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DISPENSA COLETIVA E REFORMA TRABALHISTA Prof: Marcos Scalercio

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DISPENSA COLETIVA E REFORMA TRABALHISTA

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INTRODUÇÃO

CRISE ECONÔMICA

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CONCEITO/CARACTERIZAÇÃO DA DISPENSA COLETIVA

- QUANTIDADE DE TRABALHADORES- DIFERENÇA COM A DISPENSA INDIVIUAL

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TRATAMENTO NORMATIVO

AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL CONVENÇÃO 158 DA OIT

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VALIDADE DA DISPENSA COLETIVA

Não há vedação legal

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- Critica:

a) art. 4° da LICC: "Quando a lei for omissa, o juizdecidirá o caso de acordo com a analogia, oscostume e também com os princípios gerais dodireito."

b) Art. 5º, da LICC: “Na aplicação da lei, o juizatenderá aos fins sociais a que ela se dirige e àsexigências do bem comum.”

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- Critica:

c) Art. 8º, da CLT: “As autoridades administrativas e aJustiça do Trabalho, na falta de disposições legais oucontratuais, decidirão, conforme o caso, pelajurisprudência, por analogia, por eqüidade e outrosprincípios e normas gerais de direito, principalmentedo direito de trabalho, e, ainda, de acordo com osusos e costumes, o direto comparado, mas semprede maneira que nenhum interesse de classe ouparticular prevaleça sobre o interesse público”

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- Critica:

d) Art. 126, do CPC: “O juiz não se exime desentenciar ou despachar alegando lacuna ouobscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-áaplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá àanalogia, aos costumes e aos princípios gerais dedireito”;

e) Art. 127, do CPC: “ O juiz só decidirá por eqüidadenos casos previstos em lei”;

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- Critica:

f) Art. 335, do CPC, sobre provas: “Em falta denormas jurídicas particulares, o juiz aplicará asregras de experiência comum subministradaspela observação do que ordinariamenteacontece e ainda as regras da experiênciatécnica, ressalvado, quanto a esta, o examepericial.

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-PARTICIPAÇÃO/ NEGOCIAÇÃO -DO SINDICATO

-MEIOS ALTERNATIVOS -PARA EVITAR

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“LAY-OFF”-EXEMPLO 476-A DA CLT

Art. 476-A. O contrato de trabalho poderá ser suspenso,por um período de dois a cinco meses, para participaçãodo empregado em curso ou programa de qualificaçãoprofissional oferecido pelo empregador, com duraçãoequivalente à suspensão contratual, mediante previsãoem convenção ou acordo coletivo de trabalho eaquiescência formal do empregado, observado odisposto no art. 471 desta Consolidação.

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§ 1o Após a autorização concedida por intermédio de convençãoou acordo coletivo, o empregador deverá notificar o respectivosindicato, com antecedência mínima de quinze dias dasuspensão contratual.§ 2o O contrato de trabalho não poderá ser suspenso emconformidade com o disposto no caput deste artigo mais deuma vez no período de dezesseis meses.§ 3o O empregador poderá conceder ao empregado ajudacompensatória mensal, sem natureza salarial, durante o períodode suspensão contratual nos termos do caput deste artigo, comvalor a ser definido em convenção ou acordo coletivo.

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§ 4o Durante o período de suspensão contratual paraparticipação em curso ou programa de qualificação profissional, oempregado fará jus aos benefícios voluntariamente concedidospelo empregador.§ 5o Se ocorrer a dispensa do empregado no transcurso doperíodo de suspensão contratual ou nos três meses subsequentesao seu retorno ao trabalho, o empregador pagará ao empregado,além das parcelas indenizatórias previstas na legislação em vigor,multa a ser estabelecida em convenção ou acordo coletivo, sendode, no mínimo, cem por cento sobre o valor da últimaremuneração mensal anterior à suspensão do contrato.

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§ 6o Se durante a suspensão do contrato não for ministrado ocurso ou programa de qualificação profissional, ou oempregado permanecer trabalhando para o empregador, ficarádescaracterizada a suspensão, sujeitando o empregador aopagamento imediato dos salários e dos encargos sociaisreferentes ao período, às penalidades cabíveis previstas nalegislação em vigor, bem como às sanções previstas emconvenção ou acordo coletivo.§ 7o O prazo limite fixado no caput poderá ser prorrogadomediante convenção ou acordo coletivo de trabalho eaquiescência formal do empregado, desde que o empregadorarque com o ônus correspondente ao valor da bolsa dequalificação profissional, no respectivo período.

