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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ CAMPUS CORNÉLIO PROCÓPIO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL CIRENE DA SILVA RICHTER CONSELHO DE CLASSE: UM MOMENTO DE REFLEXÃO DAS PRÁTICAS AVALIATIVAS  CORNÉLIO PROCOPIO – PARANÁ  2008 CIRENE DA SILVA RICHTER 3

Conselho de Classe , Um Momento de Reflexao Das Praticas Avaliativas

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ

CAMPUS CORNÉLIO PROCÓPIO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

CIRENE DA SILVA RICHTER

CONSELHO DE CLASSE: UM MOMENTO DEREFLEXÃO DAS PRÁTICAS AVALIATIVAS

  CORNÉLIO PROCOPIO – PARANÁ

  2008

CIRENE DA SILVA RICHTER

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CADERNO TEMÁTICO: UM MOMENTO DEREFLEXÃO DAS PRÁTICAS AVALIATIVAS

Material Pedagógico apresentado à Secretaria de

Estado de Educação do Paraná, como requisito

 parcial do Programa de DesenvolvimentoEducacional – PDE, sob a orientação da Proessora

Mestre !u"ia #odrigues $ardoso%

CORNÉLIO PROCÓPIO , PARANÁ

2008

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 0!

" ORIGEM DO CONSELHO DE CLASSE:

HISTÓRICO0#

2 AS PRÁTICAS AVALIATIVAS ""$ AVALIAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR: ARTICULAÇÃO COM

GESTÃO DEMOCRÁTICA"!

% AVALIAÇÃO EMANCIPATÓRIA E CONSELHO DE

CLASSE 2"

& ORGANI'AÇÃO DO CONSELHO DE CLASSE: UMA PROPOSTA DE

REESTRUTURAÇÃO2&

! CONSIDERAÇ(ES FINAIS 2)

REFER*NCIAS $0

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APRESENTAÇÃO

  O conselho de classe é uma instância colegiada que visa o

acompanhamento do processo ensino e aprendizagem, os participantes são

educadores de uma determinada turma, Pedagogos, Diretor e um representante da

secretaria. O conselho de classe acontece a cada bimestre, onde os professores

farão em conjunto uma avaliaão do rendimento escolar e de suas pr!ticas

avaliativas, adequando dessa forma suas pr!ticas pedag"gicas de acordo com as

necessidades de cada turma.

# durante o conselho de classe que os educadores t$m a oportunidade de

discutir e refletir o processo de ensino, os conflitos e as tens%es são absorvidos.

&abe a cada envolvido no processo, participar de maneira a contribuir para

transformar e redirecionar a pr!tica pedag"gica, visando romper com a

fragmentaão do conhecimento.

  'o entanto, a pr!tica tem revelado que o papel democr!tico do conselho de

classe não tem se concretizado, h! uma aus$ncia de auto(avaliaão e autocr)tica doprocesso pedag"gico pelo pr"prio professor e pela escola como um todo. Percebe(

se um distanciamento entre teoria e pr!tica dos professores quanto * avaliaão dos

alunos. Os instrumentos e critérios de avaliaão são na maioria das vezes,

desconte+tualizados da pr!tica da sala de aula. s pr!ticas avaliativas ainda t$m

sido classificat"rias e e+cludentes.

-egundo Dalben /0012, a importância do conselho de classe e dos

processos avaliativos da escola para a gestão pedag"gica est! na capacidade de

leitura coletiva da pr!tica e, diante do reconhecimento compartilhado das

necessidades pedag"gicas, o coletivo pode alterar as rela%es nos diversos espaos

da instituião.

 ssim, a realizaão do presente trabalho parte da necessidade de

desenvolver uma refle+ão cr)tica das pr!ticas avaliativas como ponto inicial para o

resgate do real sentido do conselho de classe, como mecanismo de gestão

colegiada promotor da melhoria do processo ensino 3 aprendizagem.

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" ORIGEM DO CONSELHO DE CLASSE: HISTÓRICO

  hist"ria do conselho de classe no 4rasil, desde a sua origem, como

elemento integrante do processo educacional, bem como a evoluão de suas

concep%es e de seus conceitos, vem sendo objeto de estudo nas 5ltimas

decadas.  ntes de apresentar o desenvolvimento hist"rico, faz(se necess!rio

compreender a definião de conselho de classe.

 lguns dicion!rios trazem defini%es de conselho como6 reunião de

professores, presidida pelo reitor ou diretor da 7niversidade ou escola ondelecionam, para tratar assuntos de ensino ou de ordem 78#9:O2; advert$ncia;

aviso; corpo consultivo 97<=2.

  literatura especializada traz v!rias defini%es, que se complementam.

Para Dalben /00>, pg. ?12, @o conselho de classe guarda em si a responsabilidade

de articular os diversos segmentos da escola e tem por objeto de estudo a avaliaão

da aprendizagem e do ensino, ei+os centrais do trabalho escolar.A

8ocha ?BC/, pg. B2 aponta que @o conselho de classe é uma reunião dos

professores de uma turma com m5ltiplos objetivos; entre outros destacamos6 avaliar

o aproveitamento dos alunos e da turma como um todo; chega a um conhecimento

mais profundo do aluno e promover a interaão dos professores e de outros

elementos da equipe da escola.A

@7m espao mais rico de transformaão da pr!tica pedag"gica e, talvez, dos

mais mal aproveitado nas escolas é o conselho de classe....ueremos repensar aestrutura do conselho de classe, para dar mais sentido e coer$ncia ao processo de

avaliaão que a escola desenvolve e ajudar a mudar(se a pr!tica educativa.A &87E,

/00F, pag. ??2.

Pelos conceitos citados, o conselho de classe é um momento onde o

educador tem oportunidade de discutir, refletir e auto(avaliar as pr!ticas

pedag"gicas e avaliativas do processo ensino e aprendizagem de forma situada e

integrada, tornado(o como espao interdisciplinar de estudo e tomada de decisão dotrabalho pedag"gico da instituião como um todo.

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Gntretanto, o conselho de classe pode apresentar outras contradi%es6 se, por

um lado, pode permitir uma série de possibilidade e inovaão, podendo redirecionar

as pr!ticas pedag"gicas e romper com a fragmentaão do conhecimento, por outro

lado, também pode servir para absorver tens%es e conflitos, mantendo a estrutura

vigente.

&ruz /00F2, alerta que a pr!tica tem revelado que as reuni%es dos conselhos

de classes se tornaram meros momentos onde as notasHconceitos que os alunos

obtiveram durante o bimestre ou per)odo são apresentadas e se discutem as

quest%es de disciplinas da turma ou do aluno.

