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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS FRANCIELE BORTOLOTO OCTAVIANO KAMILA SILVA EVANGELISTA MARCELO AUGUSTO DE PAIVA NOGUEIRA SUELLEN SANCHES ARAGÃO DERMATITE SEBORREICA E CASPA: a relação entre dermatite seborreica e caspa em pacientes no município de Fernandópolis e sua epidemiologia FERNANDÓPOLIS 2012

Dermatite seborréica e caspa

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS

FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS

FRANCIELE BORTOLOTO OCTAVIANO KAMILA SILVA EVANGELISTA

MARCELO AUGUSTO DE PAIVA NOGUEIRA SUELLEN SANCHES ARAGÃO

DERMATITE SEBORREICA E CASPA:

a relação entre dermatite seborreica e caspa em pacientes no

município de Fernandópolis e sua epidemiologia

FERNANDÓPOLIS 2012

FRANCIELE BORTOLOTO OCTAVIANO

KAMILA SILVA EVANGELISTA

MARCELO AUGUSTO DE PAIVA NOGUEIRA

SUELLEN SANCHES ARAGÃO

DERMATITE SEBORREICA E CASPA:

a relação entre dermatite seborreica e caspa em pacientes no município de

Fernandópolis e sua epidemiologia

Trabalho de conclusão de curso apresentado à

Banca Examinadora do Curso de Graduação em

Farmácia da Fundação Educacional de

Fernandópolis como exigência parcial para obtenção

do título de bacharel em farmácia.

Orientadora: Profª. Rosana Matsumi Kagesawa

Motta

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS

FERNANDÓPOLIS – SP

2012

FRANCIELE BORTOLOTO OCTAVIANO

KAMILA SILVA EVANGELISTA

MARCELO AUGUSTO DE PAIVA NOGUEIRA

SUELLEN SANCHES ARAGÃO

DERMATITE SEBORREICA E CASPA:

a relação entre dermatite seborréica e caspa em pacientes no município de

Fernandópolis e sua epidemiologia

Trabalho de conclusão de curso aprovado como

requisito parcial para obtenção do título de bacharel

em farmácia.

Aprovado em: 12 de novembro de 2012.

Banca examinadora Assinatura Conceito

Profª. Rosana Matsumi Kagesawa

Motta

Profª. Vanessa Maira Rizzato Silveira

Prof. Dr. Marcos de Lucca Júnior

Prof.ª Esp. Rosana Matsumi Kagesawa Motta

Presidente da Banca Examinadora

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois

sem ele nada seria possível. Aos meus pais

Benedito e Ana, a base sólida que me deu todo o

apoio necessário para que chegasse até aqui, meus

maiores exemplos. Aos meus tios Carlos, Aparecido

e Alvina, pelo apoio, compreensão e dedicação. As

minhas irmãs Mariele e Mariana por todo amor e

carinho. Ao meu namorado Ruanito por estar

sempre ao meu lado me incentivando, e me

ajudando nos momentos em que mais precisei. Á

toda a minha família, mesmo não estando citados

aqui, tanto contribuíram para a conclusão desta

etapa. Amo vocês.

Franciele Bortoloto Octaviano

Dedico este meu trabalho a nosso Senhor, que me

guia e ilumina me dando a graça de viver cada dia,

oferecendo-me este caminho. Aos melhores pais do

mundo, Dulcineide e Carlos, que juntos estão á luta,

para que eu possa realizar esta etapa, que não é um

sonho apenas meu, mas deles também. Dedico á

meu irmão Bruno e ao meu namorado Welinton, que

logo passarão por este momento, e precisarão da

mesma força e carinho que recebo deles hoje. E em

especial quero dedicar a minha avó Ana, que foi a

pessoa que mais sofreu com a minha distância.

Kamila Silva Evangelista

Dedico primeiramente a Deus, sem ele, eu nada

seria e ao maior presente que Deus pode ter me

dado, minha mãe Inêz, meu maior exemplo.

Obrigado por cada incentivo, pelas orações em meu

favor, pela preocupação para que sempre estivesse

andando pelo caminho correto. Dedico a todos que

de certa forma tanto contribuíram para a conclusão

desta etapa e para o Marcelo que sou hoje.

Marcelo Augusto de Paiva Nogueira

Dedico este trabalho de conclusão de graduação a

Deus, em primeiro lugar, por ser meu mestre, me

guiar e iluminar por toda essa jornada, por todos os

obstáculos colocados em minha vida, mostrando o

quanto sou capaz de vencer e superar cada um

deles.

Aos meus pais Rubens e Susana, irmãs Nikolly e

Niellen e meu namorado Valdir, por toda força e

principalmente por acreditarem na minha capacidade

em vencer.

Suellen Sanches Aragão

AGRADECIMENTOS

Acima de tudo á Deus, que sempre esteve ao nosso lado e nos privilegiou

exercer esta profissão magnífica. Aos nossos pais que nos deram toda a estrutura

para que nos tornássemos a pessoa que somos hoje. Pela confiança e amor que

nos fortalece.

Em especial agradecemos a nossa professora Rosana, que foi nossa

orientadora, estando sempre presente e esclarecendo as nossas dúvidas, tendo

muita paciência, competência, confiança, conhecimentos e principalmente a

amizade.

“Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas tu

não serás atingido.”

