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Autores Diversos

E-bookVaral Literário Beco dos Poetas

1ª EdiçãoSão Paulo

Grupo Editorial Beco dos Poetas & Escritores Ltda.

2015

www.becodospoetas.com.brwww.literaturaperiferica.com.br

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Editor: Marcio Marcelo do Nascimento SenaDiagramador e arte-finalista: Henrique de S.S. do N. Sena

Coordenação editorial: Maria Jeremias dos Santos

Obra revisada pelos autores

www.becodospoetas.com.brwww.literaturaperiferica.com.br

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O Varal

O Varal Literário é realizado no Sarau Matinal Beco dos Poetas evento que acontece no último Domingo de cada mês às 10:00 horas da manhã na Biblioteca Maria Clara Machado no CEU Caminho do Mar (Endereço: Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 5241 - Vila do Encontro, São Paulo - SP, 04325-001 ). A proposta do Varal é premiar 5 autores a cada edição do Varal com a publicação e 1 unidade do livro e todos os autores participantes com a publicação gratuita em um e-book. Muito obrigado a todos que participaram e ajudaram na divulgação, esse trabalho não seria possível sem vocês.

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Índice de autores

Antonia Diniz....................................................................6Cleyton Mendes................................................................8D’araujo..........................................................................10Djalma Pereira.................................................................12Eudalia Martins...............................................................14Genha Auga....................................................................18Geralda R Carvalho.........................................................20Jet....................................................................................22Jorge Esteves...................................................................25Marah Mends...................................................................38Mavot Sirc......................................................................40Soul Gerais......................................................................42Zilda Paiva......................................................................44

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antonia diniz

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Vida

Quando eu desaparecerE se não me sufocaremCom aquela terra soltaEm uma covinha rasaQue as chuvas carregamDeixando apenas a grama selvagemE se por acaso ganharUm tumulo, coloquem em Minha pedra fria apenasUm poema de amorNão quero data de morteSó a vida me interessa.

AntoniA Diniz

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cleyton Mendes

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dorMindo coM a solidão

Casou-se com a monotoniaE foi dormir com a cama vaziaAbraçou bem forte o travesseiroPois era ele o único companheiroLigou o rádio para escutar uma cançãoMas a única coisa que escutava era a solidãoQue dizia: “não adianta insistir...Pois eu não vou deixar você dormir”.

CLEytON MENDES

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d’araujo

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Faça Festa

Faça festa, da bela tarde que se foiFaça festa, da nova manhã que chegouFaça festa, pelos amigos que se foramFaça festa, pelos novos que chegaramFaça festa, pelos amores perdidosPois muitos, nem os tiveramFaça festa, pelo novo amor que chegouFaça. Faça...Faça muitas festas.Pois você está vivo...

D’ARAUJO

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djalMa Pereira

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MeMória

Da memória à glória,Assim ficaram as histórias.As histórias são sementes.Guardadas no canto da mente.

As vezes tristes,As vezes contentesQuando são contadasSão semeadas.

Elas vão brotando o seu conteúdo,Como as flores na beira da estrada.A minha história eu conto.Para vocês semearem.

DJALMA PEREiRA

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eudalia Martins

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deixe-Me

Deixe-me mesmo que seja só por hoje,Quero ser simplesmente mulher.Mulher que sabe o que quer.Mulher que se ama, que deseja.

Deixe-me ser simplesmente mulher,Mulher doce e meiga mulher que ri e chora,Mais mulher.

Deixe-me que seja só hoje...Não quero ser super mulher.Não quero ser forte.Mais sim mulher.

Quero ter a liberdade de poder,Sorrir ou chorar,Sem que tenha que esconder de ninguémQuero poder amar e ser amada.Simplesmente mulher!

EUDALiA MARtiNS

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MirageM de aMor

Quero mais do que sonhoQuero sentir e ter vocêNão como uma miragemMas como um ser de carne e ossoNão quero sonharE sim viverPoder desfrutar de momentosDe eterna loucuraDe amor e paixãoNão quero mais ser uma miragemDe um corpo belo e nuQuero ser uma mulherPra você homemQue despertaPra esta mais belaFantasia de amorNão quero ser um sonhoQuero realidade pura...

