Estabelecimentos Alimentares - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL nº 54 - QUALI.PT

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  • 8/8/2019 Estabelecimentos Alimentares - Legislacao Portuguesa - 2002/03 - DL n 54 - QUALI.PT

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    2068 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A N.o59 11 de Maro de 2002

    MINISTRIO DA ECONOMIA

    Decreto-Lei n.o 54/2002

    de 11 de Maro

    Dando cumprimento ao disposto na Lei n.o

    159/99,de 14 de Setembro, pretende-se com o presente diplomatransferir para os municpios o processo de licencia-mento e de autorizao para a realizao de operaesurbansticas das casas e empreendimentos de turismono espao rural, dando assim continuao a um processoiniciado aquando da publicao dos Decretos-Leisn.os 167/97 e 168/97, ambos de 4 de Julho, que esta-beleceram, respectivamente, o regime jurdico da ins-talao e do funcionamento dos empreendimentos turs-ticos e dos estabelecimentos de restaurao e de bebidas,e continuado com a publicao do Decreto-Lei n.o 47/99,de 16 de Fevereiro, que regula o turismo de natureza.

    Este princpio de descentralizao de poderes efec-

    tua-se mediante a transferncia de atribuies e com-petncias para as autarquias locais, tendo por finalidadeassegurar o reforo da coeso nacional e da solidarie-dade inter-regional e promover a eficincia e eficciada gesto pblica assegurando os direitos dos admi-nistrados.

    Com esta medida pretende-se ainda assegurar a con-cretizao do princpio da subsidiariedade, na medidaem que as atribuies e competncias passam a ser exer-cidas pelo nvel da Administrao mais bem colocadopara as prosseguir com racionalidade, eficcia e pro-ximidade dos cidados.

    Pretende-se com este diploma que passe a existir umnico processo de licenciamento, que, de acordo com

    as normas de carcter urbanstico, correr apenas pelascmaras municipais, de acordo com o estabelecido noDecreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, que esta-belece o regime jurdico da urbanizao e edificao.

    Do mesmo modo, a opo de atribuir as competnciasantes exercidas pela Direco-Geral do Turismo, aoabrigo do disposto no Decreto-Lei n.o 169/97, de 4 deJulho, e no Decreto Regulamentar n.o 37/97, de 25 deSetembro, s direces regionais do Ministrio da Eco-nomia, criadas pelo Decreto-Lei n.o 222/96, de 25 deNovembro, e cuja orgnica definida pelo Decreto-Lein.o 78/99, de 16 de Maro, resulta igualmente da neces-sidade de aproximar os centros de deciso das popu-laes, permitindo assim uma resposta mais rpida e

    eficazdos rgosda Administrao Pblica, dando assimcumprimento ao previsto nos artigos 8.o e 36.o daquelediploma, com as alteraes que lhe foram introduzidaspela Lei n.o 154/99, de 14 de Setembro.

    De modo a assegurar a unidade na prossecuo depolticas pblicas e evitar a sobreposio de actuaesentre a administrao central e a administrao local,decorrentes do regime previsto no Decreto-Lein.o 169/97, de 4 de Julho, e no Decreto Regulamentarn.o 37/97, de 25 de Setembro, optou-se por revogar estesdiplomas, instituindo-se um nico regime de licencia-mento da urbanizao e da edificao, passando a existiruma nica licena de utilizao, a licena ou autorizaode utilizao para turismo no espao rural, emitida pela

    respectiva cmara municipal, a qual substitui todas aslicenas e autorizaes actualmente exigveis e permite,desde logo, a abertura ao pblico do empreendimento.

    Dentro da mesma perspectiva da simplificao, esta-belece-se um regime inovador quanto abertura dos

    empreendimentos de turismo no espao rural, permi-tindo-se aos interessados que o faam sem estarem sujei-tos s peias burocrticas caso no sejam cumpridos osprazos fixados para a actuao da Administrao.

    Na perspectiva de que a manuteno da qualidadee caractersticas dos empreendimentos de turismo noespao rural no interessa apenas s entidades oficiais,institui-se um processo de colaborao activa entre asdiversas entidades interessadas no sector, fazendo-asintervir nas fases ligadas ao funcionamento dosempreendimentos.

    Alm disso, torna-se o promotor o primeiro respon-svel pelo cumprimento das regras respeitantes aosempreendimentos de turismo no espao rural, pois essecumprimento s ser avaliado para efeitos de classi-ficao, e no para a entrada em funcionamento doempreendimento.

    Foram ouvidos os rgos de governo prprio dasRegies Autnomas, a Associao Nacional de Muni-cpios Portugueses e as associaes patronais do sector.

    Assim:

    Nos termos da alnea a) do n.o

    1 do artigo 198.o

    daConstituio, o Governo decreta, para valer como leigeral da Repblica, o seguinte:

    CAPTULO I

    mbito

    Artigo 1.o

    Noo

    Turismo no espao rural consiste no conjunto de acti-vidades, servios de alojamento e animao a turistas,em empreendimentos de natureza familiar, realizados

    e prestados mediante remunerao, em zonas rurais.

    Artigo 2.o

    Empreendimentos de turismo no espao rural

    1 Para efeitos do disposto no artigo anterior, con-sideram-se empreendimentos de turismo no espaoruralos estabelecimentos que se destinam a prestar serviostemporrios de hospedagem e de animao a turistas,realizados e prestados em zonas rurais, dispondo parao seu funcionamento de um adequado conjunto de ins-talaes, estruturas, equipamentos e servios comple-mentares, tendo em vista a oferta de um produto turs-tico completo e diversificado no espao rural.

    2 As instalaes dos empreendimentos de turismono espao rural devem integrar-se de modo adequadonos locais onde se situam, por forma a preservar, recu-perar e valorizar o patrimnio arquitectnico, histrico,natural e paisagstico das respectivas regies, atravsdo aproveitamento e manuteno de casas ou constru-es tradicionais ou da sua ampliao, desde que sejaassegurado que a mesma respeita a traa arquitectnicada casa j existente.

    3 Os empreendimentos de turismo no espao ruralpodem ser classificados numa das seguintes modalidadesde hospedagem:

    a) Turismo de habitao;b) Turismo rural;

    c) Agro-turismo;d) Turismo de aldeia;e) Casas de campo;f) Hotis rurais;g) Parques de campismo rurais.

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    N.o59 11 de Maro de 2002 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A 2069

    4 Os requisitos das instalaes, classificao e fun-cionamento dos empreendimentos de turismo no espaorural previstos nas alneas a) a f) do nmero anteriorso definidos atravs de decreto regulamentar.

    5 Para alm do servio de alojamento turstico, osempreendimentos de turismo no espao rural podemainda desenvolver actividades de animao ou diversoque se destinem ocupao dos tempos livres dos seusutentes e contribuam para a divulgao das caracters-ticas, produtos e tradies das regies em que os mesmosse situam, nomeadamente o seu patrimnio natural, pai-sagstico e cultural, os itinerrios temticos, a gastro-nomia, o artesanato, a caa, o folclore, a pesca, os jogose os transportes tradicionais.

    6 Quando as actividades previstas no nmero ante-rior no tiverem como nicos destinatrios os utentesdos empreendimento de turismo no espao rural pre-vistos no n.o 3, devem as mesmas ser objecto de decla-rao de interesse para o turismo, nos termos previstosno Decreto Regulamentar n.o 22/98, de 21 de Setembro,

    e as suas entidades promotoras ser licenciadas nos ter-mos previstos no Decreto-Lei n.o 204/2000, de 1 deSetembro, sem prejuzo do regime especfico para asactividades de animao ambiental previsto no DecretoRegulamentar n.o 18/99, de 27 de Agosto, quando asmesmas forem desenvolvidas dentro de reas protegidas.

    Artigo 3.o

    Zonas rurais

    Para efeito do disposto no presente diploma, con-sideram-se zonas rurais as reas com ligao tradicionale significativa agricultura ou ambiente e paisagem decarcter vincadamente rural.

    Artigo 4.o

    Turismo de habitao

    1 Designa-se por turismo de habitao o serviode hospedagem de natureza familiar prestado a turistasem casas antigas particulares que, pelo seu valor arqui-tectnico, histrico ou artstico, sejam representativasde uma determinada poca, nomeadamente os solarese as casas apalaadas.

    2 O turismo de habitao s pode ser exploradopor pessoas singulares ou sociedades familiares quesejam as proprietrias, possuidoras ou legtimas deten-

    toras da casa e que nelas residam durante o perodode explorao.

    3 Para efeitos do disposto no nmero anterior,entende-se por sociedades familiares as sociedadescomerciais em que 80% do respectivo capital social sejadetido por membros da mesma famlia cujo respectivoparentesco no exceda o 6.o grau da linha colateral.

    Artigo 5.o

    Turismo rural

    1 Designa-se por turismo rural o servio de hos-pedagem de natureza familiar prestado a turistas em

    casas rsticas particulares que, pela sua traa, materiaisconstrutivos e demais caractersticas, se integrem naarquitectura tpica regional.

    2 Aplica-se ao turismo rural, com as necessriasadaptaes, o disposto nos n.os 2 e 3 do artigo anterior.

    Artigo 6.o

    Agro-turismo

    1 Designa-se por agro-turismo o servio de hospe-dagem de natureza familiar prestado em casas particularesintegradas em exploraes agrcolas que permitam aoshspedes o acompanhamento e conhecimento da acti-vidade agrcola, ou a participao nos trabalhos a desen-volvidos, de acordo com as regras estabelecidas pelo seuresponsvel.

    2 Aplica-se ao agro-turismo, com as necessriasadaptaes, o disposto nos n.os 2 e 3 do artigo 4.o

    Artigo 7.o

    Turismo de aldeia

    1 Designa-se por turismo de aldeia o servio dehospedagem prestado num conjunto de, no mnimo,cinco casas particulares situadas numa aldeia e explo-radas de forma integrada, quer sejam ou no utilizadas

    como habitao prpria dos seus proprietrios, possui-dores ou legtimos detentores.2 As casas afectas ao turismo de aldeia devem,

    pela sua traa, materiais de construo e demais carac-tersticas, integrar-se na arquitectura tpica local.

    3 O turismo de aldeia pode ser explorado emaldeias histricas, em centros rurais ou em aldeias quemantenham, no seu conjunto, o ambiente urbano, est-tico e paisagstico tradicional da regio onde se inserem.

    4 A explorao das casas de turismo de aldeia deveser realizada por uma nica entidade, sem prejuzo dea propriedade das mesmas pertencer a mais de umapessoa.

    Artigo 8.o

    Casas de campo

    1 Designam-se por casas de campo as casas par-ticulares situadas em zonas rurais que prestem um ser-vio de hospedagem, quer sejam ou no utilizadas comohabitao prpria dos seus proprietrios, possuidoresou legtimos detentores.

    2 As casas de campo devem, pela sua traa, mate-riais de construo e demais caractersticas, integrar-sena arquitectura e ambiente rstico prprio da zona elocal onde se situem.