Salmo 91: 7

RESUMO

A dermatite seborréica e a caspa são patologias que estão interligadas, onde respectivamente a primeira é a forma inflamatória, que acomete principalmente o couro cabeludo, podendo atingir também outras partes do corpo, tendo afinidade por partes que sejam cobertas por pelos. E a segunda, é uma forma simples, isenta de inflamação e que acomete somente o couro cabeludo. A etiopatogênia da dermatite seborréica ainda não esta completamente estabelecida, muitos acreditam que um dos principais causadores desta patologia é o fungo Malassezia spp. podendo também haver outros causadores como alguns fármacos psicotrópicos, fatores emocionais, obesidade, epilepsia, alcoolismo e doenças como Parkinson e isquemia do miocárdio. A dermatite seborréica tem uma grande prevalência em crianças e portadores do vírus HIV. Suas lesões são caracterizadas por eritemas, escamas amareladas ou gordurosas, podendo ter prurido ou não. Em seu tratamento são empregados princípios ativos com ação antimicótica, antifúngica e anti-inflamatória, podendo ser o tratamento com ou sem prescrição médica, dependendo do princípio. Isotretinoína, radiação ultravioleta e algumas formulações magistrais são alternativas para o tratamento da dermatite seborréica. De acordo com a pesquisa realizada, 64% dos entrevistados do município de Fernandópolis apresentam caspa. 5% apresentam dermatite seborréica, e apenas 31% deles não apresentam nenhuma das patologias em questão. Foi possível concluir que a dermatite seborréica e a caspa são a mesma patologia, sendo que o que as diferencia é o grau em que se apresentam, e os agentes etiológicos. Observou-se também que dos entrevistados que relataram ter a caspa (64%), alguns desconsideram esta patologia e não buscam tratamento adequado. Palavras-chave: Dermatite seborréica. Caspa. SIDA. Malassezia spp. Antifúngicos.

ABSTRACT

The seborrheic dermatitis and the dandruff are pathologies that are interconnected, where respectively the first is the form inflammatory, that affects mainly the scalp, may reach too orthers body part, having affinity by parts that are covered by hair. And the second, is a simple, free of inflammation that affects only the scalp. The pathogenesis of seborrheic dermatitis is not yet fully established, many believe that a major of this disease is the fungus Malassezia spp. may also be olther causes as some psychotropic drugs, emotional factors, obesity, epilepsy, alcoholism and diseases such as Parkinson’s and ischemic myocardium. The seborrheic dermatitis has a large prevalence in children and bearers of the HIV virus. Their lesions are characterized by erythematous, scaly or yellowish greasy and may have itching or not. In its treatment ar employed active principles with antimycotic, antifungal and anti-inflammatory treatment. May be with or without prescription depending on principle. Isotretinoin, ultraviolet radiation and some alternatives are magistral formulations for the treatment seborrheic dermatitis. According to the survey, 64% of respondents in the municipality of Fernandópolis have dandruff. 5% have seborrheic dermatitis, and only 31% of them do not have any of the diseases in question. It was concluded that seborrheic dermatitis and dandruff are the same pathology, and what differentiates them is the degree to which present themselves, and the etiological agents. It was also observed that the respondents who reported having dandruff (64%), some disregard this disease and do not seek treatment.

Key words: Seborrheic dermatitis. Dandruff. AIDS. Malassezia spp. Antifungals.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Caspa sobre a roupa 19

Figura 2 - Dermatite seborréica no couro cabeludo 19

Figura 3 - Dermatite Seborréica no couro cabeludo infantil 21

Figura 4 - Dermatite Seborréica característica de pacientes com SIDA 22

Figura 5 - Sexo dos entrevistados 35

Figura 6 - Conhecimento das patologias capilares 36

Figura 7 - Caspa X Dermatite Seborréica 37

Figura 8 - Utilização do xampu anticaspa 37

Figura 9 - Xampu – princípios ativos 38

Figura 10 - Manifestações clínicas da dermatite seborréica 39

Figura 11 - Áreas acometidas pela dermatite seborréica 40

Figura 12 - Tratamento da dermatite seborréica 41

Figura 13 - Prescrição médica 42

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CFF – Conselho Federal de Farmácia

HIV – Human Immunodeficiency Virus

PUBMED – Public Medline

Q.S.P – Quantidade Suficiente Para

SD – Dermatite Seborréica

SIDA – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

UV – Ultravioleta

UVA – Ultravioleta A

UVB – Ultravioleta B

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 15

1.1 DERMATITE SEBORRÉICA ......................................................................... 15

1.2 ETIOLOGIA ................................................................................................... 16

1.2.1 Caspa ......................................................................................................... 16

1.2.2 Dermatite Seborréica ............................................................................... 16

1.2.2.1 Malassezia spp. ...................................................................................... 16

1.2.2.2 Outros fatores .......................................................................................... 17

1.3 QUADRO CLÍNICO ....................................................................................... 18

1.3.1 Caspa ......................................................................................................... 18

1.3.2 Dermatite Seborréica ............................................................................... 19

1.4 DERMATITE SEBORRÉICA INFANTIL ........................................................ 20

1.5 DERMATITE SEBORRÉICA EM PACIENTES PORTADORES DA SIDA .... 21

1.6 TERAPIA ....................................................................................................... 23

1.6.1 Tratamento isento de prescrição ............................................................ 23

1.6.1.1 Sulfeto de Selênio ................................................................................... 23

1.6.1.2 Piritionato de Zinco .................................................................................. 24

1.6.1.3 Climbazol ................................................................................................. 24

1.6.1.4 Alcatrão ................................................................................................... 24

1.6.1.5 Óleo de Melaleuca .................................................................................. 25

1.6.2 Tratamento por prescrição ...................................................................... 25

1.6.2.1 Antifúngicos ............................................................................................. 25

1.6.2.1.1 Cetoconazol ......................................................................................... 26

1.6.2.1.2 Itraconazol ............................................................................................ 26

1.6.2.1.3 Ciclopirox Olamina ............................................................................... 27

1.6.2.1.4 Outros antifúngicos .............................................................................. 37

1.6.2.2 Anti-inflamatórios ..................................................................................... 28

1.6.2.2.1 Esteroides ............................................................................................ 28

1.6.2.2.1.1 Desonida .......................................................................................... 29

1.6.2.2.1.2 Hidrocortisona ................................................................................. 29

1.6.2.2.2 Não esteroides ..................................................................................... 29

1.6.2.2.2.1 Pimecrolimo ..................................................................................... 30

1.6.2.2.2.2 Tacrolimo ......................................................................................... 30

1.6.2.3 Isotretinoína ............................................................................................. 30

1.6.2.4 Radiação Ultravioleta .............................................................................. 31

1.6.2.5 Formulações magistrais .......................................................................... 31

2 OBJETIVOS ..................................................................................................... 33

2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .........................................................................

