Direção de Arte Apostila_toti_rlv

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  • 8/19/2019 Direção de Arte Apostila_toti_rlv

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     Apostila do Prof. Robson Luis Vicentin® 2a fase PP – TOT I 2006-02 – Curso de Comunicação Social, hab. em Publicidade e Propagandada Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina. Permitida a reprodução desde que citada a fonte. Todos os direitos reservados.  1 

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     Apostila do Prof. Robson Luis Vicentin® 2a fase PP – TOT I 2006-02 – Curso de Comunicação Social, hab. em Publicidade e Propagandada Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina. Permitida a reprodução desde que citada a fonte. Todos os direitos reservados.  2 

    SUMÁRIO 

    1 Introdução ..................................................................................... 1

    2 Direção de Arte e a Criação Publicitária ..................................... 1

    2.1 O diretor de arte .............................................................................. 2

    2.1.1 Criativos .......................................................................................... 3

    2.1.2 Bill Bermbach ................................................................................. 4

    2.1.3 David Ogilvy ................................................................................... 6

    2.1.4 Resumo sobre alguns criativos ....................................................... 9

    2.2 Percepção Visual ............................................................................. 11

    2.3 Fontes ............................................................................................ 12

    2.4 Layout e equilíbrio........................................................................... 15

    2.5 Textos justificados........................................................................... 19

    2.6 Cores .............................................................................................. 20

    2.7 O emprego da cor ........................................................................... 24

    3 Processos Criativos ..................................................................... 27

    3.1 Marca e Logotipo ............................................................................ 29

    4 Direção de Arte em outras mídias ............................................... 31

    4.1 Publicidade Outdoor ....................................................................... 31

    4.2 Publicidade Indoor e novas mídias ................................................. 43

    5 Promoção de vendas .................................................................... 45

    5.1 PDV ................................................................................................. 46

    6 GLOSSÁRIO ................................................................................... 49

    Referências ................................................................................... 57

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    1- INTRODUÇÃO

    Esta apostila foi criada para servir de

    apoio à disciplina de TOT I do curso de

    Publicidade e Propaganda da Faculdade

    Estácio de Sá de Santa Catarina. Nela o aluno

    encontrará o conteúdo pertinente à disciplina.

    O foco de detém na direção de arte como

    concepção. O ato de imaginar o layout, formar

    uma imagem mental do produto final antes

    mesmo de sentar-se à frente do computador e

    interagir com softwares gráficos e periféricos

    exige uma quebra de modelos mentais pré-estabelecidos. Este criar, está relacionado ao

    imaginar e este imaginar está desvencilhado

    das amarras da limitação do conhecimento

    tecnológico. Portanto a criatividade será nosso

    alvo norteador durante este semestre. Ao

    longo de cada tópico, haverá leituras

    complementares e alguns exercícios que

    deverão ser lidos e executados para o bom

    andamento das aulas.

    Cabe aqui um esclarecimento,

    agregado ao nome desta disciplina de Tópico

    Teórico está o termo comunicação integrada,

    que um consenso entre os professores e o

    coordenador do curso, é que deveria ser

    dirigida à direção de arte que será abordada

    de forma teórica e prática. Desejo uma boa

    leitura, um bom semestre e saúde e sucesso a

    todos nós.

    Prof. Robson Luis Vicentin

    2- DIREÇÃO DE ARTE E A CRIAÇÃOPUBLICITÁRIA

    O termo criação publicitária diz

    respeito ao processo de confecção de peças

    publicitárias e comunicacionais com finalidade

    comercial, institucional, política, educacional,

    governamental, artística, etc., para a

    promoção ou venda de um produto, uma

    marca, uma empresa, um objeto, ou um

    serviço. Entre os objetivos, destacamos a

    intenção de despertar o desejo de compra do

    consumidor, o fortalecimento de uma marca

    em relação aos seus concorrentes, a criação

    de uma imagem pública favorável entre outros

    de forma criativa.

     A criação publicitária trabalha

    basicamente com dois tipos de informações.

    Um é de ordem subjetiva, ou seja, o conjunto

    de vivências e experiências pessoais de cada

    profissional, as quais irão determinar a

    eficiência na resolução de um problema decomunicação e a associação de idéias no

    processo de criação. O outro é o briefing, que

    é um resumo completo das informações do

    cliente, mercado e estratégias sobre o qual o

    profissional de criação irá trabalhar.

    O setor de criação publicitária, dentro

    de uma agência de publicidade e propaganda,

    é a área onde são elaboradas as campanhas

    publicitárias, envolvendo vários meios de

    comunicação: o comercial de televisão; os

    anúncios de mídia impressa (revistas e jornais

    basicamente); as mídias externas (outdoors,

    busdoors, frontlights, backlights, entre outros);

    as peças de marketing direto (folders, malas-

    diretas, folhetos...); materiais promocionais

    (camisetas, bonés, brindes diversos); banners;

    cartazes; entre diversos outros recursos decomunicação.

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     A metodologia de trabalho, atualmente

    aplicada nesse setor compreende o conceito

    trazido ao Brasil por Alex Periscinoto, as

    duplas de criação, onde um diretor de arte e

    um redator trabalham juntos na criação

    visando soluções de campanha e das diversas

    peças. Ainda temos o diretor de criação,

    responsável pela coordenação de todas as

    campanhas e profissionais do setor; o revisor,

    responsável pela avaliação e liberação de todo

    material; o arte-finalista, responsável pelo

    estúdio de arte final, onde as peças gráficas

    são finalizadas antes do envio para a gráficaou as produtoras de vídeo, que produzirão o

    material final. Temos ainda o produtor gráfico,

    que fará a intermediação entre criação,

    atendimento, mídia e fornecedores (gráficas,

    produtoras diversas).

    Cada peça gráfica possui

    características próprias. Assim as técnicas de

    criação são as mais diversas. Porém o que

    mais conta será a capacidade de elaborar

    determinada peça a fim de gerar empatia e

    ação de compra no consumidor. A criação

    publicitária tem sempre o objetivo de

    comunicar um conceito, associado a um

    produto, com a finalidade de vender esse

    produto a um público específico.

    2.1 – O Diretor de arte Antes de entrar na definição do que

    vem a ser essa figura, o diretor de arte, é

    importante ressaltar que em um curso de

    comunicação social, a prioridade é formar

    Bacharéis em comunicação social, com

    habilitação em publicidade e propaganda,

    porém em uma sala de aula, temos pessoas

    com aspirações diversas, como as áreas de

    criação, planejamento, mídia, atendimento,

    produção, entre outros e pessoas que aspiram

    segmentos paralelos às agências como

    veículos, produtoras de vídeo, áudio, web e

    multimídia e anunciantes e boreaux. A maior

    riqueza do curso é possibilitar esta integração

    com todo o mercado que move a publicidade

    no Brasil. Porque então ter uma disciplina

    sobre direção de arte? Arriscamos dizer que

    independente da área na qual o aluno deseje

    atuar, o conhecimento adquirido nesta, pode

    auxiliá-lo em qualquer área aqui

    correlacionada.

    Diretor de arte, segundo o wikipédia1,é um termo genérico que, a princípio, se refere

    ao gerenciamento de uma variedade de

    funções similares de propaganda, publicações,

    cinema, televisão, internet e jogos eletrônicos.

    Como o termo é bastante genérico a formação

    de um diretor de arte depende do tipo de

    atuação, mas esse profissional costuma ter

    uma formação ligada ao design e/ou artes

    visuais.

    Em nossa realidade regional, nota-se

    que diferente do que foi exposto acima, sobre

    as estruturas e departamentalização das

    agências, o grande número de agências

    atuantes no mercado são de pequeno porte, o

    que significa a necessidade de um

    conhecimento múltiplo, ou seja, o redator atua

    também como revisor e o diretor de arte comoarte-finalista muitas vezes.

    Para esclarecer as funções de um

    diretor de arte, vamos descrever brevemente

    como este profissional trabalha, na criação de

    um anúncio para uma revista por exemplo: A

    dupla de criação, após a reunião de

    Brainstorm2, o Diretor de arte se encarrega de

    1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Dire%C3%A7%C3%A3o_de_arte

    2 Ver Glossário

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    escolher a forma do anúncio, se all type ou

    composto. Em ambos os casos há uma

    preocupação com o layout, cores, fontes,

    diagramação, e se utilizar imagens, quais

    serviriam com maior eficiência ao propósito,

    seu enquadramento, ângulo, recorte, bem

    como se, será PB (preto e branco ou tons de

    cinza), sépia (em geral duotone, em sua

    maioria tons envelhecidos) ou colorida. São

    tantos detalhes e cada um se enquadra no

    foco dado a cada “job”. No decorrer desta

    abordaremos brevemente as características de

    cada área. Mas antes de “sair fazendo”publicidade e propaganda é interessante que

    se tenha claro que este mercado não é algo

    novo. Ele existe há pelo menos um século com

    muita gente boa atuando nele, muitos

    marcaram sua geração e a história da

    publicidade. Por exemplo temos Alex

    Periscinoto, cidadão de Mococa interior de

    São Paulo, nascido em 1930, publicitário

    brasileiro, e um dos fundadores da agência

     Almap. Resumindo sua história, depois de

    passar em um concurso para a criação de um

    design de um ferro elétrico para a Sears, na

    década de 50, foi para a Standard Ogilvy &

    Mather tempos depois trabalhou para o

    Mappin, e como funcionário da empresa viajou

    para os Estados Unidos, onde conheceu o

    conceito de dupla de criação, unindo oilustrador ao redator, assim surgiu o cargo de

    diretor de arte, até então inexistente no Brasil,

    ou seja, havia o redator, o cara que resolvia

    toda a criação, conceito, texto e slogan do

    anúncio ou campanha e repassava ao

    layoutman, o cara que dava uma “cara” para o

    anúncio. Na década de 60, Periscinoto

    associou-se a Alcântara Machado na fundação

    da Almap, que viria a se tornar uma das

    maiores agências do país com a conta da VW

    no Brasil. Veio a globalização e, em 1988, a

     Almap se associou a rede de agências BBDO,

    uma das maiores agências do mundo. Há

    outros também mais contemporâneos como

    Washington Olivetto, Nizan Guanaes, Júlio

    Ribeiro, Marcelo Serpa, Alexandre Gama,

    Christina Carvalho Pinto, Fábio Fernandes,

    Celso Loducca, Francesc Petit, José Zaragoza

    entre outros. Vale a pena conhecer a história

    de cada um deles e a memória da Publicidade

    no Brasil.

