DPU Santa Maria Em Dados 2013 Síntese Corrigida

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  • DPU SANTA MARIA EM DADOS

    2013:

    Sntese

    Santa Maria RS

    Abril 2014

  • DPU SANTA MARIA EM DADOS 2013:

    Sntese dos resultados

    EXPEDIENTE

    Defensor Pblico-Geral da Unio:

    Haman Tabosa de Moraes e Crdova

    Defensor-Pblico Chefe do Ncleo Santa Maria:

    Flvio Alberto Bandeira Medina Filho

    FICHA TCNICA

    Coordenao:

    Leonardo do Amaral Pedrete

    Estagirios colaboradores:

    Tiane Frana Menezes

    Igor N. Medeiros Schirmer

    AGRADECIMENTOS

    Agradecemos a colaborao de todos os aqueles

    empenhados no atendimento da unidade (estagirios,

    funcionrios, servidores e defensores), que direta ou

    indiretamente colaboraram com a produo das

    informaes coletadas. Agradecemos tambm

    servidora Mrcia Wasem, que prontamente coletou e

    forneceu os dados referentes aos recursos humanos da

    unidade.

    Av. Rio Branco, n 639, 3andar, Santa Maria- RS

    Tel. (55) 3218-9600, CEP 97.010-423

    E-mail: [email protected]

    www.dpu.gov.br

  • 1. Introduo

    2. Breves consideraes tericas

    3. Nota metodolgica

    4. A Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    1. Mapa da Jurisdio

    2. Indicadores Socioeconmicos da Jurisdio

    3. Recursos Humanos

    4. Funcionamento

    5. Imagens

    6. Mapa do DPU Itinerante 2013

    5. Anlise de Dados

    1. Mapeamento das Demandas

    2. Perfil dos assistidos

    3. Principais concluses

    6. Perspectivas

    7. Referncias Bibliogrficas

    SUMRIO

  • A Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria

    4.1. Mapa da Jurisdio;

    4.2. Indicadores Socioeconmicos da Jurisdio (Tabela 1);

    4.3. Recursos Humanos (Tabela 2);

    4.4. Funcionamento;

    4.5. Mapa do DPU Itinerante 2013.

    Mapeamento das Demandas

    5.1.1. Indicadores de atendimento 2013;

    5.1.2. Atendimentos iniciais, por ms (2009-2013);

    5.1.3. Pessoas atendidas, por ms (2009-2013);

    5.1.4. Atendimentos iniciais, por ms, segundo o ramo

    jurdico 2013;

    5.1.5. Atendimentos iniciais, por ramo jurdico 2013;

    5.1.6. Atendimentos iniciais das principais demandas,

    por ms 2013;

    5.1.7. Demandas mais frequentes 2013 (Tabela 3);

    5.1.8. Variaes nas principais demandas, em percentuais

    (2011-2013);

    5.1.9. Variaes nas principais demandas, em nmeros

    Absolutos (2011-2013).

    Siglas:

    DPU: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS; AI: Atendimentos

    iniciais; PA: pessoas atendidas; PAJ: Processo eletrnico de assistncia

    jurdica; DP: Desvio Padro;

    CV: Coeficiente de variao; IR: Imposto de Renda.

    GRFICOS, TABELAS E MAPAS

    Perfil dos Assistidos

    5.2.1. Distribuio por sexo 2013;

    5.2.2. Distribuio por grupos de idade 2013;

    5.2.3. Distribuio por sexo, segundo grupos de idade

    2013;

    5.2.4. Distribuio por situao laboral 2013;

    5.2.5. Distribuio por renda familiar, em faixas de

    salrios-mnimos 2013;

    5.2.6. Mdia e mediana da renda familiar e da renda

    per capita dos assistidos 2013 (Tabela 4);

    5.2.7. Indicadores de vulnerabilidade social 2013;

    5.2.8. Distribuio por renda dos assistidos, conforme

    o limite de iseno do imposto de renda 2013;

    5.2.9. Distribuio por gastos 2013;

    5.2.10. Distribuio por nvel de escolaridade 2013;

    5.2.11. Distribuio por cor ou raa 2013;

    5.2.12. Distribuio por religio 2013;

    5.2.13. Distribuio por tipo moradia 2013;

    5.2.14. Distribuio por recorrncia do atendimento

    na DPU 2013;

    5.2.15. Distribuio por local de atendimento da DPU

    2013;

    5.2.16. Distribuio por fontes da indicao para o

    atendimento da DPU 2013.

  • O objetivo central do projeto DPU Santa Maria em Dados implantar a produo e a anlise sociolgica de dados acerca da demanda,

    do funcionamento institucional e do grau de efetividade e eficcia envolvidos na atuao da Defensoria Pblica da Unio de Santa Maria (DPU-

    SM). Tal propsito se alinha s a diversas diretrizes estratgicas da instituio, uma vez que o conhecimento rigoroso e sistemtico da atuao

    da Defensoria e de seus assistidos fundamental para metas como o direcionamento de polticas institucionais populao abaixo da linha da

    misria, a promoo da difuso e da conscientizao dos direitos humanos, da cidadania e do ordenamento e a atuao de forma proativa

    junto sociedade.

