Deus e para 0das pessoas.4. Ele acrescenta urn motivo para a sua oracao e lou-

    ores (v.7): "Tive grande gozo e consolaciio da tua cari-

    oApelo do Ap6stolo por Onesimo,Saudacoesvv.8-25N6s temos aqui:o assunto principal da epistola: advogar a favOnesimo, para que Filemom a receba de volta ereconciliado com ele. Paulo apresenta diversos

    mentos para esse prop6sito (vv. 8-21).o primeiro argumento e baseado naquilo quenha sido dito anteriormente. Ele inicia com uma infcia: "Pelo que...". "Observando que tanta coisa boalatada a seu respeito, especialmente do seu amor podos os santos, permita-me agora observar isso emsituacao nova. Reanime 0 coracao de Onesimo, bermo 0 meu, ao perdoa-lo e recebe-lo, visto que agoconvertido e santo de fato e digno do seu favor e amObserve: A disposicao para fazer 0 bern, alem de eplos e expressoes disso no passado, e urn b orn mpara requerer mais. "Niio se canse em fazer 0 bem,tinue a pratica-lo de acordo corn sua capacidade e adida que novas oportunidades aparecerem".o segundo argumento e a respeito da sua autode em relacao a Filemom: "...ainda que tenha em Cgrande conf iomca para te mandar 0 que te coniem8). Os apostolos tinham na igreja, sob a autoridadeCristo, grande poder sobre os ministros em geral,como em relacao aos membros dela, para a edi f icEles podiam requerer deles 0 que era justo, e deveser obedecidos, 0que Filemom deveria considerar.era uma questao que estava dentro do ambito do pdo ap6stolo, embora ele nao agisse de acordo comnessa situacao. Considere isso: Os ministros, indedentemente do seu poder na igrej a, devem usar dedeneia no exercicio desse poder. Eles nao devem apesse poder de maneira inadequada, nem alern dorequerido. Ern tudo eles devem fazer uso da sabedodiscricao divinas.o terceiro argumento: Abrindo mao da autoridque tinha de exigir, ele escolhe pedir a Filemom". . . todavia, peco-ie, antes, po r caridade". Observe:e nenhum descredito para aqueles que estao munidopoder serem condescendentes, e, a s vezes, ate msuplicarem em situacoes em que, por direito, pode,ordenar. E 0 que Paulo faz aqui, embora sendo ap6sele solicita em vez de impor; ele argumenta a partiamor em vez da autoridade, 0que, sem duvida, trazsigo uma influencia atraente.o quarto aryumento: Quando a pessoa queapresenta algum argumento adicional a sua petcomo nesse caso: "...sendo eu tal como sou, Paulo;lho e iarnbem. ago ra prisio neiro de Jesus Cristo". I

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    51 FILEMOM vvo q uin to a rg um en to : D o relacionamento espiritual

    ntre Onesimo e Paulo: "Peco-te por meu filho Onee imo.ue g erei n as m in has priso ee" (v.10). "Embora por direi-ele seja seu servo, em urn sentido espiritual ele e agoraeu filho. Deus me fez agente da sua conversao, aquismo, onde sou prisioneiro pela causa de Cristo". Essaa forma de Deus, a s vezes, honrar e consolar seus ser-sofredores, na o somente operando 0bern neles por in-

    rmedio do sofrimento, exercitando e rnelhorando assims suas proprius virtudes, mas tornando-os ben~ao naida de outras pessoas, ou pela conversao, como no casoe Onesimo, ou pela confirmaeao e fortalecimento deles,omo em Filipenses 1.14: "...muitos dos irmiios no Se-tomando animo com as m in h as p riso es, ousam fa-ar a palavra mais confiadamente, sem temor". Mesmoue os servos de Deus estejam presos, sua Palavra e

    nao estao, Filhos espirituais entao podem sererados por meio deles. 0apostolo ressalta aqui: "...meuOnes imo; q ue g erei n as minhas prisoes". Ones i rnora precioso para Paulo e ele esperava que tambern pu-se-Io para Filemom, diante dessa consideracao. Mi-

    eric6rdias que ocorrem na prisao sao doces e preciosas.elabora urn argumento .a Filemom a partir desseelacionamento precioso que existia agora entre Onesimoele, seu filho gerado em suas prisoes,o sexto argumento visa ao proprio interesse deilemom. "...0 qual, noutro tempo, te foi inndil, mas,

    a ti e a mim, muito iltil" (v. 11). Observe: (1)nao santificadas sao pessoas inuteis, Elas naogem de acordo com a grande finalidade da sua exis-A graca transforma esse quadro: "NDutro tem-o [... ] inuiil; mas, agora, [...J muito uiil, disposto ereparado para ser util. Se 0 receber, ele sera para