    EXERCÍCIO

    Redigir um texto sobre um profissional

    da área de criação atuante ou que atuou no

    mercado nas seguintes configurações: corpo

    12, fonte Times New Roman, espaço 1,5 em

    no máximo 2 folhas A4, justificação total.

    Cabeçalho deve conter, nome da instituição,

    do curso, fase, período,disciplina, professor,

    nome do aluno, matrícula e data. Deadline a

    combinar.

    2.1.1 – Criativos

    Não se trata de criar um mito.

    Considerar um bom profissional de criação

    como um gênio é algo extremamente banal.

    Não quero aqui dizer que não houve ou não

    haverá gênios da publicidade, pelo contrário,

    eles existem sim e meu anseio é que estes

    raros espécimes se manifestem o quanto

    antes para transformar o jeito do fazer

    publicidade.

    Tenho percebido que os criativos

    perderam, com o passar dos anos, o glamour,

    estão cada vez mais parecidos com operários

    de uma fábrica. Parafraseando o slogan que

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    foi da industria japonesa por alguns anos:

    “fazer o melhor no menor tempo possível”,

    esta é a máxima ditada nos departamentos de

    criação. A administração do tempo e do

    cérebro em tempos de informação à

    velocidade da luz, não é tarefa simples. Em

    um mesmo dia, você tem que criar uma marca

    e um slogan para a peixaria da esquina e no

    momento seguinte, criar uma campanha de

    lançamento de uma linha de cosméticos e logo

    depois fazer aquele folheto de varejo. Sobre

    isto lanço dois olhares. O primeiro é que

    precisamos de tempo e o prazo é sempre cruelmas algo deve ser feito e se for feito que seja

    da melhor forma possível, o segundo é que

    sem paixão e trabalho duro o caminho do

    sucesso em qualquer área é quase impossível.

    Ser capaz já não basta, é preciso ser eficaz e

    competente.

    Isto não é conquistado como num

    passe de mágica, é preciso dedicação,

    determinação e a capacidade de viver muitas

    vidas, esta colocação parece um tanto

    filosófica, mas se você assistiu ao filme “Do

    que as mulheres gostam”, dirigido por Nancy

    Meyers protagonizado por Mel Gibson e Helen

    Hunt, você pode imaginar ao que estou me

    referindo. Alguns profissionais da área nos

    ensinaram com seus exemplos de vida

    profissional, caminhos que passaram a existirdepois que eles abriram as trilhas. Dois que

    citaremos são: Bill Bernbach e David Ogyldy.

    2.1.2 – Bill Bernback

    O gênio do Fusca

    por Álvaro Oppermann

    O publicitário Bill Bernbach tinha pela

    frente um problema e tanto naquele ano de

    1959. Sua agência acabara de ser contratada

    para fazer a propaganda do Fusca nos

    Estados Unidos. Os americanos não gostavam

    do carro. Insensíveis ao seu arrojado design,

    criado pelo austríaco Ferdinand Porsche,

    inspirado numa gota d'água, o achavam feio e

    pouco prático. Deram a ele o apelido

    pejorativo de beetle, besouro em inglês. Além

    disso, carregava a pecha de ser "o carro de

    Hitler", o veículo que o ditador nazista sonhara

    para o povo alemão. Lançado nos Estados

    Unidos em 1949, foi logo um fracasso. Em

    1950, dos 6,6 milhões de veículos novos dopaís, apenas 330 eram da marca Volkswagen.

    Bill Bernbach, um nova-iorquino

    nascido em 1911, resolveu mudar esse

    cenário e engatou uma nova marcha na

    história dos negócios do século 20. O anúncio

    que criou para o pequeno besouro alterou o

    curso do automóvel no país e, de quebra,

    mudou o jeito de se fazer propaganda no

    mundo. O seu título era "Think small" (pense

    pequeno). Seu humor provocativo ia contra o

    pensamento corrente nos EUA do "pense

    grande". Um fenômeno curioso se registrou:

    os consumidores chegavam às lojas de

    automóveis repetindo aos vendedores quase

    literalmente os textos da campanha publicitária

    que tinham ouvido.

    Os anúncios de Bill tinham humor efalavam com o consumidor como se fosse um

    amigo próximo. Além disso, o publicitário

    colocou um ingrediente inédito nos anúncios

    americanos: a malandragem de quem nasceu

    no Bronx.

    Para a então obscura locadora de

    automóveis Avis, que no ano de 1962 se

    encontrava bem distante da líder e rival Hertz,

    criou a campanha "Nós somos o número dois".

    Ser vice, argumentava Bernbach, era um

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    estímulo para a Avis atender melhor o cliente e

    assim bater a líder. O que de fato aconteceu.

    Por trás do malandro, porém,

    escondia-se um erudito que estudara literatura

    inglesa e filosofia. O passado imerso nos

    clássicos o ajudou. Vendo em retrospecto, os

    melhores anúncios de Bernbach se apoiavam

    num velho truque de retórica, cujo artifício

    consistia em, de início, concordar com a

    opinião contrária de uma platéia hostil, a fim

    de ganhar sua simpatia e confiança, para só

    então expor os argumentos que faziam o

    público mudar de opinião. A erudição não era sua única marca

    distintiva. Organizado, nunca saía do escritório

    depois das 5 da tarde. De gosto apurado,

    estava sempre de paletó e gravata. Foi o

    primeiro a dar um lugar ao sol na publicidade a

     judeus, italianos e negros, antes

    rigorosamente excluídos da avenida Madison

    (rua das agências em Nova York).

    Polêmicas também cercavam o nome

    de William Bernbach. Era considerado

    arrogante. "Sem arrogância não dá para fazer

    propaganda", afirmava categoricamente.

    Rendeu-lhe críticas também o fato de ser

     judeu e ter transformado o sinistro carro de

    Hitler no simpático Fusca (ou Beetle e

    Carocha, alguns dos nomes que recebeu

    mundo afora). Aos críticos, respondia: "Nada émais danoso a um mau produto que a boa

    propaganda".

    Bernbach morreu em 1982, de

    leucemia. Recentemente, foi eleito o maior

    publicitário da história. Criar um dos ícones do

    século 20 foi só uma de suas façanhas.

    Persuasão era a arte de Bill.

    Referências deste assunto:

    Fonte: Super Interessante

    http://www.arqnet.pt/portal/empresas/vw_campa

    nha.html 

    http://www.brainstorm9.com.br/archives/2004/10 /o_maior_publici.html 

    Para facilitar, segue a tradução do anúncio.

    Pense Pequeno.

    O nosso carro já não é uma novidade assim

    tão grande. Duas dúzias de estudantes já não

    se tentam enfiar dentro dele. O empregado da

    estação de serviço já não pergunta aonde é

    que se põe a gasolina. Já ninguém olha

    fixamente para o carro, devido ao seudesenho. De fato, algumas pessoas que guiam

    o nosso "baratinho*" pensam que gastar só 7

    litros aos cem 2**, não é assim uma coisa tão

    extraordinária.

    Ou usar 1/4 de litro de óleo em vez de 5

    litros.***

    Ou nunca mais precisar de anti-congelante.

    Ou andar 70.000 km num único conjunto de

    pneus.

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    Isto acontece porque logo que se habitua às

    nossas economias, nunca mais pensa nelas.

    Exceto quando consegue estacionar num

    espaço muito pequeno. Ou renova o seu

    pequeno seguro. Ou paga uma pequena conta

    de oficina. Ou troca o seu antigo VW por um

    novo.

    Pense nisso.

    * "Flivver", é uma expressão coloquial

    americana que designa um carro barato.

    ** 32 milhas por galão, são 51,488 Km com 3,

    785 litros. São rigorosamente 7,351 litros aoscem.

    *** 5 pints em vez de 5 quarts, ou seja 28 cl

    em vez de 4,7 litros

    Para Pensar :

    “ Estamos ocupados demais medindo a opinião

     pública, e nos esquecemos de que podemos moldá-

    la. Estamos ocupados demais com as estatísticas e

    nos esquecemos de que podemos criá-las” Bill Bernbach

    2.1.3 - David Ogilvy

    David Ogilvy é considerado um dos

    cinco gigantes que desenvolveram o mercado

    da comunicação após a década de 1920, ao

    lado de Raymond Rubicam, Leo Burnett,

    William Bernbach e Ted Bates.

    Em 1948, David Ogilvy fundou a

    agência que hoje é conhecida como Ogilvy &

    Mather. Começando sem um único cliente e

    com apenas dois funcionários, transformou a

    empresa numa das seis maiores networks da

    publicidade mundial. Actualmente, a

    Ogilvy&Mather possui 359 escritórios em 100

    países.