    Os resultados apresentados no presente trabalho pretendem responder a questes relacionadas a dois dos principais eixos do projeto

    DPU Santa Maria em Dados:

    1) Mapeamento das Demandas:

    Quais so as maiores demandas que a Defensoria Pblica da Unio (DPU) em Santa Maria efetivamente recebe? Quais so as

    pretenses mais frequentemente recebidas pelo ncleo e quais os ramos jurdicos mais acionados? Como tem evoludo o nmero de

    atendimentos iniciais, pessoas assistidas, nos ltimos meses e anos? De que maneira tais variaes refletem as diretrizes de atuao da

    instituio?

    2) Perfil dos Assistidos:

    Quem so as pessoas que recebem a assistncia jurdica dessa instituio? A DPU Santa Maria efetivamente atende aos mais

    necessitados?

    1. INTRODUO

  • O acesso informao um direito difuso e um dever legal dos atores pblicos (Lei n 12.527/2011) cujo cumprimento beneficia

    a coletividade. Afinal, informaes pblicas transparentes e qualificadas possibilitam o controle social sobre a tomada de decises e permitem

    resultados mais efetivos, eficazes e eficientes no curso de polticas pblicas. Sobretudo no mbito da Defensoria Pblica da Unio, o exerccio da

    accountability est diretamente imbricado com a busca por uma crescente responsividade da instituio. Em outras palavras, a abertura

    institucional s demandas sociais (responsividade) est intimamente relacionada responsabilidade, obrigao e responsabilizao de uma

    instituio, ou de quem ocupa um cargo pblico, no sentido de prestar informaes e justificaes submetidas a controle interno ou externo

    (accountability). Dentro desse esprito que se fazem necessrios o mapeamento das demandas e o delineamento do perfil dos assistidos pela

    instituio.

    No entanto, foroso reconhecer que, especialmente em um contexto brasileiro marcado pelo dficit na universalizao de direitos

    civis, pela flagrante subcidadania da maioria e consequente desigualdade no acesso justia enquanto sistema pelo qual as pessoas podem

    reivindicar seus direitos e/ou resolver seus litgios sob os auspcios do Estado a converso de demandas jurdicas em processos judiciais

    representa a ponta de um iceberg jurdico, no qual instituies e profissionais do sistema de justia com frequncia desempenham um papel

    crucial de reconhecimento, efetivao e promoo de direitos .

    Accountability e responsividade das instituies do sistema de justia se mostram noes especialmente fundamentais quando

    leva-se em conta as seguintes questes: como o sistema de justia usado? Quando e por quem ele usado e quando e por quem ele no

    usado? A desigualdade socioeconmica se impe como uma chave analtica decisiva para entender o recurso regulao jurdica, sobretudo

    quando requisitos como a vivncia da legalidade e o conhecimento do ordenamento jurdico so precrios. A literatura especializada mostra que tais

    barreiras para a compreenso e a mobilizao da justia por parte de sujeitos marginalizados - sejam mulheres trabalhadoras, pessoas com

    deficincia, imigrantes ou outros podem, contudo, ser minimizadas por transformaes nas profisses e instituies jurdicas.

    2. BREVES CONSIDERAES TERICAS

  • Trata-se aqui da exposio dos resultados de um pesquisa descritiva de enfoque quantitativo, utilizando distintos mtodos,

    tcnicas e instrumentos:

    A) Para o mapeamento das demandas e alguns itens do perfil dos assistidos (referentes a renda, escolaridade e situao laboral):

    Levantamentos (survey) do tipo populacional ou censitrio.

    Tcnica de coleta de dados: coleta, reviso e anlise de dados registrados no e-PAJ;

    B) Para os demais itens do perfil dos assistidos:

    Levantamento amostral aleatrio simples. Tamanho da populao: 1.723 assistidos. Tamanho da amostra: 653 assistidos. Nvel de confiana:

    95%. Erro amostral:3%.

    Instrumento de coleta de dados: entrevistas socioeconmicas realizadas em todos os atendimentos iniciais presenciais, junto ao assistido ou

    representante jurdico ou de fato.

    Notas:

    Para fins estatsticos, so considerados invlidos e descartados todos os registros que no configurem atendimentos iniciais reais, como duplicaes e testes. Em 2013, 18 PAJs foram considerados invlidos (1,3% do total). Desarquivamentos e atendimentos telefnicos a pessoas que no so assistidas pela DPU no so

    contabilizados como atendimentos iniciais.

    A consulta a cada uma das narrativas geradas nos atendimentos iniciais tem por analisar qual a demanda do assistido e o ramo jurdico. Apenas a pretenso principal do assistido foi contabilizada nesta etapa de anlise. Os ramos jurdicos foram divididos nas categorias Previdencirio, Cvel, Cvel-Sade, Penal, Penal-Militar, Tributrio e Outros (na qual foram includas outras categorias do ePaj, com frequncia inferior a 2%, como Administrativo, Trabalhista e

    Eleitoral). No obstante, quando da coleta de dados, tais categorias permanecem separadas, possibilitando futuras anlises mais especficas. A separao de categorias como Cvel-Sade de Cvel tem a mesma justificativa, somada ao fato de apresentar uma proporo elevada.