    Artigo 9.o

    Hotis rurais

    1 So hotis rurais os estabelecimentos hoteleirossituados em zonas rurais e fora das sedes de concelhocuja populao, de acordo com o ltimo censo realizado,seja superior a 20 000 habitantes, destinados a propor-cionar, mediante remunerao, servios de alojamentoe outros servios acessrios ou de apoio, com forne-cimento de refeies.

    2 Os hotis rurais devem, pela sua traa arquitec-tnica, materiais de construo, equipamento e mobi-lirio, respeitar as caractersticas dominantes da regioem que se situem.

    Artigo 10.o

    Parques de campismo rurais

    So parques de campismo rurais os terrenos desti-nados permanentemente ou temporariamente insta-lao de acampamentos, integrados ou no em explo-raes agrcolas, cuja rea no seja superior a 5000 m2.

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    2070 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A N.o59 11 de Maro de 2002

    CAPTULO II

    Competncias

    Artigo 11.o

    Competncia das direces regionais do Ministrio da Economia

    Para efeitos do presente diploma, compete s direc-es regionais do Ministrio da Economia competentesem razo de territrio, nos termos previstos no Decre-to-Lei n.o 78/99, de 16 de Maro, com as alteraesintroduzidas pela Lei n.o 154/99, de 14 de Setembro,sem prejuzo de outras competncias atribudas por lei:

    a) Dar parecer, no mbito dos pedidos de infor-mao prvia, sobre a possibilidade de licen-ciamento ou de autorizao para a realizaode obras de edificao relativas aos empreen-dimentos de turismo no espao rural previstosnas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o;

    b) Dar parecer, no mbito do pedido do licencia-mento ou de autorizao para a realizao de

    obras de edificao, sobre os projectos de arqui-tectura dos empreendimentos de turismo noespao rural previstos nas alneas a) a e) don.o 3 do artigo 2.o;

    c) Autorizar as obras previstas nas alneas a) eb) do n .o 1 do artigo 6.o do Decreto-Lein.o 555/99, de 16 de Dezembro, quando as mes-mas forem realizadas no interior dos empreen-dimentos de turismo no espao rural a que serefere a alnea anterior;

    d) Vistoriar os empreendimentos de turismo noespao rural previstos nas alneas a) a e) don.o 3 do artigo 2.o, para efeitos da sua clas-sificao quanto modalidade de hospedagem,

    reviso da mesma ou desclassificao comoempreendimento de turismo no espao rural;e) Aprovar o nome e a classificao quanto

    modalidade de hospedagem dos empreendi-mentos de turismo no espao rural previstos nasalneasa) a e) do n.o 3 do artigo 2.o

    Artigo 12.o

    Competncia dos rgos municipais

    1 Para efeitos do presente diploma, compete cmara municipal, sem prejuzo de outras competnciasatribudas por lei:

    a) Prestar informao prvia sobre a possibilidadede instalao dos empreendimentos de turismono espao rural previstos nas alneas a) a e)do n.o 3 do artigo 2.o;

    b) Licenciar ou autorizar a realizao de operaesurbansticas relativas aos empreendimentos deturismo no espao rural previstos nas alneas a)a e) do n.o 3 do artigo 2.o;

    c) Promover a vistoria dos empreendimentos deturismo no espao rural previstos nas alneas a)a e) do n.o 3 do artigo 2.o, j equipados emcondies de iniciar a sua actividade, para efei-tos da emisso da licena ou da autorizao deutilizao para turismo no espao rural;

    d) Apreender o alvar e determinar o consequente

    encerramento dos empreendimentos de turismono espao rural previstos nas alneas a) a e)don.o 3doartigo2.o quando as respectivas licen-as ou autorizaes tiverem caducado nos ter-mos do disposto no presente diploma.

    2 Para efeitos do presente diploma, compete aopresidente da cmara municipal emitir o alvar delicena ou de autorizao de utilizao para turismono espao rural dos empreendimentos de turismo noespao rural previstos nas alneas a) a e) do n.o 3 doartigo 2.o

    Artigo 13.o

    Competncia da Direco-Geral de Desenvolvimento Rural

    Para efeitos do presente diploma, compete Direc-o-Geral de Desenvolvimento Rural, sem prejuzo deoutras competncias atribudas por lei:

    a) Dar parecer, no mbito dos pedidos de infor-mao prvia e dos pedidos de licenciamentoou autorizao para a realizao de obras deedificao relativas aos empreendimentos deturismo no espao rural previstos nas alneas a)a e) do n.o 3 do artigo 2.o, sobre se aquelesempreendimentos se localizam em zonas rurais;

    b) Dar parecer sobre se os empreendimentos de

    turismo no espao rural contribuem para a pre-servao, melhoria e ocupao do espao rurale identificar as sinergias com outras aces com-plementares que contribuam para a moderni-zao do aparelho produtivo e de estmulo diversificao da oferta de servios s empresase famlias em meio rural.

    Artigo 14.o

    Competncias dos rgos regionais e locais de turismo

    Para efeitos do presente diploma, compete aos rgosregionais e locais de turismo, sem prejuzo de outrascompetncias atribudas por lei, dar parecer no mbitodos pedidos de informao prvia e dos pedidos de licen-ciamento ou de autorizao para a realizao de obrasde edificao, sobre a localizao e qualidade dosempreendimentos de turismo no espao rural previstosnas alneas a) a e) do n.o 2 do artigo 3.o, sobre as acti-vidades de animao ou diverso por eles desenvolvidas,quando for caso disso, sobre a sua contribuio paraa divulgao das caractersticas, produtos e tradiesdas regies e, de um modo geral, sobre a sua importnciapara o desenvolvimento turstico da regio.

    CAPTULO III

    Da instalao

    SECO IDo regime aplicvel

    Artigo 15.o

    Instalao

    Sem prejuzo do disposto no n.o 1 do artigo seguinte,para efeitos do presente diploma, considera-se insta-lao dos empreendimentos de turismo no espao ruralprevistos nas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o oprocesso de licenciamento ou de autorizao para a rea-lizao de operaes urbansticas relativas construoe ou utilizao de edifcios ou suas fraces destinadosao funcionamento.

    Artigo 16.o

    Regime aplicvel

    1 Os processos respeitantes instalao dosempreendimentos de turismo no espao rural previstos

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    N.o59 11 de Maro de 2002 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-A 2071

    nas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o so reguladospelo regime jurdico da urbanizao e edificao, comas especificidades estabelecidas nos artigos seguintes,competindo s cmaras municipais o seu licenciamentoou a sua autorizao.

    2 Aos processos respeitantes instalao dosempreendimentos de turismo no espao rural previstosna alnea f) do n.

    o

    3 do artigo 2.o

    aplicam-se as normasdo Decreto-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho, quanto aosestabelecimentos hoteleiros.

    3 Aos empreendimentos de turismo no espaorural previstos na alneag) do n.o 3 do artigo 2.o aplica-seo regime jurdico previsto no Decreto-Lei n.o 192/82,de 19 de Maio.

    4 Quando se prevejam obras de urbanizao nopresente diploma, aplica-se o regime jurdico da edi-ficao e da urbanizao previsto no n.o 1.

    5 Os pedidos de informao prvia e de licencia-mento ou de autorizao para a realizao de operaesurbansticas relativos instalao dos empreendimentosde turismo no espao rural previstos nas alneas a) a

    e) do n.o

    3 do artigo 2.o

    devem ser instrudos nos termosda legislao referida no n.o 1 e ainda com os elementosconstantes do nmero seguinte, devendo o interessadoindicar no pedido qual a classificao quanto moda-lidade de hospedagem e o nome pretendidos.

    6 O requerimento referido no nmero anterior instrudo com os seguintes elementos:

    a) Plantas, escala de 1:25 000 ou de 1:1000, refe-rentes localizao do empreendimento deturismo no espao rural;

    b) Fotografias, no formato de 20 cm25 cm, dointerior dos edifcios ou das suas partes des-tinadas aos hspedes e das suas fachadas, bemcomo do local onde se integram;

    c) Documentos respeitantes s caractersticas his-tricas, arquitectnicas, ambientais e paisags-ticas da regio;

    d) Plantas da edificao ou edificaes existentes,respeitantes a todos os pisos, escala de 1:100,com referncia s unidades de alojamento afec-tas explorao turstica, quando as mesmasno carecerem de obras.

    7 O requerimento deve especificar os seguinteselementos:

    a) O nome e o domiclio do requerente, bem comoa indicao da qualidade de proprietrio, arren-datrio, usufruturio, locatrio, titular do direitode uso e habitao, cessionrio de exploraoou comodatrio;

    b) A escritura de constituio da sociedade se setratar de uma sociedade familiar;

    c) O nome a atribuir ao empreendimento deturismo no espao rural;

    d) A localizao e a descrio dos empreendimen-tos e seus logradouros e das propriedades, seestas existirem, bem como dos seus arredores;

    e) A descrio sumria dos acessos rodovirios,dos transportes pblicos, dos servios mdicose de primeiros socorros e dos estabelecimentosde restaurao e de bebidas que servem oempreendimento ou a aldeia;

    f) A enumerao e a descrio dos quartos e dasrestantes divises, dependncias e zonas comunsdestinadas aos hspedes e a indicao das zonasdos empreendimentos e das propriedades deacesso vedado a estes;

    g) A indicao do nmero de telefone do empreen-dimento, quando exigvel;

    h) A enumerao dos servios a prestar, quandoexigvel;

    i) O perodo ou perodos de abertura anual;j) A indicao das lnguas estrangeiras faladas pelo

    requerente;

    l) A identificao dos equipamentos de animaoe desportivos ou outros de interesse cultural erecreativo disponveis para utilizao pelos hs-pedes ou visitantes.

    8 Os estudos e projectos dos empreendimentos deturismo no espao rural previstos nas alneas a) a e)do n.o 3 do artigo 2.o devem ser subscritos por arquitectoou por arquitecto em colaborao com engenheiro civil,devidamente identificados.

    9 Para os efeitos do disposto nos n.os 2 e 3 doartigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezem-bro, os pareceres das direces regionais do Ministrioda Economia, da Direco-Geral de Desenvolvimento

    Rural e dos rgos regionais e locais de turismo, emi-tidos, respectivamente, ao abrigo do disposto nos artigos18.o, 19.o, 20.o, 22.o, 26.o e 27.o, so obrigatoriamentecomunicados por aquelas entidades cmara municipalcompetente.

    SECO II

    Pedido de informao prvia

    Artigo 17.o

    Requerimento

    Qualquer interessado pode requerer cmara muni-cipal informao prvia sobre a possibilidade de instalarum empreendimento de turismo no espao rural e quaisos respectivos condicionamentos urbansticos.

    Artigo 18.o

    Consulta direco regional do Ministrio da Economia

    1 Sempre que a direco regional do Ministrioda Economia competente em razo do territrio devaemitir parecer sobre o licenciamento ou a autorizaopara a realizao de obras de edificao referentes aempreendimentos de turismo no espao rural previstosnas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o, a cmaramunicipal deve consultar aquela entidade no mbito daapreciao do pedido de informao prvia, remeten-do-lhe para o efeito a documentao necessria no prazo

    de 10 dias aps a recepo do requerimento referidono artigo anterior.2 O parecer da direco regional do Ministrio da

    Economia competente em razo do territrio destina-sea verificar os seguintes aspectos:

    a) A adequao dos empreendimentos de turismono espao rural projectada ao uso pretendido;

    b) O cumprimento das normas estabelecidas nopresente diploma e seu regulamento.