33

33

3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................... 34

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................... 35

5 CONCLUSÃO .................................................................................................. 43

REFERENCIAS ................................................................................................... 44

APÊNDICE A ...................................................................................................... 48

15

1 INTRODUÇÃO

A dermatite seborréica é uma doença frequente onde acomete 3-5% dos

adultos jovens. Inicia-se geralmente na adolescência trazendo desconforto ao

paciente, gerado pela associação entre prurido e alterações estéticas. É uma

doença inflamatória que afeta as áreas com maior concentração de glândulas

sebáceas. Desenvolve-se de maneira crônica, com períodos de grande aumento.

(NEMER, 2009)

A caspa, a forma não inflamatória da dermatite seborréica, onde ocorre o

aumento da descamação do couro cabeludo, é considerada um processo fisiológico.

Assim como a dermatite seborréica a caspa também deve ser considerada uma

doença. (MANUEL, 2010)

Para conhecer o perfil dos pacientes com dermatite seborréica foi aplicado um

questionário com 20 perguntas em 100 pessoas aleatoriamente. A importância deste

trabalho foi à verificação do número de pacientes acometidos por esta patologia.

1.1 DERMATITE SEBORRÉICA

A caspa (Pitiríase capitis) é a forma não inflamatória da dermatite seborréica,

onde há aumento da descamação do couro cabeludo, essa descamação é

considerada um processo fisiológico. Assim como a dermatite seborréica a caspa

também deve ser considerada uma doença. (MANUEL, 2010)

Entretanto, apenas alguns autores consideram a caspa como a forma branda

da dermatite seborréica, enquanto outros atribuem o seu aparecimento somente á

aceleração da multiplicação celular. (NEMER, 2009)

Quase metade da população na idade da pré-adolescência de qualquer etnia

e gênero, é afetada pela caspa, podendo se agravar muitas vezes no inverno, como

a pele seca do couro cabeludo predispõe a caspa não é claramente compreendido.

(RANGANATHAN; MUKAHOPADHYAY, 2010)

Dermatite seborréica é uma doença comum da pele, sendo ela inflamatória e

crônica. Ela tende a afetar principalmente as áreas que contêm grande quantidade

de glândulas sebáceas, tais como o couro cabeludo, peito e face, ocorrendo no

16

sulco nasogeniano e prega nasolabial, bem como as sobrancelhas e glabela.

(BERK; SCHEINFELD, 2010)

Segundo Steiner (1998), citado por Formariz et al (2005), “a dermatite

seborréica ou eczema seborréico é uma alteração crônica não contagiosa”.

1.2 ETIOLOGIA

1.2.1 Caspa

Está bem estabelecida a causa não microbiana da caspa. O excesso de

lavagem, alguns produtos cosméticos, poeira e exposição excessiva a luz solar são

fatores conhecidos por causar descamação exacerbada do couro cabeludo. Na

caspa, a resposta imune não é alterada. (RANGANATHAN; MUKAHOPADHYAY,

2010)

1.2.2 Dermatite Seborréica

1.2.2.1 Malassezia spp.

Embora a patogênese não esteja completamente estabelecida, alguns

acreditam que a dermatite seborréica esteja associada com a colonização de

leveduras do gênero Malassezia spp. presente na pele de indivíduos infectados.

(BERK; SCHEINFELD, 2010)

Malassezia spp. é um fungo lipofílico normalmente encontrado na pele

humana. De acordo com sua primeira classificação foi denominada Pityrosporum

ovale e Pityrosporum orbiculare, mais tarde, concluiu-se que ambas as formas são

morfologicamente da mesma espécie. Não há diferença na quantidade de

Malassezia spp. entre os indivíduos com dermatite seborréica e os indivíduos

17

saudáveis. Isto sugere que há outros mecanismos fisiopatológicos associados á uma

reação anormal a Malassezia spp. e que não está necessariamente relacionada a

sua quantidade. Embora crianças que apresentam dermatite seborréica apresentam

maior quantidade de Malassezia spp. em comparação com crianças sem a doença.

Portanto, o desenvolvimento da dermatite seborréica depende de três fatores: a

produção de sebo, a Malassezia spp. e a susceptibilidade do indivíduo. (SAMPAIO

et al, 2011)

A Malassezia spp. consome os ácidos graxos saturados liberando ácidos

graxos insaturados, que por sua vez promovem inflamação em indivíduos

susceptíveis. (STEFANAKI; KATSAMBAS, 2010)

O mecanismo de resposta á Malassezia spp. permanece desconhecida.

Acredita-se que há toxicidade direta, reação imunológica, ou falha do mecanismo

supressor da resposta imunológica normal a Malassezia spp. (NEMER, 2009)

1.2.2.2 Outros Fatores

Algumas das condições que já foram relatadas como uma pré-disposição á

dermatite seborréica incluem o vírus da imunodeficiência humana (HIV), condições

neurológicas como a doença de Parkinson e pancreatite alcoólica. (MANRÍQUEZ;

URIBE, 2007)

Também são fatores relacionados: internações prolongadas, isquemia do

miocárdio, obesidade, epilepsia e alcoolismo. (NEMER, 2009)

A dermatite seborréica ocorre frequentemente em pacientes tratados com

algumas drogas psicotrópicas. (BERK; SCHEINFELD, 2010)

Drogas como cimetidina e metildopa também tem sido implicadas como

agentes etiológicos de alguns casos de dermatite seborréica. (NEMER, 2009)

A privação do sono e o estresse estão correlacionados a indução da dermatite

seborréica. (SAMPAIO, 2011)

Fatores físicos como a ação do frio e do vento, assim como o calor, o sol, a

umidade e o suor, causam o agravamento do quadro clínico, na maior parte dos

pacientes. (NEMER, 2009)

18

Alguns alimentos estimulam o depósito de gordura na pele, sendo

aconselhável evitar a ingestão de tais alimentos: cereais e derivados, frituras,

chocolates, pé-de-moleque, carne gorda, iogurte, abacate, ovos, queijos, entre

outros. (FONSECA; PRISTA, 2000)