EUDALiA MARtiNS

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as cartas!

As cartas não mentem,Uma cigana jogou as cartas para mim.E assim as cartas diziam,O amor bate em sua porta.Abra e deixe entrar e a felicidade que tanto AguardaE assim as cartas iam dizendo,O homem que você tanto desejou e pediu,Para ser amado amante, e esse que está aí,Receba com os braços abertos,E um sorriso em seus lábios.Diga que já estava esperando há muito tempo.As cartas não mentem,E assim foi que aconteceu, hoje sou feliz.Tenho tudo que sempre sonhei você meu,Amado amante.

EUDALiA MARtiNS

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genha auga

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Filho

E o que mais quer a mãe,A não ser o amor do filho.

Deu a ele a luz do mundo,Guiou seus passos.

Zelou, velou, chorou, amou.Dedicou-se a vida toda assim.

Passam-se os anos e o filho cresce,Acertou ou não, a mãe deu o melhor de si!

Fez o melhor, não dá para discutir.E o filho sai bom? Às vezes, não...

Ah! Se mãe fosse santa,Nenhum filho padecia.

Não, nem sempre é assim...

Nem Maria conseguiu o que quis,O filho segue seu destino!

Às vezes seguem caminhos tão longe,Nem sempre o final será feliz...

GENHA AUGA

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geralda carValho

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o silêncio do aManhã

todo dia é mais um dia.Dias que começam e se findam,Outros dias que virãoVidas que renascemOutras vidas se findamFlores belas perfurmadasEssências de perfume.Sem fim,

Um amanhecer Um raiar do solUma manhã Uma tarde.O acaso do sol no seu sepulcroUm anoitecer,Seja de luar ou nas luzes das estrelas.Seja na brisa ou nas luzes das estrelas.Galáxias distantes anos luzes,Planetas sobre calda de netuno,Agito da noite que pairam ao infinito.Belezas que ofuscam em dimensões colossais,Calmaria repousa em sono profundo,Sonho sem divulgações ou agoniaNoite fria ventania a soprar do Leste.Destinam que divagam sem rumo,Amores apaixonados se alucinamPrazeres, saudades melancolia...

GErAlDA CArVAlHO

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jet

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na linda rua

Na linda ruaBrinca a LuaQue hoje ela é tuaMostre a belezaMostre a purezaMostre o amorO amor em corVida é belaVida é delaVila é ela

Eu sou vida?Não, não sou vida

Sou a feridaQue fere a vida

Mas o mundo é seutudo é seu

E a verdade cruaNa linda ruaBrinca a Lua

Que hoje ela é sua

JEt

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Minha janela

Da minha janela, vejo a vidaVejo o mundo, a esquina e vocêCoitada da janela, tem um vidro já quebradoComo quebrou? Pedra, vento ou fui eu Não seiMas é por ela que te olhoÉ ali, que as vezes choroDaquele pedaço tão pequenoVejo o mundo, as árvoresVejo até a enxurrada, quando choveVejo a Lua, o Sol, as estrelasVejo a igreja pelos fundosVejo você, quando vemE a vejo quando vaitodo mundo tem janelasMas nenhuma como a minhaQue tem um vidro já quebradoPor pedra, pelo vento Ou por mim, quem sabe.

JEt

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jorge esteVes da costa

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JORGE EStEVES DA COStA

Poeta seM noMeJORGE EStEVES

O nome desse poeta sem nomeNão vale apenas ser dito. já que ninguém vai saberonde ele foi escrito.realmente um gênio sem nomegera, cria, morre e some!e evapora como um grito. e assim se vão os diassemanas meses e anos.tampando o sol com a peneiraescrevendo em oceanos.Vendo o chão sair dos pése sem saber por que ésseremos farrapos humanos. deus, se o senhor governa o mundo!a disparidade quem controla? como um boia na riqueza? outro na pobreza se atola!será que na partilha do tesouro?teve quem herdou sacolas de ouro?a maioria apenas a sacola?

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JORGE EStEVES DA COStA

Por isso nós condenamosos vilões desse cenário.esses que governam para sitira sarro, zomba e ri!ainda dança no plenário. se depender dessa gente!essa podridão não termina!Mais dólares irão para a cueca nas malas o restante da propina.os milhões dessas pizzariasMaracutaias:- trens da alegriaera nosso!--triste sina...