    3 A direco regional do Ministrio da Economiacompetente em razo do territrio deve pronunciar-seno prazo de 30 dias a contar da data da recepo dadocumentao.

    4 A no emisso de parecer dentro do prazo fixadono nmero anterior entende-se como parecer favorvel.5 Quando desfavorvel, o parecer da direco

    regional do Ministrio da Economia competente emrazo do territrio vinculativo.

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    Artigo 19.o

    Consulta Direco-Geral de Desenvolvimento Rural

    1 Sempre que a Direco-Geral de Desenvolvi-mento Rural deva emitir parecer sobre o licenciamentoou a autorizao para a realizao de obras de edificaoreferentes a empreendimentos de turismo no espaorural previstos nas alneas a) a e) do n.

    o

    3 do artigo 2.o

    ,nos termos do disposto no n.o 1 do artigo 26.o, a cmaramunicipal deve consultar aquela entidade no mbito daapreciao do pedido de informao prvia, remeten-do-lhe para o efeito a documentao necessria no prazode 10 dias aps a recepo do requerimento referidono artigo 17.o

    2 O parecer da Direco-Geral de Desenvolvi-mento Rural destina-se a:

    a) Verificar se os empreendimentos de turismo noespao rural previstos nas alneas a) a e) don.o 3 do artigo 2.o se localizam em zonas rurais;

    b) Apreciar o enquadramento dos empreendimen-tos de turismo no espao rural, do estabeleci-mento de condies para a preservao, melho-ria e ocupao do espao rural e para a iden-tificao das sinergias com outras aces com-plementares que contribuam para a moderni-zao do aparelho produtivo e de estmulo diversificao da oferta de servios s empresase famlias em meio rural.

    3 A Direco-Geral de Desenvolvimento Ruraldeve pronunciar-se no prazo de 30 dias a contar dadata da recepo da documentao.

    4 A no emisso de parecer dentro do prazo fixadono nmero anterior entende-se como parecer favorvel.

    5 Quando o parecer da Direco-Geral de Desen-

    volvimento Rural for desfavorvel, nos termos previstosna alnea a) do n.o 2, tal parecer vinculativo.

    Artigo 20.o

    Consulta aos rgos regionais e locais de turismo

    1 Sempre que a regio de turismo competente emrazo do territrio ou, quando esta no exista, o rgolocal de turismo competente deva emitir parecer sobreo licenciamento ou a autorizao para a realizao deobras de edificao referentes aos empreendimentos deturismo no espao rural previstos nas alneas a) a e)do n.o 3 do artigo 2.o, a cmara municipal deve consultaraquela entidade no mbito da apreciao do pedido

    de informao prvia, remetendo-lhe para o efeito adocumentao necessria no prazo de 10 dias aps arecepo do requerimento referido no artigo anterior.

    2 O parecer referido no nmero anterior destina-sea apreciar a localizao e qualidade dos empreendimen-tos de turismo no espao rural previstos nas alneas a)a e) do n.o 2 do artigo 3.o, as actividades de animaoou diverso por eles desenvolvidas, quando for casodisso, a sua contribuio para a divulgao das carac-tersticas, produtos e tradies das regies, designada-mente o seu patrimnio natural, paisagstico e cultural,itinerrios temticos, a gastronomia, o artesanato, o fol-clore, a caa, a pesca, os jogos e os transportes tra-dicionais e, de um modo geral, a sua importncia parao desenvolvimento turstico da regio.

    3 As entidades referidas no n.o

    1 pronunciam-seno prazo de 30 dias a contar da data da recepo dadocumentao.

    4 A falta de parecer, no prazo fixado no nmeroanterior, faz presumir o seu sentido favorvel.

    Artigo 21.o

    Prazo para a deliberao

    O prazo para a deliberao da cmara municipal sobreo pedido de informao prvia conta-se a partir da datada recepo dos pareceres referidos nos artigos ante-riores ou do termo do prazo estabelecido para a sua

    emisso.SECO III

    Licenciamento ou autorizao de operaes urbansticas

    Artigo 22.o

    Parecer da direco regional do Ministrio da Economia

    1 O deferimento pela cmara municipal do pedidodo licenciamento ou da autorizao para a realizaode obras de edificao referentes aos empreendimentosde turismo no espao rural previstos nas alneas a) ae) do n.o 3 do artigo 2.o carece sempre de parecer dadireco regional do Ministrio da Economia compe-

    tente em razo do territrio sobre o projecto dearquitectura.2 consulta prevista no nmero anterior aplica-se

    o disposto no artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99,de 16 de Dezembro, com excepo do prazo previstono n.o 8 daquele artigo, que alargado para 30 dias.

    3 O parecer da direco regional do Ministrio daEconomia competente em razo do territrio destina-sea verificar os seguintes aspectos:

    a) A adequao do empreendimento de turismono espao rural projectado ao uso pretendido;

    b) O cumprimento das normas estabelecidas nopresente diploma e seu regulamento.

    4 A direco regional do Ministrio da Economiacompetente em razo do territrio, juntamente com oparecer, aprova o nome do empreendimento de turismono espao rural e, a ttulo provisrio, fixa a capacidademxima e aprova a classificao quanto modalidadede hospedagem que o mesmo pode atingir de acordocom o projecto apresentado.

    5 A direco regional do Ministrio da Economiacompetente em razo do territrio pode sujeitar a apro-vao definitiva da classificao quanto modalidadede hospedagem pretendida ao cumprimento de condi-cionamentos legais ou regulamentares.

    6 A falta de parecer, no prazo fixado no nmeroanterior, faz presumir o seu sentido favorvel.

    Artigo 23.o

    Parecer desfavorvel

    1 Pode ser emitido parecer desfavorvel pela direc-o regional do Ministrio da Economia competenteem razo do territrio com fundamento na inadequaodo empreendimento de turismo no espao rural pro-jectado ao uso pretendido nas seguintes situaes:

    a) Quando o estado geral de conservao das casasno permitir avaliar a sua traa arquitectnicaou a sua integrao na arquitectura tpicaregional;

    b) Caso se verifique a existncia de indstrias, acti-vidades ou locais insalubres, poluentes, ruidosos

    ou incmodos nas proximidades do empreen-dimento de turismo no espao rural ou a pre- viso da sua existncia em plano especial oumunicipal de ordenamento do territrio legal-mente aprovado;

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    N.o59 11 de Maro de 2002 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A 2073

    c) Quando no forem preservadas as condiesnaturais ou paisagsticas, do meio ambiente edo patrimnio cultural e arquitectnico;

    d) Quando no existirem vias de acesso adequadas;e) Quando no existirem ou forem insuficientes

    as estruturas hospitalares ou de assistnciamdica, se o tipo e a dimenso da casa asjustificarem;

    f) Quando se situarem na proximidade de estru-turas urbanas degradadas.

    2 Para efeitos do disposto na alnea b) do nmeroanterior, no se consideram factores ruidosos ou inc-modos os que decorrem do exerccio normal e correntedas actividades prprias das exploraes agrcolas.

    3 Pode ainda ser emitido parecer desfavorvel peladireco regional do Ministrio da Economia compe-tente em razo do territrio com fundamento no des-respeito pelo disposto na alnea b) do n.o 3 do artigoanterior.

    4 Quando desfavorvel, o parecer da direcoregional do Ministrio da Economia competente emrazo do territrio vinculativo.

    Artigo 24.o

    Audio prvia

    1 Quando a direco regional do Ministrio daEconomia competente em razo do territrio estiverna posse de elementos que possam conduzir a um pare-cer desfavorvel, esta notifica o interessado, dando-lhea conhecer os mesmos, antes de o comunicar cmaramunicipal.

    2 No caso previsto no nmero anterior, pode ointeressado, no prazo de oito dias a contar da data dacomunicao prevista no nmero anterior, pronun-ciar-se por escrito, junto do director regional da eco-nomia competente em razo do territrio, de formafundamentada.

    3 Logo que recebida a resposta do interessado pre-vista no nmero anterior, o director regional da eco-nomia competente em razo do territrio pode deter-minar a interveno de uma comisso, composta por:

    a) Um perito por ele nomeado, que presidir;b) Um representante da direco regional do

    Ministrio da Economia;c) Um representante da Direco-Geral de Desen-

    volvimento Rural;d) Um representante de uma associao patronaldo subsector do turismo no espao rural indi-cado pelo interessado na sua resposta.

    4 Podero ainda integrar a comisso prevista nonmero anterior representantes de outros servios ouorganismos cuja interveno seja considerada conve-niente pelo director regional da economia competenteem razo do territrio, embora sem direito a voto.

    5 A comisso pronuncia-se sobre a resposta dointeressado no prazo de 15 dias a contar da data dodespacho que determinar a sua interveno.

    6 Compete ao presidente da comisso convocar os

    restantes membros com uma antecedncia mnima decinco dias, devendo para tal solicitar previamente sdiversas entidades a indicao dos seus representantes.

    7 A ausncia dos representantes das entidadesreferidas nas alneas b) a d) do n.o 3 e no n.o 4, desde

    que regularmente convocados, no impeditiva nemconstitui justificao do no funcionamento da comissonem da emisso do parecer.

    8 A direco regional do Ministrio da Economiacompetente em razo do territrio, quando for casodisso, reformular a posio inicial de acordo com osentido de parecer da comisso.

    9 No caso previsto no n.o 1, a direco regionaldo Ministrio da Economia competente em razo doterritrio deve comunicar cmara municipal que oprazo previsto no n.o 2 do artigo 22.o se considera sus-penso de acordo com o estabelecido naquele nmero.

    10 Quando o director regional da economia com-petente em razo do territrio no determinar a inter-veno da comisso, a direco regional do Ministrioda Economia competente em razo do territrio enviaro parecer cmara municipal no prazo de 15 dias acontar da data da recepo da resposta do interessadoou do termo do prazo previsto no n.o 2.

    11 Quando o director regional da economia com-

    petente em razo do territrio determinar a intervenoda comisso nos termos previstos no n.o 3, enviar oparecer cmara municipal no prazo de 30 dias a contarda data da recepo do parecer da comisso, ou dotermo do prazo previsto no n.o 5.

    Artigo 25.o

    Alteraes a introduzir

    Quando emitir parecer desfavorvel, a direco regio-nal do Ministrio da Economia competente em razodo territrio deve fundamentar as alteraes a introduzirno projecto de arquitectura.

    Artigo 26.o

    Parecer da Direco-Geral de Desenvolvimento Rural

    1 O deferimento pela cmara municipal do pedidodo licenciamento ou da autorizao para a realizaode obras de edificao referentes aos empreendimentosde turismo no espao rural previstos nas alneas a) ae) do n.o 3 do artigo 2.o carece sempre de parecer daDireco-Geral de Desenvolvimento Rural.

    2 consulta e emisso de parecer da Direco--Geral de Desenvolvimento Rural no mbito de um pro-cesso de licenciamento ou de autorizao aplica-se odisposto no artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de16 de Dezembro, com excepo do prazo previsto non.o 8 daquele artigo, que alargado para 30 dias.