  Deve(se destacar que e+istem escolas que avanaram nosencaminhamentos dados ao processo ensino e aprendizagem, mesmo que de forma

bastante lenta e conflituosa.

-egundo 8ocha ?BC/2, o conselho de classe teve origem na <rana em

?B>F, surgindo em classes e+perimentais, para orientar o acesso dos alunos ao

ensino cl!ssico ou técnico, conforme aptidão, acontecendo de forma espontânea

nas escolas que consideravam a sua importância pedag"gica e pela necessidade de

um trabalho disciplinar.

Gm ?BFB, com a reforma de ensino francesa, foram institu)dos tr$s tipos de

conselhos6 o conselho de classe 3 no âmbito turma; o conselho de orientaão, no

âmbito do estabelecimento; e o conselho Departamental de Orientaão, em esfera

mais ampla. O objetivo da reforma do ensino francesa foi democratizar um sistema

escolar com base na observaão sistem!tica e cont)nua dos alunos, oferecendo a

cada um orienta%es para o acesso as diversas modalidades de ensino na época,

de acordo com os gostos e aptid%es de cada um. 8O&I, ?BC/2.

<oi a partir de visitas e est!gios de educadores do Gstado do 8io de Janeiro

ao :nstituto de Pesquisas Gducacionais de -évres, <rana, que se deu a introduão

da idéia dos conselhos de classe em nossos meios educacionais. 8O&I, ?BC/2.

O modelo de conselho de classe trazido pelos educadores cariocas teve

grande aceitaão no meio educacional. Gm ?BFB, as classes e+perimentais foram

implantadas. -ua implementaão ocorreu de forma indireta por intermédio do

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modelo de escola proposto pelo P8GKGK Programa de e+pansão e Kelhoria do

ensino2, que j! apresenta o conselho como "rgão constituinte da escola. :nclusive o

KG& financiou a nova proposta e foi aceita com grande receptividade por parte do

corpo docente. &om o sucesso das salas e+perimentais, foram estendidas as

demais turmas do colégio.

Kas é a partir da 9ei F.1B/HL?, que os &onselhos Gstaduais de Gducaão

traam diretrizes de sua operacionalizaão. s orienta%es apresentavam

@aberturasA *s escolas, no entanto havia muitas d5vidas quanto * forma de

e+ecuão.

  resoluão ?FBHL/ do &GG(KM estabelece normas para a verificaão dorendimento escolar e estudos de recuperaão nas escolas de ?N e /N Mraus. O

parecer prop%e liberdade aos educadores quanto * definião, ao critério, formas e

instrumentos, para utilizar na avaliaão, como proposta de trabalho coletivo,

oportunizando aos educadores de participarem na organizaão do trabalho coletivo

em busca de novas alternativas para o processo ensino e aprendizagem, ficando

desta forma, a cargo dos especialistas o assessoramento no processo de avaliaão,

no entanto, não inibindo os professores na liberdade de decis%es no seu papel deeducador, @... papel de pedra angular, definindo objetivos, orientando atividades,

observando e interpretando os resultadosA. D94G', /00>, pag./C2.

O parecer /0HL/ do &GG(KM aponta também as normas do rendimento

escolar, * @capacidade criadora das escolas na busca de seus pr"prios caminhosA

D94G', ?BB>, pag.>02. Gsse momento de implementaão do conselho de classe

foi um momento que oportunizou aos educadores desenvolverem sua capacidade

cr)tica.

  &om o passar do tempo, as institui%es educacionais de outros Gstados

também acataram a idéia do conselho de classe. 'o in)cio, sua implementaão era

assessorada pela Orientaão Gducacional, mais tarde passou a ter assessoria

Pedag"gica ou -ervios de Orientaão Pedag"gica, que até nos dias atuais são

respons!veis pela organizaão e os encaminhamentos e direão dos conselhos de

classe, de acordo com a 9ei vigente.

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 nteriormente * 9ei F.1B/HL?, o conselho de classe não era institu)do na

escola como instância colegiada, acontecendo como afirma 8ocha ?BC12, de forma

livre em escolas que consideravam sua importância pedag"gica.

@ influ$ncia que a 9ei F.1B/HL? e+erceu sobre a criaão dos conselhos de

classe e e+erce sobre seu funcionamento é, portanto indireta, e pode ser constatada

através da preocupaão com a avaliaão global, diagn"stica, formativa e somativaA

8O&I, ?BC/; p./12. O conselho de classe é visto como uma etapa no processo

avaliativo da escola, caracterizando(se como atividade de natureza psicopedag"gica

e interdisciplinar.

O parecer ?.1L instituiu a obrigatoriedade dos conselhos de classe noGstado do 8io de Janeiro. Porém, um dos grandes entraves encontrados para sua

implementaão foi conciliar o hor!rio das reuni%es com a carga hor!ria dispon)vel

dos docentes, @o que acontece na pr!tica, é que os professores acabam por ter o

seu per)odo de trabalho aumentado, embora não a sua remuneraãoA 8O&I,

?BC/, pag.?2.

 Ioje em dia os conselhos de classe são previstos em calend!rio, muitas

escolas conciliam o hor!rio de acordo com a disponibilidade do professor, sem, no

entanto prejudicar sua carga hor!ria e a aprendizagem do aluno.

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2 PRÁTICAS AVALIATIVAS

 s :nstitui%es escolares são permeadas pelo curr)culo e o

Projeto Pol)tico Pedag"gico, ambos trazem a avaliaão como

mediadora dos saberes escolares, pode(se afirmar que e+iste um certo

clima de controle no dia(a(dia escolar, onde os alunos reconhecem que

são avaliados nas tarefas que realizam.

De acordo com -acrist!n6

@  avaliaão atua como uma pressão modeladora da pr!ticacurricular, ligada a outros agentes, como a pol)tica curricular, otipo de tarefas nos quais se e+pressa o curr)culo e oprofessorado escolhendo conte5dos ou planejando atividadesA/000, pag. //2.

Os professores realizam constantemente avalia%es, formal ou

informalmente, mesmo considerando(as com fins diagn"sticos para

aprendizagem dos alunos, tornam(nas instrumentos para classificar e

promover os alunos. Desta forma, a avaliaão passa a ser instrumento

controlador na mão do professor, tornando(o detentores e

controladores dos saberes da instituião.

-acrist!n destaca6

  @ avaliaão para o diagn"stico e o controle democr!tico daqualidade de ensino e do curr)culo distribu)do pode ser vistocomo uma ameaa para a autonomia das partes, especialmente

dos professores, mas também é o recurso para evitar apadronizaão de uma atividade e é necess!rio para ofuncionamento de uma sociedade democr!tica. medida quenão h! mais informaão sobre o sistema do que a que osprofessores dão com a avaliaão dos alunos, as disfun%es queesses dados possam detectar poderiam repercutir numaimputaão aos professores do sistema e não a outroscondicionamentos do mesmo, além de reproduzir as condi%esnas quais se obt$m e o critérios que lhes servem de base.A/000, pag. ?2.