    Para evitar controvrsias quanto natureza jurdica das demandas, optou-se por privilegiar a vara ou tribunal de processamento como critrio distintivo. Portanto, pedidos de levantamento de FGTS so enquadrados como cveis, enquanto questes relativas ao recolhimento do FGTS pelo empregador so classificadas como

    trabalhistas. Pelo mesmo critrio, pedidos de amparo assistencial (ou benefcio de prestao continuada-BPC) so includos na categoria previdencirio. Em funo de discrepncia metodolgica, no houve comparao histrica entre dados de boa parte do dos itens do perfil dos assistidos. Os dados sobre os municpios que compem a jurisdio de Santa Maria so os nicos que recorrem a fontes indiretas:IBGE (2010a,2010b) e MINISTRIO DO

    DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE POBREZA (2014).

    3. NOTA METODOLGICA

  • 4. A DEFENSORIA PBLICA DA UNIO

    EM SANTA MARIA-RS

  • Elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS.

    4.1. MAPA DA JURISDIO

  • MUNICPIO

    POPULAO

    TOTAL

    % EXTREMA

    POBREZA

    % BOLSA

    FAMLIA

    % POP.

    CADUNICO

    % 60 ANOS

    OU MAIS

    % POP. ZONA

    URBANA

    % POP. ZONA

    RURAL

    % ANALFABETOS

    COM 15 ANOS OU

    MAIS

    SANTA MARIA 261.031 2,0% 13,4% 23,9% 13,8% 95,1% 4,9% 2,5%

    SO SEP 23.798 3,5% 19,8% 34,8% 17,4% 79,1% 20,9% 6,0%

    JLIO DE CASTILHOS 19.579 4,5% 25,8% 36,9% 14,5% 82,3% 17,7% 4,4%

    AGUDO 16.722 2,6% 18,1% 29,9% 15,9% 41,2% 58,8% 5,5%

    SO PEDRO DO SUL 16.368 5,4% 20,3% 41,8% 19,0% 72,9% 27,1% 4,7%

    RESTINGA SECA 15.849 4,6% 26,3% 39,3% 17,1% 56,7% 43,3% 5,7%

    FORMIGUEIRO 7.014 6,4% 28,1% 39,1% 20,1% 39,5% 60,5% 9,1%

    FAXINAL DO SOTURNO 6.672 3,6% 16,5% 32,0% 17,3% 62,6% 37,4% 4,2%

    NOVA PALMA 6.342 6,3% 16,9% 36,1% 16,3% 48,6% 51,4% 2,9%

    MATA 5.111 7,2% 24,6% 37,9% 19,4% 51,2% 48,8% 3,9%

    ITAARA 5.010 3,5% 24,1% 37,8% 14,4% 79,2% 20,8% 4,5%

    PINHAL GRANDE 4.471 13,4% 22,5% 44,4% 14,8% 42,4% 57,6% 6,2%

    VILA NOVA DO SUL 4.221 7,7% 31,0% 42,5% 18,2% 52,0% 48,0% 7,3%

    JARI 3.575 14,4% 15,4% 34,0% 15,8% 17,2% 82,9% 6,1%

    DONA FRANCISCA 3.401 6,7% 23,9% 40,8% 17,4% 63,1% 36,9% 5,9%

    SO MARTINHO DA SERRA 3.201 11,0% 28,2% 53,6% 20,8% 29,4% 70,6% 7,8%

    DILERMANDO DE AGUIAR 3.064 7,4% 30,1% 43,6% 20,0% 32,3% 67,7% 10,8%

    TOROPI 2.952 11,0% 14,8% 34,2% 20,9% 20,7% 79,3% 5,0%

    QUEVEDOS 2.710 11,2% 30,9% 50,2% 14,0% 31,4% 68,6% 6,8%

    SO JOO DO POLSINE 2.635 2,4% 16,3% 31,4% 23,3% 51,4% 48,6% 3,9%

    SILVEIRA MARTINS 2.449 4,9% 15,6% 26,5% 23,1% 44,6% 55,5% 4,5%

    SANTA MARGARIDA DO SUL 2.352 4,8% 26,8% 50,8% 16,7% 23,5% 76,5% 9,6%

    IVOR 2.156 3,4% 14,4% 39,8% 21,3% 32,7% 67,3% 4,0%

    TOTAL EM N ABSOLUTOS 420.683 13.774 70.368 122.249 63.583 341.631 79.052 15.504

    TOTAL EM N PERCENTUAIS 100% 3,3% 16,7% 29,1% 15,1% 81,2% 18,8% 3,7%

    Fonte: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Pobreza, 2014; IBGE, 2010a, 2010b. Elaborao: DPU-SM.

    4.2. INDICADORES SOCIOECONMICOS DA JURISDIO

    TABELA 1 - Indicadores Socioeconmicos dos municpios pertencentes jurisdio da DPU-SM, 2010/2014.

  • Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    4.3. RECURSOS HUMANOS

    TABELA 2 Quadro de recursos humanos da Unidade da Defensoria Pblica da Unio de Santa Maria-RS, 2013.