    0 senhor dele, como tern sido para mim desde aua conversao, servindo-me no meu confinamento".areee haver uma alusao ao nome Onesimo, que signi-

    tuil, Agora ele podera agir de acordo com 0 seuome. Podemos observar tambem como Paulo tratassa questao, nao como a antiga conduta de Onesimo

    Ele tinha causado dano ao seu senhor e fu-e vivia como se fosse seu proprio senhor e nao ser-dele. Deus cobre os pecados dos penitentes, perdoa

    nao reprova. N6s deveriamos agir da mesma forma.eja quao ternamente Paulo se expressa aqui! Nao quepecado de Onesimo fosse pequeno, nem que nao tives-e pecado algum, muito menos que achasse que nao ti-esse cometido pecado, mas tendo sido humilhado porausa do pecado, e, sem duvida, sentindo vergonha pordele, 0 ap6stolo nao estava disposto a diminuir

    mais seu espirito, colocando urn peso sobre suasAssim ele pede afetuosamente para que File-om nao 0 censure severamente por causa da conduta

    do seu servo, mas, sim, que 0 perdoe. (2) A

    o setimo argumento: Ele ressalta 0 profundoque tinha por Onesimo, Ele ja havia mencionado 0cionamento espiritual: "...meu filho [...] que gereminhas pris6es". Agora ele indica quao precioso Orno era para ele: "E tu to rna a recebe-lo como ao meraciio" (v. 12). "Amo-o como amo a mim mesmo e 0ede volta para que 0 receba. Faea-o, portanto, por mca us a; receba -o com o a lguern m uito precioso para mObserve: Mesmo homens justos precisam as vezegrande seriedade e rogo para acalmar suas paix6es,fazer-se dos seus ressentimentos e perdoar aquelesos ofenderam. Alguns acham que 0 fato de Paulo seterno e determinado, reunindo tantos pedidos ementos para obter 0 que pede, e porque Filemomfrigio, talvez tivesse naturalrnente urn temperamerude e dificil. Por esse motivo era necessario muitforco para que fosse convencido da necessidade dodao e da reconciliacao, N O S , no entanto, devemos nforcar para sermos semelhantes a Deus, que e tardiirar-se e esta pronto a perdoar.o oitavo argumento trata da abnegacao do ap6ao enviar Onesimo de volta ao seu senhor: emborapossa ter conjecturado acerca da permissao de Fileem permanecer mais tempo com Onesimo, ele nao(vv. 13,14). Paulo estava na prisao e queria urn amigservo para trabalhar com ele e ajuda-lo, Onesimo epreparado e pronto para faze-lo; por isso, Paulogostado se Onesimo pudesse ter ficado com ele paravi-lo, em vez do proprio Filemom, a quem, se tivessdido para vir pessoalmente com esse proposito, 0tolo poderia ter presumido que nao teria rejeitadopedido. Paulo tambem poderia presumir que Filenao deixaria de concordar que seu servo 0fizesse emlugar. Apesar disso, ele nao tomou essa liberdade,rno que suas circunstaneias 0requeressem: E tu torecebe-lo, para que qualquer born trabalho da tuapara mim TIaO seja "...como por force; mas uolunuiConsidere isso: Boas aeoes sao bem-vindas para Dos homens quando feitas com liberdade. E Paulo, apdo seu poder apost6lico, preferiu mostrar 0 respeitotinha pelos direitos civis, que 0 cristianismo de maalguma substitui ou enfraquece, mas, sim, confirmreforca, Onesimo sabia que era servo de Filernomportanto, sem 0 seu consentimento, nao poderia ssentar dele. Em seu estado nao-convertido Onesimnha violado esse direito e se afastado dele, causprejuizo ao seu senhor; mas, agora que tinha recondo 0 seu pecado e se arrependido, estava dispostosejoso a retornar e cumprir suas obrigacoes, e Paulimpediria que isso acontecesse, e sim 0promoveria.poderia ter conjecturado acerca da prontidao demom, mas, apesar da sua necessidade, ele preferiugar-se a si mesmo a seguir esse caminho.