Kuitos autores como -imons, ?BCL; pple, ?BL>; Iause,

?BC0, tem ressaltado a dimensão social e pol)tica dos procedimentosda avaliaão sobre o funcionamento qualitativo dos sistemas escolar e

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curricular. través da avaliaão diagn"stica é poss)vel acompanhar o

funcionamento e a qualidade de ensino ofertada pelas institui%es

podendo desta forma fazer as media%es pedag"gicas. avaliaão do

sistema Gducacional ameniza o fracasso escolar que est! posto

unicamente na avaliaão do professor.

Mestores, pedagogos, professores e alunos sonham como uma

escola ideal. 7ma escola onde todos aprendem, são promovidos, que

uns respeitem ao outro.

-egundo :zabel larcão, a escola ideal seria6

  uero uma escola comunidade, dotada de pensamento e vidapr"pria, conte+tualizada na cultura local e integrada no conte+to'acional e global mais abrangente. 'ão quero, pois, uma escolaburocratizada que seja uma mera delegaão ministerial. Desejoassim uma escola que conceba, projecte, actue e reflicta em vezde uma escola que apenas e+ecute o que outros pensaram paraela. 7ma escola que tenha uma ambião estratégica poroposião a uma escola que não uma visão e não sabe olhar(seno futuro. 'ão quero uma escola que se lamente dos insucessocomo um pesado e frustrante fardo a carregar, mas uma escolaque questione o insucesso nas suas causas para, relativamentea elas, traar planos de aão. 7ma escola que reflita sobre os

seus pr"prios processos e as suas formas de actuar e funcionar.7ma escola que analise, desconstrua e refaa as suas op%es ea sua acão curricular. 7ma escola que saiba criar suas pr"priasregras. Kas que, ciente da sua autonomia respons!vel, saibaprestar contas da sua actuaão, justificar o seus resultados eauto(avaliar(se para definir o desenvolvimento. Gm vez de umaescola que apenas cumpre as regras emanadas de outrem emque ninguém avalie nada nem ninguém. 7ma escola que sealimente do saber, da produão e da refle+ão dos seusprofissionais, os professores que, por isso mesmo, não sesentem meros assalariados. 7ma escola * qual não énecess!rio ditar a formaão requerida porque ela pr"priaconhece as suas necessidades, cria os seus conte+tos de

formaão nos seu desenvolvimento institucional. 7ma escolaonde tudo gira * volta da sua missão6 educar as novas gera%es.Gm suma, uma escola com cara, como diria Paulo <reire, e nãoapenas uma escola...... anQnima ./00F, pag. C/2.

  autora retrata a escola :deal, a qual todos educadores sonham,

mas não podemos viver @sonhandoA a espera dessa escola, a escola real

est! muito distante da escola :deal, o que podemos enquanto educadores

fazer para que possamos chegar o m!+imo poss)vel a partir do 8eal e o

:dealR Ouvimos tanto sobre a escola refle+iva, professores refle+ivos,

não é hora de fazermos a pr!+is acontecer no nosso dia(a(dia, em nossas

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escolas, nas nossas salas de aulasR 'ão podemos dei+ar de ter como

foco o ser Iumano. 7ma frase de Salt DisneT ilustra bem essa idéia6

@Uoc$ pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso

do mundo... Kas é necess!rio =G8 PG--O- para transformar seu

sonho em realidadeA. Gstamos envolvidos com pessoas em nosso dia(a(

dia6 alunos, professores, pais, coordenadores e diretores e, por isso,

precisamos aprender a trabalhar em equipe para obter uma :nstituião

forte, competente e coesa. qualidade deve contrapor ao quantitativo,

cada profissional deve ser visto como um ser importante e cada aluno

com igual valor. O coletivo deve(se unir manter(se organizado para que

 juntos possam somar esforos para um prop"sito educativo comum.

'a escola, o &onselho de &lasse é o momento onde o coletivo se

re5ne para tratar dos assuntos pedag"gicos referentes aos alunos, os

profissionais envolvidos no processo ensino e aprendizagem não

admitem ser avaliados em seu trabalho, eles avaliam seus alunos e

alguns pares, é um ei+o unidirecional. G+iste um processo não( e+pl)cito

de julgamento, onde todos se sentem ameaados, a relaão dos sujeitos

com o conselho de classe transforma(os em um jogo de poder, nesse

conte+to as pr!ticas demonstram a fragilidade e uma rede de participaão

interativa e solid!ria. D94G', ?BB>2.

Diante do que foi e+posto Dalben afirma6

  # que o papel do conselho do conselho de classe no cotidianoescolar tem sido mais o de reforar e legitimar os resultados dosalunos, j! fornecidos pelos professores e registrados em sues

di!rios, e não de propiciar a articulaão coletiva dessesprofissionais num processo de an!lise dialética, considerando atotalidade. ?BB>, pag.??>2.

  autora dei+a claro como é dif)cil instituir um trabalho coletivo,

mas aponta que não é imposs)vel. &abe a cada escola e a cada profissional

@fazer o coletivoA, faz$(lo com qualidade e comprometimento. O conselho de

classe como instância coletiva presente na escola, deve propiciar esse

momento de refle+ão avaliativa, onde os educadores devem se auto(avaliar,

refletirem suas pr!ticas avaliativas, para que possam coletivamenteredirecionar suas pr!ticas visando dessa forma um ensino de qualidade,

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onde todos os alunos terão as mesmas oportunidades de aprenderem, onde

o professor ensina e o aluno aprende.

  9ei BB>HB1 dei+a bem claro que avaliaão qualitativa deveprevalecer sobre a quantitativa, onde o aluno é avaliado como um todo, a

percepão de seu crescimento, suas habilidades, atitudes, interesses e

suas necessidades de aluno. avaliaão diagn"stica e cont)nua é a mais

conveniente e adequada no processo pedag"gico, oferecendo subs)dios

aos professores de acompanhar a aprendizagem do aluno como um todo.