    CARGO QUADRO EM JANEIRO DE 2013 QUADRO EM DEZEMBRO DE 2013

    DEFENSOR 3 4

    ESTAGIRIO: - -

    JURDICO 10 15

    EXTRAJURDICO DE NVEL SUPERIOR 2 3

    NVEL MDIO 1 1

    SERVIDOR: - -

    AGENTE ADMINISTRATIVO 3 2

    ANALISTA TCNICO-ADMINISTRATIVO 1 1

    ECONOMISTA 1 1

    TCNICO DE ASSUNTOS EDUCACIONAIS 1 1

    SOCILOGO 1 1

    CONTADOR 1 1

    ARQUIVOLOGISTA 0 1

    FUNCIONRIO TERCEIRIZADO: - -

    MOTORISTA 1 2

    VIGILANTE 4 4

    TCNICO DE SUPORTE PLENO 1 1

    SERVENTE DE LIMPEZA 1 1

    RECEPCIONISTA 3 3

    TOTAL 34 42

  • O ncleo Santa Maria da Defensoria Pblica da Unio atende na Av. Rio Branco, 639, Centro, de segunda a sexta-feira, de 8:30h

    a 17:30h, sem parada para horrio de almoo. Em regra, so atendidos os moradores dos municpios que compem a

    subseo de Santa Maria perante a Justia Federal Agudo, Dilermando de Aguiar, Dona Francisca, Faxinal do Soturno,

    Formigueiro, Itaara, Ivor, Jari, Jlio de Castilhos, Mata, Nova Palma, Pinhal Grande, Quevedos, Restinga Seca, Santa

    Margarida do Sul, Santa Maria, So Joo do Polsine, So Martinho da Serra, So Pedro do Sul, So Sep, Silveira Martins,

    Toropi e Vila Nova do Sul.

    Em 2013, a unidade se dedicou execuo do projetos DPU Itinerante e DPU na Comunidade, e ao planejamento do DPU nas

    Escolas. Pelo projeto Itinerante, foram 28 visitas a 7 municpios: Agudo, Itaara, Faxinal do Soturno, Jlio de Castilhos, Restinga

    Seca, So Pedro do Sul e So Sep. Pelo projeto DPU na Comunidade, por ocasio do Dia Nacional da Luta da Populao em

    Situao de Rua (19/08), o ncleo realizou palestra na Casa de Passagem de Santa Maria.

    4.4. FUNCIONAMENTO

  • 4.5. IMAGENS

    Fachada do prdio onde se localiza a DPU-SM. Setor de atendimento da DPU-SM.

    DPU na Comunidade na Casa de Passagem de Santa Maria/RS. DPU Itinerante em So Sep/RS

  • Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    4.6. MAPA DO DPU ITINERANTE 2013

  • 5. ANLISE DE DADOS

    5.1. MAPEAMENTO DAS DEMANDAS

  • 5.1.1. INDICADORES DE ATENDIMENTO - 2013

    2009 2010 2011 2012 2013

    PAJS ABERTOS 1227 1035 1401 1347 1631

    ASSISTIDOS 1258 1072 1517 1489 1723

    800900

    100011001200130014001500160017001800

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

  • JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

    2009 97 88 104 69 86 101 128 118 115 103 149 69

    2010 83 76 171 74 89 79 77 106 69 78 93 40

    2011 98 97 148 176 169 129 99 122 124 95 81 63

    2012 101 84 138 93 89 97 143 194 98 121 115 74

    2013 83 110 130 208 143 159 181 131 125 131 154 76

    0255075

    100125150175200225250

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.1.2. ATENDIMENTOS INICIAIS, POR MS (2009-2013)

  • JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

    2009 95 118 113 71 85 96 124 132 108 104 147 65

    2010 91 81 169 77 91 78 79 116 72 82 90 46

    2011 102 100 153 179 174 133 106 149 146 111 95 69

    2012 101 88 191 100 92 105 153 202 119 144 118 76

    2013 86 117 132 215 152 162 198 146 129 141 166 79

    0255075

    100125150175200225250

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.1.3. PESSOAS ATENDIDAS, POR MS (2009-2013)

  • JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

    PREVIDENCIRIO 17 23 41 74 52 49 55 43 42 43 48 17

    CVEL 20 27 30 48 24 24 39 28 28 21 44 16

    CVEL-SADE 20 36 31 38 35 46 49 28 24 41 31 20

    PENAL 12 10 10 8 8 7 9 9 7 10 8 10

    PENAL-MILITAR 4 8 2 7 8 10 8 7 8 5 14 9

    TRIBUTRIO 0 1 2 13 5 2 2 4 1 0 6 1

    ADMINISTRATIVO 1 1 3 5 2 3 2 2 4 3 1 0

    TRABALHISTA 5 4 11 12 8 16 16 9 8 7 2 2

    OUTROS 2 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.1.4. ATENDIMENTOS INICIAIS, POR MS,

    SEGUNDO O RAMO JURDICO - 2013

  • 31,1%

    24,7%

    21,6%

    6,7%

    6,2%

    5,6% 2,3%

    1,7% 0,2%

    PREVIDENCIRIO

    CVEL-SADE

    CVEL

    PENAL

    TRABALHISTA

    PENAL-MILITAR

    TRIBUTRIO

    ADMINISTRATIVO

    OUTROS

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.1.5. ATENDIMENTOS INICIAIS,

    POR RAMO JURDICO - 2013

  • JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

    MEDICAMENTOS 11 16 13 10 13 15 16 4 4 15 11 5

    AUXLIO-DOENA 8 9 5 25 9 15 15 13 14 16 16 5

    APOSENTADORIA 4 4 11 21 16 5 10 9 9 9 9 2

    AMPARO ASSISTENCIAL 0 3 9 17 11 12 12 13 8 12 15 5

    CIRURGIA 6 11 7 16 15 19 22 13 8 14 15 7

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.1.6. ATENDIMENTOS INICIAIS DAS