1.3 QUADRO CLÍNICO

Clinicamente a dermatite seborréica é apresentada de forma variada e inclui

diferentes quadros de extensão e severidade. Com maior concentração nas áreas

de atividade das glândulas sebáceas as lesões são papuloescamosas, eritematosas

ou amareladas, cobertas por escamas gordurosas, exibem caráter crônico e

renovação com maior intensidade, cada área afetada apresenta os seus aspectos

clínicos específicos, por exemplo, o couro cabeludo que é o local mais acometido

pela dermatite seborréica apresenta diversos graus de descamação, podendo ou

não ter reação inflamatória. (NEMER, 2009)

1.3.1 Caspa

A caspa pode ser considerada um distúrbio fisiológico. (MANUEL;

RANGANATHAN, 2011)

A maioria dos indivíduos apresenta esta queixa em algum momento da vida [...]. A caspa se caracteriza por descamação fina, esbranquiçada e difusa do couro cabeludo, associada com pouco ou nenhum eritema e ausência de inflamação. Prurido, quando presente, é discreto. O couro cabeludo tem aspecto “seco”; os pacientes se queixam de “esfarelamento” na roupa e em outras pessoas. (NEMER, 2009, p. 218)

19

Figura 1: Caspa sobre a roupa Fonte: (http://grifei.com/2012/06/02/chega-de-caspa-como-escolher-o-melhor-shampoo-anti-caspa/)

1.3.2 Dermatite Seborréica

Figura 2: Dermatite Seborréica no couro cabeludo Fonte: (http://dermatologia.net/novo/base/doencas/ds.shtml)

O couro cabeludo é atingido por lesões eritematosas e escamosas.

(ALMEIDA, 2007)

A manipulação frequente das lesões pode causar uma infecção secundária e

gânglios dolorosos, podendo haver a queda de cabelo após ter coçado o local.

(NEMER, 2009)

20

Nas flexuras as lesões são eritematosas e amareladas, e progridem para a

pele vizinha, nas regiões inguinais, glútea ou mamária as lesões apresentam

descamações finas. (FEROLLA, 2010)

Na face, particularmente acomete os sulcos nasogeniano, área retroauricular

e também acomete a glabela. (ALMEIDA, 2007)

A dermatite seborréica da face consiste em eritema e descamação em

diferentes intensidades constituindo assim sua principal característica. Considerada

como uma das principais causas de otite externa a dermatite seborréica apresenta

lesões descamativas ao longo do canal auditivo. (NEMER, 2009)

“As lesões podem ser tornar generalizadas, eritematosas e pruriginosas e

podem evoluir para um estado eritrodérmico que, quando ocorre no recém-nascido,

é conhecido como eritrodermia esfoliativa.” (FEROLLA, 2010)

A dermatite seborréica na forma generalizada assume o aspecto de dermatite

esfoliativa, necessitando de uma diferenciação específica de outras doenças como

psoríase e a própria dermatite esfoliativa. (NEMER, 2009)

1.4 DERMATITE SEBORRÉICA INFANTIL

Segundo Pibernat (1999) citado por Formariz et al (2005), a forma infantil da

dermatite seborréica, conhecida também como crosta láctea é observada durante os

primeiros meses de vida, por volta da segunda semana e o sexto mês.

A forma pediátrica é auto limitada, enquanto que nos adultos a doença é

crônica. (SAMPAIO et al, 2011)

A dermatite seborréica infantil ocorre devido ao aumento dos hormônios

andrógenos masculinos durante a gravidez, os mesmos são repassados para o

recém-nascido, aumentando as atividades das glândulas sebáceas. (HUGH, 1964)

Como nos adultos, considera também o fungo Malassezia spp. como um dos

principais causadores da crosta láctea. (NEMER, 2009)

Segundo Du Vivier (1995) citado por Formariz et al. (2005) a crosta láctea é

caracterizada por escamas amarelas grosseiras no couro cabeludo. Essas

descamações se disseminam pela face, sob o pescoço, nas axilas e, em alguns

casos no corpo e na área da fralda.

21

De acordo com Pibernat (1999) citado por Formariz et al. (2005) observa-se

regressão das lesões, com melhora espontânea do quadro antes dos seis meses de

vida.

Associada a diarreia severa, vômitos, anemia e febre o quadro é denominado

doença de Leiner ou eritrodermia esfoliativa. (NEMER, 2009)

A dermatite causada por fraldas não afeta às dobras do corpo, ao contrário da

dermatite seborréica que afeta essas áreas predominantemente. Psoríase infantil é

muito semelhante à dermatite seborréica infantil e é quase impossível fazer

diferenciação entre estas duas condições. (SAMPAIO et al, 2011)

Figura 3: Dermatite Seborréica no couro cabeludo infantil Fonte: (http://coisinhasdashekmet11.blogspot.com.br/2011/03/casquinhas-na-cabeca-do-bebe-crosta.html)

1.5 DERMATITE SEBORRÉICA EM PACIENTES PORTADORES DA SIDA

Segundo Sampaio e Rivitti (1998) citado por Roza et al (2003) a síndrome da

imunodeficiência (SIDA) se caracteriza por uma importante depressão celular, que

proporcionam a ocorrência de infecções. As manifestações da doença ocorrem

frequentemente, atingindo mais de 90% dos pacientes em alguma fase de sua

evolução.

22

De acordo com Mathes & Douglas (1985) citado por Roza et al (2003) 80%

dos pacientes com SIDA apresentam dermatite seborréica.

A dermatite seborréica esta diretamente relacionada com o declínio das

células CD4+, que são moléculas que se expressam na superfície de linfócitos T.

Estas células tem a função de coordenar a defesa imunológica contra vírus,

bactérias e fungos. É uma das manifestações dermatológicas que atuam como

marcadores de progressão da SIDA. (CEDENO-LAURENT et al, 2011)

Portadores do vírus HIV geralmente tem incidência aumentada na dermatite

seborréica, pois tem maior facilidade de infecções fúngicas. Apresenta na pele um

número maior de Malassezia spp. do que os que não possuem dermatite seborréica.

(AZULAY, 2011)

A resposta ao tratamento antirretroviral é variável e há relatos conflitantes,

alguns pesquisadores relatam uma melhora na dermatite seborréica com o inicio do

tratamento antirretroviral, enquanto outros relatam uma piora no quadro clínico.