Dalben acrescenta6

  =orna(se fundamental ampliar o conceito de avaliaão escolar,porque a construão desse processo envolve muito mais do quepensar em novas formas de avaliaão, em novos instrumentos deverificaão de aprendizagem do aluno ou em alteraão dosconte5dos escolares, das provas ou dos formatos de e+erc)cios.  transformaão da pr!tica pedag"gica liga(se estruturalmente !alteraão da concepão avaliaão porque a construão doprocesso avaliativo e+presso o conhecimento da e sobre a escolaque é produzido na pr"pria relaão da avaliaão. /00>, pag. L02.

  articulaão do coletivo, num processo de an!lise dialética,

quando se discute a transformaão das pr!ticas avaliativas da escola, com

um olhar cr)tico sobre a avaliaão de modo a ajudar o aluno a aprender e o

professor ensinar mais, fica e+presso nitidamente o conhecimento que a

escola quer produzir e como produzi(lo. @O objetivo da avaliaão não é mais

de obter um produto pronto e fechado, mas o de buscar conhecer cada vez

mais o aluno e a realidade que o integraA. Dalben, /00>, pag. L/2. Gsse tipo

de avaliaão acaba tornando uma situaão desafiadora para o professor,

pois a partir desses dados coletados sobre a aprendizagem do aluno, o

professor conseqVentemente dar! outros encaminhamentos pedag"gicos,

reorganizando o ensino, o uso dos recursos did!ticos, as possibilidades e

dificuldades metodol"gicas e as condi%es de trabalho.

  # percebido que h! uma necessidade de reestruturar os conselhos

de classe, de resgatar sua concepão original como espao de di!logo,

auto(avaliaão, autocr)tica sobre as pr!ticas avaliativas e o fazer

pedag"gicos, dessa forma, os erros de avaliaão diminuindo, que tanto tem

prejudicado o aluno, inclusive aqueles menos favorecidos

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socioculturalmente, permitindo dessa forma <EG8 o PO--WUG9 *

construão do conhecimento mais pr"+imo do 8G9. O conselho de classe

visto desta forma torna(se um espao onde os profissionais da educaão

possam repensar a aãoHrefle+ãoHaão, possibilitando a produão de

propostas de intervenão inovadoras e a construão de projetos

pedag"gicos coletivos das escolas, possibilitando ainda, uma refle+ão

coletiva do fazer pedag"gico perante a realidade social, esta postura

coletiva que ir! ressignificar as pr!ticas dos conselhos de classe.

  X...Y a consci$ncia da pr!tica faz os docentes perceberem quesão integrantes de um coletivo, en+ergando a impossibilidade deum trabalho solid!rio quando se deseja encontrar e garantir umensino de qualidade, mais significativo para o aluno e professor.M8&:,?BC1 apud D94G', ?BB1, PM./?F2

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$ AVALIAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR: ARTICULAÇÃO COM A GESTÃO

DEMOCRÁTICA

  escola sofre influ$ncia da sociedade a qual pertence, o processo dialético

de construão e reconstruão da cultura escolar est! presente nas institui%es, onde

as reformula%es vão acontecendo para ressignific!(las.

O processo de ressignificaão da cultura escolar vai acontecendo

paulatinamente, pois os sujeitos envolvidos no processo estão em constanterefle+ão cr)tica das pr!ticas e+istentes.

 s tecnologias estão muito presentes em nossa sociedade e as mudanas

estão acontecendo em r)tmo acelerado. companhar todas essas mudanas e+ige

em esforo fenomenal. O aceleramento de informa%es interfere diretamente no

senso cr)tico, nas pr!ticas refle+ivas e avaliativas do sujeito, dei+ando(o impotente

diante de tantas cobranas da sociedade.

Diante deste conte+to, os profissionais da educaão devem estar atentos no

direcionamento do trabalho pedag"gico, para que os mesmos possam atingir seus

objetivos com efic!cia.

Os gestores e a equipe pedag"gica devem conduzir o trabalho pedag"gico de

forma que o coletivo possa refletir sobre as pr!ticas pedag"gicas de maneira cr)tica,

democr!tica e participativa. -egundo Dalben6

  'a gestão democr!tica, todos são chamados a pensar, a avaliar e agircoletivamente, diante das necessidades apontadas pelas rala%eseducativas, percorrendo um caminho que se estrutura com base nodiagn"stico das dificuldades e necessidades e do conhecimento daspossibilidades do conte+to. 'esse trajeto, a equipe de profissionais vaitraando os objetivos que nortearão a construão das a%es cotidiana,encontrando sua forma original de trabalho. Gssa travessia permite a cadaescola a construão coletiva de sua identidade D94G', /00>, pg. F12.

  autora dei+a claro que a gestão democr!tica deve(se fazer presente no dia(

a(dia da escola. gestão democr!tica faz(se presente @principalmenteA na pessoa

do Mestor, sendo este o @carro chefeA que orientar! os colegiados na gestão

democr!tica, proporcionando ambiente coletivo, cordial juntos na participaão efetiva

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na construão do Projeto Pol)tico Pedag"gico da escola. -e a instituião não estiver

aberta para um ensino democr!tico proporcionando a participaão efetiva dos

colegiados, ela permanecer! est!tica, reproduzindo a e+clusão social, o

autoritarismo, os as @mazelasA da educaão vai estar sempre presente.

O conselho de classe como instância colegiada, est! contemplado no

Projeto Pol)tico Pedag"gico com regimento pr"prio, mas infelizmente seus membros

desconhecem seus reais objetivos. Dalben coloca @a relaão dos sujeitos com os

conselhos de classe transforma(os em jogo de poderA. /00>, p!g.1>2. Gsse

desconhecimento criou um paradigma pedag"gico onde o professor e alunos estão

em campos opostos, onde um educa o outro é educado. Gssa dicotomia no

processo ensino e aprendizagem revela(se como um dos grandes entraves no

processo ensino e aprendizagem. -endo o aluno a pea fundamental no processo

avaliativo, este é alheio ao que se passa no conselho de classe, não conhece os

critérios utilizados em sua avaliaão, é um elemento passivo onde @não tem voz

ativaA, o professor mantém a mesma postura apresentada em sala de aula. 9ucZesi

coloca6

  7m educador, que se preocupe com que a sua pr!tica educacional estejavoltada para a transformaão, não poder! agir inconsciente eirrefletidamente. &ada passo de sua aão dever! estar marcado por umadecisão clara e e+pl)cita de que esta fazendo e para onde possivelmenteest! caminhando os resultados de sua aão. /00F, p!g. >12.

O autor aponta que a avaliaão deve ser um instrumento de resgate da

funão diagn"stica, identificando os caminhos percorridos e reorientando os

caminhos a serem perseguidos. # sabido que avaliaão como instrumento de

classificaão, não serve em nada para a transformaão e emancipaão, pelo

contr!rio, reafirma cada vez mais a conservaão da sociedade, pela passividade doseducandos. avaliaão diagn"stica não diminuir! o professor em sua funão de

educar, pelo contr!rio, au+iliar! cada aluno no seu crescimento para autonomia,

garantindo uma relaão de cooperaão entre professor e aluno.