    3 Disponível em:

    http://reposcom.portcom.intercom.org.br/bitstream/1904/17473/1/R1381-1.pdf  acesso em

    Talvez mais do que qualquer outra

    agência, a Ogilvy & Mather desenvolveu-se ao

    longo dos anos baseando-se em princípios

    que reflectem as visões de seu fundador.

    David definiu esses princípios no início da sua

    carreira e nunca mais se afastou destes.

    David Ogilvy foi um excepcional

    copywriter, pessoalmente responsável por

    algumas das melhores campanhas

    publicitárias da História. Entre elas destacam-

    se “O homem da camisa Hathaway”, a série de

    anúncios para a Schweppes apresentando o

    “Comandante Whitehead”, as peças criadaspara o sabonete Dove e para a cerveja

    Guinness.

    Foi autor de um memorável anúncio

    para a Rolls Royce, que trazia talvez o melhor

    título já escrito para a publicidade de

    automóveis: “A 60 milhas por hora, o ruído

    mais alto do novo Rolls-Royce vem do relógio

    eléctrico”.

    O seu primeiro livro, “‘Confissões de

    um Publicitário”, publicado em 1963, tornou-se

    o maior best-seller já feito sobre publicidade.

    Em 1973, David publicou uma autobiografia,

    “Sangue, Cérebro e Cerveja”. E, dez anos

    depois, “Ogilvy on Advertising” ampliou as

    suas opiniões sobre a publicidade.

    Esta trilogia exibe publicamente um

    ponto de vista coerente, baseado noconhecimento profundo do o sector e incluindo

    uma série de conselhos específicos para os

    profissionais de comunicação e marketing.

    Uma história de vida absolutamente

    invulgar

    David Mackenzie Ogilvy nasceu em

    West Horsley, Inglaterra, no dia 23 de Junho

    de 1911. Frequentou o Colégio de Fettes, em

    Edimburgo, e Christ Church, em Oxford. Não

    se graduou em Oxford, conforme confessou

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    anos mais tarde, porque foi expulso. Foi essa

    a grande falha da sua vida: ”Pensava que iria

    tornar-me uma estrela em Oxford. E, pelo

    contrário, fui expulso de lá. Simplesmente não

    passei nos exames”.

    Depois de Oxford foi para Paris, onde

    trabalhou na famosa cozinha do Hotel

    Majestic. Monsieur Pitard, o “chef de cuisine”,

    causou-lhe forte impressão e ajudou-o a

    formar as suas teorias de administração.

    Quando regressou a Inglaterra,

    trabalhou como vendedor porta-a-porta dos

    fogões Aga. Em 1935, escreveu um guia paraos vendedores da Aga que foi posteriormente

    classificado pela revista Fortune como

    “provavelmente o melhor manual de vendas já

    escrito”.

    Nesse guia, o jovem autor de apenas

    24 anos fornecia alguns conselhos que viriam

    a eternizar-se: “Quanto mais potenciais

    clientes visitar, mais oportunidades de venda

    surgirão e, consequentemente, mais pedidos

    irá conseguir. Mas nunca confunda o volume

    de vendas com a qualidade da venda”.

    Emigrando para os Estados Unidos

    em 1938, torna-se diretor associado do

    Instituto de Pesquisa e Audiência George

    Gallup, em Princeton. David Ogilvy cita Gallup

    como tendo exercido uma das maiores

    influências no seu modo de pensar. Osmétodos de pesquisa rigorosos e a devoção

    de Gallup pela realidade tornaram-se

    características marcantes nas idéias de David.

    Durante a II Guerra Mundial, trabalhou para a

    Coordenação de Segurança Britânica,

    servindo como segundo secretário na

    Embaixada Britânica em Washington. David

    Ogilvy reportava a Sir William Stephenson,

    com quem aprendeu nomeadamente a arte de

    comunicar através de notas concisas, curtas,

    extremamente objetiva. Memorandos para Sir

    William eram rapidamente devolvidos ao

    remetente com uma das seguintes três

    palavras, escritas à mão, no alto da página:

    “SIM”, “NÃO” ou “FALAR”… Neste último caso,

    David Ogilvy iria vê-lo para discutir o assunto.

    Depois da Guerra, David Ogilvy viveu

    numa comunidade, Amish no Condado de

    Lancaster, Pensilvânia, trabalhando como

    fazendeiro.

    Em 1948, fundou em Nova Iorque a

    agência de publicidade Ogilvy, Benson &

    Mather, com o suporte financeiro da agêncialondrina Mather & Crowther. Trinta e três anos

    depois, enviou o seguinte memo a um dos

    seus sócios:

    “Alguma agência irá contratar estehomem?”

    Ele tem 38 anos, está desempregado.

    Foi expulso do colégio. Foi cozinheiro,vendedor, diplomata e fazendeiro. Não sabe

    nada de marketing e nunca sequer escreveu

    um texto de publicidade. Diz estar interessado

    em iniciar a carreira de publicitário (aos 38

    anos!) e está pronto para trabalhar por US$

    5.000 por ano. Duvido que alguma agência

    americana o contrate. Contudo, uma agência

    de Londres acabou realmente por contratá-lo.

    Três anos depois, tornou-se no mais famoso

    redator publicitário do mundo e, neste

    momento, possui a 10ª maior agência de

    publicidade a nível mundial. Moral da história:

    algumas vezes, esta é a recompensa por uma

    agência ser tão criativa e não ortodoxa ao

    contratar pessoas.

    Nos primeiros vinte anos da agência,

    David Ogilvy assinou à mão contratos com aLever Brothers, General Foods e American

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    Express. A Shell atribuiu-lhe a conta inteira na

     América do Norte. A Sears contratou-o para

    desenvolver a sua primeira campanha

    publicitária nacional, nos Estados Unidos.

    Em 1965, fundiu a agência com a Mather &

    Crowther, sua sócia em Londres, para formar

    uma nova companhia internacional. Um ano

    depois, a empresa tornou-se pública, com

    ações negociadas nas bolsas de Londres e

    Nova Iorque - uma das primeiras do segmento

    publicitário a abrir o seu capital.

    Depois de se aposentar como

    chairman da Ogilvy & Mather em 1973, Davidmudou-se para o Castelo de Touffou,

    localizado a 100 milhas a sudoeste de Paris,

    no rio Vienne, um afluente do Loire. Gostava

    de contar aos visitantes que quando Colombo

    descobriu a América a sua casa já tinha sido

    erguida há 350 anos…

    Mesmo aposentado, David manteve-se em

    contacto permanente com a agência. A grande

    quantidade de correspondência fez crescer

    incrivelmente o volume postal da agência de

    correio da cidade vizinha, Bonnes,

    concedendo ao posto local mais status - e ao

    seu chefe um salário mais alto.

    No momento em que se mudou para

    França, a Ogilvy já tinha expandido

    mundialmente a sua agência, colocando-a no

    top em todas as regiões. Periodicamente,deixava Touffou para visitar escritórios da

    agência em vários países, onde fazia

    apresentações para grupos de clientes e

    homens de negócios.

    Em 1987, a Ogilvy foi comprada pelo

    grupo britânico WPP por US$ 864 milhões. A

    aquisição tornou o WPP - que já possuía a

    J.W. Thompson e outras empresas do sector -

    a maior companhia de serviços de marketing e

    comunicação do mundo. Martin Sorrell,

    executivo chefe do WPP, pediu a David para

    assumir o posto de chairman da holding, cargo

    que ocupou durante três anos.

    Numa entrevista no seu 75º

    aniversário, perguntaram a David Ogilvy se

    havia algum desejo frustrado na sua vida. Ele

    respondeu: “Um título de Nobreza. E uma

    grande família - dez crianças”. O seu único

    filho, David Fairfield Ogilvy, nasceu em

    Greenwich, Connecticut, durante seu primeiro

    casamento com Melinda Street. Esse

    casamento acabou em divórcio (em 1955), tal

    como o segundo, com Anne Cabot. Ogilvycasou-se pela terceira vez em 1973, em

    França, com Herta Lans.

    Embora nunca tenha alcançado um

    título de nobreza, foi nomeado Comandante do

    Império Britânico em 1967. Em 1990, recebeu

    a “Comenda de Artes e Literatura” em França.

    Entrou para o Hall da Fama da Publicidade

    nos Estados Unidos em 1977.

    Para pensar:

    "As boas idéias vêm do inconsciente. Para queuma idéia seja relevante, o inconsciente precisa estar bem informado."(David Ogilvy)

    2.1.4 - Resumo sobre algunscriativos 

    PHILIP KOTLER:

    “Imagem é a síntese da marca, o poder de

    diferenciação do mercado de commodity,

    responsável pela percepção de valor pela

    lucratividade competitiva em qualquer classe

    de produto.”

    TED BATES:

    Dizia que a comunicação tem que ser racional

    e simples e que para ser eficiente tem que

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    proporcionar um benefício exclusivo da marca.

    Fez muitas campanhas de sucesso, a exemplo

    a PROCTER & GAMBLE

    BILL BERNBACK:

    Criativo dos anos 60, chamado de mestre da

    criatividade, dizia que o racional por si só não

    mobilizava o consumidor. Suas criações

    tocavam a emoção e buscava a idéia original -

    VOLKS – AVIS foram seus clientes. Cabe um

    alerta, seus seguidores, atraídos pelo lúdico e

    glamour perderem contato com seus instintos.