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Prof.: Marcos ScalercioPROGRAMA DE PROTEÇÃO AO EMPREGO - Lei 13189/2015

Art. 1º Fica instituído o Programa Seguro-Emprego - PSE, com osseguintes objetivos:I - possibilitar a preservação dos empregos em momentos de retraçãoda atividade econômica;II - favorecer a recuperação econômico - financeira das empresas;III - sustentar a demanda agregada durante momentos deadversidade, para facilitar a recuperação da economia;IV - estimular a produtividade do trabalho por meio do aumento daduração do vínculo empregatício; eV - fomentar a negociação coletiva e aperfeiçoar as relações deemprego.

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Art. 2º Podem aderir ao PSE as empresas de todos ossetores em situação de dificuldade econômico-financeira que celebrarem acordo coletivo de trabalhoespecífico de redução de jornada e de salário.

§ 1º A adesão ao PSE pode ser feita junto ao Ministériodo Trabalho, até o dia 31 de dezembro de 2017,observado o prazo máximo de permanência de vinte equatro meses, na forma definida em regulamento,respeitada a data de extinção do Programa.

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§ 2º Tem prioridade de adesão a empresa que demonstreobservar a cota de pessoas com deficiência, asmicroempresas e empresas de pequeno porte, observadosos critérios definidos pelo Poder Executivo federal.

§ 3º As microempresas e as empresas de pequeno porteque aderirem ao PSE poderão contar com o apoio técnicodo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e PequenasEmpresas - Sebrae.

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Art. 5º O acordo coletivo de trabalho específicopara adesão ao PSE, celebrado entre a empresa e osindicato de trabalhadores representativo dacategoria da atividade econômica preponderanteda empresa, pode reduzir em até trinta por cento ajornada e o salário.

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§ 1º O acordo deve ser aprovado em assembleia dostrabalhadores abrangidos pelo programa e deve dispor sobre:I - número total de empregados abrangidos pela redução e suaidentificação;II - estabelecimentos ou setores específicos da empresaabrangidos;III - percentual de redução da jornada e redução proporcional oumenor do salário;IV - período pretendido de adesão ao PSE e de reduçãotemporária da jornada de trabalho, que deve ter duração de atéseis meses, podendo ser prorrogado por períodos de seis meses,desde que o período total não ultrapasse vinte e quatro meses;

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Prof.: Marcos Scalercio§ 1º

V - período de garantia no emprego, que deve serequivalente, no mínimo, ao período de redução dejornada acrescido de um terço;VI - constituição de comissão paritária, compostapor representantes do empregador e dosempregados abrangidos pelo PSE, paraacompanhar e fiscalizar o cumprimento do acordoe do Programa, exceto nas microempresas eempresas de pequeno porte.

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§ 3º A empresa deve demonstrar ao sindicato queforam esgotados os bancos de horas, além defornecer as informações econômico-financeiras.

§ 4º É facultada a celebração de acordo coletivomúltiplo de trabalho específico a grupo demicroempresas e empresas de pequeno porte, domesmo setor econômico, com o sindicato detrabalhadores representativo da categoria daatividade econômica preponderante.

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Prof.: Marcos ScalercioArt. 6º A empresa que aderir ao PSEfica proibida de:I - dispensar arbitrariamente ou sem justa causa os empregados que tiveremsua jornada de trabalho temporariamente reduzida enquanto vigorar aadesão ao PSE e, após o seu término, durante o prazo equivalente a umterço do período de adesão;II - contratar empregado para executar, total ou parcialmente, as mesmasatividades exercidas por empregado abrangido pelo programa, exceto nashipóteses de:a) reposição;b) aproveitamento de concluinte de curso de aprendizagem na empresa,nos termos do art. 429 da CLTc) efetivação de estagiário;d) contratação de pessoas com deficiência;e) contratação de egresso dos sistemas prisional e de medidassocioeducativas

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§ 2º Durante o período de adesão, é proibida arealização de horas extraordinárias pelosempregados abrangidos pelo programa.