7ma educaão democr!tica prisma pela reciprocidade, não pela submissão.

  escola na pessoa do gestor deve promover esse ambiente de cooperaão,

garantindo dessa forma, uma educaão mais eficiente e transformadora.

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Para 9ucZesi, o aluno deve freqVentar a escola e l! permanecer, até que

alcance um n)vel de escolaridade significativo para e+ercer seu papel de cidadão,

nesta sociedade capitalista e e+cludente, que cada vez mais e+ige a qualificaão do

sujeito. questão da perman$ncia e terminalidade nos estudos t$m sido um dos

grandes entraves contra a democratizaão do ensino, os que alcanam a

terminalidade muitas das vezes não se apropriam dos conhecimentos necess!rios

para atuar como cidadão cr)ticos e refle+ivos, tornando(os analfabetos funcionais.

@7m ensino e uma aprendizagem de m! qualidade são antidemocr!tico, uma vez

que não possibilitarão aos educandos nenhum processo de emancipaãoA

97&[G-:, /00F, pg.1F2.

O autor dei+a evidente a importância da avaliaão na democratizaão do

ensino, pois da forma como tem sido realizada na atual conjuntura, est! favorecendo

um ensino @contra a democratizaãoA, apresenta(se de forma não colaborativa para

a perman$ncia do aluno na escola e sua promoão qualitativa, tornado(a

antidemocr!tica. O papel da avaliaão escolar deve ser refletido e reavaliado para

que não seja simplesmente voltado para aprovaão ou reprovaão do aluno, deve

ser direcionado para a aprendizagem e conseqVentemente seu desenvolvimento.

Uasconcellos defende6

... ssim, quem trabalha com a formaão acad$mica dos novosprofessores, tem também um compromisso de +-./ . /134.  deavaliaão dos mesmosA Uasconcellos, /00F, pag. ?002. -endo assim, paraque as pr!ticas avaliativas sejam transformadoras é necess!rio que aformaão dos docentes seja reavaliada, para que os mesmos possam estarrevendo suas pr!ticas, em termos de avaliaão.

Para Eélia Pavão, @a avaliaão Gducacional não é disciplina obrigat"ria no

curr)culo m)nimo de formaão dos professores, portanto, as maiorias doseducadores sabem muito pouco sobre as técnicas para a criaão de métodos para a

avaliaãoA ?BBC, pag. /02.

  avaliaão não é direcionada somente ao aluno, todo o processo

educacional deve também ser avaliado professor, livro did!tico, curr)culo, direão,

escola, fam)lia, sociedade, etc2, a avaliaão deve ocorrer em todas as instâncias,

proporcionando desta forma as mudanas necess!rias para que haja uma pol)tica

educacional séria e comprometida com o processo de transformaão da realidade

da escola e sociedade. s insatisfa%es estão presentes no âmbito escolar, tanto

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educadores como educando, almejam por mudanas onde todos possam viver num

ambiente de cooperaão e reciprocidade.

Uasconcellos /00F, pag. ?/C2 completa6 @mais do que nunca, a sociedadeclama por solidariedade6 nunca a distância entre homens e na%es foi tão grande

como hoje. avaliaão pode dar sua parcela de contribuião, superando no âmbito

escolar o paradigma da seleão em direão ao da qualificaão e inclusãoA .

O papel da avaliaão é primordial na transformaão da educaão e da

sociedade, cabe aos educadores, alunos, enfim, a todos envolvidos no processo

educacional fazer a diferena, transformar a educaão. -egundo &ardinet6

  avaliaão é reconhecida atualmente como um dos pontos privilegiadospara estudar o processo de ensino(aprendizagem. bordar o problema daavaliaão sup%e necessariamente questionar todos os problemasfundamentais da pedagogia. uanto mais se penetra no dom)nio daavaliaão, mas consci$ncia se adquire do car!ter encicoplédico de nossaignorância e mais se p%e, cada interrogaão colocada leva a outras. &ada!rvore se enlaa com outra e a floresta aparece como imensa. &8D:'G=?BC1, apud -&8:-=\',?BBC, pag. /BF2.

  gestão de uma escola democr!tica, cr)tica, refle+iva e participativa faz(se

diante de um Projeto Pol)tico(Pedag"gico consistente, onde o fazer pedag"gico é

constru)do coletivamente.

O conselho de classe, retrata as concep%es de avaliaão escolar,

presentes nas pr!ticas dos educadores, assim como a cultura escolar. # o momento

em que o coletivo se encontra reunido para avaliar as pr!ticas avaliativas utilizadas

na instituião, a fim de proporcionar uma auto(avaliaão e autocr)tica do processo

educacional como um todo, redirecionando as pr!ticas pedag"gicas que se fizerem

necess!rias. O fazer pedag"gico deve ser refle+ivo, pois deste dependem o sucesso

do processo de ensino e aprendizagem, uma vez que este est! intimamente ligado *

concepão de avaliaão. Dalben coloca,

O que busca, quando se discute a transformaão da escola, é um novoposicionamento diante do conhecimento produzido no decorrer dosprocessos de avaliaão de modo a ajudar o aluno a aprender mais. 4usca(se um novo espao escolar, com novas rela%es estabelecidas entregestores, professores, alunos e comunidade em geral, que favoream umprocesso de formaão coletiva, constru)do com base na interaão e nodi!logo entre o sujeito e o conhecimento da pr"pria dinâmica escola. /00C,

pag. L02.

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:nfelizmente, na maioria das escolas, a pr!tica revela que essa relaão

dial"gica e de reciprocidade, colocada pela autora, não est! presente entre os

docentes nos conselhos de classe. &abe * escola, através de aão democr!tica

intervir nesta realidade, promovendo esta reciprocidade.

Dalben /00>, pg. L>2 lembra que @a 9DG4G' nN B.B>, de /> de dezembro

de ?BB1, em seu artigo N, inciso U:::, afirma que o ensino ser! ministrado com base

no princ)pio da gestão democr!ticaA. &omplementando, Paro /00F, pag./F2, afirma

que @a democracia, enquanto valor universal e pr!tica de colaboraão rec)proca

entre grupos e pessoas, é um processo globalizante que, tendencialmente, deve

envolver cada indiv)duo, na sua plenitude de sua personalidade. 'ão pode haver

democracia plena sem pessoas democr!ticas para e+erc$(la.A

Os autores citados colocam a aão coletiva como premissa para que a

democracia seja realmente estabelecida. escola deve estar aberta para o di!logo,

para a refle+ão e principalmente para a participaão da comunidade.

 ssim, o conselho de classe deve ser repensado e reestruturado,

estabelecendo uma cont)nua aãoHrefle+ãoHaão sobre as pr!ticas avaliativas e

pedag"gicas, fundamentada pelo di!logo, participaão e cooperaão entre seus

pares, alunos e comunidade escolar, tornando(o assim um espao privilegiado na

organizaão do trabalho escolar e conseqVentemente promotora do sucesso

escolar.