    DAVID OGILVY:

    Criou o conceito BRAND IMAGE (imagem da

    marca) arduamente testava o produto

    competitivamente, pesquisava para descobrir

    qual seu mais forte apelo. Descobriu que cada

    campanha deve contribuir para a construção

    da personalidade da marca/ produto.

    Criticava o trabalho de Bill crendo que ele na

    ânsia de ser original trazia elementos

    conflitantes a imagem do produto e conclui: -

    “É melhor uma boa idéia que se mantenha por

    10 anos do que 10 excelentes idéias que não

    formam uma identidade final”.

    LEO BURNET

    Criou o conceito- DRAMA DO PRODUTO, que

    é captar o significado da relação doconsumidor com o produto. Criando um mundo

    de fantasias em torno da personalidade da

    marca para que o consumidor possa identificar

    simbolicamente seus dramas vividos num grau

    elevado de realização – Marlboro.

    AL RIES

    Teorico do POSICIONAMENTO. Surge a

    preocupação estratégica no nível conceitual,

    diz que a mente funciona em termos de

    conceito. Critico da época da criatividade no

    que tange aos comerciais que emocionam e

    divertem sem apresentar nenhum

    posicionamento relevante.

    Leitura complementar:

    Algumas dicas básicas para criar um

    anúncio.

    Texto extraído do site da DPTO4.

    1 - Uma conversa de bar, uma cena de um

    filme, uma obra de arte, uma frase. Preste

    atenção em tudo. Toda experiência éimportante na hora de criar um anúncio.

    2 - Além de estar antenado em tudo o que

    acontece ao seu redor, é bom entender a

    linguagem e o que acontece no mundo da

    propaganda. Na própria Internet você encontra

    ótimas referências para isso. A seção Perdidos

    no Espaço é um bom ponto de partida, com

    links para diversos sites relacionados à

    propaganda.

    3 - Não tenha vergonha de dar uma espiada

    em anuários e revistas especializadas. Pra

    quem não sabe, anuários são livros com uma

    seleção dos melhores trabalhos de

    propaganda criados durante um ano.

    Provavelmente a biblioteca da sua escola oufaculdade tem alguns.

     Além de se divertir e de receber um enorme

    incentivo pra criar anúncios legais, é possível

    aprender muitas coisas. Mas lembre-se: “nada

    de chupadas” (clonar, copiar ou plagiar,

    entendido?).

    4 Disponível em: http://www.dpto.com.br/oficina/dicas.phpacesso em 10/07/2006

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    4 - Converse com seus colegas e professores.

    Observando propaganda em revistas, jornais,

    TV e até mesmo na rua você também aprende

    o que se deve e, principalmente, o que não se

    deve fazer.

    5 - Descubra a sua maneira de criar. Cada um

    tem uma maneira. Por exemplo, na criação de

    um anúncio para um tênis, alguns criativos

    (criativo é o nome que o mercado usa para as

    pessoas que trabalham com criação) precisam

    ter o produto em mãos, amarrar, desamarrar,

    torcer, colocar no pé. Outros se contentamapenas com uma breve descrição de suas

    características.

    Da mesma maneira, você precisa encontrar o

    ambiente que seja mais propício à sua criação:

    lugares calmos ou agitados, com música ou no

    total silêncio. Existem pessoas que têm as

    melhores idéias quando estão no chuveiro,

    quando estão dirigindo ou mesmo almoçando.

    Cada um com seus problemas.

    6 - Nenhuma idéia, por mais boba que seja, é

    completamente boba. Uma idéia boba num

    primeiro momento pode acabar evoluindo até

    se tornar uma idéia genial. Do mesmo jeito,

    uma boa idéia logo de cara pode bloquear a

    chegada de novas boas idéias. Pense sempre

    que você pode ter uma idéia melhor.

    7 - Peça a opinião das pessoas sobre seus

    trabalhos: colegas, professores, família, enfim,

    quem você puder. E, é claro, saiba ouvir. Todo

    mundo erra bastante antes de achar o

    caminho certo.

    8 - Aproveite enquanto você pode errar. A

    escola ou faculdade é o melhor lugar pra isso.

    Uma boa faculdade tem professores capazes

    de orientar seus alunos, dizendo o que está

    bom e o que poder ser melhorado. Mas, para

    eles poderem lhe orientar, é fundamental que

    você participe e, acima de tudo, seja curioso.

    9 - Pra você não começar errando logo de

    cara, aí vão algumas dicas. Lembre-se: não

    são regras, apenas dicas. De acordo com a

    situação, você tem todo o direito de ignorá-las.

    • Preste muita atenção ao problema do seu

    cliente. Você pode fazer um anúncio genial,

    mas se não estiver de acordo com o problema

    apresentado pelo seu cliente, ele não valenada.

    • Evite anúncios em que você usa a lista

    inteira de fontes do seu computador. Evite

    também anúncios cheios de cliparts.

    • Preste muita atenção à leitura dos seus

    textos. Primeiro, se suas fontes não estão

    muito pequenas, depois, com a diferença entre

    a cor das letras e a cor do fundo. Não adianta

    também usar aquela fonte super moderna que

    você achou na Internet, mas que ninguém

    consegue ler. Lembre-se que o leitor tem que

    se sentir confortável ao ver seu anúncio.

    • A propaganda é muito aberta a neologismos,

    ou seja, usa palavras e expressões do dia-a-

    dia que, muitas vezes, não existem no

    dicionário ou não estão corretos de acordo

    com as regras gramaticais. Mas isso não dá avocê o direito de escrever em seus textos

    coisas como "televizão" ou "criassão".

    10 - Agora que você já leu essas dicas, mãos

    à obra. Tem muito trabalho esperando por

    você.

    EXERCÍCIO:

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    Criar 2 anúncios de revista para uma empresafunerária, sendo um racional e explicativo eoutro emocional e divertido

    2.2 – PERCEPÇÃO VISUAL

    Percepção segundo o dicionário

    Houaiss é o ato ou efeito de perceber, é a

    faculdade de apreender por meio dos sentidos

    ou da mente, logo percepção visual é uma

    apreensão sensorial, um tipo de talento, uma

    característica desenvolvida como uma

    habilidade de um escultor que diferencia os

    pontos relevantes e não-relevantes de sua

    obra. Se enxergarmos e apreendemos

    exercitamos a percepção visual. Note que

    aprender com um ”e” significa adquirir

    conhecimento a partir do estudo no sentido de

    instruir-se, já apreender com dois “es” ,

    significa assimilar mentalmente, abarcar com

    profundidade e captar algo.

    Outro exemplo é quando compramos

    ou desejamos algo, nossos sentidos e emespecial o da visão fica a postos para perceber

    o que está em nossa mente. Existe um estudo

    não científico que constata isso, digamos que

    você adquiriu ou vai adquirir algo, por exemplo

    um automóvel, repare como outros automóveis

    da mesma marca e cor parecem passar com

    maior freqüência ao seu redor, isto demonstra

    que o consumidor está programado a ver

    mais determinadas coisas que outras. Mas

    este é somente um exemplo de percepção

    visual, há muitos outros.

    É comum quando falamos sobre

    percepção visual, vir atrelado a palavra Gestalt

    que é um termo intraduzível do alemão,

    utilizado para abarcar a teoria da percepção

    visual baseada na psicologia da forma. “Entre

    os princípios da Gestalt, destaca-se como

    fundamental referência para as composições

    gráficas, o seguinte conceito: "o todo é mais

    do que a soma das partes". Isto equivale a

    dizer que "A + B" não é simplesmente "(A+B)",

    mas sim um terceiro elemento "C" que possui

    características próprias”. É um ramo da

    psicologia que pontuamos aqui mas não

    queremos avançar para não perdermos o foco

    da disciplina. Daqui em diante escolhemos

    seguir o caminho dos elementos gráficos sem

    aprofundarmos em análises semânticas ou

    semióticas.

    Você vê uma velha ou uma jovem senhora?

    Para um aprofundamento do tema

    percepção visual, sugiro um bom livro do

    Rudolf Arnheim que temos em nossa

    biblioteca, chama-se Arte e percepção visual.

    2.3 FONTES – Letras e Tipos

    “A língua é a expressão falada ou escritado pensamento humano” – Milton Ribeiro

    Para esta parte da disciplina, se faz

    obrigatória à leitura das páginas 37 a 87 do

    Livro Planejamento visual gráfico do Milton

    Ribeiro. Existe o livro em nossa biblioteca e

    também na minha pasta do setor reprográfico

    da Faculdade. Insisto que leiam a partir do

    livro e utilize a cópia em caso extremo.

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    Dica: reprografia  é segundo o dicionário

    aurélio: “conjunto de processos de reprodução

    que, em vez de recorrerem aos métodos

    tradicionais de imprimir, recorrem às técnicas

    de fotocópias, eletrocópias, microfilmagem,

    heliografia, xerografia, etc.