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Art. 8º Fica excluída do PSE e impedida de aderir ao Programanovamente a empresa que:

I - descumprir os termos do acordo coletivo de trabalho específicorelativo à redução temporária da jornada de trabalho ou qualqueroutro dispositivo desta Lei ou de sua regulamentação;II - cometer fraude no âmbito do PSE (…)III - for condenada por decisão judicial transitada em julgado ouautuada administrativamente após decisão final no processoadministrativo por prática de trabalho análogo ao de escravo,trabalho infantil ou degradante.

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CASO EMBRAER

RECURSO ORDINÁRIO EM DISSÍDIO COLETIVO. DISPENSAS TRABALHISTASCOLETIVAS. MATÉRIA DE DIREITO COLETIVO. IMPERATIVA INTERVENIÊNCIASINDICAL. RESTRIÇÕES JURÍDICAS ÀS DISPENSAS COLETIVAS. ORDEMCONSTITUCIONAL E INFRACONSTITUCIONAL DEMOCRÁTICA EXISTENTE DESDE 1988.DISPENSAS COLETIVAS TRABALHISTAS. EFEITOS JURÍDICOS. A ordem constitucional einfraconstitucional democrática brasileira, desde a Constituição de 1988 e diplomasinternacionais ratificados (Convenções OIT n. 11, 87, 98, 135, 141 e 151, ilustrativamente), nãopermite o manejo meramente unilateral e potestativista das dispensas trabalhistas coletivas,por de tratar de ato/fato coletivo, inerente ao Direito Coletivo do Trabalho, e não DireitoIndividual, exigindo, por conseqüência, a participação do(s) respectivo(s) sindicato(s)profissional(is) obreiro(s). Regras e princípios constitucionais que determinam o respeito àdignidade da pessoa humana (art. 1o, III, CF), a valorização do trabalho e especialmente doemprego (arts. 1o, IV, 6o e 170, VIII, CF), a subordinação da propriedade à sua funçãosocioambiental (arts. 5o, XXIII e 170, III, CF) e a intervenção sindical nas questões coletivastrabalhistas (art. 8o, III e VI, CF), tudo impõe que se reconheça distinção normativa entre asdispensas meramente tópicas e individuais e as dispensas massivas, coletivas, as quais sãosocial, econômica, familiar e comunitariamente impactantes.

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- Nesta linha, seria inválida a dispensa coletiva enquanto nãonegociada com o sindicato de trabalhadores,espontaneamente ou no plano do processo judicial coletivo.

- A d. Maioria, contudo, decidiu apenas fixar a premissa,para casos futuros, de que “a negociação coletiva éimprescindível para a dispensa em massa de trabalhadores”,observados os fundamentos supra. Recurso ordinário a quese dá provimento parcial.

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Prof.: Marcos ScalercioDANO MORAL –FALTA DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA

Processo: RR - 9800-84.2009.5.02.0251 -6ª TurmaRECURSO DE REVISTA. DISPENSA EM MASSA DE TRABALHADORES.AUSÊNCIA DE NEGOCIAÇÃO PRÉVIA. INDENIZAÇÃO POR DANO MORALCOLETIVO. DISSÍDIO COLETIVO POSTERIOR.O fato de ter havido dispensa em massa sem que fosse oportunizado à categoria o

direito de discutir coletivamente a questão não viola apenas o direito dotrabalhador quando a conduta atinge um número de empregados, e não édirecionada ao patrimônio individual de cada um, ou seja, afeta amplamente acoletividade ante o prejuízo decorrente da conduta ilícita.A compensação pecuniária não visa a reparação direta à vítima do dano, mas à

coletividade atingida, revertendo em benefício de toda a sociedade, nos termos doart. 13 da Lei nº 7347/85, sendo levado em consideração, para atribuir importe àcondenação o fato de que a empresa fez acordo, em dissídio coletivo, em que sereconheceu a nulidade do ato ilícito.

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Deste modo, é de se dar provimento ao recurso de revista para, reformando o v.acórdão regional, condenar a reclamada a pagar o valor de R$ 50.000,00(cinquenta mil reais) a título de dano moral coletivo, a ser revertido ao FAT, nostermos da Lei nº 7.347/85 (Lei da ACP).