(SAMPAIO et al, 2011)

Tanto succinato de lítio quanto gluconato de lítio tem sido usado com sucesso

e demonstrado eficácia em pacientes portadores do vírus HIV com dermatite

seborréica facial. (STEFANAKI; KATSAMBAS, 2010)

Figura 4: Dermatite Seborréica característica de pacientes com SIDA Fonte: (http://www.jped.com.br/conteudo/06-82-06-411/port_print.htm)

23

1.6 TERAPIA

O maior fator de aderência ao tratamento é a orientação adequada aos pacientes. Muitos não se conscientizam que a DS é uma doença crônica, sem cura completa, com períodos de crise e acalmia, e que as opções terapêuticas não são sempre satisfatórias e mesmo produzindo melhora ou remissão devem ser mantidas por tempo indefinido. (NEMER, 2009)

Diversas modalidades podem ser eficazes no tratamento da dermatite

seborréica. O mecanismo de ação dos tratamentos mais comuns inclue a inibição da

colonização de leveduras (Malassezia spp), a redução de prurido e eritema e a

redução da inflamação. O tratamento é constituído por agentes antifúngicos,

corticosteroides, imunomoduladores e agentes ceratolíticos. (BERK; SCHEINFELD,

2010)

As terapias essenciais da dermatite seborréica são os tratamentos tópicos.

(STEFANAKI; KATSAMBAS, 2010)

1.6.1 Tratamento isento de prescrição

No tratamento isento de prescrição, são utilizados basicamente xampus

anticaspa, tendo como mecanismo de ação uma ação citostática onde há uma

aderência residual ao couro cabeludo após o uso do xampu na lavagem dos

cabelos. (SILVA, 2002).

1.6.1.1 Sulfeto de Selênio

Presente em formulações de xampus a 2,5%, eficaz quando utilizado 2 vezes

por semana, sendo inferior ao cetoconazol. (BERK; SCHEINFELD, 2010)

24

1.6.1.2 Piritionato de Zinco

Encontrado em concentrações de 1% e 2% é um ingrediente ativo mais

encontrado em xampus anti-caspa tendo ação antimicrobiana. Disponível em

formulação de cremes a 1%. Pode ser eficaz isoladamente ou em combinação com

cetoconazol ou ciclopirox. (BERK; SCHEINFELD, 2010)

Em comparação com xampu cetoconazol 2% o xampu de piritionato de zinco

1% produziu resultados inferiores. (STEFANAKI; KATSAMBAS, 2010)

1.6.1.3 Climbazol

Climbazol é um antifúngico que tem ação específica contra o fungo causador

da caspa, não atinge a microbiota do couro cabeludo saudável, já os anti-caspa

comuns agem com mais expressão sobre os micro-organismos constituintes da

microbiota da pele. O climbazol dispõe de melhores resultados no combate a caspa

com menores prejuízos ao paciente. (MAYSER; ARGEMBEAUX; RIPPKE, 2003)

Disponível nas concentrações de 0,5% a 2%, com aplicação de 3 vezes por

semana, por um período de 4 semanas. (NEMER, 2009)

1.6.1.4 Alcatrão

A ação do alcatrão na dermatite seborréica é dada por suas propriedades

anti-inflamatórias, antifúngicas e pela inibição da secreção de sebo. (STEFANAKI;

KATSAMBAS, 2010)

Encontrado em concentrações de 1% a 4% com aplicações de 2 vezes por

semana, por um período de 4 semanas. (NEMER, 2009)

25

Deve haver cuidado quando administrada em crianças pequenas já que a

toxicidade do alcatrão podem causar náuseas, vômitos e a urina ficar preta. (BERK;

SCHEINFELD, 2010)

1.6.1.5 Óleo de Melaleuca

É um óleo essencial com grande importância medicinal, pois possui ação

bactericida, anti-inflamatória e antifúngica contra diversos patógenos humanos,

sendo utilizados em formulações tópicas. (OLIVEIRA et al, 2011)

Foi observado um benefício com concentração de 5% e tem sido usada como

uma alternativa natural para o tratamento da dermatite seborréica do couro

cabeludo. (BERK; SCHEINFELD, 2010)

1.6.2 Tratamento por prescrição

1.6.2.1 Antifúngicos

O tratamento da caspa e da dermatite seborréica exigem abordagem racional

e compreensão, deve ser adaptada a cada paciente. Antes de aplicar qualquer linha

antifúngica de terapia a etiologia fúngica deve ser confirmada. (MANUEL, 2010)

“Apresentam grande eficácia terapêutica, mas há uma porcentagem de 5%-

10% dos pacientes, nos quais não haverá resposta favorável.” (NEMER, 2009)

Os agentes antifúngicos são a principal terapia, principalmente na forma de

azol. (BERK; SCHEINFELD, 2010)

A administração oral de antifúngicos é muito questionada, pois o tratamento

traz o risco potencial de graves efeitos colaterais em uso repetitivo. (STEFANAKI;

KATSAMBAS, 2010)

26

Alguns pacientes podem apresentar alguns efeitos adversos associados com

antifúngicos tópicos tais como: sensação de queimadura ou prurido, e ressecamento

da pele. (BERK; SCHEINFELD, 2010)

1.6.2.1.1 Cetoconazol

O tratamento tópico consiste em cetoconazol creme em concentrações de

2%, com posologia de 12 em 12 horas, por um período de 3 á 4 semanas. (NEMER,

2009)

A ação antifúngica do cetoconazol se deve ao fato dele inibir o sistema

citocrômico que causa a 14-desmetilação do lanesterol, o precursor do ergosterol, e

sendo assim impede a sua biossíntese; este efeito altera a permeabilidade da

membrana da célula fúngica, o que vai levar a parada do crescimento ou a morte do

fungo. Além disso, também inibe a biossíntese de triglicerídios e fosfolipídios por

parte dos fungos; inibe a atividade enzimática oxidativa e peroxidativa, o que resulta

na formação intracelular de concentrações tóxicas de peróxido de hidrogênio. O

peróxido de hidrogênio contribui para a deterioração das organelas subcelulares e

necrose celular. (FRANÇA, 2006)