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    vv.8-25 FILEMOMentanto, 0 ap6stolo fala com cautela, para que ninguernse aventurasse a uma tentativa semelhante a essa, es-erando urn desfecho semelhante. Observe: (1) Os minis-ros precisam tomar cuidado com questoes que podemser distorcidas para 0mal, para que providencias afaveisde Deus para com os pecadores DaO sejarn abusadas, en-orajando 0 pecado, ou anulacao ou diminuicao da aver-sao just i f icada por e le : " .. . bem pode ser que ele se tenhaeparado de ti par algum tempo...". (2) Os pecados dosenitentes, nao obstante, devem ser tratados com caute-. Paulo 0 chama de eparaciio par algum tempo, emde usar 0 devido termo. Quando Deus anulou e per-oou 0 pecado, essa foi apenas uma eeparuciio; masomo pecado em si e em relacao it disposicao e maneirao a to era uma fuga criminosa. Quando falamos da na-

    de qualquer peca do ou of ens a contra Deus, 0malis s o na o deve s er diminuido ou depreciado; mas nosambem precisamos "cobrir" 0 pecado de urn pecadorenitente, da manei r a que Deus 0 cobre: "Ele se sepa-de ti po r algum tempo , para que 0 re tiv esse s p arapara que ap6s a sua conversao ele pudesse vol-ar e ser urn servo fiel e util para ti enquanto viver".inda que pisasses 0 tolo com uma mao de gral entreiio d e c ev ad a pilada, n /io se iria dele a sua estulti-

    (veja Pv 27.22). Mas isso nao ocorre c om v e rd a d ei -os penitentes: eles nao voltarao para a estulticia, (3)bserve a sabedoria, bondade e poder de Deus, em fa-er com que terminasse tao felizmente 0 que comeeou ee estendeu por certo tempo tao perversamente, consi-erando desta forma urn pobre vassalo, alguern de posi-e condicao tao baixas e tao pouco consideradas pelosomens, operando assim uma boa e grande mudanea na-

    que tinha ido tao longe em cam inh os maus, que ti-ha causado dana a urn senhor tao born, tinha fugido defamilia tao piedosa, dos meios da graea, da igrejam sua casa, de modo que fosse conduzido ao caminho da

    alvacao aquele que tinha fugido dela, e descobrisse emoma que os meios se tornaram eficazes aquele que emlossos tinha sido endurecido sob eles. Que riquezas hitqui da graca divina! Nem 0mais baixo, 0mais vil, 0maisesprezivel dos homens precisa ficar desesperado. Deusde encontra-lo quando estiver fugindo dele. E le podeazer com que as coisas deem certo em determinado mo-e lugar, 0 que nao havia acontecido em outro.ssim ocorreu com Onesimo, Tendo voltado para Deus,le agora retorna ao seu senhor, que tera mais service eimpressao melhor dele do que jamais aconteceu an-es - por causa da consciencia da sua obrigacao e fidelida-a ela ate 0 tim da sua vida. 0 interesse de Filemomsera de recebe-lo, Assim Deus, com frequencia,raz ganho para 0 seu povo a partir das suas perdas,

    o dec imo argumento e tom ado da pos ica o na qualnesimo agora retornaria e deveria ser recebido por Fi-