     A evolução da escrita pode ser resumida em:

    Pictografia  – Desenho de figuras

    rudimentares – do latim “pictus” (pintado) e do

    grego “grafe” (descrição). Escrita figurada

    usada pelo homem primitivo para fixar nasparedes das cavernas seus principais feitos,

    cenas de caçadas, objetos de uso pessoal. A

    imagem era seu código de comunicação. Se

    eles queriam exprimir a palavra “bisão”,

    desenhavam um ou vários bisões e para a

    palavra “caça”, desenhavam homens com

    armas, arcos ou lanças. Vale ressaltar que a

    palavra pictografia, tem como definição no

    dicionário Aurélio como sendo um sistema de

    escrita de natureza icônica, baseada em

    representações bastante simplificadas dos

    objetos da realidade. Por exemplo, é usada

    universalmente e ultrapassa o limite do código

    lingüístico que chamamos alfabeto, o

    pictograma de sinalização de trânsito, em

    aeroportos e até para determinar o público dos

    banheiros.Ideografia  - Representação das idéias por

    meio de sinais que reproduzem objetos

    concretos. Identificada nos símbolos egípcios,

    maias e astecas, o símbolo olho representava

    não a visão, mas a vigilância, o símbolo sol,

    não representa o astro e sim o período de luz

    entre as noites ou seja, o dia e assim por

    diante.

    Fonetismo  – Neste sistema, as figuras lidas

    evocam seu primitivo sentido acrescidos da

    expressão sonora por exemplo a imagem de

    um pé + imagem de um dedo – as letras “edo”

    + a imagem de uma viga de aço dão origem a

    palavra pedaço.

    O fonetismo, hoje muito usado nas cartas

    enigmáticas dos almanaques de passatempo,

    em seu início sugeriu a decomposição da

    palavra em sílabas, ou seja, conjunto de sons.

    Silábica – Quando a escrita tinha dificuldades

    em encontrar uma representação para

    determinada palavra, separava-a em duas,

    três ou mais sílabas com um desenho para

    cada uma. Na mesopotâmia originou-se omais antigo sistema silábico, o cuneiforme,

    cujo nome deriva de seus caracteres em forma

    de cunha.

    Alfabeto  – Sistema de escrita em que um

    conjunto de símbolos, as letras, representa os

    fonemas de uma língua. Nosso alfabeto

    ocidental, da língua portuguesa, tem sua

    origem no alfabeto Latim também conhecido

    como alfabeto Romano. Sua origem se deu

    com os fenícios.

    Curiosidades:

     A escrita é a representação de palavras ou

    idéias por meio de sinais, e em épocas

    passadas era um privilégio de poucos. Para

    uma idéia remota imagine na antiguidade, os

    únicos “letrados” ou alfabetizados eram osnobres e o clero. Ainda antes da invenção da

    reprodução impressa, o clero designava aos

    monges a tarefa de serem copistas ou seja

    pessoas que se ocupavam em recopiar livros.

    O papel oxida e perece, portanto a forma de

    perpetuar o conhecimento contido nos livros

    ou pergaminhos era através desta técnica,

    insuficiente para a ampliação ou propagação

    do conhecimento e outro fator era que a

    pressa com que os copistas faziam seu

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    trabalho deu origem a uma enorme quantidade

    de abreviações de palavras o que tornava

    alguns escritos um emaranhado de códigos

    indecifráveis muitas vezes. Isto contribuiu para

    o surgimento e a pesquisa de algumas

    técnicas de impressão mecânica como a

    xilogravura utilizada pelos chineses antes da

    era cristã. A xilogravura é um processo

    constituído por pranchas de madeira com

    letras gravadas em relevo, semelhante ao

    nosso contemporâneo carimbo.

    O Maior invento do século XIV foi a

    impressão com tipos móveis, atribuído a JoãoGutemberg. Sua invenção não parou de

    evoluir, contribuindo para elevar o nível

    intelectual da humanidade e em parte

    democratizar o conhecimento. A inveção deu

    origem a um novo segmento, os tipos gráficos.

    Letras e tipos

     Antes de mais nada vale a penadesmistificar algumas controvérsias e entender

    o nome de cada terminologia:

    TIPOLOGIA  = estudo sistematizado

    dos caracteres tipográficos, em especial no

    que se refere ao desenho das fontes ou

    famílias de tipos.

    TIPOGRAFIA  = a arte e a técnica de

    compor e imprimir com uso de tipos.

    TIPO  = bloco de metal fundido ou de

    madeira, apresentando, em uma das faces,

    gravação em relevo de determinado sinal de

    escrita (letra, vírgula etc.) para ser reproduzido

    através de impressão; caráter, letra ou letra

    impressa obtida por meio de qualquer

    processo de composição (tipográfica,

    fotocomposição, editoração eletrônica etc.);

    caráter, letra tem a mesma raiz de significado

    da palavra Fonte em artes gráficas.

    FONTE  = Nome dado a uma coleção

    completa de tipos de determinado tamanho e

    estilo, variando a quantidade de cada letra

    conforme a Freqüência com que é usada.

     As diferentes partes das Letras

    possuem uma nomenclatura própria conforme

    a imagem abaixo.

    Barra: todas as partes horizontais das letras.

    Haste ou Fuste: as partes verticais das letras.

    Barriga ou pança:  as partes curvas das

    letras.

    Cerifas: (Serif  em inglês) traços decorativos

    nas extremidades das letras.

    Cabeça ou ápice: parte superior das letras.

    Base ou Pé: parte inferior das letras.

    Montante ou Trave: partes inclinadas das

    letras.

    Classificação dos tipos segundo sua base.BASTÃO

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    Família de fontes Inspirada nas

    inscrições fenícias e gregas que eram feitas

    com bastão sobre tijolos de argila é o mais

    simples e legível dos caracteres gráficos.

    Possui ausência total de cerifas. Existem

    bastões finos, grossos, longos, alongados,

    largos e itálicos. O nome das famílias mais

    usadas são Kabel, Grotesca, Futura,

    Lapidária, Helvética etc.

    Há uma frase usual entre os designers: “na

    dúvida entre que fonte usar, vá de Helvética”

    ELZEVIER

    Inspirada na escrita romana, possui

    rara elegância devido à distribuição de traços

    grossos e finos. De excelente leitura é usada

    em publicações de livros. Sua cerifa é

    triangular. O nome das famílias mais

    conhecidas são Times New Roman,

    Garamond, Caslon, Elzevier etc

    EGIPICIANA

     Apresenta aspecto sólido das colunas

    egípcias. Base notadamente retangular.

    Transmite equilíbrio e estabilidade talvez o

    menos legível dos caracteres. Existem duas

    variantes nesta família: a inglesa que tem

    arredondamento dos ângulos das cerifas e

    italiana que tem cerifas reforçadas.

    O nome das famílias mais conhecidas

    são Menfis, Época, Ramsés, Pharaom, Rio

    Branco etc.

    DIDOT

    Seu nome é homenagem a um gráfico

    francês, Francisco Ambrósio Didot. Facilmente

    identificada pelo exagero nos traços grossos e

    finos e nas cerifas de traço muito fino. É usada

    indistintamente como as romanas. O nome

    das famílias mais conhecidas são Bodoni,

    Mundial, Onix, Didot etc.

    CURSIVA

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    São fontes que não seguem padrões

    como os anteriores. São exageradas, não

    convencionais e imitam o caractere

    manuscrito. Em alguns casos são

    reconhecidas com grifo, bastardas ou itálicas.

     A monotype cursiva é um exemplo.

    Exercício:Gaste um tempinho em uma livraria ourevistaria e comece a perceber que fontes sãoutilizadas nas capas de revista. Faça umarelação de 3 revistas e descreva as fontesutilizadas na marca da revista, na manchete principal e nas demais manchetes.

    2.4 Layout e equilíbrio.

     A Folha em branco foi muitas vezes

    comparada ao terror dos diretores de arte. Épreciso entender que neste espaço deve-se

    colocar a mensagem, imagem que ilustre a

    mensagem, todos os detalhes para

    potencializar a comunicação. Por leigos é

    entendido como deixar a mensagem mais

    bonita e agradável de se ver, o que é um erro.

    Layout é para alguns a impressão do

    anúncio para ser mostrado ao cliente. Isso nos

    tempos de hoje onde o computador passou a

    ser as ferramentas como cola bastão,

    estiletes, pincéis, crayons, aquarelas, letra set

    entre outros.

    Layout é mais que isto, é um esboço

    mostrando a distribuição física e tamanhos de

    elementos como texto, gráficos ou figuras num

    determinado espaço. Ou como define bem o

     Armando Sant’anna: “O layout tem a função primária de guiar a atenção do leitor para o

    exato ponto de partida e, daí, leva-lo através

    do anúncio, na seqüência desejada.”

    (SANT’ANNA, 1989 p.179). Veja este cartaz

    por exemplo5.

    Ficha técnica:Tipo: outdoor / cartazTitulo:  Música eletrônica: alucinação oucultura?Redação: Claudia SchroederDireção de arte: André MennaDireção de criação: Alexandre AssumpçãoAgência: e21 (RS)Anunciante: Neo Mundo ParaleloProduto: Evento / música eletrônicaIlustração: André MennaAprovação: Sandro Santos

    Quais são os elementos que o compõe?

    Primeiramente ele é fruto de um

    briefing estudado. Há alguns elementos que

    nunca devem faltar e não estou falando do

    nome da agência em corpo 8 no canto

    superior direito do anúncio. Há um evento, um

    fórum sobre de música eletrônica. Elementos

    5 Disponível em

    http://ccsp.com.br/novo/pop_pecas.php?id=14256 acesso em18/07/2006

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    que devem compor a peça: a marca do cliente

    que assina a peça, informações como dia,

    data e hora. Como entrar em contato para

    maiores informações é básico.

    Como expor tudo isto de forma criativa

    e que ao mesmo tempo favoreça a

    compreensão da mensagem como um todo?

    Que cores usar? Que técnica empregar? O

    que é moderno? Enfim, são muitas as

    questões. Muitos profissionais nem sequer

    pensam nisto quando estão criando.