    3 O parecer da Direco-Geral de Desenvolvi-mento Rural destina-se a verificar os seguintes aspectos:

    a) A verificar se os empreendimentos de turismono espao rural previstos nas alneas a) a e)do n.o 3 do artigo 2.o se localizam em zonasrurais;

    b) A apreciar o enquadramento dos empreendi-mentos de turismo no espao rural previstos nonmero anterior, o estabelecimento de condi-es para a preservao, melhoria e ocupaodo espao rural e para a identificao das siner-

    gias com outras aces complementares quecontribuam para a modernizao do aparelhoprodutivo e de estmulo diversificao daoferta de servios s empresas e famlias emmeio rural.

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    2074 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A N.o59 11 de Maro de 2002

    4 A falta de parecer, no prazo fixado no nmeroanterior, faz presumir o seu sentido favorvel.

    5 Quando o parecer da Direco-Geral de Desen-volvimento Rural for desfavorvel, nos termos previstosna alneaa) do n.o 3, tal parecer vinculativo.

    Artigo 27.o

    Parecer dos rgos regionais e locais de turismo

    1 O deferimento pela cmara municipal do pedidodo licenciamento ou da autorizao para a realizaode obras de edificao referentes aos empreendimentosde turismo no espao rural previstos nas alneas a) ae) do n.o 3 do artigo 2.o carece sempre de parecer daregio de turismo competente em razo do territrioou, quando esta no exista, do rgo local de turismocompetente.

    2 O parecer referido no nmero anteriordestina-sea apreciar a localizao e qualidade dos empreendimen-tos de turismo no espao rural previstos no nmero

    anterior, as actividades de animao ou diverso poreles desenvolvidas, quando for caso disso, a sua con-tribuio para a divulgao das caractersticas, produtose tradies das regies, designadamente o seu patri-mnio natural, paisagstico e cultural, itinerrios tem-ticos, a gastronomia, o artesanato, o folclore, a caa,a pesca, os jogos e os transportes tradicionais e, de ummodo geral, a sua importncia para o desenvolvimentoturstico da regio.

    3 As entidades referidas no n.o 1 pronunciam-seno prazo de 30 dias a contar da data da recepo dadocumentao.

    4 A falta de parecer, no prazo fixado no nmeroanterior, faz presumir o seu sentido favorvel.

    Artigo 28.o

    Obras isentas ou dispensadas de licena municipal

    1 Carecem de autorizao da direco regional doMinistrio da Economia competente em razo do ter-ritrio as obras previstas nas alneas a) e b) do n.o 1do artigo 6.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezem-bro, quando estas forem realizadas no interior dosempreendimentos de turismo no espao rural previstosnas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o, desde que:

    a) Se destinem a alterar a classificao quanto modalidade de hospedagem ou a capacidademxima do empreendimento de turismo no

    espao rural; oub) Sejam susceptveis de prejudicar os requisitos

    mnimos exigveis para a classificao quanto modalidade de hospedagem do empreendi-mento de turismo no espao rural, nos termosdo presente diploma e do regulamento a quese refere o n.o 4 do artigo 2.o

    2 Para os efeitos previstos no nmero anterior, ointeressado deve dirigir direco regional do Minis-trio da Economia competente em razo do territrioum requerimento instrudo nos termos do disposto nosn.os 5 a 7 do artigo 16.o

    3 A autorizao a que se refere o n.o 1 deve ser

    emitida no prazo de 15 dias a contar da data da recepoda documentao, sob pena de o requerimento se enten-der como tacitamente deferido.

    4 A direco regional do Ministrio da Economiacompetente em razo do territrio deve dar conheci-

    mento cmara municipal das obras que autorize nostermos dos nmeros anteriores e, se for caso disso, daalterao da classificao quanto modalidade de hos-pedagem, ou da capacidade mxima do empreendi-mento de turismo no espao rural, para efeito do seuaverbamento ao alvar da licena ou de autorizao deutilizao para turismo no espao rural.

    5 Se o interessado pretender realizar as obras refe-ridas no n.o 1 durante a construo do empreendimento,deve requerer previamente direco regional do Minis-trio da Economia competente em razo do territrioa respectiva autorizao, aplicando-se nesse caso o dis-posto na parte final do n.o 2 e nos n.os 3 e 4.

    SECO IV

    Licenciamento ou autorizao da utilizao

    Artigo 29.o

    Licena ou autorizao de utilizao para turismo no espao rural

    1 Concluda a obra e equipado o empreendimentoem condies de iniciar o seu funcionamento, o inte-ressado requer a concesso da licena ou da autorizaode utilizao para turismo no espao rural dos edifciosnovos, reconstrudos, ampliados ou alterados ou dasfraces autnomas cujas obras tenham sido licenciadasou autorizadas nos termos do presente diploma.

    2 A licena ou a autorizao de utilizao paraturismo no espao rural destina-se a comprovar, paraalm do disposto no artigo 62.o do Decreto-Lein.o 555/99, de 16 de Dezembro, a observncia dasnormasrelativas s condies sanitrias.

    3 A licena ou a autorizao de utilizao paraturismo no espao rural sempre precedida da vistoria

    a que se refere o artigo seguinte, a qual substitui avistoria prevista no artigo 64.o do Decreto-Lei n.o 555/99,de 16 de Dezembro.

    4 O prazo para deliberao sobre a concesso dalicena ou autorizao de utilizao o constante daalnea b) do n.o 1 do artigo 30.o do Decreto-Lei n.o555/99, de 16 de Dezembro, no caso de se tratar deprocedimento de autorizao, e o previsto na alnea d)do n.o 1 do artigo 23.o do mesmo diploma, no casode se tratar de procedimento de licenciamento, a contarem ambos os casos a partir da data da realizao da

    vistoria ou do termo do prazo para a sua realizao.

    Artigo 30.o

    Vistoria

    1 A vistoria deve realizar-se no prazo de 30 diasa contar da data da apresentao do requerimento refe-rido no n.o 1 do artigo anterior e, sempre que possvel,em data a acordar com o interessado.

    2 A vistoria efectuada por uma comisso com-posta por:

    a) Trs tcnicos a designar pela cmara municipal,dos quais, pelo menos, dois devem ter formaoe habilitao legal para assinar projectos cor-respondentes obra objecto de vistoria;

    b) O delegado concelhio de sade ou o adjuntodo delegado concelhio de sade;

    c) Um representante do rgo regional ou localde turismo;d) Um representante da associao patronal do

    sector, no caso de o requerente o indicar nopedido de vistoria.

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    N.o59 11 de Maro de 2002 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A 2075

    3 O requerente da licena ou da autorizao deutilizao para turismo no espao rural, os autores dosprojectos e o tcnico responsvel pela direco tcnicada obra participam na vistoria sem direito a voto.

    4 Compete ao presidente da cmara municipal con-vocar as entidades referidas nas alneas b) a d) do n.o 2e as pessoas referidas no nmero anterior com a ante-cedncia mnima de oito dias.

    5 A ausncia das entidades referidas nas alneasb) a d) do n.o 2 e das pessoas referidas no n.o 3, desdeque regularmente convocadas, no impeditiva nemconstitui justificao da no realizao da vistoria, nemda concesso da licena ou da autorizao para turismono espao rural.

    6 A comisso referida no n.o 2, depois de proceder vistoria, elabora o respectivo auto, devendo entregaruma cpia ao requerente.

    7 Quando o auto de vistoria conclua em sentidodesfavorvel ou quando seja desfavorvel o voto, fun-damentado, de um dos elementos referidos nas al-

    neasb

    ) ec

    ) do n.

    o

    2, no pode ser concedida a licenaou a autorizao de utilizao para turismo no espaorural.

    Artigo 31.o

    Alvar de licena ou de autorizao de utilizaopara turismo no espao rural

    1 Concedida a licena ou a autorizao de utili-zao para turismo no espao rural, o titular requerao presidente da cmara municipal a emisso do alvarque a titula, o qual deve ser emitido no prazo de 30dias a contar da data da recepo do respectivorequerimento.

    2 A emisso do alvar deve ser notificada ao reque-

    rente, por correio registado, no prazo de oito dias acontar da data da sua deciso.

    Artigo 32.o

    Funcionamento dos empreendimentos de turismo no espao rural

    O funcionamento dos empreendimentos de turismono espao rural previstos nas alneas a) a e) do n.o 3do artigo 2.o depende apenas da titularidade do alvarde licena ou de autorizao de utilizao para turismono espao rural, emitido nos termos do disposto noartigo anterior, o qual constitui, relativamente a estesempreendimentos, o alvar de licena ou autorizaode utilizao previsto nos artigos 62.o e 74.o do Decre-

    to-Lei n.o

    555/99, de 16 de Dezembro.

    Artigo 33.o

    Especificaes do alvar

    1 O alvar de licena ou de autorizao de uti-lizao para turismo no espao rural deve especificar,para alm dos elementos referidos no n.o 5 do artigo77.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro,os seguintes:

    a) A identificao da entidade exploradora dosempreendimentos de turismo no espao rural;

    b) O nome do empreendimento de turismo no

    espao rural;c) A classificao quanto modalidade de hos-

    pedagem provisoriamente aprovada pela direc-o regional do Ministrio da Economia com-petente em razo do territrio;

    d) A capacidade mxima do empreendimento deturismo no espao rural provisoriamente fixadapela direco regional do Ministrio da Eco-nomia competente em razo do territrio e onmero de casas provisrio no caso dosempreendimentos previstos na alnead) do n.o 3do artigo 2.o

    2 Sempre que haja alterao de qualquer dos ele-mentos constantes do alvar, a entidade titular da licenaou da autorizao de utilizao para turismo no espaorural ou a entidade exploradora dos mesmos deve, paraefeitos de averbamento, comunicar o facto cmaramunicipal no prazo de 30 dias a contar da data domesmo, enviando cpia direco regional do Minis-trio da Economia competente em razo do territrio.

    Artigo 34.o

    Modelo de alvar de licena ou autorizao

    de utilizao para turismo no espao rural

    O modelo de alvar de licena ou de autorizaode utilizao para turismo no espao rural aprovadopor portaria conjunta dos membros do Governo res-ponsveis pelas reas do ambiente e do ordenamentodo territrio e do turismo.

    Artigo 35.o

    Alterao da utilizao e concesso de licena ou autorizaode utilizao em edifcios sem anterior ttulo de utilizao

    1 Se for requerida a alterao ao uso fixado em

    anterior licena ou autorizao de utilizao para per-mitir que o edifcio, ou sua fraco, se destine ins-talao de um dos empreendimentos previstos nas al-neasa) a e) do n.o 3 do artigo 2.o ou quando se pretenderutilizar total ou parcialmente edifcios que no possuamlicena ou autorizao de utilizao para neles se pro-ceder instalao daqueles empreendimentos, a cmaramunicipal deve consultar a direco regional do Minis-trio da Economia competente em razo do territrio,a Direco-Geral de Desenvolvimento Rural e os rgosregionais e locais de turismo, aplicando-se aos pareceresdestas entidades, com as necessrias adaptaes, o dis-posto nos artigos 22.o, 26.o e 27.o

    2 Quando as operaes urbansticas previstas no

    nmero anterior envolverem a realizao das obras pre-vistas nas alneas a) e b) do n.o 1 do artigo 6.o do Decre-to-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, o parecer referidono nmero anterior engloba a autorizao prevista noartigo 28.o

    3 O prazo para a realizao da vistoria previstano artigo 30.o conta-se a partir da recepo dos pareceresreferidos no n.o 1 ou do termo do prazo para a emissodos mesmos.