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% AVALIAÇÃO EMANCIPATÓRIA E CONSELHO DE CLASSE

  avaliaão vem assumindo uma perspectiva cada vez mais classificat"ria e

hierarquizadora tornam(se necess!rio reavaliar o seu real @papelA numa visão

emancipat"ria e transformadora. -egundo -aul,

@ avaliaão emancipat"ria caracteriza(se como um processo de descrião,an!lise de uma da realidade, visando transform!(la X...Y O compromissoprincipal desta avaliaão é o fazer com que as pessoas direta ouindiretamente envolvidas em uma aão educacional escrevam a sua@pr"pria hist"riaA e gerem as suas pr"prias alternativas de aãoA. /001,pag. 1?2.

  avaliaão emancipat"ria est! voltada para transformaão, a partir do auto(

conhecimento cr)tico do conceito, do real, que possibilita dessa forma um

direcionamento de suas a%es nos conte+tos em que se situa, de acordo com sua

historicidade. De acordo com 9ucZesi,

X...Y a avaliaão da aprendizagem escolar ser! autorit!ria estando a serviode uma pedagogia conservadora e, querendo estar atenta * transformaão,ter! de ser democr!tica e a servio de uma pedagogia que estejapreocupada com a transformaão da sociedade a favor do ser humano, detodos os seres humanos, igualmente. /00F, pag. /2.

'este conte+to o autor coloca que a avaliaão dever! apresentar(se como

diagn"stico da realidade, buscando o avano e o desenvolvimento e não a

estagnaão disciplinadora. @ avaliaão é um julgamento de valor sobre

manifesta%es relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão.A

97&[G-:, /00F, pg. 2.

O papel da avaliaão é verificar a aprendizagem a partir dos m)nimos

necess!rios e não verificar a aprendizagem a partir dos m)nimos poss)veis, realizada

desta forma a avaliaão oportunizar! ao professor e aluno, participarem

democraticamente da vida social. Para que ocorram mudanas significativas das

pr!ticas avaliativas são necess!rias mudanas na metodologia de trabalho em sala

de aula.

-egundo Uasconcellos6

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O que se espera de uma avaliaão numa perspectiva transformadora é queos seus resultados constituam parte de um diagn"stico e que, a partirdessa an!lise da realidade, sejam tomadas decis%es sobre o que fazerpara superar os problemas constatados6 perceber a necessidade do alunoe intervir na realidade para ajudar a super!(la /00F, pag. CB2.

O papel da avaliaão nessa perspectiva é avaliar para mudar o que é

necess!rio mudar. =anto o professor mudar suas metodologias, sua forma de

conduzir as aulas de modo que o aluno compreenda o conte5do, como o aluno deve

rever seu método de estudo para que possa compreender o conte5do ministrado.

escola cabe oferecer subs)dios f)sicos, materiais e humanos para que o processo

ensino e aprendizagem ocorra satisfatoriamente. Desta forma o professor tem

condi%es de avaliar a si mesmo, o aluno, e ainda, o processo ensino e

aprendizagem. @# preciso, para realizar uma avaliaão coerente com os objetivos

educacionais, levar em consideraão a necessidade de uma aão cooperativa entre

os participantes do processo, uma aão coletiva consensual, uma consci$ncia cr)tica

e respons!vel de todos.A -'=]',?BBF, pg. /C2.

  autora considera a aão coletiva, a refle+ão e a criticidade, fatores

fundamentais para que a avaliaão atinja seus objetivos. seguir alguns conceitos

de avaliaão citados pela autora.

@ avaliaão educativa é um comple+o, que comea com a formulaão deobjetivos e requer a elaboraão de meios para obter evid$ncia deresultados, para saber em que medida foram os objetivos alcanados eformulaão de um ju)zo de valor.A -844:, ?BL?, apud   -'=A',?BBF, pag. /C2.

@ avaliaão é essencialmente um processo centralizado em valores.APG'' <:8KG, ?BL1, pag. ?L, apud  -'=A', ?BBF, pag./C2.

@O crescimento profissional do professor depende de sua habilidade emgarantir evid$ncias de avaliaão, informa%es e materiais, a fim de

constantemente melhorar seu ensino e aprendizagem do aluno. inda, aavaliaão pode servir como meio de controle de qualidade, para assegurarque cada ciclo novo de ensino(aprendizagem alcance resultados tão bonsou melhores que os anteriores.A 49OOK, I-=:'M, KD7- apud-'=A', ?BBF, pag. /B2.

@ avaliaão em educaão significa descrever algo em termo de atributosselecionados e julgar o grau de aceitabilidade do que foi descrito. O algo,que deve ser descrito e julgado, pode ser qualquer aspecto educacional,mas é tipicamente6 a2 um programa escolar, b2 um procedimentocurricular ou c2 o comportamento de um indiv)duo ou grupo.A=IO8'D:[G e IMG',?B10 apud  -'=A' ?BBF, pag. /B2.

@valiaão significa atribuir um valor a uma dimensão mensur!vel docomportamento em relaão a um padrão de natureza social ou cient)fica.A48D<:G9D G KO8GDO&[,?B1 apud  -'=]', ?BBF, pag. /B2.

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@valiaão é o processo de delinear, obter e fornecer informa%es 5teispara julgar decis%es alternativas.A -:9U, ?BLL apud  -'=A', ?BBF,pag. /B2.

@# um processo cont)nuo, sistem!tico, compreensivo, comparativo,

cumulativo, informativo e global, que permite avaliar o conhecimento doaluno.A K87G- ?BL1 apud  -'=A', ?BBF, pag. /B2.

@valiaão é coleta sistem!tica de dados, por meio do qual se determinamas mudanas de comportamento do aluno e em que medida estasmudanas ocorrem.A 49OO' et al apud  -'=A', ?BBF, pag. /B2.

'as defini%es apresentadas, percebe(se que a $nfase est! voltada na

avaliaão do aluno, em seu desempenho. lgumas décadas se passaram e pode(se

afirmar que ainda hoje, em pleno século ^^:, a avaliaão cont)nua priorizando o

desempenho do aluno. O sistema educacional, a pr"pria escola, professores,

comunidade, precisam estar inseridos nesse conte+to da avaliaão, caso contr!rio a

qualidade de ensino continuar! comprometida.