    fraternidade espiritual entre todos os verdadeirostes, embora diferenciados por motivos civis e exteriTodos eles sao f i lhos do mesmo Pai celestial, tern daos mesmos privilegios e beneficios espirituais, damar e fazer todos os bons oficios uns para os ocomo irmaos, embora na mesma posicao e hierarquique foram chamados. 0 cristianismo nao anula nemfunde os respect ivos deveres civis, mas fortalece asga~6es para com eles e conduz a urn desernpenho codeles. (2) Os servos cristaos sao mais do que servomuns. Eles tern graca em seu coracao e encontraramca aos olhos de Deus, e van encontra-la a os olhos dnhores cristaos, "Os meus olhos procurariio os fieterra, para que estejam comigo; 0que anda numn ho reto , esse me eermra" (81101.6). "Receba Oneso considere como participante da mesma fe comum,sim, como irnuio amado, pariicularmente de mimfui 0 instrumento da sua conversao". Bons ministrosamam t anto de acordo com 0 bern exterior que recdo bern espiritual que fazem. Paulo chamou Onesimseu proprio coraciio, e outros convertidos de sua alecoroa (veja Fp 4.1). "Como irmiio amado, particmente de mim e quanta mais de ti, assim na carneno Senhor; portanto, teu servo por urnvinculo duploto civi l quanto religioso): tua propriedade, alguem dcasa e fami l i a , e, agora, n o s en tid o espiritual, teuem Cristo, que eleva e fortalece esse compromisso .servo de Deus e teu tambem; aqui ha mais vinculque ele tern comigo. Por isso ele deve ser prontamentecebido por ti, como urn membro da tua familia e urnbro da verdadeira fe, alguem da tua casa e algueigreja em tua casa". Este argumento e reforcado potro: o decimo primeiro argumento: Da comunhaosantos: "Assim, pois, se me ten s po r companheiro,be-o como a mim mesmo" (v . 17). Existe um a comuentre os santos; eles se interessam uns pelos outrosvern am a r e agir de acordo. "Agora mostre 0seu amomim, e 0interesse que tern por mim, ao amar e recebguem ta o proximo e precioso para rnim, como se estirecebendo a mim mesrno. Reconheca-o e trate-otrataria a mim, com uma afeicao viva e genuina, emtalvez, nao igual". Mas , por que tanto interesse e zeurn servo, urn escravo, que havia se port ado mal? Reta: Como Onesimo era agora urn cristae convertido,duvida, fo i para anima-lo e encoraja-lo diante d os mque poderia ter de voltar ao seu senhor a quem havfraudado e prejudicado. A ideia era protege-lo de afuem desanimo e tristeza, e assim, encoraja-lo em sever. Ministros sabios ejustos terao urn cuidado espeafetuoso com os novos convertidos e buscarao animaen cora ja -lo s em suas tarefas e obrigacoes, Obje~{ioOnesimo tinha prejudicado e Ofendido 0 seu senh

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    53 FILEMOM vvor. 0 mesmo se apa rece em Colossenses 3.1 e 2 Pedro4 . O b se rv e: Verdadeiros penitentes serao sinceros emconhecer suas faltas, como, sem duvida, Onesimo tinhado em relaeao a Paulo, ap6s ser despertado e levado aorependimento. Esse tipo de atitude deve ocorrer espe-almente em casos de prejuizo e injuria a outros. Por in-uencia de Paulo, Onesimo reconhece seu pecado.(2) Paulo compromete-se com a reparaeao: "...po eso na minha conta. Eu, Paulo, de minha pr6pria maoescrevi: Eu 0pagarei". Obse rve : [1] A comunhao dos

    ntos nao desfaz a distincao de propriedade: apesar deagora ser convertido e urn amado irmao, conti-

    a sendo servo de Filemom, e devedor a ele pelo malmetido. Ele nao pode ser absolvido ou perdoado, a naor por uma remissao livre e voluntaria, ou por uma re-feita por ele mesmo, ou por alguem outro emu favor. Foi isso que Paulo fez em seu favor. [2]A fian-nao e ilegitima em todos os casos. Em alguns casosde ser urn empreendimento born e misericordioso. 80-ente conheca a pessoa e 0 caso. Nao seja fiador de es-

    (Pv 11.15) nem va alem das suas condicoes. Voceajudar 0 seu amigo, desde que seja compativelm a justica e a prudencia. Cristo foi feito fiador de urnncerto melhor (Hh.22). Ele "...foifeito pecado porn6s;ra que, nele, fossemos feiios justico. de Deus". [3] Ga-formais escritas, bern como a palavra e promes-