    4 O prazo para deliberao sobre a concesso dalicena ou autorizao de utilizao ou de alterao dautilizao o constante da alnea b) do n.o 1 do artigo30.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro,no caso de se tratar de procedimento de autorizao,

    e o previsto na alnea d) do n.o

    1 do artigo 23.o

    domesmo diploma, no caso de se tratar de procedimentode licenciamento, a contar em ambos os casos a partirda data da realizao da vistoria ou do termo do prazopara a sua realizao.

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    2076 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A N.o59 11 de Maro de 2002

    Artigo 36.o

    Caducidade da licena ou da autorizao de utilizaopara turismo no espao rural

    1 A licena ou a autorizao de utilizao paraturismo no espao rural caduca:

    a) Se os empreendimentos de turismo no espaorural previstos nas alneas a) a e) do n.o 3 doartigo 2.o no iniciarem o seu funcionamentono prazo de um ano a contar da data da emissodo alvar de licena ou de autorizao de uti-lizao para turismo no espao rural ou dotermo do prazo para a sua emisso;

    b) Se os empreendimentos de turismo no espaorural previstos nas alneas a) a e) do n.o 3 doartigo 2.o se mantiverem encerrados por perodosuperior a um ano, salvo por motivo de obras;

    c) Quando seja dada aos empreendimentos deturismo no espao rural previstos nas alneasa) a e) do n.o 3 do artigo 2.o uma utilizaodiferente da prevista no respectivo alvar;

    d) Se no for requerida a aprovao da classifi-cao quanto modalidade de hospedagem doempreendimento de turismo no espao rural nostermos previstos no artigo seguinte;

    e) Quando, por qualquer motivo, os empreendi-mentos de turismo no espao rural previstos nasalneasa) ae) do n.o 3 do artigo 2.o no puderemser classificados ou manter a sua classificaonuma das modalidades de hospedagem previstasno mesmo artigo.

    2 Caducada a licena ou a autorizao de utilizaopara turismo no espao rural, o respectivo alvar apreendido pela cmara municipal, a pedido da direco

    regional do Ministrio da Economia competente emrazo do territrio.3 A apreenso do alvar tem lugar na sequncia

    de notificao ao respectivo titular, sendo em seguidaencerrado o empreendimento de turismo no espaorural.

    Artigo 37.o

    Intimao judicial para a prtica de acto legalmente devido

    Decorridos os prazos para a prtica de qualquer actoespecialmente regulado no presente diploma sem queo mesmo se mostre praticado, aplica-se aos empreen-dimentos de turismo no espao rural, com as necessriasadaptaes, o disposto nos artigos 111.o, 112.o e 113.odo Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro.

    Artigo 38.o

    Legitimidade para proceder intimao judicialpara a prtica de acto legalmente devido

    Para efeito do disposto no artigo anterior, as asso-ciaes patronais do sector do turismo que tenham per-sonalidade jurdica podem intentar, em nome dos seusassociados, os pedidos de intimao nele previstos.

    CAPTULO IV

    Da classificao

    Artigo 39.o

    Requerimento

    1 No prazo de dois meses a contar da data da emis-so do alvar de licena ou de autorizao de utilizao

    para turismo no espao rural ou da abertura dosempreendimento de turismo no espao rural previstosnas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o, nos termosprevistos no artigo 37.o, o interessado deve requerer direco regional do Ministrio da Economia com-petente em razo do territrio a aprovao definitivada classificao quando modalidade de hospedagemdos empreendimentos de turismo no espao rural.

    2 Salvo no caso de se verificar alguma das situaesprevistas no artigo 37.o, o requerimento referido nonmero anterior deve ser acompanhado de cpia doalvar de licena ou de autorizao de utilizao paraturismo no espao rural.

    3 A aprovao a que se refere o n.o 1 sempreprecedida de vistoria a efectuar pela direco regionaldo Ministrio da Economia competente em razo doterritrio, nos termos do disposto no artigo seguinte.

    Artigo 40.o

    Vistoria para efeitos de classificao quanto modalidade de hospedagem

    1 A vistoria a realizar pela direco regional doMinistrio da Economia competente em razo do ter-ritrio para a aprovao definitiva da classificaoquanto modalidade de hospedagem do empreendi-mento de turismo no espao rural destina-se a verificara observncia das normas e dos requisitos relativos classificao quanto modalidade de hospedagem pre-tendida, estabelecidos no decreto regulamentar a quese refere o n.o 4 do artigo 2.o

    2 A vistoria deve realizar-se no prazo de 45 diasa contar da data da apresentao do comprovativo dopagamento das taxas a que se refere o artigo 68.o e,sempre que possvel, em data a acordar com o inte-

    ressado.3 A vistoria efectuada por uma comisso com-posta por:

    a) Dois tcnicos da direco regional do Ministrioda Economia competente em razo do ter-ritrio;

    b) Um representante do rgo regional ou localde turismo;

    c) Um representante da associao patronal dosector, no caso de o requerente o indicar norequerimento previsto no artigo anterior.

    4 O requerente participa na vistoria sem direitoa voto.

    5 Compete ao director regional da economia com-petente em razo do territrio convocar as entidadesreferidas nas alneas b) e c) do n.o 3 e o requerentecom a antecedncia mnima de oito dias.

    6 A ausncia dos representantes referidos nas al-neas b) e c) do n.o 3 e do requerente, desde que regu-larmente convocados, no impeditiva nem constituijustificao da no realizao da vistoria.

    7 Depois de proceder vistoria, a comisso refe-rida no nmero anterior elabora o respectivo auto, doqual deve constar a capacidade mxima do empreen-dimento de turismo no espao rural, devendo entregaruma cpia ao requerente.

    Artigo 41.o

    Classificao quanto modalidade de hospedagem

    1 No prazo de 15 dias a contar da realizao davistoria referida no artigo anterior ou, no tendo havido

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    N.o59 11 de Maro de 2002 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A 2077

    vistoria, do termo do prazo para a sua realizao, adireco regional do Ministrio da Economia compe-tente em razo do territrio deve, a ttulo definitivo,aprovar a classificao quanto modalidade de hos-pedagem dos empreendimentos de turismo no espaorural previstos nas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o,fixar a respectiva capacidade mxima e, quando se tratardo empreendimento previsto na alnea d) do n.

    o

    3 domesmo artigo, o nmero de casas, sem prejuzo do dis-posto no n.o 4 do artigo 43.o

    2 Quando a classificao quanto modalidade dehospedagem ou a capacidade mxima definitivas nocoincidam com a classificao ou a capacidade provi-srias, a deciso deve ser fundamentada.

    3 A classificao quanto modalidade de hospe-dagem e a capacidade mxima definitivas do empreen-dimento de turismo no espao rural so averbadas aoalvar de licena ou de autorizao de utilizao paraturismo no espao rural, devendo para o efeito a direc-o regional do Ministrio da Economia competenteem razo do territrio comunicar o facto cmara

    municipal. Artigo 42.o

    Deferimento tcito

    A no realizao da vistoria no prazo fixado no n.o 2doartigo40.o ou a falta de deciso final no prazo referidono n.o 1 do artigo anterior vale como deferimento tcitodo pedido de aprovao definitiva da classificaoquanto modalidade de hospedagem dos empreendi-mentos de turismo no espao rural previstos nas alneasa) a e) do n.o 3 do artigo 2.o, considerando-se tambmdefinitiva a capacidade mxima da mesma provisoria-mente fixada.

    Artigo 43.o

    Reviso da classificao quanto modalidade de hospedagem

    1 A classificao quanto modalidade de hospe-dagem atribuda a um dos empreendimentos de turismono espao rural previstos nas alneas a) a e) do n.o 3do artigo 2.o pode ser revista pela direco regionaldo Ministrio da Economia competente em razo doterritrio, a todo o tempo, oficiosamente, a solicitaodo respectivo rgo regional ou local de turismo oua requerimento dos interessados, nas seguintes situa-es:

    a) Verificada a alterao dos pressupostos que adeterminaram ao abrigo das normas e dos requi-sitos previstos no decreto regulamentar a quese refere o n.

    o

    4 do artigo 2.o

    ;b) Se o interessado, na sequncia de vistoria efec-

    tuada ao empreendimento de turismo no espaorural, no realizar as obras ou no eliminar asdeficincias para que foi notificado no prazono superior a 18 meses, que lhe tiver sido fixadopela direco regional do Ministrio da Eco-nomia competente em razo do territrio.

    2 Em casos excepcionais resultantes da complexi-dade e morosidade da execuo dos trabalhos, o prazoprevisto na alnea b) do nmero anterior pode ser pror-rogado por um perodo no superior a 12 meses, a reque-rimento do interessado.

    3 Sempre que as obras necessitem de alvar delicena ou de autorizao camarria, o prazo para asua realizao o fixado pela cmara municipal no res-pectivo alvar de licena ou de autorizao de operaesurbansticas.

    4 Caso se verifique, na sequncia de vistoria efec-tuada a um dos empreendimentos de turismo no espaorural previstos no n.o 1, que o mesmo no rene osrequisitos mnimos para poder ser classificado em qual-quer das modalidades de hospedagem previstas nas al-neas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o, deve ser determinadoo seu imediato encerramento temporrio at que sejamrealizadas as obras ou eliminadas as deficincias quepermitam atribuir-lhe uma nova classificao.

    5 No caso previsto no nmero anterior, o presi-dente da cmara municipal, oficiosamente ou a soli-citao da direco regional do Ministrio da Economiacompetente em razo do territrio, deve apreender orespectivo alvar de licena ou de autorizao de uti-lizao para turismo no espao rural enquanto no foratribuda ao empreendimento de turismo no espaorural nova classificao quanto modalidade de hos-pedagem.

    6 alterao da capacidade mxima dos empreen-dimentos de turismo no espao rural previstos nas al-

    neasa) a

    e) do n.

    o

    3 do artigo 2.

    o

    aplica-se, com asnecessrias adaptaes, o disposto no n.o 1.7 Quando for requerida a reclassificao noutra

    modalidade de hospedagem dos empreendimentos deturismo no espao rural previstos no n.o 1 pelo inte-ressado, aplica-se, com as necessrias adaptaes, o dis-posto nos artigos 39.o a 42.o

    Artigo 44.o

    Recurso hierrquico facultativo

    1 Quando o interessado no concorde com a clas-sificao quanto modalidade de hospedagem ou acapacidade mxima atribudas pela direco regional doMinistrio da Economia competente em razo do ter-ritrio nos termos do artigo 41.o, ou com a reviso efec-tuada nos termos dos n.o 1 do artigo anterior, com anecessidade de proceder a obras, com o prazo fixadopara a sua realizao, pode interpor recurso hierrquicopara o membro do Governo responsvel pela rea doturismo.