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JORGE EStEVES DA COStA

Pedestal e suPorte JORGE EStEVES

Que bom seria, se a vida terminassediante de um pedestal e um microfone.Mas infelizmente não é assim, e se,ainda tiver um planinho de saúde, talvez morra numa cama diantede um suporte com várias bolsasde medicamentos nele penduradas...

Aprendi que da vida nada se aprendeE que dela somos sempre calouro.Às vezes para ela somos poesiaÀs vezes somos apenas agouro.Frank Sinatra encantou o mundo cantandoCom pedestais e microfones de ouro.Mas, o pedestal virou suporte, e o microfoneBolsas de remédios, sangue e de soro.

Aprendi que o tempo é a engrenagem de tudoE seus dentes, quem fazem a sincronia. Suas voltas, que diz o tempo que ficamosEm cima do solo quente ou debaixo da terra fria.E que o ser humano é o maior corrosivoCorroe muito mais do que cria.Corroe o mundo, corpo, a alma, espíritoAté seu estômago sua usina de energia.

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JORGE EStEVES DA COStA

Aprendi que não adianta ser bom ou mal Rico, pobre, preto, branco, fraco ou forte.Padres, pastores, bispos, papas, presidentesO que precisa é ter um pouquinho só de sorte.Para cair morto:- - instantaneamente!E não está morto mesmo antes da morte.Meses, anos inerte numa cama com tubos e fios,E bolsas de remédios penduradas num suporte.

Pior que tem gente boa morrendo e, sendo morta ao léu.Sem cama, tubos, fios, bolsas, remédios e suporte... SP/ 24/09/2014

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JORGE EStEVES DA COStA

PÁginas seM Vida JORGE EStEVES DA COStA

Aqui neste mundo cão:Se não acharmos as pessoas certas;O local certo, à hora certa,A gente patina, e não sai do lugar...E nem sempre quem ocupamO topo da crista são os melhores!Mas com certeza são aqueles;Que de alguma maneira tiveramUma mão, um empurrão,Um padrinho, uma escola...

Meu Deus!Quantas páginas, rabiscadas,Amareladas, e esquecidas.Quantas lágrimas que choramE evaporam em seguida.Quantos poemas sem vozE nós, não podemos te dar vida.

O que será?Dessas páginas? Desses versos?Universo, em desencanto?E de nós?- Falsos clones de poetas!Patetas, resmungando pelos cantos. Pois ninguém lê nossos poemas!E os temas, se perdem em nosso pranto.

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JORGE EStEVES DA COStA

Não adianta!Exibirmos apenas pra nós mesmosA esmo, sem platéia, palco e camarim!Não adianta falar do céu e da terraDa guerra, de vocês ou de mim!Pois uma corrente sem o elo de ligaçãoEsse vão separa o começo do fim.Separa vocês de mim... Com certeza!Nunca foi a garota mais bonita!A inscrita, pra ser a miss universo.E nunca foi, o mais inteligente!O presidente do congresso.Nem o poeta de maior famaDeclama, o mais lindo dos versos. A nós! Não adianta o senhor de todos os cantos!Santos, diabos, heróis ou vagabundos.E nem tão pouco os donos do ouroDo tesouro, das leis e dos fundos!Se não pertencemos ao mundo deles.E eles, não pertencem ao nosso mundo. Nem sempre!Esses idolatrados, profetas, imortais!intelectuais, magnatas, ou rei da bola.São estes que estão no topo da crista,Nas pistas, dançando, ou tocando viola!Mas são aqueles que tiveram uma mão,Um empurrão, um padrinho, uma escola... UMA MÃO, UM EMPURRÃO,UM PADrINHO, UMA ESCOlA... 20/12/05