    , podem ser requeridas e dadas. As pessoas morrem, epodem ser esquecidas ou mal-interpretadas.bern lavrado preserva 0 direito e a paz e tern sido

    ado com pessoas boas e outras tambem, em todas as(Jr 32.988.; Lc 15.5-7). Era algo fora do comum 0Paulo, alguem que vivia de contribuicoes, com-ometer-se em responder por todas as perdas de urnrvo mau em relaeao ao seu senhor. Mas, com isso elepressa seu verdadeiro e real afeto por Onesimo e suaconviccao da sinceridade da sua conversao: e eleter tido uma esperanea, nao obstante a sua genero-oferta, de que Filemom nao insistiria no pagamentodivida, mas cancelaria tudo.(3) A razao das coisas entre ele e Filemom: "...para

    niio dizer que ainda mesmo a ti proprio a mim te de-pois tu teras de convir, sem faze-In lembrar, que emquestoes tu estas mais em divida comigo do quesituacao de Onesimo", Modestia em auto-elogio e

    rdadeiro elogio. 0 ap6stolo toea nos beneficios que ti- .a conferido a Filemom: "Toda graca e aceitacao deeus que desfrutas hoje, tu deves a mim. Tenho sidoente nas maos do Senhor de todo bern espiritual queexperimentas. Sim, 0 teu bern -estar espiritual tu de-ao meu ministerio. Por isso, sugiro que pondereserca da tua obrigacao para comigo em relacao a essaestao. Ao perdoar a divida pecuniaria de urn pobre pe-tente por minha causa e SOb 0 rneu pedido, a qual eu

    "...filhinhos, por quem de novo sinto as dores de pate que Cristo seja formado em v6s" (G I 4.19), istosemelhanea de Cristo de uma forma mais compComo consta em 1 Tessalonicenses 2.8: "...de boa vde quiseramos comunicar-vos, niio somente 0 evalho de Deus, mas ainda a nossa propria alma;quanta nos ereis muito queridos". Por meio de alisso pode ilustrar a obra de Cristo por nos. Tinhnos rebelado contra Deus, e pelo pecado 0 tinhaofend ida , m as Cristo intervem para fazer repara"...0justo pelos injustos, para levar-nos a Deus"3.18). "Se 0 pecador deve alguma coisa, poe isso nnha conta. Pagarei a divida, Que a sua iniqiiidadecolocada sobre mim. Suportarei 0 castigo deles".o decimo terceiro argumento trata da alegria esolo que 0 apostolo teria por causa do fruto aceitaconveniente da fe e obediencia de Filemom, bernde Onesimo: "Sim, irmao, eu me regozijarei de ti nnhor; reanima 0meu coraciio, no Senhor" (v. 20).mom era 0 filho na fe de Paulo, mas ele 0 trata commao. Paulo solicita em favor de Onesimo, urn pobrcravo, como se estivesse buscando algo grande paproprio. 0 gesto de Paulo realmente comove! "Simmao, ou Ohl Meu irmiio (adverbio de desejo ou aneu me regozijarei de ti no Senhor. Tu sabes que soura urn prisioneiro do Senhor, por causa dele e na suasa, e necessito todo conforto e apoio que meus amem Cristo possam me dar. Eu me regozijarei de ti nnhor, pelo fato de observar uma evidencia e frutoclaro da tua propria f e e amor, bern como em Onesque com isso sera aliviado e encorajado". ObserveO s cristaos deveriam fazer aquilo que alegrasse 0~ aouns dos outros, do povo e dos ministros reciprmente, e ministros dos seus irmaos, Eles esperamculdades do mundo, mas sabem que podem enconconsolo e alegria uns nos outros. (2) O s frutos deobediencia no povo sao a maior alegria do ministropecialmente it medida que aparece urn amor crescpor Cristo e pelos seus mem bros, perdoando injuriainjustieas, mostrando compaixao, sendo misericordiode acordo com as misericordias do seu Pai celestial.anima 0meu corociio, no Senhor. N a o estou sendfluenciado por nenhum egoismo carnal, mas por aque agrada a Cristo, para que Ele possa ser honraObserve: [1] 0 alvo principal de cada cristae em tuhonrar e servir ao Senhor. E: [2] 0ministro se regquando v e 0 pOVO pronto e zeloso naquilo que e bornpecialmente em atos de caridade e beneficencia, dedo com as oportunidades, perdoando injurias ou injcas, cedendo parte dos seus direitos e assim por diE, mais uma vez, seu argumento final:

    o tlecimo quarto argumento trata da boa esperae opiniao que 0 apostolo tern de Filemom: "Escre