ACORDAM os Ministros da Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, porunanimidade, dar provimento ao agravo de instrumento para, destrancando orecurso de revista, dele conhecer por violação do art. 186 do Código Civil e, nomérito, dar-lhe provimento para, reformando o v. acórdão regional, condenar areclamada a pagar o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) a título de danomoral coletivo, a ser revertido ao FAT, nos termos da Lei nº 7.347/85 (Lei daACP).

Aloysio Corrêa da VeigaMinistro Relator

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MEDIDA PROCESSSUAL PARA QUESTIONAR A DISPENSA COLETIVA

Dissídio Coletivo de Natureza Jurídica Dissídio Coletivo de Natureza EconômicaAção Civil Pública Reclamação Plúrima

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Negociado sobre o legislado

- Cabe negociação coletiva aperfeiçoar as condições eas relações do trabalho, "não tendo o propósitohistórico e constitucional" de piorá-las.

-"engessamento" da lei como fatorprejudicial à economia.

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"Não tem sentido transformar o sindicalismo em instrumento de precarização trabalhista. A legislação tem o papel de

incrementar a força do mercado interno, estimulando a atividadeempresarial pelo aumento do número de consumidores, o que

demonstra que ela não impede o desenvolvimento da economiabrasileira. Esse argumento não é comprovado pelos fatos.

Se o indivíduo não tiver um nível adequado de proteçãotrabalhista, ele não se realiza como pessoa e ao mesmo tempo não integra o mercado consumidor, não favorecendo a própria

economia", afirma Ministro Maurício Godinho Delgado.

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Prof.: Marcos Scalercio“Art. 611-A A Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho

terá força de lei quando dispor sobre:

JornadaPactuar jornadas de trabalho cuja duração

normal seja diferente de oito horas diárias e 44(quarenta e quatro) horas semanais, limitadas adoze horas diárias e 220 (duzentos e vinte)horas mensais;

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Registro de ponto

Acordo coletivo pode definir a maneirade registro e acompanhamento de ponto.Sendo assim, a existência de um pontoeletrônico passa a ser flexível.

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Participação nos resultados

Parcelar o pagamento da Participaçãonos Lucros e Resultados da Empresa nolimite dos prazos do balanço patrimoniale/ou dos balancetes legalmente exigidos,não inferiores a duas parcelas;

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Deslocamento – “hora in itinere “

Acordo coletivo pode regulamentartoda a jornada “in itinere”

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Férias

Parcelamento do gozo das férias anuaisem até três vezes, com pagamentoproporcional aos respectivos gozos, sendoque uma das frações do referido períododeverá corresponder pelo menos a duassemanas de trabalho ininterruptos;

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Remuneração por produtividade

A remuneração por produtividade serádecidida em acordo coletivo.

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Intervalo

O intervalo intrajornada pode ter umlimite mínimo de 30 minutos;

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Programa de seguro-emprego

A entrada no Programa de Seguro-Emprego (PSE) deverá ser decidida entretrabalhadores e empregadores.

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Plano de salários

Plano de cargos e salários também ficará acargo das negociações entre trabalhadores eempregadores;

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Vigência do acordo coletivo

Pode dispor sobre a ultratividade danorma ou instrumento coletivo de trabalhoda categoria

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Banco de horas

Caberá às partes negociar o banco dehoras , garantida a conversão da hora queexceder a jornada normal de trabalho comacréscimo de no mínimo 50% (cinqüenta porcento)

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Trabalho remoto

Segundo o projeto de lei, as regras sobreo trabalho à distância deverão ser acordadasentre trabalhadores e empregadores.

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Atuação do Poder Judiciário

“O disposto em Convenção ou Acordo Coletivo deTrabalho só poderá ser revisto pela Justiça doTrabalho se contiver vício de forma, vício de vontadeou de consentimento, ou versar sobre direitoindisponível.”