Drogas sistêmicas também podem ser utilizadas, principalmente nos casos de

dermatite seborréica extensa e casos refratários à medicação tópica. Cetoconazol

200 mg por um período de 14 dias é a dose recomendada. (SAMPAIO et al, 2011)

Sua combinação com piritionato de zinco e sulfeto de selênio podem ser

muito eficaz. (BERK; SCHEINFELD, 2010)

1.6.2.1.2 Itraconazol

A ação antifúngica e anti-inflamatória do itraconazol oral e a sua eficácia

contra a Malassezia spp. sugerem que o mesmo pode ser um dos tratamentos mais

seguros e eficazes da dermatite seborréica. (JAYASRI et al, 2011)

27

É um composto triazólico absorvível pela via oral, que age alterando a

permeabilidade celular. (MUNIZ et al., 2009)

O itraconazol tem uma ligação fraca ao citocromo P450, por isso causa

menos efeitos adversos. (BERK; SCHEINFELD, 2010)

É sugerido uma posologia de 200 mg diárias por um período de 7 dias

consecutivos. (NEMER, 2009)

1.6.2.1.3 Ciclopirox Olamina

O ciclopirox é um agente antifúngico que também possui propriedades anti-

inflamatórias, é eficaz contra a Malassezia spp., tornando-se uma boa opção para o

tratamento da dermatite seborréica. (GUPTA; NICOL, 2006)

Seu mecanismo de ação é baseado na inibição da absorção de íons potássio,

fosfato e aminoácidos pelos fungos, ocasionando morte celular. (SÁNCHEZ-

CARAZO et al., 1999).

Sua concentração é de 0,1% á 1%, as taxas de respostas são dependentes

da dose, o uso mais frequente produz melhores resultados. (STEFANAKI;

KATSAMBAS, 2010)

É apresentado nas formas de creme, solução e loção com posologia de 2

vezes ao dia por um período de 4 semanas. (NEMER, 2009)

Na forma de xampu é utilizado de 2 á 3 vezes por semana até o

desaparecimento ser alcançado. (BERK; SCHEINFELD, 2010)

1.6.2.1.4 Outros antifúngicos

Foi comprovado que o xampu de fluconazol 2% também é eficaz em

pacientes com dermatite seborréica da face, embora este produto ainda não esteja

disponível no Brasil. (BONI; ELEWSKI, 2009)

28

Com ação sistêmica o fluconazol é apresentado na forma de cápsulas de 150

mg, com a posologia de 1 vez por dia por um período de 3 dias consecutivos. Este

medicamento é contra indicado na gravidez. (NEMER, 2009)

O antifúngico miconazol também é eficaz contra a dermatite seborréica, tanto

como monoterapia quanto em combinação com hidrocortisona. (BONI; ELEWSKI,

2009)

Encontrado na forma de creme, loção cremosa e pó á 2% tem a posologia de

2 vezes ao dia por um período de 4 semanas. (NEMER, 2009)

Ambos os fármacos, são da classe dos azólicos que tem como mecanismo de

ação a inibição da síntese de ergosterol. (GROLL; KOLVE, 2004)

1.6.2.2 Anti-inflamatórios

1.6.2.2.1 Esteroides

O tratamento com esteroides podem ser mais benéficos aos pacientes com

dermatite seborréica secundária, que é associada com a infecção por HIV. (BERK;

SCHEINFELD, 2010)

Os esteroides de baixa e média potência de aplicação tópica são indicados

para o início do tratamento, por si só ou em combinação com agente antifúngico,

limitando a inflamação. (STEFANAKI; KATSAMBAS, 2010)

No entanto os esteroides de alta potência têm sido associados a um grande

número de eventos adversos, incluindo os efeitos o córtex suprarrenal e efeitos

sobre a pele. (BONI; ELEWSKI, 2009)

29

1.6.2.2.1.1 Desonida

A desonida é um esteroide de baixa potência com um perfil excelente de

segurança e tem sido amplamente usada como tratamento tópico da dermatite

seborréica. (KIRCIK, 2009)

Encontrado em forma de loção e creme á 0,05% com uma posologia de 2

vezes ao dia. (NEMER, 2009)

1.6.2.2.1.2 Hidrocortisona

A hidrocortisona é utilizada para tratar dermatite seborréica moderada, pois se

trata de um esteroide de baixa potência, este fármaco atua a fim de aliviar a

inflamação. (OLIVEIRA; FERNANDES, 2010)

Encontrado na forma de creme e pomada á 1%, é aplicado de 1 a 3 vezes ao

dia. (NEMER, 2009)

1.6.2.2.2 Não Esteroides

Os inibidores tópicos da calcineurina proporcionam uma alternativa segura

para o tratamento da dermatite seborréica, estes fármacos agem bloqueando a

cascata inflamatória e não representam um risco de atrofia da pele. (COOK;

WARSHAW, 2009)

É contra indicado o uso em longo prazo devido ao aumento de reações

adversas. (BERK; SCHEINFELD, 2010)

30

1.6.2.2.2.1 Pimecrolimo

O pimecrolimo 1% se demonstrou tão eficaz como os esteroides tópicos, além

disso, demonstrou benefícios adicionais, tais como longos períodos de remissão e

recaídas mais leves. (STEFANAKI; KATSAMBAS, 2010)

Certifica-se que o fármaco não esteroide pode ser uma alternativa excelente

para o tratamento da dermatite seborréica. (RIGOPOULOS et al, 2004)

É utilizado de 12 em 12 horas por um período de 4 semanas. (STEFANAKI;

KATSAMBAS, 2010)

1.6.2.2.2.2 Tacrolimo

Possui também atividade fungicida contra a Malassezia spp. (BERK;

SCHEINFELD, 2010)

O fármaco demonstrou ter maior eficácia do que os esteroides tópicos. O

tratamento no couro cabeludo se torna inconveniente devido ao aumento da

viscosidade da pomada de tacrolimo. É apresentado em forma de pomada a 0,1% e

tem posologia de 2 vezes ao dia, por um período de 4 semanas. (STEFANAKI;