    2 Logo que interposto o recurso, o membro doGoverno referido no nmero anterior pode determinara interveno de uma comisso composta por:

    a) Um perito por ele nomeado, que presidir;b) Dois representantes da direco regional do

    Ministrio da Economia competente em razo

    do territrio;c) Um representante do rgo regional ou localde turismo;

    d) Um representante da associao patronal dosector, no caso de o requerente o indicar norecurso hierrquico.

    3 A comisso emite um parecer sobre o recursointerposto no prazo de 30 dias a contar da data dodespacho da sua constituio.

    4 Compete ao presidente da comisso convocar osrestantes membros com uma antecedncia mnima deoito dias, devendo para tal solicitar previamente s diver-sas entidades a indicao dos seus representantes.

    5 A ausncia dos representantes das entidadesreferidas nas alneas b) a d) do n.o 2, desde que regu-larmente convocados, no impeditiva nem constituijustificao do no funcionamento da comisso nem daemisso do parecer.

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    2078 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A N.o59 11 de Maro de 2002

    Artigo 45.o

    Dispensa de requisitos

    1 Os requisitos exigidos para a atribuio da clas-sificao quanto modalidade de hospedagem pretendidapodem ser dispensados quando a sua estrita observnciacomprometer a rendibilidade dos empreendimentos deturismo no espao rural previstos nas alneas a) a e)do n.o 3 do artigo 2.o ou for susceptvel de afectar ascaractersticas arquitectnicas ou estruturais dos edif-cios que:

    a) Possuam relevante valor arquitectnico;b) Possuam reconhecido valor histrico ou cul-

    tural.

    2 Para efeito do disposto na alnea a) do nmeroanterior, considera-se que possuem relevante valorarquitectnico os imveis que:

    a) Em razo da sua antiguidade, da sua traa edos materiais utilizados traduzam significativa-

    mente a arquitectura erudita ou tradicional;b) Sejam manifestaes singulares de diferentesestilos arquitectnicos, reconhecidos e tipifica-dos como tal no mbito da histria da arqui-tectura;

    c) Possuam elementos decorativos, interiores ouexteriores, que revelem valor esttico e artsticoou os mesmos elementos tenham sido classi-ficados como monumentos nacionais ou de inte-resse pblico, nos termos da Lei n.o 107/2001,de 8 de Setembro, e respectiva legislaoregulamentar.

    3 Para efeito do disposto na alnea b) do n.o 1,

    considera-se que possuem relevante valor histrico oucultural os imveis que, independentemente do seuestilo arquitectnico, em razo do seu passado religiosoou profano, tenham sido testemunho de importanteseventos histricos, culturais, cientficos ou sociais oupossuam, em razo da sua natureza, interesse etnolgicoou arqueolgico.

    4 A dispensa de requisitos pode ainda ser conce-dida a projectos reconhecidamente inovadores e valo-rizantes da oferta turstica.

    5 A verificao do disposto nos nmeros anteriores feita pela direco regional do Ministrio da Economiacompetente em razo do territrio.

    CAPTULO VExplorao e funcionamento

    Artigo 46.o

    Nomes dos empreendimentos de turismo no espao rural

    1 O nome dos empreendimentos de turismo noespao rural previstos nas alneas a) a e) do n.o 3 doartigo 2.o inclui obrigatoriamente a referncia moda-lidade de hospedagem em que esto classificados.

    2 Os empreendimentos de turismo no espao ruralprevistos no nmero anterior no podem funcionar comnome diferente do aprovado pela direco regional doMinistrio da Economia competente em razo do

    territrio.3 O nome dos empreendimentos de turismo noespao rural previstos no n.o 1 no pode sugerir umaclassificao quanto modalidade de hospedagem queno lhes caiba ou caractersticas que no possuam.

    4 Salvo quando pertencem mesma organizaoou entidade, os empreendimentos de turismo no espaorural previstos no n.o 1 no podem usar nomes iguaisou por tal forma semelhantes a outros j existentes ourequeridos que possam induzir em erro ou serem sus-ceptveis de confuso.

    Artigo 47.o

    Referncia classificao e capacidade

    1 Em toda a publicidade, correspondncia, docu-mentao e, de um modo geral, em toda a actividadeexterna dos empreendimentos de turismo no espaorural previstos nas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.ono podem ser sugeridas caractersticas que estes nopossuam, sendo obrigatria a referncia classificaoquanto modalidade de hospedagem aprovada, sempre-juzo do disposto no nmero seguinte.

    2 Nos anncios ou reclamos instalados nos pr-prios empreendimentos de turismo no espao rural podeconstar apenas o seu nome.

    Artigo 48.o

    Estado das instalaes e do equipamento

    1 Os empreendimentos de turismo no espao ruralprevistos nas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o eoutras instalaes onde se desenvolva o turismo noespao rural, bem como o respectivo mobilirio e equi-pamento, devem ser mantidos em boas condies e emperfeito estado de conservao e higiene.

    2 Os empreendimentos de turismo no espao ruralprevistos nas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o devemestar dotados dos meios adequados para preveno dosriscos de incndio de acordo com as normas estabe-lecidas no regulamento referido no n.o 4 do artigo 2.o

    3 A direco regional do Ministrio da Economiacompetente em razo do territrio pode determinar areparao das deterioraes e avarias verificadas,fixando prazo para o efeito, consultando as autoridadesde sade quando estiver em causa o cumprimento derequisitos da instalao e do funcionamento relativos higiene e sade pblica.

    Artigo 49.o

    Deveres dos proprietrios, possuidores ou legtimos detentores

    Os proprietrios, possuidores ou legtimos detentoresdos empreendimentos de turismo no espao rural pre-vistos nas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o estoimpedidos de:

    a) Alterar substancialmente a sua estrutura externaou o seu aspecto esttico exterior;

    b) Utilizar os mesmos para fim diverso do auto-rizado;

    c) Realizar ou permitir a realizao de actividadessusceptveis de perturbar a tranquilidade doshspedes ou adulterar as caractersticas do ser- vio, salvo se os hspedes participarem dasmesmas;

    d) Praticar quaisquer actos ou realizar obras quesejam susceptveis de afectar a continuidade ea unidade urbanstica do empreendimento ouprejudicar a implantao dos respectivos aces-sos;

    e) Permitir a hospedagem de um nmero de pes-soas superior capacidade autorizada para oempreendimento nos termos que vierem a serestabelecidos no decreto regulamentar a que serefere o n.o 4 do artigo 2.o

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    N.o59 11 de Maro de 2002 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A 2079

    Artigo 50.o

    Deveres dos hspedes

    1 Os hspedes devem pautar o seu comportamentopelas regras de cortesia e urbanidade, pagar pontual-mente as facturas relativas aos servios que forem pres-tados e cumprir as normas de funcionamento privativas

    dos empreendimento de turismo no espao rural pre-vistos nas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o, desdeque estas se encontrem devidamente publicitadas.

    2 Os hspedes devem ainda abster-se de:

    a) Penetrar nas reas de acesso vedado;b) Cozinhar nas salas dos quartos, salvo se estes

    dispuserem de equipamento elctrico para oefeito;

    c) Fazer lume nos quartos, excepto se os mesmosdispuserem de lareira;

    d) Alojar terceiros sem autorizao do responsvelpelo empreendimento de turismo no espaorural;

    e) Fazer-se acompanhar de animais, excepto se

    para tal estiverem autorizados.3 Os hspedes so responsveis pelos danos que

    causem ao empreendimento de turismo no espao rurale ao seu equipamento e mobilirio.

    Artigo 51.o

    Acesso aos empreendimentos de turismo no espao rural

    1 Sem prejuzo do disposto no nmero seguinte, livre o acesso aos empreendimentos de turismo noespao rural previstos nas alneas a) a e) do n.o 3 doartigo 2.o

    2 Pode ser recusado o acesso ou a permanncia

    nos empreendimentos de turismo no espao rural pre-vistos no nmero anterior a quem no cumprir os deve-res enunciados no artigo anterior ou, por qualquerforma, perturbe o ambiente familiar e a normal pres-tao do servio.

    Artigo 52.o

    Perodo de funcionamento

    1 Os empreendimentos de turismo no espao ruralprevistos nas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o devemestar abertos ao pblico durante todo o ano, podendo,excepcionalmente, encerrar durante um perodomximo de 90 dias.

    2 Para efeitos do disposto no nmero anterior, a

    entidade exploradora deve comunicar direco regio-nal do Ministrio da Economia competente em razodo territrio, at ao dia 1 de Outubro de cada ano,em que perodo encerrar o empreendimento no anoseguinte.

    3 O perodo de funcionamento dos empreendi-mentos de turismo no espao rural previstos nas alneasa) a e) do n.o 3 do artigo 2.o deve ser comunicado peladireco regional do Ministrio da Economia compe-tente em razo do territrio Direco-Geral doTurismo no prazo de 15 dias aps ter sido efectuadaa comunicao prevista no nmero anterior.

    Artigo 53.o

    Servio

    1 Nos empreendimentos de turismo no espaorural previstos nas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.odeve ser prestado um servio compatvel com a res-pectiva classificao quanto modalidade de hospeda-

    gem, nos termos previstos no decreto regulamentar aque se refere o n.o 4 do artigo 2.o

    2 A entidade exploradora dos empreendimentosde turismo no espao rural previstos no nmero anteriorpode contratar com terceiros a prestao de serviosprprios do empreendimento, mantendo-se, porm, res-ponsvel pelo seu funcionamento, bem como pelo cum-

    primento dos requisitos exigidos para a respectiva clas-sificao quanto modalidade de alojamento.

    Artigo 54.o

    Facturao e pagamento dos servios

    Todos os servios prestados nos empreendimentos deturismo no espao rural previstos nas alneas a) a e)do n.o 3 do artigo 2.o devem ser facturados discri-minadamente.

    Artigo 55.o

    Responsvel pelos empreendimentos de turismo no espao rural

    1 Ao proprietrio, ou ao possuidor ou legtimo

    detentor dos empreendimentos de turismo no espaorural previstos nas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o,cabe zelar pelo seu funcionamento e nvel de servio,e ainda assegurar o cumprimento das disposies legaise regulamentares aplicveis.

    2 No caso dos empreendimentos de turismo dealdeia, deve existir uma pessoa responsvel pelo fun-cionamento de todas as casas que os integram, apli-cando-se-lhe o disposto no nmero anterior.

    3 Para efeito do disposto nos nmeros anteriores,o proprietrio, possuidor ou legtimo detentor dosempreendimentos de turismo no espao rural devecomunicar direco regional do Ministrio da Eco-nomia competente em razo do territrio o nome dapessoa ou das pessoas que asseguram permanentementeaquelas funes.

    Artigo 56.o

    Sinais normalizados

    Nas informaes de carcter geral relativas aosempreendimentos de turismo no espao rural previstosnas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o e nos serviosque nelas so oferecidos devem ser usados os sinaisnormalizados constantes de portaria do membro doGoverno responsvel pela rea do turismo.