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Prof.: Marcos ScalercioRepresentantedos Trabalhadores

Art. 523-A CLTÉ assegurada a eleição de representante sindical dos

trabalhadores no local de trabalho, observada a seguinteproporcionalidade e critérios:I- um representante sindical por estabelecimento com 50(cinqüenta) até 200 (duzentos) empregados, acrescidosde mais um a cada 200 (duzentos) empregados, limitadosa 5 (cinco) representantes por estabelecimento;

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II- a eleição deverá ser convocada por edital, com antecedênciamínima de quinze dias, o qual deverá ser afixado no estabelecimento,com ampla publicidade, para inscrição de candidatura,independentemente de filiação sindical, garantindo-se o votosecreto, sendo eleito o mais votado. A posse se dará após a conclusãoda apuração do escrutínio, que será lavrada em ata e encaminhada aorespectivo sindicato representativo da categoria;

III- duração do mandato de dois anos, permitida reeleição, vedada adispensa arbitrária ou sem justa causa desde o registro de suacandidatura até um ano após o final do mandato.

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§ 1º O representante sindical dos trabalhadores no local de trabalho teráas seguintes prerrogativas e competências:I- garantia de participação na mesa de negociação do acordo coletivo detrabalho;II- deverá atuar na conciliação de conflitos trabalhistas no âmbito doestabelecimento, inclusive referente ao pagamento de verbas trabalhistas,no curso do contrato de trabalho, ou rescisórias.

§ 2º A eleição do representante sindical dos trabalhadores do local detrabalho deverá ser realizada pelo sindicato laboral da respectivacategoria ou organizada pelos próprios trabalhadores do estabelecimentoda empresa, caso o sindicato da categoria não realize o processo eleitoralpara escolha do representante sindical em até noventa dias após a ciênciada respectiva entidade sindical pelos trabalhadores interessados.

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§ 3º Quando a eleição do representante sindical dostrabalhadores ocorrer por iniciativa exclusiva dosempregados do estabelecimento, caso o sindicato nãorealize a eleição no prazo previsto no parágrafo segundo, acomissão eleitoral constituída pelos trabalhadores doestabelecimento deverá depositar na unidade mais próximada Superintendência Regional do Trabalho cópia dacomunicação enviada ao sindical laboral requerendo arealização da eleição e da ata de eleição e posse darepresentação sindical eleita pelos trabalhadores doestabelecimento.”

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Honorários advocatícios

“Art. 659-A Na sentença o juiz condenará o vencido apagar honorários ao advogado do vencedor,conformeo disposto no art. 85 c/c os arts. 98 e 99 todos da Lein.º 13.105, de 13 de março de 2015.”

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TRABALHOTEMPORÁRIO

“Art. 2º Trabalho temporário é aquele prestado porpessoa física a uma empresa de trabalho temporárioou diretamente à empresa tomadora de serviço oucliente, para atender a necessidade transitória desubstituição de seu pessoal regular e permanente, ouacréscimo extraordinário de serviços.

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§ 1º Configura-se também como acréscimo extraordinário deserviços, a alteração sazonal na demanda por produtos eserviços.

§ 2º A contratação de trabalhador temporário para substituirempregado em afastamento previdenciário se dará peloprazo do afastamento do trabalhador permanente daempresa tomadora de serviço ou cliente, limitado à data emque venha a ocorrer a concessão da aposentadoria porinvalidez tratada no art. 475 da CLT.

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Art. 10 : O contrato de trabalhotemporário com relação a um mesmoempregado poderá ter duração de até120 dias, podendo ser prorrogado umaúnica vez dentro do mesmo contrato,por igual período.

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§1º Uma vez encerrado o contrato de trabalho temporário,não poderá a mesma empresa tomadora de serviços oucliente, celebrar outro contrato de trabalho temporário como mesmo trabalhador, seja de maneira direta, seja por meiode empresa de trabalho temporário, pelo período de 120dias, ou pelo prazo do contrato, caso menor que 120 dias.

§2º Caso o prazo do contrato temporário seja excedido, omesmo será convertido em contrato por prazoindeterminado.

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Art. 11 - O contrato de trabalho temporário será,obrigatoriamente, escrito, devidamenteregistrado na Carteira de Trabalho e PrevidênciaSocial, nos termos do art. 41 da CLT, e deledeverão constar, expressamente, os direitosconferidos aos trabalhadores por esta Lei.

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“§ 1º Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva,proibindo a contratação do trabalhador pela empresatomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sidocolocado à sua disposição pela empresa de trabalhotemporário.