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JORGE EStEVES DA COStA

gangorra no toPo da serra

JORGE EStEVES Caipira MineiroREFRÃO—Balança gangorra, balança! Balança gangorra, balança!Vá com a tempestade e volte com a bonança! Vá cá tempestade e vorte cá bonança! (Falar antes e após todas as estrofes) Oh senhora dos navegantes Oh sinhora dos naveganteNão sei vou atrás ou adiante Num sei sô vô atrais ou adianteSe vou de lado ou no meio. Sô vô di banda ou nu meio.Estou com medo da tempestade Ô to cu medo da tempestadeE que essa tal felicidade E que essa tar felicidadeVolte para onde ela veio. Vorte pra dondela veio. Hoje o mar não está pra peixes Hoje ô mar num ta pra peixeSó peço que não me deixes Só pido qui num me deixePerdido em alto mar. Pirdido im arto mar.Sozinho sem rumo à deriva Suzinho sem rumo a derivaAté um cardume d água viva Até um cardume d água vivaEstá querendo me matar. Tão quereno me matar. Tem dia que parece noite Tem dia qui parece noiteUma surra de açoite Uma tunda di açoiteArdendo em nosso lombo. Ardeno ni nosso lomboLevando o mundo na cacunda Levano o mundo na cacundaMas se parar a gente afunda Mais se pará a gente afundaSe não segurar leva um tombo. Si num sigurá leva um tombo. A vida é um cabo de guerra A vidé um cabo di guerraUma gangorra no topo da serra Uma gangorra nu topo da serraSustentada por um barbante. Sustentada por um barbante.Que vai roendo, roendo até partir Qui vai rueno, rueno inté partíMas enquanto ela não cair Mais inquantela num caíSeguiremos para cima e adiante. Siguiremo pa riba i pa diante. SP 30/10/2013

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JORGE EStEVES DA COStA

Batalha de idiotas (jorge esteVes) Giuseppe Pardini era um italianoBranco, alto, lindo e louro.Zé Mulato um Mineiro, baixinhoPreto que nem besouro.Os dois eram igualmente ricosEram donos de minas de ouro. Seus filhos nasceram, cresceram juntosNo mesmo ano e no mesmo hospital.O Mineiro um filho preto como carvãoO Italiano uma filha branca como cristal.Mas o dinheiro, nacionalidade, cor, filhosFez um do outro, inimigo mortal. Mas com ou sem preconceito dos pais, crianças Crescem e voam com suas próprias asas.E eles voaram um para os braços do outroCom um amor mais quente do que brasa.O Italiano disse minha filha não casa com pretoO Mineiro filho meu, com branquela não casa. Até que os jovens disseram! Já temos 18 anosE não somos mais nenhumas crianças.Vamos sair da aba dos nossos paisGratos pelos milhões que temos nas poupanças.E saíram mundo afora, e três anos depoisA batida entre dois carros chocou a vizinhança. Mas em cidade pequena, noticias ruimCorrem mais do que pensamento.Souberam que se eles não conseguissemSangue A e B morreriam a qualquer momento.Por coincidência só os sangues dos fugitivosEram compatíveis para aqueles elementos. Era um branco e um preto que precisavam

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JORGE EStEVES DA COStA

Do tipo sanguíneo que cada um tinha.O branco recebeu o sangue do pretoE o preto o sangue da branquinha.E os enfermos sararam, e no dia da altaOs doadores foram fazer- lhes uma visitinha. E ao chegarem ao hospital a enfermeira disse!Espera na sala de espera e podem se sentar.Por que eles estão em quartos separadosCom as esposas, cada um em um andar.Já de braços abertos para agradecer o donoDo sangue que pulsa em sua jugular. Aí duas portas abriram simultaneamenteE por elas saíram dois casais.Eram: Os italianos e os MineirosEram aqueles inimigos mortais.Os doadores: Os filhos, peles diferentesMas as cores dos sangues eram iguais. E os braços que vinham abertosFecharam-se, mais que de repente.Ao encontrar inimigos e filhosNa mesma hora e no mesmo ambiente.Mas se abraçaram ao saber que receberamSangue vermelho, mas de peles diferentes. Nesta hora, jogaram o preconceito foraE berraram! Agora, somos todos um só!!!Branco, preto, pais, filhos, netos, sogros,genro, nora. Amarrados no mesmo nó.Por que se o preconceito prevalece nessa hora,Nossa vida, nosso ouro:- - Seria apenas pó... Por que se o preconceito prevalece nessa hora,Nossa vida, nosso ouro:- - Seria apenas pó... SP 01/07/2014