    PRINCIPAIS DEMANDAS, POR MS - 2013

  • PRINCIPAIS DEMANDAS ATENDIMENTOS INICIAIS % DO TOTAL

    Cirurgia 153 9,5%

    Auxlio-doena 150 9,3%

    Medicamentos 133 8,2%

    Amparo assistencial 112 7,3%

    Aposentadoria 107 6,9%

    DEMANDAS DE SAUDE ATENDIMENTOS INICIAIS % DE CVEL-SADE

    Cirurgia 153 38,3%

    Medicamentos 133 33,3%

    Internao 52 13,0%

    Equipamentos e materiais 19 4,8%

    Exames 18 4,5%

    Tratamento 5 1,3%

    Consulta 3 0,8%

    Assistncia mdico-hospitalar 2 0,5%

    Erro mdico 2 0,5%

    Alimentao especial 1 0,3%

    Outras 11 4,0%

    DEMANDAS PREVIDENCIRIAS ATENDIMENTOS INICIAIS % DE PREVIDENCIRIO

    Auxlio-doena 150 29,8%

    Aposentadoria 109 21,6%

    Amparo assistencial 117 23,2%

    Penso por morte 57 11,3%

    Auxlio-recluso 21 4,2%

    Seguro-desemprego 12 2,4%

    Salrio-maternidade 8 1,6%

    Auxlio-acidente 4 0,8%

    Outras 30 6,0%

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.1.7. DEMANDAS MAIS FREQUENTES - 2013

    TABELA 3 Principais demandas nos atendimentos iniciais, em nmeros absolutos e relativos, 2013.

  • -15,3%

    32,1% 42,9%

    128,1%

    -22,2%

    4,2%

    25,9% 24,4%

    109,6%

    MEDICAMENTOS AUXLIO-DOENA APOSENTADORIA AMPARO

    ASSISTENCIAL

    CIRURGIA

    2011/2012 2012/2013

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.1.8. VARIAES NAS PRINCIPAIS DEMANDAS,

    EM PERCENTUAIS (2011-2013)

  • 202

    109

    63

    32

    171

    144

    85 90 73

    133 150

    107 112

    153

    MEDICAMENTOS AUXLIO-DOENA APOSENTADORIA AMPARO

    ASSISTENCIAL

    CIRURGIA

    2011 2012 2013

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.1.9. VARIAES NAS PRINCIPAIS DEMANDAS,

    EM NMERO DE ATENDIMENTOS INICIAIS (2011-2013)

  • 5. ANLISE DE DADOS

    5.2.PERFIL DOS ASSISTIDOS

  • 42,4%

    57,6%

    MASCULINO

    FEMININO

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.2.1. DISTRIBUIO POR SEXO - 2013

  • 21,1%

    36,1%

    17,9%

    16,8%

    7,0% 0,9% 60 ANOS OU MAIS

    DE 45 A 59 ANOS

    DE 35 A 44 ANOS

    DE 25 A 34 ANOS

    DE 18 A 24 ANOS

    17 ANOS OU MENOS

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.2.2. DISTRIBUIO POR GRUPOS DE IDADE - 2013

  • 0,3%

    1,4%

    2,5%

    5,7%

    5,8%

    6,1%

    6,4%

    7,4%

    6,6%

    6,6%

    5,8%

    1,8%

    0,6%

    0,2%

    0,5%

    0,2%

    2,1%

    3,1%

    2,9%

    2,6%

    2,6%

    3,4%

    4,3%

    5,7%

    5,5%

    5,2%

    2,8%

    1,2%

    0,8%

    0,2%

    15 ANOS OU MENOS

    DE 16 A 20 ANOS

    DE 21 A 25 ANOS

    DE 26 A 30 ANOS

    DE 31 A 35 ANOS

    DE 36 A 40 ANOS

    DE 41 A 45 ANOS

    DE 46 A 50 ANOS

    DE 51 A 55 ANOS

    DE 56 A 60 ANOS

    DE 61 A 65 ANOS

    DE 66 A 70 ANOS

    DE 71 A 75 ANOS

    DE 76 A 80 ANOS

    MAIS DE 80 ANOS

    HOMENS MULHERES

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.2.3. DISTRIBUIO POR SEXO,

    SEGUNDO GRUPOS DE IDADE - 2013

  • 26,0%

    43,6%

    14,6%

    11,6%

    4,2%

    APOSENTADO

    DESEMPREGADO

    ECONOMIA FORMAL

    ECONOMIA INFORMAL

    PENSIONISTA

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.2.4. DISTRIBUIO POR SITUAO LABORAL

    - 2013

  • 14,6%

    42,4%

    25,3%

    11,4%

    5,6%

    0,7%

    0,1%

    AT 1 S.M.

    DE 1 A 2 S.M.

    DE 2 A 3 S.M.

    DE 3 A 5 S.M.

    DE 5 A 10 S.M.

    DE 10 A 20 S.M.

    MAIS DE 20 S.M.

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.2.5. DISTRIBUIO POR RENDA FAMILIAR,

    EM FAIXAS DE SALRIOS MNIMOS - 2013

  • [1] Desvio Padro: 1230,27; Coeficiente de variao: 84,5%. [2] Desvio Padro: 579,71; Coeficiente de variao:98,7%.