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    vv.8-25 FILEMOMnobre projeta co isas n ob res .. 0 " (Is 32.8). Os macedoniosprimeiro deram-se a si mesmos ao Senhor, e, entao, aosseus apostolos pela vontade de Deus, para fazer todobern possivel, com aquilo que tinham, de acordo com asoportunidades oferecidas.Ate aqui, vai 0 rnaterial e 0 corpo da epistola, Ternosagora:

    A conclusao, onde:1. Ele anuncia sua boa esperanca no livramento,par meio das oracoes dos irrnaos, para que em breve pu-desse ve-los, desejando que Filemom tomasse as devi-das providencias para a sua chegada: "E juntamentep re pa ra -m e tamb en i pousada, p orqu e espero que, pelasvossas oracoee, vos hei de ser concedido" (v. 22). E Jun-tamente OU, olem. disso. Ele trata de mais urn assunto,

    pelo que parece, nao sern estar de olho no assunto que vi-nha tratando, que pode ser favorecido por essa notifica-~ao. Ele, de fato, esperava que logo estaria no meio delese verificaria 0 efeito da sua epistola, 1880 poderia enco-rajar ainda mais a Filemom a fazer aquilo que 0ap6stololhe pedia.

    (1) 0 pedido: "...prepara-me tumbem. pousada". Nis-so estao incluidas todas as coisas necessarias para a che-gada de urn hospede, Ele gostaria que Filemom 0fizesse,planejando ser seu h6spede, de acordo com 0seu proposi-to. Observe: A hospitalidade e urn grande dever cristae,especialmente nos ministros, e para os ministros, comoera 0caso do apostolo, constantemente diante de perigose sofrimentos por Cristo e pelo seu evangelho. Quem naomostraria a maior e mais afetuosa consideracao por al-guem assim? Gaio rece be urn titulo honroso do ap6stolo:"Gaio , meu ho spedeiro e de toda a igreja" (Rm 16.23).Onesiforo tambem e afetuosamente lembrado pelo apos-tolo par causa disso: "0Senhor conceda misericordia itcasa de Onesiforo; porque muitas vezes me recreou e n/ios e e nv erg o nh o u das minhas cadeias. [...] E, quanta me

    "ajudou em E fe so , melhor 0 sa be s tu " (2 Tm 1.16,18).(2) 0 motivo do pedido do apostolo: "...porque e sp er oque, p ela s v ossa s oracoe, vos hei de ser concedido". Ele

    nao sabia como Deus 0 conduziria, mas 0beneficio da ora-~ao ele ja havia experimentado muitas vezes, e esperavamais uma vez ser liberto para se encontrar com eles.Observe: [1]Nossa dependencia esta em Deus para a vidae liberdade e oportunidades de service. Tudo e para a sa-tisfacao divina. [2] Quando somos privados de qualqueruma dessas misericordias, nossa confianca e esperanea de-vern estar em Deus, sem desfalecer Oil sucumbir; enquantoaguardamos uma solucao. [3] A eonfianea deve estar nousa de recursos, especialrnente da oraeao, mesmo que ne-nhum outro esteja a mao. A oracao tern destrancado 0ceue aberto portas de prisoes. "...a oracao feita por umjustopode muito em seus efeitos" (veja Tg 5.16). [4] 0 grande

    mente entregue a vas. Para tudo que Deus da, Ele dser buscado, para que as misericordias possam ser vzadas ainda mais, e conhecidas de onde vern, e Deusba 0 Iouvor , A vida e 0 trabalho dos ministros sao pbern do povo. 0 oficio foi estabelecido para eles. Eledons aos homens, [...J uns para ap6sto lo s . .. " (E f 4 .8 ,1Os dons, e trabalhos, e vidas, sao todos para 0beneficles. "Tudo e vosso: Apolo, Cefas . .." [6] Ao orar portros fieis, os crentes, na verdade, estao orando paradeles mesmos: "Espero que s er ei c on cedi do a voces,service e consolo de voces e edificacao em Cristo".Co 4.15. [7] Observe a humildade do apostolo. Se recse a liberdade, ele diria que foi devido as oracoesbern como, oumais do que, as suas pr6prias oracoes.menciona somente por meio dos elevados pensamque tinha das oracoes de muitos e a consideracao quemostraria ao seu povo que ora. Esta e a primeira paconclusao do apostolo,2. Ele envia saudacoes de alguem que era seu conheiro de prisao, e de mais quatro que eram seus cradores (vv.23,24). Saudar e desejar saude e paz. 0