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JORGE EStEVES DA COStA

Poesia Feita de Poesiasjorge esteVes da costa

jogo bruto- carta fora do baralhoo mundo por detrás da cortinarenúncia do noivado- zape e sete copasgato preto- Perguntas sem respostasescultura- Mourão de aroeira- descortina. elo de ligação- a vida em quatro roundssemente de amor- luz na passarelatriste prêmio- Página sem vidaentrelinhas- lágrimas na janela Vermes da tribuna- Página viradaegoísmo ou boato- Brasil terra amadasem saída- retrato em aquarela. direito de ser mudo, dia dos namoradosantes de tudo- lagrimas de atriz céu cor de uva- combate desigualolho por olho- Mente quem diz será-canta lá que eu choro cátrancos e barrancos- como seráapenas fim- estrada em formato de xis... oBs- esse acróstico conteM noMes de 38 Poesias não existe se Quer uMa VÍrgula a Mais ou a Menos

SP 15/02/2010

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JORGE EStEVES DA COStA

a Vida eM Quatro rounds jorge esteVes

Ai meu Deus que maravilhaMeu Deus como seria bom.Se a vida fosse como primeiro roundPapai e mamãe debaixo do edredom.Porque quando a cabeça vai saindoA orquestra já vai mudando de tom. Segundo round vai do zero aos dezoito Até aí, não andamos com nossas pernas.Dependo do berço e do meio subiremos até o topoOu então desceremos até o fundo da cisterna.Mas já começa a moldar um grande homem:Ou simplesmente um homem das cavernas. Terceiro round vai dos dezenove aos cinquentaSe trabalhamos, estudamos até o limite da fadiga.talvez compramos um barraco e um, pois é;Arroz, feijão e farinha para encher a barriga.Alem disso: Só se nascemos com a bunda pra luater um padrinho, um empurrão duma forte mão amiga.

O quarto round vai dos cinquenta em dianteSe ainda pulsarem nossos órgãos vitais!Agradecemos ter força pra segurar a bengala;Para não cairmos nas filas dos hospitais.Se conquistarmos uma mísera aposentadoria:Sorrimos por comer aquilo que ganhamos atrás...

SOrrIMOS- HA- HA-HA-HA-HA!!!(POr COMErMOS AQUIlO QUE GANHAMOS ATrÀS)

S P. 21/09/2009

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JORGE EStEVES DA COStA

escada da Vidajorge esteVes

Nesta íngreme e curta escada da vidaVamos descendo e não podemos parar.Se conseguirmos subir alguns degrausInfelizmente já temos que retornar.E ao atingirmos novamente o primeiro degrauEncontraremos uma vela acesa, sem castiçal!Já no fim do pavio e a chama preste a apagar. Assim é a vida aqui nesse mundo!Não importa se é vírus, plantas ou animais.E no centro nós, os tais seres humanos!E alguns mais desumanos de todos os mortais.Mas são eles com direitos a cortejo e funeralMausoléu, lápide, flores, velas e castiçal!O resto se morreu! Morreu! ADEUS nunca mais. Só celebridades permanecem vivas mesmo após a morteE a ralé permanece morta mesmo durante a vida!E uns que já nascem no topo da escadaE outros que já nascem no fim da descida. E aqueles que vivem cem anos no mesmo patamarMorrem sem nunca terem vivido, e sem achar!Uma escada que leve sua alma até o topo da subida... E aqueles que vivem cem anos no mesmo patamarMorrem sem nunca terem vivido, e sem achar!Uma escada que leve sua alma até a ultima subida:-------Mas com certeza até a eterna descida... E NÓS?- ONDE ESTAMOS???? SP 04/06/2011

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Marah Mends

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transPiração

Hoje prefiro ficar em silêncioResguardar-me em meus pensamentosDeixar de procurar inocente ou culpadoCaminho ou atalho.

Quero poder ouvir as vozes que há tempos não ouvia maisMeus pais, meus bichosMeus amigos mais próximos e ao mesmo tempotão distantes por conta das responsabilidades Que a vida trazQuero poder respirar um ar e ter um novo olharDiferente do que tive até agoraMas pra isso é preciso recomeçarrecomeçar mais uma vez e quantasVezes forem precisoAté o coração acalmar......e partir

MArAH MENDS

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MaVot sirc

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seM tÍtulo

Sou pequeno paraMudar o mundo

Que é muito grande

Mas sou grandeO suficiente para

Mudar o meu mundoQue é muito pequeno.