    Simplesmente “fazem” o seu trabalho. Nossa

    participação aqui é pensar sobre o assunto e adupla que trabalhou “em cima“ do briefing  

    cabe a responsabilidade de apresentar algo de

    bom, com qualidade.

    Para pensar:“[...] na arte, quebrar regras é às vezesnecessário – mas só tem direito e propriedade para fazê-lo quem goza de muita intimidadecom elas. Picasso não teria revolucionado a

    história da arte se não soubesse muito bem oque estava fazendo e que regras transgredia.”(FASCONI, 2006 p. ver nota rodapé

    6  )

    Para você poder ousar no layout

    vamos conhecer algumas regras. A primeira é

    sobre o campo de visão em uma página. São

    três:

    6 Disponível em

    http://www.acontecendoaqui.com.br/co_fascioni38.php acessoem 18/07/2006

    Centro geométrico

    Centro óptico

    Centro ou ponto de atenção

    O centro real de um projeto gráfico

    não é o geométrico, determinado pelo

    cruzamento das linhas diagonais. Seu centro

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    real ou centro óptico fica um pouco acima do

    centro geométrico ou centro matemático. Sua

    altura é variável dependendo da relação entre

    a largura e a altura. Se o projeto é alto e

    estreito, o centro óptico é proporcionalmente

    mais alto que em um projeto curto e largo.

    Comece a treinar sua visão com estes

    conceitos nos próximos anúncios que você vir

    por aí bem como as fontes usadas.

    Equilíbrio Simétrico e Assimétrico.

     Antes de entrarmos neste assunto precisamos

    ter claro alguns conceitos:

    Equilíbrio: impõe a estabilidade pela anulação

    mútua das forças opostas. É um fator tão

    sensível que, quando existe, só o percebemos

    pela ênfase que dá a harmonia ao projeto e

    por outro lado, “se violado” ou ausente,

    experimentamos pronta sensação de

    desagrado.

    Simetria:  segundo o dicionário Houaiss éconformidade, em medida, forma e posição

    relativa, entre as partes dispostas em cada

    lado de uma linha divisória, um plano médio,

    um centro ou eixo

    Assimetria:  segundo o dicionário Houaiss é

    aquilo que não é simétrico; desigual, diferente.

    Equilíbrio Simétrico:  ou formal tem como

    característica a estrutura clássica de chamada

    / texto ou chamada / foto/ texto. É repousada e

    digna, porém estática. Traçando uma linha

    imaginária na vertical passando pelo centro

    geométrico os elementos de ambos os lados

    são análogos ou se equivalem. Não sendo

    dinâmica leva ao desinteresse.

    Equilíbrio Assimétrico: é dinâmico e facilita a

    variedade. Sua característica o torna mais

    atraente. É caracterizado pela distribuição dosvários elementos que se opõe com pesos

    desiguais de um e de outro lado, de sorte que

    a vertical do centro de gravidade divide o todo

    em partes desiguais porém sensivelmente

    equivalentes. Não se é possível aplicar

    qualquer fórmula para criar este evento e sim

    treino e mais treino. A seguir seguiremos com

    algumas dicas.

    Os elementos gráficos embora não

    tenham um peso de massa como a física

    explica, eles possuem certo volume na

    composição do layout. As balanças podem

    ajudar na visualização de um layout.

    Balança ordinária

    Balança de Fulcro

    Balança Romana

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     A combinação dos elementos

    conforme sua massa e também ao sentido de

    leitura que se pretende dar pode ajudar muito

    na concepção de um novo layout.

    Exercício:

    Em uma revista comece a observar melhor osanúncios quanto ao equilíbrio. Aplique asbalanças e descubra como os anúncios são seapresentam de forma simétrica e assimétricaem relação ao seu equilíbrio.

    Há outros macetes que o candidato a

    diretor de arte deve-se aprofundar, como

    técnicas de ilustração, treinar seu traço seja

    ele eletrônico ou analógico procurando sempre

    não ser escravo de um só estilo, afinal o

    cliente compra uma solução e não somente a

    “arte” do publicitário. Noções de estética entre

    outros.

    • Elementos contrastados aumentam sua força

    expressiva.

    • O contraste de um texto deve ser bemcalculado, o estilo e o corpo dos tipos

    empregados devem ser escolhidos em razão

    das existências de peso.

    • Contraste de cores deve se ter cuidado para

    não anular a harmonia.

    • Atente ao sentido de leitura, você pode fazer

    o público alvo seguir seu layout como os olhos

    simulando as letras Z , S, L e O que sugerem

    movimento e assimetria. Ou fazer uso de

    Triângulos que sugerem estabilidade e

    simetria.

    2.5 Textos justificados

    Justificar a chamada e o texto do anúncio é

    outro detalhe que o diretor de arte deve ficar

    atento. Uma justificação pode auxiliar na

    simetria ou assimetria do anúncio e favorecer

    ou derrubar seu layout, a seguir alguns

    exemplos.

    Justificação total ou em bloco: 

    MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM

    Ao centro:Exemplo a

    MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM

    MMMMMMM

    Exemplo b

    MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM

    MMMMMMMMMMMMMMMMMM

    Exemplo cMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM

    MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM

    Exemplo d

    MMMMMMMM

    MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM

    O essencial não é a simetria e sim o

    ritmo, o contraste e a troca. E Não esquecer

    que a quebra da frase deve favorecer a leitura.

    Outro exemplo é a composição

    irregular justificada à direita e à esquerda.

    MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM

    MMMMMMM

    MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM

    MMMMMMM

    Podem ser também escalonados.

    MMMMMMMMMMMMMMMMMMMM

    MMMMMMMMMM

    MMMMMMMMMMMMMMMMMMMM

    MMMMMMMMMM

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    Ou com dimensões diferentes entre outros que

    você pode criar.

    2.6 Cores

     A cor evoca um estado de espírito; ela

    cria contraste e destaca a beleza em uma

    imagem. Ela pode tornar vibrante uma cena

    melancólica e uma imagem esmaecida pode

    imediatamente adquirir vida.

    Para o artista gráfico, pintor ou

    produtor de vídeo, a criação da cor perfeita é

    essencial. Quando as cores não estão

    corretas, o conceito se torna incompleto; a

    imagem talvez não consiga transmitir a

    informação, e a experiência artística pode ser

    perdida. Se o verde-brilhante que deve irradiar

    de uma floresta estiver muito amarelado e

    fraco, o esplendor da natureza deixa de ser

    retratado e a aparência "sadia" da paisagem é

    perdida. Se os vermelhos da floresta que

    deveriam ser resplandecentes e vibrantes

    tornarem-se fracos, será transmitida uma

    imagem apática e deprimente em vez de

    excitante.

    Produzir a cor perfeita não é uma

    tarefa fácil. Um pintor tem que misturar e

    remisturar a tinta, fazendo combinações para

    obter tons perfeitos, que correspondam às

    imagens vistas ou imaginadas. Os fotógrafos e

    os cinegrafistas gastam horas testando,

    refocalizando e acrescentando luzes até que a

    cena perfeita seja criada. Em muitos aspectos,

    trabalhar com cores no computador não é

    muito diferente.O computador cria seu próprio

    conjunto de problemas e dificuldades técnicas.Como você pode garantir que as cores que

    você vê na tela correspondem às cores da

    natureza ou de sua visão artística? E, a seguir,

    como fazer para que as mesmas cores vistas

    na tela apareçam na imagem impressa?

    Os modelos de cores foram criados

    para permitir a conversão de cores em dados

    numéricos, de modo que possam ser descritos

    de forma consistente em várias mídias. Por

    exemplo, quando dizemos que a cor é "azul-

    esverdeada", estamos dando margem à

    interpretação baseada principalmente na

    percepção pessoal. Por outro lado, ao atribuir

    valores específicos àquela cor em um modelo

    de cores (no modelo CMYK, seria 100% ciano,

    3% magenta, 30% amarelo e 15% preto), torna

    possível reproduzir aquela cor sempre quenecessário.

    Existem vários modelos de cores,

    entre eles os mais usados são: RGB, CMYK,

    HSB, Lab. Os modelos de cores RGB e CMYK

    são, uma lembrança constante de que as

    cores da natureza, as cores no seu monitor e

    as cores da página impressa são criadas de

    maneiras completamente diferentes. Seu

    monitor cria cores emitindo feixes de luz nas

    cores vermelho, verde e azul; ele usa o

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    modelo de cores RGB (vermelho/verde/azul).

    Para reproduzir o efeito de tom contínuo das

    fotografias coloridas, a tecnologia de

    impressão utiliza uma combinação de tintas

    ciano, magenta, amarelo e preto, que reflete e

    absorve vários comprimentos de luz. As cores

    criadas pela impressão composta dessas

    quatro cores fazem parte do modelo CMYK

    (ciano/ magenta/ amarelo/ preto). O modelo de

    cores HSB (matriz/saturação/brilho) fornece

    uma maneira intuitiva de traduzir as cores da

    natureza em cores que seu computador cria,

    pois esse modelo baseia-se na maneira pelasquais os seres humanos percebem as cores.

    O modelo de cores Lab fornece um meio de

    criar cor “independentemente do dispositivo,

    isto é, cor Lab não deverá variar,

    independente do monitor ou impressora”.

    O que é cor?