    Artigo 57.o

    Placas identificativas das modalidades de hospedagemdos empreendimentos de turismo no espao rural

    1 O modelo das placas identificativas das moda-lidades de hospedagem dos empreendimentos deturismo no espao rural previstas no n.o 3 do artigo2.o aprovado por portaria do membro do Governoresponsvel pela rea do turismo.

    2 obrigatria a afixao das placas referidas nonmero anterior em todos os empreendimentos deturismo no espao rural.

    CAPTULO VI

    Fiscalizao e sanes

    Artigo 58.o

    Competncia de fiscalizao

    1 Compete direco regional do Ministrio daEconomia competente em razo do territrio:

    a) Fiscalizar o cumprimento do disposto no pre-sente diploma e seu regulamento, relativamente

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    2080 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-A N.o59 11 de Maro de 2002

    aos empreendimentos de turismo no espaorural previstos nas alneas a) a e) do n.o 3 doartigo 2.o, sem prejuzo das competncias atri-budas s autoridades de sade pelo Decreto-Lein.o 336/93, de 29 de Setembro;

    b) Conhecer das reclamaes apresentadas sobreo funcionamento e o servio dos empreendi-mentos de turismo no espao rural, referidosna alnea anterior, oficiosamente ou a pedidodos rgos regionais ou locais de turismo oudas associaes patronais do sector, bem comoordenar as providncias necessrias para cor-rigir as deficincias neles verificadas;

    c) Proceder organizao e instruo dos proces-sos referentes s contra-ordenaes previstas nopresente diploma e seu regulamento, sem pre- juzo das competncias em matria de fiscali-zao atribudas s autoridades de sade peloDecreto-Lei n.o 336/93, de 29 de Setembro.

    2 Compete s cmaras municipais fiscalizar, ofi-ciosamente ou a pedido da direco regional do Minis-trio da Economia competente em razo do territrio,dos rgos regionais ou locais de turismo ou das asso-ciaes patronais do sector, o estado das construese as condies de segurana de todos os edifcios emque estejam instalados empreendimentos de turismo noespao rural, bem como fiscalizar a utilizao, directaou indirecta, de edifcio ou parte de edifcio para a explo-rao de servios de alojamento sem licena ou auto-rizao de utilizao para turismo no espao rural.

    3 A competncia prevista na alnea a) do n.o 1pode ser delegada nos rgos regionais ou locais deturismo.

    4 Quando as aces de fiscalizao previstas naalnea b) do n.o 1 e no n.o 2 do presente artigo foremefectuadas a pedido dos rgos regionais ou locais deturismo ou das associaes patronais do sector, a direc-o regional do Ministrio da Economia competenteem razo do territrio ou a cmara municipal, consoanteo caso, deve enviar quelas entidades, no prazo de oitodias a contar da data da sua realizao, cpia do autode fiscalizao.

    Artigo 59.o

    Servios de inspeco

    1 Aos funcionrios das direces regionais doMinistrio da Economia, das cmaras municipais e,

    quando for caso disso, dos rgos regionais ou locaisde turismo em servio de inspeco deve ser facultadoo acesso aos empreendimentos de turismo no espaorural previstos nas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo2.o, devendo ainda ser-lhes apresentados os documentosjustificadamente solicitados.

    2 No mbito da sua actividade de inspeco, asdireces regionais do Ministrio da Economia podemrecorrer a entidades pblicas ou a entidades privadasacreditadas junto destas nas reas dos servios, equi-pamentos e infra-estruturas existentes nos empreendi-mentos de turismo no espao rural previstos no nmeroanterior.

    Artigo 60.o

    Livro de reclamaes

    1 Nos empreendimentos de turismo no espaorural previstos nas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo

    2.o deve existir um livro destinado aos hspedes paraque estes possam formular observaes e reclamaessobre o estado e a apresentao das instalaes e doequipamento, bem como sobre a qualidade dos serviose o modo como foram prestados.

    2 O livro de reclamaes deve ser obrigatria eimediatamente facultado ao hspede que o solicite.

    3 Um duplicado das observaes ou reclamaesdeve ser enviado pelo responsvel do empreendimento direco regional do Ministrio da Economia com-petente em razo do territrio.

    4 Deve ser entregue ao hspede um duplicado dasobservaes ou reclamaes escritas no livro, o qual,se o entender, pode remet-lo direco regional doMinistrio da Economia competente em razo do ter-ritrio, acompanhado dos documentos e meios de provanecessrios apreciao das mesmas.

    5 O livro de reclamaes editado pela Direc-o-Geral do Turismo e fornecido por esta, pelas direc-es regionais do Ministrio da Economia ou pelas enti-

    dades autorizadas para o efeito, sendo o modelo, opreo, o fornecimento, a distribuio, a utilizao e ainstruo aprovados por portaria do membro doGoverno responsvel pela rea do turismo.

    Artigo 61.o

    Contra-ordenaes

    1 Para alm das previstas no decreto regulamentara que se refere o n.o 4 do artigo 2.o e das estabelecidasno artigo 98.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 deDezembro, constituem contra-ordenaes:

    a) A utilizao, directa ou indirecta, de edifcio

    ou parte de edifcio para a explorao de ser- vios de alojamento sem alvar de licena oude autorizao de utilizao para turismo noespao rural emitida nos termos do presentediploma;

    b) A realizao de obras no interior dos empreen-dimentos de turismo no espao rural previstosnas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o sema autorizao da direco regional do Ministrioda Economia competente em razo do territrioprevista no n.o 1 do artigo 28.o;

    c) A falta de apresentao do requerimento pre-visto no n.o 1 do artigo 39.o;

    d) A violao do disposto nos n.os 1 a 4 do artigo

    46.o

    ;e) A violao do disposto no artigo 47.o;f) A violao do disposto no n.o 1 do artigo 48.o;g) A violao do disposto no n.o 2 do artigo 48.o;h) O no cumprimento do prazo fixado nos termos

    do n.o 3 do artigo 48.o;i) A violao do disposto no artigo 49.o;

    j) A violao do disposto no artigo 51.o;l) O encerramento dos empreendimentos de turismo

    no espao rural previstos nas alneas a) a e)do n.o 3 do artigo 2.o sem ter sido efectuadaa comunicao prevista no artigo 52.o;

    m) A violao do disposto nos n.os 1 e 2 d oartigo 55.o;

    n) Recusar a apresentao dos documentos soli-citados nos termos do n.o 1 do artigo 59.o;o) Impedir ou dificultar o acesso dos funcionrios

    das direces regionais do Ministrio da Eco-nomia, das cmaras municipais ou dos rgos

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    N.o59 11 de Maro de 2002 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-A 2081

    regionais ou locais de turismo em servio deinspeco aos empreendimentos de turismo noespao rural previstos nas alneas a) a e) don.o 3 do artigo 2.o;

    p) A violao do disposto nos n.os 1 a 4 do artigo60.o;

    q) A violao do disposto no n.o 3 do artigo 69.o

    2 As contra-ordenaes previstas nas alneas d),j) e n) do nmero anterior so punveis com coima deE 50, ou 10 024$, a E 250, ou 50 120$, no caso de setratar de pessoa singular, e E 125, ou 25 060$, a E 1250,ou 250 603$, no caso de se tratar de pessoa colectiva.

    3 As contra-ordenaes previstas nas alneas e), l),o) e p) do n.o 1 so punveis com coima de E 125, ou25 060$, a E 1000, ou 200 482$, no caso de se tratarde pessoa singular, e E 500, ou 100 241$, a E 5000, ou1 002 410$, no caso de se tratar de pessoa colectiva.

    4 As contra-ordenaes previstas nas alneas c), g),h), i), m) e q) do n.o 1 so punveis com coima deE

    250, ou 50 120$, aE

    2500, ou 501 205$, no caso dese tratar de pessoa singular, e de E 1250, ou 250 603$,a E 15 000, ou 3 007 230$, no caso de se tratar de pessoacolectiva.

    5 As contra-ordenaes previstas nas alneas a),b) e f) do n.o 1 so punveis com coima de E 500, ou100 241$, a E 3740,90, ou 750 000$, no caso de se tratarde pessoa singular, e deE 2500, ou 501 205$, a E 30 000,ou 6 001 460$, no caso de se tratar de pessoa colectiva.

    6 Nos casos previstos nas alneas a), b), d), e), f)i), j), l), n), o) e p) do n.o 1 a tentativa punvel.

    7 A negligncia punvel.

    Artigo 62.o

    Sanes acessrias

    1 Em funo da gravidade e da reiterao das con-tra-ordenaes previstas no artigo anterior e no decretoregulamentar nele referido, bem como da culpa doagente e da classificao do empreendimento quanto modalidade de alojamento, podem ser aplicadas asseguintes sanes acessrias:

    a) Apreenso do material atravs do qual se pra-ticou a infraco;

    b) Suspenso, por um perodo de at dois anos,do funcionamento do empreendimento deturismo no espao rural;

    c) Encerramento do empreendimento de turismono espao rural.

    2 O encerramento dos empreendimentos deturismo no espao rural previstos nas alneas a) a e)do n.o 3 do artigo 2.o s pode, porm, ser determinado,para alm dos casos expressamente previstos na alneac)do n.o 2 do artigo 5.o do Decreto-Lei n.o 336/93, de29 de Setembro, e no decreto regulamentar a que serefere o n.o 4 do artigo 2.o, com base nos comporta-mentos referidos nas alneas a), b), c), f), g), h) e m)do n.o 1 do artigo anterior.

    3 Quando forem aplicadas as sanes acessriasde suspenso e encerramento relativamente aos

    empreendimentos de turismo no espao rural, previstasnas alneas b) e c) do n.o 1, o presidente da cmaramunicipal, oficiosamente ou a solicitao da direcoregional do Ministrio da Economia competente emrazo do territrio, deve cassar e apreender o respectivo

    alvar de licena ou de autorizao de utilizao paraturismo no espao rural pelo perodo de durao daque-las sanes.

    4 Pode ser determinada a publicidade da aplicaodas sanes previstas nas alneas b) e c) do n.o 1mediante:

    a) A afixao de cpia da deciso, pelo perodode 30 dias, no prprio empreendimento, emlugar e por forma bem visveis; e

    b) A sua publicao, a expensas do infractor, peladireco regional do Ministrio da Economiacompetente em razo do territrio, em jornalde difuso nacional, regional ou local, de acordocom o lugar, a importncia e os efeitos dainfraco.

    5 A cpia da deciso publicada nos termos da al-neab) do nmero anterior no pode ter dimenso supe-rior a tamanho A6.

    Artigo 63.o

    Limites da coima em caso de tentativa e de negligncia

    1 Em caso de punio da tentativa, os limitesmximo e mnimo das coimas so reduzidos para umtero.

    2 Se a infraco for praticada por negligncia, oslimites mximo e mnimo das coimas so reduzidos parametade.

    Artigo 64.o

    Competncia sancionatria

    1 A aplicao das coimas e das sanes acessriasprevistas no presente diploma e no decreto regulamentara que se refere o n.o 4 do artigo 2.o, da competnciadas direces regionais do Ministrio da Economia com-petentes em razo do territrio, exercida pelos res-pectivos directores regionais do Ministrio da Eco-nomia.