    RENDA FAMILIAR (EM REAIS)

    RENDA PER CAPITA

    (EM REAIS)

    MDIA 1.455,87 587,49

    MEDIANA 1.200,00 433,33

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.2.6. MDIA E MEDIANA DA RENDA FAMILIAR

    E DA RENDA PER CAPITA DOS ASSISTIDOS - 2013

    TABELA 4 Mdia e mediana da renda familiar e da renda per capita dos assistidos, 2013.

  • 1,5%

    1,7%

    1,7%

    2,9%

    4,3%

    5,2%

    17,2%

    RESIDNCIA SEM REDE DE GUA/POO/NASCENTE

    RESIDNCIA SEM BANHEIRO DE USO EXCLUSIVO

    RESIDNCIA SEM ENERGIA ELTRICA

    RENDA FAMILIAR DE AT R$70,00 PER CAPITA

    RESIDNCIA SEM REDE DE ESGOTO/PLUVIAL/FOSSA

    MORADOR ANALFABETO COM 15 ANOS OU MAIS

    BENEFICIRIO DE PROGRAMA SOCIAL FEDERAL

    0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00%

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.2.7. INDICADORES DE VULNERABILIDADE SOCIAL

    - 2013

  • 71,7%

    28,3%

    ABAIXO DO LIMITE

    ACIMA DO LIMITE

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.2.8. DISTRIBUIO POR RENDA DOS ASSISTIDOS,

    CONFORME O LIMITE DE ISENO DO I.R. - 2013

  • PAGAM PENSO

    ALIMENTCIA

    POSSUEM GASTOS

    EXTRAORDINRIOS

    5,2%

    55,4%

    94,8%

    44,6%

    NO

    SIM

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.2.9. DISTRIBUIO POR GASTOS - 2013

  • 5,9%

    42,4%

    9,3%

    7,0%

    22,0%

    6,4%

    5,8%

    1,2%

    ANALFABETO

    FUNDAMENTAL INCOMPLETO

    FUNDAMENTAL COMPLETO

    MDIO INCOMPLETO

    MDIO COMPLETO

    SUPERIOR INCOMPLETO

    SUPERIOR COMPLETO

    PS-GRADUAO

    0% 20% 40% 60%

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.2.10. DISTRIBUIO POR ESCOLARIDADE - 2013

  • 76,6%

    12,4%

    9,6% 1,2%

    0,2% BRANCA

    PARDA

    PRETA

    AMARELA

    INDGENA

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.2.11. DISTRIBUIO POR COR OU RAA - 2013

  • 67,5%

    20,5%

    4,6%

    3,1%

    1,8% 1,5% 0,9%

    CATLICA

    EVANGLICA

    SEM RELIGIO

    ESPRITA

    ATEU

    UMBANDA

    AGNSTICO

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.2.12. DISTRIBUIO POR RELIGIO - 2013

  • 0,3% 0,5% 10,7%

    19,8%

    68,7%

    IRREGULAR

    ALBERGUE

    DE FAVOR

    ALUGADA

    PRPRIA

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.2.13. DISTRIBUIO POR TIPO DE MORADIA

    - 2013

  • 10,4%

    89,6%

    RECORRERAM PARA RETORNO

    OU NOVA DEMANDA

    PRIMEIRO ATENDIMENTO NA

    DPU

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.2.14. DISTRIBUIO POR RECORRNCIA

    DO ATENDIMENTO NA DPU - 2013

  • 7,4%

    92,6%

    EM ITINERANTES

    NA UNIDADE

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.2.15. DISTRIBUIO POR LOCAL

    DE ATENDIMENTO DA DPU - 2013

  • 0,6%

    0,6%

    1,4%

    2,0%

    2,5%

    3,4%

    3,7%

    4,0%

    4,3%

    5,4%

    6,3%

    8,0%

    17,6%

    40,4%

    ENTIDADES NO-PBLICAS

    INSTITUIES E PROFISSIONAIS DE ASSISTNCIA SOCIAL

    COLGIO/FACULDADE/UNIVERSIDADE

    PODER LEGISLATIVO

    ADVOGADOS PARTICULARES

    PODER EXECUTIVO

    INSS

    INSTITUIES E PROFISSIONAIS DE SADE

    OUTROS

    MATERIAL DE DIVULGAO DA DPU

    DEFENSORIA PBLICA DO ESTADO

    JORNAL/TV/RDIO/INTERNET

    FRUM/NOMEAO JUDICIAL

    AMIGOS/PARENTES/VIZINHOS

    0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00%

    Fonte e elaborao: Defensoria Pblica da Unio em Santa Maria-RS

    5.2.16. FONTES DA INDICAO - 2013

  • MAPEAMENTO DAS DEMANDAS

    De 2010 a 2013, houve 63,4% de aumento no nmero de atendimentos iniciais e 62,2% de aumento no nmero de

    pessoas atendidas aumentos muito superiores s metas intermedirias (15,76% de aumento). Em 2013, houve

    1.631 atendimentos iniciais, nos quais foram atendidas 1.723 pessoas. Isto representou aumentos de 21,1% e 15,7%

    em relao aos respectivos indicadores de atendimento registrados em 2012.