    Por Jefferson Braga.7 

     A cor existe por causa de três

    entidades: a luz, o objeto visualizado e o

    observador. Os físicos já provaram que a luz

    branca é composta pelos comprimentos de

    onda vermelho, verde e azul. O olho humano

    percebe as cores como sendo vários

    comprimentos de onda do vermelho, do verde

    e do azul que são absorvidas ou refletidas

    pelos objetos. Por exemplo, suponha que vocêesteja fazendo um piquenique em um dia

    ensolarado, prestes a apanhar uma maçã

    vermelha. A luz do sol brilha na maça e o

    comprimento de onda de vermelho da luz

    reflete-se da maça para seus olhos. Os

    comprimentos de onda do azul e do verde são

    absorvidos pela maçã. Sensores em seus

    7 Disponível em

    http://paginas.terra.com.br/arte/desenhador/cores.htm acesso em17/07/2006

    olhos reagem à luz refletida, enviando uma

    mensagem que é interpretada pelo seu

    cérebro como sendo a cor vermelha.

    Sua percepção da cor vermelha

    depende da maçã, da luz e de você. Uma

    maçã absorverá mais verde e azul do que

    outra, assim a sua cor aparecerá

    avermelhada. Se nuvens encobrirem o sol , o

    vermelho da maçã aparecerá mais escuro.

    Sua interpretação da maçã também será

    afetada por sua própria fisiologia, por sua

    experiência em consumir essa fruta ou pelo

    fato de você não ter comido nada naquele dia.Os comprimentos de onda do

    vermelho, do verde e do azul que lhe permitem

    enxergar a maçã são a base para todas as

    cores da natureza. É por isso que o vermelho,

    o verde e o azul são freqüentemente

    chamados de Cores Primárias.

    Todas as cores do espectro são

    criadas por diferentes intensidades desses

    comprimentos de onda da luz. Quando as três

    cores primárias se sobrepõem, elas criam as

    cores secundárias: ciano, magenta a amarelo.

     As primárias e secundárias são complementos

    umas das outras. As cores complementares

    são as cores que mais diferem umas das

    outras. Na figura abaixo, pode-se ver que o

    amarelo é formado por vermelho e verde.

    O azul é a cor primária ausente;portanto, azul e amarelo são complementares.

    O complemento do verde é o magenta;

    e o complemento do vermelho, o ciano. Isso

    explica porque vemos outras cores além de

    vermelho, verde e azul. Em um girassol, vê-se

    o amarelo por que o comprimento de onda de

    luz vermelha e verde é refletido de volta para

    você, enquanto o azul é absorvido pela

    planta.

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     A figura também mostra que todas as

    cores primárias se combinam para criar o

    branco. Você poderia achar que adicionar

    todas essas cores produziriam uma cor mais

    escura, mas lembre-se de que você está

    acrescentando luz.

    Quando os comprimentos de onda da

    luz são somados, obtemos cores mais clara. É

    por isso que as cores primárias da luz

    freqüentemente são chamadas de cores

    aditivas. Juntando todas as cores da luz,

    obtemos a luz mais clara: a luz branca.

     Assim quando você vê um pedaço de

    papel branco, todos os comprimentos de ondado vermelho, do verde e do azul da luz estão

    sendo refletidos para você. Quando você vê

    preto, todos os comprimentos de onda de

    vermelho, de verde e de azul da luz estão

    sendo completamente absorvidos pelo objeto:

    dessa forma, nenhuma luz é refletida de volta

    para você.

    Modelo de cor RGB

    O sistema usado para a criação de

    cores em seu monitor baseia-se nas mesmas

    propriedades fundamentais da luz que

    ocorrem na natureza: essas cores podem ser

    criadas a partir do vermelho, do verde e do

    azul. Essa é a base do modelo de cores RGB.

    Seu monitor colorido cria cores

    emitindo três feixes de luz com diferentesintensidades, iluminando o material

    fosforescente vermelho, verde e azul que

    reveste a parte interna da tela do monitor.

    Quando você vê o vermelho, isso significa que

    o monitor ativou o feixe vermelho, que excita

    os fósforos vermelhos, acendendo um pixel

    vermelho na tela. Portanto, ver uma imagem

    digitalizada de uma maça na tela é diferente

    de ver uma maça em cima do computador,

    esperando para ser comida. Se você apaga as

    luzes de seu escritório, não verá mais a sua

    sobremesa, mas continuará vendo a maçã

    digitalizada, pois seu monitor emite luz.

    No modelo de cores RGB, as coresdos “ pixels” podem ser mudadas combinando-

    se vários valores de vermelho, verde e azul.

    Cada uma das três cores primárias tem um

    intervalo de valores de 0 até 255. Quando

    você combina os 256 possíveis valores de

    cada cor, o número total de cores fica um

    aproximadamente 16,7 milhões (256 X 256 X

    256). Isso pode parecer uma quantidade

    imensa de cores, mas lembre-se de que alas

    constituem apenas uma parte visível das cores

    da natureza. Contudo, 16,7 milhões de cores

    são suficientes para reproduzir imagens

    digitalizadas cristalinas em um monitor capaz

    de exibir cores 24 bits.

    Modelo de cor CMYK

    O modelo de cores CMYK baseia-senão na adição de luz, mas em sua subtração.

    No modelo RGB, as cores são criadas

    acrescentando-se luz; o monitor (ou a

    televisão) é uma fonte de luz que pode

    produzir cores. Mas uma página impressa não

    emite luz; ela absorve e reflete luz.

    Então, quando você quiser transportar

    as cores do monitor para o papel, terá de usar

    outro modelo, o CMYK. O modelo de cores

    CMYK é a base do processo de impressão em

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    quatro cores (quadricromia ou policromia), que

    é usado principalmente para imprimir imagens

    de tons contínuos (como as fotografias

    digitalizadas) em uma gráfica. Na quadricromia

    as cores são reproduzidas em uma impressora

    usando quatro chapas:

    C (ciano),

    M (magenta),

    Y (amarelo) e

    K (preto - que é representado pela

    letra K porque a nomenclatura baseia-se no

    inglês, e o B de black poderia ser confundido

    com B de blue).Como uma página impressa não

    consegue emitir luz, uma impressora não pode

    usar as cores RGB para imprimir; em vez

    disso, ela utiliza tintas que podem absorver

    comprimentos de onda de luz específicos e

    refletir outros comprimentos de onda.

    Combinando tintas de cor ciano, magenta e

    amarelo, uma impressora comercial pode

    reproduzir uma parte significativa do espectro

    visível de cores.

    Na teoria, 100% ciano, 100% magenta

    e 100% amarelo devem ser combinados para

    produzir o preto. No entanto devido a impureza

    das tintas, a misturas das cores ciano,

    magenta e amarelo produz um marrom turvo

    em vez de preto.

    Portanto as impressoras geralmenteadicionam o preto, às outras três cores para

    produzir as partes mais escuras e cinzas das

    imagens.

     A figura abaixo mostra as cores

    secundárias ou subtrativas sobrepondo-se

    para criar um marrom turvo. Observar que

    cada par de cores subtrativas cria uma cor

    primária.

    Modelo de cor Pantone8 

    Pantone Inc., a multi-milionária

    empresa está sediada em Carlstadt, New

    Jersey, é conhecida pelo seu sistema de cor,

    utilizado na indústria gráfica.

     A Pantone foi fundada em 1962 por

    Lawrence Herbert, que foi diretor da

    companhia. Inicialmente, Pantone era uma

    pequena empresa que fabricava cartões de

    cores para companhias de cosméticos.

    Rapidamente, Herbert adquiriu a Pantone e

    desenvolveu o primeiro sistema de cores em

    1963. Entre os primeiros produtos estavam os

    Guias Pantone, que consistiam num grande

    número de pequenos e finos cartões(aproximadamente com 5 cm), impressos num

    dos lados com uma série de cores

    relacionadas e então unidos num pequeno

    livro. Por exemplo, uma determinada página

    poderia conter certo número de amarelos

    variando em luminância desde claro a escuro.

    Edições anuais dos Guias Pantone são

    editadas visto que as tintas utilizadas em cada

    edição com o tempo degradam-se.

    Em teoria, a idéia do sistema Pantone

    é escolher as cores desejadas dos guias e

    então utilizar os números para especificar de

    que forma é que se vai imprimir o output. Por

    exemplo, podemos pedir à empresa que

    impressa o trabalho utilizando a cor Pantone

    655 e a empresa terá instruções sobre como

    8 Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Pantone acesso18/06/2006

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    produzir a cor 655 no seu equipamento. Desta

    forma, o produto final será exatamente o

    pretendido. Recomenda-se que os Guias

    Pantone sejam substituídos anualmente. Os

    Guias Pantone de diferentes edições muitas

    vezes têm cores diferentes de outras edições.

    Uma solução é a digitalização, com a

    utilização da libraria Pantone em

    espectrofotómetros. Desta forma, os

    utilizadores poderiam medir o valor da cor e

    compará-lo com o valor Pantone directamente,

    sem ter que o comparar com a versão

    impressa do guia.Na realidade, existem inúmeras

    diferenças subtis na forma como os diferentes

    equipamentos produzem um determinado

    espectro de cores. Materiais impressos

    utilizam o sistema de quatro cores CMYK,

    enquanto que ecrãs de computador usam o

    sistema RGB, e o acerto entre os dois pode

    ser extraordinariamente difícil. Enquanto que o

    sistema Pantone funciona bastante bem entre

    equipamentos de diferentes tipos, a transição

    de ecrã para impressão - a forma como a

    maioria da publicações são hoje produzidas -

    ainda é vista por muitos como um acto de

    tentativa e erro.