Diante dessa realidade, questiona(se, como o conselho de classe pode ser

um instrumento de uma avaliaão emancipat"ria e democr!ticaR

&ompreende(se que a avaliaão deve fazer parte no processo de ensino e

aprendizagem, acompanhar os objetivos propostos e reorientar as pr!ticas

pedag"gicas, fazendo as interven%es que se fizeram necess!rias. 'o entanto,

deve(se ressaltar que a avaliaão fornece dados que devem ser submetidos a uma

compreensão qualitativa. Gssa nova concepão de saber não se preocupa apenas

com os conte5dos transmitidos e assimilados, mas com a pr!+is e o

desenvolvimento da consci$ncia cr)tica. De acordo com Dalben,

Dessa maneira, a relaão professor ^ aluno é concebida como horizontal,desenvolvendo(se de maneira democr!tica, baseada na participaãocoletiva, no compromisso com o processo hist"rico social, localizando(se,tanto o professor como os alunos, de forma conte+tualizada e carregandocaca um deles, sua hist"ria e suas determina%es sociais. ?BB> pag. ?>02.

O professor diante desta nova perspectiva cr)tica deve ser um professor

refle+ivo, que valoriza o aluno como ser humano criativo e não como mero

reprodutor de idéias e pr!ticas que são e+teriores, possibilitando seu agir de forma

consciente em busca de uma nova sociedade. -ua metodologia deve problematizar

a realidade, considerando o aluno o elemento central da aão educativa, tendo como

ponto de partida o conhecimento do aluno e da suas caracter)sticas,compreendendo seu passado e o seu presente, a sua hist"ria e aprendizagem, o

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seu n)vel de desenvolvimento e levando(o * superaão do senso t!cito por meio da

busca de novos conhecimentos. 'este sentido, Dalben destaca,

@ nova avaliaão, nessa nova concepão, ficar! centrada na an!lise dacapacidade de leitura da pr!tica vivenciada dos alunos, na tentativa desuperaão do senso comum orientado para essa consci$ncia cr)tica,utilizando(se, para isso, dos conte5dos acumulados pela humanidade esistematizados pela escola, os quais serão também analisados criticamentecom o objetivo de constituir instrumentos 5teis para as e+plicaão dascontradi%es postas por essa pr!tica.A ?BB>, pag. ?>02.

Diante desta concepão cr)tica, o educador precisa ficar atento com o

processo de aprendizagem e com quest%es do dia(a(dia em sala de aula, para não

cair na rotina, agindo de forma autorit!ria e tradicional. Os instrumentos e critérios

de avaliaão devem estar em constante @avaliaãoA, quest%es como @para queAavaliar, e @quemA avaliar devem ser refletido constantemente, com o intuito de obter

subs)dios para o professor reorientar e reorganizar suas pr!ticas avaliativas,

possibilitando dessa forma uma nova perspectiva cr)tica do @fazer pedag"gicoA.

Para Uasconcellos /00F, pg. B/2, @Os conselhos de classe podem ser

importantes estratégias na busca de alternativa parra a superaão dos problemas

pedag"gicos, comunit!rios e administrativos da escola.A

# muito importante que o conselho de classe seja um espao democr!tico e

de construão de alternativas onde estão presentes os seguintes elementos6 pr!tica(

refle+ão(transformaão da pr!tica. # dever da escola democr!tica proporcionar o

saber, para isso ela deve ter coragem de ousar, investigar, procurar caminhos para

garantir efetivamente a aprendizagem.

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& ORGANI'AÇÃO DO CONSELHO DE CLASSE: UMA PROPOSTA DE

REESTRUTURAÇÃO

  necessidade de uma proposta para reestruturaão do conselho de classe

se faz necess!ria, visando dar mais sentido e coer$ncia ao processo avaliativo.

O conselho de classe deve ser um momento alegre e prazeroso, e ao

mesmo tempo um "rgão colegiado de discussão, articulaão das mudanas

pedag"gicas. Gm busca de alternativas para propor a reestruturaão do conselho declasse, alguns autores como6 &ruz /00F2, Dalben /00>2, Uasconcellos /00F2,

Dalben ?BB>2, -ant]na ?BBF2, foram consultados, para que desta forma, esta

proposta seja teoricamente fundamentada.

 credita(se que para o resgate do real papel do conselho de classe, deve(

se pensar numa nova estrutura para seu funcionamento que leve em consideraão,

conforme apontado por &ruz ?BB>; /00F26 a auto(avaliaão cr)tica e refle+iva do

professor quanto * sua aão pedag"gica no bimestre; a discussão sobre o perfil da

turma; o levantamento de estratégias coletivas para a realizaão da intervenão

pedag"gica; e por 5ltima a discussão sobre os casos cr)ticos da turma.

  auto(avaliaão cr)tica e refle+iva do professor quanto * sua aão

pedag"gica no bimestre, ir! au+ili!(lo no redirecionamento de suas pr!ticas

avaliativas e pedag"gicas, proporcionando desta forma a aprendizagem mais

eficiente do aluno. auto 3 avaliaão possibilita ao professor6 refletir sobre o pr"prio

trabalho; tornar(se um avaliador de si mesmo e autQnomo de suas decis%es; quebrar

com o preconceito de que s" aluno é avaliado; conscientizar que o coletivo sobrep%e

* aão individual; criar condi%es de apro+imaão com o aluno, favorecendo

relacionamento de companheirismo; olhar os erros como parte do processo, para

que haja construão conjunta do saber.

  auto 3 avaliaão permite ainda que o professor avalie se a pr!tica proposta

anteriormente est! sendo atingida; em que a%es podem avanar; quais foramdificuldades encontradas e de que forma foram enfrentadas; se as inova%es

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metodol"gicas, ou avaliaão estão sendo satisfat"rias; que aspectos precisam ser

retomados, para que aprendizagem seja assimilada.

# importante destacar que os resultados dessa auto 3 avaliaão deve serdiscutido no coletivo, para que todos juntos possam descobrir os poss)veis caminhos

de superaão. Desta forma, os professores estarão desempenhando de maneira

democr!tica e construtiva seu trabalho.