    Os meses com maior concentrao de atendimento em 2013 foram abril (208 AI) e julho (181 AI); enquanto

    dezembro (76 AI) e janeiro (83 AI) registraram menor movimento. Os pedidos previdencirios, especialmente os

    relativos a auxlio-doena e aposentadoria, alavancaram os atendimentos em abril. Em setembro, se destacaram os

    pedidos de cirurgia. Em dezembro e janeiro, o recesso da justia federal (e, por consequncia, da DPU) e a evaso

    populacional em Santa Maria se traduziram em menores ndices de atendimento.

    Previdencirio (31,1%), Cvel-Sade (24,7%) e Cvel (21,6%) foram as matrias predominantes em 2013. Ou

    seja, ao menos 3 em cada 4 atendimentos iniciais foram cveis ou previdencirios. Alm disso, praticamente 1 em

    cada 4 foram casos cveis relativos sade. Em comparao com o ano anterior, as nicas alteraes significativas

    foram a reduo a quase a metade na proporo de casos penais (de 12,9% para 6,7%) e o aparecimento da categoria

    Trabalhista (com 6,2%) como quinto ramo jurdico mais demandado compreensvel pela abertura da instituio ao

    atendimento trabalhista em 2013.

    5.3. PRINCIPAIS CONCLUSES

  • MAPEAMENTO DAS DEMANDAS

    As demandas mais frequentes, em 2013, foram respectivamente: cirurgia (153 AI), auxlio-doena (150 AI),

    medicamentos (133 AI), amparo assistencial (112 AI) e aposentadoria (107 AI). Aproximadamente 1 a cada 10

    atendimentos iniciais trataram-se de pedidos de cirurgias. Em comparao com os dois anos anteriores, verifica-se

    que as demandas de cirurgia mais do quadruplicaram em dois anos. No mesmo espao de tempo, os pedidos de

    amparo assistencial estiveram perto de dobrar o nmero de AI, ao passo que as demandas de auxlio-doena

    obtiveram um aumento acumulado de 37,6%. Por sua vez, os pedidos de medicamentos observaram uma reduo

    acumulada de 34,2%, fazendo com que cassem da primeira posio na lista de demandas mais frequentes, em 2011,

    para o terceiro lugar, em 2013.

    Ainda assim, consolida-se em 2013 a constatao de que a sade um fator fundamental de mobilizao da

    assistncia jurdica da DPU por parte da populao socialmente vulnervel. Corroboram essa afirmao no somente

    o fato de cirurgia e medicamentos estarem em primeiro e terceiro lugar na lista das demandas mais frequentes, mas

    tambm o fato de que os pedidos previdencirios que completam tal lista (auxlio-doena, aposentadoria e amparo

    assistencial) muito frequentemente envolvem situao de incapacidade por motivo de sade.

    5.3. PRINCIPAIS CONCLUSES

  • PERFIL DOS ASSISTIDOS

    As mulheres compem a maioria dos assistidos, representando um total de 57,4% dos atendimentos, contra uma parcela de

    42,4% representada pelos homens. Trs em cada quatro assistidos so adultos de meia idade ou idosos. Conforme os grupos

    de idade: 36,1%, de 45 a 59 anos; 21,1%, 60 anos ou mais, e; 17,9%, de 35 a 44 anos. A idade mdia de 46,4 anos; a

    mediana, 47 anos.

    Quase a metade dos assistidos (43,6%) encontra-se desempregada. Mais de 1 em cada 4 (26%) so aposentados e apenas

    14,6% participam da economia formal. Em 2012, os desempregados, aposentados e assistidos em economia formal somavam

    33,2%, 24,9% e 26,6%, respectivamente. Portanto, no ltimo ano, houve significativo aumento de desempregados e notvel

    reduo na proporo de trabalhadores regulamentados dentre o total de assistidos.

    Quanto renda familiar declarada pelos assistidos, em salrios mnimos, as categorias com maiores propores foram de 1 a

    2 s.m. (42,4%), de 2 a 3 s.m. (25,3%) e at 1 s.m. (14,6%). A comparao com o ano anterior no registra variaes

    significativas (sempre inferiores a 3%). Por outro lado, salta aos olhos o aumento na proporo de assistidos com renda

    familiar superior ao limite de iseno de renda (R$1637,11, em 2013), que passou de 20,4% (em 2012), para 28,3% (em

    2013). Em outras palavras, mais de 1 a cada 4 atendimentos iniciais foi dispensado queles com renda familiar superior ao

    critrio geral de hipossuficincia adotado pela DPU at 2013. A renda familiar mdia (R$1.455,87) e a renda per capita mdia

    (R$587,49) dos assistidos foram 13,7% e 8,6% superiores s registradas no ano anterior. Vale ressaltar que o salrio mnimo

    aumentou 9% no mesmo perodo. As medidas de disperso mostraram uma grande heterogeneidade quanto renda dos

    assistidos.

    5.3. PRINCIPAIS CONCLUSES

  • PERFIL DOS ASSISTIDOS Os indicadores de vulnerabilidade social mais citados foram a participao em programa social do governo federal (17,2%), a presena de

    morador analfabeto com 15 anos ou mais na residncia (5,2%), residncia sem rede de esgoto, pluvial ou fossa (4,3%) e a renda familiar

    de at R$70,00 per capita (2,9%, abaixo dos 4,8%, de 2013).