MAVOt SiRC

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soul-gerais

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Varal

Não é um varal de roupas, aquele varal que fica no muro do vizinho chumbado...E sim um magnífico varal literário...Sem pregadores madeira, com grandes produtores, escritores...Músicos, poetas, fotógrafos, crianças, compositores...ideias verdadeiras, livres e concretas.tô falando do sarau Beco dos Poetas...Dia 1 de Agosto, de 2010, o Sarau foi fundado...Único, incomparável, diferenciado, matinal é o horário...Todo último domingo do mês, venha pra se conscientizar..É só chegar, no CEU Caminho do Mar...A distancia para mim, é um fator mínimo...Pois hoje temos, trem, metrô, ciclovia, busão, e daqui uns dias monotrilho...No sarau beco dos Poetas, você será recebido, sem disfarces...Hoje tô vendo sonhos concretizados, na antologia Oásis.

SOUL GERAiS

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zilda PaiVa

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alMa

Quando meu corpo já velho.Não suportar os anos vividos.Minha alma triste ficará.Porque, o corpo envelhece.Mas a alma nunca.

ZiLDA PAiVA

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Velho ereMita

Cansado caminho Caminhos de lutas

Lutas vencidasVencidas no lar

Lar de muitosMuitos sem lar

lar PequenoPequenoa gritar

Gritos de dorVindo da alma

Alma vazia de amor

Velho cansadoCansado sem lar

Sozinho sem rumoA caminhar.

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Passado, Presente

O passado fica.Cravado na vida.De todos que Um dia, teveQue enfrentar.

A dor a desilusãoO desespero e a faltaDe amor.

O passado não ficaEsquecido por quemUm dia amou e acreditou.

O passado revive emCada um.Em certas coisas.Boas ou más.

O passado apareceNuma poesiaNuma escritaNum poema.O passado não passaDas lembrançasDe quem um dia acreditou

O passado estaCravado no coraçãoE nas lembrançasDe um bom escritor.

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PiPas do gaBi

Olho para o céu.Vejo um jardim colorido.São pipas voando.

Parecem peixinhos nadandoEntre nuvens brancas.

Brincadeira de criançaQue não cansa.

Vamos soltar pipaO vento esta a favor

Cerol na mão, não Vamos curtir sem causar dor

Brincadeira de criançaComo é bom

Soltar pipa você voa com EleÉ só alegria que contaria.

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Quarto escuro

Deitada sobre meu Colchão, firme

Sinto o calor e Me acomodo sobre ele

O sono me fogePensamentos viajam.

A noite passa.E os sonhos se perdem

Me viro para os lados Nada adianta.

tudo paraece perdidoPresa neste quartoEscuro o que me resta.

Uma cama vazia e quente

Chamo vem sonotraga uma esperança.

Cansada sem sonoDesisto e apenas descanço

Enrolada em meusLençóis brancos.Com meus pensamentos.

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FaVela da lu

Favela, tua beleza não Esta fora, mas dentro da favela.

Favela por que tu chorastuas vielas tem histórias.

Nas vielas da favela.Passeava a mais linda flôr

A beleza pura e angelicalCorria entre becos e ruas.

Por onde passava deixavaSeu perfume no ar

Que bela menina, de cabelosNegros e olhos grandes.

teu sorriso era puroE cheio de alegria.

Crescia aquela menina

Quem não se encantavaCom tamanha alegria

Generosa nos teus carinhosAbraçava a todosCom um só abraço.

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teu amor imensoCativava a todos.

Ah. Menina você nãoimaginava o tamanho do teu amor

Nas vielas da favelaCorria a bailar

Deixando todo seu perfume no ar

Que saudades você deixouNas vielas deste lugar

Não se contaminou Com as amarguras

E no ter coraçãoNão havia ilusão

Só queria ser felizE fazer feliz seus irmãos.

Pai e mãe levava no coração

Favela porque tu chorastuas vielas tem histórias

Aqui nasceu, cresceu aMais linda flor

Favela porque chorasSó você pode contartuas histórias.

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