    anismo nao e inimigo da cortesia, mas a impoe (1PEla e uma mera expressao do amor e respeito e umneira de preservar e nutri-Ios, " Sonu iam -t e Epafr as ,co mpan heiro de prisiio po r Cristo Jesus". Ele era dlossos, e assirn compatriota e concidadao de FilePor oficio ele parece ter sido evangelista, que trabalno meio dos colossenses (se ele nao foi 0 primeirousado para converte-los), por quem tinha uma consi~ao especial. "Nosso amado conservo (disse Paulo)para v6s e um fiel ministro de Cristo" (C11.7), e "..de Cristo, combatendo sempre por uo em orccoe Edou testemunho de que tem grande zelo por v6s..."4.12,13). Ele era uma pessoa muito conhecida, que, edo em Roma, talvez acompanhava Paulo e trabalhavmesma obra da pregacao e propagacao do evangelhotava confinado na mesma prisao e pela mesma cAmbos sao chamados de prisioneiros de Cristo Janunciando 0motivo do seu aprisionamento: nao pasa de algum crime ou maldade, mas pela fe em Cr

    ~

    seu service para Ele. E uma honra sofrer humilhpelo nome de Cristo. "...meu companheiro de prisiiC rist o J es us" e mencionado como sua gl6ria e 0 codo apostolo, N a o que fosse prisioneiro e estivesseforma impedido de realizar 0 seu trabalho (essa eraquestao de aflicao), mas que, vendo que Deus perque sofresse e que 0 havia chamado para tal, suadencia assim determinava que sofressem juntos eforma tivessem 0beneficio e conforto da oracao urntro, e ajuda possivelmente em algumas coisas, IS8misericordia. Assim Deus, as vezes, alivia 0 sofr imdos seus servos pela cornunhao dos santos, a doce cnhao que tern uns com os outros em suas cadeias.

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    5 FILEMOM vv ._ ~ . . . .. _ . . _ _ . - - _ -P. - - _ _ __ _ . _ ' _ .

    deles! Marcos, primo de Barnabe e filho de Maria,era tao hospitaleira aos santos em Jerusalem (Cl

    10; At 12.12) e cuja casa era 0 Iugar de reuniao paraacao e adoracao a Deus. Embora Marcos tivesse fa-ado quando Paulo e ele se separaram, no entanto, elentinuou seu trabalho junto com Barnabe, e nesta oca-io percebemos que Paulo e ele estavam reconciliados,as diferencas, esquecidas (2 Tm 4.11). Ele pede parae Marcos seja trazido ate ele, "...porque me e muitopara 0 ministerio", isto 1 2 , de urn evangelista. Aris-e citado junto com Marcos (CI4.10) e chamado alir Paulo de companheiro de prisao; falando ali de Mar-s, sobrinho de Barnabe (filho da irma de Barnabe), 06stolo acrescenta: "...acerca do qual ja recebestesandamen tos; se ele fo r te r convo sco , r ec ebe i- o ": umaidencia de que 0 apostolo 0havia recebido e estava re-

    corn ele. Em seguida vern Demas, que ate essento nao parece estar em falta, embora tenha sido re-eendido (2 Tm 4.10) como tendo desamparado a Paulo,

    0p re se nt e s ec ulo ", As Escrituras nao nos in-ate onde chegou 0 seu desamparo, se ocorreu urnandono compIeto do seu trabalho e profissao de fe, oumente parcial, e se chegou a se arrepender e voltar ao