    Mais da metade dos assistidos (55,4%) declararam possuir gastos extraordinrios com sade; e apenas uma minoria (5,2%) paga penso

    alimentcia.

    Quase a metade (48,3%) dos assistidos no possui ensino fundamental completo e mais de 6 em cada 10 (64,6% dos assistidos) no

    possui o ensino mdio completo. No ano anterior, tais grupos somavam 42,4% e 63,8%. Em relao a 2012, destacam-se os aumentos nas

    propores de assistidos com ensino fundamental incompleto (que passaram de 37,8% para 42,4%) e de assistidos analfabetos (de 4,6%

    para 5,9%).

    Ampla maioria (76,6%) dos entrevistados declara cor branca. Os negros totalizam 22% (12,4% se declaram pardos e 9,6%, pretos).

    Quanto religio, a maior parcela dos assistidos se declara catlica (67,5%), bastante frente de evanglicos (20,5%) e pessoas sem

    religio (em sentido estrito, 4,6%; ou 7,9% englobando-se ateus e agnsticos).

    Quanto ao tipo de moradia, 68,7% moram em imvel prprio e 19,8%, em imvel alugado.

    A esmagadora maioria (89,6%) nunca havia sido atendida antes pela DPU e 7,4% receberam atendimento por meio do projeto DPU

    Itinerante.

    A maior parte dos assistidos (40,4%) tomou conhecimento do atendimento da DPU a partir de amigos, parentes ou vizinhos. A seguir,

    Frum/nomeao judicial (17,6%), Jornal/TV/Rdio/Internet (8,0%), Defensoria Pblica do Estado (6,3%) e Material de Divulgao

    da DPU (5,4%) foram as fontes de indicao mais citadas pelos entrevistados.

    5.3. PRINCIPAIS CONCLUSES

  • No contexto mundial e nacional de expanso das instituies jurdicas e de judicializao das relaes sociais, impe-se

    Defensoria Pblica da Unio uma atuao transparente e proativa no exerccio da assistncia jurdica (e no apenas judicial) integral e gratuita. A

    falta de conhecimento sobre os direitos da cidadania e a desinformao acerca da existncia da Defensoria como instituio pblica promotora de

    acesso justia so alguns dos principais obstculos para que a grande parcela da populao em vulnerabilidade social no encontre assistncia

    para suas demandas jurdicas. Neste sentido, a notvel dificuldade de implementao (tardia e incompleta) da Defensoria Pblica da Unio

    enquanto passo para a construo de uma poltica social de universalizao do acesso justia pode ser vista como uma expresso incmoda do

    caminho peculiar de desenvolvimento da cidadania brasileira. No entanto, em que pesem dificuldades estruturais e institucionais, as demandas

    por acesso justia no Brasil encontram no sistema brasileiro de defensoria pblica um potencial promissor. Afinal, traos como a defesa de

    interesses difusos e coletivos, a assistncia jurdica gratuita (judicial e extrajudicial) e a educao voltada a direitos so atribuies institucionais

    que fazem a Defensoria Pblica da Unio abranger distintos nveis do processo de construo da cidadania e perpassa as diferentes ondas de

    acesso justia.

    As concluses da presente pesquisa confirmam que ainda h um longo caminho no sentido da universalizao do Acesso

    Justia. Afinal, h indcios de que as camadas da populao que se encontram em situao de maior vulnerabilidade social (como aqueles em

    extrema pobreza) pouco tem acesso ao conhecimento sobre direitos e sobre a existncia da DPU. Por outro lado, o bom desenvolvimento de

    iniciativas como o DPU Itinerante (que, em 2014, atingir 8 municpios), DPU na Comunidade e o DPU nas Escolas todos informados pelos

    resultados obtidos no projeto DPU SM em Dados -, bem como a divulgao institucional via rdio tem rendido frutos importantes em termos de

    difuso da assistncia jurdica integral e gratuita desta Defensoria. Exemplo disso o aumento nos atendimentos referentes ao amparo

    assistencial e ao idoso.

    Logo, justifica-se a perspectiva de que, em 2014, a DPU Santa Maria planeja ampliar o nmero de atendimentos realizados dentro

    e fora do ncleo, alm de enfatizar aes de difuso de direitos e de divulgao da instituio. No mbito do projeto DPU SM em Dados, esto

    previstas pesquisas de enfoque misto (qualitativo e quantitativo) que avaliem o impacto da atuao da DPU Santa Maria na vida de assistidos em

    pedidos de medicamentos e amparos assistenciais (BPC), por exemplo

    Diante do exposto, no restam dvidas de que a produo de conhecimento sobre as demandas e seus agentes indispensvel

    para uma avaliao precisa do grau de efetividade desta instituio no cumprimento de sua misso de garantir aos necessitados o conhecimento

    e a defesa de seus direitos, e firmar-se como instrumento de transformao social.

    6. PERSPECTIVAS

  • 7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    BRASIL. Lei n 12.527, de 18 de novembro de 2011.

    BRASIL. Defensoria Pblica da Unio (2012) Plano estratgico da Defensoria Pblica da Unio: 2012-2015. Braslia: DPU

    CAPPELLETTI, M. ; GARTH, B. (2002) Acesso justia. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris, p.3

    CARVALHO, J. M. (2003) Cidadania no Brasil, o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira

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