'a seqV$ncia da reunião do conselho de classe, deve(se discutir sobre o

perfil da turma. 'este momento, o coletivo far! um diagn"stico da turma levantando

suas necessidades, para que juntos possam propor a%es concretas de atitudes que

possam produzir as modifica%es desejadas. Para obter informa%es do despenhoda turma, faz(se necess!rio alguns questionamentos como6 Os alunos participam da

aulaR como eles participamR &omo identificar se o aluno est! participando da aulaR

Gm relaão * participaão dos alunos, é importante observar se os alunos6

fazem questionamentos dos conte5dos trabalhados em salaR 8ealizam as

atividades propostasR -ão compromissados com o materialR =rabalham em grupoR

&ooperam com os colegas e professorR

7m ponto fundamental que ir! nortear essa nova estrutura de conselho de

classe é o que est! definido no Projeto( Pol)tico Pedag"gico quanto ao que se

deseja avaliar, tanto em relaão * escola como * turma.

 p"s o diagn"stico da turma, o coletivo vai propor a%es para sanar as

dificuldades levantadas, tornando a aão pedag"gica conjunta e transformadora do

processo ensino e aprendizagem.

O levantamento de estratégias coletivas para realizaão da intervenão

pedag"gica, deve considerar que as pr!ticas pedag"gicas podem ter natureza de6 a2

aão concreta; b2 de atitude; e c2 de pr!tica.

 s pr!ticas pedag"gicas de aão concreta, podem ser definidas de acordo

com as necessidades apontadas pelo coletivo, como e+emplo por e+emplo6 e+cursão,

passeio, vista a museu. 'este caso ao realizar a atividade, é importante registrar os

problemas ocorridos; fazer um contrato de trabalho, a cada in)cio de bimestre;diversificar os instrumentos e critérios de avaliaão; dei+ar claros os objetivos

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pretendidos em cada atividade; e por 5ltimo, revisar os grupos de trabalho, que

devem ser alternados, evitando que se formem @panelinhasA entre os alunos.

J! as pr!ticas de atitude implicam na realizaão de uma auto 3 avaliaão comos alunos, buscando dialogar, incentivar e motivar os alunos na realizaão das

atividades. # importante dei+ar claros os direitos e deveres.

G finalmente, a pr!tica pedag"gica de natureza pr!tica, envolve realizar ao

final de cada m$s uma auto 3 avaliaão com a turma, para verificar se os objetivos

do processo ensino e aprendizagem foram atingidos e reorientar a pr!tica dos

alunos e professor. equipe pedag"gica far! assessoramento *s turmas, uma vez

por m$s. Gsse procedimento deve ser continuo, pois a cada conselho o professortem como dar continuidade no processo de avaliaão.

O 5ltimo momento da reunião do conselho de classe deve ser destinado *

discussão dos casos cr)ticos da turma. O aluno é avaliado como um todo, diante das

dificuldades que o conselho levantou na avaliaão diagn"stica. Gncaminha(se o

aluno para equipe pedag"gica, para que este possa ter acompanhamento por

profissionais especializados.

Os professores diante desta proposta de conselho trabalham com relat"rios

de avaliaão ou pareceres descritivos, não se fala em notas ou conceitos dos

alunos. O aluno é analisado como um todo, em seus v!rios aspectos, não é

simplesmente reduzido ao um n5mero.

Outra proposta, defendida por alguns autores, pode ser agregada * estrutura

de conselho de classe e+posta acima. =rata(se do conselho participativo, que

prop%e a participaão do aluno nas reuni%es de conselho de classe. forma que

muitas escolas t$m utilizado, é a participaão do aluno representante de turma com

mais um colega da sala. Gstes levam suas reivindica%es para o conselho,

assessorados pela equipe pedag"gica.

O aluno tem pouca representatividade neste tipo de conselho, uma vez que o

coletivo dos professores, tem uma representatividade muito mais significativa.

O conselho participativo é realizado em per)odo de aula, no in)cio ou final dohor!rio, para facilitar a organizaão e a participaão de todos alunos e professores2.

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Gntretanto deve ser observado que embora o conselho participativo revele um

avano em termos de gestão democr!tica, um problema que ainda persiste, é a

falta alguns professores, pois muitos trabalham em mais de uma escola. Outro fator

é que muitos alunos ainda não valorizam esse espao que lhes é oportunizado a

participar.

&omo sugestão de encaminhamento,  nos primeiros conselhos os alunos

devem registrar suas observa%es por escrito, sem se identificarem, colocando(as

numa cai+a. não identificaão é justificada pelo fato de eliminar qualquer tipo de

conflito por parte do professores. &ada aluno retira um papel da cai+a e vai lendo o

que foi escrito. uando o professor e aluno tiverem familiarizado com esse tipo de

conselho, as observa%es passam a serem feitas verbalmente.

O aluno sempre inicia a fala, para evitar qualquer tipo de inibião, pois o

professor geralmente tem mais argumento do que o aluno. uando o aluno termina

as suas coloca%es é dada a palavra aos professores.

'este momento, o professor deve esclarecer os pontos que foram levantados

pelos alunos. s vezes esse di!logo torna(se bastante conflituoso. uando o

professor é consciente e aberto acaba tendo retorno positivo. Os alunos também

t$m demonstrado satisfaão e melhoria no processo ensino e aprendizagem.

-e alguma questão levantada, referir a professores que estavam ausentes, a

equipe pedag"gica fica respons!vel em repass!(la ao professor junto com a turma

em sala de aula.

Meralmente, são realizados tr$s conselhos no ano, este é desvinculado de

notas e conceitos, o que interessa e o processo ensino aprendizagem. -egundo

&ruz, @o conselho participativo ou outro nome que se d$ a esta pr!tica, é uma

e+peri$ncia sujeita a cr)tica e aperfeioamento, mas que se tem mostrado positiva

como instrumento de realizaão dos referenciais pedag"gico que defendemosA.

/00F, pag. FL2.

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! CONSIDERAÇ(ES FINAIS

Democracia parece ser uma palavra bastante utilizada no conte+to

educacional atual. -er! que na pr!tica escolar, a democracia, a igualdade, a

liberdade e as oportunidades estão sendo garantidas para todosR

'o decorrer deste caderno tem!tico, discutiu(se as pr!ticas avaliativas, o

sujeito refle+ivo e cr)tico, o papel do conselho de classe na avaliaão, assim como a

necessidade de sua reestruturaão, visando a construão de uma nova sociedade e

de uma nova cultura escolar.

Gnquanto sujeito cr)tico, o professor deve pensar, escutar antes de decidir,

avaliar e dei+ar(se avaliar, ser conseqVente e capaz de ultrapassar dicotomias

paralisantes e finalmente tomar uma decisão respaldada na crena de que todos os

atores da escola se encontram num processo de desenvolvimento e aprendizagem.

Desta forma, o conselho de classe entendido como um momento de refle+ão

das pr!ticas avaliativas pode ser o comeo poss)vel do real para se chegar ao ideal

de uma escola democr!tica.

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Page 28: Conselho de Classe , Um Momento de Reflexao Das Praticas Avaliativas

7/22/2019 Conselho de Classe , Um Momento de Reflexao Das Praticas Avaliativas

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