    ,u dever ou nao, Quando as Escrituras silenciam, nosbem devemos silenciar: nenhum sinal de desgracata sobre ele aqui; na verdade, ele e citado junto comtros que eram fieis como tambem ocorreu em Colos-nses 4.14. Lucas e 0 ultimo, esse medico amado eangelista, que veio aRoma, companheiro de Paulo (CI14; 2 Tm 4.11). Ele era companheiro de Paulo em seusandes perigos, bern como seu cooperador. 0 ministe-nao e uma questao de bem-estar carnal nem de pra-r, mas de sofrimento. Se alguem e ocioso no ministe-, nao esta obedecendo ao seu chamado. Cristo ordenas seus discipulos que "...roguem ao Senho r da searae mande ceifeiros, nao indolentes e ociosos, para asea ra " (Mt 9.38). E 0povo e exortado a" ...reconhe-o s que trabalham entre eles, e que presidem sobrees no Senhor , e que os tenham em grande estima eo r, por causa da sua obra" (1Ts 5.12,13). M eus coo -

    diz 0 apostolo: as ministros devem se ajudarutuamente na verdade; eles servem 0mesmo Senhor,na mesma 0bra e funcao santas e estao na expecta-da mesma recompensa gloriosa. Portanto, eles de-ser ajudantes uns dos outros em promover 0 inte-sse do seu grande Mestre.3. A oracao de encerramento e a bencao do ap6stolo25). Observe: (1) QUal e 0 desejo e a oracao: Graca, 0

    vor livre e 0 amor de Deus, junto com os frutos e efei-s dela em todas as coisas, para a alma e 0 corpo, para

    o tempo e a eternidade. Considere: A graca e 0medesejo para nos e os outros. 0 apostolo corneca emina com ela. (2) De quem: de nosso Senho r JCristo, 0 Filho de Deus, a segunda pessoa da Tride, Senhor par direito natural, "...por quem, equem, tudofoi criado (CIl.16; Jo 1.1-3), e "...quherdeiro de tudo " (veja Hb 1.2), e, como Deus-horne Mediador, que nos comprou, e a quem somas dpelo Pai. Jesus, 0 Salvador (Mt 1.21). Estavamosdidos. Ele nos restaura e repara a ruina. Ele salvamerito, obtendo 0 perdao e vida para nos; e com pnos resgata do pecado, de Satanas e do inferno, erenova para a sernelhanca de Deus e para a alegriaDeus: assim e Jesus; e Cristo, 0 Messias ou ungconsagrado e qualificado para ser rei, sacerdote efeta para sua igreja. Para todos esses oficios (minrios) ocorria a uncao com oleo debaixo da lei, e a eSalvador foi espiritualrnente ungido com 0 EspiSanto (At 10.38). Em nenhum outro tudo estava ue com tamanha superioridade e dignidade. Ele fogido "...co m 6leo de alegria, mais do que a teuspanheiros" (8145.7). Esse Senhor Jesus Cristo e npar titulo original conferido a n6s, e pelas ofertdons do evangelho, e por Ele nos ter adquirido, enossa propria aceitacao dele, submissao a Ele e umistica com Ele: "...nosso Sen ho r Jesus Cristo".serve: Toda graca a nos vern de Cristo. Ele a comprada. "Todos nos recebemos iornhem. da su a plenitucom grar_;asobre qraco" (Jo 1,,16). "Ele cumpre tudotodos" (Ef 1.23). (3) A quem: "...com 0 vosso espirmeta tou pneumatos hymon, nao somente commom, mas com todos que foram mencionados no pcio. "...co m 0 vosso espirito", isto e, convoseo, a almespirito sendo 0 trona imediato da graca, de onde iencia todo hornem e flui ern acoes graciosas e sanTodos da casa que foram saudados sao aqui mencidos na ben~ao final, para Iembrar e estimular todcumprirem 0proposito da epistola,o amem. e acrescentado, nao somente para urne afetuoso resumo da oracao e desejo, que assimmas como uma expressao de fe no fato de que serada, assim sera. 0 que mais precisamos para nos defelizes do que ter a qraca d e n o sso Sen ho r Jesus Cco m 0 nosso espi rito? Essa e a bencao costumeira,ela tambem pode ter tido urn motivo especial nessasiao, A graea de Cristo com 0 espirito deles, princmente de Filemom, os abrandaria e pacificaria, remria profundos e afiados ressentimentos de injuriasjustica e os disporia a perdoar os outros como Deus,amor a cristo, nos perdoou.