KATSAMBAS, 2010)

1.6.2.3 Isotretinoína

Tem ação sebos supressor, modifica o tamanho, a função das glândulas

sebáceas, e a composição do sebo excretado. (NEMER, 2009)

Por ter um efeito regulador da seborreia a isotretinoína oral foi eficaz para o

controle da dermatite seborréica. A utilização de doses muito baixas da droga

mostrou boa eficácia. O uso da isotretinoína vem se tornando progressivamente

mais rara. (SAMPAIO et al, 2011)

31

Utiliza-se 0,5 mg/Kg/dia durante 5 a 6 meses, onde há uma diminuição de

cerca de 90% da secreção sebácea após a 4ª semana de tratamento. (NEMER,

2009)

1.6.2.4 Radiação Ultravioleta

Os raios UVA e UVB apresentam um efeito inibidor ao crescimento da

Malassezia spp. (NEMER, 2009)

A fototerapia tem sido empregada como um tratamento útil para a dermatite

seborréica generalizada. Pode apresentar alguns efeitos adversos, como ardor,

coceira e pode ocasionar um risco de malignidade após a exposição à luz UV.

(BERK; SCHEINFELD, 2010)

A maioria dos pacientes responde bem a terapia. (STEFANAKI;

KATSAMBAS, 2010)

1.6.2.5 Sugestões de Formulações magistrais

Xampu com sulfato de zinco

Sulfato de zinco 0,5% Antimicrobiano

Vitamina B6 0,5% Fortalecedor Imunológico

Xampu q.s.p 100 mL Veículo

Xampu com cetoconazol

Cetoconazol 2% Antifúngico

Alantoína 0,5% Anti-inflamatório

Xampu q.s.p 100 mL Veículo

Xampu com sulfeto de selênio

Sulfeto de selênio 2% Antifúngico

Xampu q.s.p 100 mL Veículo

32

Xampu com Óleo de Melaleuca

Óleo de malaleuca 5% Antimicrobiano e Antifúngico

Xampu q.s.p 100 mL Veículo

Estas formulações são indicadas para caspa e seborreia do couro cabeludo.

“O uso contínuo, durante meses, do sulfeto de selênio, pode determinar uma

discreta alopecia e mesmo exarcebar a seborréia. Não deve ser usado quando

houver inflamação ou prurido.” (BATISTUZZO; ITAYA; ETO, 2005)

33

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Tem como objetivo geral o conhecimento da relação entre dermatite

seborréica e caspa em pacientes no município de Fernandópolis e a sua

epidemiologia.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos deste trabalho foram:

Conhecer os principais tratamentos das patologias;

Verificar os princípios ativos mais utilizados;

Conhecer quais os sintomas mais frequentes e as áreas mais

acometidas;

Verificar se há acompanhamento médico.

34

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Esta pesquisa foi desenvolvida no mês de julho de 2012, a partir de um

questionário aplicado em 100 pessoas do município de Fernandópolis

aleatoriamente, onde, estas pessoas eram abordadas na rua. Este questionário

contou com 20 perguntas direcionadas aos pacientes.

Os questionários foram devidamente preenchidos sem identificação dos

pacientes, realizando um levantamento através de entrevista pessoal, onde se

apresentou as mesmas questões, na mesma ordem para todos os participantes da

pesquisa.

Este trabalho também se constituiu em uma pesquisa bibliográfica, realizada

na biblioteca da FEF e Unicastelo, através de levantamento de dados sobre os

aspectos que envolvem as afecções do couro cabeludo, mas precisamente a caspa

e a dermatite seborréica, que estão interligadas.

Foram feitas buscas de artigos científicos em sites como: Scielo, Pubmed,

CFF, Google Acadêmico, utilizando como descritores: dermatite seborréica, caspa,

dermatite infantil, dermatite em portadores da HIV, agentes antifúngicos.

35

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A figura 5 representa o sexo dos entrevistados, onde 66% são do sexo

feminino e 34% sendo do sexo masculino. Estes valores foram obtidos por meio de

pesquisa aleatória no município de Fernandópolis, onde os entrevistados foram

abordados nas ruas, sem local específico.

Figura 5: Sexo dos entrevistados

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

34%

66%

Masculino Feminino

Fonte: Elaboração própria.

Os dados da figura 6 são referentes ao grau de conhecimento da caspa e da

dermatite seborréica que a população entrevistada possui. A grande maioria diz

conhecer a relação e a diferença das patologias sendo representada por 55% dos

entrevistados, enquanto que 45% dizem não conhecer ou não ter o mínimo de

informação sobre a relação e diferenciação das patologias.

36

Figura 6: Conhecimento das patologias capilares

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60% 45%

55%

Sim Não

Fonte: Elaboração própria.

De acordo com a figura 7, 64% dos entrevistados apresentam caspa, 5%

apresentam dermatite seborréica (sendo eles 4 mulheres e 1 homem) e 31% dos

entrevistados dizem não apresentar nenhuma das patologias.

Segundo Manuel e Ranganathan (2011) a caspa acomete 50% da população

em geral.

Os autores, Wolff e Johnson (2011) dizem que a incidência da dermatite

seborréica é em torno de 2-5%.

Com o aprofundamento do estudo literário, obtivemos a informação de que a

dermatite seborréica acomete principalmente pessoas do sexo masculino, contudo

não foi possível confirmar este fato, por termos realizado a pesquisa de campo em

forma aleatória.

37

Figura 7: Caspa X Dermatite seborréica

Fonte: Elaboração própria.

A figura 8 representa a quantidade de pessoas que fazem o uso de xampu

anticaspa. 64% fazem o uso contra 36% que não utilizam.

Figura 8: Utilização do xampu anticaspa

Fonte: Elaboração própria.

38

Das pessoas que fazem o uso de xampu anticaspa (64 pessoas) 8% destas

fazem o uso de xampus a base de dissulfeto de selênio, 43% fazem o uso de

piritionato de zinco, 8% utilizam climbazol e 41% utilizam xampu com associação de

piritionato de zinco + climbazol como mostra o gráfico 5.