     As cores Pantone, descritas pelo seu

    número, encontraram também lugar na

    legislação, particularmente na descrição dascores das bandeiras. O Parlamento da Escócia

    debateu uma medida para definir que a

    Bandeira escocesa seja definida como

    Pantone 300. Da mesma forma, outros países

    como Canadá e Coreia do Sul indicam cores

    Pantone específicas para utilização aquando

    da produção das bandeiras. Desconhece-se

    se os legisladores sabem que as cores

    Pantone podem variar ou que a ciência da cor

    tem hoje formas muito mais exactas de definir

    uma determinada cor.

     A lista de números de cor e valores da

    Pantone é pertença da propriedade intelectual

    da Pantone e o uso gratuito da lista não é

    autorizado. É por este motivo que as cores

    Pantone não são suportadas em software livre

    como The GIMP, e muitas vezes não estão

    presentes em soluções de software de baixo

    custo.

    Modelo de cor HSB

    Embora os modelos de cores RGB eCMYK sejam essenciais à computação gráfica

    e à impressão, muitos desenhistas e artistas

    gráficos acham complicado tentar misturar

    cores usando valores ou porcentagens de

    outras cores. O uso de um disco de cores

    ajuda, mas nem o modelo RGB nem o CMYK

    são muito intuitivos. A mente humana não

    separa as cores em modelos de vermelho/

    verde/ azul ou ciano/ magenta/ amarelo/

    preto. Para facilitar essas escolhas, foi criado

    um terceiro modelo de cores: modelo HSB -

    Hue/ Saturation/ Brightness (matiz/ saturação/

    brilho).

    O HSB baseia-se na percepção

    humana das cores e não nos valores RGB do

    computador ou nas porcentagens de CMYK

    das impressoras. O olho humano vê corescomo componentes de matiz, saturação e

    brilho. Pense nos matizes como sendo as

    cores que você pode ver em um disco de

    cores. Em termos técnicos, matiz baseia-se no

    comprimento de onda de luz refletida de um

    objeto, ou transmitida por ele. A saturação,

    também chamada de croma, é a quantidade

    de cinza em uma cor. Quanto mais alta a

    saturação, mais baixo é o conteúdo e mais

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     Apostila do Prof. Robson Luis Vicentin® 2a fase PP – TOT I 2006-02 – Curso de Comunicação Social, hab. em Publicidade e Propagandada Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina. Permitida a reprodução desde que citada a fonte. Todos os direitos reservados.  24 

    intensa é a cor. O brilho é uma medida de

    intensidade da luz em uma cor.

    Modelo de cor LAB

    Falta ainda explorar mais um modelo

    de cores. Embora não seja usado com tanta

    freqüência quanto os outros modelos, o

    modelo de cores Lab merece ser investigado,

    porque particularmente pode-se mostrar útil

    em certas situações de edição de cores.

    Embora talvez você nunca precise

    usar o modelo Lab, esse modelo é vital para

    alguns programas. No Photoshop, porexemplo, é utilizado para converter de um

    modo de cor para outro. Quando o Photoshop

    converte de RGB para CMYK, primeiro ele

    converte para Lab e, a seguir, de Lab para

    CMYK. Uma razão para isso é que a gama de

    cor Lab abrange as gamas de cor RGB e

    CMYK (você nem percebe mas isso acontece).

    O modelo de cor Lab baseia-se no

    trabalho da Commission Internationale de I'

    Eclairage, formada no início do século XX,

    para tentar padronizar a medida de cores. A

    comissão idealizou um modelo de cores

    baseado na maneira pela qual a cor é

    percebida pelo olho humano. Em 1976, o

    modelo de cores original foi refinado e

    chamado de CIE Lab. Ele foi criado para

    proporcionar cores consistentes,independentemente do tipo de monitor ou

    impressora utilizado; isso chama-se

    independente de dispositivo (device-

    independent- color). A cor independente de

    dispositivo não é afetada pelas características

    ou peculiaridades de qualquer componente de

    hardware.

    Modelo Hexadecimal

    É a cor que usamos para web. As

    especificações para as propriedades das cores

    são indicadas em código Hexadecimal. Cada

    código de cor no Visual Basic é formado de

    seis dígitos hexadecimais, de &H000000& (0)

    até &HFFFFFF& (16.77.215) (CORNELL,

    1998). A sintaxe de uma cor hexadecimal é

    &HBBGGRR. As cores hexadecimais são

    derivadas das cores RGB (Valor Red, Valor

    Green, Valor Blue), que têm seus valores

    variando de 0 a 255. Na cor hexadecimal os

    dois últimos dígitos (não considere o dígito &)

    retornam o vermelho, os dois dígitos centraisou intermediários retornam o verde e os dois

    primeiros (desconsidere os dígitos &H),

    retornam o azul, ou seja, a diferença básica

    entre os dois tipos de cores está na

    organização do retorno das cores e na sintaxe.

    2.7 O emprego da cor 9 

    Na publicidade:De acordo com os estudos do Prof.

    Modesto Farina, existem algumas indicações

    seguras quanto ao uso das cores em

    publicidade:

    VERMELHO: Aumenta a atenção, é

    estimulante, motivador. Indicado para uso em

    anúncios de artigos que indicam calor e

    energia, artigos técnicos e de ginástica.

    LARANJA: Indicado para as mesmas

    aplicações do vermelho, com resultados um

    pouco mais moderados.

     AMARELO: Visível a distância,

    estimulante. Cor imprecisa, pode produzir

    vacilação no indivíduo e dispersar parte de sua

    atenção. Não é uma cor motivadora por

    excelência. Combinada com o preto pode

    9 Antônio Porto e Clecio Dias disponível em:http://www.tci.art.br/cor/primeira.htm acesso em 17/07/2006

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    resultar eficaz e interessante. Geralmente

    indicada para aplicação em anúncios que

    indiquem luz, é desaconselhável seu uso em

    superfícies muito extensas.

    VERDE: Estimulante, mas com pouca

    força sugestiva; oferece uma sensação de

    repouso. Indicado para anúncios que

    caracterizem o frio, azeites, verduras e

    semelhantes.

     AZUL: Possui grande poder de

    atração; é neutralizante nas inquietações do

    ser humano; acalma o indivíduo e seu sistema

    circulatório. Indicado em anúncios quecaracterizem o frio.

    ROXO: Acalma o sistema nervoso. a

    ser utilizado em anúncios de artigos religiosos,

    em viaturas, acessórios funerários etc. Para

    dar a essa cor maior sensação de calor, deve-

    se acrescentar vermelho; de luminosidade, o

    amarelo; de calor, o laranja; de frio o azul; de

    arejado o verde.

    PÚRPURA E OURO: Cores

    representativas do valor e dignidade. Devem

    ser aplicadas em anúncios de artigos de alta

    categoria e luxo.

    MARROM: Esconde muito a qualidade

    e o valor e, portanto, pouco recomendável em

    publicidade.

    VIOLETA: Entristece o ser humano,

    não sendo, portanto, muito bem visto nacriação publicitária.

    CINZA: Indica discrição. Para atitudes

    neutras e diplomáticas é muito utilizado em

    publicidade.

    PRETO: Deve ser evitado o excesso

    em publicações a cores, pois tende a gerar

    frustração.

     AZUL E BRANCO: Estimulante,

    predispõe à simpatia; oferece uma sensação

    de paz para produtos e serviços que precisam

    demonstrar sua segurança e estabilidade.

     AZUL E VERMELHO: Estimulante da

    espiritualidade; combinação delicada e de

    maior eficácia na publicidade.

     AZUL E PRETO: Sensação de

    antipatia; deixa o indivíduo preocupado;

    desvaloriza completamente a mensagem

    publicitária e é contraproducente.

    VERMELHO E VERDE: Estimulante,

    mas de pouca eficácia publicitária. Geralmente

    se usa essa combinação para publicidade

    rural.VERMELHO E AMARELO:

    Estimulante e eficaz em publicidade. Por outro

    lado as pesquisas indicam que pode ausar

    opressão em certas pessoas e insatisfação em

    outras.

     AMARELO E VERDE: Produz atitude

    passiva em muitas pessoas, sendo ineficaz em

    publicidade. Poderá resultar eficaz se houver

    mais detalhes coloridos na peça.

    Nas embalagens:

    Sem dúvidas a cor da embalagem é

    um de seus elementos principais, compondo

    com a forma e o material um todo em si. É

    ainda extremamente relevante a participação

    da embalagem e por extensão, da cor, no

    complexo e intricado processo mercadológico.Em outras palavras, a cor da embalagem age

    diretamente no processo de venda dos

    produtos, atraindo, cativando e convencendo o

    consumidor.

    Diversas são as pesquisas neste

    sentido e existem resultados bastante

    objetivos, como por exemplo com relação ao

    peso relativo das cores. Nesta área os

    resultados experimentais não deixam dúvidas

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    quanto a esta relação, onde se obtêm os

    seguintes resultados:

    + PESADO

    + LEVE

     Além das considerações sobre

    contraste e harmonia, onde as regras gerais

    também se aplicam, foram determinadas

    experimentalmente algumas relações entre

    cores e produtos que podem auxiliar no projeto

    de uma embalagem:CAFÉ:  marrom-escuro com toques de laranjaou vermelho.

    CHOCOLATE:  marrom-claro ou vermelho-alaranjado.

    LEITE: azul em vários tons, às vezes com umtoque de vermelho.

    GORDURAS VEGETAIS:  verde-claro eamarelo não muito forte.

    CARNES ENLATADAS:  cor do produto emfundo vermelho, às vezes com um toque deverde.