§ 2º A ausência de contrato de trabalho temporário escritoimplicará na configuração do vínculo empregatício por prazoindeterminado do trabalhador temporário com a empresatomadora de serviço.

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Art. 12 Ficam assegurados ao trabalhador temporárioos mesmos direitos previstos na Consolidação das Leisdo Trabalho relativos aos contratados por prazodeterminado, inclusive quanto ao disposto no art. 477da CLT.§ 1º É garantido ao trabalhador temporárioremuneração equivalente à percebida pelosempregados de mesma categoria da empresatomadora ou cliente, calculados à base horária.

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§ 2º A empresa tomadora ou cliente é obrigadaa comunicar à empresa de trabalho temporárioa ocorrência de todo acidente cuja vítima sejaum assalariado posto à sua disposição,considerando-se local de trabalho, para efeitoda legislação específica, tanto aquele onde seefetua a prestação do trabalho, quanto a sededa empresa de trabalho temporário.

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Art. 14 As empresas de trabalho temporário sãoobrigadas a fornecer às empresas tomadoras ouclientes, a seu pedido, comprovante da regularidadede sua situação com o Instituto Nacional do SeguroSocial , recolhimentos de FGTS e Negativa de Débitosjunto a Receita Federal do Brasil, sob pena deretenção dos valores devidos no contrato com aempresa de mão de obra temporária.

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Art. 18-A É possível na contratação temporáriaprevista nesta lei, as disposições do contrato emregime de tempo parcial, previstas no art. 58-Ada CLT.

Art. 18-B Esta lei não se aplica aos empregadosdomésticos.

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Art. 19 - Competirá à Justiça do Trabalho dirimiros litígios relacionados ao contrato de trabalhotemporário.Parágrafo Único: A empresa tomadora dosserviços, quando o interessado realizar acontratação através de empresa interposta,responde subsidiariamente pelas obrigaçõestrabalhistas e previdenciárias.”

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Prof.: Marcos ScalercioREGIME DETEMPO PARCIAL

“Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcialaquele cuja duração não exceda a 30 (trinta) horas semanais.

§ 3º Quando a duração semanal do trabalho ultrapassar 30 horas, ajornada de trabalho em regime parcial poderá ser acrescida de até 6(seis) horas suplementares semanais.

§ 4º As horas suplementares à jornada de trabalho semanal normalserão pagas com o acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre osalário-hora normal.

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§ 5° Caso o contrato de trabalho em regime de tempo parcial sejaestabelecido em número inferior a 30 (trinta) horas, as horassuplementares a este quantitativo serão consideradas horas-extras para fins do pagamento estipulado no § 4º, estandotambém limitadas a 6 (seis) horas suplementares semanais.

§ 6° As horas suplementares da jornada de trabalho normalpoderão ser compensadas diretamente até a semanaimediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita asua quitação na folha de pagamento do mês respectivo, caso nãocompensadas.

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§ 8º Para os empregados em regime parcial é assegurado orepouso contínuo de no mínimo onze horas entre doisperíodos de trabalho.

§ 9º É facultado ao empregado contratado sob regime detempo parcial converter 1/3 (um terço) do período de férias aque tiver direito em abono pecuniário.

§ 10 As férias do regime de trabalho a tempo parcial serãoregidas pelo art. 130 da CLT.

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§11 A remuneração mensal dos empregados em regime detempo parcial não poderá ser inferior ao salário-mínimo,independentemente da duração da jornada semanal detrabalho contratada.

§ 12 O total de empregados contratados sob o regime detempo parcial não excederá a 10 (dez) por cento doquantitativo de trabalhadores ativos da empresa contratadosem regime de tempo integral.

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Prof.: Marcos ScalercioTerceirização

- O projeto de lei 4302/98 não diferencia atividades meio e fim, jápassou pela Câmara e pelo Senado e voltou para a Câmara onde estáparado.

- O projeto 30/15 está em estágio avançado de negociação e permite aterceirização de uma "parcela" de qualquer atividade, excluindo aadministração direta e as empresas públicas. O projeto não define,porém, que parcela é essa, deixando a porta aberta parainterpretações da Justiça.

- Terceirização irrestrita eliminaria as categorias profissionais, emdesrespeito à Constituição de 1988.

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