De acordo com Berk e Scheinfeld (2010) dissulfeto de selênio e piritionato de

zinco são para sintomas mais leves, tendo o uso limitado ao couro cabeludo. Todos

os princípios ativos são empregados apenas no tratamento da caspa, sendo este

caracterizado como uma forma branda e leve da dermatite seborréica.

No momento da pesquisa, o questionário disponibilizado aos entrevistados

possuía nomes das principais marcas de xampus anti-caspa utilizados no Brasil, já

que a maioria dos entrevistados são leigos em relação aos princípios ativos.

Figura 9: Xampu – Princípios ativos

Fonte: Elaboração própria.

Como consta na figura 7, apenas 5% dos entrevistados apresentaram

dermatite seborréica. A figura 10 representa as manifestações clínicas que

acometeram estes pacientes, onde todos eles apresentaram descamação dos locais

acometidos, 80% tiveram também inflamação e 60% apresentaram prurido.

39

Figura 10: Manifestações clínicas da dermatite seborréica

Fonte: Elaboração própria.

Segundo a figura 11, Todas as pessoas que disseram ter dermatite seborréica

apresentam as manifestações clínicas no couro cabeludo. 20% apresentaram

também nas orelhas, outras 20% apresentaram também no nariz e outras 20%

apresentaram também manifestações nas sobrancelhas.

De acordo com Pibernat (1999) citado por Formariz et al (2005) o local mais

comprometido é o couro cabeludo, sendo confirmada esta informação, pois na figura

11 está claro que todas as pessoas que apresentam dermatite seborréica foram

acometidas no couro cabeludo.

40

Figura 11: Áreas acometidas pela dermatite seborréica

Fonte: Elaboração própria.

A figura 12 representa os principais tratamentos que são utilizados pelas

pessoas entrevistadas que apresentam dermatite seborréica, onde todas elas

utilizaram xampu de cetoconazol, 60% associaram o uso do cetoconazol com o

miconazol, e nenhum dos entrevistados fez o uso de itraconazol e corticoides.

Stefanaki e Katsambas (2010) afirmaram que os agentes antifúngicos são

considerados tratamentos de primeira linha para a dermatite seborréica.

41

Figura 12: Tratamento da dermatite seborréica

Fonte: Elaboração própria

A figura 13 representa a utilização dos medicamentos conforme prescrição

médica, sendo que 80% dos entrevistados que possuem a dermatite seborréica

disseram fazer o uso das medicações por prescrição, ao contrário de 20% que

fazem o uso por automedicação.

O fato da automedicação implica em questões legais, onde deve-se lembrar

que os medicamentos antifúngicos só podem ser dispensados perante apresentação

de receita médica.

42

Figura 13: Pescrição médica

Fonte: Elaboração própria.

43

5 CONCLUSÃO

Com a pesquisa realizada foi possível concluir que realmente existe uma

grande relação entre dermatite seborréica e caspa. A epidemiologia obtida (5%)

confere com a dita pela literatura, que é de 2-5% de acordo com Wolff e Johnson

(2011).

A caspa é uma manifestação cutânea no couro cabeludo que causa uma leve

descamação em comparação com a sua forma grave, dermatite seborréica.

A dermatite seborréica não é uma doença contagiosa e pode acometer

pessoas de todas as idades e etnias, inclusive em crianças recém-nascidas, que

vem a ser denominada crosta láctea.

Existem princípios ativos que são incorporados em formulações de xampus

que agem diminuindo os sintomas da dermatite seborréica. Estes xampus possuem

ação antifúngica e ceratolítica.

Foi possível conhecer o perfil dos pacientes com caspa e dermatite

seborréica, observando que dos 64% dos entrevistados que apresenta caspa,

alguns desconsideram esta patologia e não buscam tratamento adequado, por não

se sentirem incomodados, ou até mesmo por falta de conhecimento.

Os medicamentos mais utilizados pelos entrevistados para o tratamento da

dermatite seborréica, sendo o xampu de cetoconazol e o miconazol tópico são

também os mais indicados pelos autores Nemer, Sampaio, Berck, Scheinfeld, Boni e

Elewski.

44

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APÊNDICE A

Questionário

1. Sexo: ( ) feminino ( ) masculino

2. Idade:_____________________

3. Você sabe qual a diferença entre caspa e dermatite seborreica?

( ) sim ( ) não

4. Você possui caspa ou dermatite seborreica (inflamação no couro cabeludo)?

( ) sim ( ) não

5. Faz ou já fez o uso de algum shampoo anticaspa?

( ) sim ( ) não

6. Qual?

( ) Elseve (Disulfeto de Selênio)

( ) Head&Shoulders (P. Zinco)

( ) Clear (P. Zinco e Climbazol)

( ) Seda (Piritionato de Zinco)

( ) Palmollive (Climbazol)

( ) Outros, qual? ____________________________________________

7. Foi prescrição médica?

( ) sim ( ) não

8. Foi eficaz?

( ) sim ( ) não

9. Por quanto tempo? __________________________

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10. Ocorreu o reaparecimento da caspa ou coceira?

( ) sim ( ) não

11. A dermatite apresenta alguns sintomas, quais deles você já sentiu?

( ) prurido/coceira

( ) vermelhidão no couro cabeludo

( ) descamação do couro cabeludo

( ) outros, quais? ____________________

12. Qual parte do corpo houve a manifestação dos sintomas?

( ) cabeça ( ) orelhas ( ) narinas ( ) axilas ( ) peito ( ) outros

_______________

13. Você já fez o uso de:

( ) Shampoo de Cetoconazol

( ) Itraconazol caps/pomada

( ) Miconazol pomada

( ) Corticóides, quais _______________________________________

14. Foi prescrição médica?

( ) sim ( ) não

15. Indicado para: __________________________________________

16. Foi eficaz?

( ) sim ( ) não

17. Por quanto tempo? ______________________________________

18. Houve o reaparecimento da dermatite seborreica ou sintomas ?

( ) sim ( ) não

19. Você conhece alguém que tem dermatite seborreica (grave)?

( ) sim ( ) não

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20. Teve alguma reação adversa aos tratamento de caspa e dermatite

seborréica?

( ) sim, quais ________________________________________ ( ) não