    2 A aplicao das coimas e das sanes acessriasprevistas no regime jurdico da urbanizao e edificaoda competncia da cmara municipal exercida pelopresidente da cmara.

    Artigo 65.o

    Produto das coimas

    1 O produto das coimas aplicadas pelas direces

    regionais do Ministrio da Economia por infraco aodisposto no presente diploma reverte em 60% para oscofres do Estado e em 40% para a direco regionaldo Ministrio da Economia territorialmente competentepara instaurar o processo de contra-ordenao.

    2 O produto das coimas aplicadas pelas cmarasmunicipais constitui receita dos municpios.

    Artigo 66.o

    Embargo e demolio

    Os presidentes das cmaras municipais so compe-tentes para embargar e ordenar a demolio das obrasrealizadas em violao do disposto no presente diploma

    e no decreto regulamentar a que se refere o n.o

    4 doartigo 2.o, por sua iniciativa ou mediante comunicaoda direco regional do Ministrio da Economia ter-ritorialmente competente, sem prejuzo das competn-cias atribudas por lei a outras entidades.

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    2082 DIRIODAREPBLICA I SRIE-A N.o59 11 de Maro de 2002

    Artigo 67.o

    Interdio de utilizao

    Os directores regionais da economia so competentespara determinar a interdio temporria da utilizaode partes individualizadas, instalaes ou equipamentosdos empreendimentos de turismo no espao rural pre-vistos nas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o, semprejuzo das competncias atribudas s autoridades desade pelo Decreto-Lei n.o 336/93, de 29 de Setembro,nessa matria, que, pelo seu deficiente estado de con-servao ou pela falta de cumprimento do disposto nopresente diploma e no decreto regulamentar a que serefere o n.o 4 do artigo 2.o, sejam susceptveis de prem perigo a sade pblica ou a segurana dos hspedes.

    CAPTULO VII

    Disposies finais e transitrias

    Artigo 68.o

    Taxas

    Pelas vistorias requeridas pelos interessados aosempreendimentos de turismo no espao rural previstosnas alneas a) a e) do n.o 3 do artigo 2.o realizadaspelas direces regionais do Ministrio da Economiaso devidas taxas de montante a fixar por portaria con-junta dos Ministros das Finanas e da Economia.

    Artigo 69.o

    Registo

    1 organizado pela Direco-Geral do Turismo,

    em colaborao com as cmaras municipais e as direc-es regionais do Ministrio da Economia, o registocentral de todos os empreendimentos de turismo noespao rural, nos termos a estabelecer em portaria domembro do Governo responsvel pela rea do turismo.

    2 As cmaras municipais devem enviar Direc-o-Geral do Turismo e Direco-Geral de Desen- volvimento Rural, no prazo de 30 dias aps ter sidoemitido o alvar de licena ou autorizao de utilizaopara turismo no espao rural previsto no artigo 32.o,cpia do mesmo, bem como os elementos necessrios elaborao do registo central dos empreendimentosde turismo no espaorural,previstos na portaria referidano nmero anterior.

    3 As entidades exploradoras dos empreendimentosde turismo no espao rural devem comunicar direcoregional do Ministrio da Economia competente emrazo do territrio a alterao de qualquer dos elemen-tos do registo previstos na portaria prevista no n.o 1,no prazo de 30 dias a contar da data em que tenhalugar essa alterao.

    4 As direces regionais do Ministrio da Econo-mia devem enviar Direco-Geral do Turismo os ele-mentos previstos no nmero anterior no prazo de 15 diasaps a sua recepo.

    Artigo 70.o

    Regime aplicvel s casas e empreendimentosde turismo no espao rural existentes

    1 O disposto no presente diploma aplica-se s casase empreendimentos de turismo no espao rural exis-tentes data da sua entrada em vigor, sem prejuzodo disposto no nmero seguinte.

    2 As casas e empreendimentos referidos nonmero anterior devem satisfazer os requisitos relativoss suas instalaes, de acordo com o presente diplomae o decreto regulamentar a que refere o n.o 4 do artigo2.o, no prazo de dois anos a contar da data da entradaem vigor daquele decreto regulamentar, excepto quando

    esse cumprimento determinar a realizao de obras quese revelem materialmente impossveis, e ainda nos casosprevistos no artigo 45.o do presente diploma, como talreconhecidas pela direco regional do Ministrio daEconomia competente em razo do territrio.

    Artigo 71.o

    Alvar de licena ou de autorizao de utilizao para turismono espao rural para casas de turismo no espao rural existentes

    O alvar de licena ou de autorizao de utilizaopara turismo no espao rural, previsto no presentediploma, emitido na sequncia de obras de construo,

    reconstruo, ampliao e de alterao a realizar emcasas de turismo no espao rural existentes e em fun-cionamento data da entrada em vigor do presentediploma respeita a todo o empreendimento de turismono espao rural, incluindo as partes no abrangidas pelasobras.

    Artigo 72.o

    Autorizao de abertura

    1 A autorizao de abertura titulada pela licenade utilizao para turismo no espao rural das casase empreendimentos de turismo no espao rural exis-tentes data da entrada em vigor do presente diploma,

    concedida pela Direco-Geral do Turismo nos termosdo artigo 8.o do Decreto Regulamentar n.o 37/97, de25 de Setembro, ou de legislao anterior, mantm-sevlida, s sendo substituda pelo alvar de licena oude autorizao de utilizao para turismo no espaorural, previsto no artigo 32.o do presente diploma, nasequncia das obras de ampliao, reconstruo ou alte-rao, nos termos previstos no artigo anterior.

    2 licena ou autorizao de utilizao paraturismo no espao rural das casas de turismo no espaorural existentes data da entrada em vigor do presentediploma, prevista no nmero anterior, aplica-se, comas necessrias adaptaes, o disposto no artigo 36.o

    Artigo 73.o

    Processos pendentes respeitantes autorizao de aberturade casas e empreendimentos de turismo no espao rural

    1 Os processos pendentes na Direco-Geral doTurismo data da entrada em vigor do presente diplomarespeitantes autorizao de abertura a que se refereo artigo 8.o do Decreto Regulamentar n.o 37/97, de 25de Setembro, continuam a regular-se pelo dispostonaquele diploma e no Decreto-Lei n.o 169/97, de 4 deJulho, sendo a respectiva classificao regulada nos ter-mos dos referidos diplomas.

    2 Na situao prevista no nmero anterior, orequerente e a Direco-Geral do Turismo podem, decomum acordo, optar pela aplicao do regime previstono presente diploma para a emisso do alvar de licenaou de autorizao de utilizao para turismo no espao

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    N.o59 11 de Maro de 2002 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-A 2083

    rural e para a classificao do empreendimento,devendo, nesse caso, aquela Direco-Geral comunicaro acordo cmara municipal respectiva e direcoregional do Ministrio da Economia territorialmentecompetente.

    3 No caso das casas e empreendimentos de turismo

    no espao rural previstos nas alneas a) a e) do n.o

    3do artigo 2.o do presente diploma que estiverem emconstruo data da sua entrada em vigor, o inciodo seu funcionamento depende de alvar de licena oude autorizao de utilizao, a emitir nos termos neleprevistos, sendo a respectiva classificao quanto modalidade de alojamento regulada pelo regime cons-tante no Decreto-Lei n.o 169/97, de 4 de Julho, e norespectivo regulamento.

    4 Os processos pendentes nas cmaras municipais data da entrada em vigor do presente diploma res-peitantes instalao de hotis rurais continuam areger-se pelo disposto no Decreto-Lei n.o 167/97, de4 de Julho, com as alteraes introduzidas pelo Decre-

    to-Lei n.o

    305/99, de 6 de Agosto, sendo os respectivosrequisitos das instalaes, do equipamento e do servioregulados nos termos previstos no Decreto Regulamen-tar n.o 37/97, de 25 de Setembro.

    Artigo 74.o

    Satisfao dos requisitos

    As casas e empreendimentos de turismo no espaorural licenciados e classificados nos termos do dispostono artigo anterior devem satisfazer os requisitos exigidospara a respectiva classificao quanto modalidade dealojamento, de acordo com o disposto no presente

    diploma e no decreto regulamentar a que se refere on.o 4 do artigo 2.o, no prazo de dois anos a contar dadata de entrada em vigor do decreto regulamentar pre-visto no n.o 4 do artigo 2.o

    Artigo 75.o

    Remisso

    As referncias feitas em quaisquer diplomas, actoscontratos e quaisquer outros instrumentos legais a nor-mas revogadas pelo presente diploma consideram-se fei-tas a este ltimo ou ao decreto regulamentar previstono n.o 4 do artigo 2.o

    Artigo 76.o

    Regies Autnomas

    O regime previsto no presente diploma aplicvels Regies Autnomas dos Aores e da Madeira, semprejuzo das adaptaes decorrentes da estrutura pr-pria da administrao regional autnoma, a introduzirpor diploma regional adequado.

    Artigo 77.o

    Norma revogatria

    So revogados:

    a) O Decreto-Lei n.o 169/97, de 4 de Julho;b) O Decreto Regulamentar n.o 37/97, de 25 de

    Setembro.

    Artigo 78.o

    Entrada em vigor

    O presente diploma entra em vigor no dia imediatoao da sua publicao.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 13

    de Dezembro de 2001. Antnio Manuel de OliveiraGuterres Guilherme dOliveira Martins HenriqueNuno Pires Severiano Teixeira Lus Garcia Braga daCruz Lus Manuel Capoulas Santos Antnio Fer-

    nando Correia de Campos Jos Scrates Carvalho Pintode Sousa Augusto Ernesto Santos Silva.

    Promulgado em 14 de Fevereiro de 2002.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, JORGE SAMPAIO.

    Referendado em 22 de Fevereiro de 2002.

    O Primeiro-Ministro, Antnio Manuel de Oliveira

    Guterres.Decreto-Lei n.o 55/2002

    de 11 de Maro

    O regime jurdico da instalao e do funcionamentodos empreendimentos tursticos regulado pelo Decre-to-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho, e alterado pelo Decre-to-Lei n.o 305/99, de 6 de Agosto, necessita de ser alte-rado por forma a compatibiliz-lo com o novo regime jurdico da urbanizao e edificao, aprovado peloDecreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro.

    O Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, revoga,entre outros, o Decreto-Lei n.o 445/91, de 20 de Novem-

    bro, que estabelecia o regime jurdico do licenciamentomunicipal de obras particulares.Tendo em considerao que o artigo 10.o do Decre-

    to-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho, estabelece que os pro-cessos respeitantes instalao de empreendimentos turs-ticos so regulados pelo regime jurdico do licenciamentomunicipal de obras particulares, com as especificidadesestabelecidas naquele diploma, competindo s cmarasmunicipais o respectivo licenciamento, a revogaodaquele regime e a sua alterao implicam, necessaria-mente, que o regime jurdico da instalao e do fun-cionamento dos empreendimentos tursticos se adapte aonovo regime jurdico da urbanizao e da edificao.

    O Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, com

    a s a l t e r a e s i n t r o d u z i d a s p e l o D e c r et o - L e in.o 177/2001